Author: André Dylewski

  • A combinação de diferentes modelos de IA no marketing digital

    A combinação de diferentes modelos de IA no marketing digital

    A inteligência artificial continua transformando o marketing digital de forma acelerada, tornando-se um fator estratégico para empresas que buscam eficiência, personalização e escalabilidade em suas campanhas. Frente às inovações mais recentes no campo da IA, cabe uma análise um pouco mais aprofundada sobre o potencial de duas abordagens que têm ganhado maior destaque ultimamente: IA preditiva e IA generativa.

    Enquanto a IA preditiva se concentra na análise de padrões para prever comportamentos futuros e gerar insights, a IA generativa eleva a automação criativa, produzindo conteúdos altamente personalizados e adaptados ao contexto do usuário. Hoje, ela é um dos maiores focos de atenção e investimento de equipes de marketing em empresas dos mais diferentes portes e segmentos.

    Segundo dados da McKinsey, a IA generativa tem potencial para movimentar entre US$ 2,6 trilhões e US$ 4,4 trilhões na economia global anualmente, sendo que 75% deste valor será gerado em quatro áreas principais, incluindo marketing e vendas. Para referência, o valor é superior ao PIB das principais economias mundiais em 2024, exceto Estados Unidos (US$ 29,27 trilhões), China (US$ 18,27 trilhões) e Alemanha (US$ 4,71 trilhões).

    Este dado por si só ajuda a demonstrar o impacto da adoção das novas tecnologias baseadas em IA generativa e como elas serão preponderantes para anunciantes em busca de diferenciação e maximização de ROI. Mas ainda resta a pergunta: há outros caminhos que podem ser explorados? E a resposta é, sem dúvida, sim.

    IA composta: por que a combinação de diferentes modelos de IA pode ser um diferencial

    Ainda que a IA generativa esteja sob os holofotes atualmente, é inegável a importância desempenhada pelos modelos de IA preditiva para a publicidade digital até aqui. Seu papel está em transformar grandes volumes de dados em insights acionáveis, permitindo segmentações precisas, otimização de campanhas e previsões sobre o comportamento do consumidor. Dados da RTB House indicam que soluções baseadas em Deep Learning, um dos campos mais avançados da IA preditiva, são até 50% mais eficientes em campanhas de retargeting e 41% mais eficazes na recomendação de produtos se comparado a tecnologias menos avançadas.

    No entanto, os algoritmos de Deep Learning podem ser aperfeiçoados se combinados a outros modelos. A lógica por trás disso é simples: a combinação de diferentes modelos de IA pode auxiliar na resolução de diferentes desafios de negócios e contribuir para o aprimoramento de soluções de ponta. 

    Na RTB House, por exemplo, estamos avançando na combinação de algoritmos de Deep Learning (IA preditiva) com modelos generativos baseados em linguagens GPT e LLM para melhorar a identificação de audiências com alta intenção de compra. Essa abordagem permite que os algoritmos analisem, além do comportamento do usuário, o contexto semântico das páginas visitadas, refinando a segmentação e o posicionamento dos anúncios exibidos. Em outras palavras, isso adiciona uma camada a mais de precisão, resultando em ganhos na performance geral das campanhas.

    Com a crescente preocupação com privacidade e regulamentações sobre o uso de dados pessoais, soluções baseadas em IA generativa e preditiva representam uma alternativa estratégica para manter a personalização em ambientes onde a coleta de informações diretas do usuário se torna mais restrita. À medida que essas ferramentas evoluem, espera-se que a adoção de modelos híbridos se torne um padrão de mercado, com aplicações que contribuam para a otimização de campanhas e dos resultados gerados para os anunciantes.

    Ao integrar os modelos preditivos e generativos de IA, as empresas mostram como essa abordagem pode transformar o marketing digital, oferecendo campanhas mais precisas e eficientes. Essa é a nova fronteira da publicidade digital – e as marcas que abraçarem essa revolução terão vantagem competitiva significativa nos próximos anos.

    Neste contexto, a pergunta que fica para os anunciantes não é sobre qual modelo de IA adotar em suas estratégias de marketing, mas como podem combiná-las de modo a alcançar resultados ainda mais eficientes e com uma abordagem mais alinhada ao futuro da publicidade digital.

  • IA e Marketing: tendências e expectativas para 2025

    IA e Marketing: tendências e expectativas para 2025

    A inteligência artificial generativa será um dos principais vetores de transformação tecnológica para 2025. Suas aplicações vão além da automação de processos e da criação de conteúdo, inaugurando um novo paradigma na forma como empresas abordam seus mercados, impulsionando a inovação e redefinindo suas estratégias operacionais. Mas você sabe o que está por trás dessas tecnologias e como vão impactar o seu negócio?

    No centro da IA Generativa estão modelos como GPT (Generative Pre-Trained Transformers) e LLMs (Large Language Models). Essas tecnologias são sustentadas por Deep Learning, uma abordagem que utiliza redes neurais avançadas para processar grandes volumes de dados não estruturados. Juntos, esses elementos formam a espinha dorsal de sistemas capazes de interpretar intenções humanas, prever comportamentos e gerar conteúdo de alta complexidade e relevância.

    Com a capacidade de criar textos, imagens e até vídeos, os modelos generativos já são amplamente utilizados em campanhas de marketing personalizadas, atendimento ao cliente e desenvolvimento de produtos. Em 2025, espera-se que sua adoção se amplie ainda mais, transformando setores inteiros. Ferramentas como as integradas ao Google Search exemplificam a tendência, ao oferecer resultados mais contextuais e personalizados para os usuários.

    Transformação no marketing de performance

    A IA Generativa representa uma mudança estrutural no marketing. Ao integrar LLMs com plataformas de análise semântica, as marcas podem compreender sinais de intenção de compra e comportamento do consumidor com precisão inédita. Esses dados permitem a criação de campanhas altamente segmentadas, ao mesmo tempo em que otimizam o ROI ao alinhar mensagens ao momento ideal de consumo.

    Neste contexto, modelos como o GPT se destacam por sua habilidade de aprender continuamente, ajustando-se a novos inputs e oferecendo soluções em tempo real. Essa adaptabilidade pode transformar a forma como os profissionais de marketing abordam seus públicos, tornando cada interação mais relevante e impactante. Além disso, empresas que já integram essas soluções têm reportado aumentos significativos na eficiência de suas operações e maior engajamento por parte dos consumidores.

    O impacto nos papéis de liderança e operação

    Com a crescente adoção da IA Generativa, os papéis dos profissionais de marketing e tecnologia estão evoluindo. CMOs e CTOs, por exemplo, precisam trabalhar de forma colaborativa para integrar essas tecnologias em suas operações, garantindo que os benefícios sejam maximizados sem comprometer a ética ou a privacidade dos dados e usuários.

    Enquanto a IA assume tarefas operacionais, como análise de dados e automação de processos, as lideranças devem concentrar-se em estratégias de longo prazo, inovação e gestão de mudanças. Organizações que investem na capacitação de suas equipes para lidar com essas ferramentas estão melhor posicionadas para aproveitar as oportunidades que 2025 trará. Nesse sentido, um relatório publicado pela IBM destaca a necessidade de treinamento contínuo e especialização para maximizar o impacto da IA Generativa.

    Desafios éticos e regulatórios em ascensão

    O avanço da IA Generativa não ocorre sem desafios. Governos ao redor do mundo estão implementando legislações para regular seu uso. É o caso do Artificial Intelligence Act, da União Europeia, que estabelece diretrizes rigorosas para garantir o desenvolvimento responsável da tecnologia. Enquanto isso, acordos nos Estados Unidos visam regulamentar o uso de conteúdos protegidos por direitos autorais em algoritmos generativos.

    Além disso, cenários como as fábricas de fake news, deepfakes e a reprodução de vieses algorítmicos destacam a necessidade urgente de comitês de ética corporativos e políticas claras que mitiguem esses riscos. Empresas que se anteciparem a essas questões têm maior chance de consolidar a confiança de consumidores e stakeholders em um mercado cada vez mais competitivo.

    O horizonte da IA Generativa

    Em 2025, a IA Generativa se consolidará como um fomentador estratégico para empresas que buscam inovação e eficiência. Seu impacto transcenderá a automação, tornando-se um elemento central na formulação de estratégias, no desenvolvimento de produtos e na interação com o cliente.

    Se as organizações adotarem uma abordagem proativa, investindo em treinamento, governança e integração tecnológica, estarão mais preparadas para navegar os desafios e capitalizar as oportunidades que a IA Generativa já está trazendo. Mais do que uma ferramenta, ela será uma parceira essencial para a construção do futuro.

  • Black Friday no varejo digital: o que esperar e como se preparar para a data

    Black Friday no varejo digital: o que esperar e como se preparar para a data

    Estamos nos aproximando de uma das datas mais importantes para o varejo brasileiro: a Black Friday. No entanto, é preciso entender que a dinâmica do mercado tem mudado nos últimos anos, e os anunciantes precisam se adaptar a essas transformações para obter o máximo de proveito das oportunidades do período.

    Podemos dizer que nos últimos dois anos o final de semana da Black Friday gerou certa frustração, ficando abaixo das expectativas gerais – ainda que o desempenho do varejo no mês como um todo venha apresentando altas consistentes ano após ano. Isso traz cada vez mais a atenção do mercado para a chamada Black November. 

    Em 2023, a Black Friday movimentou R$ 4,5 bilhões no comércio online, 14,4% abaixo do movimentado no ano anterior. No entanto, ao considerar todo o mês de novembro de 2023, o varejo brasileiro registrou um avanço de 2,2% em comparação ao mesmo período de 2022, segundo o IBGE. Já um levantamento global realizado pela RTB House mostrou que novembro gera até 20% mais conversões do que o segundo maior pico do ano (dezembro), refletindo a importância de um planejamento estratégico que vá além da sexta-feira.

    Para muitos consumidores, a Black November é uma oportunidade para economizar e realizar investimentos maiores, já que muitos aguardam este período para fazer compras significativas. Em vista disso, se antes a expectativa ficava restrita a um único dia de ofertas, hoje a data está diluída, com consumidores esperando um período maior de promoções.

    Planejamento e antecipação são fundamentais

    Para garantir o sucesso dos seus esforços em um dos momentos mais importantes para o e-commerce, é fundamental planejar estratégias de curto, médio e longo prazos. Para aproveitar todo o potencial em torno da data, é importante já preparar sua marca e o seu site para a oportunidade de escala de vendas que almejamos em novembro.

    Dados da RTB House sobre a Black Friday mostram que os anunciantes que investem em campanhas de prospecção já a partir do terceiro trimestre do ano tendem a alcançar melhores resultados em novembro, sobretudo por construírem uma base maior de usuários potenciais para escalar campanhas de conversão como o retargeting. 

    Isso ocorre porque durante a Black November há um aumento de 4,5 vezes no número de usuários engajando com as marcas, e de 3,7 vezes se olharmos para usuários inativos, o que ressalta o potencial da data para aumentar a base de clientes a partir de campanhas de prospecção e engajamento.

    Checklist de planejamento de mídia para a Black Friday

    • Dilua os seus investimentos: no lugar de uma data fixa, invista numa abordagem Black November e inicie as ofertas com alguns dias ou semanas de antecedência;
    • Aumente e aqueça a sua base de usuários antecipadamente: a partir do terceiro trimestre, invista em campanhas de prospecção para engordar o funil de vendas e possibilitar escala no volume de conversões em novembro;
    • Diferencie-se da concorrência: crie oportunidades ou descontos exclusivos, como páginas específicas de descontos com marcas parceiras (co-branding);
    • Conheça o seu público: realize testes A/B antecipadamente para entender quais mensagens, criativos e ofertas funcionam melhor com seu público;
    • Inclua outras áreas no planejamento: cheque a integração de estoque e logística com o e-commerce, a fim de evitar falhas de tagueamento e feed;