Author: Ariel Salles

  • O impacto da automação na eficiência e competitividade empresarial

    O impacto da automação na eficiência e competitividade empresarial

    A automação empresarial não é mais uma opção, é uma necessidade. No mundo corporativo atual, onde a competitividade cresce exponencialmente, insistir em processos manuais é, na minha opinião, condenar-se à estagnação. Para sobreviver, as empresas precisam de agilidade, precisão e eficiência, características que a automação oferece ao otimizar processos e reduzir custos. Mais do que substituir tarefas manuais, trata-se de transformar operações, eliminando gargalos, aumentando a produtividade e preparando os negócios para competir em um mercado cada vez mais exigente. Ignorar essa mudança é abrir mão de oportunidades de crescimento e inovação.

    Os números não deixam dúvidas sobre essa transformação. Segundo um estudo da Microsoft, 74% das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) já utilizam inteligência artificial (IA) em seus negócios. Dessas, 46% aplicam a tecnologia especificamente para otimizar custos operacionais, um dado que, na minha visão, demonstra como a automação está ao alcance de empresas de menor porte, desmistificando a ideia de que ela é privilégio de grandes corporações.

    E no caso dessas empresas maiores, a automação também tem papel central. Uma pesquisa da Deloitte revelou que 58% delas utilizam IA em suas operações diárias. As aplicações vão desde a rotina administrativa (44%) e apoio à tomada de decisão (43%), até o atendimento ao cliente (39%) e análise de big data para desenvolvimento de softwares (32%). Esses dados reforçam como a automação é versátil, beneficiando áreas estratégicas e operacionais de maneira integrada.

    Ainda assim, muitas companhias hesitam em adotar a automação. No meu ponto de vista, isso se deve a uma combinação de desconhecimento, receio de custos iniciais e a falsa percepção de que essa transformação é complexa demais. O maior erro, porém, é ignorar o retorno desse investimento. Automatizar é investir na eficiência a longo prazo, eliminando retrabalhos, otimizando recursos e liberando equipes para atividades mais estratégicas.

    Outro ponto que, frequentemente, surge é o medo de que a automação substitua as pessoas. No entanto, o objetivo não é substituir, mas sim liberar os colaboradores de tarefas repetitivas, permitindo que se concentrem em atividades mais criativas e de maior valor agregado. A automação, ao tornar as operações mais eficientes, cria espaço para que os profissionais assumam papeis mais estratégicos e inovadores, enriquecendo suas funções e contribuindo para o crescimento das empresas.

    Apesar de tudo isso, o Brasil ainda enfrenta barreiras importantes. Não há como negar que as empresas, especialmente as de pequeno porte, lidam com obstáculos estruturais, como falta de acesso a tecnologias e regulamentações pouco eficazes. Na minha opinião, incentivos governamentais voltados à transformação digital seriam cruciais para democratizar essas ferramentas e acelerar a modernização do mercado brasileiro.

    Os dados mostram que quem investe em automação colhe os frutos. Empresas que integram IA e outras tecnologias aos seus processos conseguem não só reduzir custos, mas também se posicionar de maneira mais ágil e estratégica. Por outro lado, aquelas que resistem às mudanças correm o risco de se tornarem irrelevantes em um mercado que valoriza a inovação e a eficiência.

    Automatizar não é mais um diferencial; é uma condição para prosperar. O futuro dos negócios pertence às companhias que escolhem a automação agora, com coragem e estratégia. Afinal, eficiência e inovação não são mais opcionais, mas pilares essenciais para sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo.

  • O impacto do Blockchain no setor financeiro

    O impacto do Blockchain no setor financeiro

    Entre tantas tendências que envolvem a transformação digital, uma tecnologia tem se destacado como um farol de segurança e inovação: o blockchain. Seu surgimento no ano de 2008, não apenas despertou a curiosidade dos especialistas do segmento, mas também conquistou o interesse e a confiança de líderes empresariais em todo o mundo. Mas afinal, qual é o impacto desse mecanismo no setor financeiro? 

    Antes de tudo, é preciso entender o que de fato é essa tecnologia. O blockchain proporciona uma arquitetura descentralizada, eliminando a necessidade de intermediários. Com isso, a ferramenta reduz custos operacionais e minimiza o risco de fraudes e manipulações. Além disso, a sua capacidade de registrar transações de forma imutável e auditável é um dos principais fatores que têm levado instituições financeiras a adotarem essa tecnologia em seus processos.

    Essa tendência se alinha ao crescente foco das empresas em segurança, que se tornou um fator significativo nas decisões estratégicas. Para se ter uma ideia dessa importância, segundo a 1ª etapa da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024, realizada pela Deloitte, o blockchain é prioridade estratégica para 56% dos bancos brasileiros, reforçando a relevância dessa tecnologia no cenário financeiro.

    Pensando nisso, um dos exemplos mais notáveis de aplicação no setor financeiro é a transformação das operações de pagamentos e transferências internacionais. Normalmente, esses processos eram caros e demorados, exigindo a intervenção de várias corporações. Com esse sistema, as transferências podem ser realizadas quase instantaneamente e com custos reduzidos, permitindo que instituições financeiras ofereçam serviços mais competitivos e ágeis.

    Além dos pagamentos, o recurso está revolucionando o registro e a negociação de ativos financeiros. O ajuste de ações, títulos e outros ativos em plataformas baseadas em blockchain é mais rápido, seguro e econômico, eliminando intermediários e reduzindo o risco de fraude. Outro exemplo é o uso de contratos inteligentes para automatizar e assegurar acordos financeiros, oferecendo uma camada adicional de segurança e eficiência.

    Identidades digitais seguras formam outra área em que esse recurso está fazendo a diferença. A fraude de identidade é uma das maiores preocupações do setor financeiro e pensando nisso, a ferramenta oferece uma solução robusta, criando registros imutáveis e verificáveis. 

    O segredo está na criptografia, uma tecnologia que converte informações em códigos difíceis de decifrar. Cada bloco de dados funciona como um cofre digital, blindado por uma camada de criptografia que é extremamente difícil de quebrar. Isso não só assegura que os dados permaneçam confidenciais e intactos, mas também proporciona um método claro e permanente para registrar transações.

    Para se ter uma ideia desse impacto, um levantamento feito pelo Blockdata, mostrou que 44 das 100 maiores companhias do mundo com capital aberto utilizam soluções tecnológicas em processos internos, produtos e serviços. Dessas, 22 já pesquisam como integrar o blockchain em suas rotinas ou processos. Além disso, de acordo com uma pesquisa feita pela Deloitte, cerca de 70% das empresas entendem que o mecanismo pode trazer benefícios significativos nas operações. 

    Apesar dos benefícios, existem desafios na adoção do mecanismo no setor financeiro. Um dos principais obstáculos é a regulamentação. A tecnologia desafia as estruturas regulatórias tradicionais, que estão acostumadas a lidar com intermediários centralizados.  Pensando nisso, reguladores em todo o mundo estão trabalhando para criar diretrizes que permitam o uso seguro da solução tecnológica, sem comprometer a integridade do sistema financeiro. 

    Mesmo com desafios, o futuro no setor financeiro parece promissor. Com tendências surgindo a todo instante, a ferramenta tem um enorme potencial para causar um impacto profundo na sociedade. Além de reduzir custos, a tecnologia pode aumentar a inclusão financeira ao proporcionar serviços de banco para milhões de pessoas. 

    Conforme os desafios regulatórios forem superados e a tecnologia se tornar mais acessível, podemos esperar mudanças significativas na forma como o setor financeiro opera, trazendo benefícios como maior transparência e uma maior democratização dos serviços na área.