Author: Igor Castroviejo

  • Os principais erros durante a jornada do consumidor

    Os principais erros durante a jornada do consumidor

    Antes mais reativo durante as relações de consumo, agora os clientes costumam ditar as regras junto às empresas. Um estudo da McKinsey & Company mostrou, por exemplo, que 71% dos usuários esperam interações personalizadas das companhias, sendo que 76% se sentem frustrados quando isso não ocorre. Aliado a isso, levantamento da Accenture aponta que 91% dos consumidores têm mais chances de comprar daqueles que fazem ofertas e recomendações relevantes e que tenham a ver com seus gostos.

    Por esse motivo, empresas de diversos segmentos têm investido em aprimorar cada vez mais a jornada do consumidor em suas plataformas. Geralmente, esse caminho se divide nas etapas: consciência, consideração, decisão e compra. Entendendo bem cada tópico, além de oferecerem soluções personalizadas que se encaixem no dia a dia de seu público-alvo, essas companhias conseguem entender melhor o canal e o momento mais adequado para fazer isso, fidelizando seus usuários. Para se ter uma ideia, estudo do Boston Consulting Group mostra que as companhias líderes em Customer Experience  (CX) crescem 190% a mais que a média.

    No entanto, alguns equívocos ainda são cometidos durante esse processo. Isso pode acarretar em prejuízos e perda de clientes importantes, que não se sentem respeitados ou representados por determinada marca. Isso é comprovado pela pesquisa Anuário do Gestor: CX Trends 2024, que mostra que 58% dos consumidores abandonam uma marca após uma experiência negativa.

    Dessa maneira, a fim de educar as companhias brasileiras a terem uma jornada do consumidor perfeita e sem ruídos, seguem abaixo os principais erros a serem evitados durante essa etapa:

    • Abordagem fragmentada

    Muitas empresas costumam lidar com diversos fornecedores e contratos no gerenciamento da jornada do consumidor. Pegando players que oferecem serviços financeiros como exemplo, existem processos valiosos como KYC (Know Your Customer), análises de crédito e até mesmo estimativas de renda e avaliações preditivas.

    Porém, em alguns casos, esse grande conjunto de informações acaba muito fragmentado e deixa o trabalho ineficiente, já que dados relevantes podem ser armazenados em sistemas diferentes, o que gera retrabalhos e dificulta a elaboração de insights mais assertivos. Além disso, a utilização de múltiplas plataformas acarreta em um custo muito elevado para o negócio. 

    Aqui, a dica mais importante é tentar centralizar tudo, de preferência contratando uma uma solução unificada que integre todas essas capacidades em uma só plataforma. Assim, o player economiza tempo e recursos, conseguindo acessar informações relevantes com mais facilidade, o que otimiza sua estratégia.

    • Falta de atualização das informações do cliente

    Para ter uma relação de proximidade com o cliente, é importante estar sempre atualizado sobre aspectos relevantes de sua vida, como canais mais utilizados por ele ao fazer compras, produtos mais acessados, métodos de pagamento favoritos, formas de contato mais efetivas,  etc. 

    Contudo, boa parte das companhias brasileiras ainda não investem em conseguir essas informações, o que acarreta em atitudes que afastam o seu usuário, como fazer contatos em horas ruins, oferecimento de produtos que nada tenham a ver com seus gostos, acionamento ao cliente por meio de um canal que ele não tem familiaridade, ausência de um histórico de interações, etc.

    Pesquisa da Connect Shopper aponta que somente quatro em cada 10 varejistas conhecem de fato seu cliente. O mesmo estudo ainda aponta que cerca de R$ 12 bilhões são perdidos por causa de ofertas equivocadas, sendo que menos de 25% dessas companhias possuem algum embasamento para apostar em estratégias direcionadas.

    Para sanar essa dor, existem hoje no mercado soluções de Inteligência Artificial que, combinadas com análise de dados, concedem informações relevantes para os players. Agora, é possível ir até um pouco além do tradicional,  mapeando interações multicanais, comportamento online, registros fiscais, profissão e até mesmo relacionamentos com a concorrência.

    • Não adotar uma estratégia omnichannel

    Uma pesquisa da Opinion Box mostra que 90% dos consumidores esperam que as empresas tenham uma estratégia de atendimento em múltiplos canais de venda, com 77% deles afirmando já terem adquirido mercadorias em diferentes deles. Além disso, um levantamento da Deloitte mostra que os clientes que transitam entre os diversos pontos de contato de um mesmo player tendem a gastar 82% a mais do que aqueles que se limitam a apenas um.

    Dessa forma, não investir em uma estratégia omnichannel pode ser prejudicial ao negócio, fazendo com que potenciais clientes se afastem da marca por se sentirem menosprezados por ela. Ao integrar a comunicação entre diversos canais, as empresas aumentam a satisfação de seus usuários e, de quebra, oferecem uma experiência mais personalizada no processo de compra, evitando ruídos e promovendo maior fidelização.

    Apenas para contexto, um levantamento da McKinsey & Company mostra que companhias que apostam no omnichannel têm aumento de 10% de participação no mercado.

  • Será 2025 um ano com menos fraudes no e-commerce?

    Será 2025 um ano com menos fraudes no e-commerce?

    Sempre que se fala de compra online, não tem como evitar mencionar algo que é o terror tanto dos consumidores quanto dos lojistas: as fraudes. E não é para menos, já que dados do relatório “The State of Fraud and Abuse 2024” mostram que há uma projeção para que as perdas decorrentes desses golpes virtuais superem US$343 bilhões até 2027. No entanto, da mesma forma que os malfeitores estão cada vez mais criativos na hora de desenvolverem iniciativas criminosas, as empresas também têm dado excelentes passos para garantir um ambiente seguro para seus consumidores. Dessa maneira, podemos dizer que 2025 será um ano em que as fraudes no comércio eletrônico terão uma redução?

    Um estudo da BigDataCorp mostrou que o índice de segurança digital do e-commerce brasileiro atingiu mais de 95% no início de 2024 graças ao aumento do uso de SSL (Secure Sockets Layer), que usa criptografia para proteger os dados  dos internautas. Além disso, o próprio consumidor anda mais alerta e tem conseguido identificar com mais facilidade quando uma transação é fraudulenta. De acordo com levantamento da Opinion Box, 91% dos usuários já desistiram de uma compra online justamente por desconfiar de golpes.

    Outro ponto que conta a favor do combate às fraudes é a Inteligência Artificial. Por meio de sua utilização combinada com análise de dados e machine learning, por exemplo, muitos varejistas conseguem definir padrões para uma transação normal e agir antecipadamente quando enxergam uma compra  suspeita. A tecnologia pode se basear em diversos tópicos como recorrência, local da compra, meio de pagamento mais utilizado, perfil do cliente, etc.

    Além disso, a IA é capaz de traçar perfis de usuários suspeitos, bloqueando seu acesso à plataforma de e-commerce e prevenindo futuros golpes. Nesse caso, a tecnologia, também relacionada a machine learning, se baseia em informações diversas como comportamento online e análise de perfil, monitorando endereço de e-mail, IP e telefone. Com esses dados, o varejista é capaz de traçar as intenções daquele indivíduo, verificando a possibilidade de roubos de identidades, invasão de contas e até mesmo o histórico de inadimplência.

    Por conta desse leque de possibilidades, um levantamento da Associação de Investigadores de Fraudes Certificados (ACFE) e da SAS mostra que 46% dos profissionais antifraude na América Latina já utilizam IA e machine learning em seu dia a dia de trabalho. Além disso, um estudo da EY indica que a tecnologia tem aproximadamente 90% de precisão na detecção de spam, malware e invasões de rede. 

    Enquanto ainda não existem dados completos sobre a quantidade de fraudes no e-commerce durante o ano de 2024, já que ainda estamos no começo de 2025, 2023 enxergou uma queda expressiva de 29% nas tentativas de golpe nessas plataformas, segundo dados do levantamento Raio-X da Fraude 2024. Isso acende uma esperança, mostrando que a tecnologia tem sido uma aliada e contribui para um horizonte mais otimista para o setor.

    Dessa maneira, podemos dizer que o combate a fraudes no ambiente online está cada vez mais efetivo, com tecnologias que inibem a ação dos criminosos. Embora pareça bastante desafiador, o cenário para 2025 é positivo, com maior confiança e segurança por parte dos varejistas. Por mais que seja difícil atestar se as fraudes de fato diminuirão este ano, temos a convicção de que os players estão se atualizando para que os golpes online sejam uma realidade cada vez mais rara, dando lugar a uma excelente experiência do cliente nas plataformas.

  • Quais são as fraudes mais comuns no e-commerce e como os players podem evitá-las?

    Quais são as fraudes mais comuns no e-commerce e como os players podem evitá-las?

    No Brasil, o e-commerce já faz parte do dia a dia dos cidadãos, sendo uma das formas favoritas de se fazer compras. Apenas para termos uma base, dados recentes da pesquisa BigDataCorp mostram que o número de sites destinados para aquisições online aumentou mais de 45% desde 2014, totalizando 20 milhões de páginas. Além disso, um levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) aponta que as vendas totais do segmento chegaram a mais de R$ 44 milhões somente no primeiro trimestre deste ano.

    No entanto, como em todo setor que faz sucesso, é necessário atenção. Isso porque criminosos se aproveitam dessa popularidade para tentar enganar tanto empresas quanto consumidores e, com isso, ganhar um dinheiro fácil. Dados da Juniper Research atestam que, até 2027, as perdas com fraudes em pagamentos online podem chegar a US$ 343 bilhões globalmente. Em se tratando de Brasil, estudo da ClearSale apontou que, no último ano, o valor das tentativas de golpe chegou a R$ 3,5 bilhões.

    Por mais que os consumidores também sejam lesados com fraudes, geralmente o lojista é quem paga o pato, já que na maioria dos casos é ele quem fica sem o produto e ainda precisa realizar cashback para clientes que foram vítimas em sua plataforma. Dessa forma, a nível de informação, seguem abaixo os quatro golpes mais comuns do e-commerce e como as empresas podem se prevenir.

    Autofraude

    Nessa modalidade de golpe, o criminoso faz uma compra normalmente por meio da plataforma de e-commerce. Contudo, após a chegada do produto, ele abre uma reclamação e alega que a mercadoria não foi entregue. Assim, recebe um reembolso do lojista mesmo tendo o item em mãos, dando prejuízo duplo à loja online.

    Roubo de identidade

    Usando informações roubadas como número de cartão de crédito e CPF, os golpistas fazem diversas compras na loja virtual, muitas vezes estourando o limite bancário da pobre vítima. Quando descoberto o golpe, o problema passa a ser do lojista, que além de ficar sem a mercadoria, ainda precisa ressarcir o consumidor que teve as informações utilizadas de forma não autorizada.

    Golpe da interceptação

    Também  utilizando um cartão roubado, os criminosos fazem uma compra no e-commerce e registram o endereço da vítima. Porém, uma vez que o pedido tenha sido concluído, os malfeitores entram em contato com a plataforma de comércio eletrônico e alegam ter “errado o local”, pedindo para que a entrega seja feita em outra localidade. 

    Teste de cartões

    Em posse de um cartão roubado, os criminosos começam fazendo pequenas compras para checar se o sistema antifraude do e-commerce os detecta. Caso passem despercebidos, passam a fazer aquisições cada vez maiores, deixando um rombo financeiro para a vítima.

    Para evitar esses tipos de golpe, uma tecnologia tem se mostrado muito efetiva: a Inteligência Artificial. Dados da Associação de Investigadores de Fraudes Certificados (ACFE) apontam que, mundialmente, 18% dos profissionais do segmento de combate a fraudes já utilizam a IA e o Machine Learning em seu trabalho. Além disso, um estudo da Nvidia mostrou que 78% dos profissionais de setores financeiros também têm utilizado IA para enfrentar desafios referentes a golpes.

    Isso acontece porque ao se utilizar IA combinada com análise de dados, é possível identificar indivíduos mais propensos a ações fraudulentas, já que a tecnologia faz uma análise completa de todos os rastros virtuais dessa pessoa, incluindo o comportamento online. Dessa maneira, é possível obter uma verdadeira dimensão das suas intenções e atitudes no ambiente virtual. 

    Além disso, com o Machine Learning, que é o aprendizado automatizado de máquinas, o sistema dos players de e-commerce vai reconhecendo os padrões dos golpes mais comuns. Com isso, de forma automática, a tecnologia diferencia uma transação legítima de uma fraudulenta graças a especificações que somente essa solução consegue detectar, uma vez que os golpistas estão cada vez mais informados e criativos em suas empreitadas, passando imunes aos métodos tradicionais.