Author: Regina Monge

  • Economia da Atenção e o e-commerce: o papel da neurociência na experiência do cliente

    Economia da Atenção e o e-commerce: o papel da neurociência na experiência do cliente

    Atualmente, muitas empresas, especialmente no varejo, utilizam a Inteligência Artificial (IA) e outras tecnologias para resolver desafios específicos dentro de suas organizações. Algumas estão focadas em otimizar campanhas de marketing, enquanto outras desenvolvem estruturas complexas, como data lakes, para gerenciar grandes volumes de dados. Esse movimento é impulsionado por diversos fatores: o avanço das tecnologias, a própria evolução da IA e, principalmente, a necessidade de capturar a atenção do consumidor em meio a uma enxurrada de estímulos visuais e informacionais. 

    Com a rápida evolução tecnológica, vivemos em uma era de Economia da Atenção, onde a atenção dos consumidores é um dos recursos mais escassos e mais disputados pelas marcas. Empresas e plataformas de e-commerce competem diariamente para atrair a atenção dos usuários, e as inovações em IA e neurociência aplicada aos negócios permitem não apenas medir a atenção, mas também garantir uma experiência de compra mais fluida e sem pontos de fricção. 

    O que é a Economia da Atenção? 

    Economia da Atenção refere-se ao fato de que a atenção dos consumidores é um recurso limitado, especialmente em um ambiente saturado de informações. No e-commerce, essa disputa é ainda mais intensa. A pesquisa em neurociência permite uma compreensão mais precisa de como capturar a atenção, otimizando campanhas publicitárias, navegação pelas plataformas, processos de checkout e a usabilidade como um todo. 

    Neurociência e IA transformam aexperiência do consumidor no e-commerce 

    As tecnologias de IA utilizam algoritmos avançados para replicar processos biológicos do cérebro humano. No e-commerce, isso significa identificar e prever como os consumidores interagem com os elementos visuais de um site. Ao analisar dados visuais e de comportamento, as empresas podem diminuir fricções, otimizando o design de páginas (por exemplo, home), produtos ou checkout, a forma de exposição de produtos e a experiência do usuário, garantindo que o consumidor encontre o que precisa de forma ágil e intuitiva. 

    A combinação da IA, que já é bastante utilizada pelas empresas, com a pesquisa de neurociência, permite que as marcas não só mapeiem os processos automáticos do cérebro — como percepção de cor, posicionamento visual e saliência — como também verifiquem se a experiência de compra está sendo criada sem fricções no cérebro do consumidor. Além disso, ajuda a determinar se a marca está construindo memória de marca para os usuários, aumentando assim as taxas de conversão, evitando frustrações que geram emoções negativas e, com isso, facilitando todo o processo de compra. 

    Impactos no futuro do e-commerce 

    A aplicação da IA no e-commerce não apenas melhora a eficiência das operações como abre portas para inovações em áreas como logística, personalização e, em especial, no relacionamento com o cliente. Além do design de sites e experiência de checkout, as tecnologias permitem que as marcas ofereçam um processo mais fluido, reduzindo o abandono de carrinhos e aumentando a satisfação do cliente. 

    A pesquisa em neurociência também contribui para uma jornada de compra mais eficiente e memorável, com menos interrupções e fricções, o que é essencial para garantir a experiência positiva e o crescimento sustentável. Afinal, por trás de toda venda há sempre um ser humano buscando uma conexão genuína. 

    À medida que as tecnologias de IA e neurociência evoluem, as marcas no e-commerce têm oportunidade única de melhorar significativamente a experiência do cliente. No entanto, o sucesso não está apenas em capturar a atenção do consumidor, mas em garantir que ela seja convertida em interações positivas e sem fricções, respeitando preferências e privacidade dos usuários. 

    Nesse novo paradigma da Economia da Atenção, a construção de uma marca forte e diferenciada, com posicionamento de mercado único e propósito claro, livre de fricções, tornou-se responsabilidade estratégica das lideranças. Elas precisam garantir que as operações de e-commerce estejam alinhadas com as expectativas do consumidor moderno, que se adapta rapidamente às novas tecnologias. No entanto, embora o cérebro humano adore o novo, a mudança de comportamento não é instantânea.  

    Entender essa dinâmica permite que as empresas trabalhem com dados, velocidade e estratégia, integrando a neurociência para criar conexões autênticas com os consumidores. No entanto, é crucial estar atento a taxa de churn, métrica que indica o quanto a empresa perdeu de receita ou clientes. Afinal, ignorar sinais de desconexão com o cliente pode levar ao aumento dessa taxa e comprometer não só a retenção, mas também o crescimento sustentável ocasionado por não olhar para o lado do fator humano. 

  • Neurociência ajuda a destacar sua marca na Black Friday

    Neurociência ajuda a destacar sua marca na Black Friday

    Não é segredo que a Black Friday se tornou uma das datas mais importantes para o varejo brasileiro, e muitas empresas já utilizam Inteligência Artificial (IA) para otimizar operações e campanhas durante o período, esperando alta performance na data tão esperada. Também não é novidade que a IA já é usada como ferramenta estratégica e essencial para analisar dados e personalizar ofertas de produtos e serviços. Entretanto, existe um grande diferencial que pode elevar ainda mais o impacto dessas tecnologias: a neurociência aplicada aos negócios. 

    Ao combinar os recursos da IA com o poder da pesquisa de neurociência, as empresas conseguem aprofundar o entendimento sobre como o cérebro humano processa informações e toma decisões, oferecendo uma vantagem crucial para ações de comunicação de marca, principalmente em datas sazonais como a Black Friday. 

    A neurociência ajuda as marcas a criarem conexões emocionais mais fortes e a melhorarem a construção de memória de marca, fatores decisivos para capturar a atenção em um ambiente extremamente competitivo, o que é importante antes de realizar investimentos massivos em mídia, seja digital ou tradicional. Afinal, o orçamento de mídia é total, e seu uso fragmentado entre diferentes canais é que gera a separação. Para efeito de budget, quanto mais assertiva a marca for, menos recursos serão desperdiçados, garantindo uma alocação de verba mais eficiente. 

    Por que a neurociência é crucial para a Black Friday? 

    A Economia da Atenção nos mostra que, em um mercado saturado de informações e estímulos, como ocorre durante a promoção da Black Friday, o foco de atenção do consumidor é um dos recursos mais disputados e escassos. O uso da IA ajuda a entender padrões de comportamentos e a personalizar ofertas. Porém, a neurociência leva essa análise de dados a outro patamar, pois ao aplicar a pesquisa  para avaliar previamente peças, páginas de vendas, embalagens e conteúdos diversos, as marcas conseguem entender como o cérebro humano reage aos estímulos visuais, auditivos e emocionais. Dessa forma, é possível antecipar o impacto desses elementos nas decisões de compra antes mesmo da veiculação das campanhas. 

    Na Black Friday, quando a disputa por atenção é intensificada, o uso de dados neurocientíficos pode ser a chave para destacar a marca em meio à enxurrada de promoções, que em geral são muito parecidas entre si. O uso da neurociência permite identificar estímulos cognitivos que capturam a atenção do consumidor rapidamente, como a percepção de cores, saliência visual e o uso de mensagens persuasivas, influenciando diretamente as escolhas de compra em um curto espaço de tempo. 

    Como a neurociência potencializa a IA na Black Friday? 

    As tecnologias de IA são bem eficazes em analisar grandes volumes de dados, mas a neurociência complementa essa capacidade ao fornecer a compreensão profunda sobre como o cérebro humano processa os dados. Ao aplicar a neurociência para moldar as interações durante a Black Friday, as empresas podem melhorar sua capacidade de capturar a atenção do consumidor, reduzir fricções no processo de compra e, consequentemente, elevar as vendas. Na Black Friday, o tempo de decisão é extremamente curto, e cada segundo conta. Veja a seguir o que a combinação de IA e neurociência permite. 

    Otimizar a experiência do usuário: As marcas podem garantir que os consumidores tenham uma experiência sem fricções, rápida e intuitiva, guiada pelos princípios cognitivos que potencializam a eficiência na navegação e compra. 

    Fortalecer o impacto das ofertas: Ao entender quais estímulos visuais e mensagens capturam a atenção de maneira mais eficaz, as marcas podem adaptar campanhas para se destacar nas multidões e converter a atenção em ação. 

    Reduzir o abandono de carrinho: Aplicando a neurociência para identificar pontos de fricção cognitiva no processo de compra, as marcas conseguem melhorar significativamente a taxa de finalização de compras. 

    O futuro da Black Friday com neurociência e IA 

    Enquanto a IA é uma ferramenta indispensável para personalizar ofertas e automatizar processos, a neurociência oferece uma vantagem competitiva diferenciada como estratégia de marca ao explicar como o cérebro reage a essas interações. Durante a Black Friday, onde a decisão de compra além de rápida é na maioria das vezes emocional, é fundamental que as marcas alinhem estratégias com o comportamento cognitivo do consumidor. Ao usar a neurociência para criar conexões emocionais e potencializar a experiência do usuário, as marcas podem não apenas aumentar suas vendas, mas fortalecer a criação de memória de marca, assegurando que o consumidor se lembre dela em compras futuras.  

    À medida que as marcas se preparam para a Black Friday, a combinação de IA e neurociência oferece uma abordagem poderosa para capturar e manter a atenção do consumidor em um curto período de tempo.  

    As marcas que conseguirem integrar esses dois mundos estarão mais bem preparadas para criar uma experiência de compra envolvente, impulsionar as vendas e aumentar a retenção a médio e longo prazos. Em resumo, saber como se destacar e criar conexões emocionais autênticas será a chave para o sucesso.