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  • Inteligência Artificial: o novo motor por trás das estratégias de vendas

    Inteligência Artificial: o novo motor por trás das estratégias de vendas

    Nos últimos anos, a inteligência artificial tem se mostrado uma aliada poderosa para empresas que buscam otimizar suas estratégias de vendas e se destacar em um mercado cada vez mais competitivo. Com a capacidade de analisar grandes volumes de dados em tempo real, automatizar processos e personalizar o atendimento ao cliente, a IA está transformando a forma como as empresas interagem com seus consumidores e, consequentemente, impactando diretamente seus resultados comerciais.

    De acordo com a sexta edição do relatório State of Sales, da Salesforce, que, em 2024, ouviu mais de 5.500 profissionais de vendas em 27 países, incluindo 300 brasileiros, concluiu que oito em cada dez dos vendedores brasileiros (81%) estão usando Inteligência Artificial (IA) no trabalho, mas só 28% desse tempo é gasto se relacionando com clientes e fazendo vendas. 

    Pensando nisso, Raphael Lassance, sócio e mentor do Sales Clube, maior ecossistema especializado em soluções de vendas para empresas, listou 4 motivos para a utilização da inteligência artificial nas estratégias de vendas de qualquer empreendedor. Confira: 

    1. Automação e eficiência no processo de vendas

    Uma das principais vantagens da IA nas estratégias de vendas é a automação de tarefas repetitivas e administrativas. Ferramentas baseadas em IA podem cuidar da triagem de leads, responder a perguntas frequentes através de chatbots e até realizar a qualificação de leads, liberando os vendedores para focarem em interações mais complexas e no fechamento de negócios.

    Além disso, a IA é capaz de analisar o comportamento do consumidor de maneira detalhada, identificando padrões e sugerindo as melhores abordagens para conversão. Com algoritmos preditivos, a tecnologia consegue prever quais clientes têm maior probabilidade de realizar uma compra, otimizando os esforços da equipe de vendas e aumentando a taxa de conversão.

    2. Personalização da experiência de compra

    Outra área em que a IA tem se destacado é na personalização da experiência do cliente. Por meio de sistemas de recomendação, como os utilizados por grandes plataformas de e-commerce, as empresas conseguem oferecer produtos e serviços personalizados com base no histórico de navegação e compras anteriores dos consumidores.

    Essa personalização não se limita apenas aos produtos, mas também ao atendimento. A IA pode ser integrada aos sistemas de CRM para oferecer interações mais assertivas, com recomendações, promoções ou conteúdos específicos para cada cliente, tudo baseado no comportamento e nas preferências individuais.

    3. Análise de dados para decisões estratégicas

    A capacidade de analisar grandes volumes de dados, ou Big Data, é uma das maiores forças da IA. Ao processar dados de diversas fontes (sites, redes sociais, CRM, etc.), a ferramenta oferece insights valiosos sobre o comportamento do consumidor, tendências de mercado, eficácia das campanhas de vendas e até mesmo o desempenho de vendedores individuais.

    Esses insights podem ser utilizados para ajustar as estratégias em tempo real, permitindo uma tomada de decisão mais rápida e assertiva. Por exemplo, se uma campanha de vendas não está gerando os resultados esperados, a IA pode identificar rapidamente o que precisa ser alterado, como o público-alvo ou o tipo de oferta apresentada.

    4. Treinamento de equipes e aumento de produtividade

    A IA também tem sido utilizada no treinamento de equipes de vendas, através de ferramentas que simulam interações com clientes e analisam o desempenho dos vendedores. Ao monitorar e fornecer feedback instantâneo, essas soluções ajudam a aprimorar as habilidades dos profissionais de vendas, tornando-os mais eficazes e produtivos.

    Além disso, a automação de processos permite que as equipes se concentrem no relacionamento com o cliente, em vez de perder tempo com tarefas administrativas ou rotineiras.

    “A inteligência artificial é, sem dúvida, uma aliada estratégica para as empresas que buscam aumentar sua competitividade e melhorar seus processos de vendas. Ao automatizar tarefas, melhorar a personalização e otimizar decisões com base em dados, as empresas podem alcançar novos patamares de eficiência e sucesso”, afirma Lassance. 

    Entretanto, ressalta que é fundamental o equilíbrio entre a automação e o toque humano. “Embora a IA possa otimizar muitos processos, a empatia e a conexão emocional com o cliente ainda são aspectos fundamentais que não podem ser totalmente substituídos pela tecnologia”, finaliza.

  • Koin aprimora a prevenção de fraudes no e-commerce com o lançamento do KoinTrueMatch

    Koin aprimora a prevenção de fraudes no e-commerce com o lançamento do KoinTrueMatch

    Com o aumento das fraudes no ambiente digital, garantir a segurança das transações sem comprometer a experiência do consumidor tornou-se um dos maiores desafios do varejo online. Negócios precisam de soluções que protejam seus clientes sem gerar atritos no processo de compra. 

    Para enfrentar esse cenário, a Koin, fintech especializada em meios de pagamento e prevenção de fraudes, lançou o KoinTrueMatch no Brasil. Essa inovação oferece uma verificação ágil e inteligente para e-commerces, permitindo que validem, em milissegundos, se o cartão utilizado pertence ao titular do documento informado, tudo de forma transparente, sem comprometer a fluidez da jornada de compra.

    “Com o KoinTrueMatch, estamos elevando a segurança das transações online a um novo patamar, combinando tecnologia de ponta e inteligência avançada para oferecer aos lojistas uma solução robusta e eficaz no combate a fraudes. Nosso compromisso é garantir que a proteção contra atividades fraudulentas não comprometa a experiência do consumidor, permitindo que empresas maximizem suas vendas com confiança, sem abrir mão da agilidade e da conversão”, afirma Alejandro Morón, diretor de Prevenção de Fraude da Koin.

    A maioria dos e-commerces não consegue confirmar se o titular do cartão e o comprador são a mesma pessoa, pois essas informações são protegidas pelos bancos emissores. O KoinTrueMatch resolve essa lacuna com uma verificação instantânea, permitindo que os comerciantes validem rapidamente a titularidade do cartão. No entanto, essa checagem não bloqueia automaticamente transações suspeitas.

    Compras legítimas, como aquelas feitas com cartões de familiares, são analisadas com inteligência contextual, evitando recusas indevidas. Já compras de alto risco, como passagens aéreas de última hora em locais suspeitos, recebem alertas automáticos para reforçar a tomada de decisão dos lojistas.

    Biometria e validação avançada

    Para reforçar ainda mais a segurança, a solução pode ser combinada com biometria facial. Com uma selfie e uma foto do documento, o sistema confirma a identidade do comprador e cruza os dados com bases governamentais no Brasil, garantindo uma validação precisa e confiável.

    Outro diferencial da ferramenta é sua abordagem de fricção dinâmica, um modelo que adapta o nível de segurança ao perfil do cliente. Compradores recorrentes, com histórico confiável, passam pelo checkout sem barreiras adicionais, enquanto novas contas ou transações suspeitas passam por validações extras. Essa abordagem garante segurança sem comprometer a experiência do usuário, permitindo que lojistas reduzam fraudes sem impactar negativamente as vendas.

  • Estratégia de link building pode impulsionar resultados nas buscas do Google em 2025

    Estratégia de link building pode impulsionar resultados nas buscas do Google em 2025

    Em análise do período de novembro a janeiro, o interesse pelo termo “link building” atingiu seu maior pico em janeiro, de acordo com o Google Trends. Esse “boom” reflete o momento em que muitas empresas planejam novas estratégias de marketing digital para o ano. Em 2025, a construção de backlinks de qualidade – fundamentais para melhorar o posicionamento orgânico no Google – segue como uma das tendências mais relevantes no mercado de SEO.

    Mas, afinal, o que é link building? 

    Link building é uma estratégia dentro do SEO que visa melhorar a posição de um site nos motores de busca, como o Google. Basicamente, consiste em conseguir que outros sites coloquem links para o seu site. Quanto mais sites de boa qualidade linkarem para o seu, mais o Google vê o seu site como relevante e confiável, o que pode fazer com que ele apareça mais alto nos resultados de busca. 

    De acordo com a Do Follow, agência especializada em link building, uma estratégia bem estruturada pode transformar a presença digital das marcas, fortalecendo sua relevância, autoridade e resultados em buscas no Google. 

    “O link building vai muito além de apenas inserir links em outros sites. É uma prática criteriosa e personalizada, alinhada aos objetivos de cada negócio, capaz de impulsionar a credibilidade da marca e atrair tráfego qualificado”, explica Carolina Glogovchan, CEO e sócia-fundadora da Do Follow.

    Passos para uma estratégia eficaz de link building em 2025

    Glogovchan aponta que o sucesso no link building depende de uma abordagem estratégica e constante. “Aqui na Do Follow, vemos o link building como uma combinação de estratégia, criatividade e consistência, sempre focando em gerar valor tanto para nossos clientes quanto para o público-alvo”, ressalta a especialista. 

    Para criar uma estratégia eficaz em 2025, é importante seguir algumas etapas no planejamento. Entre as principais etapas estão:

    • Acompanhe seu mercado e concorrência


    Antes de iniciar qualquer ação, analise a posição da sua empresa no mercado e as estratégias de link building usadas com sucesso por seus concorrentes. Essa pesquisa é essencial para criar um plano mais competitivo.

    • Conteúdo rico é aquele que atrai links

    Ebooks, guias completos, infográficos e pesquisas exclusivas são tipos de conteúdo com alto potencial para serem referenciados por outros sites. Ter um calendário de conteúdos bem planejado, alinhado às necessidades do público, é indispensável.

    • Relacionamentos genuínos

    Relacionamentos são a base do link building. Estabeleça conexões com sites e blogs relevantes no seu nicho por meio de colaborações, menções de marca e participação em eventos. Focar na qualidade das parcerias é mais importante do que a quantidade.

    • Mensuração e ajustes constantes

    Utilize ferramentas de análise para acompanhar os resultados e identificar novas oportunidades. Avalie a autoridade dos sites parceiros e adapte sua estratégia conforme necessário para se manter competitivo em um ambiente digital dinâmico.

    Benefícios do link building em 2025

    Apostar em link building traz vantagens estratégicas que impactam diretamente o desempenho das empresas:

    • Maior visibilidade no Google: backlinks de qualidade ajudam no ranqueamento das páginas.
    • Autoridade de mercado: sites com menções consistentes se tornam referências no segmento.
    • Tráfego qualificado: links em domínios relevantes atraem visitantes mais engajados.
    • Vantagem competitiva: empresas que planejam e implementam suas estratégias com antecedência colhem benefícios a médio e longo prazo.

    Implementar uma estratégia de link building exige tempo, expertise e conexões estratégicas. Contratar uma agência especializada ou ter profissionais dedicados garante campanhas conduzidas de forma profissional, com foco em resultados reais e duradouros. Além disso, uma equipe experiente pode identificar oportunidades que poderiam passar despercebidas e evitar erros que comprometam a reputação online da marca.

    Com os algoritmos do Google cada vez mais exigentes, o segredo para o sucesso em 2025 está na construção de relações autênticas e na produção de conteúdo de valor. “Em 2025, marcas que investirem em estratégias consistentes de link building estarão um passo à frente no mercado”, conclui Glogovchan.

  • Hiperpersonalização da IA é a nova aposta para aprimorar atendimento

    Hiperpersonalização da IA é a nova aposta para aprimorar atendimento

    Dígitro Tecnologia, referência em soluções de comunicação unificada, está inovando ao aplicar hiperpersonalização em seus produtos, proporcionando aos seus clientes uma jornada de atendimento ainda mais eficiente e alinhada à necessidades específicas. Com soluções robustas para contact center, ferramentas para o desenvolvimento de bots de voz e chat e plataforma de comunicação corporativa unificada que integra chamadas, vídeos e mensagens de maneira segura, a empresa não apenas melhora a comunicação, mas também cria uma experiência única, gerando resultados mais precisos e assertivos para as organizações.

    Utilizando IA de maneira estratégica, as soluções são capazes de analisar os dados dos consumidores, recomendar conteúdos, resolver problemas de forma mais eficaz e até antecipar suas necessidades futuras de maneira altamente personalizada. Um passo além na criação de jornadas de atendimento customizadas e centradas no comportamento e nas necessidades de cada cliente. Além disso, a tecnologia possibilita a criação de árvores de decisão inteligentes, garantindo um atendimento de alta qualidade, seja por voz ou chat, em qualquer canal de comunicação preferido pelo cliente.

    Uma das mais recentes inovações da Dígitro Tecnologia é a automatização da avaliação de atendimentos, o que pode reduzir custos e otimizar o tempo das empresas. Por meio de IA, a empresa consegue transcrever chamadas, analisar a cordialidade dos atendentes e medir instantaneamente a satisfação do cliente. “Essa automação não apenas aumenta a produtividade, mas também oferece uma visão clara sobre o desempenho dos atendentes”, afirma Márcio Souza, diretor de tecnologia da empresa.

    Investindo em tecnologias que integram IA, a Dígitro reforça seu posicionamento na vanguarda da transformação digital nas comunicações corporativas, criando soluções que não apenas atendem às expectativas dos clientes, mas também antecipam suas necessidades. Isso garante uma experiência mais eficaz e produtiva para todos os envolvidos. “Nosso papel é simples: entregar produtos e serviços que realmente agreguem valor aos negócios de nossos clientes. A IA, quando bem aplicada, gera escalabilidade, produtividade e, principalmente, melhores resultados”, conclui Márcio Souza.

  • Carnaval 2025: como o maior festival do Brasil transformou o uso de Apps nos setores de entretenimento, finanças, alimentação e outros

    Carnaval 2025: como o maior festival do Brasil transformou o uso de Apps nos setores de entretenimento, finanças, alimentação e outros

    O Carnaval no Brasil não acontece apenas nas ruas—ele também domina o mundo digital. Um estudo inédito da AppsFlyer, plataforma global de mensuração e atribuição de aplicativos, analisou o mercado de apps no Brasil entre 22 de fevereiro e 11 de março, abrangendo mais de 170 aplicativos das categorias Entretenimento, Finanças, Alimentação & Bebidas, Compras e Viagens. O estudo examinou 120 milhões de instalações e 280 milhões de conversões de remarketing, segmentadas em três fases: Pré-Carnaval (22 a 28 de fevereiro), Durante o Carnaval (28 de fevereiro a 5 de março) e Pós-Carnaval (5 a 11 de março). Os dados revelam como o comportamento dos usuários foi impactado antes, durante e depois da folia.

    Entretenimento em alta: a festa não foi só offline

    Com o aumento da busca por diversão durante o Carnaval, os aplicativos de entretenimento se destacaram: as instalações cresceram 8% durante a festa em comparação com o período anterior e 15% em relação ao pós-Carnaval. O investimento em anúncios aumentou 4% durante o Carnaval em relação ao pré-Carnaval e subiu mais 5% no pós-Carnaval. As compras dentro dos aplicativos dispararam: +20% versus pré-Carnaval e +23% versus pós-Carnaval, evidenciando o alto consumo de conteúdo digital nesse período. Plataformas de streaming e redes sociais tiveram um papel essencial, mostrando que o Carnaval digital é tão vibrante quanto o físico.

    Fintechs no vermelho: carnaval distrai usuários de apps financeiros

    Enquanto a diversão aumentava, o engajamento com apps financeiros caiu: as instalações diminuíram 14% no Carnaval em comparação com o período pré carnaval, indicando um maior interesse antes da festa, e o volume de instalações no carnaval foi  8%  menor que no período pós-Carnaval. O investimento em anúncios no pré-Carnaval foi 16% maior do que durante as festividades, mas ainda assim, os gastos com anúncios no Carnaval foram 2% superiores aos do período pós-Carnaval. As compras dentro dos apps financeiros caíram 19% em relação ao pré-Carnaval e 21% comparado ao pós-Carnaval, refletindo um foco maior em gastos imediatos do que na gestão financeira. A queda acentuada sugere que as fintechs poderiam aproveitar melhor o Carnaval promovendo incentivos como cashback e campanhas de controle financeiro.

    Apps de alimentação & bebidas dispararam: delivery dominou a folia!

    Se Carnaval é sinônimo de festa, a fome vem logo em seguida! O setor de Alimentação & Bebidas foi um dos grandes beneficiados: as instalações cresceram 26% durante o Carnaval em comparação com o pré-Carnaval e 14% em relação ao pós-Carnaval. As compras dentro dos aplicativos aumentaram 24% durante o Carnaval versus pré-Carnaval e 4% no Carnaval versus pós-Carnaval, indicando uma demanda contínua por conveniência e delivery.
    Conclusão: O crescimento confirma que aplicativos de delivery e fast food foram aliados essenciais dos foliões, consolidando um hábito digital cada vez mais forte.

    Compras em queda: e-commerce perde espaço durante o carnaval

    As compras online não foram prioridade para os brasileiros durante a folia: as instalações caíram 5% no Carnaval em comparação ao pré-Carnaval e 10% em relação ao pós-Carnaval. O investimento em anúncios despencou 29% durante o evento em comparação com o mesmo período pós-Carnaval, sugerindo um comportamento mais cauteloso financeiramente após a festa. As compras dentro dos apps caíram 9% no Carnaval versus pré-Carnaval e 22% se comparadas ao pós-Carnaval, reforçando que o foco do consumidor estava em outros aspectos. Para manter o interesse dos usuários em eventos festivos, apps de e-commerce precisam desenvolver estratégias sazonais mais robustas.

    O que isso significa para o mercado de apps?

    Eventos como o Carnaval impactam diretamente o comportamento digital dos brasileiros, criando oportunidades estratégicas para marcas e desenvolvedores:

    • Apps de Entretenimento e Alimentação & Bebidas devem intensificar campanhas durante o Carnaval para capturar a crescente demanda.
    • Fintechs e e-commerce precisam repensar estratégias de engajamento para reter usuários em períodos de alta distração.
    • O setor de viagens pode aproveitar o aumento do interesse dos usuários em experiências para converter um público mais engajado.

    “O Carnaval não é apenas um fenômeno cultural—é um disruptor digital. Nossos dados mostram que o comportamento dos usuários muda drasticamente entre diferentes setores, criando tanto desafios quanto oportunidades para os profissionais de marketing de aplicativos. Marcas que antecipam essas tendências podem transformar picos sazonais em engajamento de longo prazo”, afirma Renata Altemari, Country Manager da AppsFlyer no Brasil.

  • Entenda as razões para apostar no mercado de varejo mobile em 2025

    Entenda as razões para apostar no mercado de varejo mobile em 2025

    O varejo mobile tem se consolidado como um dos segmentos mais promissores do comércio digital. Com consumidores cada vez mais conectados, o uso de aplicativos para compras cresceu exponencialmente nos últimos anos, tornando-se um canal essencial para varejistas que desejam expandir sua presença e competitividade.  

    Segundo o relatório State of Mobile 2025, da Sensor Tower, o segmento continua evoluindo, impulsionado por mudanças no comportamento do consumidor, avanço da inteligência artificial (IA) e globalização do e-commerce. Considerando o cenário, investir nesse tipo de negócio não é apenas opção, mas uma necessidade para empresas que buscam inovar e crescer. 

    Crescimento contínuo do mobile commerce 

    Em 2024, os consumidores gastaram cerca de US$ 150 bilhões em aplicativos, aumento de 12,5% em relação ao ano anterior. Além disso, o tempo médio diário por usuário subiu para 3,5 horas, e o total de horas gastas em aplicativos ultrapassou 4,2 trilhões, aumento de 5,8%. Os dados indicam que as pessoas não apenas passaram mais tempo em dispositivos móveis, como aumentaram os gastos em plataformas digitais.  

    Outro fator relevante é a expansão global de marketplaces focados nos dispositivos móveis. Empresas como Temu e Shein demonstram como é possível escalar um negócio globalmente a partir da estratégia digital bem estruturada. No entanto, o sucesso desses modelos exige uma experiência de usuário aprimorada e integração eficiente entre os canais físicos e digitais. 

    Inteligência artificial como diferencial competitivo 

    O relatório da Sensor Tower aponta ainda que os aplicativos de IA generativa atingiram US$ 1,3 bilhão em receita global, crescimento significativo em comparação aos US$ 455 milhões em 2023. O número total de downloads de apps de IA disparou, chegando a 1,5 bilhão em 2024. No varejo, a IA permite personalização avançada, recomendações de produtos mais assertivas e experiências interativas que aumentam o engajamento do consumidor. A tecnologia também melhora a eficiência operacional, otimizando a logística e a gestão de estoques com base em dados preditivos. 

    Brasil: mercado promissor  

    O Brasil é destaque entre os mercados emergentes mais promissores, atraindo o interesse de grandes marcas internacionais. Apesar da forte concorrência, ainda há muitas oportunidades para empresas que compreendem as particularidades do consumidor brasileiro e conseguem adaptar suas estratégias para atender tanto às compras online quanto ao varejo físico. A integração entre canais – físico, web e dispositivos móveis – já não é mais um diferencial, mas necessidade estratégica. Companhias que conseguem unir essas experiências e oferecer serviços adicionais com os apps, como atendimento personalizado, programas de fidelidade e conteúdos exclusivos, saem na frente. 

    O varejo digital focado em dispositivos móveis representa uma grande oportunidade para empresas que desejam inovar e expandir em 2025. O crescimento no tempo de uso dos aplicativos, o avanço da IA e a ampliação dos marketplaces globais são fatores determinantes para a evolução do setor. No Brasil, a crescente demanda e a transformação digital do comércio tornam o cenário ainda mais propício para investimentos. Para varejistas que ainda não consolidaram a presença nesse ambiente, o momento de agir é agora. Adaptar-se a essa realidade não é apenas uma tendência, mas um requisito essencial para manter a competitividade. 

  • Como a transformação digital e a economia baseada em dados estão mudando a interação e a personalização das experiências de consumo

    Como a transformação digital e a economia baseada em dados estão mudando a interação e a personalização das experiências de consumo

    A experiência do cliente tem passado por uma transformação radical nesta última década e, com o avanço da transformação digital, as empresas foram forçadas a repensar a forma como se relacionam e personalizam as interações com seu público. Hoje, o consumidor moderno espera respostas rápidas e personalizadas, desenhadas especificamente para seus desejos ou necessidades de consumo. Mas, apesar do investimento significativo na área, os resultados muitas vezes ficam aquém das expectativas, com clientes cada vez mais exigentes e até insatisfeitos com a experiência oferecida, uma vez que existe uma enorme fragmentação de canais de contato e formatos de comunicação, na maioria das vezes ainda pouco integrados sob a ótica do usuário.

    Em um cenário onde somos constantemente bombardeados por mensagens no WhatsApp, interações em redes sociais, como Instagram e TikTok, além de e-mails, sites e atendimento em lojas físicas, a experiência do cliente tornou-se um desafio complexo e multifacetado.  De acordo com relatório da Statista (2025), estima-se que o valor global do mercado de social commerce em 2024 haja sido de US$ 700 milhões, cerca de 17% do total de e-commerce do mundo, impulsionado principalmente pela adoção de redes sociais como Instagram, Facebook, TikTok e Pinterest. No Brasil, especificamente, o cenário é igualmente estimulante: pesquisa da PwC aponta que cerca de 78% dos consumidores brasileiros já compraram algum produto ou serviço após vê-lo nas redes sociais.

    O ambiente híbrido e acelerado exige que as empresas estejam presentes e atuantes em diversos canais (inclusive nas plataformas sociais), oferecendo uma experiência fluida e contínua. A omnicanalidade — a capacidade de oferecer a experiência integrada em múltiplos pontos de contato — tornou-se requisito mínimo para atender às demandas do consumidor atual. Porém, ela só se tornou viável graças à transformação digital e à integração no uso de dados dos clientes. No passado, as interações limitavam-se a lojas físicas e atendimento telefônico; hoje, aplicativos, chats e redes sociais são essenciais na jornada de um consumidor com cada vez menos tempo (e paciência).

    O aumento exponencial dos canais de contato traz um desafio: como integrar esses pontos para que o cliente se sinta reconhecido e valorizado, independentemente do meio pelo qual entra em contato com a marca? As empresas precisam investir em sistemas e plataformas que promovam experiência unificada e coesa, reduzindo o risco de que o cliente tenha que repetir informações ou entenda ser “apenas mais um” no meio da multidão digital.

    Por exemplo: estamos na iminência da chegada ao Brasil do TikTok Shop, um novo formato de social commerce que promete trazer uma revolução para as compras online de usuários de segmentos como moda, estilo, saúde e cuidados pessoais. Recentemente, foi a Temu quem chegou ao Brasil, transformando bastante o cenário do comércio eletrônico em geral. Como integrar sua marca, no ritmo frenético das novidades tecnológicas diárias, às necessidades mencionadas do consumidor, em prol de uma experiência sem fricção?

    Personalização por meio do uso de dados

    Nessa jornada, a personalização é um pilar essencial para a evolução da experiência do cliente. Com o volume massivo de dados gerados a cada interação digital, as empresas podem compreender melhor o comportamento, as preferências e as necessidades de seus clientes. Plataformas de CRM (Customer Relationship Management) e tecnologias de análise de dados em grandes volumes, suportadas por IA cada vez mais poderosas e assertivas, permitem que as empresas construam uma visão 360º do consumidor, antecipando suas necessidades e personalizando ofertas de maneira mais precisa.

    Porém, a coleta e o uso de dados trazem questões éticas e de privacidade. É fundamental que as empresas respeitem a privacidade dos dados e sejam transparentes sobre como esses dados são utilizados. A confiança do cliente pode ser facilmente quebrada se ele perceber que suas informações são usadas de forma invasiva ou sem consentimento claro.

    Além disso, a personalização deve ser equilibrada para que o cliente se sinta valorizado, mas não “vigiado”. Por exemplo, o uso de Inteligência Artificial (IA) para sugerir produtos pode ser útil, mas precisa ser de forma sutil para que o cliente não se sinta invadido. Além disso, o uso de bots e automação no atendimento ao cliente tem sido um grande aliado na transformação digital, permitindo que empresas lidem com grandes volumes de interações de forma rápida e eficiente. No entanto, a automação traz um paradoxo: ao mesmo tempo em que torna o atendimento mais acessível, ela pode desumanizar a experiência. E também aqui a IA poderá ser um potencializador de experiências incríveis, ou uma destruidora de reputações e valor.

    Enquanto os bots podem resolver problemas simples, muitas vezes falham em casos mais complexos, gerando frustração no cliente. O ideal é que as empresas utilizem a automação para resolver questões rotineiras, liberando o atendimento humano para casos que demandem mais atenção e empatia. Isso não só aumenta a eficiência como também melhora a satisfação do cliente, que se sente ouvido e valorizado.

    NPS e os desafios de medir a satisfação do cliente

    Para avaliar a satisfação dos clientes, muitas empresas utilizam o NPS (Net Promoter Score), métrica que indica a probabilidade do cliente recomendar a marca. Embora seja um indicador valioso, o NPS não deve ser utilizado de forma isolada em relação a outros fatores. Entretanto, ele pode dar indícios valiosos para revelar oportunidades de melhoria da experiência do cliente. Estudos mostram que, apesar dos investimentos, muitos clientes ainda se sentem insatisfeitos com as experiências de relacionamento providas pelas empresas, o que evidencia a crescente demanda por experiências mais personalizadas e atendimento mais atencioso. Nesse contexto, o NPS, além de ser uma ferramenta quantitativa, também traz dados qualitativos que indicam a necessidade de ajustes. Ele não apenas mede a satisfação, mas revela pontos críticos onde o atendimento falha em atender às expectativas dos consumidores modernos.

    Portanto, a transformação digital não deve apenas automatizar e personalizar a experiência do cliente, mas também humanizá-la, com o apoio de ferramentas e indicadores de gestão. Em um mundo onde a automação é predominante, o atendimento humano é ainda mais valioso, pois o cliente busca empatia e eficiência, principalmente em questões e problemas mais complexos.

    Dessa forma, as empresas que conseguirem unir dados, automação e atendimento humano em um ecossistema coeso, proporcionando uma experiência mais humana e personalizada, sairão na frente. A chave para o sucesso é equilibrar tecnologia e humanização, mostrando ao cliente que ele é mais do que uma sequência de dados — ele é um indivíduo com necessidades e desejos únicos. O futuro da experiência do cliente dependerá de como as empresas conseguirão humanizar suas interações digitais, transformando cada contato em oportunidade de fortalecer o relacionamento e criar valor para o cliente. A verdadeira inovação estará na capacidade de fazer o cliente sentir-se único e valorizado em cada interação.

    E esse, não à toa, é um dos temas mais “quentes” em discussão no SxSw de 2025. Pois reside aí a próxima fronteira de diferenciação dos negócios.

  • Cainvest lança solução inovadora para proteção de investimentos em Bitcoin

    Cainvest lança solução inovadora para proteção de investimentos em Bitcoin

    A Cainvest, instituição financeira especializada em serviços bancários e de liquidez para o mercado institucional de criptomoedas, anuncia o lançamento de um produto inovador para investidores que desejam investir em Bitcoin com segurança. O novo produto protege 85% do capital investido contra desvalorização, ao mesmo tempo em que permite capturar até 40% da valorização do ativo. 

    A novidade chega como resposta à atual volatilidade do mercado cripto, mas que continua atraindo investidores. “Criamos essa estrutura para que investidores possam aproveitar o potencial de valorização do Bitcoin sem expor todo o capital ao risco das oscilações. Combinamos segurança e retorno dentro de um modelo robusto e eficiente”, explica Charles Aboulafia, CEO do Grupo Cainvest. 

    Disponível para investidores de private banking e plataformas bancárias tradicionais internacionais, a nota pode ser adquirida em qualquer instituição que permita a compra de ações (stocks) e títulos (bonds). Além disso, o produto possui um código ISIN (International Securities Identification Number), garantindo maior transparência e facilidade de negociação. 

    O retorno do investimento ocorre no vencimento e é pago em dólares americanos (USD), com base em uma estratégia que combina exposição ao Bitcoin e derivativos estruturados. Caso o investidor deseje sair antes do prazo, há a possibilidade de venda no mercado secundário, de acordo com as condições de mercado. A proteção de 85% do capital foi definida para oferecer um trade-off estratégico entre segurança e potencial de valorização. A Cainvest também disponibiliza notas com 100% de proteção, porém com menor participação na alta do Bitcoin. 

    O lançamento ocorre em um momento de grande movimentação no setor de criptoativos. Em 2024, a aprovação dos ETFs de Bitcoin pela SEC impulsionou a entrada de capital institucional, levando o ativo a atingir um recorde de US$ 100 mil em dezembro. No entanto, o início de 2025 trouxe ajustes: uma correção de 14% refletiu a postura mais cautelosa do Federal Reserve e desafios econômicos globais. 

    Com presença global e foco em inovação, a Cainvest segue ampliando seu portfólio de soluções para tornar o mercado cripto mais acessível e seguro para diferentes perfis de investidores. “Nosso compromisso é oferecer produtos estruturados que aliem segurança e oportunidades de valorização, permitindo que mais investidores participem do mercado cripto com tranquilidade”, conclui Aboulafia. 

  • 64% dos apps decepcionam usuários, diz pesquisa da Eitri

    64% dos apps decepcionam usuários, diz pesquisa da Eitri

    Os apps estão se tornando cada vez mais integrados ao cotidiano das pessoas, seja para realizar compras, estudar ou fazer amigos. Entretanto, a ampla disponibilidade não garante satisfação dos users. Uma pesquisa interna da Eitri, utilizando dados de revisões e avaliações dos usuários de mais de 200mil aplicativos em geral, incluindo aplicativos de e-commerce, revelou informações significativas: 64% desapontam os usuários, enquanto apenas 18% atingem excelência em qualidade; aplicações de shopping lideram em excelência. 

    Vale destacar que, dos 205.230 apps analisados, 131.799 não possuíam avaliações suficientes para uma classificação precisa. As categorias com maior percentual de excelência são Livros e Referências (33,72%), Clima (29,60%) e Compras (29,43%). Em contrapartida, enfrentam maiores desafios em relação à satisfação dos users: Jogos de Corrida (4,94%), Jogos Educacionais (4,75%) e Dating (2,16%). 

    Pontos fortes e fracos dos apps 

    Os clientes destacam como aspectos positivos a experiência de compra quando tudo funciona corretamente (18%), a conveniência como alternativa às lojas físicas (11%), a facilidade de uso (10,3%) e a qualidade dos produtos (9%). Isso demonstra que eles apreciam, sobretudo, uma jornada que seja fácil, conveniente e ofereça bons produtos.  

    Entre os principais pontos fracos foram apontados a instabilidade e o desempenho insatisfatório dos apps (15%), seguidos por problemas no processo de compra (13%), falhas relacionadas a cupons e descontos (9%) e inconsistências nos fretes (6%). Essas questões técnicas e funcionais impactam negativamente, representando barreiras para a retenção de users em ambientes de e-commerce

    O que os usuários mais valorizam? 

    Aplicações que permitem encontrar produtos e concluir compras de forma rápida e sem complicações são valorizadas pelos usuários, que tendem a separar a qualidade dos itens da experiência com o aplicativo, indicando que a marca é apreciada independentemente do canal de venda. Quando os apps funcionam conforme o esperado, a eficiência logística se destaca como diferencial importante. Além disso, economia e oportunidades de desconto são fatores relevantes na decisão de comprar um produto. 

    A amplitude do catálogo também é um aspecto apreciado, assim como um bom suporte, que contribua para a fidelização dos clientes. O canal digital é percebido como alternativa relevante às lojas físicas, e a flexibilidade nas opções de finalização do pedido é  valorizada. Por fim, o aplicativo é visto como extensão da experiência geral com a marca, reforçando a importância de uma plataforma eficiente e bem estruturada. 

    “Nossa pesquisa revelou que o mercado de apps de qualidade permanece amplamente inexplorado, apresentando uma clara distinção entre aplicações bem desenvolvidas e as que são ruins. Essa diferenciação não apenas destaca a necessidade de inovação e excelência no setor, mas também evidencia que apps bem avaliados tendem a obter maior visibilidade nas lojas de aplicativos, influenciando diretamente as decisões dos usuários”, afirma Guilherme Martins, cofundador da Eitri. 

  • Regulamentação da Inteligência Artificial: desafios e soluções na Nova Era Digital

    Regulamentação da Inteligência Artificial: desafios e soluções na Nova Era Digital

    Com a evolução acelerada da Inteligência Artificial, a regulamentação do uso da IA tornou-se um tema central e urgente no Brasil. A nova tecnologia traz um potencial imenso para inovar e transformar diversos setores, mas também levantam questões críticas sobre ética, transparência e governança. No contexto brasileiro, onde a transformação digital avança em ritmo acelerado, encontrar o equilíbrio entre inovação e regulamentação adequada é fundamental para garantir um desenvolvimento sustentável e responsável da IA.

    Em entrevista exclusiva, Samir Karam, COO da Performa_IT, oferece uma análise aprofundada sobre os desafios e soluções emergentes na regulamentação da IA, destacando a importância do equilíbrio entre inovação e ética no setor tecnológico.

    A regulamentação da IA no Brasil ainda está em fase de estruturação, o que traz tanto desafios quanto oportunidades. Por um lado, a regulamentação cria diretrizes mais claras para um uso responsável da tecnologia, garantindo princípios como transparência e ética. Por outro, há o risco de burocratização excessiva, que pode desacelerar a inovação. O equilíbrio entre regulação e liberdade para inovar é essencial para que o Brasil se mantenha competitivo no cenário global”, inicia Samir Karam, COO da Performa_IT – empresa full service provider de soluções tecnológicas, referência em transformação digital e inteligência artificial.

    Shadow AI e Deepfakes: Riscos e Soluções

    Um dos conceitos mais preocupantes discutidos por Samir Karam é o de “shadow AI”, que se refere ao uso de inteligência artificial dentro de uma organização sem o devido controle ou supervisão. Essa prática pode levar a vários problemas, como vazamento de dados, decisões enviesadas e riscos de segurança.

    Por exemplo, imagine uma equipe de marketing utilizando uma ferramenta de IA para analisar o comportamento dos consumidores sem a aprovação da área de TI ou compliance. Além de expor a empresa a riscos legais, o uso não regulamentado dessa tecnologia pode resultar na coleta e análise inadequada de dados sensíveis, violando a privacidade dos usuários.

    Outro cenário é o desenvolvimento de algoritmos de IA para decisões de contratação, que sem supervisão adequada podem reproduzir vieses inconscientes presentes nos dados de treinamento, resultando em decisões injustas e discriminatórias.

    Assim como no caso das deepfakes, onde vídeos ou áudios criados utilizam inteligência artificial para manipular imagens, sons e movimentos de uma pessoa, fazendo com que pareça dizer ou fazer algo que, na realidade, nunca aconteceu. Essa tecnologia pode ser usada de forma mal-intencionada para espalhar desinformação, fraudar identidades e causar danos à reputação de indivíduos.

    As soluções para o shadow AI e deepfakes caminham pela criação de políticas robustas de governança de IA, de acordo com Samir Karam, COO da Performa_IT:

    “Essas políticas incluem a implementação de auditorias frequentes, a fim de garantir que as práticas de IA estejam alinhadas com as diretrizes de ética e transparência da organização. Além disso, é essencial o uso de ferramentas que detectem atividades não autorizadas e monitorem continuamente os sistemas de IA para prevenir abusos e garantir a segurança dos dados.”

    Samir enfatiza que, sem essas medidas, o uso descontrolado de IA pode não apenas comprometer a confiança dos consumidores, mas também expor as organizações a severas repercussões legais e reputacionais.

    Fake News e desafios éticos na IA

    A disseminação de fake news geradas por IA é outra preocupação crescente. “O combate às fake news geradas por IA exige uma combinação de tecnologia e educação. Ferramentas de verificação automatizada, identificação de padrões sintéticos em imagens e textos, além da rotulagem de conteúdos gerados por IA, são passos importantes. Mas também precisamos investir na conscientização do público, ensinando a identificar fontes confiáveis e a questionar conteúdos duvidosos”, afirma Samir.

    Garantir a transparência e a ética no desenvolvimento de IA é um dos pilares defendidos por Samir. Ele destaca que “algumas das melhores práticas incluem a adoção de modelos explicáveis (XAI – Explainable AI), auditorias independentes, uso de dados diversificados para evitar vieses e a criação de comitês de ética em IA.”

    Uma das principais preocupações de segurança cibernética associadas à IA incluem ataques sofisticados, como o phishing – uma técnica de ataque em que os criminosos tentam enganar indivíduos para que revelem informações confidenciais, como senhas e dados bancários, se passando por entidades confiáveis em comunicações digitais. Esses ataques podem ser ainda mais sofisticados quando combinados com IA, criando e-mails e mensagens personalizadas que são difíceis de distinguir das reais. Para mitigar esses riscos, Samir sugere que “é fundamental investir em soluções de detecção baseadas em IA, implementar autenticação multifator e garantir que os modelos de IA sejam treinados para detectar e mitigar tentativas de manipulação.”

    Colaboração para Políticas eficazes de IA

    A colaboração entre empresas, governos e academia é vital para a formulação de políticas eficazes de IA. Samir ressalta que “a IA impacta diversos setores, então a regulamentação precisa ser construída de forma colaborativa. Empresas trazem a visão prática do uso da tecnologia, governos estabelecem diretrizes de segurança e privacidade, enquanto a academia contribui com pesquisas e metodologias para um desenvolvimento mais seguro e ético.”

    A natureza multifacetada da inteligência artificial significa que seus impactos e aplicações variam amplamente entre diferentes setores, desde a saúde até a educação, passando por finanças e segurança pública. Por essa razão, a criação de políticas eficazes requer uma abordagem integrada que considere todas essas variáveis.

    Empresas são fundamentais nesse processo, pois são elas que implementam e utilizam a IA em grande escala. Elas fornecem insights sobre as necessidades do mercado, os desafios práticos e as inovações tecnológicas mais recentes. A contribuição do setor privado ajuda a garantir que as políticas de IA sejam aplicáveis e relevantes no contexto real.

    Governos, por sua vez, têm a responsabilidade de estabelecer diretrizes que protejam os cidadãos e garantam a ética no uso da IA. Eles criam regulamentações que abordam questões de segurança, privacidade e direitos humanos. Além disso, os governos podem facilitar a colaboração entre diferentes partes interessadas e promover programas de financiamento para a pesquisa em IA.

    Academia é a terceira peça essencial nesse quebra-cabeça. As Universidades e Institutos de pesquisas fornecem uma base teórica sólida e desenvolvem novas metodologias para garantir que a IA seja desenvolvida de forma segura e ética. A pesquisa acadêmica também desempenha um papel crucial na identificação e mitigação de vieses nos algoritmos de IA, garantindo que as tecnologias sejam justas e equitativas.

    Essa colaboração tripartite permite que as políticas de IA sejam robustas e adaptáveis, abordando tanto os benefícios quanto os riscos associados ao uso da tecnologia. Um exemplo prático dessa colaboração pode ser visto em programas de parceria público-privada, onde empresas de tecnologia trabalham em conjunto com instituições acadêmicas e agências governamentais para desenvolver soluções de IA que respeitem as normas de segurança e privacidade.

    Samir destaca que, sem essa abordagem colaborativa, há um risco de criar regulamentações que sejam desconectadas da realidade prática ou que inibam a inovação. “É essencial encontrar um equilíbrio entre regulamentação e liberdade para inovar, de modo que possamos maximizar os benefícios da IA enquanto minimizamos os riscos,” conclui.

    Mitos da Inteligência Artificial

    No cenário atual, onde a inteligência artificial (IA) está cada vez mais presente em nosso dia a dia, muitos mitos e mal-entendidos surgem sobre o seu funcionamento e impacto.

    Para esclarecer, desmistificando esses pontos, e finalizar a entrevista, Samir Karam respondeu a diversas perguntas em um formato de pingue-pongue, abordando os mitos mais comuns e fornecendo insights valiosos sobre a realidade da IA.

    1. Quais são os mitos mais comuns sobre a inteligência artificial que você encontra e como você os esclarece?

    Um dos maiores mitos é que a IA é infalível e completamente imparcial. Na realidade, ela reflete os dados com os quais foi treinada, e se houver vieses nesses dados, a IA pode reproduzi-los. Outro mito comum é que IA significa automação completa, quando, na verdade, muitas aplicações são apenas assistentes para tomada de decisão.

    1. A IA realmente pode substituir todos os empregos humanos? Qual é a realidade sobre isso?

    A IA não vai substituir todos os empregos, mas vai transformar muitos deles. Novas funções surgirão, exigindo que profissionais desenvolvam novas habilidades. O cenário mais provável é uma colaboração entre humanos e IA, onde a tecnologia automatiza tarefas repetitivas e os humanos focam no que exige criatividade e julgamento crítico.

    1. É verdade que a IA pode se tornar consciente e dominar a humanidade, como vemos em filmes de ficção científica?

    Hoje, não existe nenhuma evidência científica de que IA possa se tornar consciente. Os modelos atuais são ferramentas estatísticas avançadas que processam dados para gerar respostas, mas sem qualquer forma de cognição ou intenção própria.

    1. Todas as inteligências artificiais são perigosas ou podem ser usadas para fins prejudiciais? O que devemos saber sobre isso?

    Como qualquer tecnologia, a IA pode ser usada para o bem ou para o mal. O perigo não está na IA em si, mas no uso que se faz dela. Por isso, a regulação e o uso responsável são tão importantes.

    1. Existe uma percepção de que a IA é infalível. Quais são as limitações reais da inteligência artificial?

    A IA pode cometer erros, principalmente quando treinada com dados limitados ou enviesados. Além disso, os modelos de IA podem ser facilmente enganados por ataques adversários, onde pequenas manipulações nos dados podem levar a resultados inesperados.

    1. A IA é apenas uma moda passageira ou é uma tecnologia que veio para ficar?

    IA veio para ficar. Seu impacto é comparável ao da eletricidade e da internet. No entanto, seu desenvolvimento está em constante evolução, e ainda veremos muitas mudanças nos próximos anos.

    1. Os sistemas de IA são realmente capazes de tomar decisões completamente imparciais? Como os preconceitos podem afetar os algoritmos?

    Nenhuma IA é completamente imparcial. Se os dados usados para treiná-la contêm viés, os resultados também serão enviesados. O ideal é que as empresas adotem práticas de mitigação de vieses e realizem auditorias constantes.

    1. Todas as aplicações de IA envolvem vigilância e coleta de dados pessoais? O que as pessoas deveriam saber sobre privacidade e IA?

    Nem toda IA envolve vigilância, mas a coleta de dados é uma realidade em muitas aplicações. O mais importante é que os usuários saibam quais dados estão sendo coletados e tenham controle sobre isso. A transparência e a conformidade com legislações como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e o GDPR (General Data Protection Regulation – Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia) são fundamentais.