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  • O futuro do varejo: inteligência artificial como aliada na operação e no atendimento

    O futuro do varejo: inteligência artificial como aliada na operação e no atendimento

    Tenho acompanhado de perto a transformação que está acontecendo no varejo, impulsionada por dois pilares: eficiência operacional e personalização no atendimento. Essas tendências já estão moldando a maneira como os varejistas conduzem seus negócios e tem gerado impactos significativos. 

    Outro tema que tem ganhado cada vez mais relevância é a Inteligência Artificial (IA) e como a tecnologia pode trazer soluções que ajudam tanto na gestão interna quanto na experiência do consumidor. Esses avanços podem ser categorizados em dois grandes eixos: eficiência operacional e personalização no atendimento.

    Eficiência operacional: o impacto nos processos internos

    Um dos maiores desafios do varejo é otimizar processos internos que envolvem desde a gestão financeira até a comunicação entre equipes de loja e centros de distribuição. Soluções baseadas em IA têm se mostrado promissoras para reduzir rupturas e excessos de inventário, além de aprimorar a gestão de devoluções. Tais mudanças ainda estão em fase inicial, mas já apontam para um futuro onde a alocação de recursos e a eficiência operacional podem ser significativamente ampliadas.

    No back-office, a IA também tem mostrado potencial na automação de processos financeiros e fiscais, oferecendo cruzamento de dados mais preciso e contribuindo para tomadas de decisões mais ágeis e informadas. Esse tipo de tecnologia é essencial para varejistas que desejam manter a competitividade em um mercado cada vez mais dinâmico e complexo.

    Personalização: a chave para conquistar o consumidor

    O segundo grande eixo é a capacidade da IA de elevar a experiência do consumidor a um novo patamar. Hoje, já existem casos de uso que incluem desde o envio de ofertas personalizadas com base no comportamento de compra até a criação de experiências mais conectadas entre os canais online e offline.

    Imagine entrar em uma loja e receber, em tempo real, recomendações personalizadas diretamente no celular, ou navegar em um e-commerce onde as ofertas e os produtos sugeridos refletem exatamente suas preferências. Isso é possível quando há uma base de dados consolidada e uma arquitetura robusta para suportar a personalização. No entanto, o sucesso de tais iniciativas ainda depende do avanço na coleta, tratamento e segurança dos dados dos consumidores.

    Os próximos passos para o varejo

    Está muito claro que o uso de IA no segmento vai muito além de uma tendência; trata-se de uma necessidade estratégica. Seja para reduzir custos, otimizar operações ou conquistar a lealdade do consumidor, as empresas precisam investir desde já em soluções que integrem eficiência e personalização de forma equilibrada.

    A transformação digital no varejo está apenas começando, e aqueles que conseguirem implementar essas tecnologias com eficiência certamente estarão um passo à frente da concorrência.

  • Liderança de alta performance: conheça estratégias usadas por grandes líderes para equipes engajadas e produtivas

    Liderança de alta performance: conheça estratégias usadas por grandes líderes para equipes engajadas e produtivas

    Equipes bem lideradas são 21% mais produtivas, conforme aponta uma pesquisa global realizada pela Gallup, empresa global de pesquisa e consultoria. O estudo destaca que o papel do líder é um fator determinante na motivação e no desempenho dos colaboradores, o que influencia diretamente os resultados de uma empresa. Essa realidade tem impulsionado a busca por profissionais de liderança completos, com habilidades técnicas, humanas e estratégicas. No Brasil, esse cenário é vivenciado de perto por grandes empresários como Reginaldo Boeira, presidente da KNN Group, que aplica uma metodologia voltada para o desenvolvimento de equipes engajadas e de alta performance.

    A liderança de Boeira é pautada no reconhecimento e no desenvolvimento contínuo dos colaboradores. À frente de um grupo que reúne quase 20 empresas, entre elas, uma das maiores redes de franquias de idiomas do país com mais de 110 mil alunos e cerca de 450 franqueados, ele implementa processos ajustados de forma constante e que estimulam a valorização individual e coletiva. Dessa forma, anualmente lança programas de premiação por análise de métricas de desempenho, capacitações regulares conforme tendências de mercado e novas tecnologias, e uma cultura aberta para feedbacks e sugestões. 

    O empresário, que também já escreveu livro sobre “como fazer dinheiro e sucesso” e reúne anualmente milhares de empreendedores em seus congressos e conferências, acredita que investir no potencial humano é a chave do sucesso, inclusive para lidar com as novas tecnologias como a Inteligência Artificial que, segundo ele, pode ser eficaz dependendo do “humano que a opera”. Esses procedimentos não apenas melhoram os resultados operacionais, mas também aumentam a satisfação e o comprometimento das equipes. “O sucesso de uma empresa é, inevitavelmente, resultado do desenvolvimento das pessoas que fazem parte dela”, diz. 

    A partir da identificação de talentos e do  direcionamento de cargo, alinhado à experiência e ao perfil do colaborador, e análise de resultados, existe o processo fundamental do reconhecimento que algumas vezes passa despercebido nas organizações. Porém, quando ele está produzindo, gerando resultados e percebe que é reconhecido e incentivado a crescer, ele veste ainda mais a camisa e se torna parte ativa do propósito do negócio”, destaca Boeira.

    Além das iniciativas internas em recursos humanos, o empresário adota estratégias que fortalecem a comunicação entre as lideranças de suas empresas e os colaboradores. Para isso, promove encontros presenciais, palestras e convenções que aproximam os gestores da realidade operacional e das necessidades da equipe. Essas ações são reforçadas por pesquisas internas de clima organizacional, que ajudam a identificar pontos de melhoria e a antecipar desafios. Segundo um estudo da Deloitte, 75% dos líderes empresariais acreditam que a qualidade da liderança é o principal diferencial competitivo em um cenário de transformação. Para Boeira, essa percepção se confirma no dia a dia.

    “Não basta dominar processos e ferramentas. O líder de hoje precisa inspirar, ouvir e entender as motivações da equipe. Quando há essa conexão genuína, o trabalho flui, os resultados aparecem e as pessoas crescem juntas”, enfatiza o empresário. Com essa visão, a KNN Idiomas, uma de suas empresas, tem conquistado destaque no setor educacional, mantendo índices elevados de satisfação interna e expansão constante. A experiência prática mostra que lideranças bem preparadas, com uma atuação próxima e empática, têm o poder de transformar o ambiente organizacional e potencializar os resultados.

  • Proteção financeira: alívio para o impacto da perda de renda temporária

    Proteção financeira: alívio para o impacto da perda de renda temporária

    Como todo início de ano, as despesas extras podem comprometer o orçamento familiar e levar ao endividamento. Contas como IPTU, IPVA, licenciamento de veículos, material escolar, seguros e outros gastos sazonais surgem simultaneamente, gerando um desafio financeiro significativo. Para evitar que essas despesas se tornem um peso, a organização e o planejamento financeiro são fundamentais.

    Planejar as finanças não se trata de acumular riqueza, mas sim de manter a saúde financeira equilibrada para evitar o endividamento desnecessário. Muitas famílias entram em dívidas porque não se preparam adequadamente para despesas previsíveis como as de começo de ano que, apesar de ‘chocarem’, já fazem parte da rotina. Criar uma estratégia financeira significa planejar o orçamento com antecedência, poupar dinheiro ao longo do ano e evitar soluções financeiras caras, como empréstimos e parcelamentos com juros altos.

    Dados recentes apontam que, em 2024, o percentual de famílias endividadas atingiu níveis recordes. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cerca de 77% das famílias brasileiras estão endividadas, sendo que grande parte dessas dívidas está atrelada ao cartão de crédito, seguido por financiamentos e crédito pessoal. O cenário evidencia a necessidade de maior planejamento financeiro e estratégias para evitar o comprometimento excessivo da renda.

    As principais causas do endividamento incluem a alta da inflação, que reduz o poder de compra e obriga muitas famílias a recorrerem ao crédito para cobrir despesas básicas; os juros elevados, que encarecem o custo do crédito; e o desemprego, que compromete a estabilidade financeira de muitos lares. Além disso, a falta de educação financeira faz com que muitos consumidores tomem decisões sem avaliar corretamente os impactos a longo prazo. Gastos impulsivos, parcelamentos excessivos e a ausência de uma reserva de emergência agravam ainda mais a situação.

    Para evitar o endividamento e garantir maior segurança financeira, algumas soluções podem ser adotadas. O planejamento financeiro é fundamental, permitindo que as famílias acompanhem seus gastos e ajustem o orçamento conforme necessário. Criar uma reserva de emergência, que cubra ao menos três a seis meses de despesas, pode evitar empréstimos em momentos de dificuldade. Outra estratégia é controlar o uso excessivo do crédito rotativo e buscar alternativas de parcelamento sem juros sempre que possível.

    Além dessas medidas, a contratação de produtos de proteção financeira auxilia na prevenção do endividamento. Essa modalidade de proteção garante um suporte em momentos de adversidade. Com essas coberturas, os segurados podem contar com recursos para manter suas despesas básicas sem recorrer a empréstimos ou comprometer o orçamento. Dessa forma, o uso inteligente dessas soluções ajuda a manter o equilíbrio financeiro e proporciona maior tranquilidade para as famílias brasileiras.

    Sem dúvida, se proteger financeiramente é essencial para evitar o endividamento e garantir uma vida financeira equilibrada. Planejar-se com antecedência, criar uma reserva de emergência e evitar parcelamentos com juros altos são passos fundamentais para começar o ano sem sufoco. Organização e disciplina ajudam a manter as contas em dia e a evitar preocupações financeiras no futuro.

  • Micro influenciadores são mais confiáveis do que celebridades para consumidores, aponta pesquisa

    Micro influenciadores são mais confiáveis do que celebridades para consumidores, aponta pesquisa

    Uma nova pesquisa realizada pela Youpix, consultoria especializada em Creator Economy, em parceria com a Nielsen, empresa especializada em medição de dados e análise de audiência, revelou que influenciadores que possuem entre 10 mil e 1 milhão de seguidores transmitem mais segurança aos consumidores do que as grandes celebridades. Até micro influenciadores, que têm entre 10 mil e 50 mil são mais confiáveis do que as personalidades globais, segundo o estudo.

    O levantamento mediu o nível de confiança para cada perfil. As celebridades tiveram a maior porcentagem quando o assunto é não confiar, com 26%, e o menor número de escolhas em “confio parcialmente”, com 58%. A efeito de comparação, todos os demais tipos de influenciadores têm a confiança parcial de, pelo menos, 69% dos respondentes e nenhum deles chegou na casa dos 20% do “não confio”.

    Segundo Fabio Gonçalves, diretor de talentos internacionais da Viral Nation e especialista no mercado de marketing de influência, essa dinâmica atual reflete uma mudança no comportamento do consumidor e na forma como a publicidade digital é percebida: “Hoje, o público busca autenticidade e proximidade com quem segue nas redes sociais, e os micro e médios influenciadores conseguem entregar isso com mais naturalidade do que as grandes celebridades”.

    Na opinião do profissional, influenciadores com menos seguidores geralmente possuem uma audiência mais engajada e nichada, o que gera um nível de confiança maior: “Eles são vistos como pessoas comuns que compartilham experiências reais, enquanto as celebridades podem parecer distantes e associadas a contratos publicitários tradicionais, o que diminui a percepção de espontaneidade. Além disso, as marcas estão investindo cada vez mais em campanhas com esses perfis porque o retorno tende a ser mais eficiente em termos de conversão e custo-benefício. Os seguidores de micro e médios influenciadores confiam mais em suas recomendações e se identificam com eles, tornando as campanhas mais eficazes. Isso explica por que essa tendência segue crescendo e moldando o mercado do marketing de influência”.

    Apesar da maior confiança depositada atualmente nos micro e médio influenciadores, Fabio pondera que isso não significa que grandes celebridades não sejam eficazes em campanhas de marketing de influência, até porque, impacto de uma celebridade pode ser imenso, especialmente quando há um alinhamento genuíno entre sua imagem, seu engajamento e o produto ou serviço promovido.

    “Muitas personalidades globais possuem uma base de fãs altamente engajada e fiel, o que pode gerar uma grande movimentação para as marcas. Além disso, algumas celebridades têm propriedade para falar sobre determinados temas, seja por expertise ou por experiência pessoal. Um atleta patrocinando uma marca de suplementos esportivos ou uma atriz promovendo uma linha de skincare, por exemplo, podem ter uma credibilidade natural dentro desses segmentos. Outro ponto importante é a construção de awareness. Grandes celebridades podem oferecer um alcance que micro e médios influenciadores dificilmente atingiriam sozinhos, tornando-se estratégicas para campanhas de topo de funil, em que o objetivo é massificar a mensagem e fortalecer o reconhecimento da marca.”, explica.

    Gonçalves acrescenta que as agências e as marcas precisam estar atentas às mudanças deste mercado que é muito volátil: “Na Viral Nation, por exemplo, entendemos que a confiança do público é um dos pilares mais importantes do marketing de influência e, por isso, temos estruturado estratégias que combinam diferentes perfis de criadores para atender às necessidades específicas de cada marca. Ao mesmo tempo, reconhecemos que grandes celebridades ainda desempenham um papel fundamental no mercado, especialmente para estratégias de brand awareness. Por isso, temos investido em campanhas híbridas, onde criadores de diferentes tamanhos trabalham juntos, garantindo alcance massivo sem perder a autenticidade e a confiança do público. Nosso diferencial está na capacidade de usar inteligência de dados e tecnologia para mapear quais influenciadores fazem sentido para cada campanha, indo além do número de seguidores e analisando fatores como taxa de engajamento, credibilidade no nicho e histórico de conversão”.

    METODOLOGIA

    O estudo foi realizado entre 30 de setembro e 7 de outubro de 2024, com 1.000 entrevistados de diferentes perfis demográficos. Entre os participantes, 65% são mulheres e 29% homens. A pesquisa completa está disponível em https://www.youpix.com.br/pesquisa-shopper-2025-download.

  • Pix por biometria: Sensedia elenca os principais benefícios do Pix por Aproximação, que entra em vigor para a população geral no próximo dia 28/02

    Pix por biometria: Sensedia elenca os principais benefícios do Pix por Aproximação, que entra em vigor para a população geral no próximo dia 28/02

    Na próxima sexta-feira, dia 28 de fevereiro, começa a valer em todo o Brasil o Pix por Aproximação, também chamado de Pix por Biometria, uma nova modalidade da jornada de meios de pagamentos via Open Finance, que promete trazer ainda mais facilidade e segurança aos usuários.

    Consultora de confiança da Estrutura Inicial do Open Finance junto ao Banco Central e especializada em habilitar o Open Finance para instituições financeiras, a multinacional de tecnologia Sensedia elencou os principais benefícios e cuidados que os usuários e empresas precisam ter com o início das transações via Pix por Aproximação.

    “Antes, para efetuar uma compra através do Open Finance, o usuário era redirecionado para o aplicativo ou internet banking de sua conta bancária para fazer o pagamento. A partir do dia 28 de fevereiro, esse tipo de transação passará a ser feita de forma mais fluida. Isso porque a nova funcionalidade tem por objetivo simplificar a jornada de pagamentos ao possibilitar que o usuário conclua a transação por meio dos dados bancários salvos nas carteiras digitais, sem a necessidade de ser direcionado para o aplicativo do seu banco ou instituição financeira por meio do ‘copia e cola’”, explica Gabriela Santana, Product Manager da Sensedia.

    Como vai funcionar

    Para utilizar o Pix por Aproximação, o usuário só precisará vincular suas informações bancárias em uma carteira digital, como a do Google, tal qual fazemos hoje com os dados do cartão de crédito em um site de e-commerce, por exemplo.

    “Após cadastrar a conta bancária no wallet, a pessoa vai ser transferida para o aplicativo bancário apenas para configurar autorizações como limites máximos por operação e prazos de duração daquele vínculo. Feito isso, as transações via Pix já estarão habilitadas para serem feitas via wallet, sem necessidade de redirecionamento para o aplicativo bancário que, inclusive, pode até ser excluído do celular se o usuário desejar”, complementa Santana.

    Lembrando que cada operação via Pix por Aproximação exigirá que o usuário autentique a operação final com biometria, senha ou Face ID (isto é, reconhecimento facial).

    “Além dos quesitos de segurança, reforçados por não exigir mais a necessidade de um aplicativo bancário para efetuar transações via Pix e pela possibilidade de configurar um limite máximo de transações via wallet, o Pix por Aproximação também conseguirá fazer a leitura de QR Codes, tanto impressos quanto digitais, e permitirá a realização de transferências entre usuários, seguindo os limites estabelecidos durante o processo de vinculação”, complementa Santana.

    Instituições já habilitadas

    De acordo com definição do Banco Central do Brasil, as maiores instituições financeiras do país – que detêm 99% da quantidade total de transações de pagamento realizadas via Open Finance – foram obrigadas a implementar a JSR (Jornada Sem Redirecionamento), responsável por habilitar funcionalidades como o Pix por Aproximação, até novembro de 2024. Já para as demais, a obrigatoriedade começa a valer somente a partir de 2026. 

    “Durante o período de testes, além da evolução técnica, o regulador foi monitorando alguns indicadores, como os reports de PCM (Plataforma de Coleta de Métricas), o tempo de resposta das APIs e a qualidade da jornada de experiência do usuário. Ao atingir 100% nos indicadores monitorados, as instituições foram liberadas para seguirem com o projeto piloto em produção. Por isso, em algumas carteiras digitais a opção de pagamento pelo Pix por Aproximação, inclusive, já está disponível”, ressalta Santana.

    Próximos passos

    Especialista no desenvolvimento de projetos que exigem o protocolo de segurança FIDO Server, mandatório pelo BC para autenticação do Pix, e na gestão de vínculos de contas via APIs, a Sensedia desenvolveu também uma solução também para atender as ITPs (Iniciadoras de Pagamento).

    “O objetivo do projeto é possibilitar que as ITPs também viabilizem pagamentos via Pix no próprio ambiente onde uma compra está sendo realizada, como sites, e-commerces, aplicativos e marketplaces, sem a necessidade de redirecionamento para o aplicativo bancário do usuário por meio da atual função ‘copia e cola’, oferecendo ainda mais segurança e conveniência aos usuários”, adianta Santana.

    De acordo com dados do Banco Central, o Open Finance já conta com mais de 64 milhões de consentimentos ativos e 42 milhões de usuários no Brasil.

  • Advogado de Trump questiona validade da ordem de Alexandre de Moraes nos EUA

    Advogado de Trump questiona validade da ordem de Alexandre de Moraes nos EUA

    Uma ação movida por empresas ligadas a Donald Trump e à plataforma Rumble, contra o ministro Alexandre de Moraes, tem gerado intensos debates jurídicos. O processo, conduzido pelo advogado Martin De Luca, levanta questionamentos sobre a validade das decisões do magistrado brasileiro no exterior. No entanto, a fundamentação jurídica utilizada na ação apresenta falhas que podem comprometer o andamento do caso nos tribunais americanos.

    Para Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, um dos principais problemas da ação está na base legal adotada para questionar a jurisdição de Moraes nos EUA. “O advogado responsável pelo processo citou como referência um tratado assinado entre Brasil e Estados Unidos em 2001. Ocorre que esse tratado foi substituído em 2006 e atualizado em 2015. Esse erro pode comprometer a credibilidade do processo logo de início”, revela. 

    Citação por e-mail e validade do procedimento

    Outro ponto central do processo é a alegação de que a intimação das empresas envolvidas não teria sido válida, pois foi feita por e-mail. De Luca sustenta que, nos Estados Unidos, esse tipo de citação não seria aceito legalmente. No entanto, Toledo destaca que a legislação americana prevê a possibilidade de citação por meios eletrônicos em determinados casos, desde que atendam aos requisitos processuais.

    “A regulamentação mais recente sobre cooperação jurídica internacional permite a tramitação eletrônica dos pedidos e até mesmo a citação por e-mail, desde que seja enviada ao endereço eletrônico cadastrado da parte. Esse argumento, portanto, dificilmente será suficiente para invalidar a citação. Além disso, o Rumble lista esse e-mail como contato oficial para questões legais, o que enfraquece ainda mais a tese de que a intimação foi irregular”, afirma.

    Convenção de Haia e princípio da territorialidade

    A ação também menciona a Convenção de Haia para reforçar o argumento de que a citação não teria sido válida, mas Toledo ressalta que o Brasil fez reservas a artigos desse tratado, tornando algumas exigências inaplicáveis ao país. “Os tribunais americanos podem entender que a citação seguiu os trâmites permitidos pela legislação vigente, tornando improvável a anulação do ato processual”, afirma. 

    Além disso, há outro fator que pode dificultar o avanço do processo: a territorialidade. Mesmo que se argumente contra as decisões de Alexandre de Moraes, os tribunais dos EUA podem considerar que essa é uma questão interna do Brasil e que não cabe interferência da justiça americana. “As cortes dos EUA podem simplesmente entender que esse é um assunto de soberania nacional, o que limita a capacidade do processo de seguir adiante”, acrescenta.

    Diante desse cenário, o especialista em Direito Internacional acredita que a ação tem mais potencial de gerar repercussão política do que efeitos práticos no sistema judiciário americano. “Do ponto de vista legal, as chances de um resultado significativo são pequenas. No entanto, o processo pode ser utilizado como ferramenta de pressão e narrativa política, alimentando um discurso contra as decisões tomadas no Brasil”, conclui.

  • Cinco tendências de Business Intelligence (BI) que mostram o caminho para o desempenho sustentável das empresas

    Cinco tendências de Business Intelligence (BI) que mostram o caminho para o desempenho sustentável das empresas

    Vivemos na era da informação, a qual é marcada por um volume de dados gerados diariamente que nunca foi visto anteriormente. Essa situação gera um significativo obstáculo para as empresas: a capacidade de extrair informações valiosas e convertê-las em decisões estratégicas. 

    Por isso, os líderes das empresas enfrentam a necessidade de obter maior agilidade na tomada de decisões baseadas em dados e alinhadas aos objetivos de negócios. Sem isso, correm o risco de perder eficiência e, principalmente, perder a clareza necessária para escalar a operação com segurança.

    Nesse cenário, o Business Intelligence (BI) surge como a melhor resposta para a demanda, ao organizar e converter dados em insights acionáveis, tornando-se o “ponto de partida” para empresas que desejam estruturar um desempenho financeiro crescente e sustentável. 

    Trata-se de antecipar cenários, definir caminhos e agir com precisão. A prova disso está em um estudo da McKinsey, “The Data-driven enterprise 2025”: a integração de Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning no BI possibilita análises precisas e gera alertas automáticos sobre oportunidades e riscos. 

    As cinco tendências  de BI

    Em 2025, cinco tendências de BI se destacam para atender às demandas críticas de escalabilidade, velocidade e adaptabilidade:

    • IA e automação: a análise automatizada, por meio de algoritmos de IA, permite acesso imediato a relatórios e permite decisões fundamentadas. Isso é um diferencial para evitar que a falta de dados resulte em perda de oportunidade ou ineficiência operacional.
    • Escalabilidade na nuvem: o BI na nuvem oferece flexibilidade para aumentar ou reduzir a capacidade de armazenamento de dados, de acordo com a demanda. Isso permite lidar com grandes volumes de informação sem perda de desempenho, mesmo em momentos de pico, e sem necessidade de altos investimentos em infraestrutura física.
    • Democratização do acesso: painéis com relatórios integrados permitem que colaboradores de todas as áreas acessem os dados, tornando o BI uma “linguagem comum” na empresa. Isso não apenas acelera as decisões, mas torna essas decisões mais personalizadas e assertivas. 
    • Personalização para novas demandas: a análise de dados permite a criação de novos Indicadores Chaves de Desempenho (KPIs) e novos objetivos estratégicos, mantendo o alinhamento das informações analisadas com as prioridades do negócio.
    • Governança dos dados: à medida que as normas regulamentadoras, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), se tornam mais rigorosas, a capacidade de proteger os dados para garantir a conformidade se torna um critério decisivo no uso do BI.

    Maturidade do BI

    Essas tendências se aplicam às empresas de diferentes estágios de maturidade em relação ao uso de dados:

    • Adoção inicial: empresas que devem estabelecer um ambiente centralizado de dados para relatórios confiáveis. Seus desafios são a baixa alfabetização em dados e a falta de processos para governança. Os benefícios do BI são maior visibilidade dos dados e redução de tempo na geração de relatórios.
    • Expansão estratégica: empresas que já utilizam BI para relatórios e análises, mas ainda não exploram seu potencial estratégico. Seus desafios são conectar BI ao planejamento estratégico, adotar análises preditivas e integrar múltiplas fontes de dados. Os benefícios do BI são aperfeiçoamento  na tomada de decisão, redução de custos e otimização de processos.
    • Maturidade plena: empresas que já possuem BI disseminado e integrado na estratégia de negócio. Seus desafios são escalar o uso do BI, garantir qualidade dos dados e  automatizar processos analíticos. Os benefícios do BI são decisões em tempo real, inovação constante e maior eficiência operacional.

    Independentemente do nível de maturidade, o BI é essencial para reforçar a importância de um ambiente corporativo orientado a dados (o que também chamamos de “cultura data-driven”). 

    Por isso, em 2025, escalar a operação significará, acima de tudo, escalar inteligência: mais do que extrair dados, é preciso dominá-los, contextualizá-los e transformá-los em estratégia. 

    Se a combinação de tecnologia robusta e expertise estratégica é o diferencial para um futuro mais sólido e competitivo para as empresas, o BI é o “caminho sem volta” para que as empresas explorem novos mercados sem perder o controle do core business.

  • Não quer perder dinheiro em 2025? Confira 5 dicas para investir com qualidade

    Não quer perder dinheiro em 2025? Confira 5 dicas para investir com qualidade

    No início de 2025, diversos investidores já puderam perceber que há diversas oportunidades à frente, mas também muitos desafios. Por isso, é importante saber navegar nesse ambiente econômico dinâmico para evitar riscos desnecessários e aumentar a rentabilidade das carteiras.

    “Ao mesmo tempo que é preciso se atentar às novas tendências de mercado, há algumas ações para proteger recursos que são indispensáveis a qualquer investidor, principalmente visando blindar as próprias economias da conhecida e histórica volatilidade brasileira”, afirma Victor Deischl, CFA, Cofundador e Gestor de Investimentos da Rubik Capital, gestora de recursos e consultoria de investimentos independente.

    Para ajudar aqueles que não querem perder dinheiro este ano, o especialista listou cinco dicas fundamentais. Confira: 

    • Diversifique seus investimentos

    Uma das estratégias mais sólidas e conhecidas do mercado, diversificar as carteiras reduz a dependência de determinados investimentos, especialmente em um país com incertezas fiscais como o Brasil. Nesse sentido, Deischl recomenda que esse processo seja dividido entre alocações no território nacional e internacional.

    “É importante manter recursos em moedas fortes, como o euro e o dólar, principalmente por meio de companhias offshore; e procurar investir em empresas nacionais exportadoras, que paguem bons dividendos e sejam seguras”, aconselha o executivo.

    • Utilize plataformas digitais

    Segundo uma pesquisa da PwC, 74% dos CEOs do mercado financeiro acreditam que a inteligência artificial (IA) generativa ajudará a melhorar a qualidade dos seus produtos e serviços até o início de 2025. Esse tipo de projeção reforça o quanto o crescimento de tecnologias emergentes vem se tornando cada vez mais frequente no setor, principalmente em áreas focadas na redução de riscos como a gestão de ativos. 

    “A IA e uma série de outras ferramentas tecnológicas são excelentes aliadas para monitorar e otimizar as carteiras de investimento”, destaca o gestor. “Dentro desse aspecto, é interessante olhar para as tecnologias proprietárias das fintechs, além de recursos open finance, que podem ampliar a performance de diferentes perfis”, completa.

    • Acompanhe tendências de mercado

    Com o avanço tecnológico, o mercado financeiro muda constantemente, o que torna o acompanhamento das suas inovações essencial. Além disso, novas regulamentações e boas práticas estão sendo implementadas pelas instituições reguladoras e empresas a todo momento, exigindo um processo de adaptação constante. 

    O CFA da Rubik Capital cita a crescente importância do ESG (Ambiental, Social e Governança) e das tecnologias verdes como um exemplo disso. “A sustentabilidade não é mais opcional no mercado. Esse é o tipo de informação indispensável para os investidores que miram em oportunidades assertivas e que tragam cada vez mais retorno no futuro”, explica.

    • Invista em educação financeira

    Para investir com qualidade, é importante não sucumbir ao pânico ou tomar decisões impulsivas que comprometam o crescimento de longo prazo do seu patrimônio. Por essa razão, a educação financeira é imprescindível para garantir a fuga de modismos e analisar cada oportunidade com cautela

    Deischl acrescenta que buscar ajuda especializada, principalmente no caso de clientes Private e Ultra High Net Worth (UHNW), também faz parte desse processo de aprendizado. “Investimentos ativos, amparados por gestores experientes ou Multi Family Offices, tendem a mitigar riscos e antecipar movimentações financeiras precisas”, pontua.

    • Tenha um fundo de emergência 

    Outra solução estratégica para qualquer investidor é construir uma reserva de emergência. Para isso, aplicar essas quantias em fundos serve como um colchão financeiro para imprevistos e permite que o dinheiro continue rendendo.

    “Há opções para todos os perfis de investidores, podendo blindar os recursos tanto para aqueles que são mais experientes quanto os iniciantes”, ressalta o especialista. “Na própria Rubik, por exemplo, temos quatro fundos que são distribuídos e abertos, variando de categorias de ações long biased, multimercado e renda fixa”, complementa. 

    Dica bônus: personalize seus investimentos

    Deischl também enfatiza que um guarda-chuva para todas as dicas anteriores é a personalização das carteiras. “Estabelecer um viés estratégico e único envolve contemplar o próprio perfil e as nuances do mercado. Não há uma receita de bolo, apenas a necessidade de tomar decisões embasadas e que atendam aos seus objetivos financeiros”, conclui.

  • Trump e o Novo Cenário do Ecossistema Cripto

    Trump e o Novo Cenário do Ecossistema Cripto

    O segundo mandato de Donald Trump começou em 20 de janeiro e, com pouco mais de um mês de duração, já promove uma profunda reconfiguração nas políticas econômicas dos Estados Unidos. As novas diretrizes do presidente nas relações comerciais internacionais têm impactado os investimentos globais, aumentando a volatilidade nas bolsas de valores ao redor do mundo. O chamado “efeito-Trump” vem redefinindo a maneira como os mercados reagem às mudanças regulatórias e às novas estratégias implementadas pelo governo americano.

    Essa reconfiguração não se limita apenas ao comércio internacional ou às políticas macroeconômicas. O ecossistema cripto é um dos setores mais impactados, passando por uma transformação significativa. A abordagem da administração anterior, marcada por restrições e cautela em relação aos ativos digitais, está sendo substituída por uma visão que prioriza a inovação tecnológica e a liberdade financeira. Essa mudança de postura não apenas reflete a crescente influência do setor cripto na economia global, mas também sinaliza um alinhamento com os princípios de descentralização e privacidade fundamentais para a comunidade cripto.

    Bitcoin uma alternativa ao sistema tradicional

    Nas últimas semanas, Trump ameaçou aplicar uma alíquota de 25% sobre produtos oriundos do México e do Canadá, além de aplicar uma sobretaxa de 10% sobre itens importados da China e 25% para todas as importações de aço e alumínio destinadas aos EUA. Essas medidas protecionistas têm gerado um cenário de incerteza nos mercados globais, impactando especialmente os ativos considerados de risco. A elevação dos custos comerciais tende a pressionar a inflação e desestimular investimentos, criando um ambiente desafiador.

    “O Bitcoin vem se destacando como um ativo confiável em meio a essa volatilidade. Enquanto as bolsas ao redor do mundo acumulam perdas significativas, o Bitcoin tem se mantido praticamente estável, reforçando seu papel como uma reserva de valor em tempos de instabilidade econômica. Essa resiliência demonstra a crescente maturidade do ativo digital e sua capacidade de atrair investidores em busca de proteção contra as incertezas do mercado tradicional”, afirma Luiz Parreira, CEO da Bipa.

    Diante desse cenário de mudanças drásticas nas políticas econômicas e regulatórias, a nova administração Trump tem adotado um posicionamento mais favorável à inovação no setor cripto. As recentes ordens executivas assinadas pelo presidente refletem um esforço claro para remodelar a regulamentação vigente e estimular o crescimento do mercado de ativos digitais nos Estados Unidos. Essa guinada pró-cripto marca o início de uma nova fase para o setor, que agora conta com um ambiente mais favorável ao desenvolvimento de tecnologias financeiras descentralizadas e à participação de grandes investidores institucionais.

    Ordens executivas e a reformulação regulatória

    O segundo mandato de Donald Trump trouxe uma reconfiguração profunda na política regulatória dos Estados Unidos em relação ao ecossistema cripto. Essa transformação marca uma ruptura com a abordagem restritiva da administração Biden, estabelecendo um novo paradigma que prioriza a inovação e a liberdade financeira no setor.

    Duas ordens executivas que afetam significativamente o setor das criptomoedas e do Bitcoin assinadas por Trump em janeiro e representam os primeiros passos concretos dessa mudança. A primeira delas revogou a Ordem Executiva 14067 da administração Biden, que impunha restrições ao setor cripto e promovia o desenvolvimento de uma Moeda Digital do Banco Central (CBDC). Em seu lugar, foi estabelecida uma política pró-cripto, proibindo explicitamente a criação de CBDCs e criando um “Grupo de Trabalho Presidencial sobre Mercados de Ativos Digitais”. Além disso, Trump determinou que todas as agências federais revisassem suas regulamentações sobre criptoativos em um prazo de 30 a 60 dias. Essa ordem também protege o direito à autocustódia e à mineração de Bitcoin.

    A segunda ordem executiva focou na revogação da SAB 121, eliminando a exigência de que bancos e instituições financeiras incluíssem criptoativos custodiados em seus balanços patrimoniais. Essa medida remove um dos principais entraves para a entrada das instituições financeiras tradicionais no mercado cripto, permitindo uma maior oferta de serviços de custódia e produtos relacionados a ativos digitais.

    Proibição das CBDCs

    A decisão de Trump de proibir explicitamente o desenvolvimento de CBDCs marca uma ruptura drástica com a administração anterior. A nova ordem executiva não apenas proíbe agências governamentais de promoverem ou emitirem CBDCs, mas também determina o encerramento imediato de qualquer projeto relacionado a essas moedas digitais estatais.

    Essa medida foi amplamente celebrada pela comunidade cripto, que vê as CBDCs como um instrumento de vigilância estatal e controle governamental sobre transações financeiras individuais. A proibição reflete uma visão política que valoriza a privacidade financeira, a soberania do dólar e a descentralização, princípios alinhados à filosofia do Bitcoin e das criptomoedas em geral.

    ETFs impulsionam o mercado

    Os ETFs de Bitcoin lançados no ano passado superaram as expectativas de mercado. O IBIT da BlackRock e o FBTC da Fidelity alcançaram um volume combinado de 4,5 bilhões de dólares no primeiro dia de negociação. Em apenas 11 meses, o IBIT acumulou impressionantes 50 bilhões de dólares em ativos, quebrando recordes e destacando a crescente demanda por produtos regulados no ecossistema de Bitcoin.

    No mercado brasileiro de fundos de índice negociados em bolsa, dos dez ETFs que tiveram maior retorno ao investidor em 2024, sete são relacionados a criptoativos e redes blockchain, segundo levantamento da Quantum Finance.

    “Os ETFs desempenham um papel crucial na popularização do mercado cripto ao simplificar o acesso a esses ativos. Eles eliminam a complexidade da custódia de criptomoedas, permitindo exposição à valorização sem preocupações com segurança e armazenamento, tornando o investimento mais acessível e atrativo. Os ETFssão um passo inicial interessante, mas vale sempre lembrar que eles não dão acesso a uma característica primordial do Bitcoin: a possibilidade do indivíduo de realizar a própria custódia. É a partir da auto custódia que os indivíduos conseguem garantir sua soberania financeira.”, afirma Caio Leta, head de de research da Bipa.

    A “Bitcoinização” do Sistema Financeiro

    O crescimento dos ETFs de Bitcoin não representa apenas uma cooptação pelo sistema financeiro tradicional, mas também uma “Bitcoinização” desse sistema. Produtos como ETFs denominados em BTC, ETFs de empresas que adotaram o “padrão Bitcoin” e títulos de dívida voltados à compra de Bitcoin são exemplos dessa integração.

    O mercado está se adaptando à lógica e aos princípios do Bitcoin, transformando suas dinâmicas tradicionais. Esta é apenas a fase inicial de uma mudança que pode redefinir as bases do mercado financeiro global.

  • Do Norte ao Sul: como nano e micro creators podem ampliar a presença das marcas no Carnaval

    Do Norte ao Sul: como nano e micro creators podem ampliar a presença das marcas no Carnaval

    O Carnaval é mais do que uma festa: é um espetáculo cultural que movimenta milhões de pessoas e bilhões de reais em todo o Brasil. Para as marcas, é uma vitrine para se posicionar de maneira criativa e se conectar com consumidores para além do eixo Rio-São Paulo. Afinal, a maior festa popular brasileira acontece em diferentes regiões do país.

    Em 2024, por exemplo, Belo Horizonte, em Minas Gerais, e Salvador, na Bahia, atraíram mais 5 milhões e 3 milhões de pessoas, respectivamente. Os dados são do Ministério do Turismo. “As marcas devem aproveitar eventos culturais com abrangência nacional para expandir seu mercado. E, nesse sentido, os nano e micro creators podem atuar como embaixadores locais, traduzindo a identidade da marca para diferentes públicos e tornando a comunicação mais autêntica e próxima da realidade de cada região”, analisa Rapha Avellar, CEO e fundador da BrandLovers.

    De acordo com o mapeamento feito pela BrandLovers, foram identificados nano e micro creators em todas as 27 unidades federativas do Brasil, sendo que os principais destinos dos foliões concentram 58% dos mais de 220 mil criadores de conteúdo cadastrados na plataforma. “Temos criadores atuando na Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, só para citar alguns”, conta Avellar.

    Mais do que isso, a BrandLovers investigou os nichos de atuação desses criadores, uma vez que a época da folia se mostra uma grande oportunidade para marcas nos setores de Beleza, Fitness, Moda, Comida e Bebidas. Afinal, cruzar os dados de localização dos criadores e seus nichos contribui para uma estratégia mais eficiente na hora de promover uma marca em datas importantes, como a do Carnaval. 

    Em Recife, por exemplo, 59% dos creators focam em conteúdos voltados para Beleza, enquanto em Florianópolis a maioria foca em assuntos Fitness (60%). Em Fortaleza, mais da metade dos criadores abordam temas ligados à Moda, e Salvador chega a quase 30% dos creators falando sobre Comida & Bebida.

    No fim das contas, o que todos esses dados significam para as marcas? Eles demonstram que existe uma grande oportunidade para empresas ativarem campanhas hiper segmentadas e regionais, aproveitando o potencial de influenciadores que possuem conexão autêntica com suas audiências locais. “Nosso país é diverso e o Carnaval reflete essa pluralidade. Uma estratégia bem planejada deve contar com criadores que representem essa diversidade e consigam transmitir a essência cultural de cada região”, analisa Rapha Avellar, CEO e fundador da BrandLovers.

    Como utilizar creators para maximizar o impacto das campanhas de Carnaval?

    O segredo para campanhas de Carnaval bem-sucedidas está no aproveitamento da influência autêntica dos creators. Algumas das principais formas de utilizar nano e micro criadores na estratégia de marketing são:

    • Ativações locais e coberturas em tempo real: creators podem compartilhar experiências autênticas de blocos de rua, festas privadas e eventos temáticos, gerando engajamento imediato para as marcas.
    • Promoção de produtos e serviços relevantes para a folia: segmentos como moda, beleza, turismo e alimentação se beneficiam ao apresentar soluções específicas para o Carnaval, seja através de tutoriais de maquiagem, dicas de looks ou indicações de bares e restaurantes.
    • Participação no mix de mídia das marcas: nano e micro creators oferecem uma abordagem mais humanizada e próxima ao público, complementando estratégias de influência de mídia tradicional e digital.
    • Desafios e campanhas virais: criar desafios no TikTok ou Instagram com nano e micro creators pode impulsionar o alcance e o engajamento das campanhas.

    A importância dos creators locais para as marcas

    O diferencial dos nano e micro creators está na proximidade com suas audiências. Por serem mais nichados, eles conseguem engajar seus seguidores de forma genuína e entregar resultados superiores em campanhas hiper personalizadas. Além disso, esses influenciadores atuam como verdadeiros embaixadores culturais, conectando marcas aos hábitos e valores de diferentes regiões do Brasil.

    No fim das contas, o Carnaval é sobre conexão, cultura e identidade. As marcas que souberem explorar isso de forma estratégica, contando com creators autênticos e regionais, vão não apenas ampliar sua presença, mas também criar campanhas memoráveis e impactantes.