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  • Governo lança Contrata+Brasil

    Governo lança Contrata+Brasil

    Na última segunda-feira, 11, no Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas em Brasília, o governo federal lançou o Contrata + Brasil. A plataforma vai permitir o cadastro e a contratação de microemprendedores individuais (MEIs) pelo governo federal, estados e prefeituras de todo o país. No momento, poderão ser contratados serviços de manutenção e pequenos reparos, que já ocorrem com dispensa de licitação. Nessa primeira fase, a estimativa é de uma oportunidade potencial de democratização de cerca de R$ 6 bilhões anuais em novos contratos.

    Para participar do Contrata+Brasil, basta que o fornecedor se cadastre usando o login do gov.br e informar os serviços que oferece. As demandas de seu interesse serão informadas à conta de Whastapp do número do celular fornecido. As primeiras contratações serão feitas pelo governo federal, mas o ambiente também está aberto para adesão dos executivos dos estados e municípios.

    Cooperação

    A ideia do portal surgiu a partir de uma iniciativa pioneira da prefeitura de Recife, que está sendo estendida para restante do país com o apoio da tecnologia fornecida pelo Serpro. No encontro, foi assinado um acordo de cooperação simbólico entre a empresa de tecnologia do governo federal, os ministérios da Gestão e da Inovação (MGI) e Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP), além da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Advocacia Geral da União (AGU) e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da prefeitura de Recife.

    “O Contrata+Brasil é uma resposta à uma importante discussão sobre contas públicas no Brasil, trata-se de uma iniciativa para mudarmos nossas contratações buscando o fortalecimento dos fornecedores locais”, anunciou a ministra do MGI, Esther Dweck. Segundo a ministra o Brasil possui 16 Milhões de Meis, com apenas 70 mil cadastrados na base de fornecedores do governo federal, o que representa apenas 0,4% do total.

    Esther Deweck acrescentou que o trabalho da sua pasta é não apenas o de apenas levar programas do governo federal para Estados e Municípios, mas também o de escolher boas iniciativas de outros entes e estendê-las a todo o país. “Assim, agradecemos a AGU, que nos garantiu a segurança jurídica, ao Serpro, que vai executar a ampliação da plataforma e ao Sebrae, pelo seu trabalho de qualificação dos MEIS”.

    Boas práticas

    “Toda boa prática tem a capacidade de ser reproduzida e merece ser absorvida, e vamos colaborar, com toda a expertise e a capacidade tecnológica do Serpro, com esse processo de expansão tecnológica liderado pelo MGI”, afirmou o presidente da empresa pública, Alexandre Amorim. “É uma tecnologia que vai democratizar o acesso dos microempreendedores às compras públicas, contribuindo para o dinamismo da economia local. Realizar uma atividade como essa, é fazer a cidade pulsar”, avaliou. 

    Amorim também aproveitou a assinatura do acordo de cooperação para anunciar o Prefeitura+Digital, um programa da estatal de tecnologia do governo federal que promove a modernização e construção de serviços digitais para cidades com até 30 mil habitantes.

    Já para o o ministro do MEMP, Márcio França, a nova lógica de atuação do governo deve ser, antes de tudo, proativa. “Essa iniciativa de Recife, que inspirou o Contrata+Brasil, inverte o padrão do cidadão que demanda e aguarda a ação Estado. Agora, o Estado é que procura o cidadão, com ganhos para ambas as partes”, explicou.

  • Um em cada cinco brasileiros usuários de apps de namoro relatam ter sido alvo de cibercriminosos, de acordo com Norton

    Um em cada cinco brasileiros usuários de apps de namoro relatam ter sido alvo de cibercriminosos, de acordo com Norton

    Com o aumento do número de usuários em plataformas de relacionamento, o cenário atual revela os riscos envolvidos, já que os golpistas também estão explorando a busca das pessoas por amor e companhia para aplicar golpes românticos sofisticados. 

    Uma nova pesquisa da Norton, a marca de cibersegurança da Gen™ (NASDAQ: GEN), realizada com brasileiros, traça um raio-x dos hábitos dos usuários e os riscos do amor digital. De acordo com o levantamento, quase quatro em cada dez (37%) dos brasileiros estão usando um aplicativo de namoro atualmente e muitos gastam em média quase 9 horas (8,69) por semana nesses apps. Dentre aqueles que usam aplicativos de namoro, um em cada cinco brasileiros (21%) afirmam ter sido alvo de um golpe.

    Iskander Sanchez-Rola, Diretor de Inovação da Norton explica que os golpes românticos também são conhecidos como golpes de namoro online. “Este tipo de golpe acontece quando uma pessoa é enganada a acreditar que está em um relacionamento romântico com alguém que conheceu na internet, mas que na verdade a sua outra metade é um cibercriminoso. Neste caso, ele usa uma identidade falsa para ganhar a confiança suficiente da vítima e pedir suas informações pessoais ou dinheiro. Assim, o cibercriminoso pode aplicar golpes ou obter vantagens financeiras”, alerta.

    Dentre os brasileiros (21%) que relataram ter sido alvo dos cibercriminosos, 85% foram vítimas de um golpe, sendo os mais prevalentes:

    • 41% dos brasileiros já foram vítimas de golpes românticos. Um golpe romântico é quando a pessoa é enganada a pensar que está em um relacionamento com alguém que conheceu na internet, mas que, na verdade, trata-se de um golpista usando uma identidade falsa para ganhar a confiança da vítima e pedir dinheiro a ela.
    • 29% dos brasileiros foram vítimas de Catfishing. É o ato do golpista se passar por uma outra pessoa online, usando fotos e informações sobre ela ou uma identidade fictícia. Em alguns casos, os catfishers podem roubar a identidade de alguém, incluindo seu nome, fotos e dados de aniversário. 
    • 27% dos brasileiros foram vítimas de golpes de Sugar Daddy / Sugar Baby. Nesse tipo de golpe romântico, o golpista se passa por um indivíduo rico que deseja enviar dinheiro a uma pessoa mais jovem, em troca de companhia online. Depois de ganhar a sua confiança, o cibercriminoso pede uma taxa inicial ou informações pessoais antes de enviar sua mesada. 
    • 23% dos brasileiros foram vítimas de golpes de fotos. Os golpistas buscam convencer seu alvo a enviar informações pessoais, em troca de fotos íntimas.
    • 16% dos brasileiros foram vítimas de sites falsos de namoro. São sites de namoro fraudulentos que afirmam ser legítimos, mas na verdade estão cheios de golpistas. Esses sites são criados para minerar informações.
    • 15% dos brasileiros foram vítimas de golpes de romance militar. O golpista se passa por um militar, provavelmente destacado. Ele cria uma relação de confiança usando jargões e títulos militares e, em seguida, pede dinheiro para cobrir despesas, como voos de volta para casa, por exemplo.
    • 15% foram vítimas de golpes de sextorsão. Este tipo de golpe é particularmente insidioso, envolvendo ameaças de divulgação de informações privadas ou comprometedoras, a menos que um resgate seja pago, geralmente em criptomoedas. Esses golpes começam com e-mails de phishing e exploram emoções humanas como medo e vergonha. 
    • 13% dos brasileiros foram vítimas de golpes de malware. Nesse caso, o destinatário interage com um golpista que envia a ele um site que parece legítimo; no entanto, é uma página que inclui malware. 
    • 12% dos brasileiros foram vítimas de fraudes relacionadas a doenças ou golpes médicos. Esses golpes envolvem golpistas fingindo oferecer tratamentos ou alegando sofrer de doenças falsas, para roubar dinheiro ou informações pessoais. Isso pode incluir vender curas falsas, falsificar condições médicas para solicitar doações ou se passar por agentes de seguros de saúde para obter acesso a dados confidenciais.
    • 9% dos brasileiros foram vítimas de golpes de verificação de código. Os golpistas enviam um código de verificação falso por e-mail ou mensagem de texto, fingindo ser um aplicativo ou site de namoro. Depois de clicar nele, são solicitadas informações pessoais, incluindo número de cartões de crédito. 

    Além disso: 8% dos brasileiros foram vítimas de golpes de herança; 7% foram vítimas de golpes de visto ou imigração; e 7% também foram vítimas de golpes de criptomoeda ou investimento.

    A segurança dos aplicativos de namoro

    O levantamento da Norton também analisou o comportamento e percepções dos brasileiros em relação à segurança dos aplicativos, quando buscam um relacionamento no universo digital.

    Quase sete em cada dez (67%) dos entrevistados usuários de apps disseram ter encontrado perfis ou mensagens suspeitas ao menos uma vez por semana, o que leva muitos brasileiros a buscar garantir sua segurança antes de qualquer encontro presencial. 

    Mais de um terço dos atuais usuários de namoro online (36%) no Brasil conversam com alguém em um aplicativo de namoro por uma semana ou menos, antes de estarem dispostos a se encontrar pessoalmente. No entanto, a maior parte dos brasileiros (94%) toma as seguintes precauções, como:

    • Pesquisar a pessoa nas redes sociais ou na internet (57%)
    • Realizar uma videochamada com a pessoa (48%)
    • Mandar mensagem para a pessoa fora do aplicativo ou da plataforma de namoro (42%)
    • Contar para um amigo ou familiar sobre os planos do encontro, antes de realizá-lo (40%)
    • Compartilhar sua localização com um familiar ou amigo, antes do encontro (38%)
    • Fazer uma chamada telefônica com a pessoa (32%).
    Para evitar ser vítima de golpes, Iskander Sanchez-Rola recomenda que “os usuários de aplicativos de namoro permaneçam atentos a sinais de fraude e tomem medidas proativas para proteger suas informações pessoais. Além disso, é fundamental sempre manter um nível de ceticismo saudável, evitando compartilhar dados sensíveis e nunca enviar dinheiro para desconhecidos”.

    Metodologia da pesquisa

    O estudo foi conduzido online no Brasil pela Dynata em nome da Gen de 5 a 19 de dezembro de 2024, entre 1.002 adultos com 18 anos ou mais.

  • Plataforma inovadora une descontos, entretenimento e assistência jurídica: conheça a Use Mais

    Plataforma inovadora une descontos, entretenimento e assistência jurídica: conheça a Use Mais

    A transformação digital está mudando a forma como as pessoas vivem e consomem. Em um mundo cada vez mais dinâmico, consumidores buscam soluções que simplifiquem suas rotinas e ofereçam conveniência. Essa necessidade tem impulsionado o crescimento de plataformas que integram benefícios variados, como descontos, entretenimento e cuidados com a saúde.

    Um exemplo dessa tendência é a Use Mais, uma plataforma que se destaca pela proposta inovadora de reunir diversos serviços em um só lugar. Os usuários podem acessar programas de pontos, descontos exclusivos e serviços de entretenimento. Além disso, o Faça Jus oferece assistência jurídica, que pode ser contratada separadamente.

    “A ideia é oferecer uma experiência integrada e descomplicada. Queremos que o usuário encontre tudo o que precisa em um único ambiente digital”, explica Juliana Selenko, CEO da plataforma. 

    A solução combina funcionalidades como o Assista Mais, um guia para localizar filmes e séries, e o Use Mais possui o Use Mais Descontos onde os usuários têm acesso a ofertas de mais de 3 mil empresas parceiras.

    Além disso, a plataforma incentiva o engajamento por meio de visualizações de vídeos, que geram pontos que podem ser trocados por descontos em farmácias, cinemas e outros serviços.

    “A comunicação leve e acessível da Use Mais é pensada para atender diferentes perfis de público, desde os jovens mais conectados até as gerações que buscam por benefícios tangíveis e práticos. Nosso foco é ser relevante na rotina dos usuários, oferecendo soluções que realmente façam diferença em seu dia a dia”, comenta Selenko.

    A Use Mais também oferece benefícios para empresas parceiras, que podem divulgar seus produtos e serviços diretamente na plataforma. Isso permite que essas marcas atinjam um público específico e engajado, composto por servidores públicos em busca de soluções práticas e vantajosas.

  • Como construir um funil de vendas eficiente

    Como construir um funil de vendas eficiente

    Construir um funil de vendas eficiente é essencial para qualquer empresa que queira aumentar suas conversões e melhorar o desempenho geral do seu processo comercial. O funil de vendas nada mais é do que uma representação do caminho percorrido por um potencial cliente desde o primeiro contato com a sua marca até a concretização da compra. Quando bem estruturado, ele pode não só gerar mais vendas, mas também otimizar os esforços da equipe de vendas e marketing.

    “Para se manter competitiva no mercado, uma empresa precisa buscar a satisfação do cliente, fazer parcerias comerciais, aprimorar a gestão, possuir uma equipe bem treinada, não ter medo da concorrência e aderir às novas tecnologias”, afirma Raphael Lassance, Sócio do Sales Clube, maior ecossistema especializado em soluções de vendas para empresas. 

    Pensando nisso, o empreendedor listou 6 passos para construir um funil de vendas de sucesso. Confira: 

    1. Compreenda o seu público-alvo

    O primeiro passo para criar um funil de vendas eficiente é conhecer profundamente o seu público-alvo. Saber quem são seus potenciais clientes, quais são suas necessidades, dores, desejos e comportamentos, é fundamental para direcionar a sua comunicação de maneira eficaz. Para isso, crie personas, que são representações fictícias de seus clientes ideais. Isso ajudará a entender como sua oferta pode resolver os problemas dessas pessoas e em qual etapa do funil elas estão.

    2. Defina as etapas do funil

    Um funil de vendas tradicional é dividido em três etapas principais: topo, meio e fundo. Cada uma delas corresponde a um estágio diferente no processo de compra do cliente. Ao definir essas etapas, é possível criar estratégias específicas para cada uma delas, aumentando a probabilidade de conversão em cada fase.

    • Topo do funil (atração): Nessa fase, o objetivo é atrair visitantes para o seu site ou página de vendas. A ideia é educar e oferecer conteúdo relevante para resolver problemas ou dúvidas comuns do seu público-alvo. Estratégias eficazes incluem blogs, vídeos, redes sociais e anúncios pagos;
    • Meio do funil (consideração): Aqui, o lead já conhece sua marca e está considerando opções para solucionar sua dor. O foco deve ser nutrir esse lead com conteúdos mais aprofundados, como e-books, webinars, estudos de caso e materiais educativos. É o momento de construir um relacionamento e destacar os diferenciais da sua oferta;
    • Fundo do funil (decisão): O lead está pronto para tomar uma decisão de compra. O objetivo agora é convencê-lo de que sua solução é a melhor opção. Ofereça propostas comerciais, demos do produto ou descontos especiais para incentivar a conversão. Testemunhos, casos de sucesso e garantias também são essenciais para fortalecer a confiança nesse momento.

    3. Automatize e otimize o processo

    O uso de ferramentas de automação de marketing pode ser decisivo na construção de um funil de vendas eficiente. Com essas ferramentas, é possível nutrir os leads com campanhas de e-mails segmentadas, agendar follow-ups e criar fluxos automáticos para mover os leads pelas etapas do funil de maneira mais eficiente. Além disso, é importante monitorar e analisar constantemente o desempenho de cada etapa do funil para identificar pontos de melhoria.

    4. Acompanhe o comportamento do lead

    Cada lead tem um comportamento único ao longo do funil. Algumas ferramentas de CRM (Customer Relationship Management) podem ajudar a acompanhar a jornada de cada lead, permitindo que a equipe de vendas saiba exatamente em qual etapa ele está e qual a abordagem mais eficaz para continuar a negociação.

    5. Treine sua equipe de vendas

    A equipe de vendas deve estar alinhada com o funil de vendas e entender claramente como cada etapa funciona. Oferecer treinamentos regulares sobre as melhores práticas para qualificação de leads e técnicas de fechamento de vendas é essencial para garantir que sua equipe esteja pronta para atuar de forma eficaz em cada fase do funil.

    6. Avalie e ajuste constantemente

    Um funil de vendas eficiente não é estático. É fundamental acompanhar os resultados com métricas e KPIs (Indicadores-chave de desempenho) para avaliar o que está funcionando e o que precisa ser ajustado. Taxas de conversão, tempo médio de fechamento, custo de aquisição de cliente e retorno sobre investimento (ROI) são alguns dos dados que devem ser analisados para otimizar o funil.

  • O que faz uma empresa ser realmente admirada pelos funcionários?; confira pesquisa da ILoveMyJob

    O que faz uma empresa ser realmente admirada pelos funcionários?; confira pesquisa da ILoveMyJob

    O ranking Loved Companies 2024, realizado pelo hub de employer branding ILoveMyJob, aponta as empresas mais admiradas pelos profissionais brasileiros e as estratégias que tornam essas organizações referência na gestão de pessoas. Com base na opinião de 865 profissionais de diferentes regiões do país, a pesquisa destaca como as companhias têm investido em ambientes de trabalho mais inovadores, atrativos e alinhados às expectativas dos talentos.

    “Hoje, as empresas precisam ir além de salários competitivos. Escutar os talentos de forma ativa e rotineira é fundamental para criar ambientes que inspirem e atendam às expectativas crescentes dos profissionais. Essa prática não apenas melhora continuamente a marca empregadora, mas também permite antecipar comportamentos e construir relações duradouras com os colaboradores”, afirma Angélica Madalosso, CEO da ILoveMyJob.

    No topo da lista estão Natura, Vale e Grupo Boticário, que, apesar de atuarem em setores diversos, compartilham alguns pontos em comum: investimentos robustos em cultura organizacional, inovação e forte conexão com os valores dos colaboradores.

    O que faz uma empresa ser admirada pelos profissionais?

    De acordo com a pesquisa, os fatores mais valorizados pelos colaboradores ao avaliar um ambiente de trabalho incluem:

    • Clima organizacional positivo (18%)
    • Transparência e comunicação eficiente (16%)
    • Autonomia (12%)
    • Flexibilidade (11%)
    • Valorização e reconhecimento  (10%)
    • Ambiente respeitoso e inclusivo (9%).
    • Propósito relevante (7%) 
    • Oportunidades de crescimento (5%)
    • Demais fatores como  benefícios, aprendizado e desenvolvimento, boa remuneração e entre outros (12%)

    Além disso, o estudo revela que os principais motivos que levam profissionais a deixar suas empresas estão ligados a questões estruturais e de gestão. Remuneração inadequada (45%), ausência de plano de carreira (30%) e sobrecarga de trabalho (15%) são os fatores mais citados.

    O que Natura, Vale e Grupo Boticário estão fazendo de diferente?

    A análise detalhada do ranking revela que as empresas mais admiradas pelos talentos investem em práticas que vão além da remuneração e dos benefícios tradicionais. Veja algumas das iniciativas que fazem dessas companhias referência:

    • Natura: Aposta em uma cultura organizacional que equilibra inovação, bem-estar e impacto social.. Além disso, sua página de carreiras está fora do site institucional, que traz recursos de acessibilidade e convida os profissionais a avaliarem a empresa no Glassdoor, que atualmente está com a nota geral de 4,1% na plataforma.
    • Vale: Passa por uma transformação cultural e tem priorizado diversidade, inclusão e sustentabilidade. Entre os destaques apontados pela pesquisa, está o fortalecimento da marca empregadora, com ações voltadas para desenvolvimento profissional e equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. Seu LinkedIn conta com mais de 4 milhões de seguidores e destaca pautas de inovação e ESG.
    • Grupo Boticário: Se destaca por investir em benefícios corporativos diferenciados, como Auxílio Pet. Além disso, reforça sua identidade de marca empregadora com um posicionamento estratégico forte nas redes sociais e uma página de carreiras estruturada dentro do site institucional. O grupo também investe fortemente em employer branding no Glassdoor e em plataformas de avaliação.

    Principais tendências observadas no ranking

    Além das iniciativas das empresas mais bem posicionadas, o estudo apontou algumas tendências:

    • Foco B2C: Empresas B2C, como Natura e Grupo Boticário, reforçaram sua presença por meio de um forte investimento em marca empregadora.
    • Benefícios corporativos diferenciados: Empresas oferecem cada vez mais vantagens além do pacote tradicional. O Grupo Boticário, por exemplo, se destacou pelo Auxílio Pet, uma inovação no mercado. O estudo analisa que, possivelmente, a escolha dos benefícios partiu da escuta ativa das pessoas colaboradoras e, assim, reflete no bem-estar de todas elas.
    • Transformação digital: Investimentos em tecnologia e digitalização impulsionam ambientes de trabalho modernos e dinâmicos. Empresas como Itaú se destacam nesse quesito.
    • Inovação: Todas as empresas do ranking priorizam inovação, independentemente do setor. Natura, Vale e Grupo Boticário, por exemplo, buscam constantemente novas soluções e formas de melhorar processos.
    • ESG: A maioria das empresas prioriza questões de ESG (Environmental, Social and Governance), com boas práticas corporativas, sustentabilidade e responsabilidade social e boas, que trazem impacto importante para atração e fidelização de talentos. 
    • Flexibilidade: Modelos híbridos e remoto seguem como preferência entre os talentos e contribui para um equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal da pessoa colaboradora.
    • Setor: O ranking de 2024 mostrou um domínio de empresas do setor energético, impulsionadas pelo interesse em ESG e sustentabilidade. 

    Confira o ranking nacional das empresas mais amadas para trabalhar

    Além de trazer um panorama detalhado sobre as práticas que fazem a diferença na gestão de pessoas, o estudo também revelou quais empresas se destacam no cenário nacional. O ranking, que reflete a percepção dos profissionais entrevistados, mostra um mix de empresas nacionais e multinacionais, além do aumento do interesse por empreendedorismo como alternativa de carreira:

    1º – Natura

    2º – Vale

    3º – Grupo Boticário

    4º – Eurofarma

    5º – Petrobras

    6º – Eletrobrás

    7º – Itaú

    8º – Negócio Próprio (desejo de empreender)

    9º – CPFL

    10º – Echoenergia

    Loved Companies 2024 é realizada anualmente pela ILoveMyJob e apresenta um panorama sobre as melhores práticas de gestão de marca empregadora no Brasil. O relatório completo pode ser acessado em www.lovedcompanies.com.br.

  • China avança na corrida da IA e desafia líderes ocidentais na geração de imagens

    China avança na corrida da IA e desafia líderes ocidentais na geração de imagens

    A DeepSeek, startup chinesa de inteligência artificial, lançou o Janus-Pro-7B, um modelo de geração de imagens por IA que, segundo a empresa, supera concorrentes ocidentais como o DALL-E 3, da OpenAI, e o Stable Diffusion, da Stability AI. O anúncio marca um novo capítulo na disputa entre China e Vale do Silício pelo domínio da inteligência artificial generativa.

    Para Rafael Franco, CEO da Alphacode, empresa de aplicativo que possui sede em São Paulo, Curitiba (PR) e Orlando (FL-EUA) é responsável por projetos de grande porte como Grupos Habib’s, Madero e China In Box entre outros esse avanço reforça o impacto crescente da IA chinesa no mercado. A inteligência artificial generativa tem se tornado um dos pilares da inovação tecnológica, e o crescimento da China nesse setor sinaliza um futuro onde a diversidade de soluções será ainda maior. Isso significa que as empresas precisam se adaptar rapidamente para integrar essas novas ferramentas de forma eficiente e estratégica, analisa.

    De acordo com benchmarks internos, o Janus-Pro-7B atingiu 84,2% de precisão no DPG-Bench, um dos principais testes de avaliação para modelos de geração de imagens, ultrapassando a performance do DALL-E 3. Além disso, o modelo foi treinado com mais de 90 milhões de amostras, combinando dados reais e sintéticos para aprimorar a qualidade visual das imagens geradas. A DeepSeek também disponibilizou o modelo em versões de 1 bilhão e 7 bilhões de parâmetros, permitindo maior flexibilidade para desenvolvedores e empresas que desejam implementar a tecnologia.

    O lançamento ocorre em um momento de crescimento acelerado da IA chinesa, impulsionada por investimentos massivos de gigantes como Baidu, Tencent e Alibaba. Essas empresas competem diretamente com referências ocidentais como OpenAI, Google DeepMind e Stability AI, transformando o mercado global. A expansão da tecnologia open-source desenvolvida na China também tem sido um fator relevante, tornando o acesso a modelos avançados mais democrático e acessível.

    A DeepSeek já vinha ganhando destaque no setor de inteligência artificial. Recentemente, seu assistente baseado no modelo DeepSeek-V3 tornou-se o aplicativo gratuito mais baixado na App Store dos EUA, superando o próprio ChatGPT. Esse crescimento reflete o interesse do público por alternativas à tecnologia desenvolvida no Ocidente e reforça a presença chinesa na corrida global da IA.

    Para os usuários, a competição entre gigantes do setor significa maior variedade de soluções, melhor qualidade e custos reduzidos. O avanço de modelos como o Janus-Pro-7B pode impulsionar novas oportunidades para criadores de conteúdo, designers, publicitários e empresas que dependem de imagens de alta qualidade geradas por IA.

    Franco ressalta que essa disputa também traz desafios para empresas que desenvolvem e integram inteligência artificial. “O grande diferencial estará na capacidade de adaptação. Modelos mais eficientes e acessíveis abrem novas possibilidades, mas exigem que as empresas saibam como utilizar essas tecnologias para gerar valor real aos usuários e negócios”, conclui.

  • X (antigo Twitter) é site favorito dos brasileiros: visitas aumentaram 462,8% no último ano no Brasil

    X (antigo Twitter) é site favorito dos brasileiros: visitas aumentaram 462,8% no último ano no Brasil

    As visitas do X (antigo Twitter) aumentaram 462,8% no último ano no Brasil, com média mensal de mais de 151 milhões de visitas em 2024, de acordo com um levantamento exclusivo da Semrush, plataforma de marketing digital especializada em visibilidade online.

    “O aumento nas visitas do X no Brasil em 2024 ocorre, inclusive, pela própria polêmica que a rede passou durante o ano no Brasil. Isso trouxe mais atenção ao site e também revelou que outras redes não conseguem, ainda, entregar a mesma experiência que o X com debates e interações rápidas e polêmicas”, explica Erich Casagrande, Líder de Marketing da Semrush no Brasil.

    Além do X, em 2024, plataformas como o TikTok e o Reddit também se destacaram com crescimento ou estabilidade. O TikTok manteve uma média mensal de 150 milhões de visitas, devido ao seu constante aprimoramento de recursos interativos e relevância entre os jovens. Já o Reddit teve um aumento expressivo de 46,3%, passando de 77 milhões para mais de 110 milhões de visitas, impulsionado pelo engajamento em comunidades de nicho e discussões em tempo real. 

    “O Reddit pode se consolidar no Brasil como já ocorre em outras regiões, sendo uma das principais redes para debates e compartilhamento de informações sobre diversos tópicos em comunidade, com pouca ou nenhuma presença comercial de marcas”, conta Erich Casagrande.

    Em contrapartida, sites como Snapchat, Youtube, LinkedIn, Pinterest e Instagram tiveram quedas em suas visitas no último ano. “O que mais chama atenção aqui é a queda do YouTube, um dos mecanismos de pesquisa mais relevantes junto ao Google. Um dos possíveis fatores para essa redução é a crescente presença do TikTok entre as gerações mais jovens. No entanto, o volume e a relevância do YouTube ainda permanecem significativos”, completa Erich.

    Confira a lista com o Top 10 das redes sociais e volume de tráfego no Brasil: 

    1. YouTube – 3,27 bilhões de visitas mensais (-26,7%)
    2. Instagram – 558 milhões de visitas mensais (-6,1%)
    3. TikTok – 151 milhões de visitas mensais (+4,4%)
    4. X (antigo Twitter) – 131 milhões de visitas mensais (+462,8%)
    5. Reddit – 86 milhões de visitas mensais (+46,3%)
    6. LinkedIn – 75 milhões de visitas mensais (-26,7%)
    7. Pinterest – 72 milhões de visitas mensais (-16,5%)
    8. Bluesky (bsky.app / aplicativo chinês que veio para substituir o X) – 6,9 milhões de visitas mensais (+3.971,7%)
    9. Snapchat – 814 mil visitas mensais (-48,1%)
    10. Bilibili (maior comunidade de anime, quadrinhos e games do Sudeste Asiático)  – 351 mil visitas mensais (+8,4%)

    No começo de 2024, o Snapchat começou com mais de 1.2 milhões de visitas, mas terminou com menos de 650 mil, refletindo uma grande perda de usuários. Apesar de sua popularidade em países da América do Norte e Europa, no Brasil a plataforma enfrenta uma forte diminuição no engajamento. Essa queda se deve, principalmente, à concorrência do Instagram Stories, que conquistou grande parte do público, e possivelmente à falta de inovação na plataforma. Além disso, um redesign controverso afetou a experiência do usuário, enquanto outras redes sociais evoluíram para atender melhor ao público brasileiro.

  • Buscar o lucro a qualquer custo, custa caro – e muito

    Buscar o lucro a qualquer custo, custa caro – e muito

    Nos últimos anos, temos visto a evolução das práticas de sustentabilidade das empresas, com ressalvas, é claro. A sigla ESG (ambiental, social e governança) tomou conta da agenda dos investidores, consumidores e colaboradores das corporações, mas o momento parece ser de retrocesso com a volta da busca pelo lucro a qualquer custo. Com o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, observamos grandes corporações como o grupo Meta e a rede de fast food McDonald´s recuarem em suas práticas sociais. E a expectativa é de que todas as áreas prioritárias da Agenda ESG sejam prejudicadas.

    Não há como negar que a finalidade maior de uma empresa é a geração de valor e que sua perpetuidade está relacionada ao desempenho econômico. Desta forma, a sigla ESG deve ser EESG, em que o econômico vem em primeiro lugar. Afinal, sem caixa ou retorno, não há como investir nas práticas sociais e ambientais. O problema é que o único objetivo não pode ser garantir o lucro a qualquer custo, pois a companhia acaba colocando sua imagem e marca em risco. E, com o crescimento das redes sociais, estar longe das ansiedades e exigências da população é um grande problema e pode provocar o cancelamento e boicote, mesmo que momentâneo, da marca. Aí pesa no bolso.

    Há cerca de 10 anos, mais especificamente, em agosto de 2015, foram concluídas as negociações que culminaram na adoção, em setembro, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), por ocasião da Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. Na ocasião, chegou-se a um acordo que contempla 17 Objetivos e 169 metas, envolvendo temáticas diversificadas de sustentabilidade que vão de questões como a erradicação da pobreza e redução das desigualdades ao crescimento econômico inclusivo. A agenda deve ser cumprida até 2030.

    Desde que foram lançados os ODS, grandes corporações aderiram à agenda e melhoraram seus processos para atender as metas. Destacam-se, por exemplo, as iniciativas em busca da diversidade, equidade e inclusão que passaram a fazer parte das políticas de contratação de empresas de todos os portes. Tal política permitiu que pessoas de diversos gêneros, raças, com deficiência ou neurodiversos tivessem oportunidades no mercado de trabalho, ainda que o acesso a cargos mais elevados seja restrito.

    Do lado das empresas, contratar pessoas com diferentes perfis permite que a organização entenda as particularidades de seus consumidores, ampliando a rede de atendimento, as vendas e, por consequência, o lucro. Afinal, uma marca para todos gera mais valor e mais retorno no longo prazo.

    Tal fato, entretanto, começou a ser questionado e uma onda de empresas e instituições. Recente pesquisa divulgada pela Conference Board, entidade empresarial americana com mais de mil associados, mostra que metade das empresas já ajustou suas terminologias para os programas de diversidade e outras 20% consideram mudança semelhante.

    A rede de fast food McDonald´s está entre as companhias que abandonaram os compromissos com os chamados objetivos de diversidade, equidade e inclusão (DEI), interrompendo as exigências de que os fornecedores assumam tais práticas. A decisão ocorre após a Suprema Corte dos Estados Unidos encerrar o uso da ação afirmativa em admissões universitárias.

    A Meta também recuou de uma série de políticas nessas áreas e informou aos funcionários que eles não serão mais obrigados a entrevistar candidatos de grupos sub-representados para vagas abertas ou a buscar negócios com fornecedores diversificados. Walmart, Nissan Motors, Boing, Ford, Toyota e Harley Davidson já seguiram o mesmo caminho. O Walmart anunciou que não usará mais parâmetros de raça e gênero para selecionar contratos de fornecimento e reduziu treinamentos sobre equidade racial. Outras companhias como Johnson & Johnson, Coca-Cola e Uber retiraram ou suavizaram, nos seus relatórios corporativos, menções a critérios de diversidade em suas políticas de remuneração.

    Aqui pegamos os programas DEI como exemplo, mas o retrocesso para as décadas de 70 e 80, quando a visão era de busca pelo lucro sem escrúpulos, é nítido em diversas áreas da sustentabilidade, seja no campo social ou ambiental. A princípio, a visão é de que tais objetivos geram despesas e não lucro. Um equívoco claro quando se coloca a reputação em jogo. Rechaçar a sustentabilidade é dar tiro no pé da sociedade e das próprias companhias. O lucro a qualquer custo, custa muito.

  • Dia da Internet Segura: Metade dos brasileiros deixam de comprar por falta de confiança em aplicativos ou sites, aponta Serasa Experian

    Dia da Internet Segura: Metade dos brasileiros deixam de comprar por falta de confiança em aplicativos ou sites, aponta Serasa Experian

    A crescente digitalização do consumo tem revelado um paradoxo preocupante: enquanto o volume de compras online aumenta, a sensação de segurança dos consumidores diminui. De acordo com o Relatório de Identidade Digital e Fraude 2024 da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil, 48% dos respondentes já desistiram de uma compra por falta de confiança no site ou aplicativo. Mesmo assim, a atividade registrou um crescimento médio de 1,6 ponto percentual em 2024 na comparação com 2023. Quase metade (48%) declarou realizar entre 1 e 3 compras digitais todo mês. ​Entretanto, a crença de que as empresas adotam medidas eficazes para proteção caiu de 51% para 43%.

    Esse cenário indica que, apesar da conveniência da digitalização, os consumidores ainda não se sentem plenamente protegidos. “A crescente digitalização trouxe inúmeros benefícios, tanto para as empresas quanto para os consumidores, mas também expôs vulnerabilidades que precisam ser endereçadas. Com esses insights, surge a oportunidade de as empresas investirem em soluções robustas de autenticação e prevenção à fraude para garantir a confiança dos consumidores no ambiente online”, comenta o Diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha.

    O que o consumidor mais teme na hora de comprar online?

    Os medos mais citados pelos entrevistados ao realizarem uma compra online foram “eu comprar em um site falso” (41%), “alguém comprar algo usando meus dados” (41%) e “meus dados vazarem” (37%), situações que continuam impactando a experiência digital dos usuários.

    Biometria física como solução confiável de autenticação

    Cerca de 69% dos consumidores consideram essencial que as empresas consigam identificá-los com precisão no ambiente online. Esse fator se torna ainda mais crucial diante do aumento das tentativas de fraude, que, de acordo com o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian referente a novembro de 2024, ultrapassaram a marca de um milhão de incidências no mês, o equivalente a uma ocorrência a cada 2,5 segundos. Diante desse cenário, empresas precisam reforçar suas soluções de proteção sem comprometer a experiência do usuário.”

    A pesquisa revela que métodos de autenticação se tornam ainda mais essenciais para a segurança, como a biometria física, que engloba reconhecimento facial, impressão digital e reconhecimento de voz: 7 em cada 10 consumidores (71,8%) afirmam se sentir seguros ao utilizar a tecnologia e seu uso cresceu significativamente no último ano, passando de 59% para 67%. Já a biometria comportamental – que analisa padrões como pressão na tela, forma de digitação e variações na voz – ainda é pouco conhecida pelos usuários.

    Com o avanço das tecnologias de autenticação, Rocha aponta que investir em segurança digital deixou de ser um diferencial para se tornar uma necessidade imperativa para empresas que buscam garantir a confiança de seus clientes e mitigar riscos de fraudes. ““A biometria física é uma solução confiável por ser tangível e difícil de replicar, mas, diante do cenário dinâmico das fraudes no Brasil, a prevenção eficaz exige uma estratégia em camadas. Conhecer o consumidor além da identidade permite identificar padrões de comportamento, reduzir fricções e fortalecer a segurança. Na Serasa Experian, a inteligência atrelada às tecnologias é um diferencial, combinando biometria facial, análise de dispositivos, verificação documental e inteligência analítica para detectar fraudes e proteger transações. Assim, as empresas garantem segurança sem comprometer a experiência do usuário, equilibrando prevenção e conveniência”.

  • DeepSeek: a inteligência artificial chinesa que “quebrou” o mercado e a hegemonia americana em IA

    DeepSeek: a inteligência artificial chinesa que “quebrou” o mercado e a hegemonia americana em IA

    O cenário da iInteligência Artificial (IA) foi recentemente abalado com a chegada de um novo protagonista: o DeepSeek. Desenvolvido por uma startup chinesa, a ferramenta promete redefinir o que entendemos por IA generativa, desafiando gigantes do setor como OpenAI, Google e Microsoft. Mas o que torna o DeepSeek tão especial?

    Trata-se de uma plataforma de IA de código aberto, que se destaca pela eficiência e baixo custo de desenvolvimento, conquistados a partir de uma arquitetura tecnológica inovadora e bastante disruptiva versus os modelos mais conhecidos de inteligência artificial generativa no mercado. Uma das inovações técnicas mais notáveis é a assim chamada “quantização inteligente”, que em termos mais leigos seria entendida como a fórmula de arredondamento utilizada para facilitar os cálculos. Tal abordagem reduz significativamente a necessidade de memória e os custos associados, sem comprometer a precisão dos resultados.

    Assim, enquanto empresas como a OpenAI investiram cerca de US$ 6 bilhões ao longo de uma década, com uma equipe de 4.500 funcionários, o DeepSeek alcançou resultados comparáveis em apenas dois anos, tendo uma equipe de menos de 200 funcionários e investimentos aproximadamente 1000 vezes menores, entre 5 e 6 milhões de dólares.

    Além disso, o DeepSeek é construído sobre uma arquitetura híbrida, que mescla redes neurais profundas com mecanismos de atenção esparsa e algoritmos de aprendizado por reforço avançados. A combinação permite processar dados de forma mais eficiente, reduzindo o consumo computacional enquanto mantém alta precisão.

    Outro diferencial é que o DeepSeek adota a abordagem de “mixture of experts” (mistura de especialistas), ativando apenas os recursos computacionais necessários para cada tarefa. A técnica não só aumenta a eficiência, mas também reduz o consumo de energia, tornando o modelo mais sustentável. Já uma das maiores vantagens é o fato de ser um sistema de código aberto. Isso significa que qualquer pessoa, seja pesquisador, desenvolvedor ou entusiasta da tecnologia, pode acessar seu código-fonte, estudá-lo, modificá-lo e aprimorá-lo de acordo com suas necessidades.

    A democratização da IA faz com que países e regiões em desenvolvimento tenham acesso a tecnologias de ponta sem depender exclusivamente de soluções proprietárias e de alto custo, nivelando o campo de jogo e permitindo que diferentes comunidades se beneficiem dos avanços da IA para resolver desafios locais.

    Impacto no mercado

    A introdução do DeepSeek causou impacto significativo no mercado tecnológico e financeiro. Empresas como a Nvidia, fornecedora líder de chips para IA, viram uma queda acentuada em suas ações (que vinham de meses de excessiva valorização) após o lançamento do DeepSeek, resultando na perda de capitalização de mercado de aproximadamente 600 bilhões de dólares (até o momento em que escrevo este artigo). Isso demonstra o quanto o “fenômeno”  DeepSeek desafiou o status quo e provocou a reavaliação das estratégias de desenvolvimento de IA pelas grandes empresas.

    Tudo isso foi tão impactante e transformador, que até mesmo o recém-empossado presidente dos EUA Donald Trump, que tem como uma de suas principais bandeiras de governo a liderança global em IA pelas empresas norte-americanas, foi forçado a se pronunciar.

    Além disso, a acessibilidade e o baixo custo do DeepSeek abrem oportunidades para pequenas e médias empresas adotarem soluções de IA avançadas, anteriormente restritas a grandes corporações em função de altos custos. O resultado pode ser maior inovação em diversos setores, desde saúde até finanças.

    O sucesso do DeepSeek sinaliza uma mudança no paradigma de desenvolvimento de IA (que era liderado e dominado pelos EUA), trazendo novos concorrentes de peso para a indústria, que enfatizarão a eficiência com acessibilidade. Espera-se que essa abordagem incentive outras empresas a adotarem modelos de código aberto, buscando soluções mais eficientes em termos de recursos.

    Todavia, o preparo para essa revolução exige que profissionais e empresas tenham alguns comportamentos:

    • Atualizem-se continuamente: Manter-se informado sobre as últimas tendências e avanços em IA é crucial. Ler notícias e participar de cursos, workshops e conferências pode ajudar a acompanhar o ritmo acelerado das inovações.
    • Adotem uma mentalidade aberta: Estar disposto a experimentar novas ferramentas e abordagens, como as oferecidas pelo DeepSeek, pode proporcionar vantagens competitivas significativas, uma vez que todo dia há literalmente dezenas de novidades – e esse processo tenderá a se acelerar.
    • Fomentem a colaboração: A natureza de código aberto do DeepSeek destaca a importância da colaboração na comunidade de IA. Contribuir para projetos open source e compartilhar conhecimentos são ações que podem acelerar o progresso coletivo, contrapondo os principais modelos até então vigentes no mercado, pagos e fechados.

    A transformação digital está em ritmo acelerado, e o DeepSeek exemplifica como inovações podem surgir de maneira inesperada, desafiando players estabelecidos e redefinindo o futuro da tecnologia. Estar preparado para mudanças é fundamental para se manter relevante e competitivo no mercado atual. Estou muito curioso e interessado em seguir acompanhando aonde tudo isso nos levará! E você?