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  • Soluções logísticas reduzem impactos das mudanças climáticas na Cadeia do Frio

    Soluções logísticas reduzem impactos das mudanças climáticas na Cadeia do Frio

    As mudanças climáticas e o aquecimento global têm imposto novos desafios logísticos à chamada Cadeia do Frio. De acordo com um relatório da Grand View Research, o mercado de produtos refrigerados ou frigorificados deve atingir US$ 892,27 bilhões até 2030, crescendo a uma taxa anual de 19,2% a partir de 2025. Ao mesmo tempo, as oscilações extremas de temperaturas podem comprometer a integridade de itens sensíveis, como alimentos, vacinas e insumos hospitalares.

    Esse contexto tem demandado novas soluções tecnológicas, como sensores de monitoramento de temperatura ao longo da cadeia logística, a fim de garantir o controle de qualidade e evitar perdas.

    Especialista em gestão de riscos logísticos, a AHM Solution tem parte de sua atuação voltada para a Cadeia do Frio. “Entre as soluções que oferecemos estão sensores que permitem o acompanhamento em tempo real das condições térmicas durante o transporte e o armazenamento, assegurando a conformidade com padrões regulatórios e a integridade dos produtos”, explica Afonso Moreira, CEO da empresa.

    Os sistemas fornecidos pela AHM Solution alertam automaticamente os embarcadores das cargas em caso de desvios da temperatura preconizada pelo fabricante, possibilitando ações rápidas para evitar perdas.

    “Além disso, os registradores fornecem dados sobre desempenho e histórico de temperatura durante todas as etapas da cadeia logística, auxiliando na tomada de decisões estratégicas, que inclusive podem impactar em mudanças na malha de transporte”, completa Moreira.

    Uma das atividades que exigem um rigoroso controle de temperaturas em tempo integral é a logística de doação de órgãos ou de sangue. No caso de órgãos, o transporte precisa ocorrer em uma caixa térmica que mantenha temperaturas entre 2 e 8°C. Se ficar abaixo ou acima disso, o item precisa ser descartado – algo que não é incomum. De acordo com um estudo do Ministério da Saúde e da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), dos 22.824 órgãos disponíveis entre 2014 e 2021, cerca de 60% não foram aproveitados por falta de condições adequadas.

    Já no caso das bolsas de sangue, de acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), entre 10% e 20% são descartadas, principalmente por falhas de conservação e contaminação.

    No ano passado, um novo dispositivo indicador de temperatura recebeu certificação da FDA (Food and Drug Administration), agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos. O HemoTemp II conta com um sensor de temperatura irreversível que avisa o usuário quando a temperatura da bolsa de sangue fica acima dos 6°C. No Brasil, esta solução é representada pela AHM Solution.

    “O rigoroso controle da temperatura ao longo de toda a Cadeia do Frio não é apenas uma exigência regulatória, mas uma necessidade vital para preservar vidas e evitar desperdícios. Em tempos de aquecimento global, o uso de tecnologias avançadas se torna imprescindível para garantir a eficiência e a sustentabilidade dessas operações”, afirma o CEO da AHM Solution.

  • Estudo comprova que comércio de alimentos no Brasil está mais dinâmico e diversificado

    Estudo comprova que comércio de alimentos no Brasil está mais dinâmico e diversificado

    Poucos setores evoluíram tão rapidamente quanto o varejo de alimentos no Brasil. A combinação de pressão inflacionária, retomada do poder de compra e avanços tecnológicos transformou não apenas o perfil do consumidor, mas também as estratégias das empresas. O impacto é visível em formatos como atacarejos, lojas de conveniência e marketplaces digitais, que hoje moldam as compras de alimentos no país.

    De acordo com o estudo State of Grocery 2024 da McKinsey, a participação dos atacarejos no faturamento do setor saltou de 27% para 46% em seis anos. Enquanto isso, os hipermercados perderam espaço, representando apenas 11% do mercado atual. 

    Andrea Eboli, estrategista de negócios com mais de 25 anos de experiência, fundadora e CEO da oficina de soluções corporativas EDR, destaca o impacto dessas mudanças. “O varejo está em constante adaptação. A segmentação do consumo é uma resposta às necessidades emergentes: economizar no essencial e investir no que traz conveniência ou prazer”, explica.

    Expansão dos atacarejos e seu novo público

    Os atacarejos ganharam destaque por combinar preços acessíveis com uma experiência de compra voltada para economia. Hoje, estão também presentes em áreas urbanas, atraindo consumidores das classes média e alta. Redes regionais também têm migrado para esse formato, ampliando ainda mais a presença no mercado.

    Segundo Andrea Eboli, a permanência do modelo vai além dos preços. “O atacarejo conseguiu romper com o estigma de ser exclusivo para compras em grande escala. Muitos consumidores o utilizam para reposição, pela percepção de custo-benefício em produtos do dia a dia”, analisa.

    Em seu mais recente estudo, divulgado no final de 2024, a McKinsey aponta que a fidelização é o próximo desafio. Para manter o crescimento, as grandes redes estão investindo em programas de pontos, melhorias logísticas e na variedade de produtos.

    Redes regionais e gourmetização

    As cadeias regionais também mostram força, com um crescimento médio anual de 20% entre os 20 principais varejistas menores. Investindo em personalização, esses grupos têm conseguido atender nichos específicos, equilibrando produtos populares e premium.

    “Hoje em dia, os consumidores buscam experiências completas e estoques variados. As redes regionais entenderam a importância de alianças com fornecedores locais para ofertar frescor e exclusividade, o que fideliza os clientes e traz um senso de comunidade, de ajudar o comércio local”, destaca Eboli.

    Um exemplo é a crescente demanda por lojas gourmet, com foco em alimentos frescos e categorias premium. Esses espaços têm atraído clientes de perfil mais sofisticado, fortalecendo a participação desse segmento, que já representa 30% do mercado de supermercados.

    Conveniência como diferencial competitivo

    Outro ponto é o boom das lojas de conveniência, que somaram quase 1.000 novas unidades em 2024, especialmente em regiões metropolitanas. Além de estarem próximas do consumidor, elas se destacam pelo modelo omnichannel, que integra compras presenciais e digitais.

    Com a rotina acelerada, a conveniência virou prioridade. Se essa realidade já se fazia presente, ela se tornou ainda mais palpável no pós-pandemia, com os consumidores já acostumados a receber em casa uma gama cada vez maior de produtos. “Pequenas compras resolvem situações como pegar um lanche rápido ao lado do trabalho ou comprar um ingrediente faltante pelo aplicativo do mercado do bairro”, comenta Andrea Eboli. 

    Para as empresas, isso evidencia a importância de entender os pequenos intervalos do consumidor e de investir em integrações tecnológicas e geolocalização. “Esses comportamentos mostram que o consumidor valoriza tempo e praticidade, o que abre caminho para inovações em logística e em ofertas segmentadas. Essa é uma visão importante para os gestores que buscam se destacar no mercado”, complementa.

    A entrada das lojas em marketplaces e aplicativos de entrega fortalece essa tendência. Redes de supermercados, por exemplo, oferecem opções de retirada rápida ou entrega em minutos, atendendo às urgências do dia a dia. Essa fusão entre loja física e digital está criando experiências que reduzem o tempo gasto pelo consumidor, sem abrir mão de variedade e qualidade.

    Integração de canais e futuro do setor

    O e-commerce alimentar ainda é pequeno em participação, mas cresce rapidamente. Em 2024, mais de sete milhões de lares fizeram compras online no setor. Redes que investem na omnicanalidade, como ferramentas de pesquisa e entrega personalizadas, aumentam suas chances de liderar o mercado.

    Andrea Eboli resume a direção do varejo. “Já foi tempo em que o consumo de alimentos se resumia a compras presenciais. A estratégia vencedora é integrar conveniência, economia e experiência. Cada vez mais, os consumidores valorizam o acesso a diferentes canais, seja na loja, seja pelo celular. Quem investir em entender essas preferências estará preparado para o futuro”, conclui.

  • 2025:o que podemos esperar do setor logístico?

    2025:o que podemos esperar do setor logístico?

    Com a dinâmica acelerada do e-commerce e o aumento das expectativas dos consumidores por entregas rápidas e eficientes, o setor logístico tem sido constantemente desafiado a se reinventar. As demandas por soluções mais ágeis, sustentáveis e tecnologicamente integradas impulsionam transformações profundas, que devem se intensificar em 2025. Avanços como o uso da Inteligência Artificial (IA), a automação e a sustentabilidade estão no centro das previsões para o futuro próximo da logística.

    A implementação de IA e machine learning nas operações logísticas está crescendo de forma rápida. De acordo com o relatório DHL Logistics Trend Radar, aproximadamente 50% das empresas já utilizam IA de alguma maneira em suas operações, e essa tendência deve se consolidar ainda mais em 2025. Os avanços permitem maior eficiência na previsão de demandas, na otimização de rotas e na gestão de armazéns, trazendo benefícios tanto para as companhias quanto para os consumidores.

    Sustentabilidade em foco

    A logística verde é outro ponto importante entre as expectativas para 2025. Os clientes estão cada vez mais atentos às práticas ambientais das organizações; por isso a área logística tem investido em soluções como otimização de rotas, veículos elétricos e redução de emissões de carbono. O comprometimento com metas de sustentabilidade também fortalece a reputação das empresas, que seguem se alinhando às exigências regulatórias e às expectativas dos consumidores.

    Lições da Black Friday 2024

    Datas promocionais, como a Black Friday, continuam a ser um grande teste para as companhias. Em 2024, os principais desafios envolveram a gestão de picos imprevisíveis de demanda, congestionamentos urbanos e limitações na base de entregadores. Ainda assim, com planejamento estratégico, muitos desses obstáculos foram superados. Reuniões detalhadas com clientes para projeções de crescimento, preparação das equipes e a ágil resolução de problemas tecnológicos foram fundamentais para garantir a eficiência das operações.

    Um destaque positivo foi a capacidade de adaptação às adversidades, como chuvas intensas e competição acirrada por entregadores. Ações como bonificações e a manutenção de um bom relacionamento com os profissionais de entrega ajudaram a resolver os principais problemas.

    Datas comemorativas, como Natal e Dia das Mães, também desafiam as empresas de entregas. O crescimento expressivo no volume de envios exige um trabalho de planejamento e estratégias eficazes para manter o fluxo das operações. Uma das principais questões enfrentadas é lidar com a menor disponibilidade de entregadores, que também desejam aproveitar os feriados. Para mitigar os desafios, bonificações e incentivos são frequentemente utilizados, mantendo o comprometimento da equipe.

    Já para as entregas de fim de ano, o setor logístico aproveita o ritmo acelerado herdado da Black Friday. Com o time de operação ainda em alta produtividade, a adaptação ao pico sazonal tende a fluir com mais tranquilidade. O planejamento conjunto entre empresas de logística e varejistas é essencial para que os clientes recebam seus produtos em tempo hábil.

    Em 2025, o setor logístico deve ser marcado pela adoção crescente de tecnologias como IA, automação e soluções sustentáveis, que visam aumentar a eficiência operacional e atender às demandas de consumidores por entregas rápidas e responsáveis. Desafios sazonais, como os enfrentados na Black Friday, continuarão testando a capacidade de adaptação das companhias, mas o planejamento estratégico e a inovação permanecem como pilares para superar adversidades.

  • Retenção assume o topo das preocupações de gestão

    Retenção assume o topo das preocupações de gestão

    30ª edição do Índice de Confiança da Robert Half (ICRH), que entrevistou 387 profissionais responsáveis pelo recrutamento em empresas de todo o Brasil, revelou as principais prioridades de gestão no início de 2025. O estudo destacou que a retenção de talentos tornou-se a maior preocupação dos gestores, seguida de perto por desafios relacionados à produtividade e à lucratividade.

    No levantamento anterior, referente ao segundo semestre de 2024, a retenção de talentos ocupava o terceiro lugar no ranking de prioridades. Outro ponto de destaque foi a atração de profissionais, que subiu da sétima para a quarta posição entre os principais desafios. Em contrapartida, temas como bem-estar e carreira perderam relevância, caindo do quarto para o quinto lugar, e da sexta para a oitava posição, respectivamente.

    “Não é surpresa que retenção e atração ganhem prioridade em um mercado de trabalho aquecido, com apenas 3% de desemprego entre profissionais qualificados. Nesse cenário de pleno emprego, as empresas enfrentam o assédio de outras organizações para reter seus melhores talentos enquanto competem para atrair novos profissionais. Isso exige estratégias claras por parte das lideranças”, comenta Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.

    As 10 maiores preocupações dos gestores no início de 2025, segundo o ICRH:

    • Retenção: não perder bons profissionais para o mercado (60%)
    • Produtividade: cumprir obrigações de maneira mais eficiente (56%)
    • Lucratividade: gerar mais valor, gastando menos (54%)
    • Atração: atrair profissionais adequados para a empresa (52%)
    • Bem-estar: promover saúde mental e qualidade de vida (42%)
    • Remuneração: ter salários e benefícios competitivos (42%)
    • Tecnologia: compreender as evoluções e usá-las a seu favor (35%)
    • Carreira: desenvolver e oferecer oportunidades de crescimento (29%)
    • Informações de mercado: impactos da política e economia nos negócios (24%)
    • Modelos de trabalho: adaptar-se e evoluir no modelo adotado (21%)


    “Os gestores desempenham um papel central na definição de prioridades e no engajamento das equipes. Empresas que combinam eficiência operacional, valorização de talentos e adaptação às mudanças tecnológicas têm maior potencial de atingir seus objetivos. Promover saúde mental, oferecer salários competitivos e criar oportunidades de crescimento são iniciativas indispensáveis em um mercado tão dinâmico quanto o atual”, conclui Mantovani.

  • Projeto de IA, desenvolvido pela ApliCap, é reconhecido pela AWS

    Projeto de IA, desenvolvido pela ApliCap, é reconhecido pela AWS

    ApliCap, empresa especializada em capitalização, acaba de ter seu projeto de inteligência artificial (IA) reconhecido pela AWS (Amazon Web Services) como um case de sucesso. Isso significa que a ApliCap está entre as empresas mais inovadoras do Brasil, mostrando que tradição e tecnologia podem andar juntas.

    Utilizando o Amazon Bedrock, a ApliCap transformou seu processo de validação de documentos para pagamentos de prêmios de capitalização. Com isso, o tempo de processamento caiu de 24 horas para apenas 1 minuto, enquanto o custo por validação despencou de R$3,20 para R$ 0,01. Essas mudanças resultaram em uma economia anual de R$500 mil, consolidando a eficiência operacional da empresa e aprimorando a experiência dos clientes premiados.

    Quando a inovação transforma resultados

    A ApliCap é parte integrante de um Conglomerado fundado em 1947 no RS, que sempre buscou inovação para superar desafios. O CIO do grupo, Fabiano Longaray, explica que a operação da ApliCap exigia uma transformação profunda para atender à crescente demanda do mercado.

    Atuamos em um mercado altamente regulado, e o processo de validação de documentos era manual, exigindo uma grande equipe. Isso dificultava escalar as operações sem custos elevados”, relata Longaray. O processo tradicional resultava em tempos de aprovação de até 24 horas, o que comprometia a experiência dos sorteados e dificultava o crescimento sustentável da operação.

    Para oferecer uma boa experiência aos vencedores de seus prêmios, a ApliCap apostou na inteligência artificial generativa, utilizando o Amazon Bedrock. Segundo Longaray, a escolha foi motivada pela busca constante por excelência. “A principal motivação do projeto foi melhorar significativamente a experiência dos sorteados, acelerando o processo de pagamento do prêmio e garantindo maior eficiência operacional.

    Inspiração para o mercado

    O reconhecimento pela AWS coloca a ApliCap como uma referência de inovação no mercado brasileiro de capitalização. O projeto é uma demonstração de como a tecnologia pode ser usada para transformar operações e melhorar a experiência do cliente sem comprometer a qualidade e a conformidade exigida pelos órgãos reguladores.

    O que é apenas o começo de uma nova era de possibilidades. “Nosso compromisso é continuar inovando para oferecer as melhores soluções aos nossos clientes e parceiros. Este projeto é uma prova de que, com as ferramentas certas, podemos superar desafios e atingir resultados extraordinários”, conclui Diego Zugno, Diretor da ApliCap.

    Esse sucesso inspira outras empresas a explorarem o potencial da inteligência artificial para transformar suas operações e criarem valor aos negócios e consumidores.

  • Dia Internacional da Proteção de Dados: como o PIX, o Open Finance e a LGPD estão transformando o ambiente digital no Brasil

    Dia Internacional da Proteção de Dados: como o PIX, o Open Finance e a LGPD estão transformando o ambiente digital no Brasil

    Em 28 de janeiro celebra-se o Dia Internacional da Proteção de Dados, uma data que reforça a importância de garantir a segurança e a privacidade no mundo digital. Esse é um tema que ganha ainda mais relevância com o crescimento do PIX, do Open Finance e do uso de aplicativos financeiros, como PicPay, Nubank e Mercado Pago, que transformam a maneira como nos relacionamos com os serviços digitais.

    O PIX, por exemplo, já é o meio de pagamento mais difundido entre os brasileiros. O serviço de pagamento instantâneo, criado pelo Banco Central (BC), é usado por 76,4% da população. Em seguida, vêm o cartão de débito (69,1%) e o dinheiro (68,9%). Os dados estão na pesquisa “O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro”, publicada pelo BC.

    O Open Finance, por sua vez, atingiu 37 milhões de consentimentos em outubro de 2024, sendo 99% de pessoas físicas, o que representa um crescimento de 35% em relação aos 27 milhões registrados no mesmo período de 2023, segundo o estudo “Evolução do Open Finance no Brasil”, elaborado pela consultoria internacional BIP.  

    Esses avanços são um reflexo da confiança crescente dos consumidores em compartilhar informações de forma estruturada e segura. Contudo, apesar dos benefícios do compartilhamento de dados, ainda há dúvidas sobre como fazê-lo de maneira segura no mercado financeiro, mantendo o equilíbrio entre inovação e privacidade.

    “É essencial que tanto empresas quanto consumidores compreendam a importância de proteger dados como nome, endereço, histórico financeiro e hábitos de consumo, garantindo conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)”, menciona o especialista e CEO da Lina Open X, Alan Mareines.

    LGPD: 58% das empresas aumentaram seus investimentos em segurança

    A LGPD foi criada para regulamentar o uso e a proteção de dados pessoais, promovendo privacidade e segurança. No entanto, um levantamento da PwC revelou que 58% das empresas aumentaram seus investimentos em segurança da informação após a implementação da legislação. Isso demonstra que, apesar de o processo de conformidade estar em andamento, há uma conscientização crescente sobre a relevância de proteger os dados pessoais.

    A adequação das empresas brasileiras com a Lei tem avançado, mas ainda enfrenta desafios significativos. De acordo com um estudo da Logicalis, apenas 36% das organizações no Brasil afirmam estar totalmente aderentes à LGPD, enquanto 43% estão em processo de implementação de medidas para se adequar ao código. Notavelmente, 6% das empresas ainda não iniciaram ações específicas para conformidade.

    “A adaptação à LGPD traz vários desafios para as empresas, como a necessidade de revisar políticas internas, treinar funcionários e implementar novas tecnologias de proteção de dados. Essas medidas são essenciais para evitar vazamentos de informações e garantir a confiança dos consumidores”, analisa o CEO da Lina Open X, Mareines.

    Para Mareines, os consumidores têm um papel vital na proteção de seus dados. “É fundamental estarem cientes de seus direitos, como o direito de acesso, correção e exclusão de seus dados, além de adotarem boas práticas ao compartilhar informações pessoais, como verificar a legitimidade das empresas e utilizar canais seguros”, detalha.

    Como compartilhar dados de forma segura?

    Para compartilhar informações de forma segura, é essencial adotar práticas recomendadas. Antes de mais nada, certifique-se de que os sites e aplicativos que você utiliza são confiáveis e empregam tecnologias de criptografia. Você pode verificar isso observando se o endereço começa com “https” e se há um ícone de cadeado na barra de navegação. 

    Além disso, leia atentamente as políticas de privacidade para entender como seus dados serão coletados, armazenados e usados. Priorize serviços que sejam transparentes e claros em relação a essas práticas.

    Ajuste as configurações de privacidade em plataformas e dispositivos para controlar quais informações serão compartilhadas e com quem. Sempre que possível, habilite a autenticação de dois fatores (2FA) para adicionar uma camada extra de proteção às suas contas. Também é importante criar senhas exclusivas e robustas para cada conta e, se necessário, utilizar um gerenciador de senhas para organizá-las de forma segura.

    Mantenha seus dispositivos e aplicativos atualizados com as versões mais recentes de softwares e correções de segurança. Evite utilizar redes Wi-Fi públicas para transmitir dados pessoais; opte por conexões privadas ou, caso precise, use uma rede virtual privada (VPN) para garantir uma conexão segura. Revise, regularmente, as permissões concedidas a aplicativos no seu dispositivo, autorizando apenas o acesso às informações indispensáveis para seu funcionamento.

    Cuidado com e-mails, mensagens e links que pareçam suspeitos ou solicitem informações pessoais. Sempre confirme a autenticidade do remetente antes de compartilhar qualquer dado. 

    Faça backups frequentes de arquivos importantes para garantir que possa recuperá-los em caso de perda ou ataque cibernético. Em determinadas situações, considere utilizar soluções como carteiras digitais ou tokens de autenticação para proteger dados sensíveis.

    Por fim, mantenha-se atualizado sobre práticas modernas de segurança e privacidade, acompanhando novas ameaças e vulnerabilidades. “Ao seguir essas diretrizes, é possível compartilhar informações com mais segurança, protegendo a privacidade e reduzindo, significativamente, os riscos de exposição ou uso indevido de dados pessoais”, ressalta Alan.

    10 benefícios de compartilhar seus dados de maneira segura

    Compartilhar informações pessoais pode oferecer uma série de benefícios tanto para os consumidores quanto para as empresas. Segundo uma pesquisa da Mastercard, enquanto 60% dos executivos acreditam que os consumidores reconhecem vantagens em compartilhar seus dados para obter benefícios, apenas 44% dos usuários realmente enxergam valor nisso.

    Para as empresas, os dados fornecem insights valiosos sobre tendências de mercado e áreas de melhoria, o que contribui para o desenvolvimento de produtos e serviços mais inovadores. Já os consumidores podem se beneficiar em diversos aspectos ao optar pelo compartilhamento seguro de suas informações, tais como:

    1) Serviços personalizados: dados compartilhados permitem que empresas adaptem produtos e serviços às preferências individuais dos consumidores. Um exemplo prático são plataformas de streaming que sugerem conteúdos com base no histórico de visualização do usuário.

    2) Descontos e recompensas: muitas empresas oferecem vantagens como cupons, promoções exclusivas ou programas de fidelidade em troca de informações dos clientes, incentivando sua lealdade.

    3) Melhoria da experiência do usuário: dados ajudam as empresas a criar interfaces mais intuitivas e funcionalidades que correspondam às expectativas dos usuários, aprimorando a jornada do cliente.

    4) Acesso exclusivo: algumas funcionalidades ou vantagens, como acesso antecipado a lançamentos e eventos exclusivos, estão disponíveis apenas para aqueles que optam por compartilhar suas informações.

    5) Recomendações mais relevantes: com base nos dados, empresas conseguem sugerir produtos e serviços que realmente atendam às necessidades dos consumidores, economizando tempo e melhorando a experiência.

    6) Aperfeiçoamento de produtos e serviços: feedback e dados de uso ajudam as empresas a identificar falhas e áreas de melhoria, resultando em soluções mais eficientes e adaptadas às demandas dos usuários.

    7) Segurança aprimorada: bancos e serviços digitais podem usar dados de comportamento para detectar fraudes rapidamente, além de oferecer processos de autenticação mais seguros e práticos.

    8) Suporte personalizado: o compartilhamento de dados permite que as empresas ofereçam suporte técnico mais ágil e eficaz, ajustando soluções às necessidades específicas de cada cliente.

    9) Avanços em saúde e bem-estar: na área médica, dados compartilhados possibilitam diagnósticos mais precisos, tratamentos personalizados e monitoramento contínuo, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

    10) Incentivo à inovação: dados coletados de forma ética contribuem para avanços em tecnologia e inteligência artificial, gerando benefícios que impactam, positivamente, toda a sociedade.

    “Entender a importância do compartilhamento de dados e adotar práticas seguras pode trazer inúmeros benefícios, tanto para consumidores quanto para empresas, promovendo um ambiente digital mais seguro e eficiente”, conclui Mareines.

  • NRF 2025: Por onde começar?

    NRF 2025: Por onde começar?

    De 12 a 14 de janeiro aconteceu a tradicional NRF – National Retail Federation 2025, Big Show, em Nova Iorque, nos EUA. Em sua 115ª edição, tem sido, globalmente, o maior evento anual de varejo, contou com a presença de mais de 70 países e atraiu cerca de 38.000 participantes e uma representação significativa do Brasil, com mais de 2.000 participantes.

    Muitos artigos têm sido publicados sobre o evento, e antes de comentá-lo, mencionarei outro evento que antecede a NRF, a reunião anual da FIRA – Federação Internacional das Associações de Varejo.

    A reunião da FIRA teve a participação de 28 associações de varejo, de 19 países de todos os continentes, mostrando a força do varejo no mundo, na qual o IDV (Instituo para Desenvolvimento do Varejo) se fez presente pelo Brasil. Na reunião, foram abordados temas da economia e do varejo mundial.

    Podemos inferir que os países participantes têm preocupações muito semelhantes, guardadas as devidas proporções: inflação em alta, elevada taxa de juros, baixo crescimento econômico, questões de desempenho dos governos e, na Europa, preocupações com a baixa taxa de natalidade. Não se percebeu entusiasmo com o futuro da economia na maioria dos países, exceto os Estados Unidos, certamente motivados pelo momento de transição de governo.

    Um ponto comum, e de destaque, na reunião do FIRA, foi o crescimento exponencial nos últimos anos das exportações de pequenos volumes (cross-border) dos países asiáticos para praticamente todos os países presentes, em que na sua maioria, estão, digamos, “desorientados” quanto ao que devem fazer para contê-las. Nesse sentido, podemos afirmar que o Brasil está no caminho certo, pois iniciamos uma governança visando à equidade concorrencial com o programa Remessa Conforme, que começa a mostrar resultados, se bem que ainda insuficientes.

    Voltando à NRF 2025, durante o evento, foram ministradas 250 palestras que cobriram uma variedade de tópicos, importantíssimos para o setor de varejo, e também houve ampla área de exposição de produtos e serviços, com cerca de 800 expositores, que apresentaram inovações que estão moldando o futuro do varejo, desde soluções de pagamento até ferramentas avançadas de análise de dados.

    As conclusões publicadas na imprensa mundial sobre a NRF 2025 destacaram vários pontos importantes, tais como:

    • As lojas físicas estão se reinventando, para, além de atrair os clientes, mantê-los por mais tempo em seu interior, resultando na crescente importância da personalização e da experiência do cliente no varejo moderno.
    • O papel crucial da sustentabilidade e da responsabilidade social nas operações de varejo, temas presentes em várias palestras, porém, com menor intensidade neste ano.
    • O impacto das tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, focando no aumento da produtividade, no aprimoramento das operações, no entendimento do comportamento do consumidor e na comunicação.
    • Os ganhos potencializados com a implantação eficaz do omnichannel, indispensável para o crescimento e sucesso no varejo.
    • Avanços no marketing e monetização de espaços digitais e físicos, com infinitas possibilidades de retail media.

    Com tantas palestras e expositores de tecnologia de produtos e serviços, gerou-se um volume importante de matéria-prima para muitas empresas especializadas em varejo fazerem excelentes encontros no Brasil de pós-NRF.

    Quem esteve na NRF ou já se informou bem sobre o apresentado no evento, dependendo da estrutura e porte da empresa, pode estar se perguntando:

    Por onde começar?

    A resposta é complexa. Toda tecnologia disponível, como a loja totalmente autônoma – controlando tudo, desde a entrada do cliente, reposição de mercadorias, pagamento por meios digitais da compra, etc. –, o checkout por imagens sem uso do código de barras, o inventário de mercadorias no chão de loja feito por robôs, as estratégias de mídia digital com uso da inteligência artificial generativa e todas as demais maravilhas e estratégias apresentadas, dependem, antes de tudo, de se ter uma base de dados estruturada, sólida e constantemente atualizada, gente especializada e escolha das ferramentas certas. Sem esta estruturação inicial, muito bem implantada, corre-se um risco significativo de insucesso.

    O uso de tecnologias avançadas não é mais uma tendência, mas uma necessidade estratégica para empresas que desejam se manter relevantes no mercado.

    Então, o varejo brasileiro tem uma missão importante, acompanhar as tendências tecnológicas, implantá-las e, ao mesmo tempo, garantir o retorno dos investimentos feitos em tecnologia, algo desafiador para todos os tamanhos de varejo, em particular para as médias e pequenas empresas, que sofrem com a escassez de recursos financeiros.

    O setor de varejo, que representa cerca de 25% do PIB, por sua importância na economia, requer programas de apoio financeiro públicos e privados que possibilitem seu desenvolvimento tecnológico, dando suporte à construção de um varejo pujante e moderno no Brasil.

  • Plataforma de venda de Carro por Assinatura registra crescimento de 50% em 2024

    Plataforma de venda de Carro por Assinatura registra crescimento de 50% em 2024

    Na era da otimização de processos, a busca por ferramentas que facilitam a vida dos consumidores é cada vez mais comum. A necessidade de ter todas as ofertas em um só lugar se tornou uma prioridade para muitos brasileiros. Isso é evidenciado pelo crescimento de aplicativos e sites bem conhecidos, como comparador de preço de hotéis, agência online de viagens, aplicativo de entrega de refeições ou plataforma de suporte de compras.

    No universo automotivo, essa tendência também está se consolidando e surgiram muitas oportunidades, como a aquisição de carros por assinatura. Um dos serviços que tem simplificado e facilitada muito a vida dos motoristas é a ComparaCar. A plataforma digital oferece um ambiente onde os usuários podem pesquisar por ofertas de automóveis por assinatura, utilizando filtros como duração dos planos, franquia de quilometragem, serviços adicionais e tipo de veículo.  

    Crescimento

    No mercado há apenas dois anos, a startup, de acordo com seu CEO, Alan Lewkowicz, acumula um crescimento de 50%, demostrando como o mercado de carros por assinatura está aquecido. “Percebemos um fenômeno bem interessante. Muitas montadoras, ao notar esse crescimento do mercado de carro por assinatura, têm escolhido a nossa startup para agregar suas ofertas na plataforma. Trabalhamos com quase todas as companhias de assinatura veicular, incluindo montadoras e locadoras”, argumentou ele.  

     “Desde o lançamento em janeiro de 2023 até janeiro de 2025, a ComparaCar registrou mais de 1.500 contratos assinados. Só em 2024, notamos um aumento de venda e faturamento superior a 150% em cada área, em comparação com 2023. Para este ano, há projeções bem positivas”, adiantou Alan Lewkowicz.  Atualmente a plataforma possui mais de 5 mil opções de carros por assinatura.

    Dados da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), divulgados no final do ano passado revelaram que a modalidade de carros por assinatura teve um aumento de 44% em 2024, alcançando 180 mil veículos, o que representa 20% da frota de longo prazo.

    Facilidades

    Lewkowicz revela que esse crescimento é justificável principalmente pela facilidade de contratação de um plano de carro por assinatura na plataforma. “Todo o processo de aprovação até a contratação do carro leva apenas algumas horas, dependendo do plano e da empresa. Trabalhamos com quase todas as companhias de assinatura veicular, incluindo montadoras e locadoras. Unimos praticidade e comodidade para os motoristas”, destacou.

    Um outro aspecto relevante para muitos condutores de automóveis é a dispensa da declaração no Imposto de Renda para os veículos por assinatura. Aqueles que escolhem essa forma de comprar um carro não precisam informar as parcelas no Imposto de Renda. Elas não possuem relevância para a Receita Federal, ou seja, não afeta a declaração do Imposto de Renda.

    A modalidade de carro por assinatura oferece benefícios que justificam o seu crescimento no País. Locação simples, acesso a uma ampla variedade de carros novos, além de economia por não ter que arcar com custos como IPVA, seguros e manutenção, são alguns dos itens já inclusos nos planos de carro por assinatura.

    Conforme Lewkowicz, sua plataforma reúne as principais ofertas do mercado e se destaca pela agilidade na adesão do serviço, incluindo a análise de crédito e o envio de documentos diretamente pelo ambiente digital.

    Praticidade e transparência

    o CTO da ComparaCar, Márcio Klepacz, explica que o serviço nasceu com o objetivo de oferecer praticidade e transparência em um mercado com muitas variáveis e que a operação nesse mercado também pode ter diversas abordagens e isso faz a diferença.

    “A ausência de carros por assinatura nos grandes portais operados por bancos, que muitas vezes não têm sido imparciais nas ofertas, evidenciou a necessidade de uma plataforma independente e genuína como a ComparaCar. Possuímos uma base ampla de dados e algoritmos poderosos, por isso, nos destacamos como uma solução inovadora no setor automotivo, facilitando a vida dos motoristas e promovendo uma experiência de contratação mais eficiente e conveniente’, justificou Klepacz.

    Mudanças

    Hoje em dia, alguns aspectos têm feito os brasileiros mudarem a forma de como adquirem um carro. “Identificamos que várias pessoas que possuem o dinheiro necessário para comprar um carro à vista, optam pela assinatura de veículos. Pagam um valor fixo no plano escolhido, que inclui diversos benefícios, e investem o restante no mercado financeiro, obtendo um retorno sobre o investimento mais vantajoso do que se comprassem o veículo de forma tradicional”, comparou Alan Lewkowicz

    O CEO da ComparaCAR enfatizou que, ao optar pela assinatura do carro, o cliente tem a oportunidade de adquirir um veículo novo sem se preocupar com depreciação, impostos ou com a burocracia associada à compra e venda de um veículo. “Adicionalmente, a renovação contínua do contrato permite-lhe continuar a mudar de carro, garantindo sempre que o seu veículo esteja em dia”, ressaltou ele.

  • 8 principais tendências do marketing digital para 2025

    8 principais tendências do marketing digital para 2025

    O ano de 2025 marca um novo capítulo no marketing digital. Com o avanço de recursos tecnológicos e mudanças no hábito de consumo,  o setor evolui rapidamente, exigindo novas formas de engajar e interagir com o público. De acordo com João Brognoli, CEO do Grupo Duo&Co, um dos principais conglomerados de marketing digital do Brasil, o ambiente cada vez mais competitivo e tecnológico que envolve o setor exige que as marcas busquem novas alternativas para a conquista de espaço. 

    “Este ano o marketing digital deverá se fortalecer como um dos pilares para o crescimento dos negócios. Para isso, porém, será exigido melhores planejamentos, agilidade e foco nos reais interesses e necessidades do consumidor”, avalia o especialista.

    Pensando nisso, o especialista listou as oito principais tendências que deverão moldar o marketing digital no ano e como as empresas podem se preparar para essas mudanças: 

    1. Inteligência Artificial (IA) e automação

    A aplicação da IA tem redefinido o marketing ao permitir interações mais precisas e personalizadas com os consumidores. Na visão do especialista, tecnologias como chatbots avançados, sistemas de recomendação e campanhas programáticas otimizam processos em tempo real, aumentando a eficiência em etapas como segmentação de público e execução de estratégias. Dados da Meta mostram que, no Brasil, 79% dos consumidores anseiam por experiências de compra personalizadas, evidenciando a necessidade de adotar essas ferramentas para atender às expectativas do mercado. 

    2. Marketing de vídeo e conteúdos dinâmicos

    Neste ano, o formado em vídeo continua sendo o formato mais envolvente quando avaliamos o engajamento, especialmente quando combinados com tecnologias como realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR). João explica ainda que conteúdos ao vivo e interativos também devem ganhar maior relevância, permitindo que marcas criem experiências imersivas e emocionais. 

    3. Busca por voz e pesquisa visual

    Com o avanço e proliferação das assistentes de voz, como Alexa e Google Assistant, a forma de interação entre os usuários e a internet tem se transformado a partir de um novo formato. O especialista afirma que as empresas também precisarão adaptar seu SEO (Search Engine Optimization) a essa nova realidade de pesquisas, que passam a ser feitas a partir da oratória e não somente pela digitação. Além disso, é preciso destacar que a pesquisa por imagens também será responsável por uma reformulação, exigindo que marcas invistam em aspectos visuais e otimização para tecnologias como Google Lens.

    4. Privacidade e proteção de dados

    Diante do aumento das regulamentações sobre o uso das informações dos clientes, como a LGPD no Brasil, a proteção de dados se consolida como uma questão central no marketing digital. Na visão do CEO da Duo, mais do que nunca, marcas devem ser mais transparentes sobre como reúnem, armazenam e utilizam os dados, exigindo uma abordagem ética e responsável. 

    5. Foco na Experiência do Usuário (UX)

    Segundo a Deloitte, 90% dos consumidores preferem campanhas hiper personalizadas. O número reforça a importância do UX como uma estratégia indispensável. Porém, o especialista destaca que o foco no usuário vai além de garantir a navegabilidade de um site. Ele se estende a todas as interações que os consumidores têm com uma marca, desde dispositivos móveis e aplicativos até ambientes de realidade aumentada e virtual. Tal abordagem precisa colocar em destaque o que o usuário anseia: simplicidade, rapidez e eficiência em cada ponto de contato. 

    6. Design responsivo 

    Com o aumento do tempo gasto em dispositivos e a diversidade de tamanhos de telas, o design responsivo passa a ser fundamental em 2025. Sites, aplicativos, e-mails precisam ser adaptáveis a qualquer formato, garantindo uma experiência consistente e intuitiva, independentemente do canal utilizado. Tal abordagem abrange ainda as novas interfaces, como dispositivos vestíveis (wearables) e telas de veículos, ampliando os contextos que marcas devem considerar.

    7. Marketing de Influência com microinfluenciadores

    Influenciadores com pequenos, mas engajados públicos, estão ganhando protagonismo. Para este ano, João Brognoli aposta num aquecimento deste mercado, que acaba por oferecer uma abordagem mais segmentada e autêntica para as companhias na forma de se conectar com o público. 

    8. Sustentabilidade e Responsabilidade Social

    O consumidor moderno não busca apenas produtos ou serviços, ele também valoriza marcas que compartilhem seus valores. Um estudo da Koin revela que 87% dos brasileiros priorizam empresas com práticas sustentáveis. Tal cenário ajuda a entender como adotar práticas sustentáveis e socialmente responsáveis terá um impacto ainda maior, especialmente entre as gerações mais jovens. 

  • 2025 será o ano do coworking? Confira 5 tendências sobre o futuro do trabalho

    2025 será o ano do coworking? Confira 5 tendências sobre o futuro do trabalho

    De acordo com o relatório do Indeed “Insights sobre a Força de Trabalho”, 40% das pessoas preferem um modelo de trabalho híbrido. Números como esse são cada vez mais frequentes e mostram como as modalidades de atuação profissional estão mudando, especialmente por conta da ascensão dos coworkings.

    Para Daniel Moral, CEO e cofundador da Eureka Coworking, uma das principais redes globais do setor, “os espaços de trabalho compartilhados se adaptam a uma realidade marcada pela flexibilização de horários e ambientes, na qual a tecnologia ajuda a levar mais autonomia, propósito e conexões reais para indivíduos e empresas”.

    Diante desse cenário, o executivo listou as tendências que prometem revolucionar o futuro do trabalho em 2025. Confira:

    • Trabalho desmaterializado

    Com a ascensão do modelo híbrido, o conceito de escritórios fixos e hierarquias rígidas tem levado as empresas a repensarem suas estruturas tradicionais, focando cada vez mais nos resultados e na eficiência. Para o executivo, isso significa que “as estruturas tradicionais de trabalho estão se tornando obsoletas”. 

    “A transição do físico para o digital, sem perder a capacidade de colaboração presencial, mostrou às organizações e profissionais que é possível operar com mais agilidade, utilizando recursos de forma otimizada e sustentável”, pontua.

    • Valores sólidos

    Um efeito decorrente da desmaterialização do mercado de trabalho também é a busca de empresas e profissionais por ambientes que reflitam seus valores. “O mundo dos negócios não é mais movido só por produtividade; ele é moldado por propósito e impacto, principalmente com iniciativas que promovem o ESG (Ambiental, Social e Governança), eventos educativos e programas voltados para o empreendedorismo consciente”, reforça Moral.

    A própria Eureka Coworking é um exemplo disso, já que incentiva seus membros a utilizarem transporte ecológico e apoia projetos voltados à mobilidade urbana, como o Bike Tour SP e a Ciclocidade. “A ideia de muitas marcas, inclusive a nossa, de formar uma ‘comunidade’ no mercado de trabalho não é um simples clichê. Se todos fizerem a sua parte, podem beneficiar suas carreiras, negócios e o planeta inteiro”, completa o executivo.

    • Custos reduzidos

    O crescimento dos coworkings reflete a busca atual das empresas por otimização de recursos e maior eficiência financeira. O CEO explica: “Ao optar por um coworking, as empresas conseguem reduzir uma série de despesas fixas e variáveis. Os custos com aluguel de escritórios tradicionais, manutenção de infraestrutura, contas de água, luz, internet e segurança são significativamente reduzidos. Além disso, esses espaços vêm totalmente equipados com mobiliário, tecnologia e salas de reunião, evitando investimentos iniciais em equipamentos. A flexibilidade oferecida também permite ajustar o número de estações de trabalho de acordo com a demanda, evitando desperdício com espaços ociosos.”

    • Inovações tecnológicas a serviço da humanização

    A McKinsey & Company projeta que a inteligência artificial (IA) acelerará a automação em mais de dez anos, o que deve proporcionar um crescimento para a economia global em quase US$ 8 trilhões. O desenvolvimento de ferramentas como essa prova que as inovações tecnológicas não só têm aquecido o mercado, como também transformado a forma que as empresas e os profissionais trabalham, eliminando tarefas burocráticas e operacionais. 

    “A tecnologia permite que os times foquem em atividades mais estratégicas e criativas, concentrando esforços no core business e em projetos que realmente importam”, enfatiza Moral. “Nesse contexto, há uma grande expectativa para o aumento de hubs de inovação como os coworkings, que conectam startups, empresas e investidores em um ambiente que mescla a eficiência ao potencial humano”, complementa.

    • ‘Efeito CO’

    Segundo o CEO, os coworkings prometem se tornar “a regra, não a exceção” no mercado no próximo ano. Ele explica que essa tendência reflete um movimento global no mundo do trabalho que vai além do segmento em si, chamado “Efeito CO”, de COlaboração, COnexão, COmpartilhamento e trabalho COm propósito. 

    “O ‘Efeito CO’ não é sobre dividir uma mesa com outro profissional, mas sim uma mudança cultural”, afirma. “Assim como plataformas como Uber, Netflix e Airbnb transformaram seus setores ao adotar uma economia compartilhada, o coworking traz a mesma lógica para o ambiente profissional. Esses espaços são ecossistemas que incentivam interações valiosas, networking orgânico e trocas de ideias, então provavelmente veremos mais empresas buscando esse padrão para conseguir novas oportunidades”, conclui.

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