Category: Dicas

  • Empreender do zero: dicas essenciais para transformar ideias em negócios bem-sucedidos

    Empreender do zero: dicas essenciais para transformar ideias em negócios bem-sucedidos

    O Brasil é um país a cada dia mais empreendedor. Segundo a pesquisa “Empreendedorismo no Brasil 2023”, do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o desejo de empreender movimenta cerca de 48 milhões de pessoas no país, tornando-se o terceiro maior objetivo entre os adultos brasileiros, logo atrás de viajar pelo Brasil e comprar a casa própria. 

    A pesquisa destaca que o Brasil alcançou uma taxa de empreendedorismo potencial de 48,7% em 2024, evidenciando a força e a importância do setor no país. No entanto, o sucesso exige planejamento estratégico, gestão financeira eficiente e adoção de inovação.

    Marlon Freitas, cofundador da Agilize Contabilidade, destaca os pilares fundamentais para quem deseja começar um negócio do zero: “Empreender é construir um sonho com os pés no chão. Com dados, ferramentas e suporte adequado, é possível transformar ideias em negócios lucrativos e duradouros.”

    O empresário destaca quais são os primeiros passos para empreender:

    Validação da ideia:
    Antes de investir, é essencial validar uma proposta de negócio por meio de um Produto Mínimo Viável (MVP). Vai empreender com um produto? Teste antes com a família e os amigos, escute a opinião deles. Vai oferecer um serviço? Comece atendendo nos finais de semana a um preço menor. É uma maneira de também obter um retorno sobre o serviço e seu atendimento. “Isso permite testar o mercado com baixo custo, minimizando riscos e maximizando o aprendizado inicial”, explica Freitas.

    Planejamento financeiro:Um dos maiores desafios enfrentados por novos empreendedores é a gestão financeira. “Sem controle do fluxo de caixa, é impossível tomar decisões estratégicas, como investir em inovação ou expandir. O planejamento financeiro é essencial para manter o negócio saudável”, acrescenta.

    Formalização do negócio:

    A formalização é um passo necessário para qualquer empreendimento que busque estabilidade e crescimento. Além de garantir o cumprimento das obrigações fiscais, ela permite o acesso a benefícios como linhas de crédito, programas de incentivo e parcerias estratégicas. Freitas reforça:  “As empresas formalizadas aumentam sua competitividade e riscos associados à informalidade, como multas e impedimentos legais. Escolher o regime tributário certo e cumprir as obrigações fiscais pode economizar milhares de reais ao ano e evitar problemas legais e para isso ter uma contabilidade especializada desde o início faz toda a diferença.”

    Adoção de inovação:Inovar é um requisito para sobreviver no mercado atual. Tudo muda o tempo todo, então quem empreende precisa estar sempre de olho nas novidades do setor em que atua para oferecer novidades para os clientes, de produtos ou serviços. “Seja na adoção de novas tecnologias ou na otimização de processos. Inovar é se adaptar e se antecipar às mudanças do mercado”, afirma Freitas.

    Para Marlon Freitas, o maior erro de quem está começando é não ter um planejamento. “Empreender exige preparação, é também um processo de autoconhecimento. O planejamento é essencial desde o início do negócio  porque é ele que vai ajudar a definir as estratégias para enfrentar os problemas do dia a dia”. 

    O espírito empreendedor do brasileiro é um reflexo de sua criatividade e resiliência, características que emergem especialmente em cenários adversos. Mesmo quando o empreendedorismo nasce por necessidade, ele se transforma em uma plataforma para inovação e desenvolvimento. De pequenos negócios locais a startups tecnológicas, os brasileiros demonstram uma capacidade única de criar soluções que atendem às demandas do mercado e significativas para a construção de um futuro mais dinâmico e inclusivo.

  • Onboarding Estratégico: oportunidade de engajamento e retenção de talentos

    Onboarding Estratégico: oportunidade de engajamento e retenção de talentos

    O início da jornada de trabalho de um novo colaborador é um momento importante tanto para a empresa quanto para quem assume um novo desafio profissional. Além de envolver emoções como ansiedade e animação de começar em uma nova empresa, é também etapa decisiva para construir uma conexão emocional e criar bases sólidas para o engajamento do colaborador a longo prazo.

    De acordo Gisele Pedroso, fundadora da Agência Bloga, empresa especializada em Endomarketing e Felicidade Corporativa, um processo de onboarding, termo em inglês que significa embarcar e define a integração de um novo colaborador na empresa, vai além de uma simples apresentação.

    “Um onborading bem estruturado não é somente um momento expor as políticas da empresa e preencher documentos. É sobre criar experiências inesquecíveis que marcam positivamente o início de uma nova etapa profissional. Trata-se de uma atividade estratégica para as empresas que desejam reter talentos e fortalecer a cultura organizacional”, explica.

    Segundo a executiva, pesquisas demonstram que um onboarding eficaz aumenta a retenção de novos colaboradores em até 82% e elevam sua produtividade em mais de 70%. “Estudos mostram que os primeiros 90 dias são cruciais para determinar se o colaborador continuará na empresa. O onboarding é um momento que contribui para a motivação e o engajamento do colaborador, uma vez que reforça seu papel na empresa e cria um senso de pertencimento desde o início. Deste modo, os colaboradores se tornam mais comprometidos e alinhados com os objetivos da organização desde o primeiro dia de trabalho.”

    Curva de aprendizado

    Para Gisele, no competitivo mercado de trabalho atual, proporcionar uma experiência de onboarding marcante é um diferencial competitivo para as empresas. “No curto prazo, essa estratégia acelera a curva de aprendizado, permitindo que o colaborador contribua mais rapidamente para os objetivos da equipe. No longo prazo, reduz a rotatividade, pois cria uma experiência inicial positiva que ajuda o colaborador a se sentir valorizado”, completa.

    Papel do Endomarketing

    O endomarketing é essencial para criar uma comunicação interna alinhada e envolvente durante o onboarding. Ele garante que as mensagens-chave sobre cultura, valores e benefícios sejam transmitidas de forma clara e criativa. Também promove ações como campanhas de boas-vindas, eventos de integração e materiais visuais que reforçam o senso de pertencimento.

    “Algumas ações são essenciais para transformar o primeiro dia do colaborador em uma experiência marcante. Na Bloga, propomos aos nossos clientes uma preparação prévia para garantir que todos os recursos necessários estejam prontos antes mesmo do colaborador chegar. No primeiro dia, idealizamos atividades acolhedoras, como um café da manhã de boas-vindas e um tour pela empresa. A apresentação da cultura corporativa é feita por meio de workshops, vídeos ou interações com as lideranças, que explicam os valores, missão e visão da empresa. Por fim, é importante ter um acompanhamento contínuo, garantindo que o colaborador esteja preparado para suas responsabilidades, que suas dúvidas sejam esclarecidas e seu progresso seja avaliado”, comenta.

    Práticas inovadoras

    Segundo Gisele, as estratégias de endomarketing para um onboarding personalizado com práticas inovadoras. “As atividades vão desde a apresentação da história da empresa com óculos de realidade virtual, até kits de boas-vindas que incluem itens como livros inspiradores, cartões assinados pela equipe e materiais exclusivos da empresa. A gamificação também vem sendo utilizada como forma de criar desafios e recompensas para os novos colaboradores, tornando o aprendizado mais divertido”, ressalta.

    Onboarding Day

    A fundadora da Bloga destaca também que algumas empresas estão implementando o Onboarding Day, um dia especial para receber os novos colaboradores, com workshops, palestras e momentos de descontração. “A integração com a equipe pode ser realizada com dinâmicas ou eventos informais, como happy hours. Além disso, algumas empresas adotam programas de mentoria ou camaradagem, designando um colega experiente para guiar o novo colaborador. As empresas também utilizam plataformas interativas para acompanhar o progresso e oferecer suporte durante os primeiros meses”, conclui.

  • Onboarding Estratégico: oportunidade de engajamento e retenção de talentos

    Onboarding Estratégico: oportunidade de engajamento e retenção de talentos

    O início da jornada de trabalho de um novo colaborador é um momento importante tanto para a empresa quanto para quem assume um novo desafio profissional. Além de envolver emoções como ansiedade e animação de começar em uma nova empresa, é também etapa decisiva para construir uma conexão emocional e criar bases sólidas para o engajamento do colaborador a longo prazo.

    De acordo Gisele Pedroso, fundadora da Agência Bloga, empresa especializada em Endomarketing e Felicidade Corporativa, um processo de onboarding, termo em inglês que significa embarcar e define a integração de um novo colaborador na empresa, vai além de uma simples apresentação.

    “Um onborading bem estruturado não é somente um momento expor as políticas da empresa e preencher documentos. É sobre criar experiências inesquecíveis que marcam positivamente o início de uma nova etapa profissional. Trata-se de uma atividade estratégica para as empresas que desejam reter talentos e fortalecer a cultura organizacional”, explica.

    Segundo a executiva, pesquisas demonstram que um onboarding eficaz aumenta a retenção de novos colaboradores em até 82% e elevam sua produtividade em mais de 70%. “Estudos mostram que os primeiros 90 dias são cruciais para determinar se o colaborador continuará na empresa. O onboarding é um momento que contribui para a motivação e o engajamento do colaborador, uma vez que reforça seu papel na empresa e cria um senso de pertencimento desde o início. Deste modo, os colaboradores se tornam mais comprometidos e alinhados com os objetivos da organização desde o primeiro dia de trabalho.”

    Curva de aprendizado

    Para Gisele, no competitivo mercado de trabalho atual, proporcionar uma experiência de onboarding marcante é um diferencial competitivo para as empresas. “No curto prazo, essa estratégia acelera a curva de aprendizado, permitindo que o colaborador contribua mais rapidamente para os objetivos da equipe. No longo prazo, reduz a rotatividade, pois cria uma experiência inicial positiva que ajuda o colaborador a se sentir valorizado”, completa.

    Papel do Endomarketing

    O endomarketing é essencial para criar uma comunicação interna alinhada e envolvente durante o onboarding. Ele garante que as mensagens-chave sobre cultura, valores e benefícios sejam transmitidas de forma clara e criativa. Também promove ações como campanhas de boas-vindas, eventos de integração e materiais visuais que reforçam o senso de pertencimento.

    “Algumas ações são essenciais para transformar o primeiro dia do colaborador em uma experiência marcante. Na Bloga, propomos aos nossos clientes uma preparação prévia para garantir que todos os recursos necessários estejam prontos antes mesmo do colaborador chegar. No primeiro dia, idealizamos atividades acolhedoras, como um café da manhã de boas-vindas e um tour pela empresa. A apresentação da cultura corporativa é feita por meio de workshops, vídeos ou interações com as lideranças, que explicam os valores, missão e visão da empresa. Por fim, é importante ter um acompanhamento contínuo, garantindo que o colaborador esteja preparado para suas responsabilidades, que suas dúvidas sejam esclarecidas e seu progresso seja avaliado”, comenta.

    Práticas inovadoras

    Segundo Gisele, as estratégias de endomarketing para um onboarding personalizado com práticas inovadoras. “As atividades vão desde a apresentação da história da empresa com óculos de realidade virtual, até kits de boas-vindas que incluem itens como livros inspiradores, cartões assinados pela equipe e materiais exclusivos da empresa. A gamificação também vem sendo utilizada como forma de criar desafios e recompensas para os novos colaboradores, tornando o aprendizado mais divertido”, ressalta.

    Onboarding Day

    A fundadora da Bloga destaca também que algumas empresas estão implementando o Onboarding Day, um dia especial para receber os novos colaboradores, com workshops, palestras e momentos de descontração. “A integração com a equipe pode ser realizada com dinâmicas ou eventos informais, como happy hours. Além disso, algumas empresas adotam programas de mentoria ou camaradagem, designando um colega experiente para guiar o novo colaborador. As empresas também utilizam plataformas interativas para acompanhar o progresso e oferecer suporte durante os primeiros meses”, conclui.

  • Presunção de subordinação no trabalho por meio de plataformas

    Presunção de subordinação no trabalho por meio de plataformas

    O trabalho prestado por meio de plataformas, chamadas numéricas, trouxe, para a relação de trabalho, novo contexto de situações fáticas que divergem da forma tradicional de vínculo de emprego em que o trabalho se identifica, fisicamente, com o local, pessoas e informações claras quanto ao objeto do contrato de trabalho, com deveres e obrigações mais bem identificados.

    A preocupação de enquadramento jurídico dessa nova modalidade de relação de trabalho, com a finalidade de amparar o prestador com direitos trabalhistas, apegou-se ao modelo binário que caracterizou a formação do Direito do Trabalho. A União Europeia, levada pela série de conflitos existentes nos países da UE, aprovou e publicou a Diretiva (UE) 2024/2831, do Parlamento Europeu e do Conselho, que entrou em vigor em 2 de dezembro de 2024 e cujo prazo, para transposição para os Estados-Membros, expirará em 2 de dezembro de 2026. A diretiva aplica-se às plataformas de trabalho digitais que organizam trabalho em plataformas digitais efetuado na União Europeia, independentemente do seu local de estabelecimento ou do direito que seja de outra forma aplicável.

    De acordo a citação pela legislação comunitária, a diretiva visa melhorar as condições de trabalho e a proteção dos dados pessoais no trabalho em plataformas digitais por meio de: a) Da introdução de medidas para facilitar a determinação do estatuto profissional correto das pessoas que trabalham em plataformas; b) Da promoção da transparência, da equidade, da supervisão humana, da segurança e da responsabilização na gestão algorítmica do trabalho em plataformas digitais; e c) Da melhoria da transparência relativa ao trabalho em plataformas digitais, inclusive em situações transfronteiriças.

    A diretiva estabelece, ainda, direitos mínimos aplicáveis a todas as pessoas que trabalham em plataformas digitais que têm um contrato de trabalho ou relação de trabalho ou que, com base numa apreciação dos fatos, se possa determinar que têm um contrato de trabalho ou relação de trabalho, tal como definidos pelo direito, por convenções coletivas ou pelas práticas em vigor nos Estados-Membros, tendo em conta a jurisprudência do Tribunal de Justiça.

    Há, na diretiva, o artigo 5º, que expressa referência de que, juridicamente se aplicará à relação contratual entre a pessoa e a plataforma digital, a presunção de relação de emprego condicionada à prova do exercício do poder diretivo e do controle pela plataforma, observadas as condições praticadas pelo direito nacional. Caberá, portanto, à plataforma ilidir a presunção legal, caso tenha interesse.

    Do que se viu, seguimos com as mesmas regras anteriores em que o enquadramento dos fatos constitutivos da pretensão à condição jurídica depende de elementos relevantes e inquestionáveis para que o prestador deva ser considerado empregado. Dito em outras palavras, a evolução tecnológica e as transformações nas relações de trabalho demonstram que os elementos da formação de vínculo de emprego não podem ser definidos pelo legislador, mas sempre dependerão da qualificação jurídica dos fatos.

    Como se vê, o tema da presunção da subordinação sempre acompanhou e acompanhará as discussões em torno do reconhecimento do vínculo de emprego. A lei não tem o poder de esgotar e pacificar a discussão, pois, parece, a apuração dos fatos ainda é fundamental para o convencimento dos juízes que hoje, em se tratando de trabalho por meio de plataforma digital, devem enfrentar a autonomia da vontade e a boa-fé nas relações contratuais, como vem afirmando o Supremo Tribunal Federal.

  • Presunção de subordinação no trabalho por meio de plataformas

    Presunção de subordinação no trabalho por meio de plataformas

    O trabalho prestado por meio de plataformas, chamadas numéricas, trouxe, para a relação de trabalho, novo contexto de situações fáticas que divergem da forma tradicional de vínculo de emprego em que o trabalho se identifica, fisicamente, com o local, pessoas e informações claras quanto ao objeto do contrato de trabalho, com deveres e obrigações mais bem identificados.

    A preocupação de enquadramento jurídico dessa nova modalidade de relação de trabalho, com a finalidade de amparar o prestador com direitos trabalhistas, apegou-se ao modelo binário que caracterizou a formação do Direito do Trabalho. A União Europeia, levada pela série de conflitos existentes nos países da UE, aprovou e publicou a Diretiva (UE) 2024/2831, do Parlamento Europeu e do Conselho, que entrou em vigor em 2 de dezembro de 2024 e cujo prazo, para transposição para os Estados-Membros, expirará em 2 de dezembro de 2026. A diretiva aplica-se às plataformas de trabalho digitais que organizam trabalho em plataformas digitais efetuado na União Europeia, independentemente do seu local de estabelecimento ou do direito que seja de outra forma aplicável.

    De acordo a citação pela legislação comunitária, a diretiva visa melhorar as condições de trabalho e a proteção dos dados pessoais no trabalho em plataformas digitais por meio de: a) Da introdução de medidas para facilitar a determinação do estatuto profissional correto das pessoas que trabalham em plataformas; b) Da promoção da transparência, da equidade, da supervisão humana, da segurança e da responsabilização na gestão algorítmica do trabalho em plataformas digitais; e c) Da melhoria da transparência relativa ao trabalho em plataformas digitais, inclusive em situações transfronteiriças.

    A diretiva estabelece, ainda, direitos mínimos aplicáveis a todas as pessoas que trabalham em plataformas digitais que têm um contrato de trabalho ou relação de trabalho ou que, com base numa apreciação dos fatos, se possa determinar que têm um contrato de trabalho ou relação de trabalho, tal como definidos pelo direito, por convenções coletivas ou pelas práticas em vigor nos Estados-Membros, tendo em conta a jurisprudência do Tribunal de Justiça.

    Há, na diretiva, o artigo 5º, que expressa referência de que, juridicamente se aplicará à relação contratual entre a pessoa e a plataforma digital, a presunção de relação de emprego condicionada à prova do exercício do poder diretivo e do controle pela plataforma, observadas as condições praticadas pelo direito nacional. Caberá, portanto, à plataforma ilidir a presunção legal, caso tenha interesse.

    Do que se viu, seguimos com as mesmas regras anteriores em que o enquadramento dos fatos constitutivos da pretensão à condição jurídica depende de elementos relevantes e inquestionáveis para que o prestador deva ser considerado empregado. Dito em outras palavras, a evolução tecnológica e as transformações nas relações de trabalho demonstram que os elementos da formação de vínculo de emprego não podem ser definidos pelo legislador, mas sempre dependerão da qualificação jurídica dos fatos.

    Como se vê, o tema da presunção da subordinação sempre acompanhou e acompanhará as discussões em torno do reconhecimento do vínculo de emprego. A lei não tem o poder de esgotar e pacificar a discussão, pois, parece, a apuração dos fatos ainda é fundamental para o convencimento dos juízes que hoje, em se tratando de trabalho por meio de plataforma digital, devem enfrentar a autonomia da vontade e a boa-fé nas relações contratuais, como vem afirmando o Supremo Tribunal Federal.

  • A encruzilhada digital: como as decisões do Meta podem impactar a comunicação corporativa

    A encruzilhada digital: como as decisões do Meta podem impactar a comunicação corporativa

    A recente decisão da Meta de encerrar seu programa de verificação de fatos por terceiros e adotar um modelo semelhante ao “Community Notes” do X representa uma mudança sísmica no cenário da comunicação corporativa e midiática. Essa guinada, anunciada por Mark Zuckerberg, não apenas redefine o papel das plataformas de mídia social na disseminação de informações, mas também provoca uma série de reflexões sobre o futuro do mercado de comunicação corporativa.

    O impacto dessa decisão no universo corporativo é multifacetado e potencialmente disruptivo. As marcas, que até então contavam com um sistema de verificação terceirizado para manter sua credibilidade online, agora se veem diante de um terreno mais instável. A ausência de fact-checkers profissionais pode criar um ambiente fértil para a proliferação de desinformação, obrigando as equipes de comunicação corporativa a repensar suas estratégias de monitoramento e resposta rápida. Em situações de possíveis crises de imagem, a comunidade polarizada pode interpretar os fatos com base apenas nas narrativas mais convenientes ao polo que se identificam, o que pode acarretar em problemas ainda maiores.

    Essa nova realidade também exige uma reavaliação completa das estratégias de relações públicas e marketing. As empresas, conscientes dos riscos associados à veiculação de suas mensagens em um ambiente menos controlado, podem optar por diversificar seus canais de comunicação ou investir mais pesadamente em conteúdo próprio verificável. Há ainda o fantasma do êxodo de anunciantes, reminiscente da crise enfrentada pelo YouTube em 2017/2018, pairando sobre a Meta. Grandes marcas podem reconsiderar seus investimentos publicitários se perceberem que suas marcas estão sendo associadas a conteúdos questionáveis ou potencialmente danosos.

    As implicações dessa mudança transcendem fronteiras, atingindo dimensões globais e locais. Há uma preocupação latente de que o impacto seja desproporcionalmente sentido no Sul Global, onde as políticas de moderação de conteúdo já eram consideradas deficientes. Esse cenário pode exacerbar problemas existentes de desinformação e manipulação da opinião pública em regiões mais vulneráveis. No âmbito regulatório, a decisão da Meta pode catalisar debates sobre a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa das plataformas de mídia social. No Brasil, por exemplo, isso pode acelerar as discussões em torno do PL 2630 e a análise de constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet.

    O fim das parcerias com verificadores de fatos profissionais é visto com apreensão por organizações como a Abraji, que temem um enfraquecimento significativo dos esforços de combate à desinformação, especialmente em períodos críticos como os pré-eleitorais. A flexibilização das restrições sobre conteúdos relacionados a temas sensíveis como imigração e gênero pode representar um retrocesso nas políticas de diversidade e inclusão, potencialmente abrindo espaço para a proliferação de discursos prejudiciais a grupos minoritários.

    A decisão da Meta de alterar suas políticas de moderação de conteúdo gera um ponto de inflexão no mercado de comunicação corporativa. Enquanto alguns enxergam nessa mudança um passo em direção à liberdade de expressão, outros temem pelas consequências para a integridade da informação e a responsabilidade corporativa. O que é certo é que empresas e profissionais de comunicação terão que se adaptar rapidamente a esse novo cenário, desenvolvendo estratégias mais sofisticadas para proteger sua reputação e assegurar a confiabilidade de suas mensagens em um ambiente digital cada vez mais complexo e desafiador. Em tempos tão incertos, uma única certeza. Como sempre, o ecossistema da comunicação corporativa demonstrará sua resiliência e capacidade de adaptação, para atender a essa nova realidade.

  • A encruzilhada digital: como as decisões do Meta podem impactar a comunicação corporativa

    A encruzilhada digital: como as decisões do Meta podem impactar a comunicação corporativa

    A recente decisão da Meta de encerrar seu programa de verificação de fatos por terceiros e adotar um modelo semelhante ao “Community Notes” do X representa uma mudança sísmica no cenário da comunicação corporativa e midiática. Essa guinada, anunciada por Mark Zuckerberg, não apenas redefine o papel das plataformas de mídia social na disseminação de informações, mas também provoca uma série de reflexões sobre o futuro do mercado de comunicação corporativa.

    O impacto dessa decisão no universo corporativo é multifacetado e potencialmente disruptivo. As marcas, que até então contavam com um sistema de verificação terceirizado para manter sua credibilidade online, agora se veem diante de um terreno mais instável. A ausência de fact-checkers profissionais pode criar um ambiente fértil para a proliferação de desinformação, obrigando as equipes de comunicação corporativa a repensar suas estratégias de monitoramento e resposta rápida. Em situações de possíveis crises de imagem, a comunidade polarizada pode interpretar os fatos com base apenas nas narrativas mais convenientes ao polo que se identificam, o que pode acarretar em problemas ainda maiores.

    Essa nova realidade também exige uma reavaliação completa das estratégias de relações públicas e marketing. As empresas, conscientes dos riscos associados à veiculação de suas mensagens em um ambiente menos controlado, podem optar por diversificar seus canais de comunicação ou investir mais pesadamente em conteúdo próprio verificável. Há ainda o fantasma do êxodo de anunciantes, reminiscente da crise enfrentada pelo YouTube em 2017/2018, pairando sobre a Meta. Grandes marcas podem reconsiderar seus investimentos publicitários se perceberem que suas marcas estão sendo associadas a conteúdos questionáveis ou potencialmente danosos.

    As implicações dessa mudança transcendem fronteiras, atingindo dimensões globais e locais. Há uma preocupação latente de que o impacto seja desproporcionalmente sentido no Sul Global, onde as políticas de moderação de conteúdo já eram consideradas deficientes. Esse cenário pode exacerbar problemas existentes de desinformação e manipulação da opinião pública em regiões mais vulneráveis. No âmbito regulatório, a decisão da Meta pode catalisar debates sobre a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa das plataformas de mídia social. No Brasil, por exemplo, isso pode acelerar as discussões em torno do PL 2630 e a análise de constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet.

    O fim das parcerias com verificadores de fatos profissionais é visto com apreensão por organizações como a Abraji, que temem um enfraquecimento significativo dos esforços de combate à desinformação, especialmente em períodos críticos como os pré-eleitorais. A flexibilização das restrições sobre conteúdos relacionados a temas sensíveis como imigração e gênero pode representar um retrocesso nas políticas de diversidade e inclusão, potencialmente abrindo espaço para a proliferação de discursos prejudiciais a grupos minoritários.

    A decisão da Meta de alterar suas políticas de moderação de conteúdo gera um ponto de inflexão no mercado de comunicação corporativa. Enquanto alguns enxergam nessa mudança um passo em direção à liberdade de expressão, outros temem pelas consequências para a integridade da informação e a responsabilidade corporativa. O que é certo é que empresas e profissionais de comunicação terão que se adaptar rapidamente a esse novo cenário, desenvolvendo estratégias mais sofisticadas para proteger sua reputação e assegurar a confiabilidade de suas mensagens em um ambiente digital cada vez mais complexo e desafiador. Em tempos tão incertos, uma única certeza. Como sempre, o ecossistema da comunicação corporativa demonstrará sua resiliência e capacidade de adaptação, para atender a essa nova realidade.

  • 4 dicas para facilitar a experiência do cliente na troca e devolução de produtos

    4 dicas para facilitar a experiência do cliente na troca e devolução de produtos

    Lidar com trocas e devoluções de produtos nem sempre é uma experiência agradável para consumidores, que tendem a adiar a operação. Essa demora, inclusive, pode ser relacionada ao receio de enfrentar uma operação burocrática, o que não é bem visto pelos clientes: 58% buscam simplicidade ao fazer suas devoluções, segundo estudo da agência Invesp. Nessas horas, contar com um atendimento de qualidade faz a diferença para conquistar uma consideração pela marca.

    Prova disso é que 92% das pessoas comprariam novamente na loja se o processo fosse simplificado, de acordo com o mesmo estudo. Tendo isso em vista, mais do que elaborar mudanças para evitar que clientes troquem ou devolvam o produto — que, sem dúvidas, é um ponto importante na estratégia de qualquer negócio —, as empresas precisam entender que essa probabilidade existe e, portanto, devem se munir de soluções estratégicas.

    “Processos de devolução podem ser um diferencial na fidelização de clientes, e donos do negócio devem recorrer a ferramentas eficazes para colocar o atendimento como protagonista. Dessa forma, apesar da troca e devolução, a experiência do consumidor se torna positiva e ele tem seu problema resolvido, aumentando as chances de que ele volte no futuro”, comenta Oswaldo Garcia, CEO da NeoAssist, plataforma referência em atendimento omnichannel. 

    Pensando nisso, o especialista aponta 4 processos que as empresas podem incluir no atendimento para proporcionar uma jornada satisfatória de troca e devolução. Confira:

    Deixe claros os requisitos e o protocolo das trocas e devoluções

    É importante que as empresas tenham uma política de trocas e devoluções bem definida e, sobretudo, acessível durante toda a jornada do cliente, independentemente da data comemorativa.

    Desde a pré-venda até o pós, é fundamental oferecer informações claras e transparentes sobre requisitos, prazos para a troca e como funciona a devolução. O cliente quer soluções práticas, e não entregar essa experiência desejada pode prejudicar o engajamento com a marca. 

    Ofereça vários canais de atendimento

    Ter acesso a vários canais de suporte é um ponto favorável para consumidores, ainda mais quando as plataformas estão integradas e o fluxo da conversa não se perde. Oferecer opções de atendimento diversas, como redes sociais, telefone, e-mail, WhatsApp e chatbot, facilita a jornada e ajuda a resolver a troca ou devolução de forma ágil e do jeito que o cliente preferir.

    Disponibilize autosserviços 

    Para quem gosta de resolver questões de trocas e devoluções por conta própria, sem necessariamente ter interação com vendedores, como é o caso de muitos brasileiros — 77% dos entrevistados querem opções “self-service”, segundo pesquisa da ServiceNow —, os autosserviços são uma opção favorável. 

    Exemplo disso são bots, que automatizam o autoatendimento 24/7 em diferentes canais com ajuda de IA, e FAQs inteligentes, que reconhecem erros gramaticais e termos semelhantes, proporcionando pesquisas mais abrangentes. Tais serviços são ágeis na resolução e em entregar informações claras sobre o processo.

    Seja ágil nas respostas – a inteligência artificial pode ajudar 

    Um dos fatores que atraem clientes é uma resposta rápida. O que ele mais quer é conseguir resolver sua dúvida e seguir com a troca ou devolução. Com ajuda de inteligência artificial, equipes de atendimento podem proporcionar essa experiência positiva. 

    Hoje, soluções disponíveis no mercado já permitem perceber as emoções dos clientes durante a interação e recomendar ações inteligentes baseadas no tom da conversa, muitas vezes sugerindo respostas que aceleram o tempo de atendimento. Por exemplo, a Núb.ia, da NeoAssist, que é capaz de identificar pontos críticos e oferecer intervenções proativas, garantindo a satisfação do cliente em todas as etapas da jornada de compra.

  • 4 dicas para facilitar a experiência do cliente na troca e devolução de produtos

    4 dicas para facilitar a experiência do cliente na troca e devolução de produtos

    Lidar com trocas e devoluções de produtos nem sempre é uma experiência agradável para consumidores, que tendem a adiar a operação. Essa demora, inclusive, pode ser relacionada ao receio de enfrentar uma operação burocrática, o que não é bem visto pelos clientes: 58% buscam simplicidade ao fazer suas devoluções, segundo estudo da agência Invesp. Nessas horas, contar com um atendimento de qualidade faz a diferença para conquistar uma consideração pela marca.

    Prova disso é que 92% das pessoas comprariam novamente na loja se o processo fosse simplificado, de acordo com o mesmo estudo. Tendo isso em vista, mais do que elaborar mudanças para evitar que clientes troquem ou devolvam o produto — que, sem dúvidas, é um ponto importante na estratégia de qualquer negócio —, as empresas precisam entender que essa probabilidade existe e, portanto, devem se munir de soluções estratégicas.

    “Processos de devolução podem ser um diferencial na fidelização de clientes, e donos do negócio devem recorrer a ferramentas eficazes para colocar o atendimento como protagonista. Dessa forma, apesar da troca e devolução, a experiência do consumidor se torna positiva e ele tem seu problema resolvido, aumentando as chances de que ele volte no futuro”, comenta Oswaldo Garcia, CEO da NeoAssist, plataforma referência em atendimento omnichannel. 

    Pensando nisso, o especialista aponta 4 processos que as empresas podem incluir no atendimento para proporcionar uma jornada satisfatória de troca e devolução. Confira:

    Deixe claros os requisitos e o protocolo das trocas e devoluções

    É importante que as empresas tenham uma política de trocas e devoluções bem definida e, sobretudo, acessível durante toda a jornada do cliente, independentemente da data comemorativa.

    Desde a pré-venda até o pós, é fundamental oferecer informações claras e transparentes sobre requisitos, prazos para a troca e como funciona a devolução. O cliente quer soluções práticas, e não entregar essa experiência desejada pode prejudicar o engajamento com a marca. 

    Ofereça vários canais de atendimento

    Ter acesso a vários canais de suporte é um ponto favorável para consumidores, ainda mais quando as plataformas estão integradas e o fluxo da conversa não se perde. Oferecer opções de atendimento diversas, como redes sociais, telefone, e-mail, WhatsApp e chatbot, facilita a jornada e ajuda a resolver a troca ou devolução de forma ágil e do jeito que o cliente preferir.

    Disponibilize autosserviços 

    Para quem gosta de resolver questões de trocas e devoluções por conta própria, sem necessariamente ter interação com vendedores, como é o caso de muitos brasileiros — 77% dos entrevistados querem opções “self-service”, segundo pesquisa da ServiceNow —, os autosserviços são uma opção favorável. 

    Exemplo disso são bots, que automatizam o autoatendimento 24/7 em diferentes canais com ajuda de IA, e FAQs inteligentes, que reconhecem erros gramaticais e termos semelhantes, proporcionando pesquisas mais abrangentes. Tais serviços são ágeis na resolução e em entregar informações claras sobre o processo.

    Seja ágil nas respostas – a inteligência artificial pode ajudar 

    Um dos fatores que atraem clientes é uma resposta rápida. O que ele mais quer é conseguir resolver sua dúvida e seguir com a troca ou devolução. Com ajuda de inteligência artificial, equipes de atendimento podem proporcionar essa experiência positiva. 

    Hoje, soluções disponíveis no mercado já permitem perceber as emoções dos clientes durante a interação e recomendar ações inteligentes baseadas no tom da conversa, muitas vezes sugerindo respostas que aceleram o tempo de atendimento. Por exemplo, a Núb.ia, da NeoAssist, que é capaz de identificar pontos críticos e oferecer intervenções proativas, garantindo a satisfação do cliente em todas as etapas da jornada de compra.

  • Descentralização de informações e vulnerabilidade dos dados: saiba como a comunicação via e-mails e WhatsApp criam o caos para Governança Corporativa

    Descentralização de informações e vulnerabilidade dos dados: saiba como a comunicação via e-mails e WhatsApp criam o caos para Governança Corporativa

    A preocupação das empresas com governança corporativa tem crescido — segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) em 2024 o setor privado demonstrou uma aderência média de 66% às práticas recomendadas pelo Código Brasileiro de Governança Corporativa, uma alta de 1,6 ponto percentual em relação a 2023. Empresas estatais e companhias de capital aberto também apontam crescimento constante.

    Apesar disso, alguns fatores comuns ainda atrapalham o bom exercício de governança, de acordo com Andréa Migliori, CEO da Workhub Digital, HR Tech de soluções para portais corporativos. “Os pilares da governança são equidade, transparência, integridade, sustentabilidade e responsabilização. Para todos eles, a comunicação é ponto-chave, e infelizmente existem muitos desafios nessa área entre empresas de todos os segmentos”, explica.

    A CEO exemplifica com os métodos mais utilizados para envio de informações nas organizações: e-mails e WhatsApp. “Ainda que sejam ferramentas bastante úteis e amplamente disseminadas, ambas trazem riscos e atrasos que podem impactar toda a comunicação da empresa”.

    O primeiro ponto negativo levantado é a questão da organização e acesso a segmentação da informação. Com conversas e documentos espalhados em centenas de e-mails ou grupos de WhatsApp, torna-se muito difícil identificar quem disse o quê e quando. Isso também leva a diferentes pessoas terem acesso a diferentes informações, o que traz inconsistência nas tomadas de decisão. Por si só, essa situação atrapalha o dia a dia do negócio e a produtividade das equipes, mas também pode trazer complicações específicas na hora da auditoria, que requer rastreabilidade.

    Outro risco é a vulnerabilidade dos dados. Em parte porque alguns operadores de e-mail e aplicativos de mensagem talvez não possuam as melhores certificações de segurança, e em parte porque a descentralização pode levar assuntos confidenciais a pessoas que não deveriam ter acesso, por meio de destinatários em cópia ou presença em grupos de WhatsApp, por exemplo.

    Andréa também indica a sobrecarga informacional como outra dificuldade comum. “A saturação de canais leva à perda de tempo e de foco, com equipes que gastam mais energia tentando se organizar do que realmente trabalhando. Não é improvável que dados se percam quando esse é o caso, o que afeta diretamente as práticas de governança”, ressalta a profissional.

    Uma das principais soluções para esse “caos” é a utilização de um único canal de comunicação capaz de concentrar e organizar as informações da empresa, fazendo o papel de “espinha dorsal” da estratégia de comunicação interna e que permita a troca de informações e de documentos com segurança. Essa é a proposta das intranets e outros sistemas de comunicação corporativa, em especial os que trazem soluções integradas para que tudo fique registrado dentro do mesmo programa.

    “Um bom sistema consegue suprir todas as necessidades de comunicação interna e também oferecer facilidade na hora da auditoria, com transparência e praticidade”, explica Andréa. Mas ela também reforça: “É uma mudança de ferramenta tanto quanto é uma mudança cultural. As pessoas precisam se adaptar e é essencial que todo o time compreenda as razões por trás da novidade, e a utilizem de acordo”, conclui.