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  • Empreender do zero: dicas essenciais para transformar ideias em negócios bem-sucedidos

    Empreender do zero: dicas essenciais para transformar ideias em negócios bem-sucedidos

    O Brasil é um país a cada dia mais empreendedor. Segundo a pesquisa “Empreendedorismo no Brasil 2023”, do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o desejo de empreender movimenta cerca de 48 milhões de pessoas no país, tornando-se o terceiro maior objetivo entre os adultos brasileiros, logo atrás de viajar pelo Brasil e comprar a casa própria. 

    A pesquisa destaca que o Brasil alcançou uma taxa de empreendedorismo potencial de 48,7% em 2024, evidenciando a força e a importância do setor no país. No entanto, o sucesso exige planejamento estratégico, gestão financeira eficiente e adoção de inovação.

    Marlon Freitas, cofundador da Agilize Contabilidade, destaca os pilares fundamentais para quem deseja começar um negócio do zero: “Empreender é construir um sonho com os pés no chão. Com dados, ferramentas e suporte adequado, é possível transformar ideias em negócios lucrativos e duradouros.”

    O empresário destaca quais são os primeiros passos para empreender:

    Validação da ideia:
    Antes de investir, é essencial validar uma proposta de negócio por meio de um Produto Mínimo Viável (MVP). Vai empreender com um produto? Teste antes com a família e os amigos, escute a opinião deles. Vai oferecer um serviço? Comece atendendo nos finais de semana a um preço menor. É uma maneira de também obter um retorno sobre o serviço e seu atendimento. “Isso permite testar o mercado com baixo custo, minimizando riscos e maximizando o aprendizado inicial”, explica Freitas.

    Planejamento financeiro:Um dos maiores desafios enfrentados por novos empreendedores é a gestão financeira. “Sem controle do fluxo de caixa, é impossível tomar decisões estratégicas, como investir em inovação ou expandir. O planejamento financeiro é essencial para manter o negócio saudável”, acrescenta.

    Formalização do negócio:

    A formalização é um passo necessário para qualquer empreendimento que busque estabilidade e crescimento. Além de garantir o cumprimento das obrigações fiscais, ela permite o acesso a benefícios como linhas de crédito, programas de incentivo e parcerias estratégicas. Freitas reforça:  “As empresas formalizadas aumentam sua competitividade e riscos associados à informalidade, como multas e impedimentos legais. Escolher o regime tributário certo e cumprir as obrigações fiscais pode economizar milhares de reais ao ano e evitar problemas legais e para isso ter uma contabilidade especializada desde o início faz toda a diferença.”

    Adoção de inovação:Inovar é um requisito para sobreviver no mercado atual. Tudo muda o tempo todo, então quem empreende precisa estar sempre de olho nas novidades do setor em que atua para oferecer novidades para os clientes, de produtos ou serviços. “Seja na adoção de novas tecnologias ou na otimização de processos. Inovar é se adaptar e se antecipar às mudanças do mercado”, afirma Freitas.

    Para Marlon Freitas, o maior erro de quem está começando é não ter um planejamento. “Empreender exige preparação, é também um processo de autoconhecimento. O planejamento é essencial desde o início do negócio  porque é ele que vai ajudar a definir as estratégias para enfrentar os problemas do dia a dia”. 

    O espírito empreendedor do brasileiro é um reflexo de sua criatividade e resiliência, características que emergem especialmente em cenários adversos. Mesmo quando o empreendedorismo nasce por necessidade, ele se transforma em uma plataforma para inovação e desenvolvimento. De pequenos negócios locais a startups tecnológicas, os brasileiros demonstram uma capacidade única de criar soluções que atendem às demandas do mercado e significativas para a construção de um futuro mais dinâmico e inclusivo.

  • 3 principais tendências que os profissionais de CX precisam saber para 2025

    3 principais tendências que os profissionais de CX precisam saber para 2025

    Se você é responsável pela experiência do cliente em uma empresa, sabe como é desafiador montar um plano anual repleto de estratégias eficazes. É necessário considerar uma série de fatores: incertezas, novos marcos regulatórios, mudanças nos dados demográficos dos clientes, aceleração da inovação, volumes crescentes de dados, infraestrutura fragmentada e expectativas variáveis. Todos esses elementos precisam ser cuidadosamente analisados e integrados no planejamento

    À medida que as tecnologias de marketing evoluem e se expandem para além do departamento de marketing, o desafio de construir consenso interno se intensifica para os profissionais de Customer Experience (Experiência do Cliente). Agora, é essencial elaborar planos cada vez mais robustos e abrangentes, que envolvam diversas áreas do negócio.

    Além disso, é essencial possuir habilidades interpessoais para garantir que todas as partes da empresas interessadas estejam alinhadas com os objetivos e estratégias de experiência do cliente. Dentro das empresas, há muitas opiniões sobre como interpretar os dados analíticos e o que fazer com esses insights. Um cliente recentemente comentou que, quanto mais dados têm, mais incertos se sentem sobre o que fazer. Que paradoxo!

    Então, o que os líderes de CX estão pensando para se preparar melhor para 2025? 

    Aqui está a minha opinião:

    • Liberar  o valor dos dados para clientes internos e externos
    • Dê prioridade à IA nas áreas que estão sob seu controle
    • Preparar-se para a incerteza regulatória em todo o mundo

    Liberar o valor dos dados para clientes internos e externos

    O volume de dados global está crescendo exponencialmente, num fenômeno chamado de “dataverso”. De acordo com a Statista a quantidade total de dados criados, capturados, copiados e consumidos globalmente vai alcançar mais de 394 zettabytes até 2028.

    Existem inúmeras novas fontes de dados sendo coletadas em todo o mundo, provenientes de diversos dispositivos de IoT. Os profissionais de marketing estão literalmente se afogando em dados, e a grande questão é como fazer essas novas fontes de dados trabalharem juntas para criar uma visão holística e de 360. Proponho que os dados sejam pensados como a moeda para os relacionamentos da empresa.  A tendência de nos tornarmos mais “client-centric” significa que precisamos quebrar os silos de dados e criar uma visão 360 de cada pessoa. 

    Isso é válido tanto para aqueles em um modelo de negócios B2B quanto para os que atuam no espaço B2C, permitindo cercar os registros de contato com dados enriquecidos de parceiros externos.

    Quebrar silos é como tentar ferver o oceano – uma tarefa gigantesca. Mas já sabemos o segredo: os dados são valiosos. Todos, desde vendas, finanças, operações, até o atendimento ao cliente, essas áreas sempre estão buscando insights e pedindo ajuda para ativar experiências do cliente.

    Para alcançar o sucesso em iniciativas complexas de marketing e experiência do cliente, é fundamental adotar abordagens estruturadas e bem planejadas como:

    • Simplifique os processos internos: Crie sistemas de admissão que permitam às partes interessadas internas aproveitar os recursos de sua equipe. Estruture a abordagem em algumas “peças” (por exemplo, “Envolva-se com nosso conteúdo”, “Envolva-se com nosso evento”, “Envolva-se com nossas soluções”). Desenvolva modelos e planos de projeto para facilitar a execução.
    • Diversificação de casos de uso: Construa um portfólio diversificado de casos de uso e organize-os dentro de uma matriz de esforços mapeada contra o valor (em consultoria, essa ferramenta é chamada de “Matriz de Esforços para Impacto”). Isso ajudará a identificar tarefas e facilitará a ordem de execução. Essa abordagem ajuda a gerenciar expectativas e a equilibrar as demandas das partes interessadas. Considere contratar uma empresa de consultoria para navegar em áreas sensíveis.
    • Aplicação do design thinking: Utilize o design thinking para criar uma maneira repetível e escalável de construir jornadas de clientes e envolver os stakeholders. Esse método promove a colaboração e minimiza a resistência. A longo prazo, economiza tempo, pois todos se sentirão ouvidos durante o processo criativo.
    • Documentar as tarefas antes de digitalizar: Documentar antes de digitalizar é crucial para que os criadores entendam os fluxos de dados e a jornada dos clientes antes do início do desenvolvimento. Mesmo em processos ágeis, um planejamento e documentação cuidadosos geram dividendos a longo prazo.

    Ao adotar essas estratégias, as empresas podem criar processos mais robustos e integrados, proporcionando uma experiência superior aos clientes e otimizando o desempenho organizacional.

    Dê prioridade à IA nas áreas que estão sob seu controle

    Para criar experiências de cliente envolventes em diversos canais, é essencial focar no uso de IA e tecnologias emergentes, como o comércio conversacional. LLMs (Modelos de Linguagem de Longo Prazo) e RAGs (Geradores de Respostas Automatizadas) estão surgindo com interfaces “Low Code”, facilitando a implementação dessas soluções inovadoras.

    Esses recursos permitem que os profissionais de CX criem interações deslumbrantes em plataformas como WhatsApp, chatbots, web, aplicativos e e-mails. Além disso, as experiências omnichannel podem ser administradas de forma centralizada e distribuídas em todos os canais, garantindo uma abordagem coesa e integrada.

    Recomendo que os profissionais de CX voltem ao básico e concentrem-se no que podem controlar. Isso inclui segmentar e analisar os clientes profundamente, coletar dados sobre eles e utilizar ferramentas de terceiros para enriquecer esse conhecimento. Centralizar esses dados em um repositório com padrões claros para entrada de informações é crucial para se tornar a única fonte de dados para cada relacionamento com o cliente.

    Simplifique as comunicações omnichannel utilizando plataformas que permitam a criação e a publicação de uma vez só. Para acelerar a cadeia de suprimentos de conteúdo, utilize plataformas que otimizem esse processo, especialmente considerando as tendências em hiperpersonalização. Ferramentas de IA, como o Adobe Firefly, podem ajudar a gerar conteúdo inicial e depois produzir variações para diferentes canais, integrando essas ferramentas com um gerenciador de ativos digitais adequado evitando o uso de servidores compartilhados.

    Combine seus esforços de hiperpersonalização com a prontidão dos seus dados. Para garantir a eficácia, selecione casos de uso baseados no impacto que eles podem ter nos negócios e na qualidade da preparação dos dados. Essa integração contínua entre tecnologia, dados e estratégias de conteúdo, garantirá a utilização eficiente de recursos e maximizando o ROI sem investir demais em dados subutilizados. 

    Preparar-se para a incerteza regulatória em todo o mundo

    Departamento de Justiça dos EUA está pressionando o Google a vender o Chrome e desmembrar os negócios do Android, propondo a venda do navegador Chrome como parte de uma reforma para acabar com o monopólio nas buscas. Simultaneamente, a Microsoft enfrenta litígios antitruste, sendo investigada por abusar do poder de mercado em softwares de produtividade. Se as pressões regulatórias não forem suficientes para mudar a gestão dos negócios de busca do Google, a migração massiva de usuários para o SearchGPT demonstra que a natureza da busca paga está mudando.

    Reguladores europeus também estão ativamente acompanhando casos contra Google, Apple e Meta, com o “Digital Markets Act” impondo mais restrições aos gatekeepers e exigindo mais transparência. Mesmo para empresas locais, o que acontece globalmente afetará os contratos com plataformas. 

    Mesmo sendo uma empresa local, o que acontece no mundo pode impactar seus contratos com as plataformas que você utiliza. Por isso, é essencial prestar atenção às tendências globais, pensar de forma ampla e agir localmente.

    Tenha controle sobre os seus dados: A melhor forma de se preparar para incertezas regulatórias é possuir os dados de seus clientes e armazená-los em plataformas confiáveis e pelas quais você paga.

    Inove nos modelos de negócios: A incerteza não se restringe ao ambiente regulatório. Muitas empresas podem explorar novas formas de gerar receita utilizando os dados de seus clientes. Inovar nos modelos de negócios não é exclusividade das grandes corporações. Aposte em abordagens criativas de monetização. Por exemplo, a Starbucks transformou-se, na prática, em um banco não regulamentado, acumulando US$1,8 bilhão em depósitos de dinheiro não utilizados. Já a assinatura de café da Panera e o programa de influenciadores pagos da Red Bull são exemplos de inovações em menor escala.

    Amplie os limites da sua indústria: Avalie parcerias ou plataformas que possibilitem a adoção de novos modelos de negócios. As fronteiras entre fabricantes, empresas de mídia e instituições financeiras estão cada vez mais difusas, criando oportunidades para que até mesmo pequenos negócios possam inovar.

    Em um cenário de constantes mudanças globais e incertezas, é fundamental que as empresas, independentemente do tamanho, sejam proativas. Controlar seus próprios dados, inovar nos modelos de negócios e explorar parcerias estratégicas são passos essenciais para as empresas se manterem competitivas e resilientes.

    A democratização da inovação

    Uma tendência bônus, que talvez seja a maior tendência para 2025 é a democratização da inovação.  Todos os avanços em dados, plataformas de software e modelos de negócios agora estão acessíveis para empresas de todos os tamanhos para permitir que os visionários de hoje criem as experiências do cliente de amanhã.

    A inovação não é exclusividade das grandes empresas de tecnologia; pequenas empresas também podem e devem inovar, para isso é necessário pensar globalmente e agir localmente. As linhas entre diferentes setores estão se tornando cada vez mais indistintas. Considere parcerias ou plataformas que possibilitem a adoção de novos modelos de negócios. As fronteiras entre fabricantes, empresas de mídia e instituições financeiras são cada vez mais fluidas, criando oportunidades para todos.

    Em resumo, a preparação para a incerteza regulatória global e a adaptação a novas tendências tecnológicas são essenciais para qualquer empresa que deseja prosperar. Manter o controle sobre os dados dos clientes, inovar nos modelos de negócios e estar atento às mudanças regulatórias são passos cruciais. Adaptar-se rapidamente às novas realidades do mercado permitirá que as empresas mantenham sua relevância e competitividade. Portanto, investir em soluções que garantam a segurança dos dados e a inovação contínua é uma necessidade no cenário dinâmico dos  negócios.

  • 3 principais tendências que os profissionais de CX precisam saber para 2025

    3 principais tendências que os profissionais de CX precisam saber para 2025

    Se você é responsável pela experiência do cliente em uma empresa, sabe como é desafiador montar um plano anual repleto de estratégias eficazes. É necessário considerar uma série de fatores: incertezas, novos marcos regulatórios, mudanças nos dados demográficos dos clientes, aceleração da inovação, volumes crescentes de dados, infraestrutura fragmentada e expectativas variáveis. Todos esses elementos precisam ser cuidadosamente analisados e integrados no planejamento

    À medida que as tecnologias de marketing evoluem e se expandem para além do departamento de marketing, o desafio de construir consenso interno se intensifica para os profissionais de Customer Experience (Experiência do Cliente). Agora, é essencial elaborar planos cada vez mais robustos e abrangentes, que envolvam diversas áreas do negócio.

    Além disso, é essencial possuir habilidades interpessoais para garantir que todas as partes da empresas interessadas estejam alinhadas com os objetivos e estratégias de experiência do cliente. Dentro das empresas, há muitas opiniões sobre como interpretar os dados analíticos e o que fazer com esses insights. Um cliente recentemente comentou que, quanto mais dados têm, mais incertos se sentem sobre o que fazer. Que paradoxo!

    Então, o que os líderes de CX estão pensando para se preparar melhor para 2025? 

    Aqui está a minha opinião:

    • Liberar  o valor dos dados para clientes internos e externos
    • Dê prioridade à IA nas áreas que estão sob seu controle
    • Preparar-se para a incerteza regulatória em todo o mundo

    Liberar o valor dos dados para clientes internos e externos

    O volume de dados global está crescendo exponencialmente, num fenômeno chamado de “dataverso”. De acordo com a Statista a quantidade total de dados criados, capturados, copiados e consumidos globalmente vai alcançar mais de 394 zettabytes até 2028.

    Existem inúmeras novas fontes de dados sendo coletadas em todo o mundo, provenientes de diversos dispositivos de IoT. Os profissionais de marketing estão literalmente se afogando em dados, e a grande questão é como fazer essas novas fontes de dados trabalharem juntas para criar uma visão holística e de 360. Proponho que os dados sejam pensados como a moeda para os relacionamentos da empresa.  A tendência de nos tornarmos mais “client-centric” significa que precisamos quebrar os silos de dados e criar uma visão 360 de cada pessoa. 

    Isso é válido tanto para aqueles em um modelo de negócios B2B quanto para os que atuam no espaço B2C, permitindo cercar os registros de contato com dados enriquecidos de parceiros externos.

    Quebrar silos é como tentar ferver o oceano – uma tarefa gigantesca. Mas já sabemos o segredo: os dados são valiosos. Todos, desde vendas, finanças, operações, até o atendimento ao cliente, essas áreas sempre estão buscando insights e pedindo ajuda para ativar experiências do cliente.

    Para alcançar o sucesso em iniciativas complexas de marketing e experiência do cliente, é fundamental adotar abordagens estruturadas e bem planejadas como:

    • Simplifique os processos internos: Crie sistemas de admissão que permitam às partes interessadas internas aproveitar os recursos de sua equipe. Estruture a abordagem em algumas “peças” (por exemplo, “Envolva-se com nosso conteúdo”, “Envolva-se com nosso evento”, “Envolva-se com nossas soluções”). Desenvolva modelos e planos de projeto para facilitar a execução.
    • Diversificação de casos de uso: Construa um portfólio diversificado de casos de uso e organize-os dentro de uma matriz de esforços mapeada contra o valor (em consultoria, essa ferramenta é chamada de “Matriz de Esforços para Impacto”). Isso ajudará a identificar tarefas e facilitará a ordem de execução. Essa abordagem ajuda a gerenciar expectativas e a equilibrar as demandas das partes interessadas. Considere contratar uma empresa de consultoria para navegar em áreas sensíveis.
    • Aplicação do design thinking: Utilize o design thinking para criar uma maneira repetível e escalável de construir jornadas de clientes e envolver os stakeholders. Esse método promove a colaboração e minimiza a resistência. A longo prazo, economiza tempo, pois todos se sentirão ouvidos durante o processo criativo.
    • Documentar as tarefas antes de digitalizar: Documentar antes de digitalizar é crucial para que os criadores entendam os fluxos de dados e a jornada dos clientes antes do início do desenvolvimento. Mesmo em processos ágeis, um planejamento e documentação cuidadosos geram dividendos a longo prazo.

    Ao adotar essas estratégias, as empresas podem criar processos mais robustos e integrados, proporcionando uma experiência superior aos clientes e otimizando o desempenho organizacional.

    Dê prioridade à IA nas áreas que estão sob seu controle

    Para criar experiências de cliente envolventes em diversos canais, é essencial focar no uso de IA e tecnologias emergentes, como o comércio conversacional. LLMs (Modelos de Linguagem de Longo Prazo) e RAGs (Geradores de Respostas Automatizadas) estão surgindo com interfaces “Low Code”, facilitando a implementação dessas soluções inovadoras.

    Esses recursos permitem que os profissionais de CX criem interações deslumbrantes em plataformas como WhatsApp, chatbots, web, aplicativos e e-mails. Além disso, as experiências omnichannel podem ser administradas de forma centralizada e distribuídas em todos os canais, garantindo uma abordagem coesa e integrada.

    Recomendo que os profissionais de CX voltem ao básico e concentrem-se no que podem controlar. Isso inclui segmentar e analisar os clientes profundamente, coletar dados sobre eles e utilizar ferramentas de terceiros para enriquecer esse conhecimento. Centralizar esses dados em um repositório com padrões claros para entrada de informações é crucial para se tornar a única fonte de dados para cada relacionamento com o cliente.

    Simplifique as comunicações omnichannel utilizando plataformas que permitam a criação e a publicação de uma vez só. Para acelerar a cadeia de suprimentos de conteúdo, utilize plataformas que otimizem esse processo, especialmente considerando as tendências em hiperpersonalização. Ferramentas de IA, como o Adobe Firefly, podem ajudar a gerar conteúdo inicial e depois produzir variações para diferentes canais, integrando essas ferramentas com um gerenciador de ativos digitais adequado evitando o uso de servidores compartilhados.

    Combine seus esforços de hiperpersonalização com a prontidão dos seus dados. Para garantir a eficácia, selecione casos de uso baseados no impacto que eles podem ter nos negócios e na qualidade da preparação dos dados. Essa integração contínua entre tecnologia, dados e estratégias de conteúdo, garantirá a utilização eficiente de recursos e maximizando o ROI sem investir demais em dados subutilizados. 

    Preparar-se para a incerteza regulatória em todo o mundo

    Departamento de Justiça dos EUA está pressionando o Google a vender o Chrome e desmembrar os negócios do Android, propondo a venda do navegador Chrome como parte de uma reforma para acabar com o monopólio nas buscas. Simultaneamente, a Microsoft enfrenta litígios antitruste, sendo investigada por abusar do poder de mercado em softwares de produtividade. Se as pressões regulatórias não forem suficientes para mudar a gestão dos negócios de busca do Google, a migração massiva de usuários para o SearchGPT demonstra que a natureza da busca paga está mudando.

    Reguladores europeus também estão ativamente acompanhando casos contra Google, Apple e Meta, com o “Digital Markets Act” impondo mais restrições aos gatekeepers e exigindo mais transparência. Mesmo para empresas locais, o que acontece globalmente afetará os contratos com plataformas. 

    Mesmo sendo uma empresa local, o que acontece no mundo pode impactar seus contratos com as plataformas que você utiliza. Por isso, é essencial prestar atenção às tendências globais, pensar de forma ampla e agir localmente.

    Tenha controle sobre os seus dados: A melhor forma de se preparar para incertezas regulatórias é possuir os dados de seus clientes e armazená-los em plataformas confiáveis e pelas quais você paga.

    Inove nos modelos de negócios: A incerteza não se restringe ao ambiente regulatório. Muitas empresas podem explorar novas formas de gerar receita utilizando os dados de seus clientes. Inovar nos modelos de negócios não é exclusividade das grandes corporações. Aposte em abordagens criativas de monetização. Por exemplo, a Starbucks transformou-se, na prática, em um banco não regulamentado, acumulando US$1,8 bilhão em depósitos de dinheiro não utilizados. Já a assinatura de café da Panera e o programa de influenciadores pagos da Red Bull são exemplos de inovações em menor escala.

    Amplie os limites da sua indústria: Avalie parcerias ou plataformas que possibilitem a adoção de novos modelos de negócios. As fronteiras entre fabricantes, empresas de mídia e instituições financeiras estão cada vez mais difusas, criando oportunidades para que até mesmo pequenos negócios possam inovar.

    Em um cenário de constantes mudanças globais e incertezas, é fundamental que as empresas, independentemente do tamanho, sejam proativas. Controlar seus próprios dados, inovar nos modelos de negócios e explorar parcerias estratégicas são passos essenciais para as empresas se manterem competitivas e resilientes.

    A democratização da inovação

    Uma tendência bônus, que talvez seja a maior tendência para 2025 é a democratização da inovação.  Todos os avanços em dados, plataformas de software e modelos de negócios agora estão acessíveis para empresas de todos os tamanhos para permitir que os visionários de hoje criem as experiências do cliente de amanhã.

    A inovação não é exclusividade das grandes empresas de tecnologia; pequenas empresas também podem e devem inovar, para isso é necessário pensar globalmente e agir localmente. As linhas entre diferentes setores estão se tornando cada vez mais indistintas. Considere parcerias ou plataformas que possibilitem a adoção de novos modelos de negócios. As fronteiras entre fabricantes, empresas de mídia e instituições financeiras são cada vez mais fluidas, criando oportunidades para todos.

    Em resumo, a preparação para a incerteza regulatória global e a adaptação a novas tendências tecnológicas são essenciais para qualquer empresa que deseja prosperar. Manter o controle sobre os dados dos clientes, inovar nos modelos de negócios e estar atento às mudanças regulatórias são passos cruciais. Adaptar-se rapidamente às novas realidades do mercado permitirá que as empresas mantenham sua relevância e competitividade. Portanto, investir em soluções que garantam a segurança dos dados e a inovação contínua é uma necessidade no cenário dinâmico dos  negócios.

  • Onboarding Estratégico: oportunidade de engajamento e retenção de talentos

    Onboarding Estratégico: oportunidade de engajamento e retenção de talentos

    O início da jornada de trabalho de um novo colaborador é um momento importante tanto para a empresa quanto para quem assume um novo desafio profissional. Além de envolver emoções como ansiedade e animação de começar em uma nova empresa, é também etapa decisiva para construir uma conexão emocional e criar bases sólidas para o engajamento do colaborador a longo prazo.

    De acordo Gisele Pedroso, fundadora da Agência Bloga, empresa especializada em Endomarketing e Felicidade Corporativa, um processo de onboarding, termo em inglês que significa embarcar e define a integração de um novo colaborador na empresa, vai além de uma simples apresentação.

    “Um onborading bem estruturado não é somente um momento expor as políticas da empresa e preencher documentos. É sobre criar experiências inesquecíveis que marcam positivamente o início de uma nova etapa profissional. Trata-se de uma atividade estratégica para as empresas que desejam reter talentos e fortalecer a cultura organizacional”, explica.

    Segundo a executiva, pesquisas demonstram que um onboarding eficaz aumenta a retenção de novos colaboradores em até 82% e elevam sua produtividade em mais de 70%. “Estudos mostram que os primeiros 90 dias são cruciais para determinar se o colaborador continuará na empresa. O onboarding é um momento que contribui para a motivação e o engajamento do colaborador, uma vez que reforça seu papel na empresa e cria um senso de pertencimento desde o início. Deste modo, os colaboradores se tornam mais comprometidos e alinhados com os objetivos da organização desde o primeiro dia de trabalho.”

    Curva de aprendizado

    Para Gisele, no competitivo mercado de trabalho atual, proporcionar uma experiência de onboarding marcante é um diferencial competitivo para as empresas. “No curto prazo, essa estratégia acelera a curva de aprendizado, permitindo que o colaborador contribua mais rapidamente para os objetivos da equipe. No longo prazo, reduz a rotatividade, pois cria uma experiência inicial positiva que ajuda o colaborador a se sentir valorizado”, completa.

    Papel do Endomarketing

    O endomarketing é essencial para criar uma comunicação interna alinhada e envolvente durante o onboarding. Ele garante que as mensagens-chave sobre cultura, valores e benefícios sejam transmitidas de forma clara e criativa. Também promove ações como campanhas de boas-vindas, eventos de integração e materiais visuais que reforçam o senso de pertencimento.

    “Algumas ações são essenciais para transformar o primeiro dia do colaborador em uma experiência marcante. Na Bloga, propomos aos nossos clientes uma preparação prévia para garantir que todos os recursos necessários estejam prontos antes mesmo do colaborador chegar. No primeiro dia, idealizamos atividades acolhedoras, como um café da manhã de boas-vindas e um tour pela empresa. A apresentação da cultura corporativa é feita por meio de workshops, vídeos ou interações com as lideranças, que explicam os valores, missão e visão da empresa. Por fim, é importante ter um acompanhamento contínuo, garantindo que o colaborador esteja preparado para suas responsabilidades, que suas dúvidas sejam esclarecidas e seu progresso seja avaliado”, comenta.

    Práticas inovadoras

    Segundo Gisele, as estratégias de endomarketing para um onboarding personalizado com práticas inovadoras. “As atividades vão desde a apresentação da história da empresa com óculos de realidade virtual, até kits de boas-vindas que incluem itens como livros inspiradores, cartões assinados pela equipe e materiais exclusivos da empresa. A gamificação também vem sendo utilizada como forma de criar desafios e recompensas para os novos colaboradores, tornando o aprendizado mais divertido”, ressalta.

    Onboarding Day

    A fundadora da Bloga destaca também que algumas empresas estão implementando o Onboarding Day, um dia especial para receber os novos colaboradores, com workshops, palestras e momentos de descontração. “A integração com a equipe pode ser realizada com dinâmicas ou eventos informais, como happy hours. Além disso, algumas empresas adotam programas de mentoria ou camaradagem, designando um colega experiente para guiar o novo colaborador. As empresas também utilizam plataformas interativas para acompanhar o progresso e oferecer suporte durante os primeiros meses”, conclui.

  • Onboarding Estratégico: oportunidade de engajamento e retenção de talentos

    Onboarding Estratégico: oportunidade de engajamento e retenção de talentos

    O início da jornada de trabalho de um novo colaborador é um momento importante tanto para a empresa quanto para quem assume um novo desafio profissional. Além de envolver emoções como ansiedade e animação de começar em uma nova empresa, é também etapa decisiva para construir uma conexão emocional e criar bases sólidas para o engajamento do colaborador a longo prazo.

    De acordo Gisele Pedroso, fundadora da Agência Bloga, empresa especializada em Endomarketing e Felicidade Corporativa, um processo de onboarding, termo em inglês que significa embarcar e define a integração de um novo colaborador na empresa, vai além de uma simples apresentação.

    “Um onborading bem estruturado não é somente um momento expor as políticas da empresa e preencher documentos. É sobre criar experiências inesquecíveis que marcam positivamente o início de uma nova etapa profissional. Trata-se de uma atividade estratégica para as empresas que desejam reter talentos e fortalecer a cultura organizacional”, explica.

    Segundo a executiva, pesquisas demonstram que um onboarding eficaz aumenta a retenção de novos colaboradores em até 82% e elevam sua produtividade em mais de 70%. “Estudos mostram que os primeiros 90 dias são cruciais para determinar se o colaborador continuará na empresa. O onboarding é um momento que contribui para a motivação e o engajamento do colaborador, uma vez que reforça seu papel na empresa e cria um senso de pertencimento desde o início. Deste modo, os colaboradores se tornam mais comprometidos e alinhados com os objetivos da organização desde o primeiro dia de trabalho.”

    Curva de aprendizado

    Para Gisele, no competitivo mercado de trabalho atual, proporcionar uma experiência de onboarding marcante é um diferencial competitivo para as empresas. “No curto prazo, essa estratégia acelera a curva de aprendizado, permitindo que o colaborador contribua mais rapidamente para os objetivos da equipe. No longo prazo, reduz a rotatividade, pois cria uma experiência inicial positiva que ajuda o colaborador a se sentir valorizado”, completa.

    Papel do Endomarketing

    O endomarketing é essencial para criar uma comunicação interna alinhada e envolvente durante o onboarding. Ele garante que as mensagens-chave sobre cultura, valores e benefícios sejam transmitidas de forma clara e criativa. Também promove ações como campanhas de boas-vindas, eventos de integração e materiais visuais que reforçam o senso de pertencimento.

    “Algumas ações são essenciais para transformar o primeiro dia do colaborador em uma experiência marcante. Na Bloga, propomos aos nossos clientes uma preparação prévia para garantir que todos os recursos necessários estejam prontos antes mesmo do colaborador chegar. No primeiro dia, idealizamos atividades acolhedoras, como um café da manhã de boas-vindas e um tour pela empresa. A apresentação da cultura corporativa é feita por meio de workshops, vídeos ou interações com as lideranças, que explicam os valores, missão e visão da empresa. Por fim, é importante ter um acompanhamento contínuo, garantindo que o colaborador esteja preparado para suas responsabilidades, que suas dúvidas sejam esclarecidas e seu progresso seja avaliado”, comenta.

    Práticas inovadoras

    Segundo Gisele, as estratégias de endomarketing para um onboarding personalizado com práticas inovadoras. “As atividades vão desde a apresentação da história da empresa com óculos de realidade virtual, até kits de boas-vindas que incluem itens como livros inspiradores, cartões assinados pela equipe e materiais exclusivos da empresa. A gamificação também vem sendo utilizada como forma de criar desafios e recompensas para os novos colaboradores, tornando o aprendizado mais divertido”, ressalta.

    Onboarding Day

    A fundadora da Bloga destaca também que algumas empresas estão implementando o Onboarding Day, um dia especial para receber os novos colaboradores, com workshops, palestras e momentos de descontração. “A integração com a equipe pode ser realizada com dinâmicas ou eventos informais, como happy hours. Além disso, algumas empresas adotam programas de mentoria ou camaradagem, designando um colega experiente para guiar o novo colaborador. As empresas também utilizam plataformas interativas para acompanhar o progresso e oferecer suporte durante os primeiros meses”, conclui.

  • Presunção de subordinação no trabalho por meio de plataformas

    Presunção de subordinação no trabalho por meio de plataformas

    O trabalho prestado por meio de plataformas, chamadas numéricas, trouxe, para a relação de trabalho, novo contexto de situações fáticas que divergem da forma tradicional de vínculo de emprego em que o trabalho se identifica, fisicamente, com o local, pessoas e informações claras quanto ao objeto do contrato de trabalho, com deveres e obrigações mais bem identificados.

    A preocupação de enquadramento jurídico dessa nova modalidade de relação de trabalho, com a finalidade de amparar o prestador com direitos trabalhistas, apegou-se ao modelo binário que caracterizou a formação do Direito do Trabalho. A União Europeia, levada pela série de conflitos existentes nos países da UE, aprovou e publicou a Diretiva (UE) 2024/2831, do Parlamento Europeu e do Conselho, que entrou em vigor em 2 de dezembro de 2024 e cujo prazo, para transposição para os Estados-Membros, expirará em 2 de dezembro de 2026. A diretiva aplica-se às plataformas de trabalho digitais que organizam trabalho em plataformas digitais efetuado na União Europeia, independentemente do seu local de estabelecimento ou do direito que seja de outra forma aplicável.

    De acordo a citação pela legislação comunitária, a diretiva visa melhorar as condições de trabalho e a proteção dos dados pessoais no trabalho em plataformas digitais por meio de: a) Da introdução de medidas para facilitar a determinação do estatuto profissional correto das pessoas que trabalham em plataformas; b) Da promoção da transparência, da equidade, da supervisão humana, da segurança e da responsabilização na gestão algorítmica do trabalho em plataformas digitais; e c) Da melhoria da transparência relativa ao trabalho em plataformas digitais, inclusive em situações transfronteiriças.

    A diretiva estabelece, ainda, direitos mínimos aplicáveis a todas as pessoas que trabalham em plataformas digitais que têm um contrato de trabalho ou relação de trabalho ou que, com base numa apreciação dos fatos, se possa determinar que têm um contrato de trabalho ou relação de trabalho, tal como definidos pelo direito, por convenções coletivas ou pelas práticas em vigor nos Estados-Membros, tendo em conta a jurisprudência do Tribunal de Justiça.

    Há, na diretiva, o artigo 5º, que expressa referência de que, juridicamente se aplicará à relação contratual entre a pessoa e a plataforma digital, a presunção de relação de emprego condicionada à prova do exercício do poder diretivo e do controle pela plataforma, observadas as condições praticadas pelo direito nacional. Caberá, portanto, à plataforma ilidir a presunção legal, caso tenha interesse.

    Do que se viu, seguimos com as mesmas regras anteriores em que o enquadramento dos fatos constitutivos da pretensão à condição jurídica depende de elementos relevantes e inquestionáveis para que o prestador deva ser considerado empregado. Dito em outras palavras, a evolução tecnológica e as transformações nas relações de trabalho demonstram que os elementos da formação de vínculo de emprego não podem ser definidos pelo legislador, mas sempre dependerão da qualificação jurídica dos fatos.

    Como se vê, o tema da presunção da subordinação sempre acompanhou e acompanhará as discussões em torno do reconhecimento do vínculo de emprego. A lei não tem o poder de esgotar e pacificar a discussão, pois, parece, a apuração dos fatos ainda é fundamental para o convencimento dos juízes que hoje, em se tratando de trabalho por meio de plataforma digital, devem enfrentar a autonomia da vontade e a boa-fé nas relações contratuais, como vem afirmando o Supremo Tribunal Federal.

  • Presunção de subordinação no trabalho por meio de plataformas

    Presunção de subordinação no trabalho por meio de plataformas

    O trabalho prestado por meio de plataformas, chamadas numéricas, trouxe, para a relação de trabalho, novo contexto de situações fáticas que divergem da forma tradicional de vínculo de emprego em que o trabalho se identifica, fisicamente, com o local, pessoas e informações claras quanto ao objeto do contrato de trabalho, com deveres e obrigações mais bem identificados.

    A preocupação de enquadramento jurídico dessa nova modalidade de relação de trabalho, com a finalidade de amparar o prestador com direitos trabalhistas, apegou-se ao modelo binário que caracterizou a formação do Direito do Trabalho. A União Europeia, levada pela série de conflitos existentes nos países da UE, aprovou e publicou a Diretiva (UE) 2024/2831, do Parlamento Europeu e do Conselho, que entrou em vigor em 2 de dezembro de 2024 e cujo prazo, para transposição para os Estados-Membros, expirará em 2 de dezembro de 2026. A diretiva aplica-se às plataformas de trabalho digitais que organizam trabalho em plataformas digitais efetuado na União Europeia, independentemente do seu local de estabelecimento ou do direito que seja de outra forma aplicável.

    De acordo a citação pela legislação comunitária, a diretiva visa melhorar as condições de trabalho e a proteção dos dados pessoais no trabalho em plataformas digitais por meio de: a) Da introdução de medidas para facilitar a determinação do estatuto profissional correto das pessoas que trabalham em plataformas; b) Da promoção da transparência, da equidade, da supervisão humana, da segurança e da responsabilização na gestão algorítmica do trabalho em plataformas digitais; e c) Da melhoria da transparência relativa ao trabalho em plataformas digitais, inclusive em situações transfronteiriças.

    A diretiva estabelece, ainda, direitos mínimos aplicáveis a todas as pessoas que trabalham em plataformas digitais que têm um contrato de trabalho ou relação de trabalho ou que, com base numa apreciação dos fatos, se possa determinar que têm um contrato de trabalho ou relação de trabalho, tal como definidos pelo direito, por convenções coletivas ou pelas práticas em vigor nos Estados-Membros, tendo em conta a jurisprudência do Tribunal de Justiça.

    Há, na diretiva, o artigo 5º, que expressa referência de que, juridicamente se aplicará à relação contratual entre a pessoa e a plataforma digital, a presunção de relação de emprego condicionada à prova do exercício do poder diretivo e do controle pela plataforma, observadas as condições praticadas pelo direito nacional. Caberá, portanto, à plataforma ilidir a presunção legal, caso tenha interesse.

    Do que se viu, seguimos com as mesmas regras anteriores em que o enquadramento dos fatos constitutivos da pretensão à condição jurídica depende de elementos relevantes e inquestionáveis para que o prestador deva ser considerado empregado. Dito em outras palavras, a evolução tecnológica e as transformações nas relações de trabalho demonstram que os elementos da formação de vínculo de emprego não podem ser definidos pelo legislador, mas sempre dependerão da qualificação jurídica dos fatos.

    Como se vê, o tema da presunção da subordinação sempre acompanhou e acompanhará as discussões em torno do reconhecimento do vínculo de emprego. A lei não tem o poder de esgotar e pacificar a discussão, pois, parece, a apuração dos fatos ainda é fundamental para o convencimento dos juízes que hoje, em se tratando de trabalho por meio de plataforma digital, devem enfrentar a autonomia da vontade e a boa-fé nas relações contratuais, como vem afirmando o Supremo Tribunal Federal.

  • A encruzilhada digital: como as decisões do Meta podem impactar a comunicação corporativa

    A encruzilhada digital: como as decisões do Meta podem impactar a comunicação corporativa

    A recente decisão da Meta de encerrar seu programa de verificação de fatos por terceiros e adotar um modelo semelhante ao “Community Notes” do X representa uma mudança sísmica no cenário da comunicação corporativa e midiática. Essa guinada, anunciada por Mark Zuckerberg, não apenas redefine o papel das plataformas de mídia social na disseminação de informações, mas também provoca uma série de reflexões sobre o futuro do mercado de comunicação corporativa.

    O impacto dessa decisão no universo corporativo é multifacetado e potencialmente disruptivo. As marcas, que até então contavam com um sistema de verificação terceirizado para manter sua credibilidade online, agora se veem diante de um terreno mais instável. A ausência de fact-checkers profissionais pode criar um ambiente fértil para a proliferação de desinformação, obrigando as equipes de comunicação corporativa a repensar suas estratégias de monitoramento e resposta rápida. Em situações de possíveis crises de imagem, a comunidade polarizada pode interpretar os fatos com base apenas nas narrativas mais convenientes ao polo que se identificam, o que pode acarretar em problemas ainda maiores.

    Essa nova realidade também exige uma reavaliação completa das estratégias de relações públicas e marketing. As empresas, conscientes dos riscos associados à veiculação de suas mensagens em um ambiente menos controlado, podem optar por diversificar seus canais de comunicação ou investir mais pesadamente em conteúdo próprio verificável. Há ainda o fantasma do êxodo de anunciantes, reminiscente da crise enfrentada pelo YouTube em 2017/2018, pairando sobre a Meta. Grandes marcas podem reconsiderar seus investimentos publicitários se perceberem que suas marcas estão sendo associadas a conteúdos questionáveis ou potencialmente danosos.

    As implicações dessa mudança transcendem fronteiras, atingindo dimensões globais e locais. Há uma preocupação latente de que o impacto seja desproporcionalmente sentido no Sul Global, onde as políticas de moderação de conteúdo já eram consideradas deficientes. Esse cenário pode exacerbar problemas existentes de desinformação e manipulação da opinião pública em regiões mais vulneráveis. No âmbito regulatório, a decisão da Meta pode catalisar debates sobre a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa das plataformas de mídia social. No Brasil, por exemplo, isso pode acelerar as discussões em torno do PL 2630 e a análise de constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet.

    O fim das parcerias com verificadores de fatos profissionais é visto com apreensão por organizações como a Abraji, que temem um enfraquecimento significativo dos esforços de combate à desinformação, especialmente em períodos críticos como os pré-eleitorais. A flexibilização das restrições sobre conteúdos relacionados a temas sensíveis como imigração e gênero pode representar um retrocesso nas políticas de diversidade e inclusão, potencialmente abrindo espaço para a proliferação de discursos prejudiciais a grupos minoritários.

    A decisão da Meta de alterar suas políticas de moderação de conteúdo gera um ponto de inflexão no mercado de comunicação corporativa. Enquanto alguns enxergam nessa mudança um passo em direção à liberdade de expressão, outros temem pelas consequências para a integridade da informação e a responsabilidade corporativa. O que é certo é que empresas e profissionais de comunicação terão que se adaptar rapidamente a esse novo cenário, desenvolvendo estratégias mais sofisticadas para proteger sua reputação e assegurar a confiabilidade de suas mensagens em um ambiente digital cada vez mais complexo e desafiador. Em tempos tão incertos, uma única certeza. Como sempre, o ecossistema da comunicação corporativa demonstrará sua resiliência e capacidade de adaptação, para atender a essa nova realidade.

  • A encruzilhada digital: como as decisões do Meta podem impactar a comunicação corporativa

    A encruzilhada digital: como as decisões do Meta podem impactar a comunicação corporativa

    A recente decisão da Meta de encerrar seu programa de verificação de fatos por terceiros e adotar um modelo semelhante ao “Community Notes” do X representa uma mudança sísmica no cenário da comunicação corporativa e midiática. Essa guinada, anunciada por Mark Zuckerberg, não apenas redefine o papel das plataformas de mídia social na disseminação de informações, mas também provoca uma série de reflexões sobre o futuro do mercado de comunicação corporativa.

    O impacto dessa decisão no universo corporativo é multifacetado e potencialmente disruptivo. As marcas, que até então contavam com um sistema de verificação terceirizado para manter sua credibilidade online, agora se veem diante de um terreno mais instável. A ausência de fact-checkers profissionais pode criar um ambiente fértil para a proliferação de desinformação, obrigando as equipes de comunicação corporativa a repensar suas estratégias de monitoramento e resposta rápida. Em situações de possíveis crises de imagem, a comunidade polarizada pode interpretar os fatos com base apenas nas narrativas mais convenientes ao polo que se identificam, o que pode acarretar em problemas ainda maiores.

    Essa nova realidade também exige uma reavaliação completa das estratégias de relações públicas e marketing. As empresas, conscientes dos riscos associados à veiculação de suas mensagens em um ambiente menos controlado, podem optar por diversificar seus canais de comunicação ou investir mais pesadamente em conteúdo próprio verificável. Há ainda o fantasma do êxodo de anunciantes, reminiscente da crise enfrentada pelo YouTube em 2017/2018, pairando sobre a Meta. Grandes marcas podem reconsiderar seus investimentos publicitários se perceberem que suas marcas estão sendo associadas a conteúdos questionáveis ou potencialmente danosos.

    As implicações dessa mudança transcendem fronteiras, atingindo dimensões globais e locais. Há uma preocupação latente de que o impacto seja desproporcionalmente sentido no Sul Global, onde as políticas de moderação de conteúdo já eram consideradas deficientes. Esse cenário pode exacerbar problemas existentes de desinformação e manipulação da opinião pública em regiões mais vulneráveis. No âmbito regulatório, a decisão da Meta pode catalisar debates sobre a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa das plataformas de mídia social. No Brasil, por exemplo, isso pode acelerar as discussões em torno do PL 2630 e a análise de constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet.

    O fim das parcerias com verificadores de fatos profissionais é visto com apreensão por organizações como a Abraji, que temem um enfraquecimento significativo dos esforços de combate à desinformação, especialmente em períodos críticos como os pré-eleitorais. A flexibilização das restrições sobre conteúdos relacionados a temas sensíveis como imigração e gênero pode representar um retrocesso nas políticas de diversidade e inclusão, potencialmente abrindo espaço para a proliferação de discursos prejudiciais a grupos minoritários.

    A decisão da Meta de alterar suas políticas de moderação de conteúdo gera um ponto de inflexão no mercado de comunicação corporativa. Enquanto alguns enxergam nessa mudança um passo em direção à liberdade de expressão, outros temem pelas consequências para a integridade da informação e a responsabilidade corporativa. O que é certo é que empresas e profissionais de comunicação terão que se adaptar rapidamente a esse novo cenário, desenvolvendo estratégias mais sofisticadas para proteger sua reputação e assegurar a confiabilidade de suas mensagens em um ambiente digital cada vez mais complexo e desafiador. Em tempos tão incertos, uma única certeza. Como sempre, o ecossistema da comunicação corporativa demonstrará sua resiliência e capacidade de adaptação, para atender a essa nova realidade.

  • Profissão em alta: o que faz e como se tornar um profissional na arte de compras corporativas

    Profissão em alta: o que faz e como se tornar um profissional na arte de compras corporativas

    Sou Paulo Ricardo Coelho Ribeiro, especialista em compras e, nesse artigo, quero compartilhar com você o que aprendi ao longo da minha trajetória profissional. Você já parou para pensar na importância de um especialista em compras no sucesso de uma empresa? Esse profissional é muito mais do que alguém que negocia preços, ele é responsável por conectar estratégia e operação, garantindo que a empresa funcione de forma eficiente e rentável, mitigando prejuízos. 

    No mundo dos negócios, a área de compras é um dos pilares mais estratégicos. Afinal, adquirir produtos ou serviços na qualidade e quantidade certas, ao menor custo possível, impacta diretamente a competitividade e os lucros. Vamos explorar as principais atribuições desse profissional e como você pode se tornar um especialista na área. 

    Mas, afinal, o que faz um especialista em compras? 

    A função de profissional vai muito além de fechar contratos ou negociar com fornecedores. É uma área que exige análise, estratégia e visão de mercado. Aqui estão as principais atribuições: 

    – Identificação de necessidades internas: antes de comprar qualquer coisa, é preciso entender o que a empresa realmente precisa. Isso envolve alinhar-se com os departamentos internos e prever demandas futuras. 

    – Pesquisa e seleção de fornecedores: escolher os fornecedores certos significa avaliar não apenas preços, mas também qualidade, prazos de entrega, reputação no mercado e condições contratuais. 

    – Negociação de contratos: saber negociar é uma das habilidades mais importantes. Um bom especialista busca acordos vantajosos que atendam aos interesses da empresa e promovam parcerias de longo prazo. 

    – Gestão de custos: além de reduzir gastos, o especialista em compras trabalha para otimizar o uso de recursos, garantindo que cada centavo investido traga retorno. 

    – Monitoramento e análise de mercado: estar atento às tendências do mercado e ao comportamento dos preços é fundamental. Isso permite tomar decisões rápidas e acertadas em momentos de crise ou de oportunidade. 

    – Sustentabilidade nas aquisições: hoje, a responsabilidade ambiental também faz parte do trabalho. Muitas empresas buscam fornecedores que sigam práticas sustentáveis, e cabe ao especialista incorporar isso na estratégia de compras. 

    Por que esse profissional é tão importante?

    Imagine uma empresa que compra materiais de baixa qualidade ou que não tem controle sobre seus contratos. Isso pode gerar problemas como atrasos, aumento de custos e até perda de clientes. Um especialista em compras evita esses cenários ao garantir que tudo esteja sob controle, funcionando como uma ponte entre a estratégia empresarial e a execução do dia a dia. 

    Se você se interessou por essa profissão, aqui vão algumas dicas práticas para começar sua jornada: 

    – Invista em conhecimento técnico: cursos de administração, logística ou economia são uma excelente base. Além disso, especializações em áreas como supply chain e procurement são cada vez mais valorizadas. 

    – Desenvolva habilidades de negociação:  negociar é uma arte. Pratique, estude técnicas e esteja sempre preparado para oferecer bons argumentos. 

    – Trabalhe sua capacidade analítica: lidar com dados é parte essencial do trabalho. Familiarize-se com ferramentas de gestão, como ERPs e softwares de compras e desenvolva a habilidade de interpretar relatórios. 

    – Esteja sempre atualizado: o mercado é dinâmico e o que é tendência hoje pode não ser amanhã. Participe de eventos, leia sobre o setor e troque experiências com outros profissionais. 

    Se você busca uma profissão estratégica, dinâmica e essencial para o mundo dos negócios e que a IA (inteligência artificial) dificilmente substituirá, o mercado de compras pode ser a escolha certa. E lembre-se: o caminho para se tornar um especialista começa com um primeiro passo.