Category: Artigos

  • Os meus dois maiores pesadelos como empreendedor

    Os meus dois maiores pesadelos como empreendedor

    Ser empreendedor no Brasil nunca é fácil, mas ninguém nunca disse que seria tão difícil. A cada dia que passa, novas dificuldades surgem e temos que lidar com diversas questões, e que muitas vezes fogem do nosso controle. O maior exemplo disso é a situação de crise econômica que o país enfrenta atualmente, o que gera aumento da inflação e juros altos, o que pode prejudicar severamente diferentes setores e modelos de negócios.

    No entanto, apesar das adversidades que podem aparecer no meio do caminho, as pessoas não desistem de tentar. De acordo com dados de um levantamento realizado pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) com base nos dados da RFB (Receita Federal do Brasil), o Brasil registrou 874 mil novas microempresas em 2024, o que representa um crescimento de 21% em relação a 2023.

    A verdade é que esse cenário mostra uma tentativa de retomada da economia brasileira, focando na terceirização das atividades e no leque de serviços que são oferecidos hoje, sejam por novas empresas ou por empreendedores que trabalham basicamente sozinhos, como é o meu caso. Pois mesmo diante do risco inevitável, o empreendedorismo continua sendo uma alternativa de geração de renda, mas que pode causar medo e receio.

    Quando penso na minha carreira, antes de tomar a decisão de me tornar empreendedor, ponderei elementos que deixariam de ser certezas e também as incertezas que passariam a existir, e que eu não saberia como lidar no começo da minha trajetória profissional como especialista em gestão por OKRs – Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves). Por isso, elenquei os meus dois maiores pesadelos como empreendedor:

    1º pesadelo: não ter um salário pingando na conta
    Trabalhei anos em uma empresa, e como todo colaborador prestando seu serviço, eu tinha a certeza que o salário iria cair na conta todos os meses. Porém, quando decidi começar o meu próprio negócio, deixei de ter controle sobre essa questão. Afinal, pode acontecer de um mês ou outro não ter nenhum cliente, ou mais faturamento em um mês e pouco no outro e assim, o dinheiro não entra. No início, eu não sabia como ia reagir a isso. Algumas pessoas podem ficar ansiosas, mas é preciso confiar no processo e trabalhar duro para fazer acontecer. Não foi simples pra mim, mas só pelo fato de trazer isso à consciência, já me ajudou bastante a lidar com o tema.

    2º pesadelo: não ser escolhido
    Naturalmente, sabemos que não seremos sempre escolhidos em processo de cotação. Sei que pode acontecer, mas incomoda. Poxa, como assim? Eu sou diferente, eu sou melhor. Temos que achar isso de nós mesmos, não é? Então quando um prospect não me escolhe – o que são raros os casos -, fico sempre refletindo em quais critérios foram utilizados e tentando enxergar a situação da perspectiva da pessoa, para quem sabe tentar uma abordagem diferente na próxima vez, evoluindo e melhorando cada vez mais.

    Estes são pontos com os quais tive que lidar desde o início, com maior ou menor grau de consciência. Muitos outros pontos podem surgir dependendo da pessoa e/ou do contexto onde se encontra. Porém, o mais importante é buscar fazer este exercício ativo de trazer à consciência do que pode emperrar seu processo lá na frente, ou simplesmente causar mudanças de humor que podem impactar sua família. Tudo que um empreendedor não precisa é lutar contra as dificuldades inerentes à atividade fora de casa e ter que lutar com outras que surgem dentro de casa por conta da busca deste sonho. 

  • Integração ou extinção: as novas regras da tecnologia para marketing

    Integração ou extinção: as novas regras da tecnologia para marketing

    Apenas três coisas na vida são certas: a morte, os impostos e que os profissionais de marketing vão mudar suas ferramentas de tecnologia, as chamadas martechs. Quando a pesquisa Martech Replacement 2024 chegou à minha mesa, essa mudança se tornou extremamente clara. De ferramentas de automação de marketing a CRM, ESP (e além), a sede insaciável dos profissionais de marketing por mudança continua inabalável.

    Mas o que é interessante são os fatores que impulsionam essas mudanças. Baixa adoção, renovações de contrato, consolidação de novas ferramentas, nova liderança e muitos outros motivos são catalisadores que impulsionam esse estado constante de fluxo de ferramentas de tecnologia.

    Em 2024, o principal fator que impulsionou a mudança da martech foi, sem surpresa, o custo, a parte mais visível de qualquer investimento em martech — e aquele que é frequentemente mantido sob um microscópio pelos CFOs. Não é de se admirar que a pesquisa mais recente Gartner CMO Spend, do Gartner, mostre os gastos de martech em seu menor nível em 10 anos.

    Mas foi o segundo fator que impulsionou a substituição da martech – capacidades de integração/API aberta – que chamou minha atenção.

    Consolidação e fragmentação, simultaneamente

    Graças à explosão de aplicativos de martech na última década, muito foi feito prevendo uma transição inexorável em direção à consolidação das ferramentas de tecnologia. A premissa é que quanto menos aplicativos em sua estrutura de tecnologia, mais barato e melhor será gerenciá-la.

    Embora a proliferação de ferramentas seja real, e alguma consolidação certamente esteja acontecendo, os dados nos dizem que as empresas estão usando mais softwares do que nunca, usando ferramentas e aplicativos especializados para preencher necessidades específicas e críticas aos negócios. Observe as ferramentas de tecnologia da maioria das empresas modernas e você verá plataformas principais suportando uma torre Jenga de ferramentas interconectadas, não uma plataforma única e universal.

    O relatório State of Martech de 2024 encontrou um padrão semelhante. Apesar de terem plataformas fundamentais (como CRM, CEPs, CDPs ou data warehouses), cerca de 82% das organizações pesquisadas disseram que também usavam produtos e aplicativos alternativos.

    É precisamente neste contexto que a integração/abertura se torna tão importante. Para ser franco, se um fornecedor não integra seus dados bem com outras ferramentas, os profissionais de marketing encontrarão uma ferramenta diferente que o faça.

    Um lobo em pele de cordeiro

    Os grandes pacotes de martech, é claro, perceberam essa crescente demanda por interoperabilidade e criaram ecossistemas de aplicativos aparentemente robustos que permitem que você use uma variedade de ferramentas diferentes em combinação com sua plataforma principal.

    Mas atenção, comprador: essas integrações não são gratuitas.

    Esses grandes pacotes de softwares construíram seu domínio adquirindo e unindo empresas de tecnologia menores e independentes. Como resultado, esses pacotes de softwares empresariais abrangem vários aplicativos, cada um operando em diferentes modelos de dados que carecem de compatibilidade interna, muito menos de recursos de integração com sistemas de terceiros.

    Isso significa que, embora seja tecnicamente possível integrar soluções pontuais de terceiros a elas, elas são tão complexas e desajeitadas — praticamente sem documentação — que a maioria acaba pagando caro por prestadores de serviços de consultoria e construção de integrações em seu nome.

    Ansiosos por 2025

    Dada a importância que os profissionais de marketing deram aos recursos de integração em 2024, é improvável que esse verniz de interoperabilidade seja suficiente.

    Com o aumento das APIs e a crescente demanda por ferramentas de tecnologia componíveis, o nível para fornecedores de martech nunca foi tão alto. Eles precisam garantir a compatibilidade entre diferentes ferramentas e sistemas de registro, garantir que os dados fluam com precisão entre as ferramentas em tempo real, fornecer interfaces fáceis de usar para que as equipes aproveitem sua API e servir a melhor documentação e ferramentas da categoria para apoiá-los na construção de sua pilha de tecnologia.

    Se isso parece uma tarefa difícil, isso mostra como as equipes de marketing, dados, análise e digital estão amadurecendo dentro das organizações. Com essa maturidade, vêm maiores habilidades e experiência em tecnologia, e um desejo de ir além da funcionalidade pronta para uso.

    É importante abraçar plataformas projetadas para serem usadas com outros sistemas, em vez de prender você. Acreditamos que as marcas devem ter a flexibilidade de escolher as melhores soluções de canal para si mesmas, e as equipes de marketing, dados e desenvolvimento não devem ter que passar meses criando integrações manuais de pontos para obter seus dados dessas plataformas.

    Em 2025 e nos anos seguintes, percebo um futuro muito mais integrado do que antes.

  • Integração ou extinção: as novas regras da tecnologia para marketing

    Integração ou extinção: as novas regras da tecnologia para marketing

    Apenas três coisas na vida são certas: a morte, os impostos e que os profissionais de marketing vão mudar suas ferramentas de tecnologia, as chamadas martechs. Quando a pesquisa Martech Replacement 2024 chegou à minha mesa, essa mudança se tornou extremamente clara. De ferramentas de automação de marketing a CRM, ESP (e além), a sede insaciável dos profissionais de marketing por mudança continua inabalável.

    Mas o que é interessante são os fatores que impulsionam essas mudanças. Baixa adoção, renovações de contrato, consolidação de novas ferramentas, nova liderança e muitos outros motivos são catalisadores que impulsionam esse estado constante de fluxo de ferramentas de tecnologia.

    Em 2024, o principal fator que impulsionou a mudança da martech foi, sem surpresa, o custo, a parte mais visível de qualquer investimento em martech — e aquele que é frequentemente mantido sob um microscópio pelos CFOs. Não é de se admirar que a pesquisa mais recente Gartner CMO Spend, do Gartner, mostre os gastos de martech em seu menor nível em 10 anos.

    Mas foi o segundo fator que impulsionou a substituição da martech – capacidades de integração/API aberta – que chamou minha atenção.

    Consolidação e fragmentação, simultaneamente

    Graças à explosão de aplicativos de martech na última década, muito foi feito prevendo uma transição inexorável em direção à consolidação das ferramentas de tecnologia. A premissa é que quanto menos aplicativos em sua estrutura de tecnologia, mais barato e melhor será gerenciá-la.

    Embora a proliferação de ferramentas seja real, e alguma consolidação certamente esteja acontecendo, os dados nos dizem que as empresas estão usando mais softwares do que nunca, usando ferramentas e aplicativos especializados para preencher necessidades específicas e críticas aos negócios. Observe as ferramentas de tecnologia da maioria das empresas modernas e você verá plataformas principais suportando uma torre Jenga de ferramentas interconectadas, não uma plataforma única e universal.

    O relatório State of Martech de 2024 encontrou um padrão semelhante. Apesar de terem plataformas fundamentais (como CRM, CEPs, CDPs ou data warehouses), cerca de 82% das organizações pesquisadas disseram que também usavam produtos e aplicativos alternativos.

    É precisamente neste contexto que a integração/abertura se torna tão importante. Para ser franco, se um fornecedor não integra seus dados bem com outras ferramentas, os profissionais de marketing encontrarão uma ferramenta diferente que o faça.

    Um lobo em pele de cordeiro

    Os grandes pacotes de martech, é claro, perceberam essa crescente demanda por interoperabilidade e criaram ecossistemas de aplicativos aparentemente robustos que permitem que você use uma variedade de ferramentas diferentes em combinação com sua plataforma principal.

    Mas atenção, comprador: essas integrações não são gratuitas.

    Esses grandes pacotes de softwares construíram seu domínio adquirindo e unindo empresas de tecnologia menores e independentes. Como resultado, esses pacotes de softwares empresariais abrangem vários aplicativos, cada um operando em diferentes modelos de dados que carecem de compatibilidade interna, muito menos de recursos de integração com sistemas de terceiros.

    Isso significa que, embora seja tecnicamente possível integrar soluções pontuais de terceiros a elas, elas são tão complexas e desajeitadas — praticamente sem documentação — que a maioria acaba pagando caro por prestadores de serviços de consultoria e construção de integrações em seu nome.

    Ansiosos por 2025

    Dada a importância que os profissionais de marketing deram aos recursos de integração em 2024, é improvável que esse verniz de interoperabilidade seja suficiente.

    Com o aumento das APIs e a crescente demanda por ferramentas de tecnologia componíveis, o nível para fornecedores de martech nunca foi tão alto. Eles precisam garantir a compatibilidade entre diferentes ferramentas e sistemas de registro, garantir que os dados fluam com precisão entre as ferramentas em tempo real, fornecer interfaces fáceis de usar para que as equipes aproveitem sua API e servir a melhor documentação e ferramentas da categoria para apoiá-los na construção de sua pilha de tecnologia.

    Se isso parece uma tarefa difícil, isso mostra como as equipes de marketing, dados, análise e digital estão amadurecendo dentro das organizações. Com essa maturidade, vêm maiores habilidades e experiência em tecnologia, e um desejo de ir além da funcionalidade pronta para uso.

    É importante abraçar plataformas projetadas para serem usadas com outros sistemas, em vez de prender você. Acreditamos que as marcas devem ter a flexibilidade de escolher as melhores soluções de canal para si mesmas, e as equipes de marketing, dados e desenvolvimento não devem ter que passar meses criando integrações manuais de pontos para obter seus dados dessas plataformas.

    Em 2025 e nos anos seguintes, percebo um futuro muito mais integrado do que antes.

  • Como proteger a credibilidade da marca e reputação digital diante das polêmicas e novas políticas da Meta?

    Como proteger a credibilidade da marca e reputação digital diante das polêmicas e novas políticas da Meta?

    A decisão divulgada pela Meta de encerrar seu programa de checagem de fatos nos Estados Unidos não é apenas uma questão interna da bigtech com efeitos limitados a seu país-sede — sua reverberação afeta diretamente empresas em todo o mundo, especialmente no Brasil, um dos mercados mais conectados. Para marcas brasileiras, isso significa navegar em um ambiente digital mais arriscado, onde coloca-se em risco a reputação. Como proteger a imagem e credibilidade, visando manter uma presença online confiável e sólida?

    Importante analisarmos o contexto brasileiro. Diante do discurso de seu co-fundador e diretor-executivo, Mark Zuckerberg que sinaliza uma nova guinada para Instagram, WhatsApp e Facebook, a Advocacia Geral da União (AGU) notificou a companhia extrajudicialmente, exigindo explicações sobre como garantirá o cumprimento das leis e regulamentações brasileiras contra difamação, discriminação, desinformação e discursos de ódio após o fim do programa de checagem de fatos.

    Em resposta, a Meta informou que as mudanças anunciadas serão inicialmente limitadas aos EUA, e reafirmou seu compromisso com a remoção de conteúdos violentos ou desinformativos e com riscos claros. A AGU, no entanto, expressou “grave preocupação” com as alterações, que podem facilitar violações legais, além de abrir espaço para desinformação e preconceito, o que levou à convocação de uma audiência pública para debater o tema.

    Com ou sem práticas de fact checking, a verdade é que as fake news já se disseminam em grande volume e ritmo acelerado entre nossa população há tempos. Quase 90% dos brasileiros já tiveram contato com conteúdos falsos e 51% admitem ter acreditado neles. É o que revela uma pesquisa do Instituto Locomotiva. O Brasil é um dos mercados mais relevantes para a Meta. Para dar dimensão, o WhatsApp é a rede mais utilizada no país, com 147 milhões de usuários, de acordo com o Digital Brazil 2024, um relatório desenvolvido pelo DataReportal. Em seguida estão o Youtube (144 milhões), Instagram (134,6 milhões) e Facebook (111,3 milhões). Nesse contexto, as fake news não só afetam a sociedade, mas também podem impactar diretamente as marcas presentes nas plataformas. A ausência de checagem pode aumentar o risco de ataques e disseminação de informações inverídicas relacionadas às empresas.

    Mas como evitar esse movimento?

    O monitoramento contínuo é a primeira linha de defesa para as empresas. Isso inclui rastrear menções à marca, comentários em publicações e até mesmo conteúdos gerados por usuários que possam prejudicar sua imagem. Ferramentas de inteligência artificial desempenham um papel fundamental nesse processo, assim como o olhar de profissionais especializados, já que permitem identificar e reagir rapidamente a possíveis ameaças. A velocidade é necessária: notícias falsas têm 70 vezes mais chance de viralizar do que informações verdadeiras, como já apontou um estudo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, ou seja, o problema exige uma reação imediata por parte das marcas.

    É necessário investir em equipes que possam intensificar esses trabalhos, cruzando tecnologia, capacidade analítica e sensibilidade humana para aumentar a eficácia das respostas a crises e potenciais problemas.

    Outro ponto essencial é a comunicação transparente. As empresas devem garantir que todas as informações divulgadas em suas redes estejam conforme leis como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e as normativas contra calúnia e difamação. Mensagens claras, verídicas e respaldadas por ações concretas reforçam a confiança do público e demonstram o comprometimento da marca com a ética.

    O respeito às boas práticas de compliance é igualmente importante. Isso inclui realizar uma curadoria rigorosa do conteúdo publicado em seus canais, com prioridade para informações que sejam relevantes e precisas.

    Dependência excessiva de uma única plataforma pode expor marcas a riscos desnecessários. Por isso, a diversificação da presença digital é uma estratégia primordial. Redes como LinkedIn, TikTok e YouTube oferecem alternativas valiosas à Meta para alcançar diferentes públicos e minimizar o impacto de mudanças nas políticas de uma única empresa. Reforço, não se trata de abandonar territórios importantes de conexão com o público como o Instagram, mas de pulverizar sua presença.

    Cada canal deve ser explorado de maneira estratégica. Enquanto o LinkedIn é ideal para fortalecer a autoridade e credibilidade corporativa e de executivos, o TikTok pode oferecer formatos mais dinâmicos e criativos para engajamento. Já o YouTube é perfeito para conteúdos aprofundados e com potencial de maior duração, mantendo o público engajado por mais tempo.

    Por fim, a prevenção passa também pela educação interna e uma boa estrutura de gestão de crises. Empresas devem capacitar seus times para lidar com crises digitais, treinar porta-vozes e estabelecer protocolos claros para responder a incidentes negativos nas redes sociais. Esse preparo ajuda a mitigar os danos e fortalece a capacidade da organização de proteger sua reputação.

    As novas políticas da Meta têm potencial de mudar a evolução das redes sociais, exigindo das empresas uma postura proativa e estratégica. Com monitoramento intensivo, comunicação transparente, diversificação digital e educação interna, é possível não apenas proteger a credibilidade, mas também se posicionar como referência em um ambiente digital cada vez mais desafiador.

  • Como proteger a credibilidade da marca e reputação digital diante das polêmicas e novas políticas da Meta?

    Como proteger a credibilidade da marca e reputação digital diante das polêmicas e novas políticas da Meta?

    A decisão divulgada pela Meta de encerrar seu programa de checagem de fatos nos Estados Unidos não é apenas uma questão interna da bigtech com efeitos limitados a seu país-sede — sua reverberação afeta diretamente empresas em todo o mundo, especialmente no Brasil, um dos mercados mais conectados. Para marcas brasileiras, isso significa navegar em um ambiente digital mais arriscado, onde coloca-se em risco a reputação. Como proteger a imagem e credibilidade, visando manter uma presença online confiável e sólida?

    Importante analisarmos o contexto brasileiro. Diante do discurso de seu co-fundador e diretor-executivo, Mark Zuckerberg que sinaliza uma nova guinada para Instagram, WhatsApp e Facebook, a Advocacia Geral da União (AGU) notificou a companhia extrajudicialmente, exigindo explicações sobre como garantirá o cumprimento das leis e regulamentações brasileiras contra difamação, discriminação, desinformação e discursos de ódio após o fim do programa de checagem de fatos.

    Em resposta, a Meta informou que as mudanças anunciadas serão inicialmente limitadas aos EUA, e reafirmou seu compromisso com a remoção de conteúdos violentos ou desinformativos e com riscos claros. A AGU, no entanto, expressou “grave preocupação” com as alterações, que podem facilitar violações legais, além de abrir espaço para desinformação e preconceito, o que levou à convocação de uma audiência pública para debater o tema.

    Com ou sem práticas de fact checking, a verdade é que as fake news já se disseminam em grande volume e ritmo acelerado entre nossa população há tempos. Quase 90% dos brasileiros já tiveram contato com conteúdos falsos e 51% admitem ter acreditado neles. É o que revela uma pesquisa do Instituto Locomotiva. O Brasil é um dos mercados mais relevantes para a Meta. Para dar dimensão, o WhatsApp é a rede mais utilizada no país, com 147 milhões de usuários, de acordo com o Digital Brazil 2024, um relatório desenvolvido pelo DataReportal. Em seguida estão o Youtube (144 milhões), Instagram (134,6 milhões) e Facebook (111,3 milhões). Nesse contexto, as fake news não só afetam a sociedade, mas também podem impactar diretamente as marcas presentes nas plataformas. A ausência de checagem pode aumentar o risco de ataques e disseminação de informações inverídicas relacionadas às empresas.

    Mas como evitar esse movimento?

    O monitoramento contínuo é a primeira linha de defesa para as empresas. Isso inclui rastrear menções à marca, comentários em publicações e até mesmo conteúdos gerados por usuários que possam prejudicar sua imagem. Ferramentas de inteligência artificial desempenham um papel fundamental nesse processo, assim como o olhar de profissionais especializados, já que permitem identificar e reagir rapidamente a possíveis ameaças. A velocidade é necessária: notícias falsas têm 70 vezes mais chance de viralizar do que informações verdadeiras, como já apontou um estudo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, ou seja, o problema exige uma reação imediata por parte das marcas.

    É necessário investir em equipes que possam intensificar esses trabalhos, cruzando tecnologia, capacidade analítica e sensibilidade humana para aumentar a eficácia das respostas a crises e potenciais problemas.

    Outro ponto essencial é a comunicação transparente. As empresas devem garantir que todas as informações divulgadas em suas redes estejam conforme leis como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e as normativas contra calúnia e difamação. Mensagens claras, verídicas e respaldadas por ações concretas reforçam a confiança do público e demonstram o comprometimento da marca com a ética.

    O respeito às boas práticas de compliance é igualmente importante. Isso inclui realizar uma curadoria rigorosa do conteúdo publicado em seus canais, com prioridade para informações que sejam relevantes e precisas.

    Dependência excessiva de uma única plataforma pode expor marcas a riscos desnecessários. Por isso, a diversificação da presença digital é uma estratégia primordial. Redes como LinkedIn, TikTok e YouTube oferecem alternativas valiosas à Meta para alcançar diferentes públicos e minimizar o impacto de mudanças nas políticas de uma única empresa. Reforço, não se trata de abandonar territórios importantes de conexão com o público como o Instagram, mas de pulverizar sua presença.

    Cada canal deve ser explorado de maneira estratégica. Enquanto o LinkedIn é ideal para fortalecer a autoridade e credibilidade corporativa e de executivos, o TikTok pode oferecer formatos mais dinâmicos e criativos para engajamento. Já o YouTube é perfeito para conteúdos aprofundados e com potencial de maior duração, mantendo o público engajado por mais tempo.

    Por fim, a prevenção passa também pela educação interna e uma boa estrutura de gestão de crises. Empresas devem capacitar seus times para lidar com crises digitais, treinar porta-vozes e estabelecer protocolos claros para responder a incidentes negativos nas redes sociais. Esse preparo ajuda a mitigar os danos e fortalece a capacidade da organização de proteger sua reputação.

    As novas políticas da Meta têm potencial de mudar a evolução das redes sociais, exigindo das empresas uma postura proativa e estratégica. Com monitoramento intensivo, comunicação transparente, diversificação digital e educação interna, é possível não apenas proteger a credibilidade, mas também se posicionar como referência em um ambiente digital cada vez mais desafiador.

  • Vidmob traz principais tendências e insights para as marcas engajarem no LinkedIn

    Vidmob traz principais tendências e insights para as marcas engajarem no LinkedIn

    O LinkedIn, a maior rede profissional do mundo, segue evoluindo a maneira como os brasileiros apresentam suas trajetórias e se conectam a oportunidades. Com mais de 65 milhões de usuários no Brasil, o país se destaca como um dos maiores mercados da plataforma, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia. Diante desse cenário, os profissionais de marketing se dedicam a entender melhor as tendências criativas que impulsionam o desempenho das campanhas dentro da rede.

    Desenvolvido para oferecer aos profissionais de marketing considerações criativas essenciais que maximizam a ressonância e o engajamento com o público profissional da plataforma, a Vidmob, plataforma global líder em desempenho criativo com base em IA e parceria de marketing do LinkedIn desde 2018, realizou um amplo estudo dentro da plataforma e apresenta agora suas principais descobertas. O relatório Creative Trends Report with LinkedIn, analisou dados de mais de 13.600 ativos criativos, que geraram mais de 2,9 bilhões de impressões para 10 marcas-mãe e 111 submarcas globais. A análise se concentrou em formatos de vídeo pagos e conteúdo estático, oferecendo insights relevantes.

    O relatório combina os dados criativos exclusivos da Vidmob com os insights da plataforma LinkedIn, oferecendo uma visão abrangente sobre o que realmente impulsiona o desempenho para os profissionais de marketing B2B. “As descobertas são tão instigantes quanto inesperadas, destacando o papel fundamental da criatividade orientada por dados para entender as preferências do público e otimizar campanhas. Ao aproveitar esses insights, as marcas podem refinar suas estratégias para se conectar melhor com a comunidade profissional do LinkedIn e alcançar resultados mais expressivos”, afirma Miguel Caeiro, head latam da Vidmob.

    Abaixo as principais descobertas feitas pelo estudo para as marcas impulsionarem os resultados na divulgação de campanhas na rede. Confira abaixo:

    • IA na publicidade – transformando a conversa em impacto tangível: mensagens de IA que enfatizam a eficiência e a preparação para o futuro resultaram em um aumento de +197% e +748% na taxa de conversão. Já as menções genéricas de IA geralmente falham em campanhas, levando a um declínio de 46% no VTR, que é a porcentagem de espectadores que assistiram a pelo menos 25% de um anúncio em vídeo.
    • A autenticidade emocional impulsiona o engajamento: a narrativa autêntica é essencial. Criativos que mostram emoções genuínas, como determinação e frustração, tiveram um aumento de até 59% nas taxas de conclusão de vídeo, superando as mensagens de estilo corporativo.
    • Use cores ousadas: as cores de alto contraste levaram a um aumento de 68% nas taxas de conclusão de vídeo e um aumento de 41% no engajamento de ativos estáticos.
    • Mostre um ambiente de trabalho relacionável: criativos estáticos com múltiplas pessoas ou que enfatizam experiências comunitárias geraram um aumento de 14% nas taxas de engajamento. Além disso, visuais casuais e relacionáveis — como funcionários em cenários do dia a dia — tiveram um bom desempenho. Roupas como tênis resultaram em um aumento de +37% no VTR25% e joias, um aumento de +53% de VTR25%.

    “O LinkedIn deixou para trás a ideia de ser apenas uma plataforma para profissionais em busca de recolocação no mercado de trabalho. A rede se consolidou e hoje é vista como um canal estratégico, permitindo que as marcas se conectem diretamente com seu público-alvo, promovendo engajamento e maximizando o retorno sobre investimento”, diz Caeiro.

  • Seis dicas para evitar golpes durante as vendas na internet

    Seis dicas para evitar golpes durante as vendas na internet

    O comércio eletrônico brasileiro deve movimentar mais de 234,9 milhões de reais em 2025, de acordo com a ABComm, o que representa alta de 15% em relação ao ano passado. O crescimento das vendas no ambiente digital atrai a atenção também dos cibercriminosos, que aperfeiçoam suas práticas contra lojistas e consumidores, a fim de roubar e sequestrar dados, derrubar lojas virtuais ou fraudar promoções em e-mails, mensagens e sites falsos.

    Além do impacto negativo ao consumidor, uma loja virtual atacada ou clonada pode trazer prejuízos financeiros e à reputação da marca. Diante da possibilidade de golpes, o especialista Eduardo Gonçales, CISO da TIVIT, multinacional brasileira que conecta tecnologia para um mundo melhor, lista alguns cuidados para lojistas venderem sem dor de cabeça:

    Garanta disponibilidade – A estabilidade do site é fundamental para que a operação funcione plenamente até em períodos de aumento de tráfego, evitando assim que a loja deixe de vender por causa de problemas técnicos. Além do investimento em infraestrutura tecnológica e nas soluções de segurança, é essencial a proteção contra os chamados ataques de negação de serviço (DDoS), que objetivam direcionar volume de acessos simultâneos muito acima do normal para determinado endereço até que ele seja congestionado e fique indisponível.

    Explore a web – Inclua em seus processos rotinas de threat intelligence, ou monitoramento de marca, a fim de pesquisar menções sobre a empresa e seus executivos em fóruns nas diferentes camadas da internet, incluindo a dark web e deep web, onde todos os tipos de ataques são encomendados e arquitetados. Com esse tipo de varredura, é possível detectar planos para redirecionamento de tráfego do seu site para páginas falsas da internet ou das redes sociais, evitando dessa forma venda indevida ou fraudulenta de produtos com a sua marca.

    Conscientize os colaboradores para proteger seus dados – Pesquisas de mercado apontam que as principais portas de entrada para malwares utilizados nos ataques de phishing e de ransomware, que encriptam os dados em troca de um valor de resgate, são os próprios colaboradores. Na maioria das vezes, por falta de conhecimento, há descuido ao lidar com e-mails suspeitos, conexão de dispositivos USB, acessos a sites comprometidos ou uso de softwares com vulnerabilidades. Com o trabalho remoto, também aumentou o uso de dispositivos pessoais conectados à rede corporativa. Além da tecnologia e dos processos, a conscientização das pessoas é um dos pilares essenciais para garantir a segurança dos dados e não sofrer com a paralisação da operação.

    Realize backup e valide sua integridade – Com o objetivo de minimizar os riscos de interrupção dos serviços e garantir que os dados sejam recuperados de forma rápida e fácil, é muito importante ter um sistema de backup consistente, testado periodicamente para validação do seu conteúdo e da sua integridade, já que muitos ataques iniciam comprometendo o backup e depois impactam o ambiente de produção. Além disso, é imprescindível ter uma documentação com o catálogo de todos os servidores e garantir a ordem de recuperação dos dados em um eventual desastre, reduzindo o tempo de recuperação dos dados.

    Valide seus repositórios de códigos – Uma campanha massiva de infecção em lojas de e-commerce está em andamento com o nome de Hubberstore, o ataque ocorre a partir de um código JavaScript malicioso, utilizado para extração de dados pessoais e de cartões de crédito. 

    As recomendações nesse caso são as seguintes:

    1. Mantenha os sistemas atualizados, incluindo sistemas operacionais, serviços e frameworks utilizados nos sites.
    2. Revise periodicamente os códigos do seu repositório e ambiente de produção, buscando identificar possíveis injeções de artefatos maliciosos.
    3. Siga as melhores práticas de desenvolvimento seguro, uma boa referência é o OWASP.
    4. Analise logs e trilhas de auditoria, de preferência utilizando um sistema de correlacionamento de logs (SIEM), com o objetivo de identificar tentativas de exploração de vulnerabilidades.
    5. Implemente uma solução de múltiplo fator de segurança (MFA) nos principais pontos de entrada e em seus principais ambientes de desenvolvimento de código, como repositórios e soluções de CI/CD (integração e entrega contínua).

    Controle e limite o acesso às informações – Garanta que os usuários tenham o mínimo privilégio e restrinja os acessos para as pessoas que realmente precisem, garantindo sua revisão e recertificação periódicas. A implementação de segmentação na rede minimiza o risco que um ataque se espalhe rapidamente e sem controle, evitando grande impacto e prejuízo financeiro, e, por fim, utilize solução de cofre de senhas para aumentar a segurança nos acessos privilegiados.

  • Seis dicas para evitar golpes durante as vendas na internet

    Seis dicas para evitar golpes durante as vendas na internet

    O comércio eletrônico brasileiro deve movimentar mais de 234,9 milhões de reais em 2025, de acordo com a ABComm, o que representa alta de 15% em relação ao ano passado. O crescimento das vendas no ambiente digital atrai a atenção também dos cibercriminosos, que aperfeiçoam suas práticas contra lojistas e consumidores, a fim de roubar e sequestrar dados, derrubar lojas virtuais ou fraudar promoções em e-mails, mensagens e sites falsos.

    Além do impacto negativo ao consumidor, uma loja virtual atacada ou clonada pode trazer prejuízos financeiros e à reputação da marca. Diante da possibilidade de golpes, o especialista Eduardo Gonçales, CISO da TIVIT, multinacional brasileira que conecta tecnologia para um mundo melhor, lista alguns cuidados para lojistas venderem sem dor de cabeça:

    Garanta disponibilidade – A estabilidade do site é fundamental para que a operação funcione plenamente até em períodos de aumento de tráfego, evitando assim que a loja deixe de vender por causa de problemas técnicos. Além do investimento em infraestrutura tecnológica e nas soluções de segurança, é essencial a proteção contra os chamados ataques de negação de serviço (DDoS), que objetivam direcionar volume de acessos simultâneos muito acima do normal para determinado endereço até que ele seja congestionado e fique indisponível.

    Explore a web – Inclua em seus processos rotinas de threat intelligence, ou monitoramento de marca, a fim de pesquisar menções sobre a empresa e seus executivos em fóruns nas diferentes camadas da internet, incluindo a dark web e deep web, onde todos os tipos de ataques são encomendados e arquitetados. Com esse tipo de varredura, é possível detectar planos para redirecionamento de tráfego do seu site para páginas falsas da internet ou das redes sociais, evitando dessa forma venda indevida ou fraudulenta de produtos com a sua marca.

    Conscientize os colaboradores para proteger seus dados – Pesquisas de mercado apontam que as principais portas de entrada para malwares utilizados nos ataques de phishing e de ransomware, que encriptam os dados em troca de um valor de resgate, são os próprios colaboradores. Na maioria das vezes, por falta de conhecimento, há descuido ao lidar com e-mails suspeitos, conexão de dispositivos USB, acessos a sites comprometidos ou uso de softwares com vulnerabilidades. Com o trabalho remoto, também aumentou o uso de dispositivos pessoais conectados à rede corporativa. Além da tecnologia e dos processos, a conscientização das pessoas é um dos pilares essenciais para garantir a segurança dos dados e não sofrer com a paralisação da operação.

    Realize backup e valide sua integridade – Com o objetivo de minimizar os riscos de interrupção dos serviços e garantir que os dados sejam recuperados de forma rápida e fácil, é muito importante ter um sistema de backup consistente, testado periodicamente para validação do seu conteúdo e da sua integridade, já que muitos ataques iniciam comprometendo o backup e depois impactam o ambiente de produção. Além disso, é imprescindível ter uma documentação com o catálogo de todos os servidores e garantir a ordem de recuperação dos dados em um eventual desastre, reduzindo o tempo de recuperação dos dados.

    Valide seus repositórios de códigos – Uma campanha massiva de infecção em lojas de e-commerce está em andamento com o nome de Hubberstore, o ataque ocorre a partir de um código JavaScript malicioso, utilizado para extração de dados pessoais e de cartões de crédito. 

    As recomendações nesse caso são as seguintes:

    1. Mantenha os sistemas atualizados, incluindo sistemas operacionais, serviços e frameworks utilizados nos sites.
    2. Revise periodicamente os códigos do seu repositório e ambiente de produção, buscando identificar possíveis injeções de artefatos maliciosos.
    3. Siga as melhores práticas de desenvolvimento seguro, uma boa referência é o OWASP.
    4. Analise logs e trilhas de auditoria, de preferência utilizando um sistema de correlacionamento de logs (SIEM), com o objetivo de identificar tentativas de exploração de vulnerabilidades.
    5. Implemente uma solução de múltiplo fator de segurança (MFA) nos principais pontos de entrada e em seus principais ambientes de desenvolvimento de código, como repositórios e soluções de CI/CD (integração e entrega contínua).

    Controle e limite o acesso às informações – Garanta que os usuários tenham o mínimo privilégio e restrinja os acessos para as pessoas que realmente precisem, garantindo sua revisão e recertificação periódicas. A implementação de segmentação na rede minimiza o risco que um ataque se espalhe rapidamente e sem controle, evitando grande impacto e prejuízo financeiro, e, por fim, utilize solução de cofre de senhas para aumentar a segurança nos acessos privilegiados.

  • Golpe gerado por IA será desafio da cibersegurança em 2025

    Golpe gerado por IA será desafio da cibersegurança em 2025

    Nos últimos anos, a cibersegurança tem se tornado um tema cada vez mais relevante para as organizações, especialmente diante do aumento significativo dos ataques cibernéticos. Neste ano, o desafio será ainda mais complexo, com o uso da Inteligência Artificial em várias frentes por parte dos criminosos – bem como a crescente complexidade dos sistemas digitais e a sofisticação das técnicas empregadas pelos cibercriminosos.

    As estratégias defensivas precisarão evoluir para lidar com novos desafios, como o aumento significativo na exfiltração de credenciais válidas e a exploração de configurações incorretas em ambientes de nuvem. Dentro dessa perspectiva, elencamos as principais ameaças que deverão tirar o sono dos CISOs em 2025:

    Credenciais válidas serão o alvo principal

    O IBM Threat Intelligence Index de 2024 apontou um aumento de 71% nos ataques visando a exfiltração de credenciais válidas. No setor de serviços, ao menos 46% dos incidentes ocorreram com contas válidas, enquanto na indústria esse número foi de 31%.

    Pela primeira vez em 2024, a exploração de contas válidas se tornou o ponto de entrada mais comum do sistema, representando 30% de todos os incidentes. Isso mostra que é mais fácil para os cibercriminosos roubar credenciais do que explorar vulnerabilidades ou contar apenas com os ataques de phishing.

    Configuração incorreta da nuvem é calcanhar de Aquiles das empresas

    Com tantas empresas utilizando o ambiente cloud, é natural que a complexidade da gestão do ambiente só vá aumentando, bem como os desafios – e a dificuldade em se ter mão de obra especializada. Alguns dos motivos mais frequentes para violações de dados na nuvem têm a ver com configurações incorretas de ambientes de nuvem: controles de acesso ausentes, buckets de armazenamento que não são protegidos ou implementação ineficiente de políticas de segurança.

    Os benefícios da computação em nuvem precisam ser equilibrados por monitoramento próximo e configurações seguras para evitar a exposição de dados confidenciais. Isso requer uma estratégia de segurança em nuvem para toda a organização: auditoria contínua, gerenciamento adequado de identidade e acesso e automação de ferramentas e processos para detectar configurações incorretas antes que se tornem incidentes de segurança.

    Criminosos vão usar múltiplas técnicas de ataque

    Já se foram os dias em que os ataques atingiam um único produto ou vulnerabilidade. Neste ano, uma das tendências mais alarmantes em segurança cibernética será o uso crescente de ataques multivetoriais e abordagens multiestágio.

    Os criminosos cibernéticos usam uma combinação de táticas, técnicas e procedimentos (TTPs), atingindo várias áreas ao mesmo tempo para violar as defesas. Também haverá um aumento na sofisticação e evasão de ataques baseados na web, ataques baseados em arquivo, ataques baseados em DNS e ataques de ransomware, o que tornará mais difícil para as ferramentas de segurança tradicionais e isoladas se defenderem efetivamente contra ameaças modernas.

    Rasomware gerado por IA vai aumentar ameaças exponencialmente

    Em 2024, o cenário de ransomware passou por uma transformação profunda, caracterizada por estratégias de extorsão cibernética cada vez mais sofisticadas e agressivas. Os criminosos evoluíram além dos ataques tradicionais baseados em criptografia, sendo pioneiros em técnicas de extorsão dupla e tripla que aumentam exponencialmente a pressão sobre as organizações visadas. Essas abordagens avançadas envolvem não apenas criptografar dados, mas exfiltrar estrategicamente informações confidenciais e ameaçar sua divulgação pública, obrigando as vítimas a considerar pagamentos de resgate para evitar potenciais danos legais e de reputação.

    O surgimento de plataformas de Ransomware-as-a-Service (RaaS) democratizou o crime cibernético, permitindo que criminosos menos qualificados tecnicamente lançassem ataques complexos com conhecimento mínimo. Criticamente, esses ataques têm cada vez mais como alvo setores de alto valor, como saúde, infraestrutura crítica e serviços financeiros, demonstrando uma abordagem estratégica para maximizar potenciais retornos de resgate.

    A inovação tecnológica amplifica ainda mais essas ameaças. Os cibercriminosos agora estão aproveitando a IA para automatizar a criação de campanhas, identificar vulnerabilidades do sistema de forma mais eficiente e otimizar a entrega de ransomware. A integração de tecnologias de blockchain de alto rendimento e a exploração de plataformas de finanças descentralizadas (DeFi) fornecem mecanismos adicionais para movimentação rápida de fundos e ofuscação de transações, apresentando desafios significativos para o rastreamento e intervenção das autoridades.

    Ataques de phishing gerados por IA serão um problema

    O uso da IA generativa na criação de ataques de phishing por cibercriminosos está tornando os emails de phishing praticamente indistinguíveis das mensagens legítimas. No ano passado, de acordo com informações da Palo Alto Networks, houve um aumento em 30% nas tentativas bem-sucedidas de phishing quando e-mails são escritos ou reescritos por sistemas de IA generativa. Humanos se tornarão ainda menos confiáveis ​​como uma última linha de defesa e as empresas dependerão de proteções de segurança avançadas e alimentadas por IA para se defender contra esses ataques sofisticados.

    A computação quântica vai gerar um desafio de segurança

    Em outubro passado, pesquisadores chineses disseram ter usado um computador quântico para quebrar a criptografia RSA – método de criptografia assimétrica, utilizado amplamente hoje. Os cientistas usaram uma chave de 50 bits – que é pequena quando comparada às chaves mais modernas de criptografia, geralmente de 1024 a 2048 bits.

    Em teoria, um computador quântico pode levar apenas alguns segundos para resolver um problema que computadores convencionais demorariam milhões de anos, porque as máquinas quânticas podem processar cálculos em paralelo, e não apenas em sequência, como atualmente. Embora os ataques baseados em quantum ainda estejam a alguns anos de distância, as organizações devem começar a se preparar agora. É preciso fazer a transição para métodos de criptografia que possam resistir à descriptografia quântica para proteger os dados mais valiosos.

  • Especialista recomenda uso de robô no atendimento em 2025

    Especialista recomenda uso de robô no atendimento em 2025

    Conforme uma pesquisa da Deloitte, o empresariado brasileiro planeja manter ou aumentar o investimento e rendimento em modernidades a fim de atender o novo cliente exigente. Nesse sentido, os robôs se tornaram aliados de tramitações mais rápidas, aumentando a produtividade do time e otimizando o tempo de todos os envolvidos. Além de melhorar a experiência do consumidor, eles são a aposta de 2025. 

    Robôs são indispensáveis para o negócio 

    A transformação digital trouxe novos paradigmas para todos os setores, transformando o comportamento dos consumidores. Agora, eles estão on-line e procuram por serviços rápidos nas plataformas virtuais, seja para comprar algo, avaliar reviews ou mesmo entrar em contato com a marca. 

    Segundo Carlos H. Mencaci, CEO da Total IP, a empresa precisa estar preparada para essas interações. Ao contar com os robôs, é possível acelerar os resultados de uma maneira totalmente personalizada. “Nós ensinamos e o executivo constrói seus bots de forma muito fácil. Qualquer colaborador consegue ajustar as configurações e instalar novas funções”, afirma. Assim, é possível gerar ainda mais autonomia nos processos e ter um acompanhando ao vivo, com métricas em relatórios e dashboards intuitivos. 

    Dessa forma, o empreendimento consegue assimilar de fato um crescimento, pois há uma avaliação constante de resultados. Tudo isso contando com a segurança de ter um suporte especializado 24 horas por dia, nos sete dias da semana. Assim, nunca fica desamparado e a operação jamais entra em pause. 

    3 tipos de robôs para acelerar resultados

    Existem vários modelos de robôs e cada um possui especificidades, inclusive a Total IP consegue desenvolver projetos novos exclusivos de acordo com a necessidade do cliente. Sendo assim, Mencaci separou algumas opções. Confira: 

    Receptivo Avançado: fornece diversas informações no pré-atendimento, antes da interação humana.  É capaz de resolver operações repetitivas como: 

    • Direcionar a ligação para os departamentos;
    • Informar saldo do cartão;
    • Horário de uma consulta médica;
    • 2ª via de boleto;
    • Troca de senha de cartão e muito mais.

    Ativo: disparo automático de ligações simultâneas para base, permitindo interações por comandos de voz. Seu objetivo é potencializar contatos efetivos e até direcionar para fila de suporte, como:

    • Confirmação de consultas e exames médicos;
    • Atualização de cadastro;
    • Contato com a pessoa certa;
    • Apresentação de um produto e/ou serviço;
    • Negociação de dívidas e muito mais.

    Pesquisa: funciona como um menu ao término da ligação, solicitando a avaliação do cliente. É uma estratégia eficaz para analisar o desempenho da operação, suas principais aplicações são: 

    • Pesquisa de satisfação para NPS (Net Promoter Score)
    • Pesquisa de qualidade referente a um produto e/ou serviço prestado;
    • Pesquisa interna entre empresas e seus colaboradores;
    • Relatórios indicadores para feedbacks e muito mais.

    Enfim, os diálogos são humanizados, com vozes masculinas e femininas, e possuem várias outras possibilidades de configuração. “Automatizar tarefas repetitivas é a melhor estratégia para a empresa, independentemente do setor, porque isso é ter a certeza de contar com resultados positivos”, finaliza.