Category: Tendências

  • NRF 2025: Reflexões estratégicas para o futuro do varejo

    NRF 2025: Reflexões estratégicas para o futuro do varejo

    Participar da NRF 2025, a maior feira de varejo do mundo realizada em Nova York, foi uma experiência transformadora. O evento reafirmou tendências cruciais para o setor e destacou desafios que demandam inovação, estratégia e tecnologia por parte das empresas. Sim, a inteligência artificial (IA) foi onipresente – mas o futuro do varejo não se limita a ela. A feira trouxe insights valiosos sobre personalização, eficiência operacional, experiência do cliente e o impacto das novas dinâmicas de consumo. 

    Um dos maiores desafios do varejo moderno é criar experiências personalizadas e relevantes para o consumidor. A era dos cookies está chegando ao fim, o que torna essencial a adoção de estratégias que combinem dados primários (first-party data) e soluções inteligentes para entender e antecipar necessidades. A IA e o machine learning desempenham um papel essencial nessa jornada. Segundo a Central do Varejo (junho de 2024), 47% das grandes empresas de e-commerce já implementaram IA para aprimorar suas estratégias de marketing.  

    Esse uso permite a análise de comportamento em tempo real, identificando padrões de compra e preferências, além de possibilitar recomendações personalizadas que otimizam a experiência do usuário. Com a automação de campanhas de marketing, as interações tornam-se mais relevantes e assertivas, aumentando as taxas de conversão. 

    A eficiência no atendimento ao cliente também se consolidou como um diferencial competitivo. Pesquisas apontam que 70% dos consumidores preferem interações rápidas via chatbot, segundo um relatório da Freshworks Inc. e Toluna. O uso de chatbots avançados e assistentes virtuais permite que dúvidas frequentes sejam resolvidas em tempo real, por exemplo, enquanto um atendimento híbrido, combinando IA e intervenção humana nos momentos certos, melhora a experiência do consumidor. A análise de sentimentos tornou-se uma ferramenta essencial, permitindo identificar clientes insatisfeitos e direcioná-los para um suporte mais ágil e personalizado. 

    Outro ponto central da NRF 2025 foi a discussão sobre o abandono de carrinho, um problema recorrente no e-commerce. Com o uso da IA, é possível minimizar essa questão ao personalizar ofertas de acordo com o histórico de navegação e até mesmo com o clima local. Alertas automáticos lembrando os clientes sobre itens esquecidos no carrinho e ofertas sob medida podem incentivar a conversão. Além disso, estratégias preditivas são capazes de identificar padrões de comportamento e oferecer incentivos estratégicos para clientes propensos a desistir da compra. 

    A eficiência operacional foi um dos grandes temas do evento. A NRF reforçou a importância da gestão inteligente de estoque, essencial para evitar excessos e rupturas. O machine learning já se consolidou como uma ferramenta indispensável para previsão de demanda, permitindo um reabastecimento automatizado e a integração com logística inteligente. Isso reduz custos operacionais e melhora significativamente a experiência de compra, garantindo produtos disponíveis no momento certo e otimizando os prazos de entrega. 

    Com a crescente restrição ao uso de cookies de terceiros, as marcas precisam reinventar suas estratégias para entender melhor seus clientes. A análise preditiva e a publicidade programática baseada no comportamento do usuário surgem como soluções fundamentais para esse novo cenário. O uso de testes A/B automatizados ajuda a otimizar anúncios e promoções, garantindo maior impacto e conversão. Sem os cookies, a fidelização do cliente ganha ainda mais relevância.  

    Na NRF 2025, ficou evidente que um ecossistema de pagamentos diversificados e programas de fidelidade bem estruturados são o caminho para o engajamento duradouro. A oferta de carteiras digitais e parcelamentos flexíveis melhora a conversão, enquanto benefícios personalizados e exclusivos incentivam compras recorrentes. A lealdade do consumidor se torna um ativo cada vez mais valioso e um diferencial competitivo inegável. 

    Para encerrar minha experiência durante o evento, participei de um tour por algumas das lojas mais icônicas de Nova York, como a Apple Store na 5ª Avenida, a Bergdorf Goodman e a Hermès na Madison Avenue. O que essas lojas têm em comum é a personalização extrema no atendimento e nos produtos, a exclusividade em cada detalhe da experiência e equipes altamente capacitadas e apaixonadas pela marca. Essa conexão emocional com o cliente é o que realmente diferencia o varejo de alto desempenho. 

    A NRF 2025 deixou claro que a tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas que são as pessoas que fazem a diferença. A capacitação contínua das equipes e o foco total na experiência do cliente são os verdadeiros motores do sucesso no varejo moderno. O desafio agora não é apenas entender essas transformações, mas agir rapidamente para inovar e oferecer jornadas inesquecíveis aos consumidores. O futuro do varejo já começou. 

  • IA e Marketing: tendências e expectativas para 2025

    IA e Marketing: tendências e expectativas para 2025

    A inteligência artificial generativa será um dos principais vetores de transformação tecnológica para 2025. Suas aplicações vão além da automação de processos e da criação de conteúdo, inaugurando um novo paradigma na forma como empresas abordam seus mercados, impulsionando a inovação e redefinindo suas estratégias operacionais. Mas você sabe o que está por trás dessas tecnologias e como vão impactar o seu negócio?

    No centro da IA Generativa estão modelos como GPT (Generative Pre-Trained Transformers) e LLMs (Large Language Models). Essas tecnologias são sustentadas por Deep Learning, uma abordagem que utiliza redes neurais avançadas para processar grandes volumes de dados não estruturados. Juntos, esses elementos formam a espinha dorsal de sistemas capazes de interpretar intenções humanas, prever comportamentos e gerar conteúdo de alta complexidade e relevância.

    Com a capacidade de criar textos, imagens e até vídeos, os modelos generativos já são amplamente utilizados em campanhas de marketing personalizadas, atendimento ao cliente e desenvolvimento de produtos. Em 2025, espera-se que sua adoção se amplie ainda mais, transformando setores inteiros. Ferramentas como as integradas ao Google Search exemplificam a tendência, ao oferecer resultados mais contextuais e personalizados para os usuários.

    Transformação no marketing de performance

    A IA Generativa representa uma mudança estrutural no marketing. Ao integrar LLMs com plataformas de análise semântica, as marcas podem compreender sinais de intenção de compra e comportamento do consumidor com precisão inédita. Esses dados permitem a criação de campanhas altamente segmentadas, ao mesmo tempo em que otimizam o ROI ao alinhar mensagens ao momento ideal de consumo.

    Neste contexto, modelos como o GPT se destacam por sua habilidade de aprender continuamente, ajustando-se a novos inputs e oferecendo soluções em tempo real. Essa adaptabilidade pode transformar a forma como os profissionais de marketing abordam seus públicos, tornando cada interação mais relevante e impactante. Além disso, empresas que já integram essas soluções têm reportado aumentos significativos na eficiência de suas operações e maior engajamento por parte dos consumidores.

    O impacto nos papéis de liderança e operação

    Com a crescente adoção da IA Generativa, os papéis dos profissionais de marketing e tecnologia estão evoluindo. CMOs e CTOs, por exemplo, precisam trabalhar de forma colaborativa para integrar essas tecnologias em suas operações, garantindo que os benefícios sejam maximizados sem comprometer a ética ou a privacidade dos dados e usuários.

    Enquanto a IA assume tarefas operacionais, como análise de dados e automação de processos, as lideranças devem concentrar-se em estratégias de longo prazo, inovação e gestão de mudanças. Organizações que investem na capacitação de suas equipes para lidar com essas ferramentas estão melhor posicionadas para aproveitar as oportunidades que 2025 trará. Nesse sentido, um relatório publicado pela IBM destaca a necessidade de treinamento contínuo e especialização para maximizar o impacto da IA Generativa.

    Desafios éticos e regulatórios em ascensão

    O avanço da IA Generativa não ocorre sem desafios. Governos ao redor do mundo estão implementando legislações para regular seu uso. É o caso do Artificial Intelligence Act, da União Europeia, que estabelece diretrizes rigorosas para garantir o desenvolvimento responsável da tecnologia. Enquanto isso, acordos nos Estados Unidos visam regulamentar o uso de conteúdos protegidos por direitos autorais em algoritmos generativos.

    Além disso, cenários como as fábricas de fake news, deepfakes e a reprodução de vieses algorítmicos destacam a necessidade urgente de comitês de ética corporativos e políticas claras que mitiguem esses riscos. Empresas que se anteciparem a essas questões têm maior chance de consolidar a confiança de consumidores e stakeholders em um mercado cada vez mais competitivo.

    O horizonte da IA Generativa

    Em 2025, a IA Generativa se consolidará como um fomentador estratégico para empresas que buscam inovação e eficiência. Seu impacto transcenderá a automação, tornando-se um elemento central na formulação de estratégias, no desenvolvimento de produtos e na interação com o cliente.

    Se as organizações adotarem uma abordagem proativa, investindo em treinamento, governança e integração tecnológica, estarão mais preparadas para navegar os desafios e capitalizar as oportunidades que a IA Generativa já está trazendo. Mais do que uma ferramenta, ela será uma parceira essencial para a construção do futuro.

  • O avanço da IA Chinesa e o alerta Global sobre Segurança de Dados

    O avanço da IA Chinesa e o alerta Global sobre Segurança de Dados

    O mercado internacional de inteligência artificial (IA) vive um momento de inflexão. O lançamento do DeepSeek, uma IA chinesa que rapidamente conquistou destaque, não apenas pela sua performance, mas pelas preocupações com segurança de dados, coloca em xeque as prioridades de empresas e governos em todo o mundo. Mais do que uma disputa tecnológica, o fenômeno DeepSeek expõe desafios éticos, riscos cibernéticos e uma nova corrida por regulamentação.

    O DeepSeek impressiona pela capacidade de processar informações complexas, superando benchmarks em tarefas de interpretação de dados e geração de conteúdo. No entanto, o que poderia ser celebrado como um marco na evolução da IA levanta questionamentos críticos sobre privacidade e uso indevido de dados.

    Relatórios recentes revelam falhas de segurança que expuseram milhões de informações sensíveis, incluindo históricos de conversas e chaves de API sem criptografia. Além disso, o fato de que esses dados são armazenados em servidores na China, com pouca transparência sobre o acesso por terceiros, acende um alerta vermelho para usuários e empresas.

    Enquanto o DeepSeek ganha tração, a resposta do mercado tem sido imediata. O SoftBank anunciou planos para investir US$ 25 bilhões na OpenAI, um movimento que reflete a busca por soluções que combinem inovação com segurança. Mark Zuckerberg, por sua vez, defendeu investimentos maciços em IA nos EUA, destacando que o diferencial competitivo está tanto na tecnologia quanto na capacidade de proteger dados sensíveis.

    Eu, como especialista de marketing digital, dentro dos meus trabalhos, defendo o conceito de Marketing Sustentável, que vai além do desempenho técnico. Acredito que a transparência, o uso consciente da tecnologia e o compromisso com a segurança digital são pilares para qualquer inovação. Não se trata apenas de “o que a IA faz”, mas de “como ela faz” e quais impactos sociais e éticos isso gera.

    Empresas, governos e usuários têm que estar atentos ao potencial das novas ferramentas, mas também aos riscos associados. O DeepSeek é um sinal de alerta: o futuro da IA será definido não só pela capacidade de processar dados, mas pela forma como respeita a privacidade, promove a segurança e contribui para um ecossistema digital saudável.

    O crescimento vertiginoso do DeepSeek mostra que o mercado de IA está longe de um ponto de estabilidade. A disputa vai além da tecnologia e envolve questões geopolíticas, econômicas e éticas.

    Para empresas que desejam prosperar nesse novo cenário, o caminho é claro: inovação com responsabilidade. O sucesso não será medido apenas em números de usuários ou velocidade de processamento, mas na confiança que cada solução é capaz de gerar.

    *Vinícius Taddone é diretor de marketing e fundador da VTaddone® www.vtaddone.com.br

  • As tendências que estão redefinindo o varejo e a experiência do consumidor

    As tendências que estão redefinindo o varejo e a experiência do consumidor

    O varejo está passando por uma transformação acelerada, impulsionada pela tecnologia, pela personalização e pela experiência do cliente, aspectos que se fundem em uma jornada unificada. Eventos como a NRF 2025, o mais relevante na área de varejo e consumo do mundo, que ocorreu em janeiro nos EUA, reforçam que o setor não pode mais adiar mudanças estratégicas, pois o momento presente já exige novas abordagens para se manter competitivo. 

    Entre as principais tendências em destaque, apresentadas na NRF, cinco se mostram essenciais para marcas que querem liderar essa nova era do varejo. 

    A jornada unificada: uma experiência seamless

    A jornada do consumidor está cada vez mais integrada com as linhas entre o mundo físico e o digital se diluindo. A NRF 2025 evidenciou a importância de oferecer uma experiência seamless, isto é, fluida, em tradução livre, na qual o cliente pode iniciar uma compra online e finalizá-la em loja ou vice-versa.

    Este ciclo de interação com o cliente exige:

    • Integração de canais: uma visão holística do cliente, com dados compartilhados entre os diferentes pontos de contato;
    • Personalização: oferta de produtos e serviços personalizados em cada etapa da jornada, desde a descoberta até a pós-venda; e
    • Facilidade: simplificação da experiência de compra com processos ágeis e intuitivos.

    Nos Estados Unidos, a Starbucks é um exemplo bem-sucedido na implementação da jornada seamless. A rede de cafeterias demonstra que o varejo, em diferentes regiões e modelos de negócios, está substituindo a visão fragmentada da compra por uma abordagem holística, que conecta e integra – com personalização e conveniência – todos os pontos de contato com os consumidores.

    Também deixa outra lição: a de não estagnar com o sucesso. Mesmo diante dos bons resultados obtidos, Deb Hall Lefevre, vice-presidente executiva e diretora de Tecnologia da Starbucks, destacou, no painel sobre transformação digital, que a empresa “ainda não chegou lá”. Para ela, ainda há muito trabalho a ser feito frente à diversidade das franquias e dos modelos de negócios espalhados pelas regiões do país. O propósito da Starbucks, segundo a executiva, é continuar avançando na unificação dos seus canais para atender melhor. Nas palavras de Lefevre, “tudo se resume, novamente, a uma experiência de toque consistente”.

    Retail Media 2.0: a audiência no centro das estratégias

    O Retail Media está evoluindo para uma nova era em que a combinação entre dados e comportamento permite construir perfis de consumidores com precisão cada vez maior. Esta transformação tem implicações significativas para o varejo:

    • Audiência segmentada: a capacidade de identificar e segmentar a audiência de forma granular permite campanhas mais direcionadas e eficazes;
    • Mensagens personalizadas: criar mensagens personalizadas que ressoem com as necessidades e interesses de cada consumidor; e
    • Otimização de resultados: medir o impacto das campanhas e otimizar as estratégias em tempo real.

    Nas palavras de Pete Nordstrom, presidente e diretor de Marca da Nordstrom, “a jornada do consumidor, antes fragmentada, agora se unifica em uma experiência omnichannel, personalizada e altamente tecnológica”. A companhia, fundada como sapataria em 1901, em Seattle, é uma referência em inovação e experiência de compra.

    Instalada ao lado do Central Park, a megaloja da Nordstrom focou na venda de artigos de luxo exclusivos para o público feminino. Combinou o alto valor de marcas como Gucci e Yves Saint Laurent a dois andares de restaurantes e cafés proprietários e serviços próprios de costura e maquiagem ultrapersonalizados oferecidos pelo “Beauty Services”. Para exemplificar a capacidade de integração e conveniência, uma cliente da flagship pode solicitar uma bebida de um dos restaurantes enquanto prova um vestido. Caso opte por fazer sua refeição em casa, os estabelecimentos entregam no endereço solicitado.

    A análise de cases como o da Nordstrom deixa claro que o futuro do varejo está marcado pela convergência entre o físico e o digital.

    Inteligência Artificial: a chave para a análise de dados

    A Inteligência Artificial (IA) está revolucionando a forma como as empresas analisam e interpretam grandes volumes de dados. Na NRF 2025, ficou evidente a importância da IA para:

    • Previsão de demanda: antecipar as necessidades dos consumidores e otimizar os estoques;
    • Personalização em massa: criar experiências personalizadas para milhões de clientes; e
    • Otimização de preços: definir preços dinâmicos com base na demanda e no comportamento do consumidor.

    Isso significa que a IA impacta a tomada de decisões, e esta é uma revolução que está apenas começando. É certo que transformará tudo o que conhecemos, desde os negócios às relações de consumo, de trabalho e entre pessoas.

    A ideia de ruptura promovida pela Inteligência Artificial permeou inúmeras palestras desde a abertura do evento, no painel intitulado Game-Changing, apresentado pelo CEO do Walmart e presidente da NRF, John Furer, e por Azita Martin, vice-presidente e gerente geral de IA para varejo, da Nvidia. Para além da tradução literal “Mudança de Jogo”, o termo busca expressar o conceito de disrupção que o uso da tecnologia representa para o mundo a partir de agora.

    Azita Martin fez jus ao tema e nos contou sobre um dos processos aplicados pela Nvidia em logística. Ela disse que, com software e testes cíclicos de agentes de IA, é possível avaliar e refinar como o sistema se adapta à imprevisibilidade do mundo real. Caso ocorra um incidente ao longo da rota planejada dos AMRs (robôs móveis automatizados), a visão computacional atualiza o mapa de ocupação em tempo real e o envia ao modelo de IA com uma nova rota otimizada.

    Esse exemplo demonstra a capacidade da IA de modelar e se adaptar a dados em tempo real, como observado nos centros de distribuição, otimizando operações logísticas. Utilizada para prever demandas, otimizar preços, personalizar experiências e muito mais, dada a capacidade de analisar grandes volumes de dados, no varejo, favorecendo tomadas de decisão mais ágeis e assertivas.

    In-Store: o novo digital

    Como já percebemos, as lojas físicas estão se transformando em espaços cada vez mais digitais e interativos. Logo, o quarto destaque apresentado na NRF 2025 foi a adoção das mesmas práticas do digital pelo in-store:

    • Experiências imersivas: utilização de tecnologias como realidade virtual e aumentada para criar experiências únicas;
    • Integração com o e-commerce: oferta de opções de compra online e offline de forma integrada; e
    • Análise de dados em tempo real: coleta dados dos clientes dentro da loja para personalizar a experiência e otimizar as operações.

    Uma das gigantes do mercado de luxo de beleza, a Sephora, mostrou que “omni” não é apenas uma palavra e, sim, uma estratégia enraizada no DNA da empresa. Artemis Patrick, CEO da companhia na América do Norte, enfatizou o compromisso de longa data da rede com a abordagem omnichannel unificada. Segundo Patrick, os investimentos massivos na digitalização do in-store envolvem, por exemplo, a automação dos meios de pagamento para que a experiência de compra física tenha a mesma fluidez do online.

    OmniADS: a convergência dos canais

    Por fim, a união do online e do offline deu origem a um novo conceito: o “OmniADS”. Essa abordagem remete à criação de campanhas que se estendem por todos os canais, oferecendo uma experiência consistente e personalizada para o consumidor.

    A NRF 2025 deixou claro que o futuro do varejo já começou. A fusão entre tecnologia, personalização e integração não é apenas uma tendência, mas a nova regra do jogo. As empresas que colocarem essas transformações em prática, investindo em tecnologia, dados e experiência do cliente, estarão preparadas para os desafios do mercado e para liderar a próxima era do consumo. Esta é a oportunidade de redefinir estratégias, reinventar experiências e conquistar um novo patamar de relevância.

    *Célio Martinez é CEO da Converta Ads

  • Tendências do marketing imobiliário para 2025

    Tendências do marketing imobiliário para 2025

    O mercado imobiliário é um dos mais aquecidos da economia brasileira e para atingir o seu público-alvo, o marketing é fundamental com trabalho diário para alcançar a meta. Por conta disso, em meio a um cenário competitivo, achar a palavra certa pode ser determinante para o sucesso ou fracasso do negócio.

    Vamos imaginar que um potencial cliente está de olho num apê em BH. Para alcançar esse potencial comprador, o marketing precisa listar uma série de demandas nas plataformas para apresentar ótimas opções e conseguir fechar um bom negócio para todos os lados.

    Devido às palavras e tags disponíveis no mundo digital, o marketing precisa estar atento para apresentar além do empreendimento, as opções que o comprador terá na região ao adquirir esse imóvel.

    Tendências do marketing para 2025

    Por conta dessa importância do marketing no mercado imobiliário, confira abaixo algumas demandas que são fundamentais para que todos os lados tenham êxito e ajudem o cliente a comprar a casa dos sonhos.

    Inteligência Artificial

    O ano de 2025 é fundamental para que a Inteligência Artificial seja introduzida e facilite a otimização do tempo. Por conta disso, o marketing pode ser voltado para descrever imóveis, promover campanhas, análise dos mais variados perfis e ter êxito na hora da conversão.

    Realidade Virtual

    Outra tendência que tem muito a ver com inteligência artificial e tecnologia é a realidade virtual. Também conhecida como VR, essas ferramentas ajudam os possíveis compradores a ver o imóvel como se estivesse no próprio local, porém, sem sair de casa! Apesar de mais cara, essa tecnologia agrega muito e é um grande diferencial para quem está investindo em marketing imobiliário.

    Segurança na web

    Outro ponto que o marketing precisa se atentar é dar total segurança ao cliente na hora de preencher uma ficha online e evitar que esses dados sejam vazados. Por conta disso, a proteção de dados ganha uma importância no setor e gera leads para angariar novos clientes.

    Atendimento humanizado

    Pode até parecer um pouco contraditório falar sobre isso na época das IAs, mas o atendimento humanizado faz toda a diferença no marketing imobiliário. Muitas vezes os clientes têm muitas dúvidas sobre um imóvel e querem conversar com os corretores, e não apenas receber respostas prontas de um robô. Aliás, um atendimento humanizado pode ajudar na hora de fechar vendas.

    Força nas redes sociais

    É necessário que o marketing trabalhe de forma intensa na rede social. Para cada plataforma, a linguagem é diferente e o objetivo é colocar a forma mais clara possível para que o usuário fique encantado pelo apartamento e faça a aquisição ou até mesmo entre em contato com o corretor e construtora.

    Nicho

    Na hora de acertar em cheio o cliente, o marketing precisa entender qual é a necessidade do comprador e qual tipo de imóvel ou região ele está disposto a colocar o seu dinheiro. Por isso, quanto mais informação do determinado nicho estiver disponível, melhor para todos os lados. Exemplo: caso o potencial comprador esteja focado na compra de imóveis de 1 dormitório, o marketing poderá encontrar as melhores opções para que a aquisição seja realizada. Como podemos notar, o marketing tem o papel fundamental na hora de sacramentar a negociação imobiliária e tem total importância para o sucesso do empreendimento ou até mesmo encontrar um apartamento para locação daquele cliente que está indeciso.

  • Tendências do marketing imobiliário para 2025

    Tendências do marketing imobiliário para 2025

    O mercado imobiliário é um dos mais aquecidos da economia brasileira e para atingir o seu público-alvo, o marketing é fundamental com trabalho diário para alcançar a meta. Por conta disso, em meio a um cenário competitivo, achar a palavra certa pode ser determinante para o sucesso ou fracasso do negócio.

    Vamos imaginar que um potencial cliente está de olho num apê em BH. Para alcançar esse potencial comprador, o marketing precisa listar uma série de demandas nas plataformas para apresentar ótimas opções e conseguir fechar um bom negócio para todos os lados.

    Devido às palavras e tags disponíveis no mundo digital, o marketing precisa estar atento para apresentar além do empreendimento, as opções que o comprador terá na região ao adquirir esse imóvel.

    Tendências do marketing para 2025

    Por conta dessa importância do marketing no mercado imobiliário, confira abaixo algumas demandas que são fundamentais para que todos os lados tenham êxito e ajudem o cliente a comprar a casa dos sonhos.

    Inteligência Artificial

    O ano de 2025 é fundamental para que a Inteligência Artificial seja introduzida e facilite a otimização do tempo. Por conta disso, o marketing pode ser voltado para descrever imóveis, promover campanhas, análise dos mais variados perfis e ter êxito na hora da conversão.

    Realidade Virtual

    Outra tendência que tem muito a ver com inteligência artificial e tecnologia é a realidade virtual. Também conhecida como VR, essas ferramentas ajudam os possíveis compradores a ver o imóvel como se estivesse no próprio local, porém, sem sair de casa! Apesar de mais cara, essa tecnologia agrega muito e é um grande diferencial para quem está investindo em marketing imobiliário.

    Segurança na web

    Outro ponto que o marketing precisa se atentar é dar total segurança ao cliente na hora de preencher uma ficha online e evitar que esses dados sejam vazados. Por conta disso, a proteção de dados ganha uma importância no setor e gera leads para angariar novos clientes.

    Atendimento humanizado

    Pode até parecer um pouco contraditório falar sobre isso na época das IAs, mas o atendimento humanizado faz toda a diferença no marketing imobiliário. Muitas vezes os clientes têm muitas dúvidas sobre um imóvel e querem conversar com os corretores, e não apenas receber respostas prontas de um robô. Aliás, um atendimento humanizado pode ajudar na hora de fechar vendas.

    Força nas redes sociais

    É necessário que o marketing trabalhe de forma intensa na rede social. Para cada plataforma, a linguagem é diferente e o objetivo é colocar a forma mais clara possível para que o usuário fique encantado pelo apartamento e faça a aquisição ou até mesmo entre em contato com o corretor e construtora.

    Nicho

    Na hora de acertar em cheio o cliente, o marketing precisa entender qual é a necessidade do comprador e qual tipo de imóvel ou região ele está disposto a colocar o seu dinheiro. Por isso, quanto mais informação do determinado nicho estiver disponível, melhor para todos os lados. Exemplo: caso o potencial comprador esteja focado na compra de imóveis de 1 dormitório, o marketing poderá encontrar as melhores opções para que a aquisição seja realizada. Como podemos notar, o marketing tem o papel fundamental na hora de sacramentar a negociação imobiliária e tem total importância para o sucesso do empreendimento ou até mesmo encontrar um apartamento para locação daquele cliente que está indeciso.

  • Como serão os consumidores da Geração Beta?

    Como serão os consumidores da Geração Beta?

    Mais uma geração surgindo. Os primeiros dias de janeiro foram marcados pelo nascimento daqueles que irão compor a chamada Geração Beta, em mais um ciclo demográfico que se estenderá até 2039. Assim como as anteriores, seus membros podem trazer perfis, comportamentos e demandas bem diferentes e alinhadas à imersão tecnológica que vivemos atualmente, demonstrando tendências ao mercado que já podem ser analisadas a fim de se prepararem para seus futuros consumidores.

    Este conceito de gerações inclui um grupo de pessoas cujas características compartilhadas são influenciadas pelo contexto histórico, social e econômico nos quais crescem. No caso da Beta, por mais que estejamos ainda muito no início dessa nova fase, muito provavelmente, ela terá seus anseios e comportamentos moldados pela enorme imersão nos recursos tecnológicos que já temos hoje como, especialmente, a inteligência artificial (IA).

    Enquanto, por exemplo, a geração Z apresenta um comportamento mais proativo e empenhado em correr atrás de seus objetivos e desejos, os membros da Beta podem não apresentar a mesma preocupação. Afinal, com ferramentas robustas como, por exemplo, o ChatGPT, basta fazer a pergunta certa sobre o assunto de interesse que ela fornecerá todas as informações necessárias. Isso pode levar essas pessoas a se esforçarem menos para aprender algo, uma vez que precisarão apenas saber, exatamente, o que perguntar a essas ferramentas.

    Por um lado, essa imersão tecnológica pode trazer frutos muito positivos para nosso dia a dia, tornando nossas rotinas mais ágeis e facilitadas. Não à toa, no Brasil, a proporção de pessoas com 10 anos ou mais que utilizaram a Internet passou de 84,7% em 2021 para 87,2% em 2022, segundo dados divulgados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Contudo, toda moeda tem seus dois lados.

    Conforme informações divulgadas no relatório “Privacidade de Dados em 2025”, um terço dos brasileiros já foram vítimas de perda ou roubo de dados. Há uma linha muito tênue entre o bom ou mau uso dos avanços tecnológicos, principalmente, naqueles que não souberem como se proteger diante dessas tentativas de crimes digitais, o que pode se acentuar ainda mais em uma geração que tenderá a crescer ainda mais imersa nessas ferramentas.

    Mercadologicamente, essa inserção tecnológica também se refletirá nos hábitos de consumo dessa geração. Além de poderem preferir muito mais as compras online do que presenciais – cuja presença digital será determinante para a sobrevivência das empresas – esses membros poderão ser muito mais fiéis a uma marca do que a um produto em si, com pouca probabilidade de passar a comprar de outra empresa.

    Ao mesmo tempo em que essa fidelidade pode ser algo extremamente positivo, também eleva a competitividade do mercado em busca de novos consumidores. Afinal, como atrair um cliente que já é altamente adepto a uma marca, se os produtos, em si, tendem a não ser mais suficientes neste poder de escolha? Criando experiências marcantes e atendendo a desejos de maneira assertiva.

    Os vendedores do futuro não deverão focar apenas nas qualidades e diferenciais de seus produtos, mas em como eles podem atender as necessidades desse público-alvo, na forma pela qual irá ajudar no dia a dia de cada um desses consumidores. Isso demandará uma forte reinvenção das marcas, criando jornadas que captem sua atenção e os vislumbrem. Assim, mesmo diante de outra empresa que ofereça algo similar, as chances de se deslumbrarem pelo concorrente e trocarem de marca serão reduzidas.

    A virtualização do mercado é um fato incontestável. Em suas mãos, essa geração terá acesso a uma extensa quantidade de informações de forma rápido e fácil. Então, além de se apegarem cada vez mais ao online, a geração beta poderá ser bem mais crítica quanto às marcas que quiserem se envolver. Caberá a cada empresa, dessa forma, se reinventar e assegurar um atendimento excepcional às necessidades de seus clientes, proporcionando experiências que cativem e retenham esses futuros consumidores.

  • Drex: o que já se sabe sobre a moeda digital brasileira e qual o impacto no mercado?

    Drex: o que já se sabe sobre a moeda digital brasileira e qual o impacto no mercado?

    O Banco Central do Brasil está revolucionando o sistema financeiro do país, e o Drex, a moeda digital brasileira, é um dos movimentos mais transformadores dessa jornada. Essa inovação pode ser um divisor de águas no mercado, trazendo mais eficiência, transparência e segurança para transações complexas. No entanto, o sucesso dele dependerá da capacidade de superar desafios técnicos e culturais, além de conquistar a confiança dos usuários e das empresas.

    Mas o que exatamente é o Drex? Trata-se da versão digital do real, com paridade de 1 para 1. Ele vai além de ser apenas uma alternativa ao dinheiro físico ou digital: sua proposta é facilitar operações que hoje enfrentam processos burocráticos e custosos. Imagine, por exemplo, a compra de um imóvel. Com o Drex, o valor da negociação pode ser bloqueado e liberado apenas após a transferência formal do título, eliminando o risco de não receber o pagamento. Além disso, contratos inteligentes permitem programar condições específicas, como inspeções em imóveis alugados ou garantias de entrega. No caso de imoveis, o registo final do imovel ainda vai ser feito em cartórios, porém a integração entre o Drex e os sistemas dos cartórios pode fazer esse registro de maneira digital e a transação é registrada em blockchain, oferecendo uma segurança além do cartório.

    Essa integração ao blockchain não apenas automatiza processos, mas também traz uma camada adicional de segurança e transparência, registrando cada transação de forma auditável e distribuída. É uma tecnologia que promete não só modernizar o sistema financeiro brasileiro, como reduzir custos e fortalecer a confiança nas operações de alto valor.

    Impactos nos mercados globais

    Além do impacto local, o Drex posiciona o Brasil no mapa global de moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs). Um dos grandes diferenciais será sua capacidade de facilitar transferências internacionais com rapidez e custos reduzidos. Hoje, essas operações podem levar dias; com o Drex, espera-se que sejam concluídas em segundos ou minutos, aumentando a competitividade do país.

    Apesar de todo o potencial, a adoção do Drex não será isenta de desafios. A resistência de setores como cartórios, a integração com sistemas existentes e a necessidade de demonstrar valor significativamente superior a soluções já consolidadas, como o uso de cartórios junto a contratos em papel e pagamentos por Pix, serão barreiras a superar. Além disso, garantir uma experiência de uso simples e intuitiva será essencial para conquistar tanto o público desbancarizado quanto os consumidores mais acostumados às tecnologias atuais.

    Oportunidade de novos produtos e serviços

    No mercado de pagamentos, o Drex traz oportunidades para bancos e fintechs explorarem a tokenização de ativos e criarem novos serviços financeiros. No comércio eletrônico, pode abrir caminho para mais segurança em compras de alto valor, só liberando o valor da compra depois do produto ser entregue e verificado de ser conforme as expectativas do consumidor. E em setores como o imobiliário e automóveis, o impacto pode ser ainda mais expressivo, reduzindo custos e burocracias.

    O futuro do Drex será moldado por sua capacidade de entregar valor real aos usuários e superar obstáculos regulatórios e culturais. Porém, o potencial de transformar transações complexas e aumentar a eficiência do sistema financeiro brasileiro é inegável.

    Como CEO de uma companhia no setor de tecnologia e finanças, acredito que a inovação é a chave para construir um mercado financeiro mais inclusivo e conectado. O Drex, então, representa uma peça fundamental nessa transformação, e estamos empolgados em fazer parte dessa revolução.

  • Drex: o que já se sabe sobre a moeda digital brasileira e qual o impacto no mercado?

    Drex: o que já se sabe sobre a moeda digital brasileira e qual o impacto no mercado?

    O Banco Central do Brasil está revolucionando o sistema financeiro do país, e o Drex, a moeda digital brasileira, é um dos movimentos mais transformadores dessa jornada. Essa inovação pode ser um divisor de águas no mercado, trazendo mais eficiência, transparência e segurança para transações complexas. No entanto, o sucesso dele dependerá da capacidade de superar desafios técnicos e culturais, além de conquistar a confiança dos usuários e das empresas.

    Mas o que exatamente é o Drex? Trata-se da versão digital do real, com paridade de 1 para 1. Ele vai além de ser apenas uma alternativa ao dinheiro físico ou digital: sua proposta é facilitar operações que hoje enfrentam processos burocráticos e custosos. Imagine, por exemplo, a compra de um imóvel. Com o Drex, o valor da negociação pode ser bloqueado e liberado apenas após a transferência formal do título, eliminando o risco de não receber o pagamento. Além disso, contratos inteligentes permitem programar condições específicas, como inspeções em imóveis alugados ou garantias de entrega. No caso de imoveis, o registo final do imovel ainda vai ser feito em cartórios, porém a integração entre o Drex e os sistemas dos cartórios pode fazer esse registro de maneira digital e a transação é registrada em blockchain, oferecendo uma segurança além do cartório.

    Essa integração ao blockchain não apenas automatiza processos, mas também traz uma camada adicional de segurança e transparência, registrando cada transação de forma auditável e distribuída. É uma tecnologia que promete não só modernizar o sistema financeiro brasileiro, como reduzir custos e fortalecer a confiança nas operações de alto valor.

    Impactos nos mercados globais

    Além do impacto local, o Drex posiciona o Brasil no mapa global de moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs). Um dos grandes diferenciais será sua capacidade de facilitar transferências internacionais com rapidez e custos reduzidos. Hoje, essas operações podem levar dias; com o Drex, espera-se que sejam concluídas em segundos ou minutos, aumentando a competitividade do país.

    Apesar de todo o potencial, a adoção do Drex não será isenta de desafios. A resistência de setores como cartórios, a integração com sistemas existentes e a necessidade de demonstrar valor significativamente superior a soluções já consolidadas, como o uso de cartórios junto a contratos em papel e pagamentos por Pix, serão barreiras a superar. Além disso, garantir uma experiência de uso simples e intuitiva será essencial para conquistar tanto o público desbancarizado quanto os consumidores mais acostumados às tecnologias atuais.

    Oportunidade de novos produtos e serviços

    No mercado de pagamentos, o Drex traz oportunidades para bancos e fintechs explorarem a tokenização de ativos e criarem novos serviços financeiros. No comércio eletrônico, pode abrir caminho para mais segurança em compras de alto valor, só liberando o valor da compra depois do produto ser entregue e verificado de ser conforme as expectativas do consumidor. E em setores como o imobiliário e automóveis, o impacto pode ser ainda mais expressivo, reduzindo custos e burocracias.

    O futuro do Drex será moldado por sua capacidade de entregar valor real aos usuários e superar obstáculos regulatórios e culturais. Porém, o potencial de transformar transações complexas e aumentar a eficiência do sistema financeiro brasileiro é inegável.

    Como CEO de uma companhia no setor de tecnologia e finanças, acredito que a inovação é a chave para construir um mercado financeiro mais inclusivo e conectado. O Drex, então, representa uma peça fundamental nessa transformação, e estamos empolgados em fazer parte dessa revolução.

  • ESG no varejo: como transformar compromissos em ações concretas

    ESG no varejo: como transformar compromissos em ações concretas

    Nos últimos anos, a sociedade registra um crescente engajamento das pessoas em causas ambientais, sociais e de governança, o chamado ESG (Environmental, Social & Governance). E a influência dessa camada mais consciente da população está redefinindo os hábitos de consumo, com um impacto significativo no varejo. Hoje, os brasileiros se tornaram criteriosos em suas escolhas de compra, levando em consideração o compromisso das marcas com a sustentabilidade e questões sociais. Investidores também estão adotando critérios mais rigorosos ao avaliar onde alocar seus recursos, com base nas decisões das empresas em relação à diversidade e governança corporativa.

    Para incorporar eficazmente os princípios do ESG no varejo, é fundamental compreender o que esse conceito abrange. É preciso conhecer e implementar ações baseadas nos princípios que definem práticas sólidas em questões ambientais, sociais e de governança. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU servem como uma bússola para direcionar as empresas em direção a práticas mais responsáveis e sustentáveis.

    Esses objetivos fornecem um mapa abrangente de como as empresas podem contribuir para um mundo melhor (usando três metas dos ODS: igualdade de gênero, trabalho decente e vida na água), e isso é particularmente relevante para o varejo. Ignorar a igualdade de gênero, submeter funcionários a más condições de trabalho ou não adotar práticas sustentáveis em relação à água não é apenas um erro moral, mas também pode ter sérias implicações para a reputação e o sucesso de sua marca. Afinal, nos negócios de hoje, a responsabilidade é um componente fundamental da lucratividade.‍

    Após entender alguns princípios fundamentais do ESG, é necessário mergulhar nas melhores práticas que podem ser implementadas no setor varejista. Ao traduzir esses conceitos em ações tangíveis, sua loja não apenas cumpre sua responsabilidade social, mas também se destaca no mercado e fortalece a conexão com os clientes.

    Aqui estão algumas práticas que você pode adotar em sua loja:

    Redução do Impacto Ambiental: Adote políticas rigorosas de consumo eficiente de recursos naturais. Isso não apenas ajuda o planeta, mas também pode economizar dinheiro a longo prazo. Além disso, tome medidas para diminuir o desperdício e promova práticas de gestão de resíduos e reciclagem. Dessa forma, além de reduzir impacto ambiental, também pode criar uma imagem positiva para sua marca.‍

    Inclusão e Diversidade: Implemente políticas sólidas de inclusão e diversidade em sua empresa. Procure construir uma equipe diversificada em termos de classe social, idade, etnia e orientação sexual a partir do processo seletivo. A diversidade não apenas enriquece a cultura da empresa, mas também traz diferentes perspectivas que podem impulsionar a inovação e a criatividade.‍

    Cultura Organizacional Saudável: Crie e promova uma cultura organizacional que valorize a saúde dos colaboradores e crie um ambiente de trabalho positivo. Isso envolve a manutenção de dinâmicas que garantam uma jornada equilibrada para seus funcionários, levando em consideração aspectos como bem-estar emocional e mental. Uma equipe saudável é mais produtiva e engajada.

    A chave para o sucesso no ESG é a implementação consistente dessas práticas. Não se trata apenas de adotar políticas para marcar caixas, mas de incorporar esses princípios no DNA de sua empresa. Quando o ESG se torna uma parte integrante de sua cultura empresarial, ele não apenas beneficia sua marca, mas também a sociedade como um todo.

    Portanto, varejista, vá além dos compromissos e transforme-os em ações concretas.