Category: Tendências

  • E-commerce em alta velocidade: a revolução de dados e IA que está moldando o futuro

    E-commerce em alta velocidade: a revolução de dados e IA que está moldando o futuro

    Nos últimos anos, o e-commerce deixou de ser apenas uma alternativa conveniente para consumidores ocupados e se consolidou como um dos principais motores da economia global. No Brasil, os números impressionam. Só em 2023, o comércio eletrônico movimentou R$ 349 bilhões, e a projeção é que alcance R$ 557 bilhões até 2027 (E-Marketer, 2024). Mas o que sustenta esse crescimento vertiginoso? Não é apenas a transição do consumo para o digital: é uma revolução silenciosa moldada por dados, automação e inteligência artificial. 

    Esse fenômeno pode ser observado em duas frentes principais. Por um lado, há a transformação do comportamento do consumidor, que, cada vez mais, opta pela conveniência das compras on-line. Por outro, as empresas estão repensando como operam, adotando tecnologias que não apenas otimizam processos, mas também criam experiências de compra mais personalizadas e eficientes. Um exemplo é a expansão do m-commerce, o comércio via dispositivos móveis, que deve crescer 70% nos próximos quatro anos (Exame, 2022), consolidando-se como o pilar fundamental do e-commerce brasileiro. 

    Por trás dessas mudanças, os dados ocupam um lugar de destaque. Hoje, cada clique, pesquisa ou carrinho abandonado revela informações preciosas sobre o consumidor. Empresas que conseguem capturar e interpretar esses dados estão mais preparadas para antecipar demandas, prever tendências e oferecer produtos no momento certo. Um estudo da McKinsey revelou que negócios orientados por dados têm até 23 vezes mais chances de atrair novos clientes e 19 vezes mais chances de serem lucrativos. 

    Mas não é só a coleta de dados que está mudando o jogo, é o que se faz com eles. Ferramentas de inteligência artificial e automação, por exemplo, permitem que as empresas transformem essas informações em ações concretas. Imagine uma campanha publicitária que se adapta em tempo real com base no comportamento do consumidor, ou chatbots que oferecem um atendimento tão natural que o cliente nem percebe que está conversando com uma máquina. Mais do que tendências, essas soluções já são realidade para muitas empresas, que relatam aumentos significativos na eficiência e na satisfação dos clientes. 

    E o que dizer do comércio imersivo? A combinação de realidade aumentada e virtual está começando a levar o consumidor para dentro das lojas – ainda que virtualmente. Com dispositivos como o Apple Vision Pro e similares, a experiência de compra está se tornando mais sensorial, permitindo que o cliente “experimente” produtos antes de comprá-los. Esse nível de interatividade promete revolucionar o e-commerce nos próximos anos. 

    Apesar de tantos avanços, não há espaço para acomodação. A adoção de tecnologias, embora essencial, exige planejamento. Empresas que investem em dados e automação não estão apenas otimizando suas operações: estão moldando o futuro do mercado. E esse futuro não é opcional. Segundo a Deloitte, a automação pode reduzir custos em até 30%, enquanto um estudo da Salesforce aponta um aumento de 12% na satisfação dos consumidores que interagem com processos automatizados. 

    Ao mesmo tempo, é preciso olhar para o consumidor como uma peça central dessa transformação. Ele não é apenas o destinatário das inovações, mas também o agente que as impulsiona. Suas demandas por conveniência, eficiência e personalização continuam a redefinir os limites do que o e-commerce pode oferecer. 

    No fim das contas, o e-commerce do futuro já está em construção. A tecnologia vem abrindo novas portas, mas é a forma como as empresas utilizam essas ferramentas que determinará quem irá liderar esse mercado que progride na velocidade da luz. Para lojistas e marcas, o recado é claro: o momento de agir é agora, antes que o futuro passe à frente. 

  • Multinuvem: Por que estar em uma nuvem não é suficiente para as empresas mais inovadoras

    Multinuvem: Por que estar em uma nuvem não é suficiente para as empresas mais inovadoras

    A nuvem (cloud) transformou a forma como as empresas trabalham com dados, oferecendo maior flexibilidade e escalabilidade. No entanto, a crescente demanda por soluções mais dinâmicas e inovadoras impulsionou o surgimento de outros modelos, dentre eles o multicloud, que permitem otimizar custos, melhorar a performance e garantir maior flexibilidade.

    Como o próprio nome indica, um ambiente multicloud é uma área de computação em nuvem que utiliza os serviços de múltiplos provedores de cloud, como Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Google Cloud Platform (GCP). Nele, ao invés de se vincular a um único provedor, as empresas distribuem suas cargas de trabalho entre diferentes plataformas, buscando otimizar custos, desempenho, segurança e flexibilidade.

    Não por acaso, a busca por soluções mais eficientes e personalizadas dentro da computação em nuvem segue em expansão, com 49% das organizações adotando uma estratégia de nuvem em primeiro lugar, de acordo com um relatório do Cloud Industry Forum 2024. Destas companhias, 98% usam ou planejam usar pelo menos dois provedores de infraestrutura de nuvem, enquanto outros 31% estão usando quatro ou mais.

    De tão estratégico na atualidade, o multicloud gerou um contrato nos Estados Unidos de US$ 9 bilhões de ninguém menos do que o Pentágono com a Amazon, Microsoft, Oracle e Google. O que as autoridades de segurança buscam com isso é o mesmo que as principais companhias do planeta: obter o melhor de cada provedor com eficiência, agilidade e custo-benefício superior aos modelos tradicionais de computação.

    Entretanto, a escolha dos provedores certos e a distribuição eficiente das cargas de trabalho são cruciais para o sucesso de um ambiente multicloud. É preciso ter ciência detalhada de cada aplicativo e serviço, considerando ainda a oferta de serviços por cada provedor que atendam às aplicações da companhia e a localização geográfica dos seus clientes.

    Essa adoção de um ou mais fornecedores dentro do multicloud ainda deve levar em conta serviços e funcionalidades, a precificação, o suporte técnico e a segurança. Uma vez definido isso, é importante construir uma boa distribuição das cargas de trabalho – considerando requisitos, custos, gerenciamento e backups –, o que permite ainda uma resiliência e observalidade qualitativas e eficientes, evitando problemas de maneira preditiva.

    Fica claro que é grande a complexidade do multicloud, já que gerenciar múltiplos ambientes de nuvem pode ser complexo, exigindo ferramentas e processos específicos. Além disso, é mandatório garantir a segurança dos dados em diferentes plataformas, especialmente quando se trata de conformidade com regulamentações, e integrar diferentes serviços de nuvem pode exigir o desenvolvimento de soluções personalizadas. Sem o devido cuidado, esse ambiente pode sofrer com problemas de gerenciamento e de custos.

    A procura por recursos que evitem bloqueios dentro das cadeias de fornecimento, com recursos de recuperação de desastres e que, neste pacote, tragam melhores custos e serviços seguirá em alta. E é por isso que saber trabalhar com as tecnologias de ponta é tão importante quanto ter o devido conhecimento para gerenciá-las – sejam elas públicas, privadas ou híbridas em sua origem. Até mesmo a Inteligência Artificial (IA) só pode evoluir em um ambiente múltiplo de nuvens, como corroboraram 92% de líderes em uma recente pesquisa.

    Para simplificar, pense no ambiente multicloud como administrar um restaurante, no qual cada prato vem de uma cozinha diferente, com seu próprio chef e receita única. Se você souber usar esse cardápio variado, ao mesmo tempo, em favor do seu público-alvo, você terá o que há de melhor em termos de desempenho e confiabilidade em suas operações. Importante reforçar que se trata de um processo contínuo de melhoria e ajustes estratégicos.

    Se bem “temperada”, essa refeição fará o cliente voltar para repetir a experiência, não tenho a menor dúvida disso.

  • Multinuvem: Por que estar em uma nuvem não é suficiente para as empresas mais inovadoras

    Multinuvem: Por que estar em uma nuvem não é suficiente para as empresas mais inovadoras

    A nuvem (cloud) transformou a forma como as empresas trabalham com dados, oferecendo maior flexibilidade e escalabilidade. No entanto, a crescente demanda por soluções mais dinâmicas e inovadoras impulsionou o surgimento de outros modelos, dentre eles o multicloud, que permitem otimizar custos, melhorar a performance e garantir maior flexibilidade.

    Como o próprio nome indica, um ambiente multicloud é uma área de computação em nuvem que utiliza os serviços de múltiplos provedores de cloud, como Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Google Cloud Platform (GCP). Nele, ao invés de se vincular a um único provedor, as empresas distribuem suas cargas de trabalho entre diferentes plataformas, buscando otimizar custos, desempenho, segurança e flexibilidade.

    Não por acaso, a busca por soluções mais eficientes e personalizadas dentro da computação em nuvem segue em expansão, com 49% das organizações adotando uma estratégia de nuvem em primeiro lugar, de acordo com um relatório do Cloud Industry Forum 2024. Destas companhias, 98% usam ou planejam usar pelo menos dois provedores de infraestrutura de nuvem, enquanto outros 31% estão usando quatro ou mais.

    De tão estratégico na atualidade, o multicloud gerou um contrato nos Estados Unidos de US$ 9 bilhões de ninguém menos do que o Pentágono com a Amazon, Microsoft, Oracle e Google. O que as autoridades de segurança buscam com isso é o mesmo que as principais companhias do planeta: obter o melhor de cada provedor com eficiência, agilidade e custo-benefício superior aos modelos tradicionais de computação.

    Entretanto, a escolha dos provedores certos e a distribuição eficiente das cargas de trabalho são cruciais para o sucesso de um ambiente multicloud. É preciso ter ciência detalhada de cada aplicativo e serviço, considerando ainda a oferta de serviços por cada provedor que atendam às aplicações da companhia e a localização geográfica dos seus clientes.

    Essa adoção de um ou mais fornecedores dentro do multicloud ainda deve levar em conta serviços e funcionalidades, a precificação, o suporte técnico e a segurança. Uma vez definido isso, é importante construir uma boa distribuição das cargas de trabalho – considerando requisitos, custos, gerenciamento e backups –, o que permite ainda uma resiliência e observalidade qualitativas e eficientes, evitando problemas de maneira preditiva.

    Fica claro que é grande a complexidade do multicloud, já que gerenciar múltiplos ambientes de nuvem pode ser complexo, exigindo ferramentas e processos específicos. Além disso, é mandatório garantir a segurança dos dados em diferentes plataformas, especialmente quando se trata de conformidade com regulamentações, e integrar diferentes serviços de nuvem pode exigir o desenvolvimento de soluções personalizadas. Sem o devido cuidado, esse ambiente pode sofrer com problemas de gerenciamento e de custos.

    A procura por recursos que evitem bloqueios dentro das cadeias de fornecimento, com recursos de recuperação de desastres e que, neste pacote, tragam melhores custos e serviços seguirá em alta. E é por isso que saber trabalhar com as tecnologias de ponta é tão importante quanto ter o devido conhecimento para gerenciá-las – sejam elas públicas, privadas ou híbridas em sua origem. Até mesmo a Inteligência Artificial (IA) só pode evoluir em um ambiente múltiplo de nuvens, como corroboraram 92% de líderes em uma recente pesquisa.

    Para simplificar, pense no ambiente multicloud como administrar um restaurante, no qual cada prato vem de uma cozinha diferente, com seu próprio chef e receita única. Se você souber usar esse cardápio variado, ao mesmo tempo, em favor do seu público-alvo, você terá o que há de melhor em termos de desempenho e confiabilidade em suas operações. Importante reforçar que se trata de um processo contínuo de melhoria e ajustes estratégicos.

    Se bem “temperada”, essa refeição fará o cliente voltar para repetir a experiência, não tenho a menor dúvida disso.

  • A revolução do Pix: como inovar sem perder a segurança

    A revolução do Pix: como inovar sem perder a segurança

    Desde o seu lançamento em 2020, o Pix revolucionou o mercado financeiro brasileiro, tornando-se o meio de pagamento preferido por milhões de pessoas. Sua principal vantagem está na simplicidade e rapidez: permite transferências em tempo real, 24 horas por dia, sem a necessidade de uma maquininha ou dinheiro em espécie. Basta ter uma conta bancária e uma chave PIX, como CPF ou número de telefone, para começar a usar. Essa praticidade trouxe benefícios, especialmente, para quem recebe pagamentos, como pequenos comerciantes e autônomos, que podem operar sem custos adicionais ou complicações técnicas.

    Porém, apesar de sua popularidade, o Pix ainda enfrenta desafios para ser plenamente acessível. Para quem paga, é necessário um smartphone e acesso à internet, o que pode ser uma barreira para idosos, pessoas com baixa escolaridade ou moradores de áreas rurais. Embora o uso de smartphones e a cobertura de internet tenham crescido significativamente, a inclusão desses grupos ainda exige esforços, como campanhas de educação digital e melhorias na infraestrutura de conectividade. A implementação de soluções que permitam transações offline, utilizando tecnologias de criptografia e tokenização, pode ser um caminho para ampliar o acesso. Sistemas como Google Pay e Apple Pay já fazem isso, permitindo que pagamentos sejam iniciados sem conexão ativa do pagador, utilizando a conexão à internet do recebedor.

    A segurança também é uma preocupação constante. Desde os primeiros casos de sequestros-relâmpago e assaltos envolvendo transferências instantâneas, o Banco Central reagiu rapidamente, impondo limites para transações noturnas e neste mês introduziu um limite de R$ 200 para dispositivos novos ainda não cadastrados como autorizados no aplicativo do banco (isso só vai aplicar para dispositivos que não estavam em uso antes de 01/12/2024). Embora essas medidas tenham reduzido a ocorrência de crimes, elas também impuseram restrições que afetam a experiência dos usuários legítimos. A busca por soluções que mantenham a segurança sem sacrificar a usabilidade continua sendo um desafio.

    Outro ponto crítico são os golpes relacionados ao pré-pagamento, em que fraudadores recebem o valor e desaparecem sem entregar o produto ou serviço prometido. O Mecanismo Especial de Devolução (MED) foi criado para lidar com essas situações, permitindo o estorno em casos comprovados de fraude. Embora ainda pouco utilizado, o MED representa um avanço importante, inspirado no sistema de estorno de cartões de crédito, e precisa ser mais difundido para ganhar a confiança dos usuários.

    Uma solução que poderia transformar ainda mais o cenário é a adoção de pagamentos com intermediação, ou “escrow”. Nesse modelo, o valor só seria liberado ao vendedor após a confirmação da entrega pelo comprador. Isso traria mais segurança para ambas as partes e seria especialmente útil em transações online. Além disso, a expansão do uso de tokenização nas transações garantiria que dados sensíveis fossem protegidos, mesmo em ambientes offline, oferecendo uma camada extra de segurança.

    O equilíbrio entre acessibilidade e segurança é fundamental para o futuro do Pix. Soluções que integrem tecnologias como biometria, tokenização e intermediação podem ampliar o alcance do sistema sem comprometer a proteção dos usuários. A inclusão digital, por sua vez, é essencial para reduzir fraudes, aumentando a conscientização e capacitando mais pessoas a utilizarem o Pix de maneira segura.

    No horizonte, o Pix ainda tem muito a oferecer. Pagamentos por aproximação, parcelamento e débito automático já estão em desenvolvimento no Brasil, e já em operação em sistemas parecidos no exterior, como por sistemas como o UPI da Índia e o PayNow de Singapura. A integração internacional também é uma possibilidade, com o Projeto Nexus, do Bank for International Settlements (BIS) propondo um modelo de interface multinacional para facilitar remessas globais.

    O Pix já é um exemplo de inovação e eficiência, mas para continuar liderando, precisa evoluir constantemente. Investir em novas tecnologias, ampliar o acesso em áreas menos conectadas e fortalecer a segurança são passos essenciais para garantir que todos os brasileiros possam usufruir de seus benefícios com confiança e tranquilidade.

  • Tendências de ERP em 2025: transformando negócios na era digital

    Tendências de ERP em 2025: transformando negócios na era digital

    Os rápidos avanços tecnológicos e as mudanças nas práticas empresariais mudaram significativamente a forma como os sistemas de Planejamento de Recursos Empresariais (ERP), especialmente as soluções baseadas em nuvem, evoluíram. Pesquisas do setor estimam que o mercado global de ERP irá quase dobrar nos próximos cinco anos, de US$ 64,7 bilhões em 2022 para US$ 130 bilhões em 2027, impulsionado pela maior escalabilidade, flexibilidade e custo-benefício oferecidos pela plataforma e para acomodar a escassez de talentos, a Grande Renúncia e forças de trabalho remotas.

    A próxima década promete uma revolução tecnológica em ERP. Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (ML) serão centrais, automatizando tarefas de rotina, otimizando processos e prevendo resultados com precisão inédita. A tecnologia Blockchain, com sua segurança e transparência inerentes, revolucionará o gerenciamento da cadeia de suprimentos, garantindo visibilidade e rastreabilidade de ponta a ponta. Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (RV) transformarão treinamento, manutenção e colaboração remota, aumentando a eficiência operacional.

    O domínio da nuvem é inegável. Os sistemas ERP migrarão cada vez mais para a nuvem, oferecendo escalabilidade, flexibilidade e redução de sobrecarga de TI. Essa mudança acelerará a adoção de modelos de Software-as-a-Service (SaaS), capacitando as empresas a se concentrarem nas principais competências, deixando o gerenciamento da infraestrutura de TI para especialistas.

    Soluções personalizadas

    A abordagem de tamanho único para ERP está diminuindo. Indústrias, da manufatura à saúde, demandam soluções personalizadas que abordem seus desafios únicos. A personalização se tornará primordial, com os sistemas de ERP evoluindo para incorporar funcionalidades específicas da indústria e cumprir com regulamentações rigorosas.

    Por exemplo, na fabricação, os sistemas ERP se integrarão perfeitamente com dispositivos IoT para otimizar processos de produção e manutenção preditiva. No setor de saúde, o ERP desempenhará um papel fundamental no gerenciamento de dados de pacientes, garantindo a conformidade com os regulamentos da Regra de Privacidade e a Regra de Segurança (HIPAA) e simplificando o gerenciamento do ciclo de receita.

    Cenário dinâmico

    O futuro do ERP é estimulante, mas repleto de desafios. As empresas devem abraçar mudanças, investir no desenvolvimento de talentos e promover uma cultura de inovação. A colaboração entre os departamentos de TI e de negócios será crucial para implementações de ERP bem-sucedidas.

    Ao se manterem atualizadas sobre tendências emergentes e aproveitarem o poder da tecnologia, permitirá que as organizações descubram novas oportunidades, aumentem a eficiência operacional e obtenham uma vantagem competitiva.

    Principais oportunidades no setor

    Com base na análise das tendências atuais e projeções futuras, três principais oportunidades se destacam como neste cenário para empresas em ERP:

    – Tomada de decisão baseada em dados: aproveitar o poder da IA e do ML para extrair insights valiosos de dados de ERP permitirá a tomada de decisão baseada em dados, levando à melhoria da eficiência operacional e da vantagem estratégica.

    – Resiliência da cadeia de suprimentos: implementar a tecnologia blockchain e análises avançadas pode melhorar a visibilidade da cadeia de suprimentos, mitigar riscos e criar resiliência contra interrupções.

    – Experiência do cliente: aproveitar os dados do ERP para compreender melhor as preferências e comportamento dos clientes permitirá experiências personalizadas, aumentando a satisfação e a fidelidade do cliente.

    Tendências que impulsionam a inovação

    Olhando para os próximos anos, podemos destacar 10tendências principais que moldarão a adoção global de ERP em nuvem em diversos setores:

    1. ERP Componível

    O conceito de ERP componível vem ganhando destaque, permitindo às empresas selecionar e integrar componentes de diferentes fornecedores para maior flexibilidade.Segundo a Gartner, essa abordagem modular facilita a adaptação às mudanças e oferece personalização conforme as necessidades empresariais.

    2. Soluções em Nuvem

    A adoção de ERPs em nuvem está em ascensão devido às suas vantagens, como escalabilidade, acessibilidade e menor custo operacional. A EY destaca que a migração para a nuvem continuará a crescer à medida que as empresas buscam atualizações automáticas e maior segurança.

    3. Inteligência Artificial Integrada

    A incorporação de IA nos ERPs ajuda na automação de processos e na geração de insights estratégicos. Relatórios da Gartner indicam que a IA desempenhará um papel vital em 2025, melhorando a eficiência operacional e a tomada de decisões.

    4. Experiência Total (TX)

    A experiência total combina a experiência do cliente com a dos funcionários para melhorar a adoção de ERPs. Segundo a Gartner, essa abordagem busca criar interfaces intuitivas e processos mais eficientes, beneficiando toda a cadeia de usuários.

    5. Automação Robótica de Processos (RPA)

    O uso de RPA integrado aos ERPs será essencial para automatizar tarefas repetitivas. A Deloitte aponta que essa tecnologia reduzirá erros e aumentará a produtividade, ajudando as empresas a otimizar suas operações.

    6. Análise Preditiva Avançada

    A análise preditiva, potencializada por IA, permitirá que esses sistemas ofereçam previsões detalhadas sobre o mercado e operações internas. A Gartner prevê que essa capacidade ajudará as empresas a gerenciar melhor estoques e a cadeia de suprimentos.

    7. Integração com IoT

    A Internet das Coisas (IoT) será mais integrada aos ERPs, oferecendo dados em tempo real de dispositivos conectados para uma melhor tomada de decisão. A McKinsey relata que a IoT aplicada aos ERPs beneficiará principalmente os setores de manufatura e logística.

    8. Sustentabilidade e Responsabilidade Social

    Com a pressão crescente por práticas mais sustentáveis, em 2025 a tecnologia deve oferecer funcionalidades que permitam monitorar e reportar impactos ambientais. A EY destaca que isso ajudará as empresas a aderir a regulamentos e adotar práticas responsáveis.

    9. Governança de Dados e Segurança Reforçadas

    Com o aumento do volume de dados processados, a segurança será uma prioridade. A Gartner aponta que os ERPs precisarão de políticas de segurança robustas, garantindo conformidade com regulamentações como a LGPD e GDPR.

    10. Capacidades de Personalização e Low-Code/No-Code

    O uso de plataformas low-code/no-code permitirá que empresas customizem seus ERPs de forma mais ágil, sem a necessidade de programação profunda. A Forrester indica que essa tendência facilitará a inovação interna e a adaptação rápida às mudanças.

    Evolução dos ERPs

    A adoção acelerada de soluções em nuvem, integração de IA e ML, personalização aprimorada, foco na experiência do usuário, maior segurança cibernética, crescimento de soluções específicas do setor e integração perfeita com tecnologias emergentes estão definidas para transformar o cenário de ERP. 

    A evolução dos sistemas ERP reflete as mudanças dinâmicas no cenário global de negócios. À medida que nos aproximamos de uma nova década, é fundamental olhar para o futuro e antecipar as tendências de ERP que moldarão os próximos anos. As empresas que adotarem essas tendências estarão bem-posicionadas para prosperar na economia digital em constante evolução.

  • Inteligência Artificial é para todos: confira como pequenas empresas podem começar a usar essa ferramenta poderosa

    Inteligência Artificial é para todos: confira como pequenas empresas podem começar a usar essa ferramenta poderosa

    A Inteligência Artificial (IA) não é mais um recurso exclusivo de grandes corporações. Hoje, até as pequenas empresas podem explorar essa poderosa tecnologia para otimizar processos, aumentar a eficiência e melhorar a experiência do cliente. Embora a IA possa parecer intimidadora no início, é possível integrá-la de forma gradual e estratégica. Este artigo aborda como as pequenas empresas podem começar a implementar a ferramenta de maneira acessível e eficiente.  

    A IA é uma tecnologia poderosa que pode transformar diversos aspectos de uma empresa, independentemente do seu porte. Automatização de tarefas rotineiras, análise de dados complexos e melhoria da tomada de decisão são apenas algumas das maneiras como as pequenas empresas podem se beneficiar. Diferentemente do que muitos pensam, não é necessário ter uma equipe de desenvolvedores ou investir grandes somas de dinheiro para começar a usar IA. Ferramentas de fácil implementação estão disponíveis e com pequenas ações as empresas podem colher grandes resultados.  

    Comece pequeno, definindo o primeiro projeto de IA  

    Ao iniciar a implementação da IA, é importante não tentar integrar a tecnologia em toda a empresa de uma só vez. O ideal é começar com um projeto específico, que resolva um problema ou melhore um processo essencial para o negócio. Um exemplo comum e altamente eficaz é a automação do atendimento ao cliente.   

    Ferramentas como chatbots e assistentes virtuais podem ser implementadas para atender às perguntas mais frequentes dos clientes, liberar tempo da equipe humana e melhorar a velocidade de resposta. Isso representa um ganho de eficiência significativo, e sem exigir grandes investimentos.  

    Outras áreas que podem ser alvo de um primeiro projeto de IA envolvem a personalização de ofertas para clientes e a análise preditiva de vendas. Esses projetos específicos podem ser facilmente mensuráveis, permitindo que o gestor identifique rapidamente os benefícios da IA e, se necessário, faça ajustes antes de expandir para outras demandas.  

    Ferramentas de IA prontas para uso  

    O mito de que a IA é acessível apenas para aqueles com profundo conhecimento técnico não é mais válido. Hoje, há diversas ferramentas de IA disponíveis no mercado que podem ser integradas aos negócios com pouca ou nenhuma customização. Alguns exemplos são:  

    • Chatbots e assistentes virtuais: Soluções como o ManyChat e o Tidio permitem automatizar o atendimento ao cliente com chatbots prontos para uso. Eles podem ser integrados a plataformas de e-commerce, redes sociais e sites, oferecendo suporte em tempo real aos clientes. 
    • Sistemas de recomendação: Ferramentas como a Recombee possibilitam personalizar a experiência do cliente, oferecendo recomendações de produtos ou serviços com base em comportamentos anteriores. Tais plataformas utilizam IA para analisar dados e sugerir produtos relevantes, o que pode aumentar a taxa de conversão de vendas. 
    • Automação de marketing: Ferramentas como o HubSpot e o Mailchimp usam IA para segmentar listas de e-mails e recomendar o conteúdo certo para os clientes certos e no momento certo. Isso ajuda a otimizar campanhas e melhorar o engajamento.  

    Capacite sua equipe: treinamento básico e incentivo ao uso de IA  

    A adoção de qualquer nova tecnologia exige a capacitação da equipe, e com a IA não é diferente. Não é necessário que todos os colaboradores se tornem especialistas em IA, mas é importante que entendam como as ferramentas funcionam e como podem ser usadas no dia a dia. Ofereça treinamentos básicos, que introduzam os conceitos fundamentais da IA e mostrem, na prática, como ela pode facilitar o trabalho de cada setor.  

    Além disso, incentive sua equipe a se familiarizar com as novas tecnologias. A integração da IA é mais fácil e eficaz quando os funcionários estão engajados no processo de adoção, entendendo como ela pode melhorar seus próprios fluxos de trabalho. A familiarização permitirá que a empresa tire o máximo proveito das ferramentas, além de criar uma cultura de inovação dentro do ambiente de trabalho.  

    Monitore  resultados e ajuste conforme necessário  

    A implementação de IA é um processo dinâmico. Embora a tecnologia seja poderosa, ela requer ajustes para se alinhar às necessidades específicas de cada negócio. Por isso, é fundamental monitorar os resultados obtidos a partir do uso da IA. Analise métricas-chave, como a satisfação do cliente, o tempo de resposta e os custos operacionais, para entender onde a IA está funcionando bem e onde há espaço para melhorias.  

    Com base nesses dados, ajustes podem ser feitos nas ferramentas ou processos para garantir que a IA esteja realmente contribuindo para o crescimento da empresa. A flexibilidade é uma das principais vantagens da IA, pois suas soluções podem ser personalizadas e adaptadas de acordo com os objetivos da empresa e as mudanças de mercado.  

    Assim, embora a implementação da IA possa parecer complexa, pequenas empresas podem usá-la em projetos simples e ferramentas acessíveis. O segredo está em adotar uma abordagem gradual, focada em áreas específicas do negócio, e garantir que a equipe esteja preparada para utilizar a tecnologia.   

    Com a escolha certa de ferramentas, o monitoramento constante dos resultados e ajustes adequados, a IA pode se tornar um grande diferencial competitivo, permitindo que as pequenas empresas se destaquem em um mercado cada vez mais dinâmico e tecnológico.

  • Machine Learning será cada vez mais decisivo para a competitividade e a sustentabilidade dos negócios

    Machine Learning será cada vez mais decisivo para a competitividade e a sustentabilidade dos negócios

    Não é de hoje que Machine Learning (ML) tem tido destaque como uma das tecnologias mais transformadoras do ambiente corporativo. A capacidade de aprendizado e de adaptação das máquinas, com base em novos dados, vem revolucionando a previsibilidade dos negócios. Com isso, empresas conseguem ajustar suas operações e estratégias em tempo real, reduzindo riscos. O impacto desse avanço vai além da simples automação; ele está redefinindo como as organizações interagem com consumidores, otimizam processos e identificam novas oportunidades de crescimento.

    Uma das principais vantagens do aprendizado de máquina é a capacidade de analisar grandes volumes de dados e identificar padrões com precisão. No cenário atual, no qual a alta competitividade e as tendências de mercado mudam rapidamente, manter insights atualizados sobre o comportamento do consumidor, a dinâmica competitiva e as tendências globais é fator essencial. Empresas que dominam o uso desses dados saem na frente da concorrência, pois conseguem prever demandas, identificar gargalos operacionais e responder de forma ágil às oscilações do mercado. Isso já era assim antes. Daqui para frente, será ainda mais.

    A integração do Machine Learning com a Inteligência Artificial (IA) proporciona diversas oportunidades para personalização e inovação contínua. Isso é particularmente importante em áreas críticas, como previsão de demanda e gestão da cadeia de suprimentos, nas quais pequenos erros podem resultar em grandes prejuízos financeiros. Os algoritmos estão mais sofisticados, tornando as máquinas mais autônomas, eficientes e capazes de tomar decisões complexas com mínima intervenção humana.

    A mudança significativa que o Machine Learning fomenta em diferentes setores da economia também impacta diretamente o desempenho financeiro das empresas, que observam uma diminuição dos riscos de fraudes e um aumento na capacidade de operar em alta escala. Engana-se quem pensa que essa vantagem é exclusiva para instituições financeiras. Com o apoio tecnológico, varejistas, indústrias e serviços estão criando cada vez mais ativos de segurança e eficiência, deixando concorrentes despreparados a muitos quilômetros de distância.

    Um dos desafios para a adoção massiva do aprendizado de máquina, no entanto, é a necessidade de investimentos em infraestrutura e capacitação. Como já era de se imaginar, as empresas precisam de pipelines de dados bem estruturados e de equipes qualificadas para programar algoritmos e interpretar os resultados. Além disso, é crucial garantir a qualidade dos dados e evitar vieses que possam comprometer a precisão dos modelos.

    Apesar da barreira financeira, um relatório da Fortune Business Insights demonstra que o mercado já vem se organizando para essa atualização tecnológica. Segundo o estudo, globalmente, as receitas relativas a Machine Learning, que em 2022 giravam em torno de US$ 19,20 bilhões, devem atingir US$ 225,91 bilhões até 2030, com taxa anual de crescimento próxima a 36,2%. Ou seja, as empresas que não se atualizarem terão muitas dificuldades em se manter competitivas. 

    O Machine Learning é um fator decisivo para a sobrevivência de muitos negócios. Para estar na vanguarda dessa transformação, as organizações precisam adotar uma abordagem estratégica, focada na coleta e no tratamento de dados em tempo real e na qualificação de talentos especializados. Aquelas que superarem esses desafios estarão mais bem qualificadas para se manter à frente do mercado, automatizando decisões complexas e impulsionando a inovação.

  • O fascínio pela novidade: uma reflexão sobre o que realmente é inovador no marketing B2B

    O fascínio pela novidade: uma reflexão sobre o que realmente é inovador no marketing B2B

    O fascínio pelo novo ou a segurança do conhecido? A gente tem essa dúvida o tempo todo. No marketing B2B, muitas vezes rotulamos o “novo” como a próxima grande verdade. Mas será que ele realmente é tão inovador quanto parece?  Você já parou para pensar se está buscando algo realmente novo ou apenas uma releitura bem embalada do que já conhece?

    A verdade é que nosso cérebro adora estabilidade e previsibilidade. Estudos mostram que ambientes previsíveis reduzem os níveis de cortisol (hormônio do estresse) e aumentam a sensação de bem-estar. Segundo uma pesquisa da Universidade de Cambridge (Reino Unido), a familiaridade de padrões previsíveis no ambiente de trabalho pode melhorar em até 27% a produtividade.

    No entanto, vivemos tempos em que a busca pelo “diferente” frequentemente suplanta o discernimento. E, como resultado, tendências já estabelecidas há anos ressurgem sob novos nomes, cativando o mercado como se fossem revoluções inéditas.

    Cito alguns exemplos práticos no marketing digital B2B:

    • Marketing de Influência – Ele é tratado como uma inovação digital de última geração. Mas, nos anos 40, Edward Bernays (o pai das Relações Públicas) já demonstrava o poder de influenciadores ao conectar marcas com celebridades para gerar impacto.
    • Experiência do Cliente (CX) – Apesar de ser um termo “quente”, o conceito de “colocar o cliente no centro” está nos manuais de marketing desde Philip Kotler, na década de 1960.
    • Comunidades Online – Tratadas como o futuro das interações B2B e B2C, as comunidades online não passam de uma evolução dos fóruns e dos primeiros grupos da internet nos anos 1990.

    Então, por que caímos nesse ciclo? Porque o novo, ou a ideia de novidade, ativa no cérebro o sistema de recompensa, liberando dopamina. Por isso, somos atraídos a levantar essas bandeiras de “verdade absoluta”. Como bem disse o futurista Seth Godin: “As ideias antigas podem ter valor novo quando aplicadas a um contexto novo.”

    Outro insight vem de Simon Sinek, que afirma: “As pessoas não compram o que você faz, elas compram o porquê você faz.” Isso nos leva de volta ao que realmente importa: propósito e impacto, ao invés de  rótulos.

    Em meio a tanta “novidade”, o que nos diferencia é o discernimento. Devemos parar, refletir e perguntar: isso realmente funciona ou apenas fascina porque parece diferente?

    Se você está no marketing digital B2B ou em qualquer outro setor, invista em observar tendências com um olhar crítico e pergunte-se: “O que é de fato novo aqui?” Pode ser que você descubra que não precisa de mais novidades, mas sim de mais clareza e intenção no que já funciona.

    E você? Busca algo novo ou algo que funciona? 

  • Conheça o Efeito CO, tendência que está redefinindo o mundo do trabalho

    Conheça o Efeito CO, tendência que está redefinindo o mundo do trabalho

    Depois da pandemia, podemos dizer que é praticamente unânime a opinião de que a vida em sociedade mudou. Isso inclui principalmente o mundo do trabalho, que passou a ter uma avalanche de formatos e modalidades novas para as rotinas dos profissionais e empresas.

    Horários rígidos, escritórios engessados e hierarquias imutáveis viraram coisas do passado. Esses aspectos deram espaço para uma nova realidade, com muito mais flexibilidade e conexões reais. 

    É neste cenário de transformação que surgiu o que eu chamo de Efeito CO. E não, não estou falando apenas de dividir uma mesa no coworking – apesar desse mercado ser um dos maiores exemplos desse fenômeno, como veremos mais à frente -, mas de algo muito maior.

    Esse conceito é a força da COlaboração, COnexão, COmpartilhamento e do trabalho COm propósito. Ou seja, estamos falando de uma mudança de mentalidade, que reflete a valorização de experiências e do compartilhamento ao invés da posse de bens materiais.

    Impacto no mercado

    Para entender como o Efeito CO funciona na prática, vamos pensar em alguns “rituais” comuns nos dias de hoje. Nós pedimos carros por aplicativo, nos hospedamos em um quarto alugado por temporada, assistimos nossas séries favoritas em uma plataforma de streaming, aprendemos um novo idioma online, pedimos comida por delivery e até mesmo compramos ou vendemos roupas em um brechó online. Do Airbnb ao Uber, da Netflix ao Duolingo, do iFood a Enjoei, claramente o compartilhamento já permeia diversos aspectos das nossas vidas e, consequentemente, do mercado. 

    O coworking não foge disso. Muito mais do que trabalhar lado a lado, esses ambientes flexíveis e colaborativos são a essência do negócio. O foco está em oferecer oportunidades para clientes e parceiros interagirem e colaborarem, garantindo que façam parte de uma comunidade onde o networking é orgânico.

    Lá, um profissional de marketing, por exemplo, pode receber um insight valioso ou uma proposta de parceria de outro coworker da área em um simples café. Esse compartilhamento de áreas comuns, os eventos e até mentorias informais estimulam trocas únicas, que podem dar lugar a oportunidades promissoras. 

    Ou seja, a interação é o que pauta o ambiente, não a burocracia dos processos corporativos do dia a dia. As pessoas que se encontram ali, por possuírem múltiplas perspectivas, habilidades e objetivos, criam um verdadeiro polo de diversidade, característica que é indispensável para uma realidade dinâmica como a atual.

    Por isso, não é de se surpreender que o Efeito CO esteja crescendo junto desse negócio. Apenas para dar uma pequena prova desse movimento, a Fortune Business Insights revela que o mercado global de escritórios flexíveis atingiu US$ 35 bilhões em 2023 e deve ultrapassar a marca de US$ 96 bilhões até 2030.

    Responsabilidade de todos

    Deu para perceber que o Efeito CO não é uma tendência qualquer, não é mesmo? É algo que, literalmente, está alavancando carreiras, negócios e vidas a partir de uma visão colaborativa.

    É justamente por essa razão que todos nós, indivíduos e empresas, precisamos agir em prol dessa ideia. A responsabilidade social se integra organicamente à visão do compartilhamento, motivando uma cultura consciente em vários sentidos.

    A própria redução de investimentos individuais e o uso eficiente de recursos nos coworkings demonstra isso. Por estimular modelos como o trabalho híbrido, esses espaços não apenas ajudam as companhias a poupar gastos com infraestruturas próprias, mas também a impulsionar a produtividade por meio de estratégias de otimização e sustentabilidade.

    É comum, por exemplo, vermos iniciativas para reduzir o consumo de energia e água nesses ambientes. Ou ainda palestras e eventos para promover uma cultura ESG (Ambiental, Social e Governança), ressaltando valores que engajem o empreendedorismo responsável e o cuidado com o meio ambiente.

    Esse senso de coletividade é o que faz a magia acontecer. Que ele seja um convite para abraçarmos a nova forma de trabalharmos, nos conectarmos e construirmos o futuro, buscando soluções que realmente sejam capazes de lidar com os desafios do nosso tempo.

  • Inteligência Artificial não vai roubar o seu emprego – se você abraçar a mudança

    Inteligência Artificial não vai roubar o seu emprego – se você abraçar a mudança

    O futuro do trabalho já está entre nós. Com a crescente influência da Inteligência Artificial (IA) e a automação em diversos setores, o mercado de trabalho está passando por uma grande transformação. Cada vez mais as empresas estão buscando profissionais com um conjunto de habilidades que vão além das técnicas e que os tornem mais adaptados a um mundo cada vez mais digital e complexo.

    Nesta realidade acompanhada pelos mais avançados meios tecnológicos, não existe mais a separação entre o lado humano e o digital. Ou seja, as ferramentas e softwares ganham status de integrantes de equipes, não somente meros meios para o alcance de objetivos e metas. A tendência, pelo que acompanhamos, é termos cada vez mais uma metamorfose de funções e responsabilidades, além do surgimento de times compostos por humanos e por IA, desafiando assim as estruturas organizacionais e as formas de trabalho tradicionais.

    Tal cenário faz com que existam muitos debates em torno dos possíveis desafios econômicos da tecnologia para companhias e trabalhadores. Há quem diga que a importância econômica do trabalho humano perderá relevância com os avanços da IA, que tomará para si um número maior de tarefas nos próximos anos. Dentro desta lógica, muitos aspectos socioeconômicos serão colocados, como a desvalorização de habilidades, a distribuição de renda e a criação de novas estruturas econômicas.

    Eu não me coloco neste campo um tanto quanto pessimista. Ainda estamos distantes de uma IA plenamente capaz de executar importantes funções, seja no mercado de trabalho ou na vida em geral. Ela ainda produz muitos conteúdos equivocados, mesmo com modelos de linguagem cada vez mais robustos. O que a faz poderosa é a sua associação justamente com a mente humana, capaz de fazer a curadoria e referendar os resultados produzidos por essa e demais tecnologias. Sem o aspecto humano, podemos acabar com uma porção de ferramentas de uso limitado ou pouco útil.

    Aos que, como eu, reconhecem que o futuro do trabalho já chegou, vale reforçar o que vem por aí. A IA ou a tecnologia não tomará empregos de ninguém, devemos tirar esse tipo de lógica do caminho. Contudo, essa nova realidade em torno do mercado exige um novo conjunto de habilidades, não importa a sua área de atuação. Por isso, ao desenvolver essas habilidades, você estará melhor preparado para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que o mundo laboral oferece.

    Há números para ajudar a ilustrar o que quero dizer. Um em cada dez profissionais contratados neste ano possui um cargo que não existia há 24 anos atrás, de acordo com uma pesquisa do LinkedIn, que menciona funções hoje comuns como Gerente de Sustentabilidade, Engenheiro de IA, Cientista de Dados, Gerente de Mídia Social e Gerente de Sucesso do Cliente, mas que não eram as mais conhecidas, disputadas (ou até existentes) em 2000.

    As principais empresas do mundo compreendem isso. Uma série de CEOs ouvidos em uma pesquisa da IBM afirmaram que as pessoas fazem e seguirão fazendo toda a diferença em seus negócios, porém pelo menos 35% da força de trabalho terá de passar por processos de reciclagem e requalificação nos próximos três anos – um acréscimo considerável em relação aos 6% registrados há três anos. Ou seja, não é só apenas sobre ganho de produtividade e redução de custos que estamos falando aqui quando pensamos em IA.

    Outra prova de que o futuro do trabalho – ou aqui talvez também possa ser o trabalho do futuro – é uma iminência estratégica é a falta de profissionais qualificados em alguns campos da economia e dos negócios. Por conta disso, tão importante quanto investir na capacitação de quem já está na sua organização é conseguir se tornar um “imã de talentos”, e para isso iniciativas como a confiança nas lideranças, as oportunidades de trabalho remoto e híbrido, as remunerações e ações em favor de carreiras e diversidade aparecem como relevantes.

    Alguns estudos apontam casos de sucesso aos que, no ambiente corporativo, se mostram dispostos a ser flexíveis, resilientes e capazes de se transformar. Segundo um relatório, quase 30% das companhias listadas são bem-sucedidas ao adotar modelos de trabalho focados em inovação, com tecnologias de ponta e força laboral flexível e distribuída. Essas empresas têm 30% menos despesas operacionais, graças à automação e processos melhorados, com ganhos financeiros positivos para 57% delas.

    Como toda a mudança, ela pode ser muitas vezes incerta e causar uma série de temores. A mesma pesquisa do LinkedIn diz que 49% dos trabalhadores temem ficar para trás, com 64% afirmando estarem sobrecarregados com a velocidade das mudanças no trabalho (no Brasil este o dado sobe para 87%). Contudo, o contingente de profissionais em busca de cursos e qualificações adicionais também está em alta – 79% dos brasileiros destacam essa procura em suas áreas.

    A IA está transformando a passos largos a maneira com que interagimos com a tecnologia e com problemas complexos. Tão importantes quanto os dilemas relativos à sua regulamentação e governança também está o significado do trabalho humano, peça que seguirá como pedra fundamental nesta equação que incorpora a potência digital e os valores humanos básicos. Desta forma, as habilidades seguirão em alta, desde que exista disposição em se reinventar.