Category: Tendências

  • Inteligência Artificial não vai roubar o seu emprego – se você abraçar a mudança

    Inteligência Artificial não vai roubar o seu emprego – se você abraçar a mudança

    O futuro do trabalho já está entre nós. Com a crescente influência da Inteligência Artificial (IA) e a automação em diversos setores, o mercado de trabalho está passando por uma grande transformação. Cada vez mais as empresas estão buscando profissionais com um conjunto de habilidades que vão além das técnicas e que os tornem mais adaptados a um mundo cada vez mais digital e complexo.

    Nesta realidade acompanhada pelos mais avançados meios tecnológicos, não existe mais a separação entre o lado humano e o digital. Ou seja, as ferramentas e softwares ganham status de integrantes de equipes, não somente meros meios para o alcance de objetivos e metas. A tendência, pelo que acompanhamos, é termos cada vez mais uma metamorfose de funções e responsabilidades, além do surgimento de times compostos por humanos e por IA, desafiando assim as estruturas organizacionais e as formas de trabalho tradicionais.

    Tal cenário faz com que existam muitos debates em torno dos possíveis desafios econômicos da tecnologia para companhias e trabalhadores. Há quem diga que a importância econômica do trabalho humano perderá relevância com os avanços da IA, que tomará para si um número maior de tarefas nos próximos anos. Dentro desta lógica, muitos aspectos socioeconômicos serão colocados, como a desvalorização de habilidades, a distribuição de renda e a criação de novas estruturas econômicas.

    Eu não me coloco neste campo um tanto quanto pessimista. Ainda estamos distantes de uma IA plenamente capaz de executar importantes funções, seja no mercado de trabalho ou na vida em geral. Ela ainda produz muitos conteúdos equivocados, mesmo com modelos de linguagem cada vez mais robustos. O que a faz poderosa é a sua associação justamente com a mente humana, capaz de fazer a curadoria e referendar os resultados produzidos por essa e demais tecnologias. Sem o aspecto humano, podemos acabar com uma porção de ferramentas de uso limitado ou pouco útil.

    Aos que, como eu, reconhecem que o futuro do trabalho já chegou, vale reforçar o que vem por aí. A IA ou a tecnologia não tomará empregos de ninguém, devemos tirar esse tipo de lógica do caminho. Contudo, essa nova realidade em torno do mercado exige um novo conjunto de habilidades, não importa a sua área de atuação. Por isso, ao desenvolver essas habilidades, você estará melhor preparado para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que o mundo laboral oferece.

    Há números para ajudar a ilustrar o que quero dizer. Um em cada dez profissionais contratados neste ano possui um cargo que não existia há 24 anos atrás, de acordo com uma pesquisa do LinkedIn, que menciona funções hoje comuns como Gerente de Sustentabilidade, Engenheiro de IA, Cientista de Dados, Gerente de Mídia Social e Gerente de Sucesso do Cliente, mas que não eram as mais conhecidas, disputadas (ou até existentes) em 2000.

    As principais empresas do mundo compreendem isso. Uma série de CEOs ouvidos em uma pesquisa da IBM afirmaram que as pessoas fazem e seguirão fazendo toda a diferença em seus negócios, porém pelo menos 35% da força de trabalho terá de passar por processos de reciclagem e requalificação nos próximos três anos – um acréscimo considerável em relação aos 6% registrados há três anos. Ou seja, não é só apenas sobre ganho de produtividade e redução de custos que estamos falando aqui quando pensamos em IA.

    Outra prova de que o futuro do trabalho – ou aqui talvez também possa ser o trabalho do futuro – é uma iminência estratégica é a falta de profissionais qualificados em alguns campos da economia e dos negócios. Por conta disso, tão importante quanto investir na capacitação de quem já está na sua organização é conseguir se tornar um “imã de talentos”, e para isso iniciativas como a confiança nas lideranças, as oportunidades de trabalho remoto e híbrido, as remunerações e ações em favor de carreiras e diversidade aparecem como relevantes.

    Alguns estudos apontam casos de sucesso aos que, no ambiente corporativo, se mostram dispostos a ser flexíveis, resilientes e capazes de se transformar. Segundo um relatório, quase 30% das companhias listadas são bem-sucedidas ao adotar modelos de trabalho focados em inovação, com tecnologias de ponta e força laboral flexível e distribuída. Essas empresas têm 30% menos despesas operacionais, graças à automação e processos melhorados, com ganhos financeiros positivos para 57% delas.

    Como toda a mudança, ela pode ser muitas vezes incerta e causar uma série de temores. A mesma pesquisa do LinkedIn diz que 49% dos trabalhadores temem ficar para trás, com 64% afirmando estarem sobrecarregados com a velocidade das mudanças no trabalho (no Brasil este o dado sobe para 87%). Contudo, o contingente de profissionais em busca de cursos e qualificações adicionais também está em alta – 79% dos brasileiros destacam essa procura em suas áreas.

    A IA está transformando a passos largos a maneira com que interagimos com a tecnologia e com problemas complexos. Tão importantes quanto os dilemas relativos à sua regulamentação e governança também está o significado do trabalho humano, peça que seguirá como pedra fundamental nesta equação que incorpora a potência digital e os valores humanos básicos. Desta forma, as habilidades seguirão em alta, desde que exista disposição em se reinventar.

  • As maiores tendências tecnológicas estratégicas para 2025

    As maiores tendências tecnológicas estratégicas para 2025

    Na medida em que nos aproximamos de 2025, o cenário tecnológico global está se transformando rapidamente, impulsionado por inovações como Inteligência Artificial (IA) generativa, computação quântica e robótica avançada. Com essa evolução, é fundamental que os líderes empresariais se mantenham atualizados sobre as tendências emergentes que estão moldando seus setores. Os próximos anos prometem trazer oportunidades significativas ​​de crescimento, eficiência e transformação.

    O avanço contínuo em IA, computação quântica e interação homem-máquina são os principais impulsionadores por trás da lista das 10 tecnologias que os líderes de TI devem observar atentamente em 2025. Cada uma dessas inovações representa ferramentas poderosas para superar desafios relacionados à produtividade, segurança e inovação.

    As 10 tecnologias que transformarão a economia global 

    Com base em relatórios de empresas como Gartner, Deloitte, EY e Forrester, destacamos as 10 principais tendências que devem impactar o cenário tecnológico em 2025.

    A chave para sobreviver a esta nova revolução industrial é liderá-la. Isso requer dois elementos-chave de negócios ágeis: consciência da tecnologia disruptiva e um plano para desenvolver talentos que possam tirar o máximo proveito dela.

    1. Inteligência Artificial Generativa

    A IA generativa, capaz de criar conteúdo e soluções de forma autônoma, será uma das forças mais poderosas em 2025. A Gartner prevê que essa tecnologia ajudará as empresas a inovar rapidamente e automatizar tarefas complexas.

    2. Computação Quântica

    De acordo com a Deloitte, a computação quântica sairá dos laboratórios de pesquisa para aplicações práticas, permitindo resolver problemas que os computadores tradicionais não conseguem, como otimizações complexas em cadeias de suprimentos.

    3. Computação de Borda

    Ainda segundo a Gartner, a computação de borda (Edge Computing) se tornará essencial para reduzir a latência e aumentar a eficiência de aplicativos e serviços. Essa tecnologia permite o processamento de dados mais próximo de onde são gerados, viabilizando soluções em tempo real, como veículos autônomos e cidades inteligentes.

    4. Automação Inteligente com IA

    O uso de IA para automatizar processos vai além do RPA. A Forrester destaca a combinação de automação de processos com IA para criar operações totalmente autônomas que otimizam eficiência e reduzem custos.

    5. Soluções em Multinuvem

    A estratégia de multinuvem continuará a se expandir, permitindo que empresas combinem diferentes provedores de serviços para evitar dependência e aumentar a resiliência. A Gartner indica que a multinuvem proporcionará mais flexibilidade e segurança para as operações empresariais.

    6. Tecnologias Sustentáveis

    A sustentabilidade será um imperativo para a inovação tecnológica. Segundo a McKinsey, empresas de tecnologia focarão em práticas e produtos que reduzam o impacto ambiental, com energia renovável e eficiência de dados sendo prioridades.

    7. Blockchain Expandido

    O blockchain vai além das criptomoedas para aplicações em segurança de dados, contratos inteligentes e rastreamento de cadeias de suprimentos. Conforme prevê a Deloitte, as empresas adotarão essa tecnologia para assegurar a transparência e confiabilidade em transações digitais.

    8. Experiência Imersiva com Realidade Aumentada e Virtual

    Com a evolução do hardware e software, a Forrester estima um aumento significativo na adoção de tecnologias de RA e RV, transformando experiências de consumo, treinamento e colaboração remota.

    9. Cibersegurança Avançada com IA

    Com o aumento das ameaças cibernéticas, as soluções de cibersegurança impulsionadas por IA serão uma necessidade. A Gartner destaca que a IA ajudará na detecção e resposta a incidentes em tempo real, aumentando a capacidade de defesa contra-ataques cibernéticos.

    10. Plataformas Low-Code/No-Code

    A simplificação do desenvolvimento de aplicativos com plataformas low-code e no-code permitirá que mais pessoas criem soluções tecnológicas sem conhecimento técnico avançado. Para a EY, essas plataformas democratizarão a inovação e ajudarão as empresas a responder rapidamente às mudanças.

    A força de trabalho em 2025

    Essas tecnologias podem ter enormes benefícios para muitas empresas, mas também criarão grandes desafios. O relatório da McKinsey inclui algumas sugestões para se preparar para esses desafios, enfatizando a antecipação de necessidades futuras por meio do treinamento constante. A natureza do trabalho continuará a mudar, e isso exigirá fortes programas de educação e reciclagem.

    O Fórum Econômico Mundial também destacou que em quase todos os setores, o impacto das mudanças tecnológicas está encurtando a vida útil dos conjuntos de habilidades existentes dos funcionários. O talento para gerenciar, moldar e liderar as mudanças em andamento será escasso, a menos que tomemos medidas hoje para desenvolvê-lo. 

    As empresas precisarão colocar o desenvolvimento de talentos e a futura estratégia da força de trabalho na frente e no centro de seu crescimento e não podem mais ser consumidoras passivas de capital humano pronto. Elas exigem uma nova mentalidade para atender às suas necessidades de talentos.

    Tecnologias emergentes, embora sejam promissoras para um futuro mais brilhante e eficiente, vêm com seu conjunto de desafios e dilemas éticos. Equilibrar inovação com responsabilidade será a chave para garantir que essas tecnologias beneficiem a sociedade em geral sem comprometer valores e direitos fundamentais.

  • As maiores tendências tecnológicas estratégicas para 2025

    As maiores tendências tecnológicas estratégicas para 2025

    Na medida em que nos aproximamos de 2025, o cenário tecnológico global está se transformando rapidamente, impulsionado por inovações como Inteligência Artificial (IA) generativa, computação quântica e robótica avançada. Com essa evolução, é fundamental que os líderes empresariais se mantenham atualizados sobre as tendências emergentes que estão moldando seus setores. Os próximos anos prometem trazer oportunidades significativas ​​de crescimento, eficiência e transformação.

    O avanço contínuo em IA, computação quântica e interação homem-máquina são os principais impulsionadores por trás da lista das 10 tecnologias que os líderes de TI devem observar atentamente em 2025. Cada uma dessas inovações representa ferramentas poderosas para superar desafios relacionados à produtividade, segurança e inovação.

    As 10 tecnologias que transformarão a economia global 

    Com base em relatórios de empresas como Gartner, Deloitte, EY e Forrester, destacamos as 10 principais tendências que devem impactar o cenário tecnológico em 2025.

    A chave para sobreviver a esta nova revolução industrial é liderá-la. Isso requer dois elementos-chave de negócios ágeis: consciência da tecnologia disruptiva e um plano para desenvolver talentos que possam tirar o máximo proveito dela.

    1. Inteligência Artificial Generativa

    A IA generativa, capaz de criar conteúdo e soluções de forma autônoma, será uma das forças mais poderosas em 2025. A Gartner prevê que essa tecnologia ajudará as empresas a inovar rapidamente e automatizar tarefas complexas.

    2. Computação Quântica

    De acordo com a Deloitte, a computação quântica sairá dos laboratórios de pesquisa para aplicações práticas, permitindo resolver problemas que os computadores tradicionais não conseguem, como otimizações complexas em cadeias de suprimentos.

    3. Computação de Borda

    Ainda segundo a Gartner, a computação de borda (Edge Computing) se tornará essencial para reduzir a latência e aumentar a eficiência de aplicativos e serviços. Essa tecnologia permite o processamento de dados mais próximo de onde são gerados, viabilizando soluções em tempo real, como veículos autônomos e cidades inteligentes.

    4. Automação Inteligente com IA

    O uso de IA para automatizar processos vai além do RPA. A Forrester destaca a combinação de automação de processos com IA para criar operações totalmente autônomas que otimizam eficiência e reduzem custos.

    5. Soluções em Multinuvem

    A estratégia de multinuvem continuará a se expandir, permitindo que empresas combinem diferentes provedores de serviços para evitar dependência e aumentar a resiliência. A Gartner indica que a multinuvem proporcionará mais flexibilidade e segurança para as operações empresariais.

    6. Tecnologias Sustentáveis

    A sustentabilidade será um imperativo para a inovação tecnológica. Segundo a McKinsey, empresas de tecnologia focarão em práticas e produtos que reduzam o impacto ambiental, com energia renovável e eficiência de dados sendo prioridades.

    7. Blockchain Expandido

    O blockchain vai além das criptomoedas para aplicações em segurança de dados, contratos inteligentes e rastreamento de cadeias de suprimentos. Conforme prevê a Deloitte, as empresas adotarão essa tecnologia para assegurar a transparência e confiabilidade em transações digitais.

    8. Experiência Imersiva com Realidade Aumentada e Virtual

    Com a evolução do hardware e software, a Forrester estima um aumento significativo na adoção de tecnologias de RA e RV, transformando experiências de consumo, treinamento e colaboração remota.

    9. Cibersegurança Avançada com IA

    Com o aumento das ameaças cibernéticas, as soluções de cibersegurança impulsionadas por IA serão uma necessidade. A Gartner destaca que a IA ajudará na detecção e resposta a incidentes em tempo real, aumentando a capacidade de defesa contra-ataques cibernéticos.

    10. Plataformas Low-Code/No-Code

    A simplificação do desenvolvimento de aplicativos com plataformas low-code e no-code permitirá que mais pessoas criem soluções tecnológicas sem conhecimento técnico avançado. Para a EY, essas plataformas democratizarão a inovação e ajudarão as empresas a responder rapidamente às mudanças.

    A força de trabalho em 2025

    Essas tecnologias podem ter enormes benefícios para muitas empresas, mas também criarão grandes desafios. O relatório da McKinsey inclui algumas sugestões para se preparar para esses desafios, enfatizando a antecipação de necessidades futuras por meio do treinamento constante. A natureza do trabalho continuará a mudar, e isso exigirá fortes programas de educação e reciclagem.

    O Fórum Econômico Mundial também destacou que em quase todos os setores, o impacto das mudanças tecnológicas está encurtando a vida útil dos conjuntos de habilidades existentes dos funcionários. O talento para gerenciar, moldar e liderar as mudanças em andamento será escasso, a menos que tomemos medidas hoje para desenvolvê-lo. 

    As empresas precisarão colocar o desenvolvimento de talentos e a futura estratégia da força de trabalho na frente e no centro de seu crescimento e não podem mais ser consumidoras passivas de capital humano pronto. Elas exigem uma nova mentalidade para atender às suas necessidades de talentos.

    Tecnologias emergentes, embora sejam promissoras para um futuro mais brilhante e eficiente, vêm com seu conjunto de desafios e dilemas éticos. Equilibrar inovação com responsabilidade será a chave para garantir que essas tecnologias beneficiem a sociedade em geral sem comprometer valores e direitos fundamentais.

  • Inteligência artificial e o futuro dos negócios: como evitar armadilhas?

    Inteligência artificial e o futuro dos negócios: como evitar armadilhas?

    A Inteligência Artificial (IA) tem sido a protagonista das inovações tecnológicas nos últimos anos, oferecendo soluções poderosas para empresas de todos os portes. Segundo o levantamento “O Impacto da Pesquisa em 2024”, realizado pelo Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE), mais de 60% dos respondentes acreditam que a tecnologia é a principal tendência em inovação em 2024. Além disso, de acordo com um levantamento da Honeywell, 64% dos entrevistados dizem que ganhos de eficiência e produtividade estão entre os principais benefícios do impacto da ferramenta no local de trabalho. 

    O uso da IA permite redução de custos em ambientes economicamente incertos, ajudando a aliviar cargas de trabalho, remover barreiras administrativas e melhorar a prestação de serviços. No entanto, ao mesmo tempo que traz oportunidades promissoras, ela apresenta desafios que, se não forem cuidadosamente considerados, podem desviar o foco das organizações e impedir que alcancem seus objetivos mais valiosos. Em meio à crescente dependência dessas tecnologias, é essencial entender que a ferramenta deve ser uma aliada estratégica e não uma força que domina o negócio. A pergunta que surge, então, é: como utilizar a inovação, sem perder de vista a essência humana e o propósito que move as empresas?

    A IA revolucionou a forma como trabalhamos e interagimos com o mundo, oferecendo desde automação de processos até análises de dados em escala sem precedentes. Um exemplo é a automatização de diversos sistemas que, ao serem interligados, economizam tempo, diminuem erros e fornecem um fluxo de informações de forma mais acessível, estruturada e rápida. No entanto, a adoção acelerada dessa tecnologia pode levar a um erro comum: acreditar que a solução resolverá todos os problemas.

    A verdadeira armadilha está no “tecno-solucionismo”, uma crença que tenta nos convencer de que qualquer problema, seja social, econômico ou político, pode ser resolvido apenas com tecnologia. O entusiasmo pela automação faz com que as empresas percam de vista o que realmente as diferencia — o capital humano e as nuances contextuais. Claro, a IA executa muitas tarefas melhor que as pessoas, a custo zero, e assumirá boa parte da manufatura, entrega, design e marketing. Além disso, veículos autônomos, tarefas domésticas, serviços braçais e especializados podem ser realizados sem que os operadores fiquem doentes, sem reclamar, sem pausa e sem receber. Mas não podemos esquecer que a criatividade, empatia e adaptabilidade dos seres humanos são essenciais, especialmente em momentos em que o contato e o relacionamento são fatores determinantes.

    Como podemos implementar a IA de forma consciente?

    Antes de qualquer implementação de IA, é essencial definir com clareza os objetivos que se deseja alcançar. A tecnologia deve ser utilizada como uma ferramenta que apoia os objetivos estratégicos da empresa, em vez de ser uma solução à procura de problemas. O foco precisa estar sempre em como ela pode gerar valor real e aprimorar as operações de forma concreta e mensurável.

    Embora a IA seja extremamente eficiente em tarefas repetitivas, ela não pode substituir a nossa sensibilidade. Empresas que conseguem equilibrar a automação com interações humanas genuínas conquistam mais confiança e lealdade, tanto de clientes quanto de colaboradores. De acordo com uma pesquisa da PwC, 64% dos respondentes acreditam que a falta de elementos humanos nas interações e comunicações com seus usuários saiu de controle. Em um mundo cada vez mais digital, esse toque se torna ainda mais valioso, sendo um diferencial competitivo importante.

    A implementação da IA precisa ser acompanhada por uma governança sólida, com diretrizes claras sobre privacidade, segurança de dados e responsabilidade ética. As organizações devem contar com um plano bem estruturado para assegurar que as decisões automatizadas estejam sempre em sintonia com os valores humanos e corporativos, evitando riscos e garantindo transparência.

    Além disso, a capacitação digital é fundamental. A alfabetização tecnológica deve ser uma prioridade para líderes e equipes, pois a IA não deve ser vista como um mistério técnico reservado a especialistas. Quando compreendida por todos os envolvidos na tomada de decisões estratégicas, ela se torna uma ferramenta poderosa. Investir no desenvolvimento e treinamento de colaboradores é essencial para que a empresa como um todo esteja preparada para enfrentar as oportunidades e os desafios dessa nova era.

    No mundo contemporâneo, a IA ajuda as empresas a oferecerem aos funcionários flexibilidade de trabalho, maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional e um ambiente saudável. Segundo a pesquisa “Índice de Relacionamento com o Trabalho HP“,  colaboradores que utilizam esse tipo de solução são 11 vezes mais felizes em suas relações de trabalho se comparados àqueles que não utilizam a tecnologia. A IA permite alocar as pessoas certas nos lugares certos, valorizando as habilidades humanas como criatividade, intuição, curiosidade, sentimento e empatia.

    Como podemos desenvolver confiança?

    Uma das principais barreiras para a adoção eficaz da IA é a falta de infraestrutura digital e a qualidade dos dados. Organizações que não investirem em uma base tecnológica sólida correm o risco de enxergá-la como uma promessa não cumprida. Além disso, a desinformação sobre como a tecnologia pode realmente ser usada — sem os exageros e temores que acompanham muitas discussões sobre o tema — ainda é um obstáculo. É preciso reforçar a confiança digital e enfrentar a resistência cultural.

    É essencial construir uma cultura de confiança digital, em que líderes e colaboradores confiem na tecnologia, mas sempre com um olhar crítico. A IA precisa ser um apoio, não uma solução que se torna um fim em si mesma.

    Como valorizar o humano em um mundo automatizado

    Acredito que a simbiose entre IA e humanidade seja a chave para o futuro do trabalho, e chamamos isso de “o novo humano” — um conceito que reconhece a solução como uma ferramenta para potencializar as capacidades humanas, sem substituir o que temos de mais valioso: nossa empatia, intuição e criatividade. A tecnologia aliviará a carga de trabalho em áreas repetitivas e administrativas, permitindo que as pessoas concentrem seu tempo e energia no que é verdadeiramente significativo.

    Neste novo cenário, as habilidades humanas serão mais demandadas do que nunca. Profissionais criativos, curiosos e capazes de resolver problemas complexos serão essenciais em um mundo onde as máquinas lidam com as tarefas operacionais, mas os humanos criam soluções inovadoras, geram conexões e interpretam dados com sensibilidade.

    Fórum Econômico Mundial prevê que até 2025, a ferramenta e a automação podem substituir 85 milhões de empregos, mas criarão 97 milhões de novos papéis, focando em habilidades como análise de dados, IA e aprendizado de máquina. Uma vez que a superinteligência da tecnologia ultrapasse a inteligência humana, teremos a possibilidade Sde resgatar nosso valor humano, que é único.

    A IA é, sem dúvida, uma das maiores inovações de nossa era, mas seu uso consciente determinará o sucesso ou o fracasso de muitas empresas. O segredo está em adotá-la como uma ferramenta estratégica, que apoia os objetivos do negócio sem ofuscar a importância do capital humano. O futuro nos reserva muitas oportunidades, mas cabe a nós, como líderes, garantir que esse horizonte seja moldado de forma ética, equilibrada e centrada nas pessoas.

    Estamos em um ponto crucial de transformação, onde a  tecnologia e humanidade devem caminhar juntas. O grande diferencial virá para aqueles que souberem utilizar a IA para liberar o potencial humano — porque, no fim, são as pessoas que continuarão a inovar, criar e transformar o mundo ao nosso redor.

  • A transformação da experiência de compra B2B e venda mais eficiente e competitiva. Bem-vindo a Era one-stop-shop!

    A transformação da experiência de compra B2B e venda mais eficiente e competitiva. Bem-vindo a Era one-stop-shop!

    Em 2023, o faturamento do e-commerce no Brasil atingiu R$185,7 bilhões, conforme dados da Abcomm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). Além disso, o setor registrou 395 milhões de pedidos e 87,8 milhões de consumidores virtuais.

    No cenário atual do País, onde a digitalização avança a passos largos, os pequenos comércios microempreendedores enfrentam desafios na busca por eficiência e competitividade. 

    Um dos principais obstáculos enfrentados é compra de produtos para abastecimento dos comércios a aquisição de variedades que atendam às demandas específicas dos negócios, como, por exemplo, os pequenos supermercados, lojas de conveniência que teoricamente necessitam de um portfólio diversificado.

    Nesse contexto, é fundamental a criação de uma plataforma digital de comercialização de produtos que facilite a vida do comerciante mais próximo de um modelo onde ele encontre todos (ou pelo menos a maioria) os produtos que comercializa. O conceito por trás deste modelo é o de one-stop-shop digital, que disponibiliza uma ampla gama de produtos e serviços.

    Grandes indústrias de alimentos, bebidas e produtos para higiene, já vêm disponibilizando em um único portal uma ampla variedade, atendendo tanto negócios físicos quanto on-line. Nesse ambiente, o microempreendedor encontra tudo o que precisa para abastecer o estoque do seu negócio. Essa ideia além de ser ambiciosa é uma realidade transformadora que pode – e vai – revolucionar a gestão dos negócios.

    Para construir esse ecossistema, o primeiro passo é estabelecer parcerias com uma variedade de distribuidores de produtos de consumo e oferecer realmente o que o comerciante precisa para o abastecimento do negócio. Além disso, também é necessário considerar ter diversidade de marcas (inclusive as que são concorrentes do dono do portal) nas diferentes categorias que serão comercializadas e é nesse ponto que deve haver uma mudança significativa na cultura.

    O portal só será realmente utilizado em grande escala se houver a participação de todas as marcas necessárias para o abastecimento.  É fundamental também incluir não apenas grandes marcas, mas também produtores locais, assegurando uma gama diversificada de opções que atendam a diferentes faixas de preço e preferências dos consumidores.

    A construção de todo esse ecossistema para estabelecer parcerias com distribuidores do mercado de vendas online traz vários benefícios estratégicos que impulsionam o crescimento, a eficiência e a competitividade. Ter a variedade de distribuidores oferece insights valiosos sobre o comportamento do consumidor, possibilitando melhor estratégia de vendas e marketing.

    Ou seja, criar um ecossistema com distribuidores para o mercado de vendas online é uma estratégia de crescimento inteligente. Ela combina expansão, redução de custos, escalabilidade e melhora na experiência do cliente, fatores fundamentais para empresas que buscam competir em um mercado cada vez mais globalizado e dinâmico.

    Para isso, sua plataforma deve ser centrada no usuário, com uma interface intuitiva e de fácil navegação, o que garante que até mesmo aqueles com pouca experiência em tecnologia consigam navegar e comprar no site com facilidade. É essencial que o comerciante possa buscar produtos rapidamente, adicioná-los ao carrinho e finalizar a compra sem complicações.

    Outro aspecto crucial é a transparência nas informações. Fornecer dados claros sobre preços, prazos de entrega e condições de pagamento é fundamental, pois o usuário precisa saber exatamente quanto está gastando e quando receberá os produtos. Além do mais, ter um suporte ao cliente eficaz, com atendimento rápido e soluções para possíveis problemas, aumenta a confiança dos usuários na plataforma. Isso pode incluir chatbots para responder dúvidas rápidas e atendimento humano para questões mais complexas.

    Com a digitalização e a crescente demanda por soluções práticas e eficientes, a criação de um one-stop-shop não apenas simplifica a vida dos consumidores, mas também fortalece o varejo, promovendo a compra e venda de produtos de maneira mais conectada e eficiente. Por fim, é possível arquitetar um ecossistema que não só receba às necessidades dos comerciantes, mas também impulsione o crescimento dos negócios e o desenvolvimento econômico do país.

    O futuro do varejo está em nossas mãos, e ele é digital!

  • IA é estratégica para aumentar cibersegurança corporativa

    IA é estratégica para aumentar cibersegurança corporativa

    O panorama de ameaças cibernéticas no Brasil nunca foi tão complexo quanto o atual. Além do país ser, reconhecidamente, um celeiro para hackers de todo o mundo, intensificado por um mercado paralelo de fraudadores locais, equipes de cibersegurança precisam enfrentar uma enxurrada constante de ataques que só aumentam em frequência e sofisticação. No Brasil, um relatório da Apura Cyber Intelligence apontou um aumento de 220% nos ataques de ransomware em 2023, em comparação com o ano anterior.

    Essa avalanche de alertas e incidentes de segurança torna difícil manter uma segurança eficaz em toda a organização. Muitas empresas não dispõem do número necessário de profissionais de segurança cibernética para responder adequadamente aos alertas. De acordo com a ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), o Brasil enfrenta um déficit de 70 mil profissionais qualificados em segurança da informação, um número que tende a crescer com a digitalização das empresas.

    Por isso, a IA generativa é uma ferramenta potencial que as empresas podem usar para escalar as defesas cibernéticas lideradas por humanos. E a tecnologia já está presente em várias soluções de cibersegurança.

    Expansão do conhecimento de segurança com IA

    A IA generativa tem um potencial tremendo no campo da segurança, sendo capaz de ampliar o conhecimento e melhores práticas, fornecendo etapas de correção automatizadas e orientações.

    Com o uso da IA generativa, os profissionais não precisam se concentrar tanto em ensinar uma técnica específica de remediação ou instruir sobre o uso de uma tecnologia específica. O foco muda para ensinar quais fluxos de trabalho de IA ou prompts devem ser utilizados em diferentes cenários.

    Várias soluções de cibersegurança já estão adotando a IA generativa, melhorando os resultados de segurança, o tempo de correção, e a curva de aprendizado dos analistas que operam as soluções. Utilizando processamento de linguagem natural (PLN) para apoiar os times de segurança em processos como resposta a incidentes, caça a ameaças e gerenciamento da postura de segurança, fica mais fácil para os times atuais de cibersegurança gerenciarem a quantidade de tarefas e sistemas de hoje.

    Mais do que isso, a IA também ajuda a diminuir a barreira tecnológica entre diferentes níveis técnicos dos profissionais– nivelando o conhecimento sobre tipos específicos de ataque, técnicas de remediação, plataformas de segurança, entre outros casos.

    A “mágica” da IA com automação e análise preditiva

    Uma vez “equipadas” com Inteligência Artificial, as soluções de segurança podem detectar e responder a incidentes de segurança em tempo real, minimizando o impacto dos ataques. A automação permite a identificação rápida de ameaças e a execução de medidas corretivas sem intervenção humana imediata, o que é vital em um cenário onde os ciberataques são cada vez mais rápidos e complexos.

    A IA também pode analisar grandes volumes de dados para prever possíveis ameaças antes que elas ocorram. Usando técnicas avançadas de machine learning –e acesso a casos de uso bem como a bancos de dados de informações sobre ataques– é possível identificar padrões e comportamentos anômalos que podem indicar um ataque iminente. Essa análise preditiva permite que as empresas adotem uma postura proativa, em vez de reativa, em relação à segurança cibernética.

    Outro ponto é que, com a Inteligência Artificial, é possível realmente personalizar as soluções de cibersegurança para cada empresa. Algoritmos de IA podem ser treinados para entender o ambiente específico de uma organização, e adaptar as medidas de segurança para proteger os ativos mais críticos.

    Por fim, a IA ajuda os times de segurança em um dos maiores desafios da operação: os falsos positivos, que consomem tempo e recursos para a checagem dupla – que precisa ser feita por um humano. A IA pode ajudar a filtrar esses alertas, permitindo que os profissionais de segurança se concentrem em ameaças reais. Sistemas de IA podem interpretar e contextualizar alertas, reduzindo significativamente a carga de trabalho e aumentando a precisão das respostas.

    Em resumo, a IA é uma aliada poderosa na luta contra ameaças cibernéticas, trazendo eficiência, precisão e inovação para o campo da cibersegurança. Na medida em que as empresas continuam a adotar essa tecnologia, elas estarão melhor posicionadas para proteger seus dados e operações contra os ataques cada vez mais sofisticados dos hackers.

  • Transformações no marketing B2B: como a tecnologia está redefinindo as estratégias entre empresas

    Transformações no marketing B2B: como a tecnologia está redefinindo as estratégias entre empresas

    O marketing B2B enfrenta uma revolução impulsionada pela tecnologia. De acordo com uma pesquisa da McKinsey, 65% das empresas usam Gen AI ao redor do mundo, afirmando ser um dos principais caminhos para se obter retorno financeiro. De forma geral, é possível perceber que as empresas têm aplicado a IA generativa sobretudo em marketing, vendas e desenvolvimento de produtos e serviços. E qual a consequência disso?  Práticas tradicionais de relacionamento precisam ceder espaço para abordagens cada vez mais personalizadas, automatizadas e baseadas em dados, que transformam a forma como os negócios se conectam e fecham parcerias.

    No B2B, o processo de vendas é notoriamente mais elaborado e demorado do que no B2C. A pesquisa B2B Buyer Behavior Study, realizada pela empresa DemandGen, aponta que, em média, 11 pessoas estão envolvidas em negociações B2B, chegando possivelmente em até 20 decisores por compra. O número elevado, é reflexo da complexidade das transações, uma vez que envolvem produtos ou serviços de alto valor e impacto direto nas operações da empresa. Muitas vezes, diversos níveis executivos precisam ser consultados, para garantir que a escolha seja segura, eficiente, e alinhada aos objetivos estratégicos do negócio. Neste cenário, a personalização, automação e análise de dados emergem como ferramentas essenciais para negócios que visam crescer e se destacar no mercado.

    Personalização como chave para relacionamentos sólidos

    A personalização, por exemplo, é uma das estratégias que mais impacta o sucesso das campanhas de marketing B2B. De acordo com um estudo da Everage, 88% dos profissionais do setor reportam um aumento nas taxas de conversão ao adaptarem seus conteúdos às necessidades específicas de cada cliente. No contexto B2B, personalizar significa mais do que simplesmente endereçar o nome da empresa. Trata-se de entender as dores específicas de cada consumidor, seus desafios e, a partir disso, oferecer soluções sob medida.

    Ao implementar essa estratégia, as marcas conseguem posicionar-se como parceiras de confiança e especialistas no setor, aumentando não só as chances de conversão, mas também a longevidade do relacionamento comercial. 

    Automação: ganhos em produtividade e eficiência

    Outro ponto de virada no marketing B2B é a automação. Tecnologias que automatizam processos e vendas permitem às empresas segmentar suas audiências com maior precisão, otimizando recursos. A solução também possibilita um acompanhamento mais próximo do retorno sobre o investimento (ROI), algo crucial em um mercado em que os ciclos são longos e exigem uma alocação eficiente de tempo e orçamento.

    Outros estudos realizados pela McKinsey, indicam que a implementação de tecnologias da Indústria 4.0 pode elevar a produtividade em até 30%. Isso libera as equipes de vendas para se dedicarem a tarefas mais estratégicas, como a criação de campanhas personalizadas e o desenvolvimento de propostas de valor mais robustas.

    Account-based marketing e análise de dados

    Práticas como o Account-Based Marketing (ABM) também estão ganhando força. Essa atividade condiz em reunir esforços das áreas de marketing e vendas, em ações estratégicas e com foco em adquirir leads qualificados e personalizados, que são chamados de “contas”. Segundo um estudo da Siriusdecisions, mais de 90% dos profissionais B2B julgam a estratégia como de extrema importância. 

    Ao focar em contas específicas, com alto potencial de retorno, o ABM aumenta a eficiência das campanhas e reduz os ciclos de vendas. Além disso, o uso de análise de dados está permitindo que as empresas ajustem continuamente suas estratégias. A crescente adoção de big data possibilita insights valiosos que ajudam a identificar oportunidades de negócio, prever comportamentos de compra e otimizar cada ponto de contato com o cliente.

    Em um ambiente de vendas tão competitivo, esses dados são a chave para ajustar as abordagens e garantir que a equipe esteja focada em leads altamente qualificados. Atualmente, vemos como a combinação de personalização, automação e análise de dados pode aliviar a carga sobre os times, garantindo que os esforços sejam direcionados apenas para clientes com maior potencial de conversão.

    O futuro do marketing B2B

    O marketing B2B está deixando de ser apenas uma ferramenta de alcance e visibilidade para se tornar um elemento crucial na construção de relacionamentos de longo prazo. Investir em estratégias tecnológicas avançadas, como a inteligência artificial e o big data, já é uma necessidade para empresas que desejam se manter competitivas. Segundo a pesquisa da McKinsey, divulgada em maio de 2024, 5% das companhias que dizem usar a Gen AI em seus negócios já atribuem mais de 10% do lucro operacional da empresa ao uso correto das ferramentas.

    A personalização permite entregar valor real ao cliente, enquanto a automação traz eficiência e precisão ao processo. Já a análise de dados oferece uma visão estratégica que pode transformar os resultados de uma empresa. À medida que o setor continua a evoluir, essas ferramentas tecnológicas serão os pilares que determinarão o sucesso ou o fracasso das campanhas de marketing B2B.

    Quem adota essa transformação com rapidez terá uma vantagem competitiva significativa. Afinal, em um mercado no qual as decisões são baseadas em dados, personalização e eficiência, estar à frente significa conquistar novos clientes e a fidelização a longo prazo. Empresas que abraçam essas inovações estão construindo resultados mais expressivos no presente, e um legado de crescimento sustentável para a posteridade. A tecnologia, aliada a estratégias bem estruturadas, se consolida como o alicerce para transformar desafios em oportunidades e criar um diferencial. O futuro do marketing B2B é agora, e quem agir proativamente terá a chance de liderar essa nova era de negócios.

  • Corrida pela IA: 80% das grandes empresas planejam implementar até 2025, mas estão preparadas?

    Corrida pela IA: 80% das grandes empresas planejam implementar até 2025, mas estão preparadas?

    A inteligência artificial (IA) se tornou uma prioridade estratégica para grandes corporações, com 80% delas planejando adotar a tecnologia até 2025, segundo dados da Gartner. Contudo, será que estão verdadeiramente preparadas? Com 85% dos projetos de IA falhando, a questão que se coloca é: o quanto as empresas entendem sobre os desafios dessa transformação?

    Embora a IA ofereça benefícios, como automação de processos e análise preditiva, especialistas alertam que muitos desses projetos não alcançam os resultados esperados devido à complexidade de sua integração. Superar essa barreira requer mais que tecnologia de ponta; exige uma abordagem estratégica, com planejamento robusto, desenvolvimento de habilidades e uma cultura organizacional adaptada à inovação contínua.

    Os desafios da implementação

    Os principais obstáculos incluem a estrutura limitada de dados e a escassez de talentos qualificados. Muitas empresas ainda enfrentam dificuldades para escalar soluções de IA devido à baixa maturidade de governança de dados, levando a implementações inconsistentes e resultados imprecisos. 

    Além disso, a falta de clareza sobre o uso estratégico dos dados dificulta a tomada de decisões informadas. A tecnologia deve ser vista como uma ferramenta complementar à gestão tradicional, focando não apenas na automação, mas em como melhorar processos de forma eficaz e humanizada.

    Cultura organizacional e governança

    O desalinhamento entre entusiasmo tecnológico e preparação organizacional é evidente. Muitas corporações estão acelerando seus investimentos em IA, mas sem o suporte adequado em termos de governança e treinamento. Isso cria um ambiente onde a tecnologia é implantada de forma fragmentada, sem se integrar de maneira profunda às operações diárias.

    De acordo com uma pesquisa recente da Accenture, 64% das empresas enfrentam dificuldades em adotar inovações, e 78% dos executivos afirmam que as ferramentas evoluem mais rápido que as áreas de capacitação.

    A governança ética e responsável também é um tema crítico, principalmente no que diz respeito à privacidade e à transparência. Segundo a Gartner, até 2028, empresas com plataformas de governança de IA reduzirão 40% o número de incidentes éticos.

    Transparência, privacidade e alinhamento entre tecnologia e cultura organizacional serão diferenciais essenciais.

    O futuro da IA nas empresas

    Apesar dos desafios, o mercado global de IA deve chegar a quase US$ 1 trilhão até 2027, segundo a Bain & Co. No Brasil, a corrida pela IA ganha força, impulsionada pela globalização e pela pressão competitiva.

    Empresas que já modernizaram seus processos com IA registraram 2,4 vezes mais produtividade e crescimento de receita 2,5 vezes maior, aponta a Accenture, com IA aplicada em áreas como TI (75%), marketing (64%), atendimento ao cliente (59%) e finanças (58%).

    A adoção bem-sucedida da IA depende de uma visão equilibrada entre inovação e desenvolvimento organizacional, onde o aprendizado contínuo e a adaptabilidade sejam parte da cultura. Empresas que investem não apenas em tecnologia, mas também na qualificação de suas equipes e na criação de uma governança sólida, estarão mais preparadas para colher os benefícios da IA a longo prazo. À medida que a corrida pela IA avança, as organizações que souberem equilibrar esses fatores terão mais chances de liderar no mercado do futuro, evitando os erros que levam muitos projetos ao fracasso.

  • O papel da inteligência artificial na popularização de LegalTechs no Brasil

    O papel da inteligência artificial na popularização de LegalTechs no Brasil

    **Por Lisa Worcman, sócia sponser e Mariane Cortez, consultora de inovação do attix

    A adoção da inteligência artificial (IA), em especial a inteligência artificial generativa, gera uma expectativa significativa transformação no setor jurídico. Como mencionado no relatório The Future is Now: Artificial Intelligence and the Legal Profession publicado pela International Bar Association and the Center for AI and Digital Policy “O impacto transformador da IA não pode mais ser ignorado. Se a internet mudou a maneira como vivemos e trabalhamos, a IA pode ter um impacto ainda maior em nossa profissão e em nossa sociedade. Nem todas as consequências da IA foram identificadas ainda, mas é claro que o futuro já chegou.”

    Essa transformação digital do setor jurídico tem fomentado um segmento específico: as LegalTechs. De acordo com o levantamento feito pelo Future Market Insights, a valorização desse mercado deve atingir US$ 29,60 bilhões em 2024, com previsão de alcançar o valor de US$ 68,04 bilhões até 2034. Somente no Brasil, desde a criação da AB2L – Associação Brasileira de Lawtechs e LegalTechs em 2017, o número de LegalTechs associadas aumentou mais de 300%.

    As LegalTechs são startups que têm como objetivo simplificar, otimizar ou melhorar a prática jurídica. A gama de soluções oferecidas é diversificada, como softwares de gestão de contratos e cadeia de fornecedores, plataformas de busca processual integrada a diversos tribunais com jurimetria e plataformas de e-discovery, todas com foco em otimizar atividades, melhorar a eficiência e a qualidade dos trabalhos entregues ao cliente final.

    A partir de 2019, a evolução e popularização da IA generativa, tecnologia capaz de criar novos conteúdos, como imagens e textos, contribuiu para a aceleração e desenvolvimento das LegalTechs. Isso porque essa tecnologia é capaz de aumentar em até 10 vezes a eficiência operacional das atividades realizadas através dela, como criação automática de contratos e documentos diversos, respostas mais rápidas e personalizadas para perguntas abertas e a análise de grandes volumes de dados legais para encontrar padrões e insights. A possiblidade de realizar melhores análises preditivas possibilita que os advogados façam previsões mais confiáveis sobre o desfecho de litígios, apoiando na elaboração de estratégias jurídicas mais eficazes.

    Assim, apesar de o mercado de LegalTechs ter começado a evoluir antes da IA generativa, sem dúvida alguma essa tecnologia tem se tornado um fator cada vez mais importante no crescimento e na transformação do mercado jurídico.

    LegalTechs em evolução

    O potencial da IA no segmento é vasto, e as LegalTechs continuarão a desenvolver soluções cada vez mais sofisticadas. A personalização de serviços também é apresentada como uma tendência no setor, com plataformas de IA capazes de adaptar recomendações legais às necessidades específicas de cada cliente, promovendo um atendimento mais personalizado.

    Além disso, espera-se que haja uma evolução importante em segurança da informação, com o desenvolvimento de ferramentas que protejam ainda mais os dados sensíveis, especialmente em um contexto de maior integração tecnológica. Outro avanço que podemos esperar é um maior uso de IA no suporte à resolução de disputas, com sistemas capazes de mediar e até resolver conflitos de forma mais ágil e precisa, desafogando o sistema judicial.

    Adoção de tecnologia depende de capacitação

    A inteligência artificial está redefinindo a atuação de escritórios e departamentos jurídicos que apostam na inovação tecnológica.

    No entanto, para que os benefícios sejam significativos, além de avaliar em quais processos e atividades a IA será utilizada, é imprescindível que os times sejam capacitados antes da implementação das soluções e que haja programas de desenvolvimento contínuo afim de garantir uma integração e utilização bem-sucedidas. Para o sucesso no uso das tecnologias é fundamental que os times saibam extrair os melhores resultados das ferramentas utilizadas. Assim, aqueles que estiverem preparados para adotar essa inovação estarão em uma posição de destaque no mercado jurídico.

  • Revolução Tributária no e-commerce brasileiro: impactos e oportunidades

    Revolução Tributária no e-commerce brasileiro: impactos e oportunidades

    A partir de 2026, o Brasil implementará uma reforma tributária histórica, introduzindo dois novos impostos indiretos que modernizarão seu sistema fiscal. Essa mudança trará a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) de 8,8%, um tributo federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) de 17,7%, de âmbito estadual e municipal. Ambos funcionarão de forma análoga ao Imposto sobre Valor Agregado (IVA), alinhando o Brasil às melhores práticas internacionais. 

    Um aspecto crucial dessa reforma é a tributação de provedores de serviços digitais não residentes. Esta medida visa equalizar a competição entre empresas estrangeiras e nacionais, eliminando uma vantagem fiscal que favorecia injustamente as entidades não residentes. O novo regime tributário abrangerá uma ampla gama de serviços eletrônicos, incluindo publicidade digital, streaming de conteúdo, aplicativos, software e serviços de internet.

    Panorama do e-commerce no Brasil 

    O mercado digital brasileiro apresenta um cenário robusto e em expansão. Com 207 milhões de usuários de internet, o país está próximo do quinto estágio de desenvolvimento do comércio digital, caracterizado pela normalização das vendas online de produtos perecíveis e pela presença de múltiplos marketplaces bem estabelecidos. 

    O setor B2B domina o espaço digital, superando o B2C em três vezes. Apesar dos desafios econômicos recentes, o PIB brasileiro demonstrou resiliência, atingindo 2,9% em 2023, com projeções do Banco Mundial apontando para um crescimento mais moderado de 1,7% até o final de 2024. 

    O comportamento do consumidor brasileiro é particularmente favorável ao e-commerce. Dados do Relatório Digital Global de 2023 da Meltwater indicam que 59,2% dos usuários entre 16 e 64 anos realizam compras online semanalmente. Além disso, o país lidera em tempo gasto online em atividades como jogos, mídias sociais e streaming de conteúdo. 

    Marco Regulatório e conformidade 

    O ambiente regulatório brasileiro para o comércio digital evolui de forma consistente, embora a implementação possa ocorrer em um ritmo diferente do observado na Europa. O país possui uma estrutura legal robusta, incluindo legislações sobre transações eletrônicas, proteção de dados, combate a crimes cibernéticos e defesa do consumidor. 

    As empresas que operam no mercado brasileiro devem estar atentas às expectativas dos consumidores, que estão habituados a um alto nível de proteção legal. A conformidade com as regulamentações locais é essencial para o sucesso no mercado. 

    Perspectivas de crescimento e impacto econômico 

    O comércio eletrônico tem revolucionado o varejo global, proporcionando às marcas alcance internacional e oferecendo aos consumidores conveniência sem precedentes. Projeções da Statista indicam que as vendas globais de e-commerce no varejo devem ultrapassar US$ 8 trilhões até 2027, um crescimento expressivo em relação aos US$ 2,3 trilhões registrados em 2017.

    Na América Latina, espera-se que as vendas online atinjam US$ 160 bilhões até 2025, com Brasil, México e Argentina representando 67,06% desse mercado em 2024. Este cenário de expansão tem impulsionado fusões e aquisições no setor, além de atrair investimentos significativos para o mercado brasileiro. 

    O Brasil está se posicionando como um player global no comércio eletrônico ao implementar um programa de conformidade que promete simplificar o tratamento de taxas e impostos. Esta iniciativa não apenas beneficiará as empresas, mas também os consumidores, através da redução de tarifas de importação e de uma abordagem mais transparente para transações internacionais. 

    A reforma tributária e as novas regulamentações para o comércio digital representam um marco na modernização econômica do Brasil. Empresas nacionais e internacionais devem se preparar para adaptar suas operações a este novo cenário, que promete criar um ambiente de negócios mais equitativo e dinâmico no país.