Category: Tendências

  • Economia da Atenção e o e-commerce: o papel da neurociência na experiência do cliente

    Economia da Atenção e o e-commerce: o papel da neurociência na experiência do cliente

    Atualmente, muitas empresas, especialmente no varejo, utilizam a Inteligência Artificial (IA) e outras tecnologias para resolver desafios específicos dentro de suas organizações. Algumas estão focadas em otimizar campanhas de marketing, enquanto outras desenvolvem estruturas complexas, como data lakes, para gerenciar grandes volumes de dados. Esse movimento é impulsionado por diversos fatores: o avanço das tecnologias, a própria evolução da IA e, principalmente, a necessidade de capturar a atenção do consumidor em meio a uma enxurrada de estímulos visuais e informacionais. 

    Com a rápida evolução tecnológica, vivemos em uma era de Economia da Atenção, onde a atenção dos consumidores é um dos recursos mais escassos e mais disputados pelas marcas. Empresas e plataformas de e-commerce competem diariamente para atrair a atenção dos usuários, e as inovações em IA e neurociência aplicada aos negócios permitem não apenas medir a atenção, mas também garantir uma experiência de compra mais fluida e sem pontos de fricção. 

    O que é a Economia da Atenção? 

    Economia da Atenção refere-se ao fato de que a atenção dos consumidores é um recurso limitado, especialmente em um ambiente saturado de informações. No e-commerce, essa disputa é ainda mais intensa. A pesquisa em neurociência permite uma compreensão mais precisa de como capturar a atenção, otimizando campanhas publicitárias, navegação pelas plataformas, processos de checkout e a usabilidade como um todo. 

    Neurociência e IA transformam aexperiência do consumidor no e-commerce 

    As tecnologias de IA utilizam algoritmos avançados para replicar processos biológicos do cérebro humano. No e-commerce, isso significa identificar e prever como os consumidores interagem com os elementos visuais de um site. Ao analisar dados visuais e de comportamento, as empresas podem diminuir fricções, otimizando o design de páginas (por exemplo, home), produtos ou checkout, a forma de exposição de produtos e a experiência do usuário, garantindo que o consumidor encontre o que precisa de forma ágil e intuitiva. 

    A combinação da IA, que já é bastante utilizada pelas empresas, com a pesquisa de neurociência, permite que as marcas não só mapeiem os processos automáticos do cérebro — como percepção de cor, posicionamento visual e saliência — como também verifiquem se a experiência de compra está sendo criada sem fricções no cérebro do consumidor. Além disso, ajuda a determinar se a marca está construindo memória de marca para os usuários, aumentando assim as taxas de conversão, evitando frustrações que geram emoções negativas e, com isso, facilitando todo o processo de compra. 

    Impactos no futuro do e-commerce 

    A aplicação da IA no e-commerce não apenas melhora a eficiência das operações como abre portas para inovações em áreas como logística, personalização e, em especial, no relacionamento com o cliente. Além do design de sites e experiência de checkout, as tecnologias permitem que as marcas ofereçam um processo mais fluido, reduzindo o abandono de carrinhos e aumentando a satisfação do cliente. 

    A pesquisa em neurociência também contribui para uma jornada de compra mais eficiente e memorável, com menos interrupções e fricções, o que é essencial para garantir a experiência positiva e o crescimento sustentável. Afinal, por trás de toda venda há sempre um ser humano buscando uma conexão genuína. 

    À medida que as tecnologias de IA e neurociência evoluem, as marcas no e-commerce têm oportunidade única de melhorar significativamente a experiência do cliente. No entanto, o sucesso não está apenas em capturar a atenção do consumidor, mas em garantir que ela seja convertida em interações positivas e sem fricções, respeitando preferências e privacidade dos usuários. 

    Nesse novo paradigma da Economia da Atenção, a construção de uma marca forte e diferenciada, com posicionamento de mercado único e propósito claro, livre de fricções, tornou-se responsabilidade estratégica das lideranças. Elas precisam garantir que as operações de e-commerce estejam alinhadas com as expectativas do consumidor moderno, que se adapta rapidamente às novas tecnologias. No entanto, embora o cérebro humano adore o novo, a mudança de comportamento não é instantânea.  

    Entender essa dinâmica permite que as empresas trabalhem com dados, velocidade e estratégia, integrando a neurociência para criar conexões autênticas com os consumidores. No entanto, é crucial estar atento a taxa de churn, métrica que indica o quanto a empresa perdeu de receita ou clientes. Afinal, ignorar sinais de desconexão com o cliente pode levar ao aumento dessa taxa e comprometer não só a retenção, mas também o crescimento sustentável ocasionado por não olhar para o lado do fator humano. 

  • Migração para a nuvem: o início da revolução da IA no setor financeiro

    Migração para a nuvem: o início da revolução da IA no setor financeiro

    O setor financeiro está num ponto de inflexão! A pressão por inovar, fornecer experiências mais rápidas e personalizadas aos clientes e, ainda, garantir a eficiência nunca foi tão alta. Neste cenário, para as empresas que ainda mantêm parte de suas operações em tecnologias legadas, a migração para a nuvem emerge como um dos principais facilitadores para a integração de dados, escalabilidade de operações e é crucial para a adoção da inteligência artificial (IA). Esse processo, no entanto, traz desafios significativos e continua sendo uma das dores latentes das instituições que não nasceram digitais.

    Ao permitir que as empresas escalem suas operações e integrem grandes volumes de dados, a nuvem se torna a base sobre a qual as soluções de IA podem ser construídas. Para a concessão de crédito, por exemplo, a análise de comportamento dos clientes se tornou uma ferramenta crucial, possibilitada pelo acesso a dados massivos em tempo real. A IA permite identificar padrões, prever riscos e oferecer decisões mais assertivas. Mas, para isso, é indispensável que os dados estejam acessíveis e organizados numa infraestrutura flexível e escalável, características que a nuvem oferece de maneira adaptável a cada fase do processo, como o treinamento de modelos e a operação dos mesmos. 

    A migração de sistemas legados para a nuvem, no entanto, apresenta uma série de obstáculos. Muitas instituições financeiras, especialmente aquelas com infraestrutura mais tradicional, ainda operam em sistemas locais desenvolvidos em décadas passadas. Esses, embora robustos para suas funções originais, não foram projetados para lidar com a flexibilidade e conectividade exigidas pelas plataformas modernas. 

    A reestruturação para um ambiente de nuvem envolve não apenas ajustes tecnológicos, mas também uma transformação profunda nos processos de negócios, garantindo que os dados migrem de forma segura e que a operação diária não seja interrompida.

    Além disso, a preparação dos dados para uso em soluções de IA requer mais do que simplesmente transferi-los para a nuvem. Sistemas legados, muitas vezes, armazenam informações de maneira fragmentada ou dificilmente acessível,  o que impossibilita a disponibilização para uma análise inteligente. A transformação de dados, de brutos para estruturados, exige uma série de etapas de limpeza, normalização e padronização — e qualquer falha nesse processo pode comprometer a eficácia dos algoritmos de IA.

    A força competitiva das novas instituições digitais

    Para as empresas que já nasceram no ambiente digital e na nuvem, o cenário é bastante diferente. Startups financeiras e fintechs, muitas vezes, evitam os desafios enfrentados pelos bancos tradicionais, aproveitando desde o início as vantagens de uma infraestrutura moderna. Essas empresas se concentram em utilizar essa infraestrutura e os modelos de IA na estratégia central, como parte do core business e da entrega de valor que oferecem – o que muitas vezes pode estar ligado a valores como agilidade e economia. Além disso, a competitividade dessas instituições se traduz em uma maior capacidade de oferecer serviços personalizados e inovadores, como análise preditiva para concessão de crédito, com uma eficiência que desafia os grandes players do mercado.

    As instituições tradicionais, por outro lado, possuem quantidades muito maiores de dados, que nem sempre estão acessíveis, mas que tem o potencial de fundamentar análises mais robustas.   

    Embora a migração completa para a nuvem possa parecer uma tarefa monumental para essas grandes instituições, há estratégias que podem facilitar esse processo de forma mais gradual e controlada. Abordagens incrementais, como a modernização modular de sistemas legados, permitem que empresas façam atualizações em pequenas etapas, reduzindo o risco de falhas críticas e interrupções no serviço. A cada atualização, as empresas podem testar e ajustar a integração com novas tecnologias , garantindo uma transição mais suave e eficaz.

    Essas abordagens em pequena escala consistem na escolha de processos críticos de negócio que podem, potencialmente, se beneficiar de soluções baseadas em IA, remodelá-los e mantê-los  em paralelo aos processos tradicionais, de forma que ambos se desafiem e gerem evidências sobre a viabilidade e o impacto das novas soluções.. 

    Esse método, além de ser financeiramente mais viável, permite que as empresas mantenham a continuidade dos serviços e protejam a integridade dos dados. Mais importante ainda, ele cria uma base sólida para que, no futuro, a empresa possa tirar proveito total da nuvem e da IA, sem a pressão de uma transformação radical e imediata. Implementar IA não é fazer uma revolução de uma só vez. 

    Seja para empresas tradicionais em processo de modernização ou para startups digitais, a migração para a nuvem deixou de ser uma tendência e se tornou uma exigência prática. A competitividade no setor financeiro, impulsionada pela Inteligência Artificial, depende diretamente da capacidade de integrar e gerir dados em larga escala, com eficiência e segurança. Ignorar essa mudança pode limitar o potencial de inovação e restringir o crescimento em um ambiente cada vez mais digital e competitivo.

  • Migração para a nuvem: o início da revolução da IA no setor financeiro

    Migração para a nuvem: o início da revolução da IA no setor financeiro

    O setor financeiro está num ponto de inflexão! A pressão por inovar, fornecer experiências mais rápidas e personalizadas aos clientes e, ainda, garantir a eficiência nunca foi tão alta. Neste cenário, para as empresas que ainda mantêm parte de suas operações em tecnologias legadas, a migração para a nuvem emerge como um dos principais facilitadores para a integração de dados, escalabilidade de operações e é crucial para a adoção da inteligência artificial (IA). Esse processo, no entanto, traz desafios significativos e continua sendo uma das dores latentes das instituições que não nasceram digitais.

    Ao permitir que as empresas escalem suas operações e integrem grandes volumes de dados, a nuvem se torna a base sobre a qual as soluções de IA podem ser construídas. Para a concessão de crédito, por exemplo, a análise de comportamento dos clientes se tornou uma ferramenta crucial, possibilitada pelo acesso a dados massivos em tempo real. A IA permite identificar padrões, prever riscos e oferecer decisões mais assertivas. Mas, para isso, é indispensável que os dados estejam acessíveis e organizados numa infraestrutura flexível e escalável, características que a nuvem oferece de maneira adaptável a cada fase do processo, como o treinamento de modelos e a operação dos mesmos. 

    A migração de sistemas legados para a nuvem, no entanto, apresenta uma série de obstáculos. Muitas instituições financeiras, especialmente aquelas com infraestrutura mais tradicional, ainda operam em sistemas locais desenvolvidos em décadas passadas. Esses, embora robustos para suas funções originais, não foram projetados para lidar com a flexibilidade e conectividade exigidas pelas plataformas modernas. 

    A reestruturação para um ambiente de nuvem envolve não apenas ajustes tecnológicos, mas também uma transformação profunda nos processos de negócios, garantindo que os dados migrem de forma segura e que a operação diária não seja interrompida.

    Além disso, a preparação dos dados para uso em soluções de IA requer mais do que simplesmente transferi-los para a nuvem. Sistemas legados, muitas vezes, armazenam informações de maneira fragmentada ou dificilmente acessível,  o que impossibilita a disponibilização para uma análise inteligente. A transformação de dados, de brutos para estruturados, exige uma série de etapas de limpeza, normalização e padronização — e qualquer falha nesse processo pode comprometer a eficácia dos algoritmos de IA.

    A força competitiva das novas instituições digitais

    Para as empresas que já nasceram no ambiente digital e na nuvem, o cenário é bastante diferente. Startups financeiras e fintechs, muitas vezes, evitam os desafios enfrentados pelos bancos tradicionais, aproveitando desde o início as vantagens de uma infraestrutura moderna. Essas empresas se concentram em utilizar essa infraestrutura e os modelos de IA na estratégia central, como parte do core business e da entrega de valor que oferecem – o que muitas vezes pode estar ligado a valores como agilidade e economia. Além disso, a competitividade dessas instituições se traduz em uma maior capacidade de oferecer serviços personalizados e inovadores, como análise preditiva para concessão de crédito, com uma eficiência que desafia os grandes players do mercado.

    As instituições tradicionais, por outro lado, possuem quantidades muito maiores de dados, que nem sempre estão acessíveis, mas que tem o potencial de fundamentar análises mais robustas.   

    Embora a migração completa para a nuvem possa parecer uma tarefa monumental para essas grandes instituições, há estratégias que podem facilitar esse processo de forma mais gradual e controlada. Abordagens incrementais, como a modernização modular de sistemas legados, permitem que empresas façam atualizações em pequenas etapas, reduzindo o risco de falhas críticas e interrupções no serviço. A cada atualização, as empresas podem testar e ajustar a integração com novas tecnologias , garantindo uma transição mais suave e eficaz.

    Essas abordagens em pequena escala consistem na escolha de processos críticos de negócio que podem, potencialmente, se beneficiar de soluções baseadas em IA, remodelá-los e mantê-los  em paralelo aos processos tradicionais, de forma que ambos se desafiem e gerem evidências sobre a viabilidade e o impacto das novas soluções.. 

    Esse método, além de ser financeiramente mais viável, permite que as empresas mantenham a continuidade dos serviços e protejam a integridade dos dados. Mais importante ainda, ele cria uma base sólida para que, no futuro, a empresa possa tirar proveito total da nuvem e da IA, sem a pressão de uma transformação radical e imediata. Implementar IA não é fazer uma revolução de uma só vez. 

    Seja para empresas tradicionais em processo de modernização ou para startups digitais, a migração para a nuvem deixou de ser uma tendência e se tornou uma exigência prática. A competitividade no setor financeiro, impulsionada pela Inteligência Artificial, depende diretamente da capacidade de integrar e gerir dados em larga escala, com eficiência e segurança. Ignorar essa mudança pode limitar o potencial de inovação e restringir o crescimento em um ambiente cada vez mais digital e competitivo.

  • Assistentes virtuais: a evolução dos chatbots através da inteligência artificial

    Assistentes virtuais: a evolução dos chatbots através da inteligência artificial

    A automatização de mensagens através de chatbots apresenta-se como uma ferramenta indispensável no processo de atendimento ao cliente, proporcionando interações rápidas e eficientes. No entanto, para garantir a eficácia dessas soluções é fundamental adotar melhores práticas, transformando o sistema de conversa em um assistente virtual.

    Assistentes virtuais: a evolução dos chatbots

    A evolução de tecnologias de inteligência artificial permitiu o melhoramento de ferramentas de chatbots em busca de atendimentos mais individualizados com a personalização de respostas.

    O progresso de modelos de chatbots com a integração de soluções de inteligência artificial reconfigurou essas ferramentas como assistentes virtuais. Atualmente, a automatização de conversas pode ser facilmente integrada em processos de vendas e métricas como o CRM a partir de modelos disponíveis na internet.

    Personalização das tarefas

    Com essa mudança, o assistente virtual permite um atendimento mais fluido, com fácil acesso ao histórico do cliente. Pelo assistente virtual, é possível treinar bots para escalar consultas de dados mais complexas para auxiliar atendentes humanos, quando necessário, garantindo uma experiência completa ao usuário, sem frustrações.

    Futuro dos chatbots

    Em breve, os chatbots integrados com inteligência artificial prometem revolucionar ainda mais a experiência do usuário ao incorporar o gerenciamento de dados a partir de voz, imagem e vídeo. Essas ferramentas não apenas responderão a perguntas de texto, mas também entenderão comandos verbais, criando interações mais naturais que se aproximam do usuário.

    Além disso, a capacidade de analisar imagens permitirá diagnósticos visuais, como a criação de infográficos, a identificação de produtos e até suporte técnico avançado com a automatização de mensagens. Com essas inovações, os chatbots estão se transformando em assistentes ainda mais complexos, oferecendo soluções personalizadas e ágeis, enquanto continuam a evoluir com o aprendizado contínuo de dados para otimizar o atendimento, convertendo a ferramenta em um assistente virtual.

    *Adilson Batista é especialista em inteligência artificial – adilsonbatista@nbpress.com.br

  • Pouco utilizada no varejo, Inteligência Artificial pode revolucionar o segmento

    Pouco utilizada no varejo, Inteligência Artificial pode revolucionar o segmento

    De acordo com a pesquisa “The State of AI in Early 2024: Gen AI Adoption Spikes and Starts to Generate Value”, realizada pela McKinsey, em 2024, 72% das corporações em todo o mundo já adotaram o uso da Inteligência Artificial (IA). No entanto, a realidade no setor varejista é bem diferente. Conforme o relatório “Perspectivas da Agenda CIO para a Indústria e o Varejo”, elaborado pelo Gartner, revela que atualmente menos de 5% das empresas desse segmento utilizam soluções de IA para criar dados sintéticos de clientes, que simulam dados reais.

    Nesse contexto, é animador saber que, conforme o relatório do Gartner, até o final de 2025, nove em cada dez varejistas planejam implementar a IA para transformar a jornada do cliente de maneira mais personalizada e eficiente. Além de aprimorar a experiência de compra do consumidor, a tecnologia em questão é capaz de revolucionar a forma como é feito o gerenciamento das operações do comércio, possibilitando análises precisas  e estratégicas.

    Dentre os muitos benefícios que a IA pode acarretar para o varejo, podemos destacar a possibilidade de coletar, armazenar e explorar dados para a identificação de padrões de compra dos clientes, compreensão dos produtos com maior saída e previsão da necessidade de reposição de mercadorias. Tal recurso auxilia na redução de custos com estoque desnecessário, desperdício de produtos e preparação para picos de demanda devido à sazonalidade. 

    Com um banco de dados estruturado pela IA, os varejistas podem desenvolver estratégias de marketing direcionadas, promoções segmentadas, ofertas especiais e recomendações individualizadas. Dessa forma, além de impulsionar as vendas, a tecnologia contribui para a fidelização do cliente.

    É uma relação de ganho dos dois lados, afinal o varejista deve ter resultados melhores, enquanto os clientes terão seus produtos e marcas favoritas sempre disponíveis e, muitas vezes, com promoções.

    A IA também promete ajudar muito o varejista no gerenciamento operacional e financeiro das suas lojas, auxiliando a controlar melhor o estoque, evitando perdas. Um exemplo disso, é a “pick list”, que seria a “lista de compras de estoque” do varejista para aquele momento. A IA já consideraria o estoque atual, dinheiro em caixa, previsão de vendas para os próximos dias ou semanas (considerando sazonalidade) e datas de vencimento dos produtos, para gerar uma lista de compras certeira. Um procedimento de compras mais assertivo diminui prejuízos e auxilia no fluxo de caixa do varejista, que pode repassar esse ganho no preço do produto final para o consumidor, fazendo a máquina de vendas girar mais e melhor.

    Em resumo, a IA está disponível para os varejistas e pode capacitá-los a tomar decisões mais informadas, otimizar suas operações e proporcionar uma experiência mais personalizada aos consumidores. Ao adotar essa tecnologia, os empreendedores podem competir de forma mais eficaz em um mercado que se apresenta altamente dinâmico e competitivo. Nesse cenário, espera-se que o mercado global de ferramentas de IA no varejo cresça exponencialmente, alcançando, segundo projeções da Statista, US$ 31 bilhões até 2028. Com essas inovações, a IA não apenas vem para ajudar, mas também para transformar radicalmente suas vendas, tornando-as mais ágeis, eficientes e centradas nos clientes.

  • Pouco utilizada no varejo, Inteligência Artificial pode revolucionar o segmento

    Pouco utilizada no varejo, Inteligência Artificial pode revolucionar o segmento

    De acordo com a pesquisa “The State of AI in Early 2024: Gen AI Adoption Spikes and Starts to Generate Value”, realizada pela McKinsey, em 2024, 72% das corporações em todo o mundo já adotaram o uso da Inteligência Artificial (IA). No entanto, a realidade no setor varejista é bem diferente. Conforme o relatório “Perspectivas da Agenda CIO para a Indústria e o Varejo”, elaborado pelo Gartner, revela que atualmente menos de 5% das empresas desse segmento utilizam soluções de IA para criar dados sintéticos de clientes, que simulam dados reais.

    Nesse contexto, é animador saber que, conforme o relatório do Gartner, até o final de 2025, nove em cada dez varejistas planejam implementar a IA para transformar a jornada do cliente de maneira mais personalizada e eficiente. Além de aprimorar a experiência de compra do consumidor, a tecnologia em questão é capaz de revolucionar a forma como é feito o gerenciamento das operações do comércio, possibilitando análises precisas  e estratégicas.

    Dentre os muitos benefícios que a IA pode acarretar para o varejo, podemos destacar a possibilidade de coletar, armazenar e explorar dados para a identificação de padrões de compra dos clientes, compreensão dos produtos com maior saída e previsão da necessidade de reposição de mercadorias. Tal recurso auxilia na redução de custos com estoque desnecessário, desperdício de produtos e preparação para picos de demanda devido à sazonalidade. 

    Com um banco de dados estruturado pela IA, os varejistas podem desenvolver estratégias de marketing direcionadas, promoções segmentadas, ofertas especiais e recomendações individualizadas. Dessa forma, além de impulsionar as vendas, a tecnologia contribui para a fidelização do cliente.

    É uma relação de ganho dos dois lados, afinal o varejista deve ter resultados melhores, enquanto os clientes terão seus produtos e marcas favoritas sempre disponíveis e, muitas vezes, com promoções.

    A IA também promete ajudar muito o varejista no gerenciamento operacional e financeiro das suas lojas, auxiliando a controlar melhor o estoque, evitando perdas. Um exemplo disso, é a “pick list”, que seria a “lista de compras de estoque” do varejista para aquele momento. A IA já consideraria o estoque atual, dinheiro em caixa, previsão de vendas para os próximos dias ou semanas (considerando sazonalidade) e datas de vencimento dos produtos, para gerar uma lista de compras certeira. Um procedimento de compras mais assertivo diminui prejuízos e auxilia no fluxo de caixa do varejista, que pode repassar esse ganho no preço do produto final para o consumidor, fazendo a máquina de vendas girar mais e melhor.

    Em resumo, a IA está disponível para os varejistas e pode capacitá-los a tomar decisões mais informadas, otimizar suas operações e proporcionar uma experiência mais personalizada aos consumidores. Ao adotar essa tecnologia, os empreendedores podem competir de forma mais eficaz em um mercado que se apresenta altamente dinâmico e competitivo. Nesse cenário, espera-se que o mercado global de ferramentas de IA no varejo cresça exponencialmente, alcançando, segundo projeções da Statista, US$ 31 bilhões até 2028. Com essas inovações, a IA não apenas vem para ajudar, mas também para transformar radicalmente suas vendas, tornando-as mais ágeis, eficientes e centradas nos clientes.

  • Cyber Week 2024: insights e melhores práticas para o sucesso do varejo

    Cyber Week 2024: insights e melhores práticas para o sucesso do varejo

    O período de vendas mais intenso do varejo está chegando, a Cyber Week, que inclui a Black Friday e a Cyber Monday. Com a pressão para maximizar as vendas durante este período, é vital que as empresas se preparem para oferecer experiências personalizadas e de alta qualidade aos clientes. Recentemente, organizamos um webinar de preparação para a Cyber Week 2024 com especialistas da Twilio, Shopify e Klaviyo, a fim de discutir as melhores práticas para ter sucesso durante este período de pico de vendas.

    Poder conversar com um dos nossos clientes mais inovadores quando se fala de engajamento ao cliente e suas estratégias de comunicação durante  a Cyber Week foi um prazer, e é por isso que resumimos aqui alguns dos principais insights e dicas de engajamento digital e investimentos estratégicos que descobrimos durante este webinar. Os palestrantes enfatizaram a escala surpreendente de comunicação que aconteceu durante a Cyber Week 2023, mostrando como plataformas como a Twilio, Shopify e Klaviyo suportam grandes volumes de interações nessa época. No ano passado, a  Twilio enviou 68 bilhões de e-mails e mensagens, enquanto os usuários do Klaviyo enviaram mais de 11,6 milhões de mensagens por minuto durante horários de pico, gerando quase US$60 milhões de valor atribuído ao Klaviyo por hora.

    A Shopify, que representa mais de 10% do comércio eletrônico total dos EUA, registrou  61 milhões de consumidores em todo o mundo comprando das lojas hospedadas no Shopify durante a Cyber Week 2023. Esses números impressionantes ressaltam a importância de estratégias de comunicação robustas durante esse período.

    Melhores práticas para uma Cyber Week para o sucesso

    Dada a escala dos volumes enviados durante a Cyber Week, a preparação é a chave para o sucesso. Aqui estão algumas práticas recomendadas a serem consideradas:

    1. Comece a se preparar cedo – O sucesso da Cyber Week depende da preparação durante todo o ano. Como disse Kiersti Esparza, de Klaviyo: “A preparação para a próxima Cyber Week começará no dia seguinte ao término desta.” Para ter certeza de que está pronto, comece a planejar suas estratégias, campanhas e processos operacionais o mais cedo possível;
    2. Garanta a capacidade de entrega – A capacidade de entrega é crucial para a Cyber Week. Altos volumes de mensagens tornam os problemas de entrega ainda mais arriscados, com o potencial de aparecer em listas de bloqueio de spam ou de limitar as mensagens. Certifique-se de enviar apenas para clientes engajados que deram consentimento explícito para receber suas comunicações. Chris Borgia, do Shopify, destacou a importância de manter a higiene das listas e validá-las usando ferramentas como a API de validação de e-mail do SendGrid;
    3. Segmentar públicos – A personalização é a chave para impulsionar o sucesso. Na última Cyber Week, quase 47% das compras feitas pelos clientes da Klaviyo vieram de compradores recorrentes. Aproveitar a segmentação e o direcionamento com base no comportamento do cliente – como frequência de pedidos, gasto médio ou métricas de engajamento – pode ajudar a aumentar as compras repetidas e fortalecer a fidelidade do cliente. Direcionar o público certo com mensagens personalizadas nos canais preferidos garante que suas campanhas sejam relevantes e envolventes;
    4. Mantenha a conformidade e monitore as métricas – Os requisitos de conformidade evoluíram e as melhores práticas são agora padrões necessários. Para evitar listas de bloqueio e penalidades, mantenha suas taxas de reclamação abaixo de 0,1% e, para mensagens (por exemplo, SMS), sempre obtenha consentimento documentado. Shopify enfatizou o uso de métricas como taxa de entrega, taxa de abertura e taxas de conversão para avaliar o desempenho. A chave não é apenas o volume de mensagens enviadas, mas a eficácia dessas mensagens em impulsionar a ação.

    Superando desafios: estabilidade, capacidade de entrega e expectativas do cliente

    O webinar também abordou desafios comuns durante a Cyber Week, como a estabilidade da plataforma, problemas de capacidade de entrega e o aumento das expectativas dos consumidores. Tanto Klaviyo quanto Shopify enfatizaram a importância da “observabilidade”, ou monitoramento constante de sistemas e métricas de comunicação para garantir que tudo corra bem.

    Chris Borgia, do Shopify, observou que, embora as preocupações com a capacidade de entrega da Cyber Week sejam semelhantes às de qualquer outra época do ano, os riscos são muito maiores. Com mais riscos, há menos espaço para erros. Portanto as empresas precisam monitorar consistentemente as métricas de desempenho, como o posicionamento na caixa de entrada e as taxas de reclamação, para mitigar os problemas antes que eles aumentem.

    A importância das estratégias multicanais

    Outro ponto importante discutido foi o poder do uso de estratégias de comunicação multicanal. Pelo menos 75% dos consumidores estão abertos a receber mensagens de texto de marcas que lhes interessam e 91% dos consumidores esperam que as marcas comuniquem através dos seus canais preferidos. Isto destaca uma oportunidade significativa para os retalhistas aumentarem a satisfação, aumentarem a fidelidade à marca e, em última análise, gerarem mais conversões por meio do uso integrado de canais, como e-mail, SMS e notificações push.

    Principais recomendações para o sucesso da Cyber Week

    1. Concentre-se na qualidade em vez da quantidade – Por mais tentador que seja aumentar o volume de mensagens durante a Cyber Week, os palestrantes reiteraram que o sucesso reside na eficácia da sua comunicação – e não apenas na quantidade que você envia. Muitas vezes, menos pode significar mais se as mensagens forem personalizadas e relevantes;
    2. Monitore o engajamento – Fique de olho nas métricas de engajamento, como taxas de cliques, taxas de abertura e taxas de conversão. Essas métricas indicam se suas mensagens estão alcançando e repercutindo em seu público;
    3. A conformidade não é negociável – Seguir os regulamentos de conformidade é fundamental, independentemente do canal de comunicação que você está usando. Certifique-se de ter o consentimento documentado e de cumprir os requisitos de conformidade federais, regionais ou do fornecedor relevantes. 
  • A tokenização é a uberização do mercado financeiro

    A tokenização é a uberização do mercado financeiro

    Assim como o Uber revolucionou o ramo de transportes ao desafiar o modelo clássico dos táxis, a tokenização promete transformar o setor financeiro, oferecendo novas oportunidades para agentes de mercado que, até então, eram reféns de sistemas tradicionais e operavam sob restrições impostas por instituições centralizadoras, como bancos e corretoras. Esses agentes incluem fundos de investimento, gestoras de ativos, escritórios de assessoria de investimentos, securitizadoras e uma pequena parcela de fintechs.

    Especialmente no Brasil, os fundos costumam recorrer a grandes bancos e corretoras para distribuição e administração de seus produtos financeiros. Além da burocracia e dos processos lentos, que atrasam decisões estratégicas e prejudicam a performance, isso limita sua capacidade de inovação e impõe custos elevados, que são repassados aos investidores.

    As gestoras de ativos também enfrentam desafios, visto que precisam lidar com a custódia dos ativos, a administração dos fundos e a conformidade regulatória, geralmente através de intermediários que impõem taxas e restrições, limitando sua flexibilidade e agilidade para explorar outras chances de diversificação.

    Além disso, o aumento das exigências regulatórias por órgãos como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no Brasil, e a Securities and Exchange Commission (SEC), nos EUA, impõe a necessidade de constante atualização e conformidade, o que pode ser custoso e demorado. Ademais, a necessidade de investir em novas tecnologias, como inteligência artificial e big data, é crucial para manter a competitividade, exigindo não apenas altos custos de implementação, mas também formação e retenção de talentos qualificados.

    A competição no setor também se intensificou com o aumento no número de gestoras e a facilidade de acesso a informações e ferramentas de investimento, tornando a diferenciação no mercado um desafio constante. Paralelamente, os investidores estão cada vez mais informados e exigentes, buscando investimentos sustentáveis e responsáveis, além de retornos financeiros, o que obriga as gestoras a adaptarem suas estratégias e ofertas de produtos.

    Outro desafio significativo é representado pelas taxas de juros historicamente baixas em muitos mercados, o que dificulta a obtenção de retornos atrativos em investimentos tradicionais de renda fixa. Para enfrentar esses obstáculos e aproveitar as oportunidades, as gestoras de investimentos devem adotar uma abordagem proativa, investindo em tecnologia, mantendo-se atualizadas com as regulamentações e adaptando suas estratégias às novas demandas dos investidores.

    Por sua vez, os escritórios de assessoria de investimentos são lentos e têm uma relação complexa com bancos e corretoras. Enquanto oferecem aconselhamento personalizado aos clientes, muitas vezes são pressionados a promover produtos específicos daqueles com quem mantêm acordos comerciais. Isso pode criar conflitos de interesses e limitar a ação dos assessores.

    Já as securitizadoras, que transformam ativos ilíquidos em títulos negociáveis, carecem das instituições financeiras para distribuir suas soluções e frequentemente enfrentam barreiras para acessar mercados mais amplos.

    Até mesmo as fintechs, que surgiram com a promessa de disrupção, acabaram se integrando aos sistemas convencionais para ganhar escala. Isso levou à perda de parte de sua proposta original, tornando-as dependentes dos mesmos intermediários que prometeram substituir. A crise dos FIDCs é um exemplo de como essa integração pode falhar, gerando resultados abaixo do esperado.

    A transformação com a tokenização

    Muitos empreendedores ainda buscam o caminho mais fácil, optando por se integrar aos moldes tradicionais do mercado financeiro. No entanto, a tokenização oferece uma nova abordagem, permitindo que esses agentes uberizem o setor e adquiram autonomia.

    Assim, fundos de investimento podem tokenizar de diferentes formas sua estrutura, eliminando etapas e reduzindo custos. Gestoras de ativos podem expandir seu portfólio com ativos tokenizados, desde imóveis a startups, acessando novos pools de distribuição.

    A tokenização também viabiliza aos escritórios de assessoria exercerem o papel de estruturador, aquele que se senta à mesa com o tomador de crédito e negocia como uma corretora. Para as securitizadoras, ela simplificará o processo de transformar ativos ilíquidos em títulos negociáveis, sendo o próprio painel de oferta, proporcionando maior clareza e acessibilidade. Isso atrai um grupo mais diversificado de investidores e reduz os custos de emissão e administração.

    Portanto, assim como o Uber democratizou o acesso ao transporte, permitindo que qualquer pessoa com um carro se tornasse um motorista, a tokenização cria pavimentação para dar autonomia a quem antes era refém de bancos e corretoras e cria uma nova educação financeira a investidores, tornando tudo muito mais coerente e transparente. Essa transformação dispensa tantos intermediários desde a estruturação de um ativo, além de reduzir custos e burocracia, e aumentar a eficiência e a transparência do mercado financeiro.

    Essa mudança de paradigma amplia o alcance a uma base global de investidores e fomenta a criação de produtos e serviços financeiros, impulsionando a inovação e a competitividade, além de beneficiar as empresas do setor financeiro, que podem utilizar soluções mais adequadas às suas necessidades.

  • Retail Mídia: o futuro do varejo alimentar

    Retail Mídia: o futuro do varejo alimentar

    O varejo alimentar está passando por uma revolução silenciosa que promete transformar a maneira como compramos e vendemos – essa transformação se chama retail mídia. Em uma era de transformação digital, a capacidade de conectar marcas e consumidores de forma personalizada nunca foi tão importante, e os supermercados estão aproveitando essa oportunidade e, ao mesmo tempo, oferecendo uma experiência de compra mais dinâmica e envolvente.

    A retail mídia, ou mídia de varejo, refere-se à prática de varejistas monetizarem os espaços digitais, como telas de TV, terminais de consulta de preços e outros pontos de contato, por meio de anúncios segmentados e campanhas personalizadas. Essa estratégia moderniza a experiência do cliente, aumenta as vendas por impulso e gera novas fontes de receita para os varejistas, criando um ciclo virtuoso de benefícios para todas as partes envolvidas.

    O potencial da estratégia

    O potencial da retail mídia é inegável. De acordo com a consultoria britânica Omdia, o segmento de retail mídia deve atingir US$ 293 bilhões no mercado publicitário até 2029, consolidando-se como um investimento prioritário para anunciantes e varejistas. Um dos grandes atrativos dessa estratégia para as marcas é a capacidade de conversar com o consumidor final no momento mais importante da jornada de compra. A loja física tem um grande poder de audiência, maior que muitos canais de televisão, e agora as marcas percebem o potencial de anunciar produtos neste novo canal que surge dentro do varejo físico.

    Isso significa que, além de aumentar a eficácia das campanhas publicitárias, a retail mídia melhora a experiência do cliente, apresentando ofertas e produtos relevantes durante a jornada de compra. É uma forma de criar um diálogo direto e personalizado entre marcas e consumidores, beneficiando ambos os lados.

    Personalização, dados e o futuro da publicidade no supermercado

    Para os varejistas, a retail mídia oferece a chance de transformar cada ponto de contato com o cliente – seja digital ou físico – em uma nova fonte de receita. Ao veicular anúncios, segmentados ou não, os supermercados podem promover produtos sazonais, sugerir complementos para itens no carrinho de compras ou destacar ofertas especiais em tempo real.

    O uso de dados de comportamento de compra, como histórico e preferências pessoais, não apenas aumenta a relevância dos anúncios, mas também permite que os varejistas adaptem as campanhas para diferentes perfis de consumidores. Isso  potencializa as vendas e enriquece o processo de compra. 

    Inovação e experiência: como retail mídia pode transformar o varejo alimentar

    A inovação tecnológica é uma das grandes forças que impulsionam a evolução do retail mídia. Tecnologias emergentes, como inteligência artificial e reconhecimento de imagem, têm o potencial de revolucionar a segmentação de anúncios e a experiência do cliente no varejo. É como imaginar um sistema que identifica os produtos que um cliente está segurando e exibe ofertas personalizadas em tempo real, conectando o mundo físico ao virtual de maneira perfeita.

    No entanto, o uso dessas tecnologias deve sempre respeitar a privacidade dos consumidores. É essencial que os varejistas sejam transparentes sobre o uso de dados e garantam que os clientes tenham controle sobre as informações, além de estarem em conformidade com as regulamentações de proteção de informações pessoais.

    Uma perspectiva para o futuro

    O futuro do varejo alimentar será moldado por aqueles que entenderem como integrar a tecnologia com um foco absoluto no cliente. A retail mídia, mais do que uma mera estratégia de monetização, é uma ferramenta poderosa para proporcionar uma experiência de compra mais personalizada, inovadora e fluida. Aqueles que souberem aproveitar ao máximo essa nova fronteira estarão na vanguarda do setor, criando um ambiente de consumo mais dinâmico, atrativo e rentável.

    A transformação digital do varejo não é apenas uma tendência – é uma realidade que está ganhando força. Supermercados que adotarem essa abordagem podem gerar novas receitas e estabelecer um novo padrão de interação com os clientes. O caminho para o sucesso está na capacidade de combinar inovação tecnológica com um profundo conhecimento do comportamento do consumidor.

  • Redes sociais e o advento do mundo 4.0

    Redes sociais e o advento do mundo 4.0

    A era digital trouxe consigo uma revolução na forma como as marcas se comunicam com seu público. Dados de uma recente pesquisa da Warc destacam que atualmente as redes sociais são o maior canal dos investimentos em publicidade, devendo superar US$ 247,3 bilhões globalmente em 2024. Isso representa um crescimento de 14,3% na comparação com o ano passado.

    Além disso, outro estudo, desta vez da GWI, apontou que o tempo gasto nas redes aumentou 50% nos últimos dez anos. O consumo médio diário teria saltado de 95 minutos em 2014, para 152 minutos em 2024. Isso significa que a plataforma que conecta a geração Y (os Millennials) com as gerações Z e Alpha não é mais a televisão, mas a experiência online das redes sociais.

    Ademais, poucos dias após o primeiro turno das eleições municipais em todo o país, queda evidente a transformação social, política e de costumes decorrente do papel dos “influenciadores” e da força das redes sociais na formação e consolidação de opiniões junto a todos os públicos e idades, cada um deles com sua rede de ‘preferência pessoal’.

    Por sua vez, dados do Merrill Lynch indicam que está em curso a maior transferência de riqueza da história, sendo liderada pela Geração Z e seus sucessores, que vão herdar mais de US$ 84 trilhões em ativos. E o que todos esses dados significam? Para ser direto: o dinheiro mudou de mãos, a sociedade mudou a forma de se comunicar, portanto, ou você entende essas mudanças e os anseios das novas gerações que possuem cada vez maior poder de compra, ou está fadado ao fracasso no médio prazo.

    Já há alguns anos (marcadamente após a pandemia), construir uma presença forte das marcas não é mais uma questão de “falar com o público jovem” ou “disponibilizar SAC 3.0”, mas uma prática fundamental para a sobrevivência da empresa. Para deixar ainda mais claras essa necessidade e essa mudança, sabe a televisão, essa que, se você tem mais de 30 anos de idade, era a grande companheira da família? Pois bem, ela já começou sua migração para as redes sociais — e não estou querendo dizer que ela vai ter um perfil no Facebook, mas que a televisão vai passar pela sua maior mudança na história com a TV 3.0, que, no Brasil, está prevista para começar no ano que vem.

    Com a TV 3.0, as emissoras poderão oferecer programas diferentes simultaneamente para públicos específicos, com base no perfil do telespectador, que será monitorado em tempo real através de algoritmos. Isso sugere que a TV 3.0 terá um nível de personalização que a TV convencional não possui. Assim, ligar a TV será como ver o feed das redes sociais.

    No Brasil, de olho nessas tendências e na TV 3.0, a Rede Globo também está inovando no campo da publicidade. A empresa lançou o GloboAds, plataforma que oferece uma variedade de soluções publicitárias para marcas. Além disso, ainda apresentou o Binge Ads, novas atrações na programação multiplataforma e novos canais FAST.

    Aliado a essa mudança está o fenômeno da inteligência artificial, alimentada por ferramentas de IA Generativa, como o ChatGPT e o Gemini. A Meta, por exemplo, tem investido fortemente – e muitas vezes de forma menos evidente ao grande público – em IA. Recentemente, a empresa anunciou a expansão internacional do Meta AI, um assistente de IA que permite aos usuários acessar informações em tempo real através do Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger. Além disso, a Meta lançou o AI Sandbox, uma “área de testes” para anunciantes experimentarem novas ferramentas de IA. E também fez sucesso nos meios especializados nos últimos dias com seu novo óculos de realidade aumentada e IA aplicada ao usuário feito com a Ray-Ban que – descobriu-se – captura obrigatoriamente tudo que estamos vendo em nossas casas e vidas para treinar sua IA própria com dados, se quisermos utilizar as funcionalidades que essa novidade tecnológica oferece.

    A Meta é um dos icônicos exemplos de empresa do século XXI que abraçaram e lideram aceleradamente essas transformações sociais e mercadológicas, assim como em maior ou menor escala todas as “7 Magníficas” da NASDAq americana e suas pares/concorrentes chinesas.

    Essas iniciativas de IA estão transformando a maneira como as marcas interagem com seus consumidores. Agora, as marcas podem criar conteúdo personalizado, responder às perguntas dos clientes e até mesmo prever tendências do mercado em tempo real. Dessa forma, elas conseguem entender as necessidades e desejos do seu público de maneiras até então impossíveis, e tudo isso diretamente no feed das redes sociais, local onde os consumidores interagem usando uma multiplicidade de personalidades, que se fundem no “Eu” de nossas personas físico-digitais.

    Meu recado final é bastante simples: não é mais possível separar a vida real da digital, pois elas estão em simbiose e integração cada vez mais plena. Com a inteligência artificial deixando de estar restrita aos filmes de ficção científica e passando a ser uma ferramenta do cotidiano, adapte-se rápido ou prepare-se para a irrelevância junto aos clientes. Bem-vindos ao mundo da revolução 4.0.