O dropshipping é um modelo de negócios que permite aos comerciantes vender produtos sem a necessidade de manter estoque físico. É uma maneira acessível de entrar no mundo do comércio eletrônico, exigindo um investimento inicial menor. No entanto, iniciar nesse campo pode ser desafiador, demandando um planejamento cuidadoso e uma compreensão clara das etapas necessárias para construir uma operação bem-sucedida. Desde a escolha do nicho de atuação até as estratégias de marketing mais indicadas e o gerenciamento do atendimento ao cliente, há desafios a serem enfrentados para quem deseja ter longevidade nesta modalidade de empreendimento.
Escolhendo um nicho
É importante escolher um setor pelo qual tenha interesse ou paixão, porque isso torna o processo mais agradável e mantém a motivação alta. Nichos com muita concorrência indicam alta demanda, enquanto os com pouca concorrência podem ser oportunidades ou sinais de baixa procura. Vale considerar mercadorias que oferecem boas margens de lucro e prestar atenção às tendências de mercado e sazonalidade. Para iniciantes, recomenda-se a escolha por nichos relativamente simples e com demanda constante, como acessórios de moda, bem-estar e saúde, tecnologia e gadgets, casa e decoração, itens para pet shop etc. Utilizar ferramentas como Google Trends e SEMrush pode ajudar a analisar a popularidade e demanda das áreas escolhidas.
Primeiros passos
Uma vez escolhido o setor de atuação, é hora de selecionar as mercadorias a serem vendidas, levando em consideração margens de lucro e tendências. Encontrar fornecedores confiáveis é indispensável para garantir a qualidade dos itens e a satisfação de quem compra. Fazer negócio com empresas nacionais é recomendado para iniciantes devido aos prazos de entrega mais curtos. Configurar uma loja virtual é o próximo passo. Além de escolher uma plataforma de e-commerce adequada, é necessário personalizar a loja e criar descrições detalhadas das mercadorias. Também é preciso definir os canais de venda, decidindo se irá vender em sua própria loja on-line, em marketplaces como Shopee e Mercado Livre ou nas redes sociais — ou em todos esses. É essencial comunicar claramente os prazos de entrega, considerando o tempo necessário para o fornecedor enviar as peças.
Estratégias de marketing eficazes
Adotar uma combinação de estratégias de marketing é a melhor abordagem para promover os produtos. O SEO aumenta a visibilidade nos motores de busca, enquanto a publicidade paga em plataformas como Google Ads e Meta Ads alcança rapidamente um público mais amplo. Utilizar redes sociais para mostrar as peças e interagir com clientes é essencial, assim como o e-mail marketing para manter a base de clientes informada e engajada com ofertas e conteúdos exclusivos. Programas de fidelidade e promoções incentivam compras repetidas, enquanto parcerias com influenciadores e outras marcas podem expandir o alcance e a credibilidade, potencializando as vendas. Analisar métricas de desempenho regularmente permite que comerciantes de dropshipping façam ajustes informados e oportunos, otimizando a eficiência e a rentabilidade do negócio. Utilizar ferramentas de análise como Google Analytics e realizar testes A/B para otimizar elementos do site também é altamente recomendável.
Garantindo a satisfação do cliente
Para garantir uma experiência positiva ao comprador, é necessário combinar comunicação clara, qualidade do produto e atendimento eficiente. Manter as pessoas informadas sobre prazos de entrega realistas e atualizá-las regularmente sobre o status do pedido, além de oferecer mercadorias de alta qualidade, evita decepções. Estabelecer políticas claras de devolução e reembolso e responder prontamente a quaisquer dúvidas ou problemas dos clientes é o mais indicado. Personalizar a experiência pode aumentar a satisfação e fidelização. Criar uma página de agradecimento com mensagens personalizadas, expressando gratidão pelo pedido ou oferecendo um desconto para a próxima compra é um ótimo exemplo.
Superando os desafios
Iniciar um negócio de dropshipping apresenta vários desafios para jovens comerciantes, como encontrar fornecedores sérios e comprometidos, gerenciar o estoque e os prazos de entrega, garantir a qualidade dos produtos e atrair compradores. Para superar esses obstáculos, é necessário realizar uma pesquisa minuciosa, escolher bem de quem comprar as peças e investir em marketing digital. Manter a transparência com os clientes e oferecer um excelente suporte também são práticas fundamentais. Estabelecer canais de comunicação claros, como e-mail e redes sociais, permite que os consumidores escolham como desejam entrar em contato. Treinar-se para responder a perguntas e resolver problemas de forma eficiente é essencial, além de utilizar ferramentas como Zendesk, que podem ajudar a gerenciar interações com o público e melhorar o serviço.
Para estruturar um sistema de vendas eficiente nesse tipo de empreendimento, é fundamental adotar uma abordagem estratégica em todas as etapas do negócio. Desde a escolha cuidadosa do nicho e dos produtos até a implementação de estratégias de marketing eficazes e a garantia de um excelente atendimento ao comprador — cada decisão impacta diretamente o sucesso e a longevidade do negócio. Investir tempo em pesquisa, escolher fornecedores confiáveis, manter a transparência com os compradores e utilizar ferramentas de análise e atendimento são ações essenciais para superar os desafios. Com um planejamento sólido e dedicação, é possível construir uma operação lucrativa e sustentável neste competitivo mercado.
No dia 14 de agosto de 2024, o Brasil comemora o 6° aniversário da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). A legislação marcou o avanço na proteção da privacidade e dos dados pessoais no país. Aprovada em 14 de agosto de 2018, a LGPD entrou em vigor em setembro de 2020, com sanções aplicáveis a partir de agosto de 2021.
A LGPD define dados pessoais como qualquer informação que possa identificar ou tornar identificável uma pessoa física ou jurídica, como nome, CPF, RG, e-mail e demais dados. A principal finalidade da LGPD é garantir que esses dados sejam utilizados de forma segura e transparente, evitando o uso indevido e assegurando a proteção e segurança jurídica dos cidadãos.
Em maio de 2021, dois anos após a sançãoda LGPD, o Supremo Tribunal Federal (STF), reconheceu a proteção de dados pessoais como um direito fundamental. Esse reconhecimento foi incluído na Constituição Federal em fevereiro de 2022, através da Emenda Constitucional Nº 115/22. Com a Constituição Federal de 1988, os direitos à intimidade, privacidade e sigilo das comunicações já haviam sido positivados, mas proteção de dados pessoais apenas passou a fazer parte do texto constitucional mais recentemente. Leis como o Marco Civil da Internet e a Lei de Acesso à Informação foram importantes precursoras que contribuíram para a formulação da LGPD.
Após a promulgação da lei, as empresas precisaram se ajustar à nova legislação, adotando práticas específicas. Isso envolveu a criação de políticas e procedimentos de privacidade, treinamento de funcionários e a implementação de tecnologias de segurança da informação. A LGPD estabelece multas e sanções para o descumprimento, o que -teoricamente- incentivou as empresas a se conformarem com a lei.
No entanto, a LGPD ainda não é plenamente cumprida em algumas partes do país. Um levantamento realizado pelo portal LGPD Brasil mostrou que, mesmo com a obrigatoriedade, apenas 16% das empresas do país estão em conformidade com a lei. Isso revela que, embora já tenha uma certa conscientização sobre a lei, ela ainda é bastante concentrada em grandes centros urbanos, e é necessário levar esse conhecimento para outras regiões do país.
O advogado e especialista em direito digital pela FGV, Lucas Maldonado D. Latini, aponta que uma das maiores dificuldades para a adequação à LGPD está na falta de conhecimento sobre a lei e como ela afeta as operações das empresas. Muitas organizações ainda não sabem que a legislação se aplica ao seu ramo de atuação. O advogado observa que a legislação abrange empresas de diversos setores, como finanças, educação, varejo etc. Todos precisam se adequar ou estão sujeitos a sanções.
Para ele, as disposições sobre a proteção de dados estavam dispersas em diversas leis, dificultando a interpretação e a aplicação desses direitos. “A unificação promovida pela LGPD trouxe clareza e coesão ao marco regulatório brasileiro. Além disso, tivemos a criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para assegurar a fiscalização e o cumprimento da lei”, comenta. Hoje, a ANPD é a responsável por emitir resoluções e guias orientativos que ajudam os agentes de tratamento de dados a entender e cumprir as obrigações.
O que esperar para um futuro cada vez mais tecnológico?
Embora o marco regulatório tenha avançado significativamente desde sua implementação, há várias questões que ainda precisam ser abordadas pela Autoridade Nacional de Proteção da Dados (ANPD) para garantir que a aplicação continue a ser eficaz.
Um dos tópicos em foco é a regulamentação das transferências internacionais de dados. Em 2022, a ANPD lançou uma consulta pública para criar diretrizes sobre como os dados pessoais podem ser enviados para fora do Brasil. A LGPD exige que essas transferências sejam feitas de forma a garantir a proteção adequada dos dados em outros países. Para isso, a ANPD precisa estabelecer regras claras, inclusive sobre países em que considera ter níveis de proteção compatíveis com a legislação brasileira.
Outro ponto, é a regulamentação da Inteligência Artificial (IA). Até o momento, a legislação brasileira não aborda especificamente o uso da IA em relação à proteção de dados. A ANPD está participando das discussões do Projeto de Lei nº 2.338/2023, que visa estabelecer um marco legal para a IA e está sendo avaliado pelo Senado Federal.
O advogado destaca que um dos pontos mais importantes é que as empresas estabeleçam medidas de segurança, técnicas e administrativas, necessárias para a proteção dos dados pessoais. Essas diretrizes podem incluir padrões mínimos de segurança, uso de criptografia, firewalls e políticas de acesso,. A implementação de cada uma delas é uma forma de prevenir incidentes de segurança, como vazamentos de dados, e assegurar que as informações estejam protegidas contra acessos não autorizados.
A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) projeta um faturamento online de R$ 6,56 bilhões para o Dia dos Pais deste ano, celebrado no próximo dia 11 de agosto. Este valor representa um aumento de 5% em relação ao ano passado, quando o faturamento foi de R$ 6,25 bilhões. O ticket médio também deve apresentar crescimento, passando de R$ 453 em 2023 para R$ 469 em 2024.
A expectativa é que o número de pedidos suba de 13 milhões, registrados no ano anterior, para 14 milhões neste ano, reforçando a tendência de crescimento do setor. As categorias mais procuradas pelos consumidores são eletrônicos, informática, moda, celulares e eletrodomésticos.
“O Dia dos Pais tem se consolidado como uma das principais datas do calendário de vendas para o comércio eletrônico. Observamos um crescimento consistente ano a ano, impulsionado pelo avanço do digital e pela preferência dos consumidores por conveniência e variedade”, afirma Mauricio Salvador, presidente da ABComm.
A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) projeta um faturamento online de R$ 6,56 bilhões para o Dia dos Pais deste ano, celebrado no próximo dia 11 de agosto. Este valor representa um aumento de 5% em relação ao ano passado, quando o faturamento foi de R$ 6,25 bilhões. O ticket médio também deve apresentar crescimento, passando de R$ 453 em 2023 para R$ 469 em 2024.
A expectativa é que o número de pedidos suba de 13 milhões, registrados no ano anterior, para 14 milhões neste ano, reforçando a tendência de crescimento do setor. As categorias mais procuradas pelos consumidores são eletrônicos, informática, moda, celulares e eletrodomésticos.
“O Dia dos Pais tem se consolidado como uma das principais datas do calendário de vendas para o comércio eletrônico. Observamos um crescimento consistente ano a ano, impulsionado pelo avanço do digital e pela preferência dos consumidores por conveniência e variedade”, afirma Mauricio Salvador, presidente da ABComm.
Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) tem se tornado uma força motriz em diversos setores, revolucionando a maneira como interagimos com a tecnologia e transformando profundamente a sociedade. Entre as gigantes da tecnologia, a Meta (anteriormente Facebook) tem se destacado por suas iniciativas inovadoras e ambiciosas no campo da IA. Como CEO de uma empresa que desenvolve uma agente virtual inteligente, vejo com admiração e preocupação o impacto das soluções da Meta na indústria e na vida das pessoas.
A IA da Meta abrange uma série de tecnologias e plataformas desenvolvidas para melhorar a interação social, a personalização de conteúdo e a eficiência operacional. Entre suas criações mais notáveis estão os algoritmos de recomendação, que alimentam o feed de notícias do Facebook, o reconhecimento de imagem e voz, utilizado em plataformas como Instagram e WhatsApp, e os sistemas de moderação automática, que monitoram e removem conteúdo inadequado em suas redes.
Uma das inovações mais impressionantes é o projeto de realidade aumentada e virtual, como o Meta Horizon Worlds, que promete criar um metaverso onde os usuários podem interagir em ambientes virtuais imersivos. A IA é o motor por trás dessas experiências, oferecendo desde a criação automática de ambientes virtuais até a personalização de interações com base no comportamento e nas preferências dos usuários.
A IA da Meta funciona através de uma combinação de aprendizado de máquina, processamento de linguagem natural e redes neurais profundas. O aprendizado de máquina permite que os sistemas aprendam com grandes volumes de dados, identificando padrões e melhorando suas respostas ao longo do tempo. As redes neurais profundas, inspiradas na estrutura do cérebro humano, são utilizadas para tarefas complexas como reconhecimento de imagem e tradução de idiomas.
O processamento de linguagem natural (PLN) é uma área crucial, especialmente para a Meta, cujo foco principal é a comunicação. Utilizando modelos avançados como o BERT e o GPT, a Meta consegue entender e gerar texto de maneira mais natural, facilitando a interação entre humanos e máquinas. Essas tecnologias são integradas em plataformas de mensagens, assistentes virtuais e ferramentas de criação de conteúdo.
O impacto da IA da Meta é enorme e traz benefícios significativos, mas também desafios consideráveis. Do lado positivo, a personalização de conteúdo e a moderação automática ajudam a criar uma experiência de usuário mais segura e envolvente. As inovações em realidade aumentada e virtual prometem transformar a forma como trabalhamos, aprendemos e nos entretemos, oferecendo novas possibilidades para educação, treinamento e socialização. No entanto, essas tecnologias também levantam questões importantes sobre privacidade, viés algorítmico e responsabilidade social.
A coleta massiva de dados para treinar modelos de IA pode comprometer a privacidade dos usuários, enquanto os algoritmos de recomendação podem amplificar polarizações e criar bolhas de informação. A responsabilidade por moderar conteúdos e proteger os usuários de desinformação e discurso de ódio recai cada vez mais sobre esses sistemas automatizados, que nem sempre são infalíveis.
Hoje, a chave para um futuro equilibrado está na transparência, na ética e na colaboração. Empresas como a Meta devem continuar a investir em pesquisa e desenvolvimento, mas também em práticas responsáveis e transparentes que garantam a confiança do público. Para isso, é essencial que as empresas trabalhem juntas para criar diretrizes e regulamentações que protejam os direitos dos usuários enquanto promovem a inovação.
A IA da Meta representa uma força transformadora na tecnologia moderna, oferecendo tanto oportunidades extraordinárias quanto desafios complexos. Ao entender seu funcionamento e impacto, podemos nos preparar melhor para um futuro onde a IA não apenas complementa, mas também enriquece nossas vidas de maneira ética e sustentável. Como desenvolvedores e líderes na área, é nossa responsabilidade garantir que essa tecnologia seja usada para o bem, promovendo uma sociedade mais conectada, segura e justa.
Nos últimos anos, os marketplaces têm se destacado como um pilar fundamental para o empreendedorismo digital no Brasil. Essas plataformas de vendas se tornaram um catalisador para a transformação econômica e social. Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) em parceria com a Shopee, revela dados que reforçam essa visão e demonstram o impacto profundo do app na vida de milhões de brasileiros.
Para se ter uma ideia, um terço dos vendedores brasileiros começou a sua jornada de vendas online no marketplace. O dado reflete a acessibilidade e a confiança depositada por novos empresários no canal online, que o veem como uma oportunidade de se inserir e crescer no comércio eletrônico.
Segundo a pesquisa, para 30% dos empreendedores locais no marketplace, a Shopee é a principal fonte de renda familiar. Em tempos de incerteza econômica, ter uma fonte de renda estável é crucial, e as vendas online têm se mostrado um aliado indispensável.
O estudo aponta ainda que 40% dos empreendedores expandiram suas operações após começarem a vender no marketplace. Este crescimento é impulsionado pela facilidade de uso da ferramenta e recursos oferecidos, permitindo que pequenas e médias empresas escalem suas operações de maneira eficiente. Um exemplo é a Kokeshi Cosméticos, que, desde 2020, utiliza a plataforma para alcançar resultados expressivos e expandir sua base de clientes em nível nacional.
Geração de emprego e inclusão digital
Estima-se que os marketplaces gerem renda para milhões de brasileiros. Apenas na Shopee já são três milhões de lojistas brasileiros registrados e, segundo a pesquisa, os vendedores da Shopee também geram oportunidade de emprego para 1,3 milhão de pessoas no Brasil. Ao todo, 25% desses trabalhadores se dedicam exclusivamente às vendas na plataforma.
Mulheres no empreendedorismo
De acordo com a ABComm, o comércio eletrônico tem se consolidado como ferramenta de empreendedorismo feminino. A participação das mulheres está em ascensão nas vendas online e já representa mais de 50% dos lojistas ativos em marketplaces no Brasil. A cada dia as mulheres se destacam mais em transformação digital, impacto social e performance comercial, promovendo ainda mais a inclusão e o empoderamento feminino no empreendedorismo.
Educação
Ainda segundo a pesquisa, mais de 40% dos empreendedores entrevistados têm curso superior, e 65% vendem exclusivamente no formato online. Este dado mostra o papel da educação na formação de empresários capacitados para enfrentar os desafios do mercado digital. Além disso, 80% dos vendedores relatam grandes conquistas pessoais após começarem a vender na plataforma.
Por fim, os dados apresentados pela ABComm e Shopee demonstram o impacto positivo dos marketplaces na economia brasileira e na vida de seus vendedores. O canal se destaca não apenas como uma alternativa de vendas, mas como um agente transformador que proporciona crescimento, estabilidade financeira e inclusão digital.
A história de sucesso desses empreendedores é uma prova de que, com as ferramentas certas, é possível transformar sonhos em realidade e contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Nos últimos anos, os marketplaces têm se destacado como um pilar fundamental para o empreendedorismo digital no Brasil. Essas plataformas de vendas se tornaram um catalisador para a transformação econômica e social. Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) em parceria com a Shopee, revela dados que reforçam essa visão e demonstram o impacto profundo do app na vida de milhões de brasileiros.
Para se ter uma ideia, um terço dos vendedores brasileiros começou a sua jornada de vendas online no marketplace. O dado reflete a acessibilidade e a confiança depositada por novos empresários no canal online, que o veem como uma oportunidade de se inserir e crescer no comércio eletrônico.
Segundo a pesquisa, para 30% dos empreendedores locais no marketplace, a Shopee é a principal fonte de renda familiar. Em tempos de incerteza econômica, ter uma fonte de renda estável é crucial, e as vendas online têm se mostrado um aliado indispensável.
O estudo aponta ainda que 40% dos empreendedores expandiram suas operações após começarem a vender no marketplace. Este crescimento é impulsionado pela facilidade de uso da ferramenta e recursos oferecidos, permitindo que pequenas e médias empresas escalem suas operações de maneira eficiente. Um exemplo é a Kokeshi Cosméticos, que, desde 2020, utiliza a plataforma para alcançar resultados expressivos e expandir sua base de clientes em nível nacional.
Geração de emprego e inclusão digital
Estima-se que os marketplaces gerem renda para milhões de brasileiros. Apenas na Shopee já são três milhões de lojistas brasileiros registrados e, segundo a pesquisa, os vendedores da Shopee também geram oportunidade de emprego para 1,3 milhão de pessoas no Brasil. Ao todo, 25% desses trabalhadores se dedicam exclusivamente às vendas na plataforma.
Mulheres no empreendedorismo
De acordo com a ABComm, o comércio eletrônico tem se consolidado como ferramenta de empreendedorismo feminino. A participação das mulheres está em ascensão nas vendas online e já representa mais de 50% dos lojistas ativos em marketplaces no Brasil. A cada dia as mulheres se destacam mais em transformação digital, impacto social e performance comercial, promovendo ainda mais a inclusão e o empoderamento feminino no empreendedorismo.
Educação
Ainda segundo a pesquisa, mais de 40% dos empreendedores entrevistados têm curso superior, e 65% vendem exclusivamente no formato online. Este dado mostra o papel da educação na formação de empresários capacitados para enfrentar os desafios do mercado digital. Além disso, 80% dos vendedores relatam grandes conquistas pessoais após começarem a vender na plataforma.
Por fim, os dados apresentados pela ABComm e Shopee demonstram o impacto positivo dos marketplaces na economia brasileira e na vida de seus vendedores. O canal se destaca não apenas como uma alternativa de vendas, mas como um agente transformador que proporciona crescimento, estabilidade financeira e inclusão digital.
A história de sucesso desses empreendedores é uma prova de que, com as ferramentas certas, é possível transformar sonhos em realidade e contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Em meio às discussões sobre tributações, os sites internacionais seguem ganhando espaço na preferência dos consumidores e 7 em cada 10 brasileiros já realizam compras em e-commerces estrangeiros. Entre os favoritos despontam a Shopee (52%), Shein (43%) e Aliexpress (39%). Os dados estão presentes no estudo E-commerce Trends 2025*, realizada pela Octadesk, da LWSA, em parceria com o Opinion Box, que antecipa as tendências do setor para o próximo ano. Clique aqui para baixar o estudo.
Para 60% dos consumidores, o ritmo de compras nessas lojas deve se manter o mesmo nos próximos 12 meses, enquanto 25% têm intenção de aumentar e 15% querem comprar menos. “O consumidor busca cada vez mais facilidades e conveniência. Preços, diversidade de produtos e qualidade acabam influenciando sua decisão de compra nos e-commerces internacionais. Essa situação gera desafios de competitividade, mas também oportunidades para o empreendedor nacional”, afirma Rodrigo Ricco, Fundador e Diretor Geral da Octadesk.
88% compram online pelo menos uma vez por mês
O E-commerce Trends 2025 também mostra que o consumidor continua propenso a comprar online. Do total de entrevistados, 88% afirmaram comprar online ao menos uma vez por mês, um aumento de 3% em relação ao ano passado. As lojas virtuais (65%) e os marketplaces (60%) são os canais preferidos, seguidos pelos aplicativos das próprias lojas (54%).
O frete grátis, para 72% dos entrevistados, é o principal fator levado em consideração na hora de escolher onde comprar, seguido de promoções (61%) e do prazo de entrega (48%). Além disso, os preços mais baixos (53%), praticidade (58%), promoções (51%) e a facilidade para comparar preços (50%) são os motivos pela preferência pelo e-commerce.
“Para 73% dos consumidores, o smartphone é o meio preferido para realizar as compras. Isso mostra, juntamente com os demais dados da pesquisa como fretes, facilidade de comparação de preços, uma mudança estrutural nos hábitos de consumo, gerada pela conveniência e pela conectividade, facilidades que o consumidor tem buscado cada vez mais”, destaca Ricco.
Novas tecnologias impulsionam venda de roupas e sapatos
Com o crescimento das novas tecnologias, como provadores virtuais e filtros de realidade aumentada, juntamente com a mudança de hábitos, tem feito os consumidores adquirirem cada vez mais roupas e acessórios, em compras online. De acordo com o levantamento, 57% afirmaram já terem adquirido itens de vestuário em compras virtuais, enquanto 42% compraram calçados, 40%, artigos de higiene e beleza, e 39% adquiriram eletrônicos.
O poder dos influenciadores na decisão de compra
De acordo com o estudo, 45% dos consumidores já compraram produtos recomendados por influenciadores digitais. O maior público influenciado é formado por mulheres (52%). No estrato por idade, a influência é ainda maior, 55% das jovens entre 16 e 29 anos afirmaram realizar comprar influenciadas pelos produtores de conteúdo. O percentual cai para 45% na faixa dos 30 aos 49 anos e de 34% para 50 anos ou mais. Entre os homens, apenas 36% afirmaram ser influenciados, enquanto 54% disseram não adquirir produtos por recomendação de influenciadores e outros 10% não tinham certeza.
Pix cresce, mas cartão de crédito é principal forma de pagamento
O Pix segue popular entre os consumidores e 88% afirmaram já terem usado o sistema de pagamentos para realizar compras online. No entanto, o cartão de crédito com parcelamento segue como o principal meio de pagamento, com 52% das transações, seguido do Pix com 24% das transações, 2 pontos percentuais a mais em comparação com 2022. O cartão de crédito à vista é usado por 14%, o débito, 4%, e boletos, 2%.
*O estudo entrevistou 2055 consumidores, com idade acima de 16 anos de todo o Brasil e de todas as classes sociais, em maio de 2024. Todos os entrevistados realizaram pelo menos uma compra online nos últimos seis meses. A margem de erro da pesquisa é de 2,1 pontos percentuais.
A Kearney, uma das maiores consultorias globais de gestão de Negócios, e a Rimini Street, fornecedora global de produtos e serviços de software corporativo, acabam de divulgar os resultados do Benchmark Nacional de ERPs. Realizado entre os meses de abril e maio de 2024, a primeira edição do estudo ouviu mais de 60 empresas brasileiras, criando um panorama da relação destas com seus sistemas de gestão, das principais dores enfrentadas aos obstáculos enfrentados durante os processos de implementação.
As dores, aliás, se mantêm similares ao que o mercado se acostumou a ver nos últimos anos. Entre as três principais questões apontadas pelos executivos ouvidos, estão o excesso de customizações, com difícil manutenção (64%); o alto volume de sistemas satélite integrados aos ERPs (43%); e a dificuldade de gestão do grande número de integrações existentes (26%). A lista inclui ainda versões desatualizadas sem suporte, módulos básicos que não atendem às necessidades, insatisfação das áreas de negócio com o sistema de gestão e o alto número de ocorrências em produção.
“Mesmo assim, 47% das empresas ouvidas consideram que seus sistemas de gestão são estratégicos e críticos para seus negócios”, afirma Guilherme Silberstein, diretor especialista da Kearney, lembrando ainda que, mesmo convivendo com as dores, a maioria das empresas considera seus sistemas de gestão estáveis: 80% delas consideram o nível de estabilidade alto; 18%, médio; e apenas 2% o consideram baixo.
Em relação ao suporte AMS (Application Management Services), o estudo constatou que, independentemente do tamanho, a maioria das empresas prefere o suporte terceirizado. Aqui, o percentual entre as grandes empresas foi de 64%, caindo para 58% entre pequenas e médias. Do mesmo modo, as pequenas são as que mais apostam em suporte com equipes próprias (42%), seguidas pelas médias (33%) e grandes empresas (29%).
A infraestrutura utilizada por estas empresas foi outro ponto de interesse da pesquisa, que constatou que a grande maioria delas (63%) ainda mantêm seus sistemas fora da nuvem pública (AWS, Azure ou GCP) e em infraestrutura on-premise ou dedicada/nuvem privada. “Deste total, no entanto, apenas 8% não têm intenção de movimentar seus sistemas para nuvem”, explica Edenize Maron, diretora-presidente da Rimini Street na América Latina. Ainda sobre a infraestrutura, 27% utilizam a nuvem no modelo “Bring Your Own License” e apenas 10% utilizam nuvem no modelo SaaS (Software as a Service). Entre estas, os principais critérios apontados para a escolha do hyperscaler foram localização (46%); aceleradores (46%); valor oferecido como crédito (42%); negociação de outros serviços (38%); e percentual de uso (19%).
Dificuldades na implementação
O estudo também procurou traçar uma visão histórica dos projetos de implementação de ERPs no Brasil e, nesse sentido, constatou que 72% dos sistemas de gestão em operação foram implementados antes de 2017. Seguindo a linha do tempo, 12% foram implementados entre 2017 e 2019; 6% entre 2020 e 2022; 8% em 2023; e somente 2% em 2024. Na média, estas implementações duram entre 18 e 24 meses, com custo médio de mais de R$25 milhões, resultando em um nível de padronização que varia de 50% a 75%; e respectiva customização entre 25 e 50%.
Nestes projetos, foram identificados obstáculos com impacto direto no custo e na qualidade da entrega. No primeiro caso, os principais foram grande quantidade de pedidos de mudança (38%); atrasos no cronograma (27%); e alterações no escopo ao longo do projeto (21%). Já em relação à qualidade, os principais obstáculos apontados foram usuários chave pouco preparados (46%) e difícil gestão da mudança organizacional (40%). Nestes casos, as principais estratégias utilizadas para mitigar estes obstáculos foram desenho e implementação de governança estruturada, contratação do PMO global à parte do implementador e a escolha de representantes para acompanhar as atividades do PMO do programa.
Diante do cenário apresentado pelas empresas, a Kearney e a Rimini Street sugerem cinco pontos de atenção nos quais o mercado de ERP deve se concentrar no futuro próximo:
Endereçar os principais desafios do dia a dia – é necessário avaliar quais são os desafios enfrentados e posicionar quais opções mais alinhadas ao objetivo do negócio. Aqui, novas contratações e migrações podem ser opções ideais para algumas empresas, mas outras estratégias podem estar mais alinhadas aos objetivos de outros negócios;
Mitigação de riscos de implementação – com base em lições aprendidas, é importante preparar-se para novos projetos com atenção para uma governança forte e objetivos de negócio claros;
Migração do SAP ECC para o S/4HANA – o fim do suporte da SAP para o ECC em 2027 é um fator para tomada de decisão sobre migração para S/4HANA ou outro ERP não SAP que deve impactar o mercado nos próximos anos;
Escolha do ERP – existe grande consolidação no mercado e nos players convidados para novos processos, daí a importância de realizar estudos detalhados das opções de sistemas disponíveis, com destaque para fornecedores nacionais;
Ecossistema de implementadores – é altamente complexo e por isso são necessárias análises e qualificações criteriosas para decisão antes de processos de concorrência. Apesar de uma significativa consolidação em grandes fornecedores, é preciso um alinhamento entre o implementador e a cultura da empresa para uma relação de sucesso.
Dropshipping é uma estratégia popular no e-commerce porque permite que empreendedores vendam produtos sem a necessidade de manter um estoque físico. Isso reduz os custos iniciais e o risco financeiro, tornando-se uma excelente opção para novos empresários. Com poucos obstáculos para começar, muitas pessoas têm se voltado para o dropshipping como uma forma de ganhar dinheiro online.
No modelo dropshipping, a loja virtual faz a venda e repassa o pedido ao fornecedor, que então envia o produto diretamente ao cliente. Esse método simplifica a logística e permite que o varejista foque em marketing e atendimento ao cliente. É possível gerenciar uma loja online bem-sucedida apenas com um laptop e uma conexão à internet.
Para aqueles que estão interessados em expandir seu negócio de e-commerce ou iniciar um novo empreendimento, o dropshipping oferece uma oportunidade viável. Com baixo capital inicial necessário e a capacidade de testar novos produtos facilmente, o dropshipping pode ser a chave para o sucesso no comércio eletrônico.
Fundamentos do Dropshipping
O dropshipping é um modelo de negócio em que o lojista não mantém os produtos em estoque, mas sim envia diretamente do fornecedor ao cliente. Esse modelo pode oferecer diversas vantagens, mas também vêm com desafios.
Definição e Modelo de Negócio
No dropshipping, o vendedor terceiriza o armazenamento e envio de produtos para provedores de terceiros. Em vez de comprar e armazenar inventário, o lojista faz um acordo com fornecedores que cuidam da logística.
Esse modelo reduz os riscos financeiros, pois o comerciante paga pelos produtos somente após a venda. A margem de lucro é obtida pela diferença entre o preço de atacado pago ao fornecedor e o preço de varejo cobrado ao cliente.
Os principais atores nesse processo são o lojista, o cliente e o fornecedor. O lojista gerencia a plataforma de vendas e marketing, enquanto o fornecedor cuida da produção e entrega.
Vantagens e Desafios
A principal vantagem do dropshipping é a baixa necessidade de capital inicial. O lojista não precisa investir em estoque antecipadamente, o que reduz o risco financeiro. A flexibilidade para adicionar novos produtos ao catálogo é outra vantagem significativa.
Vantagens:
Baixo custo inicial: Sem necessidade de comprar estoque antes das vendas.
Flexibilidade de catálogo: Fácil de adicionar e remover produtos dependendo da demanda.
Redução de custos operacionais: Menos necessidade de espaço físico e gerenciamento de estoque.
Apesar das vantagens, o dropshipping também apresenta desafios. Os comerciantes têm menor controle sobre o inventário e a qualidade dos produtos. Problemas com fornecedores podem levar a atrasos na entrega e insatisfação do cliente.
Desafios:
Controle limitado: Dependência de fornecedores para qualidade e entrega.
Margens de lucro menores: Competição acirrada pode reduzir o lucro.
Problemas logísticos: Quando um fornecedor erra, a responsabilidade recai sobre o lojista.
Planejamento e Estratégia
Planejar e estruturar uma estratégia sólida é essencial para o sucesso no dropshipping. A escolha do nicho de mercado, a análise da concorrência e a definição da estratégia de preços são componentes cruciais nesse processo.
Escolha do Nicho de Mercado
A escolha do nicho de mercado deve ser feita com cuidado, baseando-se em pesquisas detalhadas. Identificar um nicho com demanda estável e pouca concorrência pode aumentar as chances de sucesso. Ferramentas como o Google Trends e o SEMrush ajudam a analisar a popularidade dos produtos.
Alguns fatores a considerar incluem:
Tamanho do Mercado: Certificar-se de que há demanda suficiente para sustentar o negócio.
Afinidade: Escolher um nicho onde pode-se desenvolver conhecimento e paixão.
Rentabilidade: Avaliar a margem de lucro potencial.
Focar em um nicho permite uma estratégia de marketing mais direcionada e eficiente, otimizando recursos.
Análise de Concorrência
Analisar a concorrência é fundamental para entender o mercado. Observar os competidores pode revelar oportunidades e ameaças. Usar ferramentas como SimilarWeb e Ahrefs ajuda a estudar o tráfego e as estratégias de marketing dos concorrentes.
Aspectos importantes da análise:
Estrutura de Preços: Comparar os preços praticados pelos concorrentes.
Marketing: Observar campanhas de publicidade e estratégias de SEO.
Serviço ao Cliente: Analisar feedbacks de clientes para identificar pontos fortes e fracos.
Essa análise permite que o negócio se posicione de maneira competitiva, oferecendo algo único ou melhor.
Estratégia de Preços
Definir uma estratégia de preços eficaz é vital. O preço deve cobrir os custos e proporcionar lucro, sendo competitivo ao mesmo tempo. Ferramentas como Shopify e Oberlo auxiliam na formação de preços, considerando custos de produtos, taxas de envio e margens de lucro.
Considerações essenciais:
Custo e Desempenho: Garantir que o preço cubra todos os custos envolvidos e ainda gere lucro.
Comparação de Mercado: Alinhar os preços com os praticados no mercado.
Ofertas Especiais: Utilizar descontos e promoções de forma estratégica para atrair clientes.
Uma boa estratégia de preços não só atrai clientes mas também garante a sustentabilidade do negócio ao longo do tempo.
Operacionalização do Dropshipping
A operacionalização do dropshipping envolve diversos aspectos essenciais como a correta seleção dos fornecedores, a gestão do relacionamento com eles, o processo de pedidos e pagamentos, e a logística de envio dos produtos.
Seleção de Fornecedores
Escolher os fornecedores certos é crucial para o sucesso no dropshipping. Eles devem ser confiáveis e oferecer produtos de qualidade. Pesquisar avaliações de outros empreendedores é útil.
Além disso, é importante considerar a localização dos fornecedores para evitar longos tempos de entrega. Outra dica é verificar as políticas de retorno e troca do fornecedor.
Negociar preços e condições de pagamento também contribui para margens de lucro mais atrativas. O uso de plataformas como AliExpress e Oberlo facilita a busca de fornecedores.
Gestão de Relacionamento com Fornecedores
Manter um bom relacionamento com os fornecedores garante rapidez e eficiência. Comunicação frequente e clara evita muitos problemas.
É fundamental alinhar expectativas sobre prazos de entrega, qualidade dos produtos e quantidades. Utilizar contratos formaliza acordos e protege ambas as partes.
Ferramentas de gestão como Trello ou Slack ajudam na coordenação das atividades e manutenção de boas relações. Reuniões periódicas também são recomendadas para tratar questões emergentes ou discutir melhorias.
Processo de Pedido e Pagamento
O processo de pedido deve ser transparente e eficiente. Ao receber um pedido, o lojista deve imediatamente repassá-lo para o fornecedor.
Automatizar esse processo com plugins ou sistemas ERP reduz erros e acelera a operação. Monitorar cada etapa, desde o pedido até a entrega, garante que tudo ocorra conforme planejado.
O pagamento deve ser feito de acordo com as condições negociadas previamente. Formas de pagamento como PayPal e transferência bancária são comumente usadas. Mantendo registros detalhados dos pagamentos ajuda na organização financeira.
Logística e Envio de Produtos
A logística no dropshipping é responsabilidade do fornecedor, mas o lojista deve acompanhar todo o processo. Conferir prazos de entrega e custos de envio é vital.
Escolher fornecedores que ofereçam várias opções de envio permite adaptar os custos ao orçamento do cliente. Informar o cliente sobre o rastreamento do pedido aumenta a confiança.
Resolver rapidamente problemas com entregas, como atrasos ou extravios, mostra eficiência e profissionalismo. Programas de logística reversa, quando necessários, também devem ser bem estruturados.
Montagem da Loja Virtual
Montar uma loja virtual envolve decisões estratégicas sobre a plataforma de e-commerce, o design e a usabilidade do site, além da integração de ferramentas essenciais. Cada passo tem sua importância para garantir uma experiência de compra satisfatória aos clientes.
Escolha da Plataforma de E-commerce
A escolha da plataforma de e-commerce é um dos primeiros passos. Plataformas populares incluem Shopify, WooCommerce e Magento. Cada uma tem suas vantagens.
Shopify é conhecida pela facilidade de uso e opções de personalização. WooCommerce se integra bem com o WordPress, permitindo maior flexibilidade para quem já usa essa plataforma. Magento é robusta, ideal para lojas de maior porte que necessitam de funcionalidades avançadas.
Critérios importantes:
Facilidade de uso: A interface deve ser intuitiva.
Segurança: Certifique-se de que a plataforma oferece proteção contra fraudes.
Escalabilidade: Deve suportar o crescimento do negócio.
Design e Usabilidade do Site
O design do site impacta diretamente a experiência do usuário. Deve ser visualmente atraente e funcional. Elementos essenciais incluem:
Navegação Simples: Menus claros e bem organizados.
Layout Responsivo: O site deve funcionar bem em dispositivos móveis e desktops.
Velocidade de Carregamento: Páginas rápidas mantêm os usuários engajados.
Condições de Pagamento: Diversas opções de pagamento aumentam a taxa de conversão.
Imagens e Descrições dos Produtos: Fotos de alta qualidade e descrições detalhadas ajudam os clientes a tomar decisões.
A coesão visual, com cores e fontes harmoniosas, também é crucial para a identidade da marca.
Integrações Necessárias
Integrações facilitam a gestão do negócio. Algumas integrações essenciais incluem:
Ferramentas de Marketing: Como Google Analytics e MailChimp para análise de dados e campanhas de e-mail.
Gateways de Pagamento: Como PayPal, PagSeguro ou Stripe, essenciais para transações seguras.
Sistemas de Logística: Integrações com transportadoras para gerenciar entregas e rastreamento.
Outras integrações importantes são com plataformas de ERP e CRM, que ajudam na gestão de inventário e no relacionamento com clientes, respectivamente. Essas ferramentas automatizam processos, reduzindo erros e aumentando a eficiência.
Marketing Digital para Dropshipping
O marketing digital é crucial para o sucesso de uma loja de dropshipping. Ele envolve várias estratégias que aumentam a visibilidade online e atraem clientes potenciais.
Estratégias de SEO
SEO (Otimização para Mecanismos de Busca) é fundamental para que sua loja de dropshipping apareça nos principais resultados de busca. Isso inclui a escolha de palavras-chave relevantes para seu nicho e a otimização de conteúdo do site.
É importante realizar uma pesquisa de palavras-chave usando ferramentas como o Google Keyword Planner para identificar termos que seu público-alvo está buscando. Além disso, o uso adequado de meta descrições e títulos otimizados melhora a visibilidade.
Publicidade Paga
A publicidade paga pode acelerar o crescimento da sua loja de dropshipping. Plataformas como Google Ads e Facebook Ads permitem segmentar seu público-alvo com precisão, aumentando a chance de conversões.
Ao criar uma campanha no Google Ads, é essencial definir um orçamento diário e monitorar os principais indicadores de desempenho (KPIs) como o custo por clique (CPC) e a taxa de conversão. Facebook Ads oferece segmentação demográfica detalhada, permitindo que você atinja consumidores específicos.
Marketing de Conteúdo
O marketing de conteúdo ajuda a construir autoridade e confiança em seu nicho de mercado. Blogs, vídeos e infográficos são formatos eficazes para engajar seu público.
Um blog bem estruturado pode direcionar tráfego orgânico para sua loja, enquanto vídeos no YouTube podem melhorar o engajamento e a retenção de audiência. Infográficos são ótimos para distribuir nas redes sociais, ajudando a aumentar o reconhecimento da marca.
Uso de Redes Sociais
Redes sociais como Instagram, Facebook e Pinterest são plataformas poderosas para o marketing de dropshipping. Crie posts atraentes que despertem a atenção do seu público-alvo.
O Instagram Shopping permite que os consumidores comprem diretamente de postagens, enquanto o Facebook oferece ferramentas para criar lojas online. Pinterest pode direcionar tráfego qualificado, especialmente se seus produtos são visualmente atraentes.
Gestão e Análise de Performance
Uma gestão eficaz e uma análise rigorosa da performance são fundamentais para o sucesso em dropshipping. Alcançar um entendimento claro dos indicadores chave, ferramentas de análise e técnicas de otimização permite tomadas de decisão mais assertivas.
Monitoramento de Indicadores Chave de Desempenho
O monitoramento de KPIs é vital para avaliar o desempenho de um negócio de dropshipping. Indicadores comuns incluem taxa de conversão, ROI, valor médio do pedido e custo de aquisição de cliente. Ficar atento ao desempenho de cada produto e canal ajuda a identificar áreas de melhoria e sucesso.
Um bom dashboard de KPIs deve ser atualizado em tempo real para permitir ações rápidas. Ferramentas como o Google Analytics e ERP’s específicos para e-commerce são frequentemente usadas.
Ferramentas de Análise de Dados
Existem várias ferramentas que auxiliam na análise de dados para dropshipping. O uso de Google Analytics, Shopify Analytics e outras plataformas integradas ao e-commerce facilita a coleta e visualização de dados. Essas ferramentas permitem o rastreamento detalhado de comportamentos dos clientes e o desempenho do site.
Outra ferramenta útil é o Hotjar, que oferece mapas de calor e gravações de sessão para entender como os usuários interagem com a loja. Essas análises são cruciais para ajustar estratégias e melhorar a experiência do usuário.
Técnicas de Otimização Contínua
A otimização contínua envolve testes e ajustes frequentes. Técnicas como A/B testing, ajustes de SEO e otimização de anúncios nas redes sociais são essenciais. Implementar pequenas mudanças regularmente e medir seu impacto é uma prática recomendada. Por exemplo, alterar títulos de produtos ou descrições pode aumentar significativamente as conversões.
Outra técnica é revisar e ajustar os preços com base na demanda e comportamento dos concorrentes. Usar feedbacks dos clientes para melhorar produtos e serviços também contribui para uma melhoria contínua.
Aspectos Legais e Tributários
Ao iniciar um negócio de dropshipping, é vital entender as regulações comerciais e as obrigações tributárias. Isso garante operações legais e evita problemas futuros.
Regulamentações Comerciais para Dropshipping
Empreendedores precisam aderir às leis de comércio eletrônico. No Brasil, é obrigatório registrar a empresa no CNPJ e obter licenças específicas. Cumprir as normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC) é essencial para evitar litígios.
Além disso, é necessário informar claramente o prazo de entrega e política de devolução. Sites de e-commerce devem seguir a Lei do E-commerce (Decreto 7.962/2013). Contratos com fornecedores internacionais devem ser revisados, garantindo que os produtos atendam aos padrões locais.
Questões Tributárias Relacionadas
A tributação no dropshipping inclui impostos como ICMS, PIS e COFINS. Importação de produtos demanda pagamento de Imposto de Importação (II) e IPI. A empresa deve registrar-se na Receita Federal e manter-se atenta às mudanças na legislação tributária.
Existem também regimes de tributação simplificados, como o Simples Nacional. Este regime reduz a complexidade fiscal, mas é necessáriorio estar ciente das limitações. Documentação fiscal adequada é crucial para evitar penalidades e garantir a transparência operacional.
Atendimento ao Cliente e Pós-venda
Atendimento ao cliente e serviços de pós-venda são cruciais para o sucesso de um negócio de dropshipping. Esses aspectos garantem a satisfação e fidelidade dos clientes.
Estabelecendo Políticas de Retorno e Reembolso
Definir políticas claras de retorno e reembolso é essencial para evitar mal-entendidos. Assegure-se de que os clientes saibam exatamente como proceder se desejarem devolver um produto.
Liste os itens que são elegíveis para retorno e estabeleça prazos específicos, como 30 dias após a compra. Especifique as condições dos produtos, por exemplo, se devem estar em perfeito estado com a embalagem original.
É importante incluir instruções detalhadas sobre como solicitar um reembolso. Deixe claro o tempo que o processo levará e como o cliente receberá o reembolso, seja via cartão de crédito, crédito na loja ou outra forma.
Canais de Suporte ao Cliente
Oferecer múltiplos canais de suporte ao cliente ajuda a resolver problemas de forma eficiente. Inclua opções como e-mail, chat ao vivo e suporte por telefone.
E-mails são adequados para consultas menos urgentes, enquanto o chat ao vivo é ideal para questões que requerem atenção imediata. O suporte por telefone é útil para problemas mais complexos ou para clientes que preferem uma interação mais direta.
Disponibilize horários de atendimento claros e assegure-se de que os representantes de suporte sejam treinados para responder de maneira eficiente e educada. Feedback consistente é essencial para melhorar continuamente esses serviços.
Construção de Relacionamento com o Cliente
Manter e nutrir um bom relacionamento com os clientes é vital. Utilize técnicas de personalização, como e-mails de acompanhamento após uma compra, para mostrar que a empresa se importa.
Crie programas de fidelidade ou ofereça descontos exclusivos para clientes recorrentes. Isso incentiva a repetição de compras e aumenta a lealdade à marca.
Interaja nas redes sociais, respondendo a comentários e mensagens dos clientes rapidamente. Essas ações demonstram atenção e disponibilidade, fortalecendo a confiança dos clientes na marca.
Tendências e Inovações no Dropshipping
O dropshipping continua a evoluir com novas tecnologias e uma crescente ênfase na sustentabilidade. Essas mudanças impactam diretamente a eficiência e a responsabilidade das operações de e-commerce.
Tecnologias Emergentes
Inteligência Artificial (IA) está sendo usada para prever demandas de produtos e otimizar estoques em tempo real. Isso reduz o risco de falta de produtos e minimiza os custos de armazenamento.
Automação melhora a eficiência, especialmente em processos de atendimento ao cliente e gestão de pedidos. Ferramentas de chatbot, por exemplo, fornecem respostas instantâneas às consultas dos clientes.
Realidade Aumentada (RA) permite que os consumidores experimentem produtos virtualmente antes de comprar. Isso é particularmente útil em setores como moda e decoração.
As plataformas de gerenciamento de dropshipping estão cada vez mais sofisticadas, oferecendo integração com múltiplos canais de venda e uma visão centralizada dos negócios.
Sustentabilidade no E-commerce
A sustentabilidade é uma questão cada vez mais importante no dropshipping. Os consumidores estão exigindo embalagens ecológicas e produtos sustentáveis.
Redução nas emissões de carbono é uma meta-chave, com muitas empresas buscando fornecedores locais para diminuir a pegada de transporte. Isso não apenas protege o meio ambiente, como também pode reduzir prazos de entrega.
Transparência nas práticas de fornecimento é outra tendência importante. As empresas estão oferecendo mais informações sobre a origem dos produtos e as condições de trabalho envolvidas na produção, o que aumenta a confiança do consumidor.
Conclusão
Dropshipping para e-commerce apresenta benefícios atraentes para empreendedores que buscam reduzir custos iniciais. Sem a necessidade de estocar produtos, é possível testar diferentes nichos de mercado com menos riscos financeiros.
Implementar dropshipping requer cuidado na escolha dos fornecedores. Eles devem ser confiáveis para garantir a qualidade dos produtos e a pontualidade nas entregas. Uma boa comunicação com os fornecedores é fundamental para resolver possíveis problemas rapidamente.
O marketing digital é essencial para o sucesso no dropshipping. Investir em estratégias de SEO, redes sociais e publicidade paga pode atrair mais clientes para a loja virtual. Avaliações e feedback dos clientes ajudam a construir uma reputação sólida no mercado.
Automatizar processos tanto quanto possível pode economizar tempo e reduzir erros. Softwares de gestão de pedidos e integração com plataformas de vendas facilitam a administração do negócio.
Legalidade e regulamentações também precisam ser consideradas. Garantir que todos os produtos estejam em conformidade com as normas locais evita problemas legais. Além disso, uma política de devolução clara aumenta a confiança dos consumidores.
Dropshipping não é um modelo garantido de sucesso, mas com pesquisa, dedicação e boa gestão, ele pode ser uma oportunidade valiosa. Preparar-se adequadamente e adaptar-se às mudanças do mercado são passos importantes na jornada empreendedora.