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  • A revolução do Pix: como inovar sem perder a segurança

    A revolução do Pix: como inovar sem perder a segurança

    Desde o seu lançamento em 2020, o Pix revolucionou o mercado financeiro brasileiro, tornando-se o meio de pagamento preferido por milhões de pessoas. Sua principal vantagem está na simplicidade e rapidez: permite transferências em tempo real, 24 horas por dia, sem a necessidade de uma maquininha ou dinheiro em espécie. Basta ter uma conta bancária e uma chave PIX, como CPF ou número de telefone, para começar a usar. Essa praticidade trouxe benefícios, especialmente, para quem recebe pagamentos, como pequenos comerciantes e autônomos, que podem operar sem custos adicionais ou complicações técnicas.

    Porém, apesar de sua popularidade, o Pix ainda enfrenta desafios para ser plenamente acessível. Para quem paga, é necessário um smartphone e acesso à internet, o que pode ser uma barreira para idosos, pessoas com baixa escolaridade ou moradores de áreas rurais. Embora o uso de smartphones e a cobertura de internet tenham crescido significativamente, a inclusão desses grupos ainda exige esforços, como campanhas de educação digital e melhorias na infraestrutura de conectividade. A implementação de soluções que permitam transações offline, utilizando tecnologias de criptografia e tokenização, pode ser um caminho para ampliar o acesso. Sistemas como Google Pay e Apple Pay já fazem isso, permitindo que pagamentos sejam iniciados sem conexão ativa do pagador, utilizando a conexão à internet do recebedor.

    A segurança também é uma preocupação constante. Desde os primeiros casos de sequestros-relâmpago e assaltos envolvendo transferências instantâneas, o Banco Central reagiu rapidamente, impondo limites para transações noturnas e neste mês introduziu um limite de R$ 200 para dispositivos novos ainda não cadastrados como autorizados no aplicativo do banco (isso só vai aplicar para dispositivos que não estavam em uso antes de 01/12/2024). Embora essas medidas tenham reduzido a ocorrência de crimes, elas também impuseram restrições que afetam a experiência dos usuários legítimos. A busca por soluções que mantenham a segurança sem sacrificar a usabilidade continua sendo um desafio.

    Outro ponto crítico são os golpes relacionados ao pré-pagamento, em que fraudadores recebem o valor e desaparecem sem entregar o produto ou serviço prometido. O Mecanismo Especial de Devolução (MED) foi criado para lidar com essas situações, permitindo o estorno em casos comprovados de fraude. Embora ainda pouco utilizado, o MED representa um avanço importante, inspirado no sistema de estorno de cartões de crédito, e precisa ser mais difundido para ganhar a confiança dos usuários.

    Uma solução que poderia transformar ainda mais o cenário é a adoção de pagamentos com intermediação, ou “escrow”. Nesse modelo, o valor só seria liberado ao vendedor após a confirmação da entrega pelo comprador. Isso traria mais segurança para ambas as partes e seria especialmente útil em transações online. Além disso, a expansão do uso de tokenização nas transações garantiria que dados sensíveis fossem protegidos, mesmo em ambientes offline, oferecendo uma camada extra de segurança.

    O equilíbrio entre acessibilidade e segurança é fundamental para o futuro do Pix. Soluções que integrem tecnologias como biometria, tokenização e intermediação podem ampliar o alcance do sistema sem comprometer a proteção dos usuários. A inclusão digital, por sua vez, é essencial para reduzir fraudes, aumentando a conscientização e capacitando mais pessoas a utilizarem o Pix de maneira segura.

    No horizonte, o Pix ainda tem muito a oferecer. Pagamentos por aproximação, parcelamento e débito automático já estão em desenvolvimento no Brasil, e já em operação em sistemas parecidos no exterior, como por sistemas como o UPI da Índia e o PayNow de Singapura. A integração internacional também é uma possibilidade, com o Projeto Nexus, do Bank for International Settlements (BIS) propondo um modelo de interface multinacional para facilitar remessas globais.

    O Pix já é um exemplo de inovação e eficiência, mas para continuar liderando, precisa evoluir constantemente. Investir em novas tecnologias, ampliar o acesso em áreas menos conectadas e fortalecer a segurança são passos essenciais para garantir que todos os brasileiros possam usufruir de seus benefícios com confiança e tranquilidade.

  • O impacto econômico da Black Friday no Brasil

    O impacto econômico da Black Friday no Brasil

    Realizada tradicionalmente na última sexta-feira de novembro, a Black Friday já faz parte do calendário dos brasileiros e vai muito além de uma simples data promocional. Originada nos Estados Unidos, o dia começou a ser celebrado no Brasil em 2010 e rapidamente se transformou em um dos momentos mais importantes para o comércio, movimentando bilhões de reais e trazendo impactos significativos para a economia do país.

    Só em 2023, o comércio eletrônico gerou mais de R$ 7 bilhões em vendas durante a Black Friday. Quando somamos as compras feitas em lojas físicas, esse número é ainda maior, beneficiando desde pequenos negócios até grandes redes varejistas. Essa movimentação impulsiona o consumo e ajuda a aquecer o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, funcionando como um termômetro para a economia.

    Outro reflexo positivo está na geração de empregos. Com o aumento da demanda, empresas contratam trabalhadores temporários para atuar como vendedores, estoquistas, operadores logísticos, entre outras funções. Para muitos, esses empregos representam uma oportunidade de reforçar a renda no final do ano, especialmente em um país onde a taxa de desemprego ainda é alta.

    Além disso, a data promocional teve um papel fundamental na expansão do comércio on-line no Brasil. Em um cenário em que mais de 70% da população está conectada à internet, as compras digitais explodiram. Empresas investem pesado em campanhas de marketing digital, enquanto consumidores aguardam ansiosos por descontos em produtos como celulares, eletrodomésticos e roupas.

    No entanto, nem tudo são flores. Há também desafios, como o aumento de fraudes e práticas enganosas. Problemas como a maquiagem de preços, nos quais os valores são inflados antes de serem “descontados”, ainda geram desconfiança. Além disso, a pressão por descontos excessivos pode comprometer as margens de lucro, especialmente para pequenos comerciantes.

    Ainda assim, a Black Friday é uma oportunidade única para movimentar o mercado e estimular a economia. Para que seu impacto seja cada vez mais positivo, é importante que consumidores e empresas ajam de forma consciente, garantindo que a data continue sendo um motor de crescimento econômico para o Brasil.

  • Cyber Monday: diferenças da Black Friday e reflexos jurídicos para os fornecedores

    Cyber Monday: diferenças da Black Friday e reflexos jurídicos para os fornecedores

    Após a Black Friday, a Cyber Monday é uma das datas mais aguardadas pelos consumidores para realizar a compra de produtos com descontos atrativos. Ocorrendo sempre na primeira segunda-feira após o feriado estadunidense de Ação de Graças, o evento é uma boa oportunidade para economizar com as compras de final de ano.

    Porém, diferente da Black Friday, a Cyber Monday é focada principalmente em descontos e ofertas para o comércio digital.

    Criada em 2005 pela Federação Nacional do Varejo dos Estados Unidos (National Retail Federation), a data surgiu para contemplar o avanço do comércio eletrônico, permitindo que os consumidores também pudessem comprar produtos por um preço menor sem saírem de suas casas, já que, na época, os descontos da Black Friday se limitavam apenas às lojas físicas.

    A principal distinção entre essas duas datas está, portanto, no canal de vendas: enquanto a Black Friday engloba tanto o varejo físico quanto o digital, a Cyber Monday se concentra no e-commerce.

    Desde o seu início,a Cyber Monday se mostrou um grande sucesso entre os estadunidenses, arrecadando quase 500 (quinhentos) milhões de dólares em sua primeira edição. Em 2010, a data foi considerada o maior dia de compras online nos Estados Unidos, atingindo a marca de 1 (um) bilhão de dólares vendidos e, desde então, anualmente os recordes são quebrados, ultrapassando atualmente a casa dos 12 (doze) bilhões de dólares[1].

    Em que pese tenha sido criado nos Estados Unidos, o evento se tornou global e, atualmente, é adotado em mais de 28 (vinte e oito) nações, inclusive no Brasil, tendo se tornado um verdadeiro marco para o comércio do país.

    Porém, a data, apesar de representar uma ótima oportunidade para os fornecedores de produtos e serviços, também pode trazer desafios perante os consumidores.

    Para os fornecedores, a diferença entre os eventos de Black Friday e Cyber Monday implica a necessidade de criar estratégias de marketing e vendas distintas para cada evento, atendendo ao comportamento de compra dos clientes, o que pode ser ainda mais desafiador na plataforma digital.

    É preciso, assim, evitar a tentação de repetir as mesmas ofertas em ambas as datas, até porque o consumidor atual está cada vez mais atento e exigente, buscando descontos reais e diferenciados em cada evento.

    Portanto, estratégias que se baseiem em meras repetições de ofertas podem ser prejudiciais à reputação da empresa. Da mesma forma, o marketing enganoso, como a prática de aumentar os preços antes da data comemorativa e oferecer descontos fictícios, é uma das principais causas de insatisfação dos consumidores.

    Desta forma, ao misturar as ofertas entre Black Friday e Cyber Monday, expondo que a promoção seria inédita, ou ao praticar publicidade enganosa, os fornecedores expõem-se a um risco jurídico significativo.

    Como se sabe, a legislação brasileira, especialmente o Código de Defesa do Consumidor (CDC), é clara quanto à previsão de deveres para os fornecedores e à proteção dos consumidores contra práticas abusivas.

    Aliás, o dever de informação e transparência é um dos pilares da norma. De acordo com o CDC, é responsabilidade do fornecedor assegurar que todas as informações prestadas ao consumidor sejam claras, precisas e adequadas sobre os produtos ou serviços oferecidos. Esse dever abrange aspectos essenciais do produto ou do serviço, como a descrição correta do que se oferece, a indicação dos preços e condições de pagamento, além de informações sobre eventuais restrições ou limitações das ofertas.

    Em promoções como as da Black Friday e da Cyber Monday, o dever de transparência torna-se ainda mais relevante, pois, em meio a tantas promoções, é comum que os consumidores enfrentem dúvidas sobre a veracidade dos descontos e a autenticidade das ofertas divulgadas.

    E práticas indevidas nesse sentido, por parte dos fornecedores, podem gerar sanções administrativas por órgãos como o PROCON, além de ações judiciais movidas pelos próprios consumidores, visando indenizações por dano material e até mesmo moral.

    Para minimizar esses riscos, é fundamental que os fornecedores revisem detalhadamente suas campanhas promocionais, garantindo que os preços ofertados correspondam a descontos reais e que as ofertas entre Black Friday e Cyber Monday sejam claramente diferenciadas.

    Com isso, adota-se uma postura de transparência e de conformidade com as normas de proteção ao consumidor, importante não só manter a confiança do mercado, mas também para reduzir riscos de discussões na esfera judicial.

    Portanto, tem-se que a Cyber Monday é um momento valioso para os fornecedores do mercado, em especial no âmbito do e-commerce, mas também exige um planejamento estratégico cuidadoso. Nesse aspecto, diferenciar as ofertas do evento e garantir que os descontos sejam efetivos são práticas essenciais para manter a confiança do consumidor, evitando, ainda, possíveis litígios e sanções.

    *Luíza Pattero Foffano  é especialista em Processo Civil com experiência na atuação contenciosa e consultiva no âmbito do direito empresarial. Advogada  do escritório Finocchio & Ustra Sociedade de Advogados.

    Carolina Laubi Debes é advogada especialista da área cível do escritório  Finocchio & Ustra Sociedade de Advogados.

    *Mariana Gabrielloni Pó é advogada especialista da área cível do escritório  Finocchio & Ustra Sociedade de Advogados.

  • Consumidores querem no mínimo 50% de desconto na Black Friday, aponta pesquisa

    Consumidores querem no mínimo 50% de desconto na Black Friday, aponta pesquisa

    Em um estudo realizado pela Brazil Panels Consultoria de Pesquisa de Mercado, em parceria com a Conexão Vasques Agência de Marketing Digital, foram revelados detalhes profundos sobre o comportamento dos consumidores para a Black Friday deste ano.

    “Os dados revelam um consumidor cada vez mais informado e cauteloso em suas decisões de compra para a Black Friday, que valoriza transparência e ofertas genuínas. A desconfiança em torno de descontos falsos permanece, o que significa que os varejistas devem investir em campanhas honestas e condições de pagamento atrativas, como parcelamento sem juros”, afirma Claudio Vasques, CEO da Brazil Panels e Conexão Vasques.

    O levantamento evidenciou que o conhecimento sobre a data da Black Friday varia entre gêneros e regiões. Entre as mulheres entrevistadas, 47,7% conhecem a data exata do evento, comparado a 39,1% dos homens.

    Essa diferença reflete a familiaridade feminina mais acentuada com a data, possivelmente ligada ao interesse em planejamento e busca de promoções. De acordo com Vasques, essa informação destaca a necessidade de campanhas de marketing mais direcionadas.

    Regionalmente, o conhecimento da data varia significativamente: 47,4% dos entrevistados no Sudeste e 45,5% no Centro-Oeste sabem exatamente quando ocorre a Black Friday, enquanto 34,6% dos entrevistados do Norte demonstram menos familiaridade com o evento, apontando a necessidade de intensificar as ações de marketing para atingir essa população de forma mais efetiva.

    Expectativas e nível de interesse dos consumidores para a Black Friday

    A pesquisa também apontou que o público feminino tem expectativas mais altas para a Black Friday, com 34,1% das mulheres demonstrando grande ansiedade, em comparação com 23% dos homens. Enquanto isso, 41,9% das mulheres e 39,1% dos homens mostram expectativa moderada. Os dados indicam uma antecipação mais elevada entre as mulheres, reforçando o interesse delas em um planejamento para as compras do evento.

    Os consumidores também priorizam certos benefícios nas ofertas da Black Friday, destacando:

    1. promoções abrangentes em várias categorias de produtos;
    2. grandes descontos em itens específicos;
    3. frete grátis;
    4. parcelamento sem juros;
    5. cashback.

    Esse perfil demonstra que o consumidor valoriza variedade, opções de pagamento facilitadas e descontos significativos, mostrando a expectativa por uma experiência de compra com múltiplas vantagens.

    Descontos de 50%

    Os consumidores têm expectativas altas em relação aos descontos, com 44,3% considerando que apenas ofertas acima de 50% são realmente vantajosas. Outros 29,6% esperam descontos de 41% a 50% para considerar a compra. Somente uma pequena parcela, 2,9%, considera descontos entre 10% e 20% vantajosos.

    Vasques observa que o público brasileiro está cada vez mais cético quanto às ofertas promocionais, evidenciando que a transparência será o diferencial competitivo para conquistar a confiança dos clientes.

    A pesquisa destacou ainda que 42,3% dos consumidores da região Norte nunca participaram da Black Friday, apontando uma lacuna de engajamento na região. Segundo Vasques, a resistência pode estar relacionada a fatores como logística limitadacusto de frete elevado e menor acesso a campanhas promocionais eficazes, o que limita o envolvimento com o evento. Estratégias específicas para tornar a Black Friday mais acessível e atrativa para os consumidores do Norte podem ajudar a ampliar a adesão e fortalecer a relação com esses clientes.

    Hábitos de pesquisa e intenção de compra

    Os consumidores revelaram uma abordagem criteriosa para a Black Friday, com 62,3% afirmando que sempre verificam os preços dos produtos previamente, enquanto 23,8% fazem isso ocasionalmente. Apenas 6,8% raramente e 7,2% nunca verificam preços. Tal comportamento indica um público atento a variações de preços e disposto a planejar para garantir bons negócios.

    Em termos de intenção de compra, 27,9% dos consumidores afirmam que certamente farão compras, e 32,7% provavelmente farão. A pesquisa revela que os produtos mais procurados são eletrônicos (50,1%) e eletrodomésticos (50,6%), seguidos por moda e acessórios (32,4%) e beleza e cuidados pessoais (30,2%).

    Preferências de compra: online ou em lojas físicas?

    A maioria dos consumidores, 40,7%, prefere comprar online, mas também valoriza a experiência em lojas físicas, enquanto 19,4% compram apenas online, e 13,2% em lojas físicas, podendo também comprar online. Esses dados revelam consumidores que buscam conveniência e variedade, indicando a importância da estratégia multicanal para atender a essas preferências.

    Outro dado interessante é que 49,2% dos entrevistados desconhecem comparadores de preços, o que aponta uma oportunidade para o mercado educar os consumidores sobre essas ferramentas, auxiliando-os a encontrar as melhores ofertas com mais confiança e praticidade.

    Considerações finais de Claudio Vasques

    O CEO da Brazil Panels e Conexão Vasques destaca ainda que as marcas que conseguirem corresponder a essas expectativas, com ofertas reais e experiência de compra simplificada, estarão mais bem posicionadas para aproveitar o potencial da data.

  • Revolução Tributária no e-commerce brasileiro: impactos e oportunidades

    Revolução Tributária no e-commerce brasileiro: impactos e oportunidades

    A partir de 2026, o Brasil implementará uma reforma tributária histórica, introduzindo dois novos impostos indiretos que modernizarão seu sistema fiscal. Essa mudança trará a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) de 8,8%, um tributo federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) de 17,7%, de âmbito estadual e municipal. Ambos funcionarão de forma análoga ao Imposto sobre Valor Agregado (IVA), alinhando o Brasil às melhores práticas internacionais. 

    Um aspecto crucial dessa reforma é a tributação de provedores de serviços digitais não residentes. Esta medida visa equalizar a competição entre empresas estrangeiras e nacionais, eliminando uma vantagem fiscal que favorecia injustamente as entidades não residentes. O novo regime tributário abrangerá uma ampla gama de serviços eletrônicos, incluindo publicidade digital, streaming de conteúdo, aplicativos, software e serviços de internet.

    Panorama do e-commerce no Brasil 

    O mercado digital brasileiro apresenta um cenário robusto e em expansão. Com 207 milhões de usuários de internet, o país está próximo do quinto estágio de desenvolvimento do comércio digital, caracterizado pela normalização das vendas online de produtos perecíveis e pela presença de múltiplos marketplaces bem estabelecidos. 

    O setor B2B domina o espaço digital, superando o B2C em três vezes. Apesar dos desafios econômicos recentes, o PIB brasileiro demonstrou resiliência, atingindo 2,9% em 2023, com projeções do Banco Mundial apontando para um crescimento mais moderado de 1,7% até o final de 2024. 

    O comportamento do consumidor brasileiro é particularmente favorável ao e-commerce. Dados do Relatório Digital Global de 2023 da Meltwater indicam que 59,2% dos usuários entre 16 e 64 anos realizam compras online semanalmente. Além disso, o país lidera em tempo gasto online em atividades como jogos, mídias sociais e streaming de conteúdo. 

    Marco Regulatório e conformidade 

    O ambiente regulatório brasileiro para o comércio digital evolui de forma consistente, embora a implementação possa ocorrer em um ritmo diferente do observado na Europa. O país possui uma estrutura legal robusta, incluindo legislações sobre transações eletrônicas, proteção de dados, combate a crimes cibernéticos e defesa do consumidor. 

    As empresas que operam no mercado brasileiro devem estar atentas às expectativas dos consumidores, que estão habituados a um alto nível de proteção legal. A conformidade com as regulamentações locais é essencial para o sucesso no mercado. 

    Perspectivas de crescimento e impacto econômico 

    O comércio eletrônico tem revolucionado o varejo global, proporcionando às marcas alcance internacional e oferecendo aos consumidores conveniência sem precedentes. Projeções da Statista indicam que as vendas globais de e-commerce no varejo devem ultrapassar US$ 8 trilhões até 2027, um crescimento expressivo em relação aos US$ 2,3 trilhões registrados em 2017.

    Na América Latina, espera-se que as vendas online atinjam US$ 160 bilhões até 2025, com Brasil, México e Argentina representando 67,06% desse mercado em 2024. Este cenário de expansão tem impulsionado fusões e aquisições no setor, além de atrair investimentos significativos para o mercado brasileiro. 

    O Brasil está se posicionando como um player global no comércio eletrônico ao implementar um programa de conformidade que promete simplificar o tratamento de taxas e impostos. Esta iniciativa não apenas beneficiará as empresas, mas também os consumidores, através da redução de tarifas de importação e de uma abordagem mais transparente para transações internacionais. 

    A reforma tributária e as novas regulamentações para o comércio digital representam um marco na modernização econômica do Brasil. Empresas nacionais e internacionais devem se preparar para adaptar suas operações a este novo cenário, que promete criar um ambiente de negócios mais equitativo e dinâmico no país. 

  • EQ Commerce: a revolução da experiência de compra no varejo digital

    EQ Commerce: a revolução da experiência de compra no varejo digital

    Nos últimos anos, o varejo global tem experimentado uma transformação impulsionada pelas novas demandas dos consumidores. Segundo uma pesquisa da PwC, 56% dos CEOs apontam que a mudança nas preferências dos clientes é o maior desafio para a rentabilidade dos negócios. Esse fenômeno, acentuado pela pandemia, elevou as expectativas por uma experiência de compra personalizada, intuitiva e eficaz. Em resposta a essa realidade, o conceito de Economia da Expectativa vem ganhando força, propondo um modelo de consumo em que as marcas não apenas atendem, mas antecipam as necessidades de seus clientes em todos os pontos de contato.

    É no cenário da Economia da Expectativa que vemos surgir a macrotendência identificada pela consultoria The Future Laboratory. EQ Commerce (ou Emotional Quotient Commerce) é uma abordagem que vai além da venda tradicional e busca transformar cada interação em uma experiência preditiva e proativa. Nesta macrotendência observamos a união do poder de tecnologias avançadas, como a inteligência artificial e a realidade aumentada, a um entendimento qualificado das expectativas e do comportamento do público. Essa nova forma de comércio resolve uma das maiores dores do varejo digital: a “fadiga algorítmica”, quando os consumidores se frustram com recomendações genéricas e ofertas que não refletem seus gostos e preferências reais. Com esta nova abordagem, as marcas conseguem interpretar dados de forma imediata e personalizar a jornada de compra, gerando um ambiente dinâmico e focado na satisfação individual.

    Entre as principais tendências  do EQ Commerce está o Discovery Commerce, que transforma a busca tradicional por produtos em uma descoberta intuitiva e customizada. Em vez de esperar que o consumidor encontre o que deseja, essa estratégia apresenta itens e ofertas que, de forma proativa, se alinham com seu perfil e interesses. De acordo com a Coresight Research, a hiperpersonalização dos feeds de compras – que leva o produto certo até o cliente certo – pode aumentar o engajamento e fortalecer a fidelização, transformando a experiência em um verdadeiro diferencial competitivo para as marcas.

    Outro aspecto central no EQ Commerce é a integração da inteligência artificial (IA), que permite uma customização em grande escala. Com 71% dos varejistas aumentando seus investimentos em IA, de acordo com o Total Retail 2023, 73% têm direcionado esses recursos especificamente para oferecer conteúdos altamente personalizados, segundo a Coresight Research. A IA possibilita que as marcas adaptem não apenas o que é sugerido, mas também como e quando isso é apresentado, gerando interações satisfatórias e em momentos relevantes. Em um ambiente onde um clique pode significar a migração para o site de um concorrente, esse tipo de resposta ágil e orientada a dados se torna essencial.

    A realidade aumentada (RA) é um pilar importante do EQ Commerce, elevando o momento de compra a um novo patamar de interatividade e imersão. Cerca de 63% dos consumidores afirmam que a RA melhora significativamente a experiência, de acordo com pesquisa da Statista, permitindo que visualizem produtos de maneira dinâmica e aprofundada. Grandes marcas como Walmart e Lacoste já utilizam a RA de acordo com a tendência  Virtual Flagship, criando ambientes online imersivos que replicam aspectos da experiência física e fortalecem o senso de exclusividade e pertencimento dos clientes.

    Dessa forma, o EQ Commerce tem a capacidade de promover interações mais próximas e emocionalmente conectadas com os consumidores. Com ele, é possivel ter ambientes nos quais influenciadores e curadores participam da jornada digital, aproximando marcas e consumidores de forma autêntica, estimulando a identificação e sensação de que suas preferências são valorizadas. Isso cria um vínculo que ultrapassa a transação comercial e reforça a lealdade a longo prazo.

    Na América Latina, onde 50% das empresas ainda não se sentem confiantes em suas estratégias de experiência do cliente, segundo pesquisa da CMO Council, de 2023, o EQ Commerce se destaca como um modelo transformador. As empresas que adotam essa abordagem, utilizando IA e dados comportamentais em tempo real, têm uma chance maior de se diferenciar e conquistar clientes em um mercado cada vez mais digital e competitivo. A promessa do EQ Commerce vai além de atender às demandas do presente, ela estabelece um novo paradigma de relacionamento entre marcas e consumidores, em que a inovação e a experiência caminham lado a lado, moldando o futuro do varejo.

  • Economia da Atenção e o e-commerce: o papel da neurociência na experiência do cliente

    Economia da Atenção e o e-commerce: o papel da neurociência na experiência do cliente

    Atualmente, muitas empresas, especialmente no varejo, utilizam a Inteligência Artificial (IA) e outras tecnologias para resolver desafios específicos dentro de suas organizações. Algumas estão focadas em otimizar campanhas de marketing, enquanto outras desenvolvem estruturas complexas, como data lakes, para gerenciar grandes volumes de dados. Esse movimento é impulsionado por diversos fatores: o avanço das tecnologias, a própria evolução da IA e, principalmente, a necessidade de capturar a atenção do consumidor em meio a uma enxurrada de estímulos visuais e informacionais. 

    Com a rápida evolução tecnológica, vivemos em uma era de Economia da Atenção, onde a atenção dos consumidores é um dos recursos mais escassos e mais disputados pelas marcas. Empresas e plataformas de e-commerce competem diariamente para atrair a atenção dos usuários, e as inovações em IA e neurociência aplicada aos negócios permitem não apenas medir a atenção, mas também garantir uma experiência de compra mais fluida e sem pontos de fricção. 

    O que é a Economia da Atenção? 

    Economia da Atenção refere-se ao fato de que a atenção dos consumidores é um recurso limitado, especialmente em um ambiente saturado de informações. No e-commerce, essa disputa é ainda mais intensa. A pesquisa em neurociência permite uma compreensão mais precisa de como capturar a atenção, otimizando campanhas publicitárias, navegação pelas plataformas, processos de checkout e a usabilidade como um todo. 

    Neurociência e IA transformam aexperiência do consumidor no e-commerce 

    As tecnologias de IA utilizam algoritmos avançados para replicar processos biológicos do cérebro humano. No e-commerce, isso significa identificar e prever como os consumidores interagem com os elementos visuais de um site. Ao analisar dados visuais e de comportamento, as empresas podem diminuir fricções, otimizando o design de páginas (por exemplo, home), produtos ou checkout, a forma de exposição de produtos e a experiência do usuário, garantindo que o consumidor encontre o que precisa de forma ágil e intuitiva. 

    A combinação da IA, que já é bastante utilizada pelas empresas, com a pesquisa de neurociência, permite que as marcas não só mapeiem os processos automáticos do cérebro — como percepção de cor, posicionamento visual e saliência — como também verifiquem se a experiência de compra está sendo criada sem fricções no cérebro do consumidor. Além disso, ajuda a determinar se a marca está construindo memória de marca para os usuários, aumentando assim as taxas de conversão, evitando frustrações que geram emoções negativas e, com isso, facilitando todo o processo de compra. 

    Impactos no futuro do e-commerce 

    A aplicação da IA no e-commerce não apenas melhora a eficiência das operações como abre portas para inovações em áreas como logística, personalização e, em especial, no relacionamento com o cliente. Além do design de sites e experiência de checkout, as tecnologias permitem que as marcas ofereçam um processo mais fluido, reduzindo o abandono de carrinhos e aumentando a satisfação do cliente. 

    A pesquisa em neurociência também contribui para uma jornada de compra mais eficiente e memorável, com menos interrupções e fricções, o que é essencial para garantir a experiência positiva e o crescimento sustentável. Afinal, por trás de toda venda há sempre um ser humano buscando uma conexão genuína. 

    À medida que as tecnologias de IA e neurociência evoluem, as marcas no e-commerce têm oportunidade única de melhorar significativamente a experiência do cliente. No entanto, o sucesso não está apenas em capturar a atenção do consumidor, mas em garantir que ela seja convertida em interações positivas e sem fricções, respeitando preferências e privacidade dos usuários. 

    Nesse novo paradigma da Economia da Atenção, a construção de uma marca forte e diferenciada, com posicionamento de mercado único e propósito claro, livre de fricções, tornou-se responsabilidade estratégica das lideranças. Elas precisam garantir que as operações de e-commerce estejam alinhadas com as expectativas do consumidor moderno, que se adapta rapidamente às novas tecnologias. No entanto, embora o cérebro humano adore o novo, a mudança de comportamento não é instantânea.  

    Entender essa dinâmica permite que as empresas trabalhem com dados, velocidade e estratégia, integrando a neurociência para criar conexões autênticas com os consumidores. No entanto, é crucial estar atento a taxa de churn, métrica que indica o quanto a empresa perdeu de receita ou clientes. Afinal, ignorar sinais de desconexão com o cliente pode levar ao aumento dessa taxa e comprometer não só a retenção, mas também o crescimento sustentável ocasionado por não olhar para o lado do fator humano. 

  • Black November: investimento antecipado em prospecção impulsiona receita no e-commerce, aponta RTB House

    Black November: investimento antecipado em prospecção impulsiona receita no e-commerce, aponta RTB House

    A Black Friday, tradicionalmente associada a um único dia de grandes promoções, está se transformando em um fenômeno que se estende ao longo de todo o mês de novembro e que exige planejamento de marketing antecipado. Um levantamento realizado pela RTB House estimou que, globalmente, novembro gera até 20% mais conversões do que o segundo maior pico do ano. Já no Brasil, viu-se em 2023 um aumento médio de 83% na receita dos anunciantes no mesmo período em relação a setembro, com valores mais altos de conversão, o que pode ser atribuído a consumidores que aguardam o período de promoções para concentrar mais compras ou para realizar investimentos mais altos.

    O relatório também mostra que a Black Friday cria oportunidades únicas para as marcas atraírem novos consumidores ou engajarem usuários antigos, e que isso pode impactar significativamente os resultados do período. A quantidade de usuários que engajam com as promoções de Black November é até 4,5 vezes maior, e 3,7 vezes mais usuários inativos, aqueles que não visitaram o site do anunciante nos últimos 30 dias, realizam compras.

    Os dados ainda mostram que campanhas de prospecção lançadas já a partir do terceiro trimestre tendem a ser eficazes, resultando em um maior recall de marca e um engajamento mais forte dos consumidores quando se inicia efetivamente o período das promoções.

    Desempenho do mercado brasileiro

    Apesar de em 2023 as plataformas online terem registrado queda nas vendas no final de semana da Black Friday (retração de 14,4% ante o ano anterior no recorte de quinta-feira à sábado), o estudo também traz alguns dados de mercado que apontam que, ao considerar todo o mês de novembro, o varejo brasileiro registrou um aumento de 2,2% nas vendas. O cruzamento dos dados reforça a importância de antecipar promoções e trabalhar com o conceito de Black Friday de forma estendida, permeando todo o mês de novembro. 

    Entre as categorias que mais impulsionaram esse crescimento estavam equipamentos de escritório, móveis e eletrodomésticos, e vestuário. Já as que se destacaram pelos maiores picos de desconto são moda e calçados, supermercado e delivery, e bebidas.

    Checklist para Black November 2024

    Por fim, o relatório oferece uma checklist com dicas essenciais para garantir o sucesso da Black November. Em resumo:

    • Dilua seus investimentos: em vez de focar em um único dia, as marcas podem estender as promoções ao longo de todo o mês.
    • Aqueça sua base de usuários: inicie campanhas de prospecção com antecipação para aumentar o engajamento e o recall de marca.
    • Atraia novos clientes e engaje os inativos: use o período promocional para expandir sua base de consumidores e incentivar usuários dormentes.
    • Diferencie-se da concorrência: ofereça descontos reais e invista em plataformas que deem visibilidade para a sua marca, como páginas dedicadas a categorias.

    Você pode conferir o relatório completo clicando aqui.

  • E-commerce deve faturar R$ 7,93 bilhões na Black Friday, segundo ABComm

    E-commerce deve faturar R$ 7,93 bilhões na Black Friday, segundo ABComm

    A Black Friday, marcada para 29 de novembro, deve alcançar a impressionante marca de R$ 7,93 bilhões de faturamento no comércio eletrônico, representando um crescimento de 10,18% em relação aos R$ 7,2 bilhões registrados em 2023. A estimativa é da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), que considera o período que se estende desde o início da semana da Black Friday até o dia da Cyber Monday, em 2 de dezembro.

    Neste ano, o ticket médio para as compras deve subir para R$ 738, com uma expectativa de 10,7 milhões de pedidos durante o evento. Em comparação a 2023, o ticket médio foi de R$ 705, e o número de pedidos totalizou 10,2 milhões.

    A expectativa é que, durante a semana do evento, adicionando as compras tradicionais, o comércio eletrônico atinja a marca de R$ 11,63 bilhões em faturamento, valor quase 3 vezes superior a uma semana tradicional de vendas online.

    Além das categorias principais, como Eletrônicos, Eletrodomésticos e Moda, o segmento de Beleza e Saúde está entre os que mais cresceram em número de buscas nos últimos meses. “Esperamos que a Black Friday deste ano supere expectativas com um maior engajamento dos consumidores. Esse cenário reflete a confiança nas ofertas que o evento proporciona”, afirma Mauricio Salvador, presidente da ABComm. 

    Para potencializar ainda mais o faturamento, a ABComm sugere que os varejistas utilizem canais digitais pagos, redes sociais, e-mail marketing e mensagens de WhatsApp, entre outras estratégias de divulgação e venda de produtos. Entretanto, a temporada de promoções também levanta alertas sobre possíveis fraudes. A entidade, em colaboração com especialistas do mercado, enfatiza que os consumidores devem desconfiar de preços extremamente baixos e sempre priorizar sites confiáveis. 

    “Estamos confiantes de que a Black Friday deste ano será um sucesso, refletindo a resiliência do comércio eletrônico e a disposição dos consumidores para aproveitar as ofertas”, conclui Salvador. 

    Eu Entrego espera ter aumento de 30% no volume de vendas na Black Friday 2024 

    A Eu Entrego projeta um crescimento de 30% no volume de entregas durante o período deste ano em relação a 2023. A empresa aposta que os setores de vestuário e eletrônicos serão os grandes destaques da temporada de compras. 

    A preparação começou com vários meses de antecedência. Os profissionais de tecnologia monitoram os dados da plataforma diariamente e colaboram com o departamento de operações para identificar os pontos de melhoria, garantindo que as operações sejam mais eficientes no período de maior demanda. 

    A empresa criou um sistema exclusivo que utiliza um algoritmo baseado em Inteligência Artificial (IA) e geolocalização, destacando-se como a única no mercado capaz de otimizar rotas em tempo real, aproveitando a análise de dados constantemente atualizados. Isso permite uma roteirização mais eficiente, considerando fatores dinâmicos como trânsito, condições climáticas e flutuações na demanda. O fato de desenvolver e manter o sistema internamente garante a flexibilidade necessária para ajustar suas funcionalidades a necessidades urgentes, como ocorre durante datas sazonais. 

    A Eu Entrego, logtech que conecta varejistas à maior rede de entregadores autônomos do Brasil, realizou 12 milhões de entregas no primeiro semestre de 2024. De acordo com o CEO e cofundador, Vinicius Pessin, a empresa conta com mais de 1 milhões de entregadores em todo o país. 

    “Nosso sistema exclusivo, baseado em Inteligência Artificial, garante a otimização em tempo real das rotas, o que nos permite oferecer um serviço ágil e eficiente, mesmo nos períodos de maior demanda, como na Black Friday. Estamos confiantes de que nossos esforços trarão resultados excepcionais nesta edição”, compartilha Pessin. 

  • Como a inteligência artificial aprimora a experiência de compras online em grandes datas do varejo

    Como a inteligência artificial aprimora a experiência de compras online em grandes datas do varejo

    A inteligência artificial está revolucionando a experiência de compras online, sendo um diferencial significativo tanto para consumidores quanto para varejistas. Um dos principais aspectos dessa transformação é a personalização. Por meio de algoritmos de machine learning (aprendizado de máquina), as plataformas conseguem analisar o comportamento de consumo e as preferências dos usuários, fornecendo recomendações personalizadas e cada vez mais assertivas, que tornam a experiência de compra do usuário mais relevante. Esse nível de personalização, observado em gigantes varejistas, ajuda os consumidores a encontrarem produtos que realmente lhes interessam, aumentando o engajamento e a probabilidade de compra.

    Para lidar com o grande volume de demanda e escalar seu poder de atendimento, especialmente nas grandes datas comerciais, o varejista necessitaria aumentar também seus custos de fora sazonal, além do tempo e recursos em treinamentos. Por outro lado, com a inteligência artificial conversacional (tecnologia que torna o software capaz de entender e responder a conversas humanas baseadas em voz ou texto), promove-se um padrão de atendimento de qualidade independente do cliente e horário. No pós-vendas de datas marcadas pelo grande número de compras como a Black Friday, por exemplo, a I.A é um grande diferencial, pois consegue escalar com qualidade o atendimento dessa demanda e, ainda, pode engajar outras campanhas de marketing da marca. 

    A impulsividade na hora de adicionar os produtos desejados no e-commerce gera também muita desistência de carrinhos com produtos. É aí que entram as campanhas de recuperação de carrinhos abandonados, promovendo um novo contato, totalmente personalizado, para que o consumidor possa reaver o que deixou – podendo até mesmo oferecer  um cupom de desconto ou outro benefício para a recuperação da compra. Além disso, pensando na experiência de ponta a ponta deste cliente, o atendimento para troca, dúvidas ou devoluções por I.A contribuem para a manter o consumidor contente. 

    A inteligência artificial não substitui as pessoas, mas possibilita que a empresa aloque seus colaboradores em papéis mais estratégicos. O foco é que o padrão de todo atendimento que a I.A traz, fideliza o cliente, que sabe que independente do momento de contato, seja ele proativo ou receptivo, será de qualidade. Além disso, a tecnologia garante um atendimento acessível, já que ela pode atender diferentes idiomas, formatos e tons de comunicação.

    A experiência visual das compras online também foi aprimorada com o uso de I.A. Tecnologias como reconhecimento de imagem permitem que os usuários busquem produtos usando fotos, facilitando a descoberta de itens semelhantes. Além disso, a realidade aumentada e a realidade virtual proporcionam experiências imersivas, permitindo que os consumidores visualizem como os produtos ficariam em seus ambientes antes da compra. Essas inovações tornam o ato de comprar online mais interativo e envolvente.

    O estudo “Inteligência Artificial no Varejo, da Central do Varejo, conduzido entre abril e junho deste ano, mostra que 47% dos varejistas já utilizam I.A, enquanto 53% ainda não implementaram essa tecnologia, mesmo estando atentos às suas possibilidades.

    Portanto, o varejista que entender o poder da I.A e o significado de oferecer um atendimento ao mesmo tempo padronizado e personalizado, irá garantir uma maior fidelização do público. A jornada de compra do consumidor moderno é multicanal, e ele valoriza que a experiência online seja tão fluida e satisfatória quanto a presencial, que nos é tão familiar.