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  • Advogados migram para área da segurança de dados

    Advogados migram para área da segurança de dados

    A disseminação da Inteligência Artificial Generativa e o movimento em busca de regulações devem acelerar o crescimento do mercado global de tecnologia jurídica. Segundo o Gartner, nos próximos três anos, este setor estará movimentando cerca de US$ 50 bilhões em todo o mundo. De olho nas oportunidades que esta tendência oferece, os advogados estão buscando cada vez mais aprofundar o conhecimento em TI e proteção de dados e um número significativo já começa inclusive a intensificar uma migração de carreira, buscando se especializar em setores chave para este ecossistema.  De acordo com um estudo feito pela DeServ Academy, vertical educacional da DeServ Tecnologia & Serviços, a carteira de alunos dos cursos de especialização da instituição já conta com 23,1% de profissionais de direito. O número corresponde a 50%, do percentual de trabalhadores da área de TI (46,15%).

    A sócia da DeServ Academy, Bruna Fabiane da Silva, eleita no final do ano passado uma das 50 Melhores Mulheres em Segurança Cibernética das Américas pela WOMCY (LATAM Women in Cybersecurity), argumenta que a participação crescente dos advogados nestes cursos está diretamente relacionada à percepção de que o mundo corporativo precisa cada vez mais de mão de obra especializada em segurança da informação e proteção de dados.

    Segundo ela, os advogados podem se especializar em áreas de nicho dentro da privacidade e segurança, como gestão de risco, resposta a incidentes, e governança de dados. “A integração crescente da tecnologia em todos os setores significa que a proteção de dados se torna uma prioridade, e advogados com conhecimento em TI podem se destacar”, afirma.

    A especialista comenta ainda que a consolidação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), por exemplo, aumentou exponencialmente a necessidade de as empresas contratarem pessoas que conhecem a fundo todos os aspectos desta legislação, assim como as tecnologias e melhores tendências para sua observância. Neste sentido, de acordo com ela, advogados especializados em segurança da informação se destacam no mercado por oferecerem serviços de consultoria jurídica e conformidade para empresas que precisam proteger dados sensíveis. 

    “A captação nesta área do conhecimento permite ampliar o portfólio de serviços, incluindo auditorias de conformidade e treinamento em segurança da informação. Além disso, é possível prestar assessoria na criação e revisão de políticas de segurança da informação, alinhando as organizações às melhores práticas do mercado. Finalmente, o profissional de direito especialista em TI soma às suas competências uma habilidade avançada para defender empresas em casos de litígios relacionados a violações de segurança da informação”, completa.  

    A executiva chama a atenção para outra área cuja presença de profissionais tem crescido nos cursos da empresa. De acordo com o estudo, os participantes das aulas que trabalham no setor de Compliance já respondem por 11,54% do total. O estudo revela que 40,4% dos alunos da DeServ se encontram na faixa etária de 35 a 44 anos, enquanto outros 27% estão na faixa entre 45 e 54 anos.  O público masculino é predominante, com 67% do total. Em relação ao nível educacional, todos os alunos têm ou estão cursando nível superior, sendo 61,5% pós-graduados, 28,8% graduados e 9,62% superior incompleto ou cursando.

    Com um corpo docente formado por profissionais reconhecidos no mercado, a DeServ Academy é especializada em formação e treinamento para a obtenção de certificações internacionais relacionadas EXIN, IAPP e CompTIA. Em 2022 a unidade havia sido responsável por 22,3% do faturamento da companhia. No ano passado este patamar subiu dez pontos percentuais, chegando a 32,3% com a perspectiva de avançar ainda mais em 2024 e se consolidar definitivamente como a principal fonte de receitas da empresa.

  • 34% dos brasileiros não se sentem incluídos financeiramente

    34% dos brasileiros não se sentem incluídos financeiramente

    Por mais que 78% da população afirme ter conta em algum banco, 1 em cada 3 brasileiros ainda não se sente devidamente incluído financeiramente, sendo a falta de acesso a crédito um dos principais motivos  (73%) para que exista essa percepção. Isso é o que mostra o estudo “Da cédula ao DREX: a evolução do dinheiro em 30 anos”, produzido pelo Mercado Pago em parceria com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD). 

    Para Igor Castroviejo, diretor comercial da 1datapipe, plataforma de consumer insights via Inteligência Artificial, boa parte dos motivos para que tantas pessoas não consigam crédito se deve aos modelos tradicionais de avaliação por parte das instituições. “Infelizmente, as autarquias ainda se fiam em fontes de informações muito superficiais e ultrapassadas, de modo que muitos clientes potenciais passam despercebidos por falta de profundidade das próprias empresas”.

    O executivo traz, para exemplificar, alguns dados importantes, como o fato de mais de 38% da população trabalhar informalmente, de acordo com um levantamento da Statista, o que dificulta a detecção de capacidade de pagamento por parte das autarquias. “Além disso, um estudo do Instituto Locomotiva aponta que são mais de 4,6 milhões de brasileiros sem conta bancária e um outro material, chamado de Beyond Borders 2022/2023, apontou que apenas 40% dos adultos do país possuem um cartão de crédito. Com isso, são milhões de brasileiros invisíveis aos olhos dessas avaliações e, consequentemente, sem acesso a algo tão importante como o crédito”, pontua Igor Castroviejo.

    Como resolução do problema, o profissional sugere que as instituições financeiras invistam em soluções tecnológicas capazes de abranger esses grupos minoritários em suas análises. “Graças ao advento digital no nosso país, já existem no mercado soluções que fornecem às autarquias dados alternativos valiosos, como histórico de compras online, hábitos de consumo, profissão, histórico de emprego, média salarial e renda familiar desses potenciais clientes, o que pode trazer insights muito bons sobre o perfil de cada um”, pontua.

    Além disso, Igor Castroviejo chama a atenção para a boa utilização da Inteligência Artificial. “Ela tem um papel fundamental, tanto é que dados da Boston Consulting Group mostram que essa tecnologia traz ganhos de produtividade em até 80% nos bancos, melhorando tomadas de decisões relacionadas a crédito. Isso acontece porque, por meio dela, é possível fazer uma avaliação detalhada de informações, identificando padrões e tendências cruciais nessas avaliações”, pontua.

  • Levantamento revela perfil de empresas Travel Techs no Brasil

    Levantamento revela perfil de empresas Travel Techs no Brasil

    O mercado de viagens gerou R$189,5 bilhões de receita em 2023, no Brasil, segundo a FecomercioSP. Um aumento de 7,8% em relação a 2022. De acordo com um levantamento também da FecomercioSP, em parceria com a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev), somente as viagens corporativas movimentaram só em janeiro de 2024 cerca de R$7,3 bilhões – um aumento de 5,5% em relação a 2023. Os dados apontam que o segmento de turismo se prepara para retornar aos níveis pré pandemia.

    Neste contexto, as travel techs, como são chamadas as startups que oferecem soluções tecnológicas para a indústria de viagem e turismo, são responsáveis por ajudar a alavancar o setor e transformar digitalmente a experiência de viajar, seja a lazer ou trabalho. Com o objetivo de compreender o perfil destas empresas, a Onfly acaba de concluir a segunda edição do Mapa das Travel Techs Brasileiras.  

    Segundo o levantamento, atualmente o Brasil possui 205 travel techs em atividade, classificadas em um total de onze categorias. São elas: Tecnologia para outros players (24,4%), Mobilidade (17,6%), Experiências (13,2%), Agenciamento e reservas online (12,2%), Eventos (8,8%), Gestão de Viagens Corporativas (6,8%), Despesas corporativas (5,4%), Serviços para viajantes (4,4%), Hospedagem (3,4%), Programa de fidelidade (2,4%) e Benefício corporativo (1,5%).

    No que diz respeito ao tamanho e grau de maturidade das travel techs, mais de 70% do setor é composto por empresas com até 50 funcionários – dessas, 36,1% têm até 10 funcionários, muitas delas com uma operação liderada pelos fundadores. Empresas com 100 ou mais colaboradores representam apenas 14,2% dos negócios hoje em operação.

    “Temos um setor ativo, digitalizado e apto para escalar. Entre as empresas do país, as que oferecem soluções com tecnologia para o segmento de viagens ainda são poucas e, em sua maioria, jovens e tocadas por times mais enxutos. Dado o tamanho do mercado de turismo brasileiro e seu potencial de expansão, não seria exagero dizer que estamos diante de uma grande oportunidade de mercado”, destaca Marcelo Linhares, CEO e cofundador da Onfly, maior travel tech B2B da América Latina que oferece uma completa gestão de viagens e despesas corporativas. 

    Recorte regional

    Ainda de acordo com o Mapa das Travel Techs Brasileiras, o Sudeste é a região que concentra mais empresas e startups do setor, 72,2%, com o estado de São Paulo reunindo mais da metade (109) delas. Em segundo lugar, aparece o estado de Minas Gerais, com 24 travel techs. A região Sul vem na sequência, concentrando 16,6% das startups de turismo, com destaque para Santa Catarina (17), o terceiro estado com mais travel techs do país.

    “É essencial que adotemos tecnologias inovadoras em nossas operações, demonstrando aos investidores um compromisso com a modernização desse mercado”, completa Linhares. 

    Aportes em travel techs

    Segundo o Crunchbase, principal plataforma de dados sobre inovação do mundo, 2021 foi o ano que concentrou a maior parte dos investimentos em travel techs na América Latina. Só neste ano, as startups de turismo arrecadaram US$154,7 milhões. Entre 2019 e 2023, este dado chegou a um volume de US$290 milhões. No Brasil, entre 2019 e 2023, o setor recebeu US$185 milhões e cerca de 75% dos aportes ocorreram só em 2021.

  • Ataques cibernéticos a empresas tendem a exigir 24% da receita total às vítimas

    Ataques cibernéticos a empresas tendem a exigir 24% da receita total às vítimas

    Nos últimos anos, a crescente sofisticação dos crimes financeiros tem motivado cibercriminosos a buscarem brechas e realizar ataques cada vez mais inovadores. A promessa de ganhos financeiros substanciais faz com que esses criminosos virtuais desenvolvam novas técnicas e aprimorem métodos já conhecidos, resultando em um aumento significativo dos ataques cibernéticos de extorsão.

    De acordo com o relatório 2024 Data Breach Investigations Report da Verizon, aproximadamente um terço de todas as violações (32%) envolveu ataques de ransomware ou alguma outra técnica de extorsão. Os ataques de pura extorsão aumentaram no ano passado e agora representam 9% de todas as violações. Esses números reforçam o que tem se observado nos últimos três anos: a combinação de ransomware e outras violações de extorsão foi responsável por quase dois terços dos ciberataques com motivação financeira, oscilando entre 59% e 66% nesse período.

    Da mesma forma, nos últimos dois anos, um quarto dos ataques com motivação financeira (variando entre 24% e 25%) envolveu a técnica de pretexting, uma categoria de ataques de engenharia social, quando uma narrativa falsa ou um pretexto convincente é criado para persuadir a vítima a revelar dados pessoais ou sensíveis, sendo que a maioria delas representou casos de Business Email Compromise (BEC), que envolvem o envio de mensagens falsas de e-mail em nome da empresa.

    “Os ataques de ransomware têm um impacto devastador nas corporações, tanto financeiramente quanto tecnicamente, além de danificar gravemente a imagem das empresas. Embora as consequências sejam grandiosas, esses ataques muitas vezes começam com incidentes de execução simples, como uma credencial vazada ou uma técnica de engenharia social. Estes métodos iniciais, muitas vezes ignorados pelas corporações, podem abrir as portas para invasões cibernéticas que resultam em prejuízos multimilionários e na perda de confiança dos clientes”, explica Maurício Paranhos, CCO da brasileira Apura Cyber Intelligence, que colaborou com o relatório da Verizon.

    Paranhos destaca que entender o cenário de extorsão cibernética é chave fundamental para que empresas como a Apura continuem desenvolvendo uma série de soluções e medidas para mitigar a ação dos criminosos. Por isso, é preciso observar os dados e tentar extrair deles o máximo de informações possível.

    Um dos custos mais fáceis de quantificar é o valor associado ao pagamento do resgate. Analisando o conjunto de dados estatísticos do Internet Crime Complaint Center (IC3) do FBI deste ano, descobriu-se que a perda mediana ajustada (após a recuperação de fundos por parte da fiscalização) para aqueles que pagaram resgate foi de cerca de US$ 46.000. Este valor representa um aumento significativo em relação à mediana do ano anterior, que era de US$ 26.000. No entanto, é importante considerar que apenas 4% das tentativas de extorsão resultaram em perda real este ano, em comparação com 7% no ano passado.

    Outra maneira de analisar os dados é observar as demandas de resgate como uma porcentagem da receita total das organizações vítimas. O valor médio do pedido inicial de resgate foi equivalente a 1,34% da receita total da organização, com 50% das demandas variando entre 0,13% e 8,30%. Esta ampla variação indica que alguns dos casos mais graves chegam a exigir até 24% da receita total da vítima. Essas faixas de valores podem ajudar as organizações a executarem cenários de risco com um olhar mais atento para os potenciais custos diretos associados a um ataque de ransomware.

    “Embora muitos outros fatores também devam ser considerados, esses dados fornecem um ponto de partida valioso para entender a dimensão financeira dos ataques de ransomware. A crescente incidência desses ataques e a diversidade das técnicas utilizadas pelos cibercriminosos reforçam a necessidade de uma vigilância constante e de estratégias robustas de cibersegurança para mitigar os riscos e os impactos financeiros associados a esses crimes.”, explica Paranhos.

    A intrusão de sistemas continua a ser o principal padrão das violações, em oposição aos incidentes, onde os ataques de negação de serviço (DoS) ainda reinam. Tanto os padrões de Engenharia Social como os de Erros Diversos aumentaram sensivelmente desde o ano passado. Por outro lado, o padrão Basic Web Application Attacks caiu drasticamente de sua posição no DBIR de 2023. O relatório DBIR também apresenta as técnicas mais relevantes do MITRE ATT&CK e os respectivos controles críticos de segurança do Centro de Segurança da Internet (CIS) que podem ser adotados para mitigar diversos desses padrões: intrusão de sistemas, engenharia social, ataques básicos em aplicações web, erros diversos, DoS, roubo ou perda de ativos, abuso de privilégios.

    “Com essas informações em mãos, as organizações podem aprimorar suas defesas e estar melhor preparadas para enfrentar os desafios impostos pelos cibercriminosos, garantindo assim uma proteção mais eficaz contra as ameaças cibernéticas em constante evolução”, diz o especialista.

  • Ataques cibernéticos a empresas tendem a exigir 24% da receita total às vítimas

    Ataques cibernéticos a empresas tendem a exigir 24% da receita total às vítimas

    Nos últimos anos, a crescente sofisticação dos crimes financeiros tem motivado cibercriminosos a buscarem brechas e realizar ataques cada vez mais inovadores. A promessa de ganhos financeiros substanciais faz com que esses criminosos virtuais desenvolvam novas técnicas e aprimorem métodos já conhecidos, resultando em um aumento significativo dos ataques cibernéticos de extorsão.

    De acordo com o relatório 2024 Data Breach Investigations Report da Verizon, aproximadamente um terço de todas as violações (32%) envolveu ataques de ransomware ou alguma outra técnica de extorsão. Os ataques de pura extorsão aumentaram no ano passado e agora representam 9% de todas as violações. Esses números reforçam o que tem se observado nos últimos três anos: a combinação de ransomware e outras violações de extorsão foi responsável por quase dois terços dos ciberataques com motivação financeira, oscilando entre 59% e 66% nesse período.

    Da mesma forma, nos últimos dois anos, um quarto dos ataques com motivação financeira (variando entre 24% e 25%) envolveu a técnica de pretexting, uma categoria de ataques de engenharia social, quando uma narrativa falsa ou um pretexto convincente é criado para persuadir a vítima a revelar dados pessoais ou sensíveis, sendo que a maioria delas representou casos de Business Email Compromise (BEC), que envolvem o envio de mensagens falsas de e-mail em nome da empresa.

    “Os ataques de ransomware têm um impacto devastador nas corporações, tanto financeiramente quanto tecnicamente, além de danificar gravemente a imagem das empresas. Embora as consequências sejam grandiosas, esses ataques muitas vezes começam com incidentes de execução simples, como uma credencial vazada ou uma técnica de engenharia social. Estes métodos iniciais, muitas vezes ignorados pelas corporações, podem abrir as portas para invasões cibernéticas que resultam em prejuízos multimilionários e na perda de confiança dos clientes”, explica Maurício Paranhos, CCO da brasileira Apura Cyber Intelligence, que colaborou com o relatório da Verizon.

    Paranhos destaca que entender o cenário de extorsão cibernética é chave fundamental para que empresas como a Apura continuem desenvolvendo uma série de soluções e medidas para mitigar a ação dos criminosos. Por isso, é preciso observar os dados e tentar extrair deles o máximo de informações possível.

    Um dos custos mais fáceis de quantificar é o valor associado ao pagamento do resgate. Analisando o conjunto de dados estatísticos do Internet Crime Complaint Center (IC3) do FBI deste ano, descobriu-se que a perda mediana ajustada (após a recuperação de fundos por parte da fiscalização) para aqueles que pagaram resgate foi de cerca de US$ 46.000. Este valor representa um aumento significativo em relação à mediana do ano anterior, que era de US$ 26.000. No entanto, é importante considerar que apenas 4% das tentativas de extorsão resultaram em perda real este ano, em comparação com 7% no ano passado.

    Outra maneira de analisar os dados é observar as demandas de resgate como uma porcentagem da receita total das organizações vítimas. O valor médio do pedido inicial de resgate foi equivalente a 1,34% da receita total da organização, com 50% das demandas variando entre 0,13% e 8,30%. Esta ampla variação indica que alguns dos casos mais graves chegam a exigir até 24% da receita total da vítima. Essas faixas de valores podem ajudar as organizações a executarem cenários de risco com um olhar mais atento para os potenciais custos diretos associados a um ataque de ransomware.

    “Embora muitos outros fatores também devam ser considerados, esses dados fornecem um ponto de partida valioso para entender a dimensão financeira dos ataques de ransomware. A crescente incidência desses ataques e a diversidade das técnicas utilizadas pelos cibercriminosos reforçam a necessidade de uma vigilância constante e de estratégias robustas de cibersegurança para mitigar os riscos e os impactos financeiros associados a esses crimes.”, explica Paranhos.

    A intrusão de sistemas continua a ser o principal padrão das violações, em oposição aos incidentes, onde os ataques de negação de serviço (DoS) ainda reinam. Tanto os padrões de Engenharia Social como os de Erros Diversos aumentaram sensivelmente desde o ano passado. Por outro lado, o padrão Basic Web Application Attacks caiu drasticamente de sua posição no DBIR de 2023. O relatório DBIR também apresenta as técnicas mais relevantes do MITRE ATT&CK e os respectivos controles críticos de segurança do Centro de Segurança da Internet (CIS) que podem ser adotados para mitigar diversos desses padrões: intrusão de sistemas, engenharia social, ataques básicos em aplicações web, erros diversos, DoS, roubo ou perda de ativos, abuso de privilégios.

    “Com essas informações em mãos, as organizações podem aprimorar suas defesas e estar melhor preparadas para enfrentar os desafios impostos pelos cibercriminosos, garantindo assim uma proteção mais eficaz contra as ameaças cibernéticas em constante evolução”, diz o especialista.

  • Braze implementa Data Platform e outras funcionalidades em sua plataforma

    Braze implementa Data Platform e outras funcionalidades em sua plataforma

    Braze (Nasdaq: BRZE), plataforma de engajamento de clientes, anunciou na última semana o lançamento da Braze Data Platform, um conjunto de dados e integrações de parceiros projetada para simplificar a unificação, ativação e distribuição de dados, capacitando os profissionais de marketing a criarem o engajamento de clientes.

    Dados unificados e contextualizados são cruciais para criar experiências de marketing centradas no cliente – e as marcas que não conseguem entregar isso correm o risco de perder a atenção, lealdade e receita dos consumidores. Os profissionais de marketing estão lutando para integrar e entender os dados para o engajamento do cliente com a coleta excessiva de dados. A pesquisa da Braze descobriu que apenas 24% das marcas estão mapeando o comportamento e o sentimento do cliente, e apenas 6% estão usando esses dados para informar sua abordagem de produto e marca. Construída com flexibilidade, interoperabilidade e modularidade em mente, a Braze Data Platform ajuda as marcas a integrar e aproveitar seus dados facilmente, independentemente de suas tecnologias e fluxos de trabalho preferidos.

    Com a Braze Data Platform, as marcas podem facilmente: 

    Unificar dados para acessibilidade via integrações aprimoradas do ecossistema – a Braze simplifica o processo de coleta e unificação de dados primários, independentemente da fonte, com integrações diretas em tempo real para as principais plataformas de dados em nuvem, data warehouses e provedores de software. O recém-lançado CDI Segments, uma extensão do Braze Cloud Data Ingestion (CDI), está agora disponível em acesso antecipado para parceiros, incluindo Amazon Redshift da Amazon Web Services (AWS), Databricks e Snowflake, dando às marcas acesso sem cópia aos dados dos clientes e simplificando o fluxo de dados para um melhor engajamento do cliente. Utilizando capacidades existentes da Braze, como Data Transformations, Braze Catalogs, SDK e APIs, as marcas podem organizar seus dados de forma eficiente, capacitando as equipes de marketing e reduzindo a dependência de recursos técnicos. 

    Ativar dados para aumentar a personalização e relevância – novas capacidades aprimoradas de gerenciamento de dados disponíveis na Braze Catalogs ajudam as marcas a entenderem e otimizarem a coleta e utilização de dados ao longo do tempo. Com integrações de parceiros prontas para uso na Braze Data Platform, elas podem combinar esses insights com outras fontes de dados para entender e agir sobre o comportamento do usuário em tempo real, usando relatórios e análises para campanhas impactantes. O Sage AI by Braze™ então ajuda a testar e entregar experiências personalizadas em escala, estendendo o valor dos dados primários das marcas, para que o engajamento do cliente permaneça valioso e evite ser intrusivo.

    Distribuir dados para construir equidade de marca – a Braze Data Platform facilita a distribuição segura e eficiente de dados de produto e o engajamento de clientes para ferramentas de terceiros preferidas para análises mais profundas, incluindo soluções de análise e inteligência de negócios da Amplitude, Contentsquare, Mixpanel e Snowplow. A Braze trabalha diretamente com os clientes para priorizar integrações com suas fontes e destinos de dados preferidos, oferecendo um conjunto robusto de conectores Braze Currents, Snowflake Data Sharing e APIs de nível empresarial para ajudar as marcas a obterem um valor organizacional mais amplo dos dados de engajamento do cliente gerados e coletados com a Braze.

    “Os profissionais de marketing modernos precisam de acesso a uma visão unificada de seus dados para se conectar com seus clientes de maneira eficiente e pessoal”, disse Kevin Wang, Diretor de Produto da Braze. “Nossa missão com a Braze Data Platform é capacitar marcas de todos os tamanhos a aproveitar o poder de seus dados para um engajamento superior do cliente em canais digitais. Essa plataforma se integra perfeitamente com as principais tecnologias do ecossistema de dados, permitindo que as marcas unifiquem e ativem seus dados sem esforço. Com uma base de processamento de fluxo em tempo real, a Braze permite que as marcas obtenham insights imediatos sobre o comportamento do cliente.”

    Incluindo produtos Braze e integrações do ecossistema de parceiros, a Braze Data Platform alimenta experiências altamente personalizadas e impactantes em pontos de contato digitais. A plataforma permite que as marcas aproveitem a tecnologia e as integrações para agir sobre as preferências e comportamentos dos clientes em constante mudança, e para impulsionar experiências de engajamento do cliente que sejam personalizadas, relevantes e memoráveis.

    Como algumas marcas têm casos de uso avançados que requerem a ativação de dados primários para marketing e além, como vendas e sucesso do cliente, a Braze trabalha em estreita parceria com plataformas de dados de clientes (CDPs) como Amperity, Amplitude, Census, Hightouch, mParticle, Rudderstack, Simon Data, Tealium, Treasure Data e Twilio Segment. Com nossos parceiros CDP, a Braze oferece uma abordagem abrangente que aprimora a unificação, ativação e distribuição de dados, ao longo de todo o ciclo de vida dos dados.

    “A Snowflake está alinhada com a Braze no objetivo compartilhado de ajudar as marcas a aproveitar mais plenamente seus dados. A Braze Data Platform é um passo positivo nessa jornada, ajudando a fazer os dados trabalharem mais. Trazer aplicativos para os dados é a espinha dorsal da nossa visão de produto AI Data Cloud, e estamos empolgados em ver como a Braze ajuda as marcas com isso hoje,” disse Tarik Dwiek, Chefe de Alianças Tecnológicas da Snowflake.

  • FinTechs latino-americanas registram US$15,6 bilhões em volume de investimentos em 10 anos, aponta relatório de Distrito

    FinTechs latino-americanas registram US$15,6 bilhões em volume de investimentos em 10 anos, aponta relatório de Distrito

    As startups do setor financeiro na América Latina receberam US$15,6 bilhões em recursos com 1658 rodadas durante o período de 2014 até o primeiro semestre de 2024, de acordo o FinTech Report 2024 produzido pelo Distrito, a principal plataforma de tecnologias emergentes da América Latina. Durante a mesma temporada, ou seja, 10 anos, as FinTechs do Brasil, concentraram US$10,4 bilhões em investimentos (66,67% do total) e 1034 deals.  

    “O mercado de fintechs na América Latina não apenas resistiu aos desafios econômicos globais, mas também se reinventou com inovação e resiliência. Com um crescimento robusto, registrando um aumento de 75% nos investimentos no primeiro semestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, as fintechs estão liderando a transformação digital do mercado financeiro, democratizando o acesso aos serviços e impulsionando a inclusão financeira em toda a região,” explica Gustavo Gierun, CEO e co-fundador do Distrito. 

    O ano com maior investimento no setor foi 2021, que atingiu US$ 5,7 bilhões em captação, em 363 rodadas. Já o ano que registrou maior número de startups fundadas foi 2019, com 298 novas fintechs, totalizando 2214 empresas desse segmento em atividade na região naquele ano. Atualmente existem 2712 fintechs ativas, sendo que a maior concentração está no Brasil, com 58,7% das startups do setor, seguida pelo México, com 20,7% das empresas.  

    Volume de investimentos por trimestre: 2023 – 2024 

    Ano Trimestre Número de deals Volume de investimento (em bilhões US$) 
    2023 1T 36 0,2 
    2023 2T 41 0,2 
    2023 3T 28 0,3 
    2023 4T 37 0,4 
    2024 1T 42 0,3 
    2024 2T 41 0,4 

    O primeiro semestre de 2024 se destaca pelas operações de M&As. Esse ano, já foram realizadas 16 transaçõesna América Latina.  

    Top 5 rodadas de 2024 até o primeiro semestre: 

    Startup País Categoria Subcategoria Estágio Volume 
    QI Tech Brasil Plataformas financeiras integradas Banking as a Service Series B 250 
    Celcoin Brasil Plataformas financeiras integradas Banking as a Service Series D 125 
    Clip México Meios de Pagamento PdV Series D 100 
    Aplazo México Crédito Oferta Direta Series B 70 
    Conta Simples Brasil Backoffice Gestão Financeira Series B 41,6 

    *QiTech teve extensão da rodada em 2024 a qual a tornou unicórnio 

    Categorias em FinTechs na América Latina 

    Entre as categorias, o Crédito ocupa o primeiro lugar com 477 startups e 18% do total de fintechs na América Latina. Porém, se considerarmos o volume de investimentos, a liderança no período foi das fintechs de “Serviços Digitais”, que somaram US$5,3 bilhões em captação, seguidas daquelas especialistas em soluções de Crédito, que receberam US$3,1 bilhões em investimentos. 

    Top 5 maiores categorias: 

    Categoria Número de startups Participação (em %) 
    Crédito 477 18% 
    Meios de Pagamento 390 14,4% 
    Backoffice 323 11,9% 
    Plataformas financeiras integradas 308 11,4% 
    Serviços Digitais 287 10,6% 

    Investimento por categoria:  

    Categoria Volume de investimento ( US$ bilhões) Número de deals 
    Serviços Digitais 5,3 195 
    Crédito 3,1 380 
    Meios de Pagamento 2,3 192 
    Plataformas financeiras integradas 1,1 180 
    Backoffice 0,8 168 
    Outros* 3,0 543 

    Movimentos atuais no setor 

    O Banco Central do Brasil foi o responsável pelas principais mudanças no segmento. Entre as mais recentes está a transação por PIX por aproximação em parceria com Google Pay e Apple Pay, prevista para esse ano. 

    Outra ação do BC realizada em 2024 é a regulação do Banking as a Service (BaaS), consulta pública prevista para definir diretrizes dessa nova forma de oferecer serviços bancários. Além disso, a instituição tem atuado na implementação de programas de educação financeira nos bancos, com o objetivo de ampliar o conhecimento e a consciência de responsabilidade financeira dos cidadãos. O movimento foi mapeado pelo Distrito no EdTech Report 2024 como uma tendência crescente no setor educacional.  

    Junto com o sistema PIX, há também o Drex, sistema ainda em fase de testes pelo BC. As simulações envolvem um token RWA (Real World Assets) para operações entre indivíduos, empresas e transações B2B. Já na área legislativa, as últimas mudanças permitem que as fintechs brasileiras apurem o Imposto de Renda (IR) com base no lucro presumido, reduzindo potencialmente a carga tributária em até 50%, o que possibilita que o mercado financeiro nacional se torne mais competitivo para estimular a criação de startups de serviços financeiros. 

    O Open Finance foi outra mudança importante que chegou para orientar as instituições financeiras na implementação e supervisão do serviço. As novas interações no primeiro semestre deste ano, com integrações, personalização e segurança da informação, mostram os avanços e melhorias no processo de compartilhamento de dados financeiros. 

    Principais tendências 

    O setor de FinTechs desempenha um papel pioneiro na adoção de novas tecnologias, protagonizado, especialmente, pela adoção de IA. Entre as startups de IA na América Latina, 83 são fintechs, de acordo com o Emerging Tech Report 2024, realizado pelo Distrito. A IA Generativa é outra tendência recente e pode adicionar entre US$200 bilhões e US$340 bilhões ao setor bancário global anualmente, melhorando a personalização para decisões estratégicas.  

    As transformações do segmento também incluem a tokenização, mercado que deve crescer de US$ 6,8 bilhões em 2024 para US$ 23,4 bilhões até 2032, de acordo com a Market Research Future. A tendência segue no radar do BC que prioriza a regulação da tokenização de ativos.  

    Bancos e fintechs estão expandindo seus serviços para além das transações financeiras tradicionais. O Nubank, por exemplo, oferece o Shopping do Nubank, uma plataforma de compras online com descontos e cashback. “Ao acompanhar e adotar as tendências, o mercado nacional e latino-americano é estimulado para que se torne mais dinâmico e inclusivo, facilitando a criação de novas soluções inovadoras e personalizadas que possam surgir”, finaliza Gierun. 

  • 5 tendências de IA para o mercado financeiro no segundo semestre de 2024

    5 tendências de IA para o mercado financeiro no segundo semestre de 2024

    O mercado financeiro está em constante evolução e a Inteligência Artificial (IA) está desempenhando um papel cada vez mais significativo. À medida que as tecnologias avançam, as instituições financeiras buscam maneiras de se adaptar e inovar para manter a competitividade. Segundo uma pesquisa global recente da McKinsey, cerca de um terço das grandes e médias empresas já estão usando IA em suas operações rotineiras. Além disso, 40% delas aumentarão seus investimentos nessa inovação, devido aos avanços exponenciais observados em IA Generativa, principalmente.

    A IA oferece uma gama de soluções que vão desde a análise de grandes volumes de dados até a automação de processos complexos, aumentando a eficiência operacional. Com a capacidade de aprender e melhorar continuamente, os sistemas de IA estão ajudando a transformar a forma como os serviços financeiros são oferecidos e geridos.

    A aplicação da IA no mercado financeiro não se limita apenas à automação de tarefas. Ela também está sendo utilizada para melhorar a experiência do cliente, prever tendências de mercado, identificar fraudes e gerenciar riscos de maneira mais eficaz. As otimizações chamam a atenção dos investidores no mercado – a Gartner já prevê um aumento nas aquisições de negócios baseados em IA, além do uso da tecnologia para aprimorar processos, como indicado nas tendências de fusões e aquisições.

    O especialista Thiago Oliveira, CEO e fundador da Monest – empresa de recuperação de ativos através da cobrança de débitos por inteligência artificial –, explica que hoje a tecnologia tem sido muito bem aceita pelas empresas e proporcionado bons resultados nas aplicações. “Isso vem trazendo para o mercado um leque de possibilidades de novos negócios e novas criações de produtos. Hoje, tudo o que as empresas cogitarem fazer, elas pensarão em como usar a  IA para melhorar o processo e proporcionar uma melhor experiência para o usuário”, ressalta.

    Isso não é diferente no mercado financeiro. O setor está se tornando mais dinâmico e responsivo às mudanças, permitindo que as empresas se adaptem rapidamente a novas oportunidades e desafios como: eficiência operacional com otimização de processos internos, tomada de decisão assertiva, acessibilidade e conveniência para os clientes, inovação e criação de novos produtos, segurança cibernética e redução de custos e risco de fraudes.

    Entre as tendências de IA identificadas para o mercado financeiro, estão:

    • Automação de Processos Robóticos (RPA)

    A RPA está sendo amplamente adotada para automatizar tarefas rotineiras e repetitivas, como processamento de transações, verificação de conformidade e gerenciamento de contas. Essa automação não apenas aumenta a eficiência operacional, mas também reduz custos e minimiza erros humanos, permitindo que os funcionários se concentrem em atividades mais estratégicas.

    • Análise de Big Data e Machine Learning

    A análise de grandes volumes de dados usando técnicas de machine learning está ajudando as instituições financeiras a obter insights mais profundos sobre comportamentos de clientes, tendências de mercado e riscos potenciais. Isso permite uma tomada de decisão mais informada e estratégias de investimento mais precisas. Modelos preditivos avançados estão sendo utilizados para prever movimentos de mercado, identificar padrões de fraude e personalizar ofertas de produtos.

    • Assistentes Virtuais e Chatbots

    Os assistentes virtuais e chatbots baseados em IA estão se tornando uma parte essencial do atendimento ao cliente no setor financeiro. Eles podem responder a consultas de clientes em tempo real, fornecer assistência personalizada e executar transações simples, melhorando a experiência do cliente e reduzindo a carga de trabalho dos atendentes humanos.

    • Gerenciamento de Riscos e Detecção de Fraudes

    A IA está sendo utilizada para aprimorar os sistemas de gerenciamento de riscos e detecção de fraudes. Algoritmos de machine learning podem analisar grandes quantidades de dados em tempo real para identificar atividades suspeitas e anomalias que poderiam passar despercebidas pelos métodos tradicionais. Isso permite uma resposta mais rápida e eficaz a ameaças de segurança.

    • Trading Algorítmico

    O trading algorítmico, ou trading automatizado, utiliza algoritmos de IA para executar negociações no mercado financeiro com base em parâmetros predefinidos e análises de dados em tempo real. Esses algoritmos podem reagir a mudanças no mercado em frações de segundo, aproveitando oportunidades de negociação que seriam impossíveis para traders humanos detectarem e executarem com a mesma rapidez.

    Para as empresas que desejam iniciar as aplicações de IA nos processos, é preciso adotar uma abordagem estratégica e bem planejada, começando por identificar processos adequados para automação, selecionar ferramentas seguras, e desenvolver modelos robustos de IA para análise preditiva e detecção de fraudes. 

    O especialista Thiago Oliveira explica, ainda, que integrar essas tecnologias com sistemas existentes e monitorar continuamente seu desempenho garantirá não apenas eficiência operacional, mas também uma tomada de decisão mais informada e uma experiência do cliente melhorada através de interações automatizadas e personalizadas. “É certo que a IA está ditando o futuro. Cabe saber quais serão as empresas que aproveitarão essa onda de oportunidade de inovação. Quem não se adaptar, certamente ficará para trás nessa corrida tecnológica”, finaliza.

  • 5 tendências de IA para o mercado financeiro no segundo semestre de 2024

    5 tendências de IA para o mercado financeiro no segundo semestre de 2024

    O mercado financeiro está em constante evolução e a Inteligência Artificial (IA) está desempenhando um papel cada vez mais significativo. À medida que as tecnologias avançam, as instituições financeiras buscam maneiras de se adaptar e inovar para manter a competitividade. Segundo uma pesquisa global recente da McKinsey, cerca de um terço das grandes e médias empresas já estão usando IA em suas operações rotineiras. Além disso, 40% delas aumentarão seus investimentos nessa inovação, devido aos avanços exponenciais observados em IA Generativa, principalmente.

    A IA oferece uma gama de soluções que vão desde a análise de grandes volumes de dados até a automação de processos complexos, aumentando a eficiência operacional. Com a capacidade de aprender e melhorar continuamente, os sistemas de IA estão ajudando a transformar a forma como os serviços financeiros são oferecidos e geridos.

    A aplicação da IA no mercado financeiro não se limita apenas à automação de tarefas. Ela também está sendo utilizada para melhorar a experiência do cliente, prever tendências de mercado, identificar fraudes e gerenciar riscos de maneira mais eficaz. As otimizações chamam a atenção dos investidores no mercado – a Gartner já prevê um aumento nas aquisições de negócios baseados em IA, além do uso da tecnologia para aprimorar processos, como indicado nas tendências de fusões e aquisições.

    O especialista Thiago Oliveira, CEO e fundador da Monest – empresa de recuperação de ativos através da cobrança de débitos por inteligência artificial –, explica que hoje a tecnologia tem sido muito bem aceita pelas empresas e proporcionado bons resultados nas aplicações. “Isso vem trazendo para o mercado um leque de possibilidades de novos negócios e novas criações de produtos. Hoje, tudo o que as empresas cogitarem fazer, elas pensarão em como usar a  IA para melhorar o processo e proporcionar uma melhor experiência para o usuário”, ressalta.

    Isso não é diferente no mercado financeiro. O setor está se tornando mais dinâmico e responsivo às mudanças, permitindo que as empresas se adaptem rapidamente a novas oportunidades e desafios como: eficiência operacional com otimização de processos internos, tomada de decisão assertiva, acessibilidade e conveniência para os clientes, inovação e criação de novos produtos, segurança cibernética e redução de custos e risco de fraudes.

    Entre as tendências de IA identificadas para o mercado financeiro, estão:

    • Automação de Processos Robóticos (RPA)

    A RPA está sendo amplamente adotada para automatizar tarefas rotineiras e repetitivas, como processamento de transações, verificação de conformidade e gerenciamento de contas. Essa automação não apenas aumenta a eficiência operacional, mas também reduz custos e minimiza erros humanos, permitindo que os funcionários se concentrem em atividades mais estratégicas.

    • Análise de Big Data e Machine Learning

    A análise de grandes volumes de dados usando técnicas de machine learning está ajudando as instituições financeiras a obter insights mais profundos sobre comportamentos de clientes, tendências de mercado e riscos potenciais. Isso permite uma tomada de decisão mais informada e estratégias de investimento mais precisas. Modelos preditivos avançados estão sendo utilizados para prever movimentos de mercado, identificar padrões de fraude e personalizar ofertas de produtos.

    • Assistentes Virtuais e Chatbots

    Os assistentes virtuais e chatbots baseados em IA estão se tornando uma parte essencial do atendimento ao cliente no setor financeiro. Eles podem responder a consultas de clientes em tempo real, fornecer assistência personalizada e executar transações simples, melhorando a experiência do cliente e reduzindo a carga de trabalho dos atendentes humanos.

    • Gerenciamento de Riscos e Detecção de Fraudes

    A IA está sendo utilizada para aprimorar os sistemas de gerenciamento de riscos e detecção de fraudes. Algoritmos de machine learning podem analisar grandes quantidades de dados em tempo real para identificar atividades suspeitas e anomalias que poderiam passar despercebidas pelos métodos tradicionais. Isso permite uma resposta mais rápida e eficaz a ameaças de segurança.

    • Trading Algorítmico

    O trading algorítmico, ou trading automatizado, utiliza algoritmos de IA para executar negociações no mercado financeiro com base em parâmetros predefinidos e análises de dados em tempo real. Esses algoritmos podem reagir a mudanças no mercado em frações de segundo, aproveitando oportunidades de negociação que seriam impossíveis para traders humanos detectarem e executarem com a mesma rapidez.

    Para as empresas que desejam iniciar as aplicações de IA nos processos, é preciso adotar uma abordagem estratégica e bem planejada, começando por identificar processos adequados para automação, selecionar ferramentas seguras, e desenvolver modelos robustos de IA para análise preditiva e detecção de fraudes. 

    O especialista Thiago Oliveira explica, ainda, que integrar essas tecnologias com sistemas existentes e monitorar continuamente seu desempenho garantirá não apenas eficiência operacional, mas também uma tomada de decisão mais informada e uma experiência do cliente melhorada através de interações automatizadas e personalizadas. “É certo que a IA está ditando o futuro. Cabe saber quais serão as empresas que aproveitarão essa onda de oportunidade de inovação. Quem não se adaptar, certamente ficará para trás nessa corrida tecnológica”, finaliza.

  • Neurotech anuncia dois novos diretores para expandir setor de Produtos

    Neurotech anuncia dois novos diretores para expandir setor de Produtos

    A Neurotech, empresa B3 especializada na criação de sistemas e soluções de inteligência artificial, machine learning e big data para os segmentos de crédito, seguros, varejo e saúde, acaba de anunciar a nomeação de dois novos diretores relacionados ao setor de Produtos. A nova estrutura do departamento passa agora a contar com Arthur Padilha no cargo de Diretor de Produtos, enquanto Fabiano Yasuda assume o cargo de Diretor de Parcerias e Pré-vendas.

    Segundo a empresa, desde o início de julho o setor de Produtos passa por uma reestruturação necessária para proporcionar maior autonomia e ampliação da atuação no mercado, além da co-criação de soluções personalizadas para os clientes.

    Rodrigo Cunha, Vice-presidente de Produtos da Neurotech e responsável pela criação deste novo nível organizacional, destaca o papel fundamental dos dois colaboradores em desafios recentes da empresa. “Ambos são profissionais com vasta experiência no mercado e, desde que integraram nosso time, pude acompanhar de perto seus esforços para superar resultados que elevaram o patamar da Neurotech em termos de receita e inovação nos últimos anos. Além de demonstrarem competência técnica de forma geral, eles se destacaram por suas habilidades de liderança e alinhamento com a cultura da empresa”, afirma.

    Arthur Padilha é formado em Engenharia da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco, onde também concluiu um mestrado em Realidade Aumentada. Com mais de uma década de experiência, ele foi CEO e cofundador de startups como a Aplicativos de Bolso, EdTech que foi adquirida em 2021, e professor de Empreendedorismo e Inovação na BAEX Executive Education. Possui vasta experiência em inovação e tecnologia atuando como mentor de mais de 100 startups de tecnologia em programas como MIT HackBrazil, Inovativa e outros. Na Neurotech desde 2021, como Superintendente de Produtos liderou a construção de novos produtos de Plataforma e de Analytics para toda jornada de crédito (concessão, cobrança, antifraude, etc.) e de liderar projetos complexos como o Desenrola Brasil junto à B3 em 2023.

    Já Fabiano Yasuda está na equipe de Produtos da Neurotech desde 2023, depois de uma carreira de sucesso na B3, sendo o responsável pela estratégia de parcerias, negócios e alianças de todas as verticais da Neurotech/B3. É formado em Engenharia Mecânica pela Universidade de São Paulo e mestre em Economia e Finanças pelo Insper. No mercado há 17 anos, foi também responsável por diversas iniciativas de dados e analytics no Itaú-Unibanco no comando de uma das lideranças da área de modelagem e métodos quantitativos da instituição. É professor de estratégia de dados na pós-graduação do IBMEC-SP.

    Fundada em 2002, a Neurotech desenvolve soluções analíticas e apoia decisões de clientes que necessitam da análise de grande quantidade de informações estruturadas e não estruturadas em gestão de crédito, redução de riscos e de sinistros, prevenção a fraudes, vendas e marketing. Uma das referências do Porto Digital, em Recife, ela tem mais de 350 funcionários e mais de 150 clientes.