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  • 80% dos MEI’s não fazem “Declaração de extinção” após dar baixa no CNPJ; entenda os riscos

    80% dos MEI’s não fazem “Declaração de extinção” após dar baixa no CNPJ; entenda os riscos

    O processo de encerramento das atividades de um microempreendedor individual (MEI) é simples, sendo possível dar baixa no CNPJ através do Portal do Empreendedor com auxílio de um passo a passo. Porém uma ação derradeira é desconhecida pela maioria: a “Declaração de extinção”, como é conhecida, uma versão especial da Declaração Anual (DASN-SIMEI). De acordo com uma pesquisa feita pela MaisMei, 80% dos MEI’s que dão baixa no CNPJ não fazem a DASN de extinção. O levantamento analisou cerca de 5 mil microempreendedores cadastrados no aplicativo voltado ao MEI.

    Kályta Caetano, head de Contabilidade da MaisMei, explica que a Declaração de extinção é obrigatória em qualquer situação, independente do tempo de duração do MEI e se houve ou não arrecadação neste período. “Em uma situação hipotética onde a pessoa abre um CNPJ MEI apenas para um trabalho específico e depois decide dar baixa no mesmo mês, ela também precisa realizar este processo. A única diferença está no prazo de entrega, dependendo de qual mês do ano foi dada a baixa”, afirma.

    De acordo com ela, o envio da “DASN extinção” deve ser feito no mesmo ano da baixa, seguindo algumas regras: se a extinção do MEI ocorrer entre janeiro e abril, o envio da “DASN extinção” deve ser feito até o último dia de junho. Nos demais casos, a declaração deve ser enviada até o último dia do mês seguinte ao encerramento do CNPJ. Ou seja, se o responsável fez a baixa do seu MEI em agosto, deve emitir a Declaração do MEI até o último dia do mês de setembro, por exemplo.

    A única exceção, ainda segundo Kályta Caetano, é quando o CNPJ é baixado no dia 31 de dezembro. Neste caso, a Declaração de extinção deve ser entregue até o fim de janeiro do ano seguinte. 

    Vale lembrar que a DASN-SIMEI tradicional feita em 2024, por exemplo, é referente ao ano-calendário 2023. 

    Consequências

    Quando o microempreendedor individual realiza a baixa do CNPJ sem enviar a declaração de extinção dentro do prazo, uma multa é cobrada no momento em que a declaração, enfim, for feita. Segundo o Governo Federal, é gerada uma guia (DARF) para recolhimento da multa, no valor que corresponde a 2% ao mês sobre o valor declarado, com mínimo de R$ 50 e máximo de 20% do total dos tributos. Aplica-se a redução de 50% para entrega espontânea e, caso o valor seja inferior a R$ 50,00, o valor da multa será de R$ 50,00, seguindo o valor mínimo.

    Além disso, Kályta Caetano ressalta que não enviar a Declaração também pode gerar restrições e impedimentos futuros ao responsável pelo CNPJ. “A falta de entrega da DASN pode gerar pendências no CPF do titular do MEI. Isso pode ocorrer porque a situação cadastral do CPF pode ficar irregular junto à Receita Federal se não houver a regularização das obrigações fiscais relacionadas ao MEI, inclusive os débitos de DAS, caso ele o tenha. Assim, as dívidas passarão para a pessoa física dele (CPF). Estar em situação irregular com a Receita Federal também pode gerar restrições como dificuldades para obter certidões negativas de débitos, participação em licitações públicas, adquirir empréstimos, entre outras”, diz.

    O processo para envio da Declaração de extinção é simples e pode ser feito através do Portal do Simples Nacional. Já pelo aplicativo da MaisMei, é possível fazer a declaração de forma simplificada e segura. Basta preencher um formulário com as informações do seu negócio e aguardar o time de especialistas enviar o comprovante de entrega da declaração.

  • 5 ferramentas que ajudam as empresas a potencializar seus negócios pelo WhatsApp

    5 ferramentas que ajudam as empresas a potencializar seus negócios pelo WhatsApp

    O Brasil é o quinto maior mercado de mídia social do mundo – mais de 84% da população utiliza diariamente as redes sociais, segundo dados do Statista. Nesse cenário, o WhatsApp se destaca como um dos principais aplicativos de uso diário dos brasileiros. A facilidade de uso, comunicação imediata, baixo custo e alta acessibilidade para negócios de todos os tamanhos fazem do app uma ferramenta poderosa tanto para empresas quanto para consumidores.

    “Empresas que adotam o WhatsApp conseguem não apenas aumentar suas vendas, mas também estabelecer relacionamentos mais sólidos com seus clientes”, explica Cristian Medeiros, CTO da Clicksign – empresa de assinatura eletrônica que materializa relações entre pessoas e negócios no ambiente digital. “A integração de aplicativos e sistemas com a plataforma resulta em uma comunicação mais eficiente e voltada para a experiência do consumidor”, comenta.

    Pensando em auxiliar organizações em sua jornada de transformação digital, seguem 5 ferramentas que ajudam as empresas a potencializar seus negócios através do app: 

    1- Automação de respostas

    Existem diversas ferramentas de automação que permitem a otimização de processos na gestão do Whatsapp Business. Entre elas, estão as que possibilitam um melhor contato com os clientes, como uso de chatbot para atendimento em grandes escalas. Com esse tipo de recurso, é possível fazer uma comunicação instantânea utilizando a automação de respostas padronizadas.

    Além disso, também há a possibilidade de gerar dados estatísticos dos envios (quantas mensagens foram entregues e lidas) e quais foram as principais respostas dos clientes (dúvidas, elogios e reclamações). Esse tipo de ferramenta, como o SendPulse – possibilita categorizar os grupos de clientes de acordo com o perfil de compra e criar estratégias mais segmentadas e efetivas. 

    2- Criação de artes 

    Recursos como Canva ou Desygner auxiliam na criação de posts, banners e peças gráficas para divulgação nas redes sociais e no WhatsApp. Isso tudo sem precisar de conhecimento aprofundado em design.

    Na hora de desenvolver o conteúdo, usar imagens com boa resolução e atrativas ajudam a motivar o cliente a entrar em contato. Após criar as peças para publicação, unir essa estratégia com as automações e divulgar as imagens para os grupos segmentados por interesse pode impactar ainda mais os consumidores. 

    3 – Acordos contratuais

    O aceite via WhatsApp trata-se do processo de obter uma confirmação, aprovação ou consentimento formal para um serviço, produto ou termo. Esse método de aceitação é cada vez mais popular entre as empresas e consumidores devido à conveniência, eficiência e ampla adoção do app como uma ferramenta de comunicação entre empresas e clientes.

    A funcionalidade amplia as possibilidades de escolhas do remetente, permitindo ao signatário ter uma experiência mais simples, por meio de um aplicativo que é comumente utilizado em seu dia a dia. Também oferece um alto nível de segurança e conformidade jurídica, especialmente se integrado com soluções que garantem a autenticação do usuário e a criptografia de ponta a ponta, como da Clicksign

    Além disso, o tempo de resposta para um aceite via WhatsApp tende a ser muito mais rápido em comparação com métodos convencionais, como e-mail ou correspondência física, fator que acelera o volume de negócios.

    4- Disparo em massa

    Assim como as automatizações de chatbot, é possível potencializar a comunicação com o uso de disparos em massa. Em suma, essas aplicações distribuem via WhatsApp as campanhas de marketing dos produtos ou serviços oferecidos pelo seu negócio. Em outras palavras, sua lista de clientes receberá promoções, informações e novidades por meio de mensagens instantâneas.

    Esse tipo de campanha de comunicação pode ser feita utilizando textos, vídeos, áudios e imagens. A grande vantagem, nesse caso, é a possibilidade de divulgação do seu negócio em grande escala, com esforço reduzido. Uma das plataformas mais conhecidas com essa função é o Zenvia.

    5- Integração com as redes sociais

    Existem programas, como o Whatsite, que criam um link do seu WhatsApp integrado aos seus canais nas redes sociais. Isso facilita o contato dos clientes com a equipe de atendimento. Isso não só agiliza a comunicação, mas também amplia a acessibilidade, permitindo que os clientes entrem em contato de forma rápida e conveniente, seja para fazer perguntas, resolver problemas ou até mesmo fazer pedidos diretamente pelo app. Essa integração é uma estratégia para empresas que buscam oferecer soluções com maior rapidez.

  • Empreendendo na área da beleza: a importância do posicionamento digital

    Empreendendo na área da beleza: a importância do posicionamento digital

    Seja para empreendedores já estabelecidos ou para quem planeja começar do zero, a área da beleza é sempre promissora e continua oferecendo oportunidades significativas e com demanda crescente. De acordo com dados do Sebrae, os serviços voltados para a saúde e o bem-estar estão em primeiro lugar na lista das melhores áreas para investir, cenário impulsionado pelo envelhecimento da população e pelo estilo de vida cada vez mais agitado, que abrem uma fatia enorme de mercado em busca de soluções inovadoras. Quem conseguir aliar a tecnologia à experiência personalizada e à eficiência nos serviços prestados certamente vai prosperar. 

    Só que da mesma forma que a procura por este tipo de serviço é enorme, a cada dia surge uma nova clínica, um novo espaço, um novo profissional e a pergunta que não quer calar é: Como se destacar em meio à concorrência acirrada? O posicionamento digital é um caminho e uma estratégia indispensável.

    “As redes sociais são vitrines poderosíssimas para mostrar o seu trabalho, mas é essencial saber utilizá-las para destacar suas habilidades e diferenciais e deixar de ser apenas mais um no mercado”, explica Thassia Piezzaroli, especialista em marketing digital na área da beleza e criadora do curso “Destravando nas redes sociais”.

    A profissional, que é sócia do fenômeno Natalia Beauty na NB Digital, área de infoprodutos educacionais, compartilha que é preciso enxergar as redes sociais como empresas, cujo lucro depende do engajamento. “O conteúdo precisa ser atrativo o suficiente para manter o público envolvido, pois o algoritmo favorece quem consegue captar e reter a atenção dos usuários. Se a pessoa entrou, dispensou apenas segundos e saiu da página, significa que aquele conteúdo não estava interessante e o algoritmo vai se encarregar de ‘boicotar’ e entregar menos para as pessoas”, explica Thassia.

    Além disso, é fundamental estabelecer objetivos claros ao ingressar no ambiente digital, como aumentar a visibilidade da marca, atrair seguidores qualificados e, eventualmente, tornar-se referência no mercado. “Escolher as plataformas adequadas com base no perfil do cliente que quer alcançar e manter uma estratégia consistente são igualmente essenciais”, esclarece.

    A especialista também recomenda considerar investimento em tráfego pago para acelerar o crescimento, prática que tem se mostrado altamente eficaz. “Eu sempre digo que é melhor trabalhar em uma rede direito do que em várias de forma picada e sem constância. Procurar um profissional de tráfego pago também é um investimento que vale muito a pena”, revela.

    Por fim, Thassia destaca a importância de criar conexões genuínas por meio do conteúdo. “Evite um perfil excessivamente técnico, é preciso mesclar informações valiosas com conteúdo leve e envolvente, que trazem humor e histórias inspiradoras. É a chamada linha editorial de escape, no meio do conteúdo de valor, a ideia é distrair as pessoas”, finaliza.

  • Contabilidade é a profissão do futuro, diz vice-presidente do SERAC

    Contabilidade é a profissão do futuro, diz vice-presidente do SERAC

    Quando se trata de pensar em profissões do futuro, áreas como tecnologia e marketing são comumente citadas, mas a contabilidade pode proporcionar um oceano de oportunidades para quem decidir se dedicar à carreira. 

    Segundo Jhonny Martins, vice-presidente do SERAC, hub de soluções corporativas, sendo referência nas áreas contábil, jurídica, educacional e de tecnologia, a contabilidade é a profissão do futuro. “São mais de 20 milhões de empresas que precisam obrigatoriamente de um contador e vivemos em um cenário em que o empreendedorismo vem sendo cada vez mais incentivado no Brasil, aumentando o número de empresas”, explica. 

    Para Jhonny, enquanto a maioria dos jovens pensa em outras profissões que estão saturando o mercado, a contabilidade vem sendo cada vez menos procurada. “Quem estiver na contabilidade, terá que lidar com uma concorrência muito baixa perto do número cada vez mais crescente de empresas. O meu papel hoje é também incentivar o jovem a entrar nessa profissão, porque nós somos os guardiões do patrimônio de todo empresário“, avalia. 

    O vice-presidente do SERAC ressalta, porém, que não basta se tornar qualquer contador para conseguir sucesso, mas sim um contador que agregue valor ao cliente. “O contador que ficar só emitindo guia vai ser engolido pelas contabilidades online, pela inteligência artificial. Todo empresário precisa de um contador, mas ele não precisa de uma máquina, de um robô, e sim de um profissional consultivo, que estudou para oferecer as melhores opções para ele para que ele possa tomar a melhor decisão”, afirma. 

    Confira cinco razões para a Contabilidade ser considerada a profissão do futuro:

    1. Mais de 20 milhões de empresas no Brasil precisam de contador e o empreendedorismo vem sendo cada vez mais incentivo
    2. Com as empresas operando em escala global, há uma demanda crescente por contadores que entendam as diferentes normas e regulamentações contábeis internacionais.
    3. A complexidade crescente das regulamentações fiscais e financeiras cria uma demanda por profissionais de contabilidade para garantir a conformidade e evitar penalidades.
    4. Os contadores estão cada vez mais envolvidos em funções de consultoria estratégica, ajudando as empresas a tomar decisões informadas e a planejar seu crescimento.
    5. Os contadores podem oferecer uma gama diversificada de serviços, incluindo planejamento financeiro, auditoria, consultoria tributária e gestão de risco, ampliando suas oportunidades de carreira.
  • Startup do mercado imobiliário oferece espaços para produção de conteúdos digitais

    Startup do mercado imobiliário oferece espaços para produção de conteúdos digitais

    Gerar renda com a produção de conteúdo na internet é uma prática cada vez mais comum no mundo inteiro. Sejam influenciadores ou criadores digitais, todos fazem parte da ‘Creator Economy’, um mercado baseado no marketing de influência, que abriu as portas para uma nova modalidade de empreendedorismo virtual que vem crescendo exponencialmente. Segundo o Goldman Sachs deve dobrar de tamanho até 2027, atingindo U$480 bilhões.

    Há estudos que mostram que entre 2022 e 2023, o número de produtores de conteúdo que vivem da profissão, saltou de 74,7% para 81,4%, e que 87,6% pretendem permanecer na função.

    O surgimento dessa nova profissão vem movimentando diversos mercados que precisaram se adaptar à tendência. Não é incomum ver espaços que servem como estúdio de criação ou gravação de materiais para internet em cidades grandes, isso porque, o mercado imobiliário já percebeu que a locação desses ambientes faz parte do futuro.

    Espaço exclusivo para criativos

    Sempre antenada às principais tendências, a Housi, proptech que vem transformando a experiência de moradia por meio do conceito Smart living, está acostumada a receber influenciadores e criadores de conteúdo em suas unidades. A partir da alta demanda, a startup passou a oferecer espaços exclusivos para criação de conteúdo, graças à inteligência do Housi Decor, solução de mobília e decoração inteligente, desenvolvida pela proptech que é voltada à corretores e investidores e que já atendeu clientes em mais de 170 cidades brasileiras.

    Na visão de Alexandre Frankel, CEO da Housi, pioneira, que por meio de um ecossistema próprio pode transformar qualquer prédio analógico em digital, oferecer áreas como estúdio e salas destinadas à filmagem, gravação de vídeos e podcasts no ambiente residencial, podem agregar ainda mais valor à locação do imóvel, aumentando a taxa de ocupação e rentabilidade. “Os creators estão em alta, além de ser uma das profissões que mais crescem no País. Futuramente, a presença de espaços dedicados à criação de conteúdo, que podem transformar a qualidade do trabalho de um profissional, podem se tornar um fator determinante na escolha de um imóvel para locação”, afirma.

  • Opera para iOS disponibiliza novo Design Modular em versão beta

    Opera para iOS disponibiliza novo Design Modular em versão beta

    A Opera anunciou na última semana a disponibilidade da nova versão beta do navegador para iOS, que agora conta com uma interface de usuário completamente reformulada e inspirada na estética premiada do Opera One. O app, reimaginado para proporcionar uma experiência ainda mais intuitiva e funcional, está disponível para testes e deve ser lançado oficialmente com recursos e atualizações adicionais no final de setembro.

    A versão mais recente do navegador apresenta um sistema mais intuitivo, envolto em uma interface modular limpa. A barra de endereços foi movida para a parte inferior para melhorar a acessibilidade. Ela irá desaparecer completamente quando o usuário começar a rolar a página. Este design permite alternar entre três estilos de navegação: Navegação Padrão, Botão de Ação Rápida e a nova barra de endereços inferior.

    Além disso, o antigo feed de notícias foi substituído por um carrossel na página inicial. Ao deslizar por este carrossel, será possível ver uma linha do tempo com matérias jornalísticas destacadas que abre uma página de notícias separada. Isso proporcionará uma cobertura mais detalhada e uma leitura mais atenta e sem distrações. A home também inclui os últimos jogos de futebol com placares ao vivo, garantindo que as pessoas não percam nenhuma ação dos seus times favoritos.

    Outras novidades desta atualização incluem o recurso de deslizar para buscar – no qual os usuários poderão abrir o menu de pesquisa sem precisar utilizar a navegação padrão ou a barra inferior – e novas sugestões de pesquisa. Dessa maneira, a empresa busca facilitar como descobrir o que se procura.

    O Opera para iOS também mantém seu foco em velocidade e segurança, com uma variedade de recursos integrados, como bloqueadores de anúncios e rastreadores e uma VPN gratuita. E, como todos os produtos principais da Opera, o navegador conta com a Aria – a IA gratuita e ilimitada da empresa.

    Nesta nova versão beta, também será possível pedir para a Aria gerar imagens no celular ao utilizar o modelo de geração de imagens Imagen2, do Google. Basta solicitar a IA para criar o que está em mente, e a inteligência artificial do navegador transformará isso em realidade. Se o resultado não for exatamente o esperado, a Aria pode refinar a imagem até que a pessoa esteja satisfeita.

    A Opera convida entusiastas de tecnologia e usuários diários de iOS a participarem do teste beta da nova versão para iOS. Para participar, basta se inscrever aqui para receber o link de teste pelo TestFlight. O feedback pode ser enviado diretamente via TestFlight ou pelos canais de mídia social e fóruns da Opera.

  • A pressão no topo: síndrome do impostor entre CEOs

    A pressão no topo: síndrome do impostor entre CEOs

    A figura do CEO frequentemente é retratada como um símbolo de sucesso e determinação inalcançáveis. No entanto, por trás dessa imagem, há uma realidade complexa que envolve questões que afetam tanto a saúde mental quanto o desempenho profissional. 

    Segundo Luciana Lima, neuropsicóloga e professora do Insper, condições como a síndrome do impostor e a vulnerabilidade emocional são prevalentes entre executivos de alto escalão. “Qualquer indivíduo pode desenvolver essas condições, independente de quão bem-sucedido ou competente pareça externamente”, enfatiza.

    A síndrome do impostor é um fenômeno psicológico no qual indivíduos questionam constantemente suas próprias conquistas e enfrentam um medo persistente de serem percebidos como “fraudes”, mesmo quando alcançam altos níveis de sucesso. 

    De acordo com relatório recente da Korn Ferry Consulting, aproximadamente 71% dos diretores executivos e 65% dos executivos seniores relataram experienciar sintomas dessa síndrome, que incluem baixa autoconfiança e sentimentos de incompetência ou despreparo para suas responsabilidades.

    “Para muitos CEOs, especialmente em ambientes competitivos e exigentes, esse sentimento pode ser exacerbado pela pressão constante por resultados e pela necessidade de manter uma imagem de sucesso a todo custo”, complementa a neuropsicóloga. 

    Além da síndrome do impostor, a vulnerabilidade emocional é outra faceta importante a ser considerada. Os CEOs frequentemente enfrentam decisões difíceis, críticas severas e uma carga de responsabilidade significativa. Isso pode levar a um estado onde a pressão do cargo e o isolamento das decisões de liderança podem impactar profundamente o bem-estar mental desse profissional.

    “A vulnerabilidade emocional sentida por profissionais em seus cargos desencadeia uma série de consequências que podem ser sentidas em áreas ligadas à reputação, à carreira, aos relacionamentos e à confiança conquistada. Esse estado pode influenciar significativamente a tomada de decisões estratégicas e a dinâmica interpessoal dentro das organizações”, acrescenta Lima.

    A neuropsicóloga enfatiza ainda que a vulnerabilidade não deve ser apenas vista sob uma ótica negativa. “Aceitar, assumir e compartilhar esse sentimento com sua equipe e/ou organização pode reduzir a sensação de fraude e a pressão para agir como um super-homem ou super-mulher”, pontua. 

    Diante desse desafio, é fundamental promover uma cultura organizacional que valorize a autenticidade e o apoio emocional a esses profissionais. “Reconhecer e lidar com essas condições não como uma fraqueza, mas como uma realidade humana compartilhada, é essencial para alcançar o sucesso individual dos CEOs, mas também para o bem-estar geral dentro das organizações”, finaliza Luciana Lima.

  • Gestor precisa saber cortar custos da empresa, diz CEO da TMB Educação

    Gestor precisa saber cortar custos da empresa, diz CEO da TMB Educação

    Manter um negócio saudável, eficiente e lucrativo exige gestão financeira atenta e proativa, independentemente do ramo, por isso entender em detalhes os gastos desnecessários é uma ação essencial para que a empresa continue funcionando bem.

    Segundo Reinaldo Boesso, especialista financeiro e CEO da TMB Educaçãofintech que oferece a possibilidade de pagamentos parcelados por meio de boletos bancários, é muito comum que, no mercado digital, as empresas queiram crescer e lucrar rapidamente, ao mesmo tempo em que se esquecem dos pequenos detalhes financeiros que podem fazer a diferença. “Se você não entende bem como gerenciar sua empresa, corre o risco de perder o controle e, eventualmente, o próprio negócio”, alerta.

    De acordo com o executivo, é possível fazer um paralelo entre os custos de uma empresa e uma árvore. “Em ambos os casos, você precisa podar constantemente para que continuem crescendo. Essa é uma lição que todo gestor e empreendedor deveria conhecer”, afirma.

    O CEO da TMB Educação explica que, assim como na pessoa física é comum o acúmulo de gastos sem sentido, o mesmo pode ocorrer na pessoa jurídica. “Assim como você assina quatro, cinco streamings sem usar e percebe que está gastando sem necessidade, é muito comum que uma empresa acumule gastos que não fazem sentido, desde a assinatura de ferramentas que nenhum funcionário usa até despesas que ficaram esquecidas. Esses custos vão acabando com o lucro da empresa se não houver um gestor olhando cuidadosamente para eles”, orienta. 

    Reinaldo Boesso explica que, com o crescimento do negócio, é natural que algumas áreas se tornem mais inchadas, por isso o papel do gestor é identificar tais áreas para trabalhar de forma mais eficiente e lucrativa. “É preciso considerar que algumas coisas que eram feitas de um determinado jeito agora podem ser feitas de uma forma mais eficiente e econômica. O sucesso definitivamente está nas mãos de quem sabe administrar!”, finaliza.

    Confira algumas orientações de Ricardo Boesso para diminuir gastos em sua empresa:

    • Renegocie contratos e despesas de aluguel
    • Automatize processos para reduzir a necessidade de mão de obra
    • Revise processos internos e procure diminuir o desperdício
    • Adote práticas para reduzir o consumo de energia
    • Escolha fornecedores com tarifas mais vantajosas
    • Estabeleça parcerias com outras empresas para diminuir o custo com marketing
    • Revisite o portfólio de produtos e serviços
    • Ofereça novas formas de pagamento
  • Habilidades humanas transformam startups em unicórnios

    Habilidades humanas transformam startups em unicórnios

    Em fevereiro de 2024, havia 1.233 startups unicórnios no mundo, com valor total de 3,8 trilhões de dólares. Os negócios de tecnologia são os líderes, com 31% das startups unicórnio e somando 1,1 trilhão de dólares. Empresas como Facebook e Google já fizeram parte desse grupo. Hoje, os setores de serviços financeiros e comércio varejista seguem com 17% cada. Considerando que as startups são empresas privadas e seu valor vem de avaliações internas de ações, como as características humanas podem auxiliar nessa valorização? 

    De acordo com Bia Nóbrega, especialista em Desenvolvimento Humano e Organizacional com quase 30 anos de experiência, em um mundo onde a inovação e o empreendedorismo são a chave para o sucesso, entender os fatores que transformam startups em unicórnios é essencial. “Após quatro dias de estudo e quatro dias de turismo em Israel, comprovei que lá, uma terra pobre em recursos naturais, foi descoberta a maior fonte de riqueza do planeta: o capital humano!”, conta. 

    Ela questiona como um país com apenas 22 mil quilômetros quadrados, fundado em 1948, com recursos naturais muito escassos e em constante estado de conflito militar, conseguiu ser a nação que, pelos vários indicadores mundiais, mais se destaca em inovação e empreendedorismo. “Por conta das pessoas que lá vivem”, completa.

    A especialista identifica diversos ingredientes dessa receita, observados durante sua viagem, que podem ser aplicados globalmente para transformar startups em unicórnios. Entre eles, destacam-se a diversidade, o empreendedorismo e o multiculturalismo trazidos pelos imigrantes. A mentalidade de sobrevivência, desenvolvida em um ambiente de constantes desafios, é outro fator fundamental. 

    “A audácia e autoconfiança, conhecidas como Hutzpa, permitem questionar, testar e até quebrar regras, sempre ousando!, conta. A opinião e informalidade são características marcantes, com uma cultura onde todos têm voz e participam ativamente das discussões. A improvisação e a certeza de que “YIHYEH BESEDER” (“Tudo Vai Ficar Bem”) reforçam a resiliência dos empreendedores.

    Além disso, a cultura de redes de relacionamento favorece trocas, encontros e oportunidades, enquanto a competitividade é estimulada desde cedo. Em Israel, com a “Start-up Nation”, os jovens que passam pelo serviço militar obrigatório desenvolvem habilidades críticas para o sucesso empresarial, como a capacidade de tomar decisões rápidas em cenários complexos e arriscados, e a construção de relações de confiança e colaboração.

    “Se a companheira ou companheiro de pelotão consegue transformar sua startup em um unicórnio, por que ela ou ele não conseguiria?”, questiona, destacando a importância da confiança e do espírito de equipe. Esse ambiente de negócio promove a comunicação direta e reta, disciplina sem obediência cega, trabalho árduo aliado à diversão, aceitação da falha como parte do processo sem críticas destrutivas e uma ambição constante.

  • Novo Regulamento de Inteligência Artificial da União Europeia: O que as Empresas Brasileiras Precisam Sabe

    Novo Regulamento de Inteligência Artificial da União Europeia: O que as Empresas Brasileiras Precisam Sabe

    Hoje, foi publicado oficialmente o Regulamento de Inteligência Artificial (AI Act) na União Europeia, estabelecendo um novo marco regulatório para o uso de tecnologias baseadas em IA. A versão oficial em português pode ser acessada aqui: AI Act em Português

    A data de hoje é fundamental, pois marca o início da contagem dos prazos para a observância das obrigações impostas pelo novo regulamento. Empresas de todos os setores devem estar atentas às novas exigências para garantir conformidade e evitar penalidades.

    O AI Act da União Europeia não impacta apenas empresas europeias, mas também aquelas de fora do bloco, incluindo as brasileiras, que comercializam ou utilizam tecnologias de IA no mercado europeu. As novas regras trazem obrigações rigorosas quanto à transparência, segurança, responsabilidade e governança das tecnologias de IA.

    Principais Obrigações

    Entre as principais exigências do AI Act, destacam-se:

    • Transparência: As empresas devem garantir que os usuários estejam cientes de quando estão interagindo com uma IA.
    • Segurança: As tecnologias de IA devem ser seguras e robustas, evitando riscos para os usuários.
    • Responsabilidade: Estabelecimento de mecanismos claros de responsabilização em casos de falhas ou danos causados pela IA.
    • Governança: Implementação de sistemas de governança para a gestão ética e segura das tecnologias de IA.

    Preparação e Adequação

    As empresas brasileiras que operam no mercado europeu devem começar a se preparar para atender às novas exigências. Isso inclui a avaliação de conformidade de suas tecnologias, ajustes nos processos internos e capacitação de equipes para entender e implementar as novas normas.