Category: Pesquisas

  • Black Friday: 48% dos microempreendedores escolhem o PIX como método favorito para transações

    Black Friday: 48% dos microempreendedores escolhem o PIX como método favorito para transações

    A Black Friday, que ocorre em 29 de novembro, é considerada uma das melhores datas para o comércio brasileiro. Em 2024, a expectativa é de que as vendas cheguem a R$8 bilhões, com um ticket médio de R$738, de acordo com a ABComm. Neste cenário, o PIX se destaca como o meio de pagamento favorito de 48% dos microempreendedores individuais do país, segundo levantamento do Sebrae. O forte crescimento da ferramenta reflete sua praticidade e popularidade, especialmente em momentos de grande volume de transações.

    O levantamento ainda revela que 97% dos empreendedores aceitam o Pix como forma de pagamento. Parte da aderência se deve ao imediatismo promovido pela tecnologia. Diferente de métodos tradicionais, que podem levar horas ou dias para finalizar uma transação, o mecanismo faz com que o dinheiro entre na conta do vendedor com apenas um clique, permitindo um fluxo de caixa mais eficiente.

    Durante a Black Friday, o PIX se destaca como uma opção de pagamento ágil e sem burocracia, permitindo que os consumidores realizem suas compras de forma rápida e segura. Para os empreendedores, isso significa uma experiência de pagamento mais fluida, com transações instantâneas que ajudam a reduzir o tempo de espera e a aumentar a satisfação do cliente”, afirma João Fraga, CEO da fintech Paag.

    Além disso, o meio de pagamento estreita o laço entre o setor comercial e as instituições financeiras. A conexão possibilita que os bancos avaliem o limite de crédito e o risco dos clientes, facilitando o acesso à cotação. Antes, o processo era dificultado pela ausência de informações precisas sobre a realidade financeira dos microempreendedores individuais.

    O uso do PIX também oferece uma redução significativa de taxas, em comparação às maquininhas de cartão, que cobram tarifas elevadas. A vantagem é proporcionada pela exclusão de bandeiras e adquirentes, empresas que fazem a ponte entre o banco emissor do cartão e o estabelecimento comercial. Tal fator permite uma maior flexibilidade ao lojista para investir em operações e gerar descontos para atrair clientes.

    Muitos processos de transação financeira, como TEDs e DOCs, se tornaram obsoletos com a criação do PIX. A ferramenta trouxe maior agilidade e redução de custos para pessoas físicas e jurídicas. A simples integração ao sistema, com QR Codes e ferramentas de pagamento, tem revolucionado o cenário comercial no Brasil”, complementa Fraga.

    A pesquisa “Expectativa para a Black Friday 2024”, realizada pela Rede Milionária, apontou que 83% dos lojistas estão otimistas em relação às vendas deste ano. Além de atrair novos clientes e adotar uma imagem mais competitiva no mercado, a data representa uma oportunidade para os empreendedores de fechar o ano com um crescimento significativo a partir do aumento do volume de comercialização.

    Pensando nisso, o educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios selecionou quatro dicas para o empreendedor aproveitar a Black Friday de forma estratégica, sem comprometer a saúde financeira do seu negócio:

    Fique atento aos seus preços e descontos: certifique-se de que os descontos oferecidos não afetem negativamente a margem de lucro do seu negócio. Uma estratégia inteligente é oferecer descontos progressivos, pacotes promocionais ou brindes que agreguem valor ao produto sem prejudicar o seu preço original.

    Capacite sua equipe: a equipe deve estar bem preparada para atender aos clientes de maneira rápida e eficaz. Um bom atendimento pode ser decisivo para transformar uma venda em fidelização.

    Gerencia de forma eficiente seu estoque: a demanda por produtos durante a Black Friday pode ser imprevisível. Por isso, é essencial que o empreendedor mantenha um estoque equilibrado. É importante evitar tanto excessos quanto a falta de produtos, pois ambos podem impactar negativamente o negócio. É válido analisar o histórico de vendas das edições anteriores ou de outras datas comemorativas para prever a demanda dos produtos, evitando compras excessivas e garantindo uma margem de estoque adequada para os itens mais populares. Isso ajuda a evitar a perda de vendas e também reduz os custos com produtos parados.

    Monitore os resultados e ajuste as ações: acompanhe o desempenho de suas ações e esteja preparado para ajustar a estratégia, caso necessário. Isso permitirá maximizar os resultados, assim como otimizar o uso dos recursos disponíveis.

    “Com o planejamento adequado, o empreendedor pode aproveitar as oportunidades da Black Friday sem comprometer a saúde financeira do seu negócio. O segredo está em manter o equilíbrio entre o aumento das vendas e a sustentabilidade financeira, garantindo que as promoções não se tornem um risco para o fluxo de caixa da empresa”, reitera Lamounier.

  • 3 em cada 4 influenciadores buscam agenciamento para representação comercial

    3 em cada 4 influenciadores buscam agenciamento para representação comercial

    Um novo estudo realizado pela Brunch e YOUPIX mostrou que 3 em cada 4 (73,72%) influenciadores digitais buscam um agente ou agência como representante comercial. Embora seja o desejo da maior parte, esta ainda não é a realidade da maioria, já que a mesma pesquisa revela que 74,25% não possui agenciamento na carreira. Um creator anônimo, respondente do levantamento, ressalta o papel de um empresário na carreira digital.

    “Ter uma agência que de fato entende do mercado foi uma virada de chave para mim. Não só nas negociações, volume de jobs, e volume de R$, mas também na segurança de ter alguém que sabe o que está fazendo, me representando e falando por mim”, disse. Segundo Fabio Gonçalves, diretor de talentos internacionais da Viral Nation, o agenciamento é fundamental para o crescimento e profissionalização da carreira do influenciador: “Ter um agente que entende o mercado não só facilita negociações e amplia o volume de oportunidades, mas também oferece segurança e a confiança de estar sendo bem representado em um cenário tão dinâmico. Além disso, a agência auxilia na proteção do influenciador, os blindando de contratos maléficos e marcas que agem de má fé. Nosso papel é justamente defender seus interesses e fazer com que o trabalho deles não seja subvalorizado”.

    Essa representação não se define por um modelo único, existem algumas vertentes conforme a mesma pesquisa evidencia. De acordo com ela, em 57,89% dos acordos a agência ou agente tem exclusividade para negociar trabalhos no nome do influenciador, enquanto em 42,11% dos casos várias agências podem ofertar o perfil do criador de conteúdo no mercado. 

    De acordo com Fabio, a escolha entre exclusividade e não exclusividade na representação comercial dos influenciadores traz tanto vantagens quanto desafios: “Com exclusividade, o criador de conteúdo ganha uma visão integrada do negócio e a confiança de ter um parceiro estratégico no comando das negociações. No entanto, isso pode gerar uma dependência da agência para a tomada de decisões importantes. Já sem exclusividade, o influenciador se beneficia de múltiplos canais de venda e diversas vitrines para expor seu trabalho, mas perde o controle sobre como sua imagem é apresentada no mercado”.

    O modelo de negócios das agências com os influenciadores também foi mostrado na pesquisa. Cerca de 9 em cada 10 criadores (90,53%) remuneram seus agentes apenas com a comissão dos acordos, enquanto 8,42% paga um valor fixo mensal pelo serviço mais um percentual por trabalho fechado. Apenas 1% paga um valor fixo por mês independente do faturamento. 

    Esses percentuais podem variar bastante de acordo com os negócios fechados. Conforme a pesquisa, 36,04% dos influenciadores pagam menos de 5% de comissão ou nem pagam a empresa pelo negócio fechado. Por outro lado, 26,3% destes creators pagam entre 16% e 20% de comissão e 17% paga entre 21% e 30% de percentual, um número bem elevado para os padrões do mercado. Especialista do mercado de marketing de influência, Fabio explica que essas variações ocorrem devido ao tipo de contrato e ao valor das negociações.

    “Quando o faturamento é baixo, os percentuais podem ser menores, ou até inexistir, já que as comissões são baseadas no sucesso das negociações. No entanto, quando os acordos são maiores ou mais complexos, as comissões podem ser mais altas, refletindo o valor e o esforço envolvidos na negociação e na representação do influenciador”, conta. 

    Letícia Gomes, influenciadora que viralizou na internet por conta das suas transformações usando apenas maquiagem, é uma das agenciadas de Fabio na empresa canadense Viral Nation. Segundo ela, o representante foi crucial para a guinada da sua carreira digital: “Ele trouxe a confiança necessária para lidar com grandes negociações e ajudou a abrir portas que eu nem imaginava. Com um profissional que entende o mercado, pude focar no meu conteúdo, enquanto ele cuidava de todo o lado comercial. Hoje, minha carreira tem uma dimensão muito maior, e sou grata por ter alguém tão capacitado me representando.”

    METODOLOGIA

    A pesquisa, realizada pela agência Brunch e pela consultoria YOUPIX, contou com 369 respostas válidas de criadores de todo o país, em um questionário realizado do dia 13 de agosto até 23 de setembro. 

  • 3 em cada 4 influenciadores buscam agenciamento para representação comercial

    3 em cada 4 influenciadores buscam agenciamento para representação comercial

    Um novo estudo realizado pela Brunch e YOUPIX mostrou que 3 em cada 4 (73,72%) influenciadores digitais buscam um agente ou agência como representante comercial. Embora seja o desejo da maior parte, esta ainda não é a realidade da maioria, já que a mesma pesquisa revela que 74,25% não possui agenciamento na carreira. Um creator anônimo, respondente do levantamento, ressalta o papel de um empresário na carreira digital.

    “Ter uma agência que de fato entende do mercado foi uma virada de chave para mim. Não só nas negociações, volume de jobs, e volume de R$, mas também na segurança de ter alguém que sabe o que está fazendo, me representando e falando por mim”, disse. Segundo Fabio Gonçalves, diretor de talentos internacionais da Viral Nation, o agenciamento é fundamental para o crescimento e profissionalização da carreira do influenciador: “Ter um agente que entende o mercado não só facilita negociações e amplia o volume de oportunidades, mas também oferece segurança e a confiança de estar sendo bem representado em um cenário tão dinâmico. Além disso, a agência auxilia na proteção do influenciador, os blindando de contratos maléficos e marcas que agem de má fé. Nosso papel é justamente defender seus interesses e fazer com que o trabalho deles não seja subvalorizado”.

    Essa representação não se define por um modelo único, existem algumas vertentes conforme a mesma pesquisa evidencia. De acordo com ela, em 57,89% dos acordos a agência ou agente tem exclusividade para negociar trabalhos no nome do influenciador, enquanto em 42,11% dos casos várias agências podem ofertar o perfil do criador de conteúdo no mercado. 

    De acordo com Fabio, a escolha entre exclusividade e não exclusividade na representação comercial dos influenciadores traz tanto vantagens quanto desafios: “Com exclusividade, o criador de conteúdo ganha uma visão integrada do negócio e a confiança de ter um parceiro estratégico no comando das negociações. No entanto, isso pode gerar uma dependência da agência para a tomada de decisões importantes. Já sem exclusividade, o influenciador se beneficia de múltiplos canais de venda e diversas vitrines para expor seu trabalho, mas perde o controle sobre como sua imagem é apresentada no mercado”.

    O modelo de negócios das agências com os influenciadores também foi mostrado na pesquisa. Cerca de 9 em cada 10 criadores (90,53%) remuneram seus agentes apenas com a comissão dos acordos, enquanto 8,42% paga um valor fixo mensal pelo serviço mais um percentual por trabalho fechado. Apenas 1% paga um valor fixo por mês independente do faturamento. 

    Esses percentuais podem variar bastante de acordo com os negócios fechados. Conforme a pesquisa, 36,04% dos influenciadores pagam menos de 5% de comissão ou nem pagam a empresa pelo negócio fechado. Por outro lado, 26,3% destes creators pagam entre 16% e 20% de comissão e 17% paga entre 21% e 30% de percentual, um número bem elevado para os padrões do mercado. Especialista do mercado de marketing de influência, Fabio explica que essas variações ocorrem devido ao tipo de contrato e ao valor das negociações.

    “Quando o faturamento é baixo, os percentuais podem ser menores, ou até inexistir, já que as comissões são baseadas no sucesso das negociações. No entanto, quando os acordos são maiores ou mais complexos, as comissões podem ser mais altas, refletindo o valor e o esforço envolvidos na negociação e na representação do influenciador”, conta. 

    Letícia Gomes, influenciadora que viralizou na internet por conta das suas transformações usando apenas maquiagem, é uma das agenciadas de Fabio na empresa canadense Viral Nation. Segundo ela, o representante foi crucial para a guinada da sua carreira digital: “Ele trouxe a confiança necessária para lidar com grandes negociações e ajudou a abrir portas que eu nem imaginava. Com um profissional que entende o mercado, pude focar no meu conteúdo, enquanto ele cuidava de todo o lado comercial. Hoje, minha carreira tem uma dimensão muito maior, e sou grata por ter alguém tão capacitado me representando.”

    METODOLOGIA

    A pesquisa, realizada pela agência Brunch e pela consultoria YOUPIX, contou com 369 respostas válidas de criadores de todo o país, em um questionário realizado do dia 13 de agosto até 23 de setembro. 

  • Relatório e plataforma da Twilio apontam como falar com seus clientes nessa Black Friday e Cyber Monday

    Relatório e plataforma da Twilio apontam como falar com seus clientes nessa Black Friday e Cyber Monday

    Estamos nos aproximando da Black Friday e da Cyber Monday. Essa é uma das épocas do ano mais importantes para o comércio, e saber como falar com seus clientes, atendendo às suas preferências, é muito importante para garantir engajamento, fidelidade e, acima de tudo, maximizar as vendas. É por isso que dados mais recentes da Twilio apontam detalhes importantes sobre como essa comunicação deve ser feita, considerando conteúdo da mensagem, aspectos de personalização e canais de preferência.

    Em 2023, durante a Cyber Week, a plataforma da Twilio foi responsável pelo envio de mais de quatro bilhões de mensagens e mais de 64 bilhões de e-mails de seus clientes. Como uma plataforma que permite inteligência de negócios, e graças à quantidade de tráfego, foi possível observar algumas boas práticas e destacar insights sobre o impacto dessas comunicações, como o fato de que mensagens mais curtas são mais eficientes em engajar os clientes, dado que após 120 caracteres, percebe-se um declínio acentuado na taxa de cliques. Além disso, os melhores horários para direcionar essas comunicações são de manhã cedo e tarde da noite, e é importante não exagerar no uso de caracteres como pontos de exclamação (!).

    “Essas informações são relevantes por apontarem diversos tópicos da direção que precisa ser tomada com relação à estratégia de comunicação das empresas, focando sempre em ser mais eficiente no engajamento. Entender a extensão do cenário e como tirar melhor proveito dele é o que é mais importante para os líderes do varejo nesse período”, explica Vivian Jones, Vice-presidente LATAM da Twilio. “Além disso, é importante ressaltar que a mensagem ainda precisa ser baseada em dados relevantes a respeito do relacionamento do indivíduo com a marca, sendo, acima de tudo, personalizada.”

    O Relatório de Preferências do Consumidor, publicado pela Twilio em 2024, mostrou que 86% dos consumidores afirmam que a possibilidade de enviar mensagens em tempo real a uma marca aumenta a probabilidade de concluir uma compra. Além disso, o tempo de resposta também é importante. A maior parte dos consumidores (51%) esperam receber uma resposta das marcas em até uma hora, o que mostra que aperfeiçoar o tempo de resposta pode ter um impacto significativo nos negócios. Para ficar mais evidente, os dados mostram que 40% dos consumidores dizem que fizeram uma compra recorrente e 25% fizeram uma primeira compra de uma marca que respondeu prontamente.

    O mesmo Relatório ainda indica que é importante usar os canais de preferência do consumidor. No Brasil, 77% das pessoas preferem o WhatsApp como canal de comunicação com as marcas, a mesma porcentagem do e-mail. No mundo, e-mail e SMS estão à frente desses números, sendo preferidos por 79% e 49% das pessoas respectivamente (o WhatsApp é mais expressivo em países como o Brasil).

    “Isso significa que as empresas precisam investir em uma comunicação que atende a todos os critérios de preferência do cliente. Os consumidores estão ansiosos para aproveitar datas como a Black Friday, mas eles querem a facilidade de fazer isso na palma da mão e por meio do diálogo com marcas com as quais já se relacionam bem. O consumidor já gasta parte de seu tempo de lazer nos aplicativos de mensagem de sua preferência, e quando as marcas usam esses mesmos canais e caminhos para se comunicar com eles, tudo se adapta a essa facilidade. É a jornada natural de consumo”, comenta Jones. Para o executivo, essa é uma tendência ligada ao conforto, confiança, facilidade e conveniência para o consumidor em suas experiências diárias. 

    Para o especialista, não há substituição dos canais convencionais de venda e marketing, mas é preciso investir em novos focos que estão ganhando a atenção, sobretudo em momentos como esse do fim de ano, em que os consumidores já esperam ofertas, novidades etc. “Vale ressaltar que é importante estar preparado para não apenas anunciar, mas para lidar com os dados dos consumidores, garantindo um atendimento personalizado que o fará estar sempre atento ao que sua marca tem a dizer. Todo o ecossistema está mais complexo, e os consumidores estão no centro da mudança. Lembrando disso, as marcas saberão no que investir e como se preparar”, finaliza Jones.

  • Endeavor lança estudo inédito sobre o ecossistema de Biotech no Brasil

    Endeavor lança estudo inédito sobre o ecossistema de Biotech no Brasil

    Biotechs estão transformando grandes segmentos de mercado conectados a desafios globais, e o Brasil se encaminha para ser a maior potência da América Latina nessa frente. É o que mostra o novo estudo da Endeavor, organização global de apoio ao empreendedorismo de alto impacto, em parceria com a Emerge. Com base em dados de 135 fundadores, 94 empresas e entrevistas com mais de 30 especialistas, o Brazil Biotech Report traz dados e análises sobre o futuro das biotechs no país e marca o início da participação do setor no portfólio de empresas apoiadas e selecionadas pela Endeavor.

    O estudo lista as condições que permitirão ao Brasil ser líder no segmento: é o maior mercado de VC na América Latina, com o maior polo de produção científica e também o país mais biodiverso do mundo, sendo o 3º em produção de alimentos, além de contar com um forte sistema de saúde pública. 

    “O ecossistema já passou por algumas ondas de tecnologia, com cases brasileiros que são referências globais como o Nubank, 99 e VTEX. Agora estamos entrando em uma onda de tecnologias de fronteiras, que estão transformando grandes segmentos de mercado conectados a desafios globais — e o Brasil tem vantagens comparativas que o posiciona para ser líder na região e no mundo”,  explica Maria Fernanda Musa, Diretora de Aceleração de Negócios da Endeavor Brasil.

    Oportunidades e desafios das biotechs

    O Brazil Biotech Report classifica as startups do setor em quatro segmentos principais:

    • Produção de Alimentos – Biotechs que desenvolvem novas alternativas alimentares, como proteínas vegetais e carne cultivada. A Cellva, por exemplo, é citada como a primeira biotech brasileira a integrar uma incubadora europeia focada em tecnologias de ingredientes.
    • Cadeia de Produção do Agro – Startups que tornam a produção agrícola mais eficiente e sustentável. Um destaque é a Galy, que desenvolveu um algodão de alta qualidade sem os impactos ambientais das fibras naturais.
    • Ciências da Vida (Humana e Animal) – Soluções para diagnósticos, tratamentos e prevenção de doenças. A gen-t, por exemplo, está criando o maior e mais diverso banco genético da América Latina.
    • Insumos Químicos e Materiais – Produção de bioplásticos, enzimas industriais e bioenergia de forma sustentável.

    Desafios de timing e capital no ecossistema

    O relatório destaca ainda que biotechs enfrentam desafios únicos, principalmente devido ao alto risco científico e à necessidade de investimentos significativos antes da comercialização. Essas empresas exigem uma estrutura de capital mais robusta, dado o longo período de testes: “A evolução de uma biotech não segue o mesmo modelo de ‘protótipo’ de um app digital, qualquer erro é fatal. Estamos falando de um a dois anos para setores como agro e sete anos nas biotechs voltadas à saúde humana chegarem no mercado. Mas a espera recompensa – as que dão certo têm grande potencial de crescimento”, explica Maria Fernanda.

    No Brasil, o apoio governamental é essencial nas fases iniciais, mas as startups precisam atrair capital privado para escalarem. O estudo aponta que faltam investidores especializados, mas não necessariamente capital – as fintechs, por exemplo, recebem 11 vezes mais investimento do que biotechs, e ainda assim, o país recebe 60% de todo o capital para biotechs na América Latina.

    O relatório também ressalta a importância de biotechs brasileiras se posicionarem globalmente desde o início para acessar mercados, tecnologias e clientes. Isso porque as empresas internacionalizadas captam mais investimentos, e a maioria das que atingiram a Série A e B possuem operações fora do Brasil. Por outro lado, apenas 12% das biotechs fundadas por brasileiros hoje possuem operações em outros locais.

    O papel da academia e o perfil do empreendedor cientista

    Também foi analisado o perfil da liderança das biotechs: mais de 54% delas são lideradas exclusivamente por acadêmicos, 15% exclusivamente por empreendedores de mercado e 31% com um misto de perfis ocupando as posições de C-Level. As mulheres, em especial, tendem a ter um perfil acadêmico mais robusto. O report enfatiza que o sucesso no setor exige um equilíbrio entre conhecimento científico e habilidades de mercado – empresas lideradas por times mistos têm mostrado maior volume na captação de recursos, principalmente no seed e nos valuations de Series A.  Porém, são as companhias lideradas por acadêmicos que tiveram maior valuation em Series B. Os dados estão em linha com a tendência internacional – os fundadores técnicos de deep techs tendem a captar investimentos mais altos.

    É possível observar ainda que o Brasil tem uma comunidade científica de alta produção, mas a conversão desse volume de pesquisa em negócios ainda é limitada. O país é o 5º no mundo em publicações nas áreas de biociências e agro, mas ocupa apenas o 9º lugar global em número de biotechs fundadas, segundo pesquisa da Ernst & Young (EY), ficando atrás, por exemplo, dos Estados Unidos, França e Espanha. Diante disso, é importante tornar a universidade brasileira mais empreendedora, aproximando pesquisadores do mercado e fortalecendo a colaboração internacional entre universidades

  • Novos meios de pagamento vão impulsionar e-commerce em países como Brasil, Colômbia e Emirados Árabes Unidos

    Novos meios de pagamento vão impulsionar e-commerce em países como Brasil, Colômbia e Emirados Árabes Unidos

     Relatório da fintech canadense Nuvei revela que o e-commerce nos oito mercados de alto crescimento mapeados pela companhia — Brasil, África do Sul, México, Hong Kong, Chile, Índia, Colômbia e Emirados Árabes Unidos — deve registrar uma taxa média anual de expansão de 24% até 2027. No Brasil, esse crescimento pode ser ainda maior, chegando a 28%. Esse cenário é impulsionado, entre outros fatores, pela consolidação de novos métodos de pagamento online, com soluções adaptadas às particularidades de cada país. Esses são alguns dos destaques do “Guia de expansão global para mercados de alto crescimento”, relatório da Nuvei que, em sua primeira edição, se debruça sobre as particularidades de dois mercados: Colômbia e Emirados Árabes Unidos.

    Enquanto o Brasil tende a manter a liderança no faturamento de comércio eletrônico na América Latina até 2027, em grande parte sob impulso do sucesso do Pix (hoje usado por pelo menos 90% dos adultos), na Colômbia a receita deve dobrar nesse período, atingindo US$ 80 bilhões. No caso dos Emirados Árabes Unidos, a estimativa é de crescimento de 58,2%, com um faturamento de US$ 16,3 bilhões em 2027.

    Embora sejam muito diferentes entre si, esses mercados – ao lado de África do Sul, México, Hong Kong, Chile e Índia, temas de futuras edições do relatório – têm em comum a forte expansão da infraestrutura digital, o aumento da população de classe média e a popularização do acesso à internet e aos smartphones. “O Brasil e os demais países do grupo estão na vanguarda dessas tendências, liderando inovações como pagamentos em tempo real e tecnologias atreladas a carteiras digitais”, diz Daniel Moretto, vice-presidente sênior da Nuvei América Latina. A edição com foco no Brasil será lançada em 2025.

    Ao observar em detalhes cada mercado de alto crescimento para o e-commerce, o relatório se propõe a fornecer um mapa que ajude as empresas do setor a se posicionar para aproveitar as oportunidades de negócios. Isso é importante porque, para ter sucesso no comércio eletrônico, não basta oferecer produtos e serviços atraentes: é preciso operar com meios de pagamento adequados à realidade de cada país e alinhados às preferências dos consumidores locais.

    Um bom exemplo é o Pix: diante do estrondoso sucesso dessa ferramenta no Brasil, uma empresa de e-commerce que não aceite esse meio de pagamento pode ficar para trás. O mesmo acontece em outros mercados com seus respectivos meios de pagamento. As empresas precisam conhecer essas ferramentas para oferecê-las de maneira assertiva, assim como o parceiro local capaz de ajudar nessa jornada. Dessa forma, o relatório pode ser útil tanto para empresas que queiram vender online no Brasil quanto para os negócios nacionais que almejem uma expansão internacional.

    Colômbia

    Uma das particularidades da Colômbia sob a perspectiva de crescimento do e-commerce é sua população jovem e ávida por tecnologia. Os colombianos preferem fazer pagamentos pelo celular, sendo que as transferências bancárias e as carteiras digitais têm conquistado cada vez mais espaço. Carteiras como Nequi e DaviPlata, que até 2017 eram praticamente desconhecidas, hoje já respondem por 5% das transações em e-commerce. O estudo verificou, ainda, que a parcela de pagamentos em dinheiro caiu significativamente no país, de 17% antes da pandemia para 4% em 2023, tendência que deve continuar pelo menos até 2027.

    Entre as recomendações para empresas que querem aproveitar as oportunidades na Colômbia, a Nuvei sugere prioridade às plataformas mais amigáveis a dispositivos móveis e investimento em métodos de pagamento locais. Outra dica é olhar com atenção para os segmentos de e-commerce mais promissores no país, como eletrônicos, moda e jogos.

    Emirados Árabes Unidos

    O país do Oriente Médio, onde ficam cidades como Dubai e Abu Dhabi, se destaca por uma população de alta renda e majoritariamente formada por estrangeiros (88%). Essas particularidades econômica e demográfica fazem com que os cartões de crédito internacionais sejam prevalentes: esse meio de pagamento foi usado em 60% das transações de comércio eletrônico nos Emirados Árabes Unidos em 2023.

    Tem conquistado relevância nos Emirados Árabes Unidos a modalidade de pagamento BNPL (compre agora, pague depois), presente em 8% das vendas online em 2023 – o maior percentual entre os países com mercados de alto crescimento. Também fazem sucesso carteiras digitais e serviços financeiros incorporados e tendem a avançar ainda mais no e-commerce os setores de viagens e varejo.

  • Novos meios de pagamento vão impulsionar e-commerce em países como Brasil, Colômbia e Emirados Árabes Unidos

    Novos meios de pagamento vão impulsionar e-commerce em países como Brasil, Colômbia e Emirados Árabes Unidos

     Relatório da fintech canadense Nuvei revela que o e-commerce nos oito mercados de alto crescimento mapeados pela companhia — Brasil, África do Sul, México, Hong Kong, Chile, Índia, Colômbia e Emirados Árabes Unidos — deve registrar uma taxa média anual de expansão de 24% até 2027. No Brasil, esse crescimento pode ser ainda maior, chegando a 28%. Esse cenário é impulsionado, entre outros fatores, pela consolidação de novos métodos de pagamento online, com soluções adaptadas às particularidades de cada país. Esses são alguns dos destaques do “Guia de expansão global para mercados de alto crescimento”, relatório da Nuvei que, em sua primeira edição, se debruça sobre as particularidades de dois mercados: Colômbia e Emirados Árabes Unidos.

    Enquanto o Brasil tende a manter a liderança no faturamento de comércio eletrônico na América Latina até 2027, em grande parte sob impulso do sucesso do Pix (hoje usado por pelo menos 90% dos adultos), na Colômbia a receita deve dobrar nesse período, atingindo US$ 80 bilhões. No caso dos Emirados Árabes Unidos, a estimativa é de crescimento de 58,2%, com um faturamento de US$ 16,3 bilhões em 2027.

    Embora sejam muito diferentes entre si, esses mercados – ao lado de África do Sul, México, Hong Kong, Chile e Índia, temas de futuras edições do relatório – têm em comum a forte expansão da infraestrutura digital, o aumento da população de classe média e a popularização do acesso à internet e aos smartphones. “O Brasil e os demais países do grupo estão na vanguarda dessas tendências, liderando inovações como pagamentos em tempo real e tecnologias atreladas a carteiras digitais”, diz Daniel Moretto, vice-presidente sênior da Nuvei América Latina. A edição com foco no Brasil será lançada em 2025.

    Ao observar em detalhes cada mercado de alto crescimento para o e-commerce, o relatório se propõe a fornecer um mapa que ajude as empresas do setor a se posicionar para aproveitar as oportunidades de negócios. Isso é importante porque, para ter sucesso no comércio eletrônico, não basta oferecer produtos e serviços atraentes: é preciso operar com meios de pagamento adequados à realidade de cada país e alinhados às preferências dos consumidores locais.

    Um bom exemplo é o Pix: diante do estrondoso sucesso dessa ferramenta no Brasil, uma empresa de e-commerce que não aceite esse meio de pagamento pode ficar para trás. O mesmo acontece em outros mercados com seus respectivos meios de pagamento. As empresas precisam conhecer essas ferramentas para oferecê-las de maneira assertiva, assim como o parceiro local capaz de ajudar nessa jornada. Dessa forma, o relatório pode ser útil tanto para empresas que queiram vender online no Brasil quanto para os negócios nacionais que almejem uma expansão internacional.

    Colômbia

    Uma das particularidades da Colômbia sob a perspectiva de crescimento do e-commerce é sua população jovem e ávida por tecnologia. Os colombianos preferem fazer pagamentos pelo celular, sendo que as transferências bancárias e as carteiras digitais têm conquistado cada vez mais espaço. Carteiras como Nequi e DaviPlata, que até 2017 eram praticamente desconhecidas, hoje já respondem por 5% das transações em e-commerce. O estudo verificou, ainda, que a parcela de pagamentos em dinheiro caiu significativamente no país, de 17% antes da pandemia para 4% em 2023, tendência que deve continuar pelo menos até 2027.

    Entre as recomendações para empresas que querem aproveitar as oportunidades na Colômbia, a Nuvei sugere prioridade às plataformas mais amigáveis a dispositivos móveis e investimento em métodos de pagamento locais. Outra dica é olhar com atenção para os segmentos de e-commerce mais promissores no país, como eletrônicos, moda e jogos.

    Emirados Árabes Unidos

    O país do Oriente Médio, onde ficam cidades como Dubai e Abu Dhabi, se destaca por uma população de alta renda e majoritariamente formada por estrangeiros (88%). Essas particularidades econômica e demográfica fazem com que os cartões de crédito internacionais sejam prevalentes: esse meio de pagamento foi usado em 60% das transações de comércio eletrônico nos Emirados Árabes Unidos em 2023.

    Tem conquistado relevância nos Emirados Árabes Unidos a modalidade de pagamento BNPL (compre agora, pague depois), presente em 8% das vendas online em 2023 – o maior percentual entre os países com mercados de alto crescimento. Também fazem sucesso carteiras digitais e serviços financeiros incorporados e tendem a avançar ainda mais no e-commerce os setores de viagens e varejo.

  • Gartner prevê que gastos globais de usuários finais com Nuvem Pública devem chegar a US$ 723 bilhões em 2025

    Gartner prevê que gastos globais de usuários finais com Nuvem Pública devem chegar a US$ 723 bilhões em 2025

    Os gastos mundiais de usuários finais com serviços de Nuvem Pública devem totalizar US$ 723,4 bilhões em 2025, um aumento em relação aos US$ 595,7 bilhões em 2024, segundo a mais recente previsão do Gartner, Inc.

    “O uso de tecnologias de Inteligência Artificial (IA) nas operações de TI e negócios está acelerando ininterruptamente o papel da Computação em Nuvem no suporte às operações e resultados de negócios”, afirma Sid Nag, Vice-Presidente e Analista do Gartner. “Os casos de uso de Cloud continuam a se expandir, com foco crescente em ambientes distribuídos, híbridos, nativos de Nuvem e Multicloud, apoiados por uma estrutura de integração entre Nuvens, fazendo com que o mercado de serviços de Nuvem Pública atinja crescimento de 21,5% em 2025.”

    O Gartner prevê que 90% das empresas irão adotar uma abordagem de Nuvem Híbrida até 2027. O maior desafio relacionado à Inteligência Artificial Generativa (GenAI) a ser enfrentado no próximo ano será a sincronização de dados em ambientes de Nuvem Híbrida.

    De modo geral, espera-se que todos os segmentos do mercado de Nuvem registrem taxas de crescimento de dois dígitos em 2025, destacando a pressão sobre os líderes de infraestrutura e operações (I&O) para integrar I&O efetivamente em suas estratégias de GenAI e se preparar para operar infraestruturas de IA e Inteligência Artificial Generativa na borda (edge).

    Previsão de gastos mundiais de Usuários Finais com Serviços de Nuvem Pública, 2024-2025

    (em bilhões de dólares americanos)

    Gastosde 2024Crescimentode 2024 (%)Gastosde 2025Crescimentode 2025 (%)
    Cloud Application Infrastructure Services (PaaS)171,5619,1%208,6421,6%
    Cloud Application Services (SaaS)250,8018,1%299,0719,2%
    Cloud Desktop-as-a-Service (DaaS)3,467,7%3,8411,1%
    Cloud System Infrastructure Services (IaaS)169,8121,3%211,8524,8%
    Mercado Total595,6519,2%723,4221,5%

    Fonte: Gartner (Novembro 2024). Nota: Os totais podem não coincidir devido ao arredondamento.

    Dinâmica de gastos com infraestrutura como serviço (IaaS) e plataforma como serviço (PaaS):

    O crescimento de modelos de GenAI específicos por setor e verticais, que são selecionados, privados e seguros, além de requerem treinamento avançado, inferência e ajustes finos, continuará impulsionando o crescimento dos gastos com serviços de Nuvem Pública globalmente.

    Em 2025, as empresas serão cada vez mais atraídas pelas eficiências oferecidas pela infraestrutura e os serviços de plataforma em Nuvem (CIPS). O Gartner define o mercado de CIPS como uma plataforma completa na qual os recursos de IaaS e PaaS são entregues como serviços integrados de Nuvem.

    “As empresas estão optando por CIPS porque as cargas de trabalho atuais são complexas, e as companhias precisam de plataformas integradas para simplificar o desenvolvimento, a implementação e as operações. As empresas que estão implementando um modelo de adoção de Multicloud, que ainda está registrando crescimento, também estão impulsionando os gastos com CIPS”, explica Nag.

    Além disso, a estrutura de integração entre Nuvens (Cross Cloud Integration Framework – CCIF), que torna Multicloud uma realidade, será um fator-chave para o modelo de adoção de CIPS. Por exemplo, as empresas demandarão recursos de GenAI federados entre Nuvens para atender a casos de uso e cargas de trabalho avançadas de IA.

    O Gartner prevê que os gastos dos usuários finais com serviços de infraestrutura e plataforma em Nuvem (CIPS) crescerão 24,2% em 2025, alcançando US$ 301 bilhões. Em 2025, as ofertas de CIPS estão projetadas para representar 72% dos gastos de TI com Infraestrutura como Serviço (IaaS) e Plataforma como Cerviço (PaaS), acima dos 70% registrados em 2022.

    Saiba como apoiar uma estratégia de Multicloud no Gartner IT Roadmap for Cloud Migration. Clientes do Gartner podem acessar mais informações em Forecast: Public Cloud Services, Worldwide, 2022-2028, 3Q24 Update.

  • Gartner prevê que gastos globais de usuários finais com Nuvem Pública devem chegar a US$ 723 bilhões em 2025

    Gartner prevê que gastos globais de usuários finais com Nuvem Pública devem chegar a US$ 723 bilhões em 2025

    Os gastos mundiais de usuários finais com serviços de Nuvem Pública devem totalizar US$ 723,4 bilhões em 2025, um aumento em relação aos US$ 595,7 bilhões em 2024, segundo a mais recente previsão do Gartner, Inc.

    “O uso de tecnologias de Inteligência Artificial (IA) nas operações de TI e negócios está acelerando ininterruptamente o papel da Computação em Nuvem no suporte às operações e resultados de negócios”, afirma Sid Nag, Vice-Presidente e Analista do Gartner. “Os casos de uso de Cloud continuam a se expandir, com foco crescente em ambientes distribuídos, híbridos, nativos de Nuvem e Multicloud, apoiados por uma estrutura de integração entre Nuvens, fazendo com que o mercado de serviços de Nuvem Pública atinja crescimento de 21,5% em 2025.”

    O Gartner prevê que 90% das empresas irão adotar uma abordagem de Nuvem Híbrida até 2027. O maior desafio relacionado à Inteligência Artificial Generativa (GenAI) a ser enfrentado no próximo ano será a sincronização de dados em ambientes de Nuvem Híbrida.

    De modo geral, espera-se que todos os segmentos do mercado de Nuvem registrem taxas de crescimento de dois dígitos em 2025, destacando a pressão sobre os líderes de infraestrutura e operações (I&O) para integrar I&O efetivamente em suas estratégias de GenAI e se preparar para operar infraestruturas de IA e Inteligência Artificial Generativa na borda (edge).

    Previsão de gastos mundiais de Usuários Finais com Serviços de Nuvem Pública, 2024-2025

    (em bilhões de dólares americanos)

    Gastosde 2024Crescimentode 2024 (%)Gastosde 2025Crescimentode 2025 (%)
    Cloud Application Infrastructure Services (PaaS)171,5619,1%208,6421,6%
    Cloud Application Services (SaaS)250,8018,1%299,0719,2%
    Cloud Desktop-as-a-Service (DaaS)3,467,7%3,8411,1%
    Cloud System Infrastructure Services (IaaS)169,8121,3%211,8524,8%
    Mercado Total595,6519,2%723,4221,5%

    Fonte: Gartner (Novembro 2024). Nota: Os totais podem não coincidir devido ao arredondamento.

    Dinâmica de gastos com infraestrutura como serviço (IaaS) e plataforma como serviço (PaaS):

    O crescimento de modelos de GenAI específicos por setor e verticais, que são selecionados, privados e seguros, além de requerem treinamento avançado, inferência e ajustes finos, continuará impulsionando o crescimento dos gastos com serviços de Nuvem Pública globalmente.

    Em 2025, as empresas serão cada vez mais atraídas pelas eficiências oferecidas pela infraestrutura e os serviços de plataforma em Nuvem (CIPS). O Gartner define o mercado de CIPS como uma plataforma completa na qual os recursos de IaaS e PaaS são entregues como serviços integrados de Nuvem.

    “As empresas estão optando por CIPS porque as cargas de trabalho atuais são complexas, e as companhias precisam de plataformas integradas para simplificar o desenvolvimento, a implementação e as operações. As empresas que estão implementando um modelo de adoção de Multicloud, que ainda está registrando crescimento, também estão impulsionando os gastos com CIPS”, explica Nag.

    Além disso, a estrutura de integração entre Nuvens (Cross Cloud Integration Framework – CCIF), que torna Multicloud uma realidade, será um fator-chave para o modelo de adoção de CIPS. Por exemplo, as empresas demandarão recursos de GenAI federados entre Nuvens para atender a casos de uso e cargas de trabalho avançadas de IA.

    O Gartner prevê que os gastos dos usuários finais com serviços de infraestrutura e plataforma em Nuvem (CIPS) crescerão 24,2% em 2025, alcançando US$ 301 bilhões. Em 2025, as ofertas de CIPS estão projetadas para representar 72% dos gastos de TI com Infraestrutura como Serviço (IaaS) e Plataforma como Cerviço (PaaS), acima dos 70% registrados em 2022.

    Saiba como apoiar uma estratégia de Multicloud no Gartner IT Roadmap for Cloud Migration. Clientes do Gartner podem acessar mais informações em Forecast: Public Cloud Services, Worldwide, 2022-2028, 3Q24 Update.

  • IA mapeia gostos e hábitos e envia notificações via celular para convencer consumidores de compra

    IA mapeia gostos e hábitos e envia notificações via celular para convencer consumidores de compra

    Push notification – ou notificações push – são aqueles avisos que recebemos por meio de aplicativos ou sites em nossos smartphones. Os tipos de push notifications podem variar amplamente, desde lembretes para manutenção de contato, promoções de vendas, lembretes de pagamento até atualizações de status de serviços, criando oportunidades personalizadas para interação entre empresas e clientes.

    Segundo o especialista Victor Okuma, country manager da Indigitall no Brasil, essa tecnologia passa por evolução, sendo possível identificar tendências desse recurso para 2025. A Indigitall é uma plataforma espanhola que chegou ao mercado brasileiro recentemente. Entre outras soluções de automação de canais de contato e relacionamento, a empresa é referência no desenvolvimento e fornecimento de push notifications no mercado mundial, inclusive integrada à inteligência artificial. “A IA, por exemplo, pode ser utilizada nas notificações push para mapear gostos e hábitos do consumidor, garantindo que as mensagens cheguem no momento certo e com o conteúdo adequado”, explica.

    De acordo com o especialista, as cinco principais tendências do Push Notification para o próximo ano são:

    01 – Uso de mídias (gifs, imagens e vídeos): As notificações push estão evoluindo além de simples textos informativos, passando a incorporar conteúdos multimídia, como gifs, imagens e vídeos, o que proporciona uma experiência mais envolvente para o usuário. Isso não só destaca o produto ou serviço comunicado, mas também torna a notificação mais interativa e visualmente atraente, aumentando em até 45% as chances de ser acessada comparando com uma notificação push normal e se consolidando, assim, como um canal poderoso de engajamento.

    02 – Botões interativos: Com a adição de botões, as push notifications oferecem opções de ação direta, como “Comprar agora”, “Saiba mais”, “Falar pelo whatsapp” ou “Adicionar ao carrinho”. Essa abordagem simplifica a interação do usuário com a marca, reduzindo o número de etapas necessárias para completar uma ação, como fazer uma compra ou acessar uma oferta. Esses botões ainda são personalizáveis com conteúdos multimídia, como gifs e imagens, gerando maior taxa de conversão.

    03 – Inteligência artificial: A integração de IA nas push notifications está se tornando uma tendência dominante. A IA é capaz de identificar o melhor canal de comunicação com o cliente, como WhatsApp, e-mail ou site, e pode otimizar o direcionamento da campanha com base nas interações anteriores. Além disso, a IA determina o momento ideal para o envio da notificação, aumentando as chances de engajamento. “Ou seja, a mensagem da marca tende a chegar ao consumidor no momento em que ele está mais propenso a abrir, ler e continuar conectado ao aplicativo ou ao site da empresa”, explica Okuma. “Isso potencializa a eficácia das campanhas”, completa

    04 – Segmentação por grupos: Ferramentas avançadas permitem uma segmentação muito mais precisa e eficiente dos perfis de clientes, utilizando dados comportamentais, demográficos e preferências individuais. Isso possibilita agrupar os usuários em segmentos específicos, como hábitos de compra, interesses, histórico de interações e até localização geográfica. Com essa segmentação, as push notifications respeitam o contexto certo e o momento mais oportuno para a interação com a marca, o que melhora significativamente a experiência do usuário.

    05 – Criptografia: como tendência, chegam as push notifications criptografadas, ou seja, aqueles que preservam a privacidade e garantem a segurança das informações trocadas, impedindo fraudes e acessos não autorizados. Essa tecnologia protege informações sensíveis, como dados pessoais e transações financeiras, durante todo o processo de comunicação. Com esse recurso, as empresas oferecem um ambiente mais seguro e confiável, aumentando a confiança dos clientes ao interagir com a marca por meio de push notifications e outras formas de comunicação digital, essa tecnologia é muito utilizada pelos bancos e empresas do segmento financeiro, trocando muitas vezes, canais como SMS por Pushs criptografadas.

    06 – Centralização da comunicação através de uma “Customer Journey”: O especialista da Indigitall observa que, tão importante quanto os itens mencionados, é a automação, a integração e a centralização dos canais de comunicação de uma empresa com seu público. A unificação desse fluxo completo em uma única plataforma permite às marcas acesso informações privilegiadas, cruzamento de dados e, a partir disso, a adoção de práticas e estratégias de grande proximidade com o cliente, o que, mais adiante, vai significar uma maior adesão às mensagens promocionais notificadas via push. O executivo da Indigitall descreve: “Por exemplo, depois de um checkout no site, o cliente pode receber, em seu WhatsApp ou e-mail, uma mensagem da empresa – até mesmo um áudio do CEO da empresa agradecendo. Isso gera satisfação. Posteriormente, quando receber uma notificação push promocional, o cliente estará mais propenso a abrir. É o tipo de solução que o manager define como um fluxo completo de toda a jornada do cliente, automatizado e integrado em uma única plataforma, “um dos diferenciais da Indigitall”, como sublinha.

    Segundo o executivo da Indigitall, essas inovações demonstram o impacto cada vez maior da tecnologia no cenário global, com empresas de diversos setores buscando soluções mais eficientes e personalizadas. A startup, por exemplo, está presente em 14 países, atendendo mais de 200 clientes, incluindo grandes marcas como Claro, Movistar, Televisa, Starbucks, Carrefour, Bankinter, entre outras. Dois dos maiores clubes de futebol da Espanha e do mundo, situados na capital espanhola (cidade-sede da Indigitall), também são clientes: o Real Madrid e o Atlético de Madrid.

    Com sede na Espanha, a empresa aposta, neste ano, especialmente em sua atuação no Brasil e nos Estados Unidos, depois de, em abril, ter captado 6 milhões de euros em uma rodada de investimentos em seu país de origem. “Estamos começando agora. Mas já em 2025 pretendemos dobrar nossa operação no Brasil”, informa Okuma. A Indigitall é parceira oficial da Meta (WhatsApp, Instagram e Facebook) e, no Brasil, já atende às operações nacionais do McDonald’s e da Verisure.