Category: Tendência

  • Pix por Aproximação pode incentivar Open Finance, afirma especialista

    Pix por Aproximação pode incentivar Open Finance, afirma especialista

    Lançado nesta segunda-feira, dia 4, o Pix por Aproximação vai facilitar a vida dos consumidores de duas formas: de maneira direta, nos pagamentos do dia a dia; e de maneira indireta, por incentivar o consumidor a aderir ao Open Finance. É o que explica o sócio na área de Meios de Pagamento do Barcellos Tucunduva Advogados (BTLAW), Thiago Amaral.

    Para o especialista, o consumidor vai perceber dois benefícios imediatamente em suas compras do dia a dia. “A primeira vantagem é não precisar abrir o aplicativo do banco, que era um dos receios do uso do Pix em lugares públicos. Basta encostar o celular na máquina de pagamento para efetuar a compra”.

    O segundo benefício seria mais voltado aos clientes de e-commerce. “Para compras online, é possível vincular sua conta na loja virtual e fazer o pagamento diretamente na loja, sem ter de ir para uma página do banco. É uma vantagem também para as lojas de comércio eletrônico, já que evita com que esse consumidor abandone o ‘carrinho de compras’” 

    Open Finance – o benefício indireto será o cadastramento automático no Open Finance e os benefícios atrelados a ele.

    “O Pix por Aproximação vai começar a funcionar por meio de carteiras digitais. O consumidor cadastra a chave no aplicativo para usar só o smartphone durante o pagamento. Mas, para isso, ele precisa autorizar o Open Finance na instituição em que é correntista. Pois o aplicativo terá de verificar a compra e obter permissão de pagamento junto a bancos e outras instituições. Na prática, vai acabar cadastrando novos clientes no Open Finance”

    Segundo Thiago Amaral, o compartilhamento das informações junto às instituições financeiras “tende a trazer soluções mais personalizadas, melhores condições de empréstimo ou financiamento, maior saúde financeira, além de melhor controle de seus próprios dados, requerendo, claro, aprovações a cada compartilhamento”.

  • Pix por Aproximação pode incentivar Open Finance, afirma especialista

    Pix por Aproximação pode incentivar Open Finance, afirma especialista

    Lançado nesta segunda-feira, dia 4, o Pix por Aproximação vai facilitar a vida dos consumidores de duas formas: de maneira direta, nos pagamentos do dia a dia; e de maneira indireta, por incentivar o consumidor a aderir ao Open Finance. É o que explica o sócio na área de Meios de Pagamento do Barcellos Tucunduva Advogados (BTLAW), Thiago Amaral.

    Para o especialista, o consumidor vai perceber dois benefícios imediatamente em suas compras do dia a dia. “A primeira vantagem é não precisar abrir o aplicativo do banco, que era um dos receios do uso do Pix em lugares públicos. Basta encostar o celular na máquina de pagamento para efetuar a compra”.

    O segundo benefício seria mais voltado aos clientes de e-commerce. “Para compras online, é possível vincular sua conta na loja virtual e fazer o pagamento diretamente na loja, sem ter de ir para uma página do banco. É uma vantagem também para as lojas de comércio eletrônico, já que evita com que esse consumidor abandone o ‘carrinho de compras’” 

    Open Finance – o benefício indireto será o cadastramento automático no Open Finance e os benefícios atrelados a ele.

    “O Pix por Aproximação vai começar a funcionar por meio de carteiras digitais. O consumidor cadastra a chave no aplicativo para usar só o smartphone durante o pagamento. Mas, para isso, ele precisa autorizar o Open Finance na instituição em que é correntista. Pois o aplicativo terá de verificar a compra e obter permissão de pagamento junto a bancos e outras instituições. Na prática, vai acabar cadastrando novos clientes no Open Finance”

    Segundo Thiago Amaral, o compartilhamento das informações junto às instituições financeiras “tende a trazer soluções mais personalizadas, melhores condições de empréstimo ou financiamento, maior saúde financeira, além de melhor controle de seus próprios dados, requerendo, claro, aprovações a cada compartilhamento”.

  • Tendências do Marketing Digital para 2025: Estratégias essenciais para acelerar o crescimento de negócios

    Tendências do Marketing Digital para 2025: Estratégias essenciais para acelerar o crescimento de negócios

    O marketing digital está em constante transformação, e as inovações para 2025 prometem mudanças significativas impulsionadas pela inteligência artificial (IA), automação e personalização em tempo real. Vinícius Izzo, CEO da Salespunch, agência digital de marketing e vendas, apresenta as principais tendências segundo as projeções da ESPM e do Instituto de Marketing Digital (DMI), destacando como essas inovações podem potencializar os resultados das empresas.

    Automação e IA para Campanhas Personalizadas

    A combinação de IA com automação vai permitir que as marcas criem campanhas altamente segmentadas e adaptadas ao comportamento do consumidor. Ferramentas de automação como HubSpot e Pardot, da Salesforce, estão desenvolvendo funcionalidades que otimizam campanhas em tempo real. “Empresas que investem nessas tecnologias terão mais assertividade nas suas estratégias, alcançando o público certo com a mensagem certa”, afirma Izzo.

    Marketing de Conteúdo: Qualidade é Prioridade

    O marketing de conteúdo continua essencial, mas em 2025 a qualidade  novamente vai superar a quantidade. Conteúdos detalhados e informativos como artigos extensos, whitepapers e e-books, além de formatos visuais como vídeos e infográficos, têm forte potencial para captar o interesse do público. A recomendação de Izzo é focada em temas que solucionem as necessidades do público, promovendo engajamento e liderança à marca.

    SEO Focado na Experiência do Usuário

    O SEO de 2025 será orientado pela experiência do usuário. Com o apoio da IA, marcas poderão realizar auditorias frequentes para otimizar sites e corrigir problemas de navegação. Ferramentas como Google Analytics e Search Console facilitam o monitoramento e ajuste de desempenho, permitindo uma experiência mais satisfatória e intuitiva

    Big Data e IA: Personalização em Tempo Real

    A análise de big data em conjunto com IA possibilita a coleta e a compreensão de dados em tempo real, personalizando campanhas conforme o comportamento do consumidor. “Ferramentas como Google Analytics 4 e CRMs com análise de big data, como Salesforce, permitem que marcas identifiquem tendências e se adaptem rapidamente, aumentando a eficiência das campanhas e mais personalização.

    Micro e Nano Influenciadores: Engajamento Autêntico

    O marketing de influenciadores segue em alta, mas 2025 será o ano dos micro e nano influenciadores, que oferecem conexão mais óbvia com o público. “Parcerias autênticas e homologadas com os valores da marca têm mais impacto do que campanhas pontuais. Coerência e confiabilidade serão as palavras da vez ”, reforça Izzo. 

    Ascensão do Social Commerce

    Com a expansão das funcionalidades de compra direta em redes sociais, o Social Commerce oferece uma nova via para empresas atingirem seus consumidores. Segundo Vinícius Izzo, plataformas como Instagram Shopping e Facebook Shops facilitam a compra de produtos diretamente nas redes sociais, integrando e-commerce e mídias sociais de forma eficaz e atraente. 

    Izzo ainda chama a atenção para o Omnichannel, que é a experiência de compra integrada. “As fronteiras entre o mundo físico e virtual cada vez mais vão se dissipar, então a experiência do cliente de comprar com você tem que estar permeada por todos os meios possíveis e imagináveis”, finaliza.

  • Tendências do Marketing Digital para 2025: Estratégias essenciais para acelerar o crescimento de negócios

    Tendências do Marketing Digital para 2025: Estratégias essenciais para acelerar o crescimento de negócios

    O marketing digital está em constante transformação, e as inovações para 2025 prometem mudanças significativas impulsionadas pela inteligência artificial (IA), automação e personalização em tempo real. Vinícius Izzo, CEO da Salespunch, agência digital de marketing e vendas, apresenta as principais tendências segundo as projeções da ESPM e do Instituto de Marketing Digital (DMI), destacando como essas inovações podem potencializar os resultados das empresas.

    Automação e IA para Campanhas Personalizadas

    A combinação de IA com automação vai permitir que as marcas criem campanhas altamente segmentadas e adaptadas ao comportamento do consumidor. Ferramentas de automação como HubSpot e Pardot, da Salesforce, estão desenvolvendo funcionalidades que otimizam campanhas em tempo real. “Empresas que investem nessas tecnologias terão mais assertividade nas suas estratégias, alcançando o público certo com a mensagem certa”, afirma Izzo.

    Marketing de Conteúdo: Qualidade é Prioridade

    O marketing de conteúdo continua essencial, mas em 2025 a qualidade  novamente vai superar a quantidade. Conteúdos detalhados e informativos como artigos extensos, whitepapers e e-books, além de formatos visuais como vídeos e infográficos, têm forte potencial para captar o interesse do público. A recomendação de Izzo é focada em temas que solucionem as necessidades do público, promovendo engajamento e liderança à marca.

    SEO Focado na Experiência do Usuário

    O SEO de 2025 será orientado pela experiência do usuário. Com o apoio da IA, marcas poderão realizar auditorias frequentes para otimizar sites e corrigir problemas de navegação. Ferramentas como Google Analytics e Search Console facilitam o monitoramento e ajuste de desempenho, permitindo uma experiência mais satisfatória e intuitiva

    Big Data e IA: Personalização em Tempo Real

    A análise de big data em conjunto com IA possibilita a coleta e a compreensão de dados em tempo real, personalizando campanhas conforme o comportamento do consumidor. “Ferramentas como Google Analytics 4 e CRMs com análise de big data, como Salesforce, permitem que marcas identifiquem tendências e se adaptem rapidamente, aumentando a eficiência das campanhas e mais personalização.

    Micro e Nano Influenciadores: Engajamento Autêntico

    O marketing de influenciadores segue em alta, mas 2025 será o ano dos micro e nano influenciadores, que oferecem conexão mais óbvia com o público. “Parcerias autênticas e homologadas com os valores da marca têm mais impacto do que campanhas pontuais. Coerência e confiabilidade serão as palavras da vez ”, reforça Izzo. 

    Ascensão do Social Commerce

    Com a expansão das funcionalidades de compra direta em redes sociais, o Social Commerce oferece uma nova via para empresas atingirem seus consumidores. Segundo Vinícius Izzo, plataformas como Instagram Shopping e Facebook Shops facilitam a compra de produtos diretamente nas redes sociais, integrando e-commerce e mídias sociais de forma eficaz e atraente. 

    Izzo ainda chama a atenção para o Omnichannel, que é a experiência de compra integrada. “As fronteiras entre o mundo físico e virtual cada vez mais vão se dissipar, então a experiência do cliente de comprar com você tem que estar permeada por todos os meios possíveis e imagináveis”, finaliza.

  • Porque é importante que as empresas definam uma estratégia organizacional de uso da IA generativa

    Porque é importante que as empresas definam uma estratégia organizacional de uso da IA generativa

    A Inteligência Artificial Generativa (IA Gen) já é uma realidade nas empresas. Tarefas administrativas, como a redação de memorandos, ofícios e relatórios, são realizadas com muito mais agilidade. Porém, o alcance da IA Gen vai além dessas atividades. Ela pode ser utilizada, por exemplo, na elaboração de propostas comerciais personalizadas, no desenvolvimento de chatbots para atendimento ao cliente, na análise de grandes volumes de dados e na automatização de tarefas repetitivas. Ocorre que, para realmente conseguir agregar valor ao negócio, no cenário atual, não apenas acelerando o trabalho e aprimorando a qualidade dele, mas também potencializando a criatividade e a inovação, será necessário que as organizações modifiquem seus processos e estruturas.

    “A IA tem sido uma ferramenta flexível para a inovação de serviços em vários setores, a questão é que a maioria das empresas ainda não definiu um plano nesse sentido, vem demorando a adotá-la, como apontam algumas pesquisas recentes, mostrando que os funcionários estão muito à frente de suas organizações na utilização dessas ferramentas”, assinalou o professor da Universidade de Brasília (UnB) e pesquisador na área de inovação tecnológica, Dr. Paulo Henrique de Souza Bermejo. Ele salientou que o momento de fazer essas mudanças é agora, pois ficar para trás implica em perder os benefícios potenciais dessa tecnologia e, conforme o tempo passa, esse quadro de atraso só se amplia.

    Ele informou que, para aproveitar esse entusiasmo e até mesmo a curiosidade que a IA enseja, é essencial que a empresa adeque o modo como trabalha com ela, pois a ferramenta, sozinha, não vai gerar resultados positivos. “Isso significa planejar e aplicar a IA generativa de maneiras que favoreçam a estratégia da organização, reinventando modelos operacionais, reimaginando talentos e habilidades, e criando mudanças mediante governança e infraestrutura robustas”, explicou.

    Na atualidade, é comum que os funcionários experimentem IA’s generativas com versões gratuitas e públicas, como o ChatGPT. “Esse é um indicador do quanto há interesse das pessoas e isso já deveria encorajar as empresas a trazerem essa inovação para o dia a dia delas, seja adotando essa tecnologia de modo generalizado ou com uma implementação gradativa”, acrescentou.

    De acordo com o professor, para capturar o pleno potencial da IA generativa, a empresa deve considerar como essa tecnologia poderá redefinir a forma como a organização trabalha. Alguns passos importantes nesse contexto seriam reconfigurar o modelo operacional da empresa, adaptando-o e traduzindo-o, conforme as necessidades e visão organizacional; reformular as estratégias de qualificação; e promover o reforço dessas mudanças, visando garantir uma adaptação contínua.

    Priorizando as áreas

    Para começar, como apontou o pesquisador, as empresas devem priorizar a área certa de transformação, concentrando-se em domínios específicos, a exemplo de desenvolvimento de produtos, marketing e atendimento ao cliente, entre outros. Por meio dessa abordagem centrada em atividades e áreas, é possível realizar transformações tecnológicas de ponta a ponta, integrando múltiplos casos de uso, em um único fluxo de trabalho ou processo.

    Pode-se, também, focar em atividades que possuem maior esforço e impacto nos resultados, utilizando, por exemplo, o Princípio de Pareto, como destacado pelo pesquisador. Para quem não conhece, tal princípio, também conhecido como Regra dos 80/20, sugere que 80% das consequências são geralmente atribuídas a 20% das causas. O economista italiano Vilfredo Pareto identificou esse padrão no século XIX, ao observar que 20% da população italiana detinha 80% da riqueza do país e esse conceito foi posteriormente expandido e aplicado a diversas áreas, como negócios e economia.

    Noutra perspectiva, o professor enfatizou que dentro desse novo cenário as organizações precisam compreender claramente quais habilidades são fundamentais à equipe, para suprir lacunas de competências, investindo em capacitação e qualificação. Vale ressaltar, como lembrou Bermejo, que esse não é um desafio que as empresas possam superar contratando novos funcionários, pois afeta a organização inteira e a maneira com que se trabalha nela. “Isso exigirá uma abordagem personalizada, focada em estimular os funcionários, além de uma colaboração próxima entre quem está liderando, o setor de tecnologia e de RH, que dada a enorme importância das questões de pessoal, desempenha papel crucial nessas mudanças”, afirmou.

    Como se trata de uma tecnologia em rápida evolução, de fácil e amplo acesso, a ideia é que todos possam se adaptar às habilidades que ela exige, como saber elaborar prompts e tomar decisões baseadas em dados. “Embora as novas competências solicitadas variem bastante conforme a empresa, todas as organizações precisarão de uma abordagem dinâmica. A capacitação é um processo progressivo e contínuo e ela envolve o aprimoramento de várias habilidades para que se possa complementar e validar a inteligência artificial”, disse.

    As vantagens da estratégia organizacional em IA Gen

    Basicamente, com uma estratégia organizacional, a empresa define diretrizes claras sobre quando, como e por que a IA generativa deve ser usada. “Isso oportuniza o controle, garantindo que o manejo dela esteja alinhado com os objetivos da organização e cumpra padrões de qualidade e segurança. Sem uma estratégia, os funcionários utilizam a IA de maneira independente, o que pode levar a inconsistências na aplicação e desperdício de recursos”, destacou o professor.

    Além disso, com uma estratégia, a organização pode implementar políticas de proteção de dados, estabelecendo o que pode ou não ser compartilhado com ferramentas de IA, especialmente considerando que muitas dessas plataformas utilizam dados para melhorar seus modelos. Assim, isso ajudaria prevenindo o vazamento de material confidencial. “Sem o uso adequado da IA Gen na empresa, os funcionários podem inserir dados sensíveis ou confidenciais, sem ter consciência disso, como informações acerca dos clientes, projetos ou dados financeiros, em sistemas de IA que não dispõem da proteção necessária, expondo as organizações a riscos de violação de privacidade e compliance”, endossou.

    O alinhamento às metas corporativas também é fundamental. “Desse modo, o uso da IA Gen é direcionado para resolver problemas específicos. A empresa pode, por exemplo, utilizar a IA para aumentar a eficiência em tarefas específicas, como atendimento ao cliente, produção de relatórios ou suporte ao desenvolvimento de novos produtos. Sem uma estratégia, os funcionários podem se valer dessa ferramenta de uma maneira dispersa e superficial, sem foco nas prioridades da empresa. Noutra vertente do problema, decisões importantes podem ser tomadas com base em resultados gerados pela IA sem validação adequada, comprometendo a qualidade do trabalho”, destacou.

    Como enfatizado pelo professor, a adoção de uma estratégia organizacional para o uso da IA generativa não só traz benefícios tangíveis em termos de segurança, eficiência e inovação, como igualmente evita riscos associados ao uso desestruturado. “Permitir que os funcionários utilizem IA por conta própria pode comprometer a integridade da informação e a segurança da empresa. Uma abordagem bem pensada, assegura que a IA esteja a serviço dos propósitos organizacionais, protegendo ao mesmo tempo sua reputação e seus ativos”, finalizou.

  • Marcas apostam no rebranding sustentável como estratégia para conquistar novos consumidores

    Marcas apostam no rebranding sustentável como estratégia para conquistar novos consumidores

    As empresas que apostam em sustentabilidade estão descobrindo que o rebranding pode atrair consumidores dispostos a pagar mais por produtos ecologicamente corretos. Porém, em meio às tendências de marca, especialistas alertam: é preciso uma estratégia que vá além de uma simples mudança de embalagem ou logotipo.

    De acordo com uma pesquisa da Capgemini, 79% dos consumidores preferem comprar produtos de marcas com práticas sustentáveis, e 44% afirmam que estariam dispostos a pagar até 20% a mais por esses produtos. Grandes marcas como a Natura e a Danone já perceberam essa mudança de comportamento e têm investido fortemente em práticas sustentáveis que vão além da simples comunicação de marketing, reestruturando seus processos internos.

    Segundo Ana Celina Bueno, especialista em marketing, sócia e fundadora da Acesso Comunicação, a coerência é essencial para que a estratégia funcione. “A empresa que associa sustentabilidade ao seu produto ou serviço precisa integrar esses valores em todas as suas ações. Não basta ter embalagens recicláveis ou usar palavras de impacto. O consumidor está atento e, se perceber que o discurso não condiz com a prática, a confiança se perde”, explica Ana Celina.

    Por onde começar um rebranding sustentável

    O aumento da disposição dos consumidores em pagar mais por produtos verdes se reflete em exemplos como o da L’Oréal, que reformulou suas linhas de produtos de beleza para reduzir a pegada de carbono e promover embalagens recicláveis. A marca viu um aumento na demanda por essas linhas sustentáveis, mostrando que quando a autenticidade está presente, o rebranding se transforma em uma vantagem competitiva.

    Para Rodne Torres, Diretor de Criação da Acesso Comunicação, as novas prioridades dos consumidores refletem essa mudança de mentalidade. “Hoje, o consumidor não vê o preço de um produto sustentável como um gasto, mas como um investimento em um futuro melhor. As marcas que compreendem essa transformação estão um passo à frente no mercado”, comenta Rodne.

    Ele liderou a criação da campanha mais recente do Grupo Marquise. A proposta utiliza a narrativa “O Futuro Começou Ontem” para conectar suas ações passadas, presentes e futuras, destacando o pioneirismo em práticas socioambientais. Em casos de rebranding, o trabalho é ainda mais aprofundado, alterando as estruturas mais básicas da identidade de uma marca para transmitir propósito e confiabilidade.

    Rebranding é sobre identidade e conexão

    Muitas empresas, ao optarem pelo redesenho de suas marcas, cometem o erro de focar apenas em novas cores, logotipos e embalagens com selos ambientais. Embora essas mudanças sejam importantes, elas devem ser acompanhadas de uma comunicação clara e educativa. 

    Um estudo da Harvard Business Review mostra que os consumidores estão mais informados, mas ainda têm dificuldade em entender a real importância de selos como o Fair Trade ou o Rainforest Alliance. Isso destaca a necessidade de educar o público sobre o que cada certificação representa.

    Para as empresas que buscam investir em um rebranding sustentável, o caminho é claro. Transparência, educação e coerência são os pilares que podem transformar uma simples renovação de marca em um impulso de crescimento.

  • Pesquisa com executivos de TI aponta a IA Generativa como um dos principais impulsionadores de investimentos em nuvem

    Pesquisa com executivos de TI aponta a IA Generativa como um dos principais impulsionadores de investimentos em nuvem

    Wipro Limited, empresa de serviços de tecnologia e consultoria, divulgou o Relatório Pulse of Cloud 2024, que destaca a dinâmica evolutiva da adoção de nuvem e Inteligência Artificial em diversos setores do mercado global. O levantamento foi feito com mais de 500 executivos do alto escalão e diretores das áreas de TI, finanças e operações – todos envolvidos na tomada de decisões sobre adoção de nuvem e IA. Suas empresas são de médio e grande porte da América e Europa, e atuam em serviços bancários e financeiros, manufatura, varejo, saúde, energia e serviços públicos

    A pesquisa revela o impacto da IA nos investimentos em nuvem, com mais da metade (54%) das organizações pesquisadas citando essa tecnologia como o principal impulsionador de seus investimentos em nuvem. Além disso, mais da metade dos entrevistados indicam que estão aumentando os investimentos em nuvem híbrida (54%) e pública (56%). E embora a maioria dos entrevistados (55%) diga que sua adoção de nuvem está atualmente superando a adoção de IA, mais de um terço (35%) afirma que estão avançando em ambas as tecnologias simultaneamente.

    Destaques da pesquisa:

    • Investimento em nuvem está aumentando: 54% das organizações planeja aumentar os investimentos em nuvem híbrida e 56% planejam aumentar os investimentos em nuvem pública.
    • Adoção de nuvem continua maior que a adoção de IA: a maioria das organizações (55%) relata que sua adoção de nuvem está à frente de sua adoção de IA, enquanto 35% dizem estar avançando no mesmo ritmo com ambas as tecnologias.
    • IA e IA Generativa estão impulsionando o investimento em nuvem: 54% das organizações citam IA ou IA Generativa como o principal impulsionador do investimento em nuvem, com pico no setor bancário (62%), manufatura (61%) e no varejo (55%).
    • Nuvem híbrida é dominante: 60% das organizações relatam usar nuvem híbrida, refletindo a necessidade de soluções flexíveis que equilibrem serviços locais e de nuvem pública.
    • Foco na gestão de custos da nuvem: 54% dos entrevistados relatam usar análise de utilização e ferramentas de automação para gerenciamento de custos.
    • Interesse em gerenciamento unificado de custos da nuvem está crescendo: 59% das organizações, 75% delas nos setores bancário e financeiro, agora têm uma estratégia unificada, indicando uma abordagem mais madura de gerenciamento de nuvem.

    O relatório também revela o foco crescente na gestão de custos da nuvem, com 54% das organizações utilizando análise de utilização e ferramentas de automação para gestão de custos e 59% agora utilizando uma estratégia unificada de gestão de nuvem.

    A IA e IA Generativa estão firmemente estabelecidas como fator-chave para a nuvem em todos os setores, refletindo sua posição como a plataforma de transformação para viabilizar a inovação futura e a vantagem competitiva. “Essa tendência deve continuar a influenciar fortemente a adoção e as estratégias de investimento em nuvem no próximo ano, à medida que as principais empresas continuam a migrar dados, construir LLMs e adotar ferramentas/aplicativos de IA que exigem uma infraestrutura de nuvem. Ao mesmo tempo, as empresas continuarão a ser pressionadas para manter seus custos de nuvem sob controle”, explica Wagner Jesus, country head da Wipro no Brasil.

    “À medida que as empresas repensam sua infraestrutura para colher os benefícios da IA, elas também estão percebendo um valor crescente na adoção de uma abordagem de economia da nuvem. Nossa pesquisa mostra que, à medida que a migração de dados e a adoção de aplicativos relacionados à IA impulsionam cada vez mais o investimento em nuvem, as estratégias unificadas de gestão de custos também estão crescendo em importância”, conclui Jo Debecker, Managing Partner e Global Head da Wipro FullStride Cloud.

    Acesse o “Relatório Pulse of Cloud 2024” completo.

  • Gartner prevê as 10 principais tendências tecnológicas que serão destaque em 2025

    Gartner prevê as 10 principais tendências tecnológicas que serão destaque em 2025

    Gartner, Inc. anuncia sua lista das 10 principais tendências tecnológicas estratégicas que as empresas devem explorar em 2025.

    “As principais tendências tecnológicas estratégicas do ano abrangem imperativos e riscos da Inteligência Artificial (IA), novas fronteiras da computação e a sinergia entre humanos e máquinas”, diz Gene Alvarez, Vice-Presidente e Analista do Gartner. “Acompanhar essas tendências ajudará os líderes de TI a moldarem o futuro de suas empresas com inovação responsável e ética.”

    As principais tendências tecnológicas estratégicas para 2025 são:

    Agentic AI : Sistemas de Agentic AI (Inteligência Artificial Agêntica) planejam e tomam ações de forma autônoma para atingir objetivos definidos pelos usuários. A Agentic AI oferece a promessa de uma força de trabalho virtual que pode aliviar e potencializar o trabalho humano. O Gartner prevê que, até 2028, pelo menos 15% das decisões diárias de trabalho serão tomadas autonomamente por meio da Agentic AI, em comparação com 0% em 2024. As capacidades orientadas por metas dessa tecnologia entregarão sistemas de software mais adaptáveis, capazes de efetuarem uma ampla variedade de tarefas. A Agentic AI tem o potencial de realizar o desejo dos CIOs (Chief Information Officers) de aumentar a produtividade em toda a empresa. Essa motivação está levando tanto companhias quanto fornecedores a explorarem, inovarem e estabelecerem a tecnologia e as práticas necessárias para entregarem essa inteligência de maneira robusta, segura e confiável.

    Plataformas de Governança de Inteligência Artificial: As plataformas de governança de IA fazem parte do framework em evolução de gestão de confiança, risco e segurança (TRiSM) de Inteligência Artificial do Gartner, que permite às empresas gerenciar o desempenho legal, ético e operacional de seus sistemas de IA. Essas soluções tecnológicas têm a capacidade de criar, gerenciar e aplicar políticas para o uso responsável da Inteligência Artificial, explicar como os sistemas de IA funcionam e fornecer transparência para construir confiança e responsabilidade. O Gartner prevê que, até 2028, as empresas que implementarem plataformas abrangentes de governança de Inteligência Artificial irão experimentar 40% menos incidentes éticos relacionados à IA em comparação com as companhias que não implementarem esses sistemas.

    Segurança contra Desinformação: segurança contra desinformação é uma categoria emergente de tecnologia que sistematicamente discerne a confiança e visa fornecer sistemas metodológicos para garantir integridade, avaliar autenticidade, prevenir falsificações e rastrear a disseminação de informações prejudiciais. Até 2028, o Gartner prevê que 50% das empresas começarão a adotar produtos, serviços ou recursos especificamente projetados para lidar com casos de uso de segurança contra desinformação, em comparação com menos de 5% hoje. A ampla disponibilidade e o estado avançado das ferramentas de Inteligência Artificial e Machine Learning (aprendizado de máquina) sendo utilizadas para fins prejudiciais devem aumentar o número de incidentes de desinformação direcionados às empresas. Se isso não for controlado, a desinformação pode causar danos significativos e duradouros a qualquer companhia.

    Criptografia Pós-Quântica: A criptografia pós-quântica oferece uma proteção de dados que é resistente aos riscos de decodificação da computação quântica. À medida que os desenvolvimentos em computação quântica avançaram nos últimos anos, espera-se que vários tipos de criptografia convencional amplamente utilizados se tornem obsoletos. Não é fácil trocar métodos criptográficos, então as empresas devem se preparar com antecedência para uma proteção robusta de tudo o que for sensível ou confidencial. O Gartner prevê que, até 2029, os avanços na computação quântica tornarão a maioria das criptografias assimétricas convencionais inseguras para uso.

    Inteligência Invisível Ambiental: A inteligência invisível ambiental é viabilizada por etiquetas inteligentes e sensores de baixíssimo custo e de pequeno porte, que proporcionam rastreamento e sensoriamento em larga escala a preços acessíveis. A longo prazo, a inteligência invisível ambiental permitirá uma integração mais profunda de sensoriamento e inteligência no cotidiano. Até 2027, os primeiros exemplos da tecnologia se concentrarão na resolução de problemas imediatos, como verificação de estoque no varejo ou logística de mercadorias perecíveis, ao permitir o rastreamento e a deteção de itens em tempo real de baixo custo para melhorar a visibilidade e eficiência.

    Computação com Eficiência Energética: A TI impacta a sustentabilidade de várias maneiras e, em 2024, a principal consideração para a maioria das organizações de TI é sua pegada de carbono. Aplicações intensivas em computação, como treinamento de Inteligência Artificial, simulação, otimização e renderização de mídia, provavelmente serão os maiores contribuintes para a pegada de carbono das empresas, pois consomem a maior quantidade de energia. Espera-se que, a partir do final da década de 2020, várias novas tecnologias de computação, como ótica, neuromórfica e novos aceleradores, emergirão para tarefas específicas, como IA e otimização, que utilizarão significativamente menos energia.

    Computação Híbrida: Novos paradigmas de computação continuam surgindo, incluindo unidades de processamento central, unidades de processamento gráfico, borda (edge), circuitos integrados de aplicação específica, neuromórfica, e paradigmas de computação quântica clássica e ótica. A computação híbrida combina diferentes mecanismos de computação, armazenamento e rede para resolver problemas computacionais. Esse formato de computação ajuda as empresas a explorar e solucionar problemas, permitindo que tecnologias como a Inteligência Artificial superem os limites tecnológicos atuais. A computação híbrida será usada para criar ambientes de inovação transformadores altamente eficientes, que operam de forma mais eficaz do que os convencionais.

    Computação Espacial: A computação espacial aprimora digitalmente o mundo físico com tecnologias como realidade aumentada e realidade virtual. Este é o próximo nível de interação entre experiências físicas e virtuais. O uso da computação espacial aumentará a eficácia das empresas nos próximos cinco a sete anos, por meio de fluxos de trabalho simplificados e colaboração aprimorada. O Gartner prevê que, até 2033, a computação espacial crescerá para US$ 1,7 trilhões, em comparação com os US$ 110 bilhões registrados em 2023.

    Robôs Polifuncionais: Máquinas polifuncionais têm a capacidade de realizar mais de uma atividade e estão substituindo robôs para tarefas específicas, que são projetados para executar repetidamente uma única iniciativa. A funcionalidade desses novos robôs melhora a eficiência e proporciona um retorno sobre o investimento (ROI) mais rápido. Os robôs polifuncionais são projetados para operar em um mundo com humanos, o que permitirá uma implementação rápida e fácil escalabilidade. O Gartner prevê que, até 2030, 80% dos humanos interagirão com robôs inteligentes diariamente, em comparação com menos de 10% hoje.

    Aprimoramento Neurológico: O aprimoramento neurológico melhora as habilidades cognitivas humanas usando tecnologias que leem e decodificam a atividade cerebral. Esta tecnologia lê o cérebro de uma pessoa usando interfaces cérebro-máquina unidirecionais ou interfaces cérebro-máquina bidirecionais (BBMIs). Isso tem um enorme potencial em três áreas principais: aprimoramento humano, marketing de próxima geração e desempenho. O aprimoramento neurológico melhorará as habilidades cognitivas, permitirá que as marcas saibam o que os consumidores estão pensando e sentindo, e aumentará as capacidades neurais humanas para otimizar os resultados. O Gartner prevê que, até 2030, 30% dos trabalhadores do conhecimento serão aprimorados e dependentes de tecnologias como BBMIs (financiadas tanto por empregadores quanto por eles mesmos) para se manterem relevantes com o aumento da Inteligência Artificial no local de trabalho, em comparação com menos de 1% em 2024.

    As principais tendências tecnológicas estratégicas de 2025 destacam aquelas que causarão uma disrupção significativa e criarão oportunidades para CIOs e outros líderes de TI nos próximos 10 anos. Clientes do Gartner podem ler mais no Relatório Especial “Top Strategic Technology Trends for 2025.”

  • 3 tendências da Salesforce para os negócios

    3 tendências da Salesforce para os negócios

    A Salesforce, reconhecida globalmente por suas soluções de CRM e inovação tecnológica, continua a liderar o mercado com o desenvolvimento de ferramentas que transformam a forma como as empresas se conectam com seus clientes e operam no ambiente digital. As tendências apresentadas pela companhia acabam moldando o futuro corporativo e orientando as estratégias de negócios em diversos setores. 

    Por isso, a SysMap Solutions, empresa especialista em CRM e focada em aceleração digital, elencou 3 tendências da Salesforce que irão guiar o futuro dos negócios. A companhia recentemente elevou seu status de parceiro para o nível CREST, um reconhecimento que atesta a excelência e o comprometimento que a empresa tem com os projetos de Salesforce. 

    “A transformação digital deixou de ser uma vantagem competitiva e passou a ser uma necessidade para negócios que desejam prosperar. Na SysMap, trabalhamos lado a lado com a Salesforce para entregar soluções que além de automatizar processos, promovem uma visão completa e integrada do cliente, mantendo sempre a inovação e a segurança como pilares fundamentais”, afirma Daves Souza, CEO da SysMap Solutions. 

    Essas são as 3 tendências que, segundo Souza, as empresas devem colocar no radar para otimizar suas operações: 

    A revolução da Inteligência Artificial no atendimento ao cliente: com o lançamento do Agentforce, representando a terceira onda de IA, a Salesforce oferece um novo nível de sofisticação aos copilotos e chatbots. A IA atuará de forma autônoma com capacidade de modificar dinamicamente processos, acessando informações relevantes quando necessário, elaborando estratégias personalizadas e implementando-as de forma independente e segura. As equipes poderão escalar suas operações com agentes inteligentes altamente precisos, dimensionando a força de trabalho com apenas alguns cliques. A ferramenta permitirá que qualquer empresa construa agentes de IA personalizados e adaptáveis a qualquer necessidade e setor, delegando ao Agentforce a análise de dados, a tomada de decisões e a execução de tarefas diversas, desde o atendimento ao cliente até a otimização de campanhas. A Salesforce enfatizou em seu evento recente, o Dreamforce, que a aplicação estratégica da IA deve ter foco em uma abordagem mais centrada no cliente, com serviços mais rápidos e direcionados. O futuro do trabalho cria uma sinergia perfeita entre humanos e máquinas, onde os agentes virtuais fornecem as informações necessárias para que os agentes humanos possam oferecer um atendimento hiperpersonalizado e de altíssima qualidade.

    Compromisso com ESG (Ambiental, Social e Governança): a sustentabilidade e a responsabilidade social se consolidaram como pilares fundamentais para o sucesso empresarial. O ESG tem sido uma das principais áreas de debate estimuladas pela Salesforce, com empresas discutindo como alinhar suas estratégias de negócio a práticas sustentáveis, visando tanto o crescimento econômico quanto o impacto positivo no meio ambiente e na sociedade. O ponto-chave é definir o papel da tecnologia no ESG e como executar uma transformação digital alinhada a esses princípios. A governança corporativa também merece atenção em termos de garantir transparência e responsabilidade em suas operações. 

    Aceleração da Transformação Digital nas empresas: a integração de novas tecnologias, como IA, automação e análise de dados, está no centro da transformação digital. Elas estão remodelando processos de negócios, impulsionando a eficiência e criando novas oportunidades. A Salesforce tem destacado que essa evolução não se trata apenas de adotar novas ferramentas, mas de uma reestruturação mais ampla da cultura organizacional. As empresas que conseguirem alinhar suas equipes e operações com essa nova realidade digital estarão melhor posicionadas e sustentarão o crescimento a longo prazo. 

    Essas tendências indicam que adaptar-se rapidamente possibilitará fortalecer as operações e aumentar a eficiência, compreendendo profundamente o comportamento dos clientes e implementando ações direcionadas com base em dados reais. “Otimizar o relacionamento com os consumidores e incorporar práticas de ESG também melhora a percepção da marca e atrai clientes mais conscientes. Essas tendências trazem a oportunidade para as empresas redefinirem suas ofertas e conquistarem novas vantagens competitivas. Como elas impactarão os negócios como um todo, em todos os setores, é importante se preparar desde já para adotá-las de forma estratégica e eficiente”, finaliza Daves. 

  • Três tendências de cibersegurança para 2025

    Três tendências de cibersegurança para 2025

    O futuro da cibersegurança será marcado pela proatividade e pela necessidade de antecipar as ameaças, em vez de apenas reagir a elas. Com novos perigos surgindo diariamente, o que está em jogo não é apenas a proteção de dados, mas a sobrevivência de negócios inteiros. Essa é a conclusão do especialista em cibersegurança da dataRain, Leonardo Baiardi, que aponta as três principais tendências em cibersegurança para 2025: integração de IA, segurança em nuvem e cibersegurança como commodity. 

    Para o especialista, estas são apenas algumas das facetas de um cenário em rápida transformação. “As empresas que se anteciparem a essas tendências estarão em melhor posição para enfrentar os desafios do futuro, pois 2025 será um ano de grandes mudanças e a cibersegurança precisa estar no centro das prioridades de qualquer organização que queira sobreviver no ambiente digital”.

    A mensagem de Baiardi é clara: proteger-se no mundo digital tem ficado cada vez mais complexo, e as empresas que não acompanharem as tendências correm risco de ficar para trás. “Vivemos uma evolução das discussões já saturadas de 2024, que agora ganham uma nova profundidade, exigindo uma postura mais ativa das empresas.”

    Integração de IA

    A inteligência artificial já deixou de ser uma promessa distante e está cada vez mais presente nas soluções de cibersegurança. Para Baiardi, o grande salto em 2025 será a mudança de foco de um modelo reativo para um preventivo. “Não se trata mais de simplesmente detectar e responder a ataques. Ciberataques hoje em dia têm tido sofisticação cada vez maior. Existem muitas vulnerabilidades de dia zero – aquelas que não seriam detectadas em um sistema “protegido” –  a serem descobertas e que causarão grande disrupção. Por isso a caixa de ferramentas dos respondentes também precisa ficar mais potente, e a integração de IA ajuda bastante nisso.”

    Um exemplo prático é a integração de IA em firewalls, que hoje já permite otimizações automáticas baseadas em linguagem natural, além de sugestões de novas regras de segurança com base nos logs gerados pela própria ferramenta. Baiardi ressalta que a integração de aprendizado de máquina nas soluções de segurança pode identificar anomalias e ataques de “dia zero”, que são conhecidos por serem devastadores e imprevisíveis. “Esses ataques costumam ser silenciosos, e dependendo do grupo por trás que o executa, a intenção pode ser variada, como extorsão, ciberguerra, espionagem industrial ou até mesmo entre nações. Entre 2021 e 2024 tivemos literalmente milhões de casos onde o dano chega a ser irreversível. Com ferramentas que integram IA, hoje em dia é possível ter uma chance maior de mitigar a ameaça antes que o pior aconteça”, explica.

    Segurança em Nuvem

    A popularização da nuvem pública e das soluções SaaS (Software as a Service) exige uma adaptação na estratégia de defesa cibernética. “Mesmo empresas que não utilizam infraestrutura de nuvem pública diretamente, estão, de alguma forma, dependentes de softwares baseados nela. Esse tipo de situação abre margem para um ataque chamado “Supply-chain attack” (ataque à cadeia de suprimentos), onde a segurança acaba sendo terceirizada, pois depende totalmente da empresa que fornece o SaaS. Portanto, a nuvem, além de suas inegáveis vantagens, traz também desafios significativos, como a necessidade de camadas adicionais de segurança e a adaptação de novas estratégias de governança”.

    Baiardi enfatiza que a proteção desses ambientes deve ser uma prioridade para qualquer negócio que opere digitalmente. “A adoção do uso de plataformas de proteção de aplicativos nativos da nuvem (CNAPP) já é e continuará sendo fundamental para garantir a segurança em ambientes multicloud”, diz ele. A necessidade de monitoramento constante e automação de processos de segurança é ainda mais crítica para equipes menores ou menos especializadas. “Não é mais possível ignorar essa tendência. A nuvem veio para ficar, mas é preciso saber protegê-la adequadamente.”

    Cibersegurança como Commodity

    Outra tendência que deve se intensificar em 2025 é a percepção da cibersegurança como uma commodity. Isso significa que, para muitas empresas, os serviços gerenciados de segurança cibernética têm se tornado produtos padronizados, oferecidos em catálogos de opções semelhantes, como por exemplo a oferta de SOC (Security Operations Center). “Estamos vendo um mercado cada vez mais competitivo, onde a diferença entre as ofertas é mínima. Possivelmente, veremos cenários onde o que vai determinar a escolha será muitas vezes o preço, e não necessariamente o escopo de serviços. Vemos uma escassez de profissionais qualificados disponíveis no mercado, precisamos investir na capacitação das equipes. Precisamos também de ofertas diferenciadas por sua inovação e eficiência.”

    O especialista alerta que é preciso cautela na escolha de fornecedores de serviços de segurança, e aponta os riscos de optar por soluções não personalizadas. “Escolher a solução mais barata pode parecer atraente, mas pode não garantir a proteção adequada. Cada negócio precisa avaliar suas necessidades específicas e buscar parceiros que ofereçam a melhor combinação de preço e segurança.”

    Por fim, além dessas três grandes tendências, Baiardi destaca um ponto que muitas vezes é negligenciado: o papel do ser humano na segurança cibernética. “Não podemos esquecer que o elo mais fraco continua sendo o usuário”, alerta. 

    Para ele, em meio à evolução tecnológica, capacitar funcionários e educá-los sobre práticas seguras continua sendo um dos investimentos mais importantes que as empresas podem fazer. “Treinamentos regulares, simulações de phishing e a criação de uma cultura interna de cibersegurança são essenciais”, conclui.