Category: Tendência

  • Como os millennials estão moldando a agenda ESG nas corporações

    Como os millennials estão moldando a agenda ESG nas corporações

    Os princípios ESG, ou seja, as práticas ambientais, sociais e de governança desenvolvidas pelas empresas tem uma importância cada vez maior entre investidores, consumidores, comunidades e o poder público. Isso porque a necessidade de conservação ambiental, boa governança e responsabilidade social favorecem uma sociedade mais justa e equilibrada. 

    O número de empresas brasileiras que têm adotado esses princípios, ou pelo menos declaram ser adeptas, vem crescendo nos últimos anos. O levantamento Panorama ESG Brasil 2023 examinou a adoção de práticas ESG no mercado brasileiro. Um dos destaques mostra por que as empresas aderem aos pilares ESG: para 61% dos entrevistados, as práticas têm o objetivo de fortalecer a reputação da marca no mercado e apenas 40% afirmaram que o ESG tem a finalidade de reduzir os riscos ambientais, sociais e de governança. 

    Examinar os negócios quanto à sustentabilidade e boas práticas sociais e de governança é uma tendência, principalmente entre os mais jovens. Nesse sentido, mais de 60% dos millennials – aqueles nascidos entre os anos 1981 até 1996 –  afirmam que se sentiriam mais inspirados em uma empresa que tenha uma boa política de ESG, assim como são mais fiéis a essas empresas. É o que mostra uma pesquisa organizada pela consultoria Korn Ferry sobre o futuro do Trabalho.

    Isso porque as gerações de consumidores mais jovens observam todos os processos das marcas até que o produto chegue em mãos, considerando o impacto social e ambiental para escolher um produto ou empresa. O mesmo ocorre no momento de escolher trabalhar em determinada companhia.

    Para Andrea Moreira, CEO da Yabá Consultoria, que atua na área de Gestão Sustentável e Engajamento Social, conquistar, engajar e aprender a trabalhar com os millennials é um desafio e uma oportunidade que contribui para potencializar o propósito das empresas, revisitar e simplificar o jeito de trabalhar, rumo ao desenvolvimento.

    Para além disso, a geração representa desafios para a maioria das lideranças empresariais, pois os funcionários estão, cada vez mais, buscando empresas flexíveis e que, ao mesmo tempo, tenham uma estrutura organizacional que valoriza o social e preza pela boa governança. Isso significa que é essencial as companhias terem condutas éticas, transparentes e responsabilidade com toda a cadeia produtiva. 

    ESG e a troca entre diferentes gerações

    O ‘S’, de ESG, diz respeito à diversidade social, incluindo iniciativas que eliminem preconceitos. Logo, a relação intergeracional, que é a troca entre gerações, dentro das empresas traz benefícios tanto para os profissionais mais experientes quanto aos millenials.

    “A questão do etarismo é urgente na sociedade e nas empresas. É uma pauta estratégica, pois, no anseio de manter as marcas jovens ou até mesmo pelas questões de inovação, as pessoas acima de 50 anos são, muitas vezes, desconsideradas em processos seletivos. Por outro lado, as empresas também perdem com a completa “juniorização” da equipe. Quando as empresas não valorizam a integração intergeracional há de fato perdas internas significativas e que impactam o público externo também”, avalia Andrea.

    Cada geração tem uma visão diferente sobre vários aspectos e, obviamente, tais vivências impactam em como esses profissionais aderem e valorizam a cultura adotada pelas empresas.

    Diferentes visões são fundamentais para a expansão da organização e da sociedade. Conhecer as tradições e receber as novas ideias é importante para as empresas, já que o futuro é resultado de como as diferenças dialogam e caminham juntas.

  • Top 10: cursos tech mais buscados pelas empresas em 2024

    Top 10: cursos tech mais buscados pelas empresas em 2024

    A transformação digital chegou a todos os setores, e empresas de diferentes portes podem se beneficiar ao buscarem a capacitação tecnológica como forma de empoderar seus colaboradores. A ideia vai além de simplesmente suprir a demanda por habilidades técnicas, mas fornecer o conhecimento necessário para que os profissionais possam automatizar tarefas, otimizar processos e ganhar autonomia ao utilizar a tecnologia a seu favor.

    Segundo a pesquisa Educação Tech & Eficiência Operacional das Empresas, realizada pela Alura Para Empresas em parceria com a FIAP, as companhias que investem em ações de treinamento tech observam melhorias em diversos indicadores relacionados à performance das pessoas colaboradoras, como o aumento de produtividade (64%) e engajamento (45%). 

    Nesse cenário de constante transformação, a escola apurou quais foram os 10 cursos de tecnologia mais procurados em sua plataforma no primeiro semestre de 2024, revelando as áreas que receberam maior investimento em capacitação, com um panorama das habilidades mais relevantes para o mercado neste ano.

    Confira o ranking completo: 

    • Lógica de programação: mergulhe em programação com JavaScript
    • Git e GitHub: compartilhando e colaborando em projetos
    • Power BI Desktop: construindo meu primeiro dashboard
    • Python: crie a sua primeira aplicação
    • Excel: domine o editor de planilhas
    • HTML e CSS: ambientes de desenvolvimento, estrutura de arquivos e tags
    • Scrum: agilidade em seu projeto
    • Docker: criando e gerenciando containers
    • Lógica de programação: explore funções e listas
    • Python para Data Science: primeiros passos

    O levantamento mostra uma mudança relevante nos interesses das empresas em relação ao ano anterior. Observa-se maior diversificação nas demandas, com destaque para o crescente impulso em áreas como Business Intelligence, com o curso de Power BI, e Ciência de Dados, representada pela busca por “Python para Data Science”.

    Para Tavane Gurdos, diretora geral da Alura Para Empresas, o ranking ressalta que há uma forte mobilização no mercado em promover a inteligência de dados nos negócios. “Ferramentas como JavaScript, Python, Power BI e Excel abrem caminhos para que as companhias criem soluções inovadoras, otimizem processos e tomem decisões estratégicas dentro de um vasto ecossistema digital”, diz.

    Desenvolvimento em tecnologia
    O estudo da Alura Para Empresas com a FIAP também revela que 60% das organizações pesquisadas avaliam que seus clientes ou usuários conseguiram perceber – de forma direta ou indireta – os impactos positivos dos investimentos em treinamentos tech. De acordo com Tavane, esse número e o próprio ranking da escola indicam que muitas companhias já entenderam que precisam se adaptar à realidade dinâmica do mercado para se manterem competitivas e reterem talentos. 

    Dentro do contexto atual, o aprendizado contínuo (lifelong learning) permite que os profissionais e empresas se desenvolvam no ritmo acelerado das inovações”, afirma a especialista. “Não existem mais carreiras em tecnologia, mas sim tecnologia em todas as carreiras. Portanto, a área de TI continua um pilar estratégico, mas a democratização e o empoderamento no uso das ferramentas tecnológicas é crucial para o sucesso no mundo digital”, conclui.

  • Top 10: cursos tech mais buscados pelas empresas em 2024

    Top 10: cursos tech mais buscados pelas empresas em 2024

    A transformação digital chegou a todos os setores, e empresas de diferentes portes podem se beneficiar ao buscarem a capacitação tecnológica como forma de empoderar seus colaboradores. A ideia vai além de simplesmente suprir a demanda por habilidades técnicas, mas fornecer o conhecimento necessário para que os profissionais possam automatizar tarefas, otimizar processos e ganhar autonomia ao utilizar a tecnologia a seu favor.

    Segundo a pesquisa Educação Tech & Eficiência Operacional das Empresas, realizada pela Alura Para Empresas em parceria com a FIAP, as companhias que investem em ações de treinamento tech observam melhorias em diversos indicadores relacionados à performance das pessoas colaboradoras, como o aumento de produtividade (64%) e engajamento (45%). 

    Nesse cenário de constante transformação, a escola apurou quais foram os 10 cursos de tecnologia mais procurados em sua plataforma no primeiro semestre de 2024, revelando as áreas que receberam maior investimento em capacitação, com um panorama das habilidades mais relevantes para o mercado neste ano.

    Confira o ranking completo: 

    • Lógica de programação: mergulhe em programação com JavaScript
    • Git e GitHub: compartilhando e colaborando em projetos
    • Power BI Desktop: construindo meu primeiro dashboard
    • Python: crie a sua primeira aplicação
    • Excel: domine o editor de planilhas
    • HTML e CSS: ambientes de desenvolvimento, estrutura de arquivos e tags
    • Scrum: agilidade em seu projeto
    • Docker: criando e gerenciando containers
    • Lógica de programação: explore funções e listas
    • Python para Data Science: primeiros passos

    O levantamento mostra uma mudança relevante nos interesses das empresas em relação ao ano anterior. Observa-se maior diversificação nas demandas, com destaque para o crescente impulso em áreas como Business Intelligence, com o curso de Power BI, e Ciência de Dados, representada pela busca por “Python para Data Science”.

    Para Tavane Gurdos, diretora geral da Alura Para Empresas, o ranking ressalta que há uma forte mobilização no mercado em promover a inteligência de dados nos negócios. “Ferramentas como JavaScript, Python, Power BI e Excel abrem caminhos para que as companhias criem soluções inovadoras, otimizem processos e tomem decisões estratégicas dentro de um vasto ecossistema digital”, diz.

    Desenvolvimento em tecnologia
    O estudo da Alura Para Empresas com a FIAP também revela que 60% das organizações pesquisadas avaliam que seus clientes ou usuários conseguiram perceber – de forma direta ou indireta – os impactos positivos dos investimentos em treinamentos tech. De acordo com Tavane, esse número e o próprio ranking da escola indicam que muitas companhias já entenderam que precisam se adaptar à realidade dinâmica do mercado para se manterem competitivas e reterem talentos. 

    Dentro do contexto atual, o aprendizado contínuo (lifelong learning) permite que os profissionais e empresas se desenvolvam no ritmo acelerado das inovações”, afirma a especialista. “Não existem mais carreiras em tecnologia, mas sim tecnologia em todas as carreiras. Portanto, a área de TI continua um pilar estratégico, mas a democratização e o empoderamento no uso das ferramentas tecnológicas é crucial para o sucesso no mundo digital”, conclui.

  • Google volta atrás e mantém cookies de terceiros, trazendo alívio e frustração ao mercado publicitário

    Google volta atrás e mantém cookies de terceiros, trazendo alívio e frustração ao mercado publicitário

    Em uma reviravolta surpreendente, o Google anunciou no dia 22 de julho que não irá mais desativar os cookies de terceiros do Chrome, contrariando sua própria decisão divulgada repetidamente desde 2019. A mudança de posicionamento ocorre após anos de pressão do mercado publicitário, que temia o impacto negativo do fim dos cookies no sucesso das campanhas e na receita de milhões de empresas.

    Rafael Ataide, diretor de Data & Tech da agência full service Adtail, afirma que a reação ao anúncio tem sido um mix de sentimentos. “Há um certo alívio, já que muitos profissionais de marketing dependem dos cookies de terceiros para segmentação e eficácia de suas campanhas. Mas há também um sentimento de frustração, pois é um retrocesso nas iniciativas de proteção de dados”, declara.

    O Google planeja agora permitir que os rastreadores continuem em uso, prometendo desenvolver uma solução para o usuário decidir como será sua navegação, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil.

    Paralelamente, a bigtech segue com seu projeto Privacy Sandbox, uma iniciativa alternativa aos cookies que visa veicular anúncios programáticos sem revelar dados individuais. Apesar das críticas e desafios enfrentados, o projeto continua em fase de testes e busca aderência do mercado.

    Mesmo com a manutenção dos cookies, Rafael Ataide destaca que as estratégias e aprendizados desenvolvidos nos últimos anos para contornar um futuro sem eles ainda podem ser úteis. “Iniciativas de coleta de dados primários, fortalecimento do marketing orgânico e a necessidade de estratégias de marketing centradas no usuário continuarão em alta”, aponta.

    O diretor da Adtail ressalta que a privacidade de dados continua sendo um tema essencial para o marketing e a publicidade, e os profissionais da área devem se manter atentos. “Precisamos estar à frente das iniciativas que buscam o equilíbrio entre a proteção de dados e a viabilidade econômica das empresas. Mesmo com os cookies de terceiros ainda presentes, essa é uma jornada que não acaba aqui”, conclui.

  • Google volta atrás e mantém cookies de terceiros, trazendo alívio e frustração ao mercado publicitário

    Google volta atrás e mantém cookies de terceiros, trazendo alívio e frustração ao mercado publicitário

    Em uma reviravolta surpreendente, o Google anunciou no dia 22 de julho que não irá mais desativar os cookies de terceiros do Chrome, contrariando sua própria decisão divulgada repetidamente desde 2019. A mudança de posicionamento ocorre após anos de pressão do mercado publicitário, que temia o impacto negativo do fim dos cookies no sucesso das campanhas e na receita de milhões de empresas.

    Rafael Ataide, diretor de Data & Tech da agência full service Adtail, afirma que a reação ao anúncio tem sido um mix de sentimentos. “Há um certo alívio, já que muitos profissionais de marketing dependem dos cookies de terceiros para segmentação e eficácia de suas campanhas. Mas há também um sentimento de frustração, pois é um retrocesso nas iniciativas de proteção de dados”, declara.

    O Google planeja agora permitir que os rastreadores continuem em uso, prometendo desenvolver uma solução para o usuário decidir como será sua navegação, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil.

    Paralelamente, a bigtech segue com seu projeto Privacy Sandbox, uma iniciativa alternativa aos cookies que visa veicular anúncios programáticos sem revelar dados individuais. Apesar das críticas e desafios enfrentados, o projeto continua em fase de testes e busca aderência do mercado.

    Mesmo com a manutenção dos cookies, Rafael Ataide destaca que as estratégias e aprendizados desenvolvidos nos últimos anos para contornar um futuro sem eles ainda podem ser úteis. “Iniciativas de coleta de dados primários, fortalecimento do marketing orgânico e a necessidade de estratégias de marketing centradas no usuário continuarão em alta”, aponta.

    O diretor da Adtail ressalta que a privacidade de dados continua sendo um tema essencial para o marketing e a publicidade, e os profissionais da área devem se manter atentos. “Precisamos estar à frente das iniciativas que buscam o equilíbrio entre a proteção de dados e a viabilidade econômica das empresas. Mesmo com os cookies de terceiros ainda presentes, essa é uma jornada que não acaba aqui”, conclui.

  • Private equity: setor atinge estabilidade, mas volume de dry powder ainda é significativo

    Private equity: setor atinge estabilidade, mas volume de dry powder ainda é significativo

    O declínio vertiginoso no volume de deals ao longo dos últimos dois anos estabilizou no início de 2024 e os fundos de buyouts parecem caminhar para terminar o ano de forma estável em relação a 2023. Por outro lado, a maioria dos fundos ainda patina para levantar novo capital, indica o mais recente relatório global de Private Equity da Bain & Company. 

    Apesar de 2024 apresentar deals com valores próximos aos dos anos pré-pandemia, o volume de dry powder acumulado atualmente segue muito acima dos padrões históricos. Os valores de deals neste ano devem corresponder aproximadamente ao total de 2018, mas o volume de dry powder disponível corresponde a mais de 150% do que havia naquela época. 

    A Bain & Company entrevistou mais de 1.400 players do mercado para saber quando eles esperavam que a atividade se recuperasse. Cerca de 30% disseram que não veem sinais de recuperação até o quarto trimestre e 38% previram que isso levaria até 2025 ou mais. No entanto, discussões informais da consultoria com general partners (GP) em todo o mundo sugerem que os canais de negociação já começam a ser restabelecidos e muitos vêem indícios de recuperação no setor.

    “A indústria de PE parece já ter passado de seu pior momento. É esperado que o volume de transações de 2024 seja equivalente ou superior ao de 2023 e temos um montante significativo de dry powder disponível. O desafio agora é obter mais saídas para que os investidores voltem a se capitalizar e participar de novos fundos, o que vem ocorrendo de forma limitada em razão dos baixos valores distribuídos para capital realizado (DPI). Encontrar maneiras de gerar DPI estrategicamente em todo o portfólio está se tornando um ponto de diferenciação competitiva”, esclarece Gustavo Camargo, sócio e líder da prática de Private Equity da Bain na América do Sul.

    Investimentos

    A Bain projeta que o valor global de deals deva fechar o ano em US$ 521 bilhões, um aumento de 18% em relação aos US$ 442 bilhões registrados em 2023. No entanto, o ganho é atribuível a um valor médio de negócio mais alto (que passou de US$ 758 milhões para US$ 916 milhões), e não a mais negócios. Até 15 de maio, o volume de deals caiu globalmente 4% em uma base anualizada em comparação com 2023. O mercado ainda está se habituando ao fato de que as taxas de juro podem permanecer mais elevadas durante mais tempo e que as avaliações obtidas num ambiente fiscal muito mais favorável terão, em última análise, de ser ajustadas.

    Saídas

    A pressão sobre as saídas é ainda maior. O número total de saídas apoiadas por aquisições está essencialmente estável numa base anualizada, enquanto o valor de saídas tende a terminar em US$ 361 bilhões, um aumento de 17% em relação ao total de 2023. Um dado positivo, mas que ainda assim posiciona 2024 como o segundo pior ano em valor de saída desde 2016.

    Um ponto de otimismo é a reabertura do mercado de ofertas públicas iniciais (IPOs), desencadeada pelo aumento das ações nos últimos seis meses, mas a  desaceleração geral das saídas está tornando a vida dos GPs mais complicada. Uma análise da série de fundos das 25 maiores companhias de aquisição mostra que o número de empresas nas carteiras duplicou na última década, enquanto as altas taxas de juros aumentaram os riscos de manter um ativo por mais tempo. 

    Cada dia de espera leva a questionamentos importantes: vale a pena correr o risco de alienar os LPs, que estão cada vez mais ávidos por distribuições, em busca do próximo aumento de múltiplos? Como isso pode afetar o relacionamento e a capacidade de arrecadar o próximo fundo?

    Captação de recursos

    Para a indústria em geral, e especialmente na área de aquisições, o número de fundos fechados continua a cair vertiginosamente à medida que os LPs concentram novos compromissos numa faixa cada vez menor de gestores de fundos. Nas aquisições, os 10 maiores fundos fechados absorveram 64% do capital total levantado, e o maior deles (o fundo EQT X de US$ 24 bilhões) respondeu por 12% desse total. Hoje, pelo menos um em cada cinco fundos de aquisição está fechando abaixo da sua meta e é comum que os fundos não cumpram esses objetivos em mais de 20%.

    Além disso, a captação de recursos não se recupera imediatamente quando as saídas e as distribuições melhoram. Normalmente são necessários 12 meses ou mais para que um aumento nas saídas produza uma reviravolta nos totais de captação de fundos. Isso significa que, mesmo que as negociações sejam retomadas este ano, poderá demorar até 2026 para que este setor realmente melhore.

    Para se adaptar ao ambiente atual, a Bain & Company recomenda quatro passos que vão ajudar a compreender como os LPs realmente veem o seu fundo e traduzir esses insights em desempenho mais forte e posicionamento de mercado mais competitivo.

    Avaliação: identificar de forma clara como o fundo se apresenta ao mercado ‒ não o que os LPs dizem e sim o que eles realmente pensam. Para entender o que precisa ser ajustado, é imprescindível obter insights precisos sobre o que realmente importa aos investidores estratégicos na escolha de um fundo.

    Portfólio: analisar onde está o valor dentro do seu portfólio e avaliar como ações individuais se somam ‒ e se o conjunto está atendendo às métricas específicas que os LPs valorizam. Também é fundamental implementar a governança correta para tomar decisões em relação ao momento de saída ou à alocação de recursos.

    Criação de valor: para o bem ou para o mal, a expansão dos múltiplos tem sido um fator-chave do desempenho há anos. Contudo, em um ambiente de taxas elevadas, o foco se torna a margem de lucro e o crescimento de receita. Recursos para impulsionar o desempenho, o acompanhamento eficaz do portfólio e a governança também são críticos para a criação de valor de forma holística e tomar decisões que equilibrem os melhores interesses da empresa como um todo.

    Relação com investidores: desenvolver os movimentos comerciais certos para vender a sua narrativa. Isso significa segmentar o mercado por “cliente”, determinar níveis de compromisso e conceber estratégias direcionadas. Uma boa taxa de renovação é de cerca de 75%, portanto, mesmo para os principais fundos, há quase sempre uma lacuna a preencher e a necessidade de conquistar novos LPs. 

    A prioridade no mercado atual é demonstrar aos LPs que a sua companhia é uma administradora responsável, com um plano disciplinado e racional para gerar retornos e distribuir capital no prazo. Não há porque esperar que o mercado fique mais fácil com a volta do capital privado. A captação do próximo fundo depende de um plano para se tornar mais competitivo e provar isso aos investidores agora.

  • Especialista Destaca Três Tendências em Publicidade que Devem Crescer no Brasil em 2024

    Especialista Destaca Três Tendências em Publicidade que Devem Crescer no Brasil em 2024

    O mercado publicitário brasileiro está em plena expansão, com um cenário mais otimista do que nunca. Segundo um relatório da Dentsu, o setor deve crescer 5% até o final do ano, atingindo US$754,4 bilhões globalmente, impulsionado pelo segmento digital que deve capturar 59,6% dos gastos. No Brasil, a expansão do online deve chegar a 8,1% em 2024, graças a movimentos importantes do mercado.

    Alessandra Bottini, CEO da 270B no Brasil, agência full service com expertise em soluções criativas e inovadoras, destaca que este panorama favorável abre espaço para a adoção de novas estratégias publicitárias, especialmente aquelas já testadas com sucesso nos Estados Unidos.

    Marketing de Influência

    Uma das principais tendências é o marketing de influência, com foco em micro e nano-influenciadores. Alessandra acredita que o prestígio desses influenciadores, aliado ao uso de vídeos curtos e conteúdos interativos em plataformas como TikTok e Instagram Reels, pode fortalecer a conexão entre o público e as marcas. “Essa vertente autêntica e próxima conquista a confiança e a atenção dos consumidores, tornando-se um canal crucial para as marcas”, afirma.

    Personalização

    Outra tendência é a personalização avançada dos conteúdos, impulsionada pelo uso crescente da inteligência artificial nas campanhas. A coleta e análise de dados permitem a criação de experiências segmentadas e mais assertivas para os clientes. “A inteligência artificial tem o potencial de transformar profundamente as estratégias de marketing, desde a segmentação de públicos e personalização de conteúdo, até a automação de campanhas e análise de dados em tempo real”, explica Alessandra.

    Sustentabilidade

    A crescente preocupação com sustentabilidade e responsabilidade social também deve influenciar os projetos de marcas no país. Alessandra observa que os consumidores estão se tornando mais exigentes e conscientes, demandando mais transparência e autenticidade das marcas. “As empresas que abraçarem essa causa serão recompensadas”, destaca.

    Desafios do Semestre

    Apesar do cenário promissor, Alessandra alerta que a simples aplicação de estratégias bem-sucedidas no exterior não é suficiente. O Brasil possui diferenças culturais significativas em relação aos EUA, o que exige adaptações. “O mercado americano tende a ser mais orientado por dados e tecnologia, com campanhas altamente segmentadas e personalizadas. Já no Brasil, há um foco maior na criatividade, na emoção e na conexão pessoal”, explica.

    Outro desafio é a infraestrutura tecnológica, que pode limitar a implementação de soluções avançadas no Brasil. “Melhorias no acesso à internet de alta velocidade e a adoção de ferramentas avançadas de análise de dados são essenciais. Além disso, é necessário um investimento significativo em treinamento e capacitação”, pontua Alessandra.

    Apesar dos desafios, Alessandra Bottini reforça que o Brasil possui enormes oportunidades. “A diversidade cultural e a criatividade do publicitário brasileiro são ativos inestimáveis e únicos globalmente. Combinados com práticas modernas e tecnologias recentes, a criação publicitária tem tudo para alcançar novos patamares já neste segundo semestre”, conclui.

  • Tecnologia inteligente: como a IA está transformando o atendimento ao cliente

    Tecnologia inteligente: como a IA está transformando o atendimento ao cliente

    O Relatório de Benchmark 2024 para Gerenciamento de Serviços – Freshservice, criado pela desenvolvedora Freshworks da Índia, é lançado no Brasil pelo hub de tecnologia Nortrez, parceira estratégica da marca indiana na América Latina.  Segundo os dados levantados, a implementação de automação no processo de atendimento ao cliente resultou em um aumento significativo na resolução no primeiro contato, com um crescimento de 77%. Além disso, as organizações que adotaram essas automações registraram uma redução média de 26,63% no tempo de resolução dos tickets, demonstrando o impacto positivo dessas soluções na eficiência operacional.

    O estudo analisou dados de mais de 9,4 mil organizações de 14 ramos distintos, contemplando representantes de mais de 100 países. Ao todo, mais de 167 milhões de tickets de TI foram analisados. O principal objetivo deste relatório é estabelecer um índice de referência para os Key Performance Indicators (KPIs), incentivando as organizações a medirem seu desempenho de maneira eficaz. Através deste processo, os líderes de tecnologia estão preparados para adotar soluções rápidas, robustas e que agregam valor comprovado ao negócio.

    “O principal objetivo do relatório é fornecer insights valiosos para os líderes de tecnologia, permitindo que eles adotem soluções rápidas, robustas e que agreguem valor comprovado ao negócio”, explica Eric Dantas, especialista em presales na Nortrez. “Com base em informações concretas, os profissionais poderão identificar tendências, desafios e oportunidades, alinhando suas estratégias com as melhores práticas do mercado.”

    A pesquisa abordou diversos aspectos do gerenciamento de serviços, como a inclusão dos indicadores estratégicos para 2024, fornecendo uma visão detalhada para orientar o planejamento e as operações das equipes de suporte. Além disso, o relatório permite a comparação de resultados e a identificação de oportunidades de melhoria.

    Destacam-se no estudo a análise dos canais de atendimento e o impacto da inteligência artificial generativa no Information Technology Service Management (ITSM). “Com a crescente adoção de soluções de autoatendimento e o suporte omnichannel, a qualidade no atendimento ao cliente tornaram-se aspectos fundamentais para as equipes de inovação. Nesse contexto, a IA tem se mostrado uma ferramenta poderosa na gestão de serviços”, ressalta Dantas.

    Outro ponto relevante identificado foi o potencial da inteligência artificial na melhoria do suporte de TI. As organizações que utilizam essa tecnologia observaram uma deflação média de 53% nos tickets de suporte, além de um aumento de 34,58% na rapidez da resolução dos incidentes. “A IA generativa é uma aliada poderosa e permite a automação de tarefas repetitivas, levando a otimização do tempo”, destaca o especialista. 

  • Justoken Lança Plataforma de Tokenização Multi-setorial

    Justoken Lança Plataforma de Tokenização Multi-setorial

    Atentos a potência da tokenização não só na atualidade, como também no futuro, os argentinos Eduardo Novillo Astrada e Ariel Scaliter resolveram inovar mais uma vez e acabam de anunciar o lançamento da Justoken,empresa de infraestrutura global de tokenização que atende vários setores para ativos reais e digitais. 

    Presente no Brasil e Argentina, a nova empresa traz consigo um grupo de empresas capazes de proporcionar soluções RWA para diversos setores do Mercado Global, como a Agrotoken (transformando commodities agrícolas em ativos digitais); Landtoken (primeira plataforma de tokenização de terras agrícolas); Pectoken (plataforma de tokenização de gado); Enertoken (tokenização de energia a nível global); SAYKY (solução baseadas em carbono e ESG).

    “A tokenização permite conectar o mundo real com o digital, criando um novo universo de possibilidades. Para conseguir isso, é essencial infraestrutura sólida, escalável e comprovada que pode se adaptar a diversas necessidades. E é com essa premissa que nasce o Justoken”, Eduardo Novillo Astrada, CEO e cofundador da Justoken.

    A tokenização transforma ativos físicos em ativos digitais, líquidos e seguros. Por isso, Justoken muda a forma como o mundo interage, do imobiliário ao mercadorias. O uso do blockchain oferece uma ampla gama de vantagens, que vão desde melhorar a segurança e a transparência para simplificar processos e reduzir custos em operações financeiras. Além disso, a versatilidade desta tecnologia permite a aplicação em uma variedade de setores.

    “Esta iniciativa nasceu para tokenizar, potencializar e expandir negócios. Nós temos a capacidade de oferecer soluções de acordo com as necessidades de cada indústria, aprimorada para nossa infraestrutura através do blockchain, o que nos dá transparência, agilidade, velocidade e segurança”, reforça Astrada. 

    O executivo acrescenta que os anos de experiência com Agrotoken, Pectoken e Landtoken, os colocam na vanguarda da tokenização, reforçando que eles possuem uma infraestrutura robusta e escalável.

    Benefícios do suporte à tokenização de ativos

    – Robustez: a infraestrutura adaptável e escalável da Justoken se adapta a todas as indústrias, criando um futuro ilimitado.

    – Confiança: através da infraestrutura protegem os ativos dos clientes para construir relacionamentos duradouros baseados na integridade, ética e responsabilidade.

    – Expansão: a tokenização abre as portas para um mundo conectado onde todos estão participantes e criadores de novos horizontes.

  • “Taxa das blusinhas” vai impactar o comércio nacional? especialista analisa a situação econômica

    “Taxa das blusinhas” vai impactar o comércio nacional? especialista analisa a situação econômica

    A AliExpress e a Shopee informaram que a cobrança do imposto de 20% sobre compras de até US$50 começa neste sábado (27/7), enquanto a Shein manterá a data de início para 1º de agosto, conforme as novas regras do Governo Federal. Essa taxação foi decidida no final de junho, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Projeto Mover (PL 914/24). O projeto, que visa incentivar a produção de itens menos poluentes com um investimento de R$19,3 bilhões em cinco anos, também encerra a isenção de taxas para compras internacionais de até US$ 50.

    A partir de 1º de agosto, compras internacionais de até US$50 terão uma alíquota de 20%. Para valores entre US$50 e US$3 mil, a alíquota será de 60%, com um desconto de US$20 sobre o valor final. Parte disso vêm do levantamento realizado pela Receita Federal, onde destacou que, em 2023, os brasileiros gastaram mais de R$6 bilhões em compras de e-commerces estrangeiros. 

    De acordo com os dados da Nuvemshop, divulgados pelo portal Consumidor Moderno, pequenas e médias empresas do varejo online no Brasil movimentaram R$2 bilhões nos primeiros seis meses de 2024. O número representa um crescimento de 33% em relação ao mesmo período de 2023, quando o faturamento foi de R$1,5 bilhão. Entre janeiro e junho de 2024, foram vendidos 31,8 bilhões de produtos, um aumento de quase 26% comparado ao ano anterior. Os dados ressaltam a força do comércio eletrônico local, mesmo com as novas medidas de taxação.

    Segundo o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de São Paulo (FCDLSP), Mauricio Stainoff, a sanção da taxação de compras internacionais é uma medida que gera certo equilíbrio nas vendas nacionais e internacionais, mas ainda não é a solução. “A decisão gera uma correção parcial em relação ao equilíbrio do consumo entre produtos nacionais e internacionais. O produtor e o varejista nacional ainda recebem uma carga muito alta de impostos para que a competitividade de seus produtos de fato se sobressaiam?”, questionou.

    Outro ponto levantado pelo presidente da FCDL-SP é em relação a geração de empregos. “É necessário também atentarmos às pessoas em relação à geração de empregos nacionais. Quando compramos algum produto estrangeiro, consequentemente estamos incentivando a cadeia de empregos em outros países. Agora, quando compramos um produto nacional, a geração de empregos torna-se local”, finaliza.

    Ainda vale importar?

    Para decidir se ainda é vantajoso comprar em sites internacionais, é importante considerar vários fatores. Stainoff destaca a necessidade de avaliar o preço final do produto após a taxação, o orçamento disponível, a disponibilidade de produtos e suas alternativas no mercado nacional, e a preferência dos consumidores. Essa análise permitirá determinar se o custo-benefício ainda justifica a importação em comparação com as opções nacionais.

    Impacto econômico

    A nova alíquota tende a impactar mais os consumidores de baixa renda, o que demanda estratégias para minimizar esses efeitos e garantir o acesso a produtos a preços mais justos e equilibrados. O especialista aponta que, apesar dos desafios, essa mudança tributária pode criar oportunidades para o comércio local competir de maneira mais justa com os produtos importados. Para os consumidores, a pesquisa de preços se torna essencial para encontrar as melhores ofertas e adaptar-se à nova realidade do mercado.