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  • DREX: o que não te contaram sobre a nova moeda digital brasileira

    DREX: o que não te contaram sobre a nova moeda digital brasileira

    Allan Augusto Gallo Antonio, professor de Economia e Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e Pesquisador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (CMLE).

    Jhonathan Augusto Gallo Antonio, advogado e mestrando em Economia e Mercados pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

    O DREX, a nova e primeira moeda digital do Brasil, será lançado em breve e tem sido apresentado como uma inovação promissora para o sistema financeiro nacional, mas nem todos os impactos previstos são necessariamente benéficos para a população. Embora o discurso oficial aponte apenas vantagens, como maior eficiência e redução de custos de transação, o DREX também pode gerar consequências que afetam negativamente parte dos cidadãos, especialmente em termos de privacidade e exclusão digital.

    Um argumento fortemente utilizado para a respectiva defesa do uso do DREX em solo nacional é a redução dos custos de transação, que, de acordo com a teoria dos custos de transação, pode aumentar a eficiência das trocas econômicas.

    Ocorre que, no contexto brasileiro, essa eficiência não é garantida, dado que uma porcentagem significativa da população não possui fácil acesso a dispositivos digitais e à internet. Assim, a potencial imposição tecnológica que será trazida pela primeira moeda digital do Brasil pode, ao aumentar a dependência da população em tecnologias que não são acessíveis a todos, corroborar para uma intensificação de desigualdades sociais, principalmente no que tange as regiões mais pobres e periféricas.

    Há ainda outro aspecto que causa preocupação: a privacidade. O DREX será baseado em tecnologia blockchain, isso, em termos simples, significa dizer que haverá rastreabilidade e transparência em todas as transações, o que acaba por levantar sérias preocupações quanto à proteção de dados pessoais.

    Nessa linha, em consonância com a teoria das externalidades, enquanto essa tecnologia será benéfica ao governo no combate a fraudes e crimes financeiros, o constante rastreamento das transações poderá expor informações pessoais e dados sensíveis dos indivíduos, criando uma atmosfera de vigilância contínua e permanente. A partir disso, pode-se levantar a seguinte questão ética: até que medida a população brasileira estaria disposta a abrir mão de sua privacidade em troca de uma suposta maior eficiência no sistema financeiro?

    Por fim, pela ótica da política monetária, o DREX tem o potencial de conferir ao BACEN um controle ainda maior sobre a oferta de moeda e a consequente inflação. Ainda que muitos acreditem que esse tipo de intervenção pode, de alguma forma, ser positiva em termos econômicos, a verdade é que esse potencial controle mais rígido pode acabar resultando em uma maior interferência estatal na vida financeira das pessoas e tornar o sistema monetário mais suscetível a eventuais manipulações e pressões políticas. Toda essa centralização, longe de ser um benefício universal, pode gerar riscos de governança e acabar criando formas de restrições econômicas.

    Embora o DREX seja constantemente apresentado como uma inovação moderna e eficiente ao sistema financeiro brasileiro, os benefícios prometidos podem não fazer sentido se comparados aos potenciais malefícios que os acompanharão. Desse modo, desigualdades digitais, ameaças à privacidade e maior concentração de poder em questões monetárias podem acabar criando mais desafios do que soluções, particularmente quando se trata das camadas mais vulneráveis da sociedade. Portanto, é imprescindível que haja muita cautela ao se adotar a perspectiva de que a nova moeda digital significará um avanço inegável à economia.

  • Especialista mostra como newsletters podem aumentar a retenção de clientes

    Especialista mostra como newsletters podem aumentar a retenção de clientes

    Com competitividade por atenção nas redes sociais, as empresas têm buscado estratégias mais personalizadas e contínuas para manter seus consumidores engajados. Uma das ferramentas mais eficazes para isso é a newsletter via e-mail. A comunicação direta, contínua e personalizada oferecida por esse canal pode fortalecer a relação com o cliente e garantir a retenção no longo prazo, construindo uma base leal e engajada. 

    Uma pesquisa da empresa DemandSage mostrou que 89% dos profissionais de marketing já utilizam e-mails como principal meio de retenção, superando outras estratégias como mídias sociais e marketing mobile. Isso ocorre porque manter clientes existentes é significativamente mais rentável do que adquirir novos — um aumento de 5% na retenção pode elevar os lucros entre 25% e 95%, segundo análise da WiserNotify.

    Segundo Fabio Soma, especialista em inovação e criador do Método M.A.G.O., que auxilia empreendedores e criadores de conteúdo a obterem sucesso com suas newsletters, a personalização do conteúdo, o feedback ativo e a oferta de valor recorrente são os principais diferenciais desse formato. “Enviar conteúdos direcionados ao interesse do cliente demonstra que a marca o entende. Ao utilizar dados comportamentais e preferências de compra, as empresas conseguem segmentar melhor suas listas de contatos, garantindo que a newsletter seja realmente relevante para o destinatário”, explica o especialista.

    Lealdade e confiança

    A personalização não só aumenta as taxas de abertura, como também contribui para a construção de uma relação mais próxima e duradoura entre marcas ou criadores de conteúdo e seus consumidores. A frequência dos envios associada a mensagens úteis, exclusivas e relevantes ajuda a manter os inscritos envolvidos com a empresa ou produtor, evitando que eles se distanciem ao longo do tempo. “Isso pode incluir promoções exclusivas, informações sobre novos produtos ou até conteúdos educativos que agreguem valor ao dia a dia do cliente”, ressalta Soma. 

    Além disso, as newsletters proporcionam a oportunidade de cultivar um relacionamento de confiança com os inscritos, o que, consequentemente, eleva a retenção. “Especialmente para as empresas que investem no e-mail marketing, a transparência nas comunicações, como atualizações sobre um pedido, mudanças nos processos ou melhorias no serviço, melhora a percepção de credibilidade”, afirma o especialista.

    Exclusividade e valorização

    Outro ponto fundamental para manter clientes atraídos é o engajamento ativo. Segundo Soma, ao utilizar newsletters para solicitar feedbacks, a participação em enquetes ou envio de relatos próprios, por exemplo, a empresa ou criador de conteúdo demonstra que valoriza a opinião de seus inscritos. “Seja por meio de pesquisas ou interações em campanhas, as respostas dos clientes oferecem à marca informações preciosas que podem ser usadas para ajustar e aprimorar seus serviços”, explica o especialista.

    As marcas que utilizam o formato também podem criar programas de fidelidade e ofertas exclusivas para seus assinantes. Soma destaca que recompensar a lealdade do cliente com descontos ou benefícios é uma estratégia poderosa de retenção. “Quando o cliente sente que há vantagens claras em continuar consumindo com a empresa, ele se torna mais resistente à concorrência”, conclui.

  • IA, Cibersegurança e privacidade: como proteger dados sensíveis na era da Inteligência Artificial Generativa

    IA, Cibersegurança e privacidade: como proteger dados sensíveis na era da Inteligência Artificial Generativa

    A rápida adoção da Inteligência Artificial Generativa (Gen IA) nas empresas está redefinindo processos, permitindo inovações e impulsionando a automação. Segundo estudo recente da Bloomberg Intelligence, a taxa de crescimento da IA na próxima década deve ser de 42% ao ano – quase dobrando seu alcance. No entanto, o sucesso dessas soluções depende de uma gestão cuidadosa dos dados que alimentam esses modelos. É aqui que entra a cibersegurança, elemento vital para a proteção da privacidade e da integridade das informações.

    A IA Generativa vai além dos modelos tradicionais de inteligência artificial, que apenas classificam ou prevêem comportamentos, pois cria novos conteúdos como textos, imagens e códigos. Essa capacidade de inovação abre novas possibilidades em diversos setores, mas exige uma abordagem cuidadosa em relação ao uso e à segurança dos dados e isso é reconhecido pelas pessoas que usam a tecnologia no dia a dia. Segundo a  pesquisa da Developer Survey 2024 da Stack OverFlow, um dos principais desafios (31,5%) de se trabalhar com IA é não ter políticas certas para mitigar os riscos de segurança.   

    Nesse sentido, o Technical Product Manager João Batista, responsável pela plataforma StackSpot AI da Zup, explica que para mitigar esses riscos, as empresas devem implementar medidas de segurança rigorosas, tendo em vista que os crimes cibernéticos estão cada vez mais sofisticados e até 2025 podem custar 10,5 trilhões de dólares, de acordo com a Cyber Security Almanac. 

    “Garantir que modelos de AI operem de forma segura e ética exige uma abordagem multifacetada, que combina criptografia robusta, governança de dados eficaz, práticas de privacidade rigorosas e controles de acesso restritos durante o treinamento dos modelos. Se fizermos um recorte para as empresas que criam tecnologia, ter um assistente de desenvolvimento de software impulsionado por IA treinado em segurança pode apoiar o time para garantir que o código siga as práticas recomendadas de codificação segura. Este, por exemplo, é um mecanismo preditivo de identificação de vulnerabilidade. Cada vez mais, o caminho é pensar em uma estratégia conjunta que considere inovação, segurança e proteção de dados como um tripé essencial para a aplicação desse tipo de tecnologia”, ressalta João Batista.

    No que tange a legislação, Henrique Flôres, cofundador da Contraktor e líder do desenvolvimento do CK Reader, IA da startup, explica que “enquanto aguardamos uma legislação para melhor regulamentar o uso da I.A. Generativa, compete aos profissionais de tecnologia zelar pela aplicação de boas práticas de criptografia, anonimização de dados e políticas de governança de t.i. que possam garantir o equilíbrio dos interesses comerciais das partes, a transparência nos mecanismos de treinamento de algoritmos e o uso ético na manipulação dos dados”. 

    Embora reconheça que inovar com tecnologias emergentes, como a Inteligência Artificial Generativa, seja uma oportunidade única de transformação, Giovanna Rossi, CPO da Rethink, consultoria de tecnologia, design e estratégia, reforça que não dá para negar que ela vem acompanhada por riscos significativos, como a exposição de informações sensíveis e a possibilidade de ataques cibernéticos sofisticados. “Como responsável pela área de produtos digitais, vejo o quão fundamental é a liderança priorizar uma abordagem estratégica no uso da IA para mitigar tais riscos. Temos a responsabilidade de moldar essa tecnologia de maneira ética e segura, garantindo que seu impacto seja positivo e sustentável para todos”, afirma a executiva. 

    O Brasil tem um alto volume de dados circulando na internet e um processo de digitalização acelerado. No que se refere a proteção de marca, Diego Daminelli, CEO da BrandMonitor, empresa pioneira e especialista no combate à concorrência desleal no ambiente digital, alerta que a infraestrutura de segurança brasileira ainda caminha a passos lentos, tornando o país um dos maiores alvos de ciberataques do mundo, com uma maior sofisticação dos ataques por parte dos criminosos. “A cultura de segurança ainda é um tópico pouco valorizado por diversas empresas, que não utilizam IA e sim tecnologias desatualizadas, que podem deixá-las vulneráveis a ataques e não são capazes de monitorar a presença digital da marca em toda sua amplitude”.

    O especialista dá o exemplo do phishing, grande problema para segmentos como o varejo e prestação de serviços. “Os anúncios são veiculados em plataformas digitais utilizando toda a identidade de uma marca e prometendo descontos impraticáveis. Esse anúncio leva a uma pagina que imita o layout oficial da empresa, mas com um endereço diferente. Nessa página são oferecidos produtos ou serviços com um preço extremamente baixo, induzindo o cliente a compra”, finaliza

  • Fidelização 4.0: programas de fidelidade dominam vendas online

    Fidelização 4.0: programas de fidelidade dominam vendas online

    Nos últimos anos, tecnologias avançadas têm desempenhado um papel crucial na transformação do comércio eletrônico, especialmente no que diz respeito aos programas de fidelidade, que são essenciais para as marcas que buscam não apenas atrair novos clientes, mas também manter os consumidores existentes engajados e leais.

    No Brasil, o impacto dessas tecnologias nas vendas online é particularmente notável. O mercado brasileiro de e-commerce tem crescido exponencialmente, e essas inovações têm sido aliadas indispensáveis nesse processo. As ferramentas tecnológicas analisam grandes volumes de dados para identificar padrões de comportamento do consumidor, permitindo que as marcas ofereçam recompensas e incentivos personalizados. Isso não só melhora a experiência do usuário, mas também aumenta a probabilidade de recompra e fidelização.

    Além disso, assistentes virtuais têm se tornado uma ferramenta cada vez mais comum nas plataformas de vendas online, que são capazes de interagir com os clientes em tempo real, respondendo a perguntas, oferecendo recomendações e solucionando problemas de forma eficiente. Essa interação imediata é fundamental para manter os consumidores satisfeitos e engajados, contribuindo para o sucesso dos programas de fidelidade.

    O crescimento das vendas online é uma tendência global que não mostra sinais de desaceleração. Os programas de fidelidade oferecem às marcas a oportunidade de se destacarem em um mercado competitivo. Isso permite que as empresas compreendam melhor o comportamento de seus clientes, identifiquem suas preferências e adaptem suas estratégias de marketing de acordo. O resultado? Maior satisfação do cliente e, consequentemente, um aumento na retenção e lealdade.

    Análise de dados: antecipando as necessidades do consumidor

    Outro aspecto importante das tecnologias avançadas nas vendas online é a capacidade de prever tendências e comportamentos futuros. Por meio da análise de dados, as marcas podem antecipar as necessidades dos consumidores e ajustar suas ofertas de fidelidade de maneira proativa. Essa abordagem não apenas melhora a experiência do cliente, mas também maximiza o retorno sobre o investimento para as empresas.

    À medida que o e-commerce continua a evoluir, as tecnologias avançadas se tornarão ainda mais integradas aos programas de fidelidade, oferecendo novas oportunidades para personalização e engajamento. As marcas que adotarem essas ações para seus clientes estarão bem posicionadas para prosperar em um ambiente digital cada vez mais competitivo, onde a fidelidade do cliente é um dos principais indicadores de sucesso.

    Ao permitir que as marcas ofereçam experiências de cliente mais personalizadas e eficientes com programas de fidelidade, essas inovações não apenas impulsionam as vendas, mas também fortalecem a relação entre consumidores e marcas, criando um ciclo virtuoso de crescimento e lealdade.

  • O equilíbrio entre crescimento acelerado e gestão sustentável em startups

    O equilíbrio entre crescimento acelerado e gestão sustentável em startups

    O crescimento acelerado é uma meta de muitas startups, mas nem sempre é sinônimo de sucesso no longo prazo. O desafio de crescer de maneira saudável e equilibrada consiste em conciliar a expansão rápida com uma gestão sustentável que garanta a longevidade da empresa.  

    O primeiro passo nessa direção é garantir que haja uma base sólida, composta por um produto ou serviço robusto e uma proposta de valor clara. Muitos problemas de crescimento decorrem de atitudes como escalar sem antes validar completamente o produto no mercado. 

    A startup precisa se assegurar de que está oferecendo algo que resolve um problema real e que é desejado pelo público. Esse é o conceito de Product-Market Fit, essencial antes de qualquer estratégia de crescimento acelerado. Para tanto, responda às seguintes perguntas: o produto resolve uma dor significativa do cliente? Há demanda suficiente para sustentar o crescimento? 

    Progresso acelerado requer capital, mas o gerenciamento inadequado desse capital pode rapidamente levar a uma crise financeira. Portanto, gestão financeira eficiente é fundamental para garantir que o crescimento não comprometa a saúde da empresa. 

    Uma startup em expansão precisa monitorar de perto seu fluxo de caixa, para evitar uma queima excessiva de capital. Investimentos devem ser feitos de forma criteriosa, priorizando áreas que gerem retorno imediato ou em curto prazo. 

    É vital planejar não apenas para a evolução imediata, mas também para sustentar a empresa no longo prazo. Isso significa ter um plano de contingência para momentos de crise e uma visão clara de como e onde alocar os recursos para o crescimento saudável. 

    O desenvolvimento acelerado pode impactar negativamente a cultura organizacional, gerando estresse, sobrecarga e conflitos internos. Assim, manter uma cultura saudável é essencial para que a equipe se mantenha motivada e produtiva. 

    Além disso, conforme a startup cresce, novos funcionários precisam ser contratados, e a equipe existente precisa ser capacitada para lidar com as novas demandas. Um erro comum é focar apenas no crescimento externo (mercado e receita), ignorando o crescimento interno (pessoas e processos). E, quando este acontece, a companhia precisa de pessoas que estejam alinhadas com a sua cultura e que consigam atender às demandas geradas.  

    Em um cenário de expansão, os líderes precisam ser capazes de equilibrar a visão de longo prazo com as necessidades operacionais do dia a dia. Uma liderança participativa, que incentive a equipe a se envolver nas decisões, ajuda a manter um ambiente colaborativo e resiliente. 

    À medida que a organização cresce, os processos manuais e informais podem se tornar gargalos. Logo, para progredir de forma sustentável, é necessário automatizar processos e implementar sistemas que permitam escalar sem aumentar proporcionalmente os custos ou a complexidade operacional. 

    Adotar ferramentas e tecnologias que automatizam tarefas repetitivas permite que a startup se concentre nas atividades mais estratégicas. Isso pode incluir desde o uso de softwares de gestão financeira até automação do marketing. 

    Expandir para novos mercados ou aumentar a base de clientes é uma das principais metas de uma empresa em evolução. No entanto, isso precisa ser feito de forma estratégica, evitando o erro comum de tentar crescer em muitas frentes ao mesmo tempo. 

    É primordial entender quais segmentos de clientes oferecem maior potencial de avanço. Expansões mal planejadas podem resultar em custos elevados e pouca tração. Focar em nichos específicos onde a startup tem uma vantagem competitiva clara é uma estratégia mais eficaz do que tentar se estabelecer em todos os mercados simultaneamente. 

    O crescimento acelerado pode levar a uma sensação de conforto, mas companhias de sucesso entendem que a inovação contínua é a chave para a sustentabilidade no longo prazo. Isso significa não apenas lançar novos produtos, mas melhorar constantemente os processos, a experiência do consumidor e a eficiência operacional. 

    Manter uma mentalidade de aprendizado constante dentro da empresa é essencial para garantir que o crescimento esteja alinhado com as mudanças do mercado. Startups precisam estar abertas a experimentar novas ideias, pivotar quando necessário e sempre estar de olho nas tendências emergentes. 

    Desenvolver-se de maneira saudável é um desafio que exige equilíbrio entre a pressa para expandir e a responsabilidade de gerir recursos e pessoas de forma sustentável. Iniciativas que conseguem equilibrar crescimento acelerado com gestão inteligente, baseada em dados e decisões estratégicas, são aquelas que conseguem se estabelecer de forma sólida e garantir a sua longevidade. O segredo está em entender que crescer rápido é importante, mas crescer com consistência e sustentabilidade é fundamental para o sucesso duradouro. 

  • O futuro da mensuração na influência: o que os CMOs precisam saber para não ficarem para trás

    O futuro da mensuração na influência: o que os CMOs precisam saber para não ficarem para trás

    O marketing de influência é parte da realidade, e vem deixando de ser uma estratégia complementar para se tornar um dos pilares centrais nas campanhas de grandes marcas. Entretanto, enquanto creators se consolidam como porta-vozes de marcas e produtos, o desafio da mensuração persiste, dificultando a compreensão eficiente dos resultados dessas ações. 

    Segundo uma pesquisa realizada pela BrandLovrs, plataforma brasileira que conecta creators a grandes anunciantes, 95% das empresas dizem que trabalhar com creators é uma parte fundamental na sua estratégia de marketing, porém a mensuração do retorno sobre o investimento (ROI) em campanhas com creators ainda é um ponto de atenção para 29% das empresas — sinal claro da demanda por ferramentas e métricas mais precisas, que tragam clareza sobre resultados sem sobrecarregar as equipes. 

    “Com orçamentos cada vez mais enxutos e a pressão por resultados tangíveis crescendo, os CMOs estão repensando a forma de avaliar o impacto dos creators. A mensuração vai muito além de curtidas e visualizações. No futuro, as métricas mais relevantes estarão ligadas diretamente ao impacto nas vendas, ao comportamento do consumidor e à construção de marca no longo prazo. Nossa pesquisa aponta que 38% dos gestores de marca já percebem como a tecnologia facilita a avaliação de campanhas com creators, e há um enorme potencial para que essa integração tecnológica evolua ainda mais”, explica Rapha Avellar, CEO e fundador da BrandLovrs.

    A seguir, o especialista em campanhas com creators destaca as principais tendências e ferramentas que os CMOs precisam dominar para garantir resultados expressivos e não perder relevância no mercado.

    1. Chega de métrica de vaidade: o impacto real em todo o funil

    No passado, muitas campanhas de influência eram mensuradas unicamente por métricas de vaidade, como curtidas, visualizações e número de seguidores. No entanto, Avellar explica que há uma evolução do mercado de se afastar dessas métricas superficiais e focar no impacto tangível em todo o funil de vendas. Isso inclui a mensuração de ações diretas como cliques, leads gerados, conversões e awareness de marca.

    1. A era do ROI granular e da análise de dados em tempo real

    A mensuração do ROI (Retorno sobre o Investimento) nunca foi tão essencial. Ferramentas de análise em tempo real estão permitindo que CMOs tenham uma visão precisa do desempenho de suas campanhas com criadores, ajustando estratégias de forma ágil e eficaz. “O futuro passa por uma abordagem granular, onde cada criador de conteúdo pode ser avaliado em termos de performance, engajamento e até mesmo influência em vendas, com dados atualizados continuamente”, acrescenta. 

    1. Mensuração omnichannel: da rede social ao ponto de venda

    Outra tendência emergente é a capacidade de mensurar a influência de creators de maneira omnichannel. “As marcas estão cada vez mais conectando suas campanhas de influência a diversos pontos de contato com o consumidor, desde as redes sociais até o e-commerce e o ponto de venda físico. CMOs que entenderem como mapear essa jornada de maneira integrada terão uma vantagem competitiva considerável”, aponta Avellar. 

    1. O poder dos nano e micro creators na mensuração de nichos

    Enquanto grandes influenciadores continuam a atrair a atenção de marcas, são os nano e micro creators que estão transformando a mensuração em um campo de precisão. Esses criadores, com audiências menores, muitas vezes têm engajamentos mais profundos e autênticos, tornando a mensuração mais direta e precisa. A BrandLovrs, que realiza em média um pagamento por minuto para esse perfil de creators, demonstra como as campanhas segmentadas podem trazer resultados mensuráveis e impactantes.

    1. Inteligência artificial e machine learning na mensuração de influência

    Por fim, Avellar aponta que a incorporação de inteligência artificial e machine learning já está revolucionando a forma como as campanhas de marketing de influência são medidas. Essas tecnologias analisam grandes volumes de dados e detectam padrões que seriam invisíveis a olho nu. CMOs que começarem a explorar essas ferramentas poderão prever tendências de engajamento, otimizar investimentos e antecipar resultados.

    “O futuro da mensuração na influência exige que os CMOs façam uma transição clara de métricas superficiais para análises profundas e multicanais. Com o uso de tecnologia avançada e a integração de criadores de conteúdo na estratégia de marketing, os líderes de marketing poderão não apenas medir com precisão o impacto de suas campanhas, mas também otimizar seus investimentos de forma contínua. A BrandLovrs, por exemplo, utiliza tecnologias próprias para acelerar o processo de campanhas com creators em até 50%, permitindo que gestores tomem decisões baseadas em dados robustos. Aqueles que não se adaptarem a essa nova era de mensuração correm o risco de perder relevância e competitividade no mercado”, conclui o CEO. 

  • O futuro da mensuração na influência: o que os CMOs precisam saber para não ficarem para trás

    O futuro da mensuração na influência: o que os CMOs precisam saber para não ficarem para trás

    O marketing de influência é parte da realidade, e vem deixando de ser uma estratégia complementar para se tornar um dos pilares centrais nas campanhas de grandes marcas. Entretanto, enquanto creators se consolidam como porta-vozes de marcas e produtos, o desafio da mensuração persiste, dificultando a compreensão eficiente dos resultados dessas ações. 

    Segundo uma pesquisa realizada pela BrandLovrs, plataforma brasileira que conecta creators a grandes anunciantes, 95% das empresas dizem que trabalhar com creators é uma parte fundamental na sua estratégia de marketing, porém a mensuração do retorno sobre o investimento (ROI) em campanhas com creators ainda é um ponto de atenção para 29% das empresas — sinal claro da demanda por ferramentas e métricas mais precisas, que tragam clareza sobre resultados sem sobrecarregar as equipes. 

    “Com orçamentos cada vez mais enxutos e a pressão por resultados tangíveis crescendo, os CMOs estão repensando a forma de avaliar o impacto dos creators. A mensuração vai muito além de curtidas e visualizações. No futuro, as métricas mais relevantes estarão ligadas diretamente ao impacto nas vendas, ao comportamento do consumidor e à construção de marca no longo prazo. Nossa pesquisa aponta que 38% dos gestores de marca já percebem como a tecnologia facilita a avaliação de campanhas com creators, e há um enorme potencial para que essa integração tecnológica evolua ainda mais”, explica Rapha Avellar, CEO e fundador da BrandLovrs.

    A seguir, o especialista em campanhas com creators destaca as principais tendências e ferramentas que os CMOs precisam dominar para garantir resultados expressivos e não perder relevância no mercado.

    1. Chega de métrica de vaidade: o impacto real em todo o funil

    No passado, muitas campanhas de influência eram mensuradas unicamente por métricas de vaidade, como curtidas, visualizações e número de seguidores. No entanto, Avellar explica que há uma evolução do mercado de se afastar dessas métricas superficiais e focar no impacto tangível em todo o funil de vendas. Isso inclui a mensuração de ações diretas como cliques, leads gerados, conversões e awareness de marca.

    1. A era do ROI granular e da análise de dados em tempo real

    A mensuração do ROI (Retorno sobre o Investimento) nunca foi tão essencial. Ferramentas de análise em tempo real estão permitindo que CMOs tenham uma visão precisa do desempenho de suas campanhas com criadores, ajustando estratégias de forma ágil e eficaz. “O futuro passa por uma abordagem granular, onde cada criador de conteúdo pode ser avaliado em termos de performance, engajamento e até mesmo influência em vendas, com dados atualizados continuamente”, acrescenta. 

    1. Mensuração omnichannel: da rede social ao ponto de venda

    Outra tendência emergente é a capacidade de mensurar a influência de creators de maneira omnichannel. “As marcas estão cada vez mais conectando suas campanhas de influência a diversos pontos de contato com o consumidor, desde as redes sociais até o e-commerce e o ponto de venda físico. CMOs que entenderem como mapear essa jornada de maneira integrada terão uma vantagem competitiva considerável”, aponta Avellar. 

    1. O poder dos nano e micro creators na mensuração de nichos

    Enquanto grandes influenciadores continuam a atrair a atenção de marcas, são os nano e micro creators que estão transformando a mensuração em um campo de precisão. Esses criadores, com audiências menores, muitas vezes têm engajamentos mais profundos e autênticos, tornando a mensuração mais direta e precisa. A BrandLovrs, que realiza em média um pagamento por minuto para esse perfil de creators, demonstra como as campanhas segmentadas podem trazer resultados mensuráveis e impactantes.

    1. Inteligência artificial e machine learning na mensuração de influência

    Por fim, Avellar aponta que a incorporação de inteligência artificial e machine learning já está revolucionando a forma como as campanhas de marketing de influência são medidas. Essas tecnologias analisam grandes volumes de dados e detectam padrões que seriam invisíveis a olho nu. CMOs que começarem a explorar essas ferramentas poderão prever tendências de engajamento, otimizar investimentos e antecipar resultados.

    “O futuro da mensuração na influência exige que os CMOs façam uma transição clara de métricas superficiais para análises profundas e multicanais. Com o uso de tecnologia avançada e a integração de criadores de conteúdo na estratégia de marketing, os líderes de marketing poderão não apenas medir com precisão o impacto de suas campanhas, mas também otimizar seus investimentos de forma contínua. A BrandLovrs, por exemplo, utiliza tecnologias próprias para acelerar o processo de campanhas com creators em até 50%, permitindo que gestores tomem decisões baseadas em dados robustos. Aqueles que não se adaptarem a essa nova era de mensuração correm o risco de perder relevância e competitividade no mercado”, conclui o CEO. 

  • Mensagem via SMS: a porta de entrada para golpistas e fraudes

    Mensagem via SMS: a porta de entrada para golpistas e fraudes

    Nas últimas semanas, beneficiários do Bolsa Família têm sido alvo de um crescente esquema de fraudes via SMS, com links maliciosos que instalam vírus e comprometem dados e senhas pessoais. Inclusive, o próprio Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) emitiu um alerta sobre esses golpes, que têm afetado famílias em todo o Brasil.

    Além do golpe específico direcionado aos beneficiários do Bolsa Família, o canal de SMS tem se mostrado um meio preferido pelos criminosos. Recentemente, os golpistas têm utilizado táticas como o ‘SMS dos Correios’, falsas ofertas de benefícios e golpes relacionados a transações em cartão, todos visando extrair informações sensíveis e realizar fraudes financeiras. 

    Diferente do e-mail, que conta com sistemas de anti-spam para filtrar mensagens maliciosas, o SMS é um meio mais aberto e vulnerável. “A proteção oferecida por serviços anti-spam em e-mails ajuda a desviar a maioria das mensagens fraudulentas, mas o SMS ainda é um terreno fértil para golpistas. Isso ocorre porque muitos usuários não têm a mesma cautela com mensagens de texto, acreditando que são mais seguras.” explica Alessandro Fontes, co-fundador do Site Confiável, plataforma gratuita que auxilia consumidores na verificação da confiabilidade de sites.

    Os usuários costumam confiar nas mensagens SMS devido à crença de que apenas grandes empresas têm acesso aos envios por meio de “shortcodes” – números curtos utilizados para enviar mensagens em massa. No entanto, esse acesso está agora ao alcance de criminosos, que utilizam essas ferramentas para enganar as vítimas. O uso de shortcodes por golpistas tornou-se mais comum, facilitando a propagação de fraudes.

     Recentemente, diversos golpes têm circulado via SMS, destacando a crescente ameaça desse canal. Entre os mais notórios estão o golpe do falso benefício a receber, o “SMS dos Correios”, o golpe dos pontos e milhas de bancos, o golpe da falsa transação em cartão e até mesmo a multa por acesso ao X via VPN. Esses golpes têm em comum o uso de SMS para realizar ataques de “phishing”. 

    O termo “phishing” refere-se a técnicas de fraude em que os golpistas se passam por entidades confiáveis para obter dados sensíveis. No caso dos golpes via SMS, os criminosos frequentemente utilizam links maliciosos para instalar vírus ou redirecionar os usuários para sites falsos.  Para isso, confira como se proteger: 

    1- Não abra qualquer link recebido por SMS. O governo ou entidades não condicionarão nenhum benefício a uma ação realizada por meio de um link enviado por SMS.

    2- Em caso de dúvida sobre o acesso à sua conta bancária ou sobre a recepção de algum benefício, entre em contato diretamente com as instituições pelos canais oficiais.

    3- Utilize plataformas de verificação de links, como www.siteconfiavel.com.br, que ajudam a verificar links suspeitos gratuitamente.

    4- Atenção com URLs homográficas: esses são links que parecem levar a sites reais, mas são manipulados para parecerem oficiais e podem ser difíceis de identificar a olho nu. Se tiver dúvidas, evite clicar em qualquer link suspeito.

    5- Além de não clicar em links, jamais compartilhe informações recebidas por SMS, como códigos de segurança ou senhas. Isso pode facilitar a invasão de suas redes sociais ou contas bancárias.

    “Em um ambiente digital cada vez mais vulnerável, é fundamental que os usuários estejam cientes dos riscos associados aos SMS fraudulentos. Os criminosos estão cada vez  mais sofisticados e adaptando suas táticas para explorar a confiança das pessoas. Mantenha-se informado e sempre verifique a autenticidade das mensagens recebidas para proteger suas informações pessoais e financeiras”, alerta o especialista.

  • Commerce Media: 10 princípios fundamentais da modalidade que cresce mais rapidamente na publicidade digital

    Commerce Media: 10 princípios fundamentais da modalidade que cresce mais rapidamente na publicidade digital

    Em alguns círculos publicitários, você pode ter começado a ouvir a expressão “commerce media” surgindo. Isso porque é uma nova abordagem de publicidade digital que está mudando a forma como o comércio é realizado. No entanto, commerce media é um daqueles termos que parecem simples, mas quando alguém tenta explicá-lo, a maioria fica confusa.

    Commerce media é a publicidade que conecta os consumidores a produtos e serviços ao longo de toda a jornada de compra, tanto em pontos de contato físicos quanto digitais, vinculando diretamente o investimento em publicidade às transações.

    Embora pareça simples, commerce media é uma abordagem publicitária multifacetada que ainda é muito nova. Abaixo estão dez fatos-chave sobre commerce media para esclarecer seus princípios fundamentais:  

    1. Commerce media é um conceito novo em evolução

    O termo ganhou popularidade com a divulgação de receita publicitária da plataforma Amazon, em 2022,  acompanhada de uma promessa de acesso inédito a dados comerciais para as marcas, além de um novo fluxo de receita para varejistas. Apesar de haver uma alta de adesões à commerce media, o ecossistema tem um longo caminho a percorrer para aproveitar ao máximo seus benefícios. 

    2. Commerce media independe do canal de venda 
     

    A commerce media envolve a conexão de todas as mídias que podem ser associadas a transações de vendas on-line e off-line, ou que usam dados comerciais para enriquecer e otimizar a segmentação do público. A modalidade é a oferta de produtos em lojas físicas, marketplaces e e-commerces, ou ainda plataformas de conteúdos e notícias.  

    3. Commerce Media não existe sem dados e IA  

    A segmentação e definição de públicos-alvo da commerce media tem base em dados comerciais (sinais e transações de intenção/viagem do cliente no mundo real) para informar as decisões de marketing, melhorar a segmentação, criar anúncios eficientes e eficazes e proporcionar experiências de consumo otimizadas.  

    Isso só é possível por meio da inteligência artificial, que é capaz de analisar e trabalhar dados comerciais para desenvolver modelos preditivos que aprimorem as recomendações e biddings. E também podem ajudar os publishers a melhorarem seus públicos a fim de monetização. 

    4. Commerce media multiplica receitas também para não-anunciantes

    Muitos tipos de negócios podem se beneficiar da modalidade, incluindo anunciantes, agências, plataformas de análises de dados, de mensuração de mídia, entre outros players que apoiam os operadores de mídia a impulsionar resultados, multiplicando, assim, suas receitas.  

    5. O maior inibidor da commerce media é a fragmentação  

    Não existe uma única abordagem para a commerce media –cada player do comércio (varejistas, marketplaces ou e-commerces) tem sua própria maneira de negociar anúncios, definir públicos, políticas e utilizar dados. Para as marcas, isso dificulta o alcance de seus públicos-alvo, bem como a mensuração de ROI das campanhas. Assim, um esforço de padronização e unificação do mercado pode ser a principal melhoria para ampliar receitas a todos os participantes. 

    6. Commerce media não é retail media  

    Os varejistas estão entre os primeiros players da commerce media, mas a modalidade conta com novos players,  os recém-chegados, Mas outras indústrias, como a automotiva, companhias aéreas, hotéis e a economia compartilhada, trazem seus próprios conjuntos de dados e capacidades únicos, bem como diferentes tipos de transações.  

    7. Commerce media agrega insights que vão além do varejo 

    Por não ser apenas multi-comercial, mas também multi-setorial, a commerce media tem conjuntos de dados de comportamento e de transações de um escopo mais amplo de ambientes e públicos. Esses insights podem melhorar ainda mais a segmentação e a personalização, além de ampliar o mix de marketing. 

    8. Commerce media amplia oportunidades no ecossistema digital

    A commerce media expande o escopo dos canais programáticos tradicionais, ao  conectar experiências onsite e display nos pontos de venda e offsite na web aberta e lojas físicas. A modalidade gera oportunidades para anunciantes não-endêmicos nos sites de varejistas, permite que publishers implementem estratégias de monetização orientadas para o comércio e capacita compradores e vendedores de mídia a identificarem valor de seus dados primários.

    9. Commerce media é omnichannel e full-funnel

    A commerce media não se limita a alcançar clientes no ponto de venda, mas em todos os canais, e ao longo de todas as etapas do funil de compra –desde que os pontos possam ser atribuídos a transações. Isso significa que a estratégia pode ser ser atribuída desde o estágio inicial de pesquisa até a compra final –conscientização, consideração e conversão.

    10. Commerce media é multiformato e multicanal

    Para se conectar com os consumidores em todo o funil, o commerce media adota uma variedade de formatos e de canais, muito além dos anúncios patrocinados tradicionalmente associados à retail media, incluindo também vídeo, display, contextual, shoppable ads, CTV, OOH e SMS, entre outros.

    Atualmente, a commerce media na internet aberta é fragmentada, com plataformas do lado da demanda (DSPs), plataformas do lado da oferta (SSPs) e SSPs de varejo operando separadamente. Mas, à medida que a privacidade continua sendo uma prioridade em todo o ecossistema, profissionais de marketing e proprietários de mídia buscarão soluções mais integradas para gerenciar, escalar e ativar dados primários e audiências endereçáveis. Espera-se que o espaço de mídia comercial avance rapidamente nessas áreas, tornando mais fácil para profissionais de marketing e proprietários de mídia trabalharem juntos para oferecer experiências mais ricas aos consumidores.

  • Commerce Media: 10 princípios fundamentais da modalidade que cresce mais rapidamente na publicidade digital

    Commerce Media: 10 princípios fundamentais da modalidade que cresce mais rapidamente na publicidade digital

    Em alguns círculos publicitários, você pode ter começado a ouvir a expressão “commerce media” surgindo. Isso porque é uma nova abordagem de publicidade digital que está mudando a forma como o comércio é realizado. No entanto, commerce media é um daqueles termos que parecem simples, mas quando alguém tenta explicá-lo, a maioria fica confusa.

    Commerce media é a publicidade que conecta os consumidores a produtos e serviços ao longo de toda a jornada de compra, tanto em pontos de contato físicos quanto digitais, vinculando diretamente o investimento em publicidade às transações.

    Embora pareça simples, commerce media é uma abordagem publicitária multifacetada que ainda é muito nova. Abaixo estão dez fatos-chave sobre commerce media para esclarecer seus princípios fundamentais:  

    1. Commerce media é um conceito novo em evolução

    O termo ganhou popularidade com a divulgação de receita publicitária da plataforma Amazon, em 2022,  acompanhada de uma promessa de acesso inédito a dados comerciais para as marcas, além de um novo fluxo de receita para varejistas. Apesar de haver uma alta de adesões à commerce media, o ecossistema tem um longo caminho a percorrer para aproveitar ao máximo seus benefícios. 

    2. Commerce media independe do canal de venda 
     

    A commerce media envolve a conexão de todas as mídias que podem ser associadas a transações de vendas on-line e off-line, ou que usam dados comerciais para enriquecer e otimizar a segmentação do público. A modalidade é a oferta de produtos em lojas físicas, marketplaces e e-commerces, ou ainda plataformas de conteúdos e notícias.  

    3. Commerce Media não existe sem dados e IA  

    A segmentação e definição de públicos-alvo da commerce media tem base em dados comerciais (sinais e transações de intenção/viagem do cliente no mundo real) para informar as decisões de marketing, melhorar a segmentação, criar anúncios eficientes e eficazes e proporcionar experiências de consumo otimizadas.  

    Isso só é possível por meio da inteligência artificial, que é capaz de analisar e trabalhar dados comerciais para desenvolver modelos preditivos que aprimorem as recomendações e biddings. E também podem ajudar os publishers a melhorarem seus públicos a fim de monetização. 

    4. Commerce media multiplica receitas também para não-anunciantes

    Muitos tipos de negócios podem se beneficiar da modalidade, incluindo anunciantes, agências, plataformas de análises de dados, de mensuração de mídia, entre outros players que apoiam os operadores de mídia a impulsionar resultados, multiplicando, assim, suas receitas.  

    5. O maior inibidor da commerce media é a fragmentação  

    Não existe uma única abordagem para a commerce media –cada player do comércio (varejistas, marketplaces ou e-commerces) tem sua própria maneira de negociar anúncios, definir públicos, políticas e utilizar dados. Para as marcas, isso dificulta o alcance de seus públicos-alvo, bem como a mensuração de ROI das campanhas. Assim, um esforço de padronização e unificação do mercado pode ser a principal melhoria para ampliar receitas a todos os participantes. 

    6. Commerce media não é retail media  

    Os varejistas estão entre os primeiros players da commerce media, mas a modalidade conta com novos players,  os recém-chegados, Mas outras indústrias, como a automotiva, companhias aéreas, hotéis e a economia compartilhada, trazem seus próprios conjuntos de dados e capacidades únicos, bem como diferentes tipos de transações.  

    7. Commerce media agrega insights que vão além do varejo 

    Por não ser apenas multi-comercial, mas também multi-setorial, a commerce media tem conjuntos de dados de comportamento e de transações de um escopo mais amplo de ambientes e públicos. Esses insights podem melhorar ainda mais a segmentação e a personalização, além de ampliar o mix de marketing. 

    8. Commerce media amplia oportunidades no ecossistema digital

    A commerce media expande o escopo dos canais programáticos tradicionais, ao  conectar experiências onsite e display nos pontos de venda e offsite na web aberta e lojas físicas. A modalidade gera oportunidades para anunciantes não-endêmicos nos sites de varejistas, permite que publishers implementem estratégias de monetização orientadas para o comércio e capacita compradores e vendedores de mídia a identificarem valor de seus dados primários.

    9. Commerce media é omnichannel e full-funnel

    A commerce media não se limita a alcançar clientes no ponto de venda, mas em todos os canais, e ao longo de todas as etapas do funil de compra –desde que os pontos possam ser atribuídos a transações. Isso significa que a estratégia pode ser ser atribuída desde o estágio inicial de pesquisa até a compra final –conscientização, consideração e conversão.

    10. Commerce media é multiformato e multicanal

    Para se conectar com os consumidores em todo o funil, o commerce media adota uma variedade de formatos e de canais, muito além dos anúncios patrocinados tradicionalmente associados à retail media, incluindo também vídeo, display, contextual, shoppable ads, CTV, OOH e SMS, entre outros.

    Atualmente, a commerce media na internet aberta é fragmentada, com plataformas do lado da demanda (DSPs), plataformas do lado da oferta (SSPs) e SSPs de varejo operando separadamente. Mas, à medida que a privacidade continua sendo uma prioridade em todo o ecossistema, profissionais de marketing e proprietários de mídia buscarão soluções mais integradas para gerenciar, escalar e ativar dados primários e audiências endereçáveis. Espera-se que o espaço de mídia comercial avance rapidamente nessas áreas, tornando mais fácil para profissionais de marketing e proprietários de mídia trabalharem juntos para oferecer experiências mais ricas aos consumidores.