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  • Governo aumenta tributos e penaliza os mais pobres com a “taxa das blusinhas”

    Governo aumenta tributos e penaliza os mais pobres com a “taxa das blusinhas”

    O governo federal, em uma maré de azar com suas políticas tributárias, enfrenta uma verdadeira tempestade perfeita (como costumam dizer os economistas). O ministro da Fazenda tornou-se alvo de memes e críticas intensas devido à sua obsessão em aumentar tributos e a arrecadação a qualquer custo, sendo ironicamente apelidado de Fernando “Taxar”.

    A percepção da população, principalmente das classes mais pobres, deve piorar com a nova taxa sobre produtos importados de até US$ 50, que entrará em vigor no próximo mês. Antes mesmo de agosto começar, plataformas como AliExpress e Shopee anteciparam a cobrança do imposto, popularmente chamada de “taxa das blusinhas”, para 27 de julho. Inicialmente, essa cobrança estava programada para 1º de agosto, conforme estipulado pelo Ministério da Economia. A nova taxa incidirá sobre compras internacionais de até US$ 50, com uma alíquota de 20%.

    As plataformas justificam a antecipação como uma medida para se adequar ao novo sistema de tributação, devido ao prazo necessário para ajustar as declarações de importação. Essa antecipação é a causa de um descompasso entre o momento da compra e a declaração na Aduana.

    A nova taxa de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50 resulta em uma carga tributária total de 44,5%, considerando o ICMS atual de 17% mais o imposto de importação (20%). Esse cálculo aparentemente distorcido, onde 20% + 17% resultam em 44,5%, é uma consequência do artifício matemático do “imposto por dentro”, uma estratégia fiscal brasileira para aumentar a alíquota efetiva.

    Com a implementação da nova taxa, o preço das compras internacionais subirá significativamente. Por exemplo, uma blusa de US$ 30, que atualmente é tributada apenas com o ICMS de 17%, tem seu preço elevado para US$ 36,15. Com a nova taxa de importação, o preço da blusa subirá para US$ 43,38. Considerando um dólar a R$ 5,60, os preços em reais seriam R$ 168,00 sem tributos, R$ 202,45 com ICMS e R$ 242,93 com ICMS e a nova taxa federal. Os tributos adicionam quase R$ 75,00 ao preço de um produto de 30 dólares, um valor que pode impactar significativamente o orçamento das famílias mais pobres e nas suas compras que eram “baratinhas”.

    É lamentável que o governo opte por mais essa penalização, sobretudo em um momento de crise econômica em que as classes mais baixas já estão lutando com o aumento do custo de vida. A “taxa das blusinhas” é mais um exemplo de como os governantes estão desconectados da realidade da população. Em vez de buscar soluções que incentivem o crescimento econômico e a geração de empregos, preferem aumentar impostos de forma indiscriminada, prejudicando os mais vulneráveis.

    O Brasil precisa urgentemente de uma reforma tributária justa, que alivie a carga sobre os mais pobres e incentive a produção e o consumo. O atual governo, no entanto, parece estar mais preocupado em encher os cofres públicos às custas do trabalhador. É hora de repensar essas políticas e buscar alternativas que realmente beneficiem a população, e não apenas os interesses de poucos.

  • Pesquisa da Honeywell mostra que produtividade e criatividade são os principais ganhos com uso da IA

    Pesquisa da Honeywell mostra que produtividade e criatividade são os principais ganhos com uso da IA

    A Honeywell (Nasdaq: HON) acaba de divulgar as conclusões de seu estudo de pesquisa global Industrial AI Insights, com um termômetro da adoção da Inteligência Artificial (IA) na indústria em 12 mercados, incluindo o Brasil. Embora apenas 17% dos decisores em todo o mundo tenham implementado totalmente os seus planos iniciais de IA, 9 em cada 10 afirmam que estão descobrindo novos casos de utilização inesperados, nas fases de prototipagem, lançamento ou escalonamento da implementação da tecnologia. O estudo também revelou que os líderes estão muito entusiasmados com as aplicações industriais, com 94% deles planejando expandir a sua utilização.

    “Não há dúvida de que a IA está num momento especial”, disse Kevin Dehoff, Chief Strategy Officer da Honeywell. “Com o advento da IA generativa e de mais fontes de dados de análises avançadas, a IA Industrial está preparada para crescer exponencialmente e as possibilidades são infinitas para o crescimento da receita e a satisfação dos funcionários.”

    Especificamente no Brasil, a implantação total da tecnologia já é realidade para 24% das empresas entrevistadas, 7 pontos percentuais acima da média global. Para José Fernandes, presidente e CEO da Honeywell para a América Latina, as empresas só têm a ganhar com a adoção da IA, especialmente em automação industrial, uma das megatendências de foco da companhia este ano.

    “A automação, uma das nossas megatendências para este ano, combinada com a inteligência artificial, pode permitir que as empresas aprimorem toda a sua operação, com ferramentas que podem prevenir problemas, resultando em economia de recursos e, evidentemente, crescimento de produtividade”, afirma. 

    A IA desbloqueia benefícios no local de trabalho

    Quando questionados sobre o que pensam sobre o impacto da IA no local de trabalho, quase dois terços (64%) dos entrevistados citaram ganhos de eficiência e produtividade entre os principais benefícios. No Brasil, esse número chega a 67%.

    Sessenta por cento afirmam que a melhoria da segurança cibernética e da detecção de ameaças resulta da IA e 59% relatam uma melhor tomada de decisões devido à geração de dados em tempo real.

    Abaixo, outros destaques dos benefícios percebidos no local de trabalho com o uso da IA:

    • Maior flexibilidade de trabalho (49%, média global, contra 54% no Brasil)
    • Maior satisfação no trabalho (45%, média global, contra 46% no Brasil)
    • Mais tempo para desenvolvimento de habilidades e pensamento criativo (44%, média global, contra 53% no Brasil)
    • Aumento da segurança no local de trabalho (39%, média global)

    O desenvolvimento de competências é crucial na economia atual e a IA pode contribuir para a capacitação de trabalhadores mais rapidamente, transformando setores e permitindo que os profissionais sejam mais produtivos e estratégicos.

    Lucian Boldea, presidente e CEO da Honeywell Industrial Automation, exemplifica como a tecnologia pode ajudar nesse sentido: “Pode haver dezenas de milhares de instrumentos, equipamentos e válvulas necessários para processar e fabricar um produto. Muitas tecnologias fornecidas por grandes empresas como a Honeywell exigem técnicos altamente experientes para operação e manutenção – e há cada vez menos profissionais desse nível. Com o treinamento em IA, em que ele funciona como um “copiloto”, podemos atualizar rapidamente as habilidades dos menos experientes, transformando-os em especialistas que executam tarefas com base no conhecimento empresarial e nas melhores práticas. Por sua vez, as operações das fábricas serão executadas de forma mais segura e confiável, reduzindo drasticamente eventuais erros”.

    Outros dados de destaque no cenário brasileiro são:

    • Dois terços (66%) dos entrevistados pretendem expandir a IA para novo usos.
    • 81% esperam pagar mais para atrair engenheiros de IA.

    O que vem por aí para IA

    Embora o entusiasmo pela expansão da IA seja palpável, ainda existem alguns desafios no caminho da plena adoção. Mais de um terço dos entrevistados (37%) sentem que executivos de alto nível ainda não compreendem totalmente como a tecnologia funciona e quase metade (48%) afirma que têm de justificar continuamente ou solicitar os recursos necessários para implementá-la.

    “Empresas de todos os tipos reconhecem que a IA está transformando o nosso mundo e gerando novas possibilidades. Para operações de construção – como hospitais, campi e escritórios – é claramente o futuro. À medida que a IA orquestra os controles que regulam o uso de AVAC [sigla que se refere aos sistemas de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado], iluminação e eletricidade, ela ajuda a melhorar os resultados de segurança, operacionais e de sustentabilidade”, disse Billal Hammoud, presidente e CEO da Honeywell Building Automation.

    Tudo isto sugere que o ritmo da mudança será impulsionado por casos de utilização convincentes que podem ser medidos em termos de melhoria do desempenho empresarial. À medida que novas soluções demonstram benefícios claros para a produtividade e criatividade dos profissionais, a adoção da IA aumentará a satisfação no trabalho e o potencial de transformar as operações industriais, aumentando a produtividade e suprindo a escassez de competências.

    Para saber mais sobre os resultados da pesquisa e o trabalho da Honeywell em IA e automação, visite www.honeywell.com/us/en/ai/research.

    Metodologia

    A Honeywell contratou a Wakefield Research para pesquisar líderes de IA em todo o mundo. A pesquisa online, realizada de 22 de abril a 2 de maio de 2024, envolveu 1.600 executivos em 12 mercados globais (EUA, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Japão, México, Reino Unido, Reino da Arábia Saudita e Estados Unidos). Emirados Árabes Unidos.) Cada entrevistado trabalha em uma empresa com pelo menos 1.000 funcionários que atualmente usa IA para automatizar processos e tarefas. Todos os entrevistados são influenciadores ou tomadores de decisão relacionados ao uso de IA em seus departamentos ou em suas organizações.

  • Meritocracia e remuneração variável são ferramentas eficazes de reconhecimento

    Meritocracia e remuneração variável são ferramentas eficazes de reconhecimento

    Quando se trata de remuneração, cada empresa tem uma forma de agir, entretanto, aquelas que desejam impulsionar o negócio e reconhecer  bons resultados de colaboradores deveriam adotar um sistema de meritocracia, que permite uma remuneração variável. Essa é a orientação de Carla Martins, vice-presidente do SERAC, hub de soluções corporativas, sendo referência nas áreas contábil, jurídica, educacional e de tecnologia.

    Segundo Carla, a remuneração é uma ferramenta importante para a manutenção de colaboradores em qualquer empresa, mas ela pode ser trabalhada para potencializar alguns objetivos, como reconhecer o trabalho dos colaboradores e diminuir o turnover, contribuindo para a retenção da equipe. “A empresa pode adotar um sistema de meritocracia mensal e anual, envolvendo reconhecimento em dinheiro e elogios, basta estabelecer alguns critérios e premiar quem conseguiu os melhores resultados”, sugere.

    No SERAC, de acordo com a executiva, o prêmio mensal é realizado em dinheiro vivo, que é dado diretamente para o colaborador. “Acreditamos que dar dinheiro em mãos é como dar um presente. É diferente de um vale compras ou de receber diretamente na conta, quando o dinheiro acaba rápido. E, além do dinheiro, elogiamos a atuação da pessoa em público, assim reconhecemos de ambos os jeitos”, conta Carla Martins. 

    A remuneração anual, segundo a vice-presidente do SERAC, deve ter um prêmio maior do que o mensal, e pode envolver a empresa toda e não ser dividida por áreas ou departamentos. “Tudo depende do tamanho da empresa e das entregas exigidas. No nosso caso, optamos por estabelecer critérios relacionados à cultura na premiação anual por meritocracia. Observamos, por exemplo, como as pessoas absorvem a nossa cultura, como tratam os outros colaboradores e como são vistas por eles”, explica ela. 

    Para Carla Martins, a meritocracia é uma ferramenta interessante, pois ajuda a organização a crescer de forma consistente em relação à cultura e retenção de colaboradores. “O time todo vai ficando mais engajado e, no mês seguinte ou no ano seguinte, boa parte do time começa a batalhar para estar entre os primeiros lugares. Isso ajuda a empresa a melhorar em termos de cultura e gera um benefício não apenas para os funcionários vencedores, mas para o negócio em si. Tem gente, inclusive, que ganha várias vezes porque entende as regras do jogo e as pratica de forma constante”, avalia.

    No SERAC, a prática de meritocracia e remuneração variável começou em família e foi potencializada e levada para os colaboradores. “Nossos gerentes, por exemplo, recebem remuneração 100% variável. Os analistas recebem uma parte fixa e outra variável, que tem a ver com entregas, comportamento etc.”, explica Carla Martins.

  • Serviço e informação: conveniência dos totens carregadores

    Serviço e informação: conveniência dos totens carregadores

    Em um mundo onde estamos constantemente conectados e dependentes de nossos smartphones para enviar mensagens, verificar e-mails ou compartilhar momentos, ter um celular que acompanhe nosso ritmo é essencial. Na correria do dia-a-dia, esquecemos de levar o carregador ao sair de casa e, é nessa lacuna que a PubliCarga atua, proporcionando satisfação ao cliente enquanto anuncia ao mesmo tempo.

    Segundo pesquisa realizada TIC Domicílios, dos 149 milhões de usuários de internet no Brasil, mais de 92 milhões (cerca de 62%) acessam a internet exclusivamente pelo celular. Pensando nisso, a franquia foi criada para suprir essa necessidade do consumidor e se tornar uma ferramenta estratégica de publicidade.

    Com entradas para todos os tipos de celulares e posicionada em locais estratégicos com grande fluxo de pessoas, como restaurantes, shoppings, barzinhos e academias, a PubliCarga permite que os consumidores carreguem seus dispositivos de forma gratuita enquanto são impactados por anúncios de empresas, tornando-se uma poderosa ferramenta, “O estabelecimento que recebe o seu totem ganha um diferencial competitivo, investindo na comodidade dos clientes, todos ganham: o consumidor e o anunciante”, comenta André Jácomo, fundador da marca.

    Diferente de seus concorrentes, a franquia não é fabricante de totens, mas sim uma agência que faz parte da Holding Beabá Negócios, que está há mais de nove anos no mercado oferecendo consultoria para o franchising, além de estratégias inovadoras de publicidade. Com um investimento inicial de R$ 15.990, o empreendedor pode faturar mais de R$ 8.514,00 e trabalhar de forma remota.

  • Eseye anuncia novo diretor comercial no Brasil

    Eseye anuncia novo diretor comercial no Brasil

    Mario Guisard acaba de assumir o cargo de Diretor Comercial na Eseye, referência de conectividade para dispositivos e soluções IoT, e que oferece a mais avançada e abrangente tecnologia do segmento. Com 30 anos de experiência nas áreas de telecom e IoT, o executivo tem passagens por grandes corporações como Brightstar, SanDisk, VIVO, ZTE e KORE Wireless. De acordo com Ana Carolina Bussab, Managing Director da Eseye, a chegada do novo executivo faz parte dos planos da empresa em potencializar a operação brasileira ampliando sua atuação em todas as verticais no mercado de conectividade IoT.

    Para Nick Earle, CEO global da Eseye: “Esta contratação é muito importante para a Eseye globalmente. O Brasil é um mercado estratégico. Enxergamos ainda muito espaço para crescer não apenas no país, mas também para avançar a partir dele para a América Latina”.

    Fundada em 2007 no Reino Unido, sua plataforma é adotada por mais de 2 mil clientes em todo o mundo, e 9 milhões de dispositivos conectados. As plataformas de IoT da Eseye atuam com sensores das operadoras no Brasil e no mundo, utilizando redes 4G e 5G com 95% de conectividade, permitindo ainda a integração com sistemas avançados de análise de dados.

    Formado em engenharia de telecomunicações pelo INATEL, Guisard possui especializações em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral e Governança Corporativa pela FIPECAFI. Atualmente cursando Pós-MBA em Inovações e Tendências na INOVA Business School/AMCHAM.

  • Registro de “Marcas de Posição”

    Registro de “Marcas de Posição”

    De maneira ampla, uma marca consiste num sinal distintivo que serve a identificar visualmente a origem e distinguir um produto ou serviço, diferenciando um produto ou serviço de outro igual ou semelhante. No Brasil, seu registro incumbe ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), sendo que, até 2021, apenas quatro modalidades de marca eram passíveis de registro, quais sejam: 1) marca nominativa, constituída somente por uma ou mais palavras; 2) marca figurativa, constituída por desenho, imagem, figura e/ou símbolo, ou seja, de uma representação gráfica sem elementos nominativos; 3) marca mista, composta pela combinação de elementos figurativos e nominativos, ou seja, tanto por palavras como por desenhos, imagens e outros, formando uma representação gráfica; e 4) marca tridimensional, constituída pela forma plástica distintiva de um produto ou serviço, gerando uma individualidade no mercado (p. ex., embalagens de produtos com características diferenciadoras).

    Apenas em setembro de 2021, o INPI, mediante a Portaria n° 37, passou a admitir o registro das chamadas marcas de posição.

    A marca de posição, segundo definido pelo INPI, é a aplicação de um sinal em suporte numa posição específica que resulta em um conjunto distintivo a identificar um produto ou serviço. Tal sinal não se destina a fins técnicos ou funcionais, mas somente a fins de distintividade, devendo estar posicionado de maneira não-habitual no mercado. O sinal aplicado ao objeto pode compor-se de palavras, letras, algarismos, ideogramas, símbolos, desenhos, imagens, figuras, cores, padrões, formas ou da combinação desses elementos.

    A admissão do registro da marca de posição trouxe uma grande inovação no Brasil, por considerar uma marca além dos tipos “tradicionais”, demonstrando que o INPI tem se empenhado em acompanhar as tendências do mercado.

    Apesar de a possibilidade do registro de marca de posição existir desde setembro de 2021, o INPI concedeu o primeiro registro de tal tipo de marca somente em maio de 2023, atendendo a um pedido da empresa de vestuário e acessórios Osklen, que buscou proteger, através da marca de posição, os três ilhoses posicionados em cima dos modelos de tênis por ela produzidos.

    O INPI entendeu que os ilhoses definem os calçados da Osklen e que, mesmo sendo um adorno comum em tênis, a maneira em que são especificamente aplicados (sequência de três ilhoses sobre o calçado) tem sido utilizada somente pela Osklen, dentre os fabricantes de calçados, o que torna seus produtos singulares no mercado, de modo a caracterizarem elemento suficientemente distintivo para ser considerado como uma marca.

    Com a concessão do registro da marca de posição dos três ilhoses, a Osklen passa a ter uso exclusivo sobre esse elemento, podendo impedir terceiros de utilizarem itens semelhantes em seus produtos, o que garante a posição da empresa no mercado e reafirma a individualidade e exclusividade de seus calçados, fator de extrema importância no segmento da moda.

    Por outro lado, na contramão da decisão favorável à Osklen, o INPI indeferiu o pedido de registro de marca de posição da reconhecida grife francesa Christian Louboutin, ao buscar registrar o famoso solado de cor vermelha caraterístico de seus sapatos de salto alto.

    Apesar do solado vermelho já ser notadamente associado à Louboutin, o INPI não acatou o pedido por entender que a cor vermelha aplicada em sapatos de salto alto não é um elemento suficientemente distintivo, não podendo, portanto, ensejar a exclusividade de uso e a concessão do registro da marca de posição.

    O caso da Louboutin ainda não teve fim, pois a empresa, discordando do indeferimento, ajuizou ação de nulidade contra a decisão do INPI, alegando falta de fundamento e que as solas vermelhas da marca já são características no mercado e mundialmente reconhecidas.

    A inserção das marcas de posição nas modalidades de registro do INPI significa tanto uma demanda do próprio mercado em proteger esse tipo de marca como também um incentivo para que as empresas considerem também adicionar esse elemento no branding de seus produtos e serviços, uma vez que agora é possível garantir a exclusividade de uso desse tipo de marca.

    Atualmente, no INPI, encontram-se em andamento mais de 200 pedidos de registro de marca de posição de diversos segmentos de mercado, o que demonstra um grande interesse das empresas em buscar a exclusividade de uso dos elementos distintivos de seus produtos e serviços.

    De fato, o registro de marcas de posição é altamente recomendado em muitos casos, a fim de proteger produtos e serviços que as contêm. No entanto, cada caso deve ser analisado por especialistas no assunto, a fim de determinar se os elementos existentes atendem aos critérios e requisitos registrais do INPI.

  • Registro de “Marcas de Posição”

    Registro de “Marcas de Posição”

    De maneira ampla, uma marca consiste num sinal distintivo que serve a identificar visualmente a origem e distinguir um produto ou serviço, diferenciando um produto ou serviço de outro igual ou semelhante. No Brasil, seu registro incumbe ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), sendo que, até 2021, apenas quatro modalidades de marca eram passíveis de registro, quais sejam: 1) marca nominativa, constituída somente por uma ou mais palavras; 2) marca figurativa, constituída por desenho, imagem, figura e/ou símbolo, ou seja, de uma representação gráfica sem elementos nominativos; 3) marca mista, composta pela combinação de elementos figurativos e nominativos, ou seja, tanto por palavras como por desenhos, imagens e outros, formando uma representação gráfica; e 4) marca tridimensional, constituída pela forma plástica distintiva de um produto ou serviço, gerando uma individualidade no mercado (p. ex., embalagens de produtos com características diferenciadoras).

    Apenas em setembro de 2021, o INPI, mediante a Portaria n° 37, passou a admitir o registro das chamadas marcas de posição.

    A marca de posição, segundo definido pelo INPI, é a aplicação de um sinal em suporte numa posição específica que resulta em um conjunto distintivo a identificar um produto ou serviço. Tal sinal não se destina a fins técnicos ou funcionais, mas somente a fins de distintividade, devendo estar posicionado de maneira não-habitual no mercado. O sinal aplicado ao objeto pode compor-se de palavras, letras, algarismos, ideogramas, símbolos, desenhos, imagens, figuras, cores, padrões, formas ou da combinação desses elementos.

    A admissão do registro da marca de posição trouxe uma grande inovação no Brasil, por considerar uma marca além dos tipos “tradicionais”, demonstrando que o INPI tem se empenhado em acompanhar as tendências do mercado.

    Apesar de a possibilidade do registro de marca de posição existir desde setembro de 2021, o INPI concedeu o primeiro registro de tal tipo de marca somente em maio de 2023, atendendo a um pedido da empresa de vestuário e acessórios Osklen, que buscou proteger, através da marca de posição, os três ilhoses posicionados em cima dos modelos de tênis por ela produzidos.

    O INPI entendeu que os ilhoses definem os calçados da Osklen e que, mesmo sendo um adorno comum em tênis, a maneira em que são especificamente aplicados (sequência de três ilhoses sobre o calçado) tem sido utilizada somente pela Osklen, dentre os fabricantes de calçados, o que torna seus produtos singulares no mercado, de modo a caracterizarem elemento suficientemente distintivo para ser considerado como uma marca.

    Com a concessão do registro da marca de posição dos três ilhoses, a Osklen passa a ter uso exclusivo sobre esse elemento, podendo impedir terceiros de utilizarem itens semelhantes em seus produtos, o que garante a posição da empresa no mercado e reafirma a individualidade e exclusividade de seus calçados, fator de extrema importância no segmento da moda.

    Por outro lado, na contramão da decisão favorável à Osklen, o INPI indeferiu o pedido de registro de marca de posição da reconhecida grife francesa Christian Louboutin, ao buscar registrar o famoso solado de cor vermelha caraterístico de seus sapatos de salto alto.

    Apesar do solado vermelho já ser notadamente associado à Louboutin, o INPI não acatou o pedido por entender que a cor vermelha aplicada em sapatos de salto alto não é um elemento suficientemente distintivo, não podendo, portanto, ensejar a exclusividade de uso e a concessão do registro da marca de posição.

    O caso da Louboutin ainda não teve fim, pois a empresa, discordando do indeferimento, ajuizou ação de nulidade contra a decisão do INPI, alegando falta de fundamento e que as solas vermelhas da marca já são características no mercado e mundialmente reconhecidas.

    A inserção das marcas de posição nas modalidades de registro do INPI significa tanto uma demanda do próprio mercado em proteger esse tipo de marca como também um incentivo para que as empresas considerem também adicionar esse elemento no branding de seus produtos e serviços, uma vez que agora é possível garantir a exclusividade de uso desse tipo de marca.

    Atualmente, no INPI, encontram-se em andamento mais de 200 pedidos de registro de marca de posição de diversos segmentos de mercado, o que demonstra um grande interesse das empresas em buscar a exclusividade de uso dos elementos distintivos de seus produtos e serviços.

    De fato, o registro de marcas de posição é altamente recomendado em muitos casos, a fim de proteger produtos e serviços que as contêm. No entanto, cada caso deve ser analisado por especialistas no assunto, a fim de determinar se os elementos existentes atendem aos critérios e requisitos registrais do INPI.

  • Mercado de programas de fidelidade cresce 18,3% no Brasil em 2023

    Mercado de programas de fidelidade cresce 18,3% no Brasil em 2023

    O setor de programas de fidelidade no Brasil apresentou um crescimento significativo em 2023, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf). O resgate de pontos e milhas pelos participantes aumentou 18,3% em comparação com 2022, enquanto o faturamento das empresas de fidelidade no último trimestre de 2023 atingiu R$ 4,8 bilhões, um aumento de 13,6%.

    O número de cadastros nos programas de fidelidade também cresceu, alcançando 312,5 milhões ao final de 2023, um aumento de 5,4% em relação ao ano anterior. As transações realizadas pelos participantes subiram 9,7%, e a taxa de breakage (pontos/milhas expirados) atingiu seu menor nível desde 2020, com 13,1%.

    Martin Holdschmidt, presidente da Abemf, afirma que “os dados são um sinal claro de que as iniciativas de fidelização seguem despertando o interesse dos brasileiros”.

    O crescimento do mercado é evidenciado pelo desempenho de empresas como a Alloyal, uma startup mineira que atua como Loyalty Tech. A empresa dobrou suas vendas em 2023, ultrapassando a marca de R$ 100 milhões em faturamento anual.

    Recentemente rebatizada de Lecupon para Alloyal, a empresa busca acompanhar as mudanças no perfil do mercado. Aluísio Cirino, CEO da startup, destaca que os consumidores agora buscam mais do que simples cupons de desconto, desejando experiências personalizadas e marcantes.

    “Os clientes pedem experiências mais personalizadas e mais marcantes. Mais do que fiéis, tornam-se fãs, leais à marca. Então, a era do cupom ficou para trás. Cabe a nós, players desse mercado, desenvolver soluções que contemplem esse anseio do consumidor”, explica Cirino.

    A Alloyal planeja implementar novas funcionalidades em 2024, incluindo sorteios, serviço de telemedicina e opções avançadas de segmentação e customização. Atualmente, a empresa conta com uma base de 5 milhões de usuários em 500 empresas clientes, abrangendo 25 mil estabelecimentos em todo o Brasil.

    O crescimento expressivo do mercado de fidelização no Brasil reflete uma tendência de maior engajamento entre consumidores e marcas, impulsionando inovações e o desenvolvimento de soluções cada vez mais sofisticadas no setor.

  • Treinamentos transformam o mercado de eventos no Brasil

    Treinamentos transformam o mercado de eventos no Brasil

    O mercado de coaching no Brasil experimenta um crescimento exponencial em número de profissionais e de eventos. De acordo com a International Coach Federation (ICF), maior associação global de coaches, de dez anos para cá, o aumento de especialistas no País chegou a 300%. No ano passado, foram realizados mais de 500 eventos em nível nacional, incluindo congressos, workshops, seminários e sessões de treinamento relacionados a coaching em diversas cidades brasileiras. E o Expo D. Pedro, um dos maiores espaços multiuso do interior de São Paulo, está nesta rota, recebendo até este mês 12 eventos com este perfil. Mais 10 encontros estão programados até o final do ano.

    “A demanda por este tipo de evento no espaço tem sido alta, e cresceu principalmente no pós-pandemia com uma busca cada vez maior dos participantes por temas como autoconhecimento e desenvolvimento pessoal”, afirma Marceli Oliveira, superintendente do Complexo Expo D. Pedro. A executiva observa que também as empresas vêm investindo em coaching para aprimorar as competências de lideranças e o desempenho no ambiente corporativo.

    O perfil dos eventos de coaching no Brasil comporta desde encontros intimistas para pequenos grupos em sessões personalizadas, até grandes programações. Nestas configurações, a superintendente do Expo D. Pedro observa aumentos significativos em áreas como coaching de vida e coaching de carreira, e ressalta que “os organizadores buscam cada vez mais espaços flexíveis, que comportem práticas personalizadas, como salas para mentorias, e áreas maiores para levar conforto a até 2 mil ou mesmo até 5 mil pessoas simultaneamente”.

    Acontecem, no mês de julho, dois grandes eventos no espaço ligados ao despertar da mente e inteligência emocional, entre eles o treinamento “Desperte o seu melhor: Imersão de inteligência emocional e neurociência” (27 e 28/07). “Estas programações reúnem um público bastante diversificado”, destaca Marceli. “São executivos, empreendedores, profissionais liberais e até estudantes com interesse em desenvolver habilidades e alcançar metas específicas.”

    O Complexo

    Um dos maiores espaços multiuso para eventos do interior de São Paulo, o Expo D. Pedro, localizado em Campinas (SP), tem estrutura planejada para eventos corporativos de médio e grande portes, feiras, eventos religiosos, congressos, conferências, palestras, formaturas e shows.

    Os espaços modulares no Centro de Convenções se adaptam a eventos de pequeno, médio e grande portes, chegando a uma área total de 5.000 m². Já o Centro de Exposições tem 7 mil m2 de área totalmente horizontal. Ambos os espaços são integrados de forma horizontal, facilitando a logística de organização de eventos dos mais diversos.

    A versatilidade do espaço, a segurança, a localização no Parque Dom Pedro e a comodidade de acesso pela Rodovia D. Pedro I são grandes atrativos do Complexo.

  • Treinamentos transformam o mercado de eventos no Brasil

    Treinamentos transformam o mercado de eventos no Brasil

    O mercado de coaching no Brasil experimenta um crescimento exponencial em número de profissionais e de eventos. De acordo com a International Coach Federation (ICF), maior associação global de coaches, de dez anos para cá, o aumento de especialistas no País chegou a 300%. No ano passado, foram realizados mais de 500 eventos em nível nacional, incluindo congressos, workshops, seminários e sessões de treinamento relacionados a coaching em diversas cidades brasileiras. E o Expo D. Pedro, um dos maiores espaços multiuso do interior de São Paulo, está nesta rota, recebendo até este mês 12 eventos com este perfil. Mais 10 encontros estão programados até o final do ano.

    “A demanda por este tipo de evento no espaço tem sido alta, e cresceu principalmente no pós-pandemia com uma busca cada vez maior dos participantes por temas como autoconhecimento e desenvolvimento pessoal”, afirma Marceli Oliveira, superintendente do Complexo Expo D. Pedro. A executiva observa que também as empresas vêm investindo em coaching para aprimorar as competências de lideranças e o desempenho no ambiente corporativo.

    O perfil dos eventos de coaching no Brasil comporta desde encontros intimistas para pequenos grupos em sessões personalizadas, até grandes programações. Nestas configurações, a superintendente do Expo D. Pedro observa aumentos significativos em áreas como coaching de vida e coaching de carreira, e ressalta que “os organizadores buscam cada vez mais espaços flexíveis, que comportem práticas personalizadas, como salas para mentorias, e áreas maiores para levar conforto a até 2 mil ou mesmo até 5 mil pessoas simultaneamente”.

    Acontecem, no mês de julho, dois grandes eventos no espaço ligados ao despertar da mente e inteligência emocional, entre eles o treinamento “Desperte o seu melhor: Imersão de inteligência emocional e neurociência” (27 e 28/07). “Estas programações reúnem um público bastante diversificado”, destaca Marceli. “São executivos, empreendedores, profissionais liberais e até estudantes com interesse em desenvolver habilidades e alcançar metas específicas.”

    O Complexo

    Um dos maiores espaços multiuso para eventos do interior de São Paulo, o Expo D. Pedro, localizado em Campinas (SP), tem estrutura planejada para eventos corporativos de médio e grande portes, feiras, eventos religiosos, congressos, conferências, palestras, formaturas e shows.

    Os espaços modulares no Centro de Convenções se adaptam a eventos de pequeno, médio e grande portes, chegando a uma área total de 5.000 m². Já o Centro de Exposições tem 7 mil m2 de área totalmente horizontal. Ambos os espaços são integrados de forma horizontal, facilitando a logística de organização de eventos dos mais diversos.

    A versatilidade do espaço, a segurança, a localização no Parque Dom Pedro e a comodidade de acesso pela Rodovia D. Pedro I são grandes atrativos do Complexo.