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  • Brasil à frente dos EUA? Engajamento digital pode ser uma porta de entrada para marcas brasileiras no mercado norte americano

    Brasil à frente dos EUA? Engajamento digital pode ser uma porta de entrada para marcas brasileiras no mercado norte americano

    Enquanto os Estados Unidos ainda lidam com plataformas de comunicação fragmentadas, o Brasil se destaca pela adoção criativa e integrada do WhatsApp. As empresas brasileiras estão muito à frente no engajamento digital, e isso nos dá uma vantagem estratégica para competir e expandir no mercado americano, aproveitando nosso domínio das plataformas de mensagens, especialmente o WhatsApp.

    No Brasil, o WhatsApp foi adaptado de forma única. Com essa expertise, temos uma oportunidade real de crescimento global. Aprendi na pós-graduação que há duas formas principais de expandir um negócio: oferecendo novos produtos ou entrando em novos mercados. E o Brasil está excepcionalmente bem posicionado para fazer o segundo.

    O ecossistema digital do Brasil: onipresente e avançado

    Segundo a Statista, 93.4% dos usuários de internet no Brasil utilizam o WhatsApp, ele vai muito além de uma simples ferramenta de mensagens — é parte do dia a dia. Desde organizar um churrasco até abrir uma conta bancária, o WhatsApp é fundamental para a comunicação pessoal e profissional. Para pequenas e médias empresas, funciona como CRM, ferramenta de marketing e até plataforma de e-commerce.

    No setor financeiro, bancos como Banco do Brasil e Bradesco permitem consultas de saldo, transferências e até renegociação de dívidas via WhatsApp. Em 2023, o Banco Central autorizou pagamentos via WhatsApp, permitindo que usuários paguem produtos e serviços diretamente no chat, utilizando cartões Visa e Mastercard.

    Todas as indústrias no Brasil seguiram esse caminho, usando o WhatsApp para interagir de forma instantânea e eficiente com seus clientes. Aqui, estamos acostumados a respostas rápidas, seja de humanos ou máquinas. Para nós brasileiros, o WhatsApp é o coração do nosso ecossistema digital.

    As novas regras de engajamento: como as megatendências estão transformando as experiências digitais

    Tendências globais estão mudando a forma como os clientes interagem com as marcas. As empresas estão investindo cada vez mais em canais diretos de comunicação para coletar dados primários, já que a privacidade e a eliminação de cookies de terceiros estão dificultando o alcance de potenciais clientes.

    Dados recentes indicam que 22% dos usuários de internet em dispositivos móveis nos Estados Unidos utilizam bloqueadores de anúncio, enquanto no Brasil apenas 16% têm essa ferramenta. Isso mostra que o poder de escolha do consumidor sobre quando e onde se envolver com as marcas está aumentando.

    Além disso, os clientes esperam respostas cada vez mais rápidas e personalizadas. Curiosamente, pesquisas indicam que muitos consumidores preferem a velocidade de um chatbot a interações humanas demoradas. Nos EUA, segundo a Twilio 89% dos consumidores já preferem se comunicar via mensagens. Enquanto no Brasil o comércio conversacional já é uma realidade, nos EUA ele ainda está em fase de crescimento.

    Na década passada, todas as empresas queriam criar seus próprios aplicativos. Hoje, a prioridade é garantir presença no WhatsApp dos clientes. Enquanto as empresas americanas ainda não perceberam, já aprendemos que a fidelização dos clientes não depende de um aplicativo, mas sim de oferecer mensagens ágeis e relevantes nos canais que eles já utilizam.

    Surpresa! A maioria dos americanos podem usar  RCS – mas eles nem sabem o que é!

    As empresas brasileiras têm uma oportunidade única nos Estados Unidos, uma vez que dominamos a arte de criar experiências excepcionais com o Rich Communication Services (RCS). Embora o WhatsApp já conte com mais de 100 milhões de usuários mensais ativos no país, ele ainda não lidera o mercado. O RCS, por outro lado, tem se consolidado. Atualmente, a maioria dos smartphones vendidos nos Estados Unidos, tanto Android quanto iOS, são compatíveis com o RCS, desde que estejam atualizados e operem com operadoras que oferecem suporte a essa tecnologia.

    O Android representa cerca de 46% do mercado de smartphones nos EUA, conforme dados da Canalys, e a grande maioria dos dispositivos modernos com Android já possui suporte ao RCS desde 2017. O iPhone, que domina 54% do mercado, incorporou o RCS no iOS 18, lançado em setembro de 2024. Com isso, praticamente todos os americanos com celular já têm acesso ao RCS.

    Mas por que isso está acontecendo agora? Embora o RCS tenha sido desenvolvido em 2007, sua adoção foi lenta, principalmente devido à fragmentação entre as operadoras e à resistência da Apple. Esse cenário começou a mudar quando o Google padronizou o serviço, e a Apple finalmente cedeu à pressão do mercado em 2024. Além disso, as investigações antitruste tanto nos Estados Unidos quanto na Europa ajudaram a acelerar a adoção do RCS, ao promoverem a compatibilidade entre plataformas.

    Saltos tecnológicos e histórias de sucesso no Brasil

    O domínio brasileiro em plataformas digitais não se limita ao WhatsApp. O Pix, lançado pelo Banco Central, revolucionou os pagamentos instantâneos e superou alternativas americanas em velocidade, acessibilidade e abrangência. Enquanto o Pix é gratuito e universal, os sistemas americanos ainda são fragmentados e muitas vezes cobrados.

    Na minha atuação, tanto no Brasil quanto nos EUA, ainda vejo empresas americanas enviando cheques pelo correio mensalmente. O ecossistema digital brasileiro para pagamentos em restaurantes e empresas B2B está de três a cinco anos à frente do americano.

    O Paradoxo Brasileiro da Inovação

    Apesar do avanço em algumas áreas, o Brasil também tem seus desafios. O e-commerce, por exemplo, demorou para ganhar força devido a dificuldades logísticas e à infraestrutura limitada de internet no passado. Só quando o governo percebeu que podia impulsionar a adoção com iniciativas como o Pix, o cenário começou a mudar rapidamente.

    Serviços de streaming, como Globoplay e Netflix, enfrentaram barreiras semelhantes para alcançar o público brasileiro. No entanto, a criatividade e adaptabilidade dos brasileiros ajudaram a superar essas dificuldades, muitas vezes resultando em soluções mais inovadoras.

    Plataformas Globais de Comunicação: Uma Comparação

    A taxa de penetração do WhatsApp no Brasil, de 93,4%, supera a de qualquer outra plataforma similar no mundo. Na China, o WeChat possui cerca de 80% de penetração, conforme dados da Statista, e funciona como um ecossistema completo para comunicação e pagamentos. Na Austrália, um levantamento da Hootsuite e da We Are Social revela que o Facebook Messenger domina com 83% de adoção. No entanto, no Brasil, a centralização no WhatsApp criou um ambiente digital altamente eficiente e conectado.

    As Soluções de RCS (Rich Communications Service) que Dominam os Mercados Globais: Uma Análise Visual das Preferências Regionais

    Com o avanço do RCS nos EUA, as empresas brasileiras têm uma oportunidade única de aplicar seu conhecimento em um mercado em ascensão. Esse movimento não só impulsiona a inovação global, mas também fortalece nossa posição como referência em engajamento digital. O futuro da comunicação empresarial será moldado por quem souber aproveitar essa transição e oferecer experiências que atendam às novas expectativas dos consumidores.

  • De palavras-chave a respostas imediatas: o impacto da IA nos mecanismos de buscas

    De palavras-chave a respostas imediatas: o impacto da IA nos mecanismos de buscas

    A integração da inteligência artificial nos mecanismos de busca na web está revolucionando a forma como consumimos informação na era digital. Os motores de buscas, que por décadas se limitaram a interpretar palavras-chave e indexar conteúdos de forma linear, hoje evoluíram para sistemas complexos que conseguem compreender a intenção do usuário e oferecer respostas altamente personalizadas e contextuais.

    Tecnologias como o processamento de linguagem natural e o reconhecimento de padrões visuais tornaram possível que as máquinas “entendam” o que procuramos, mesmo quando nossas consultas são vagas ou mal estruturadas. Em vez de apenas listar páginas com palavras correspondentes, os sistemas de busca modernos utilizam algoritmos de aprendizado de máquina para prever nossas reais necessidades, baseando-se no contexto das buscas anteriores, localização e até no comportamento online. Essa evolução representa uma mudança de paradigma, colocando a IA como protagonista na experiência de busca.

    Entretanto, esse avanço traz desafios significativos. A automação das respostas e a entrega de resumos diretos, características dos sistemas baseados em IA, estão transformando a maneira como navegamos na internet. Antes, um clique em um site era essencial para acessar as informações; hoje, uma pergunta feita a um motor de busca equipado com IA pode oferecer uma resposta precisa sem que o usuário saia da página.

    Estudos do Gartner de 2024 indicam que o volume de buscas nos mecanismos tradicionais cairá 25% até 2026, à medida que o marketing de busca perde espaço para a crescente adoção de chatbots de IA. Esse cenário reflete uma mudança mais ampla no comportamento dos consumidores e nas estratégias de SEO, intensificada pela atualização do algoritmo Core Update de 2024 do Google. Essa atualização causou um impacto significativo, alterando profundamente a forma como os sites são classificados.

    Como resultado, muitos sites sofreram quedas acentuadas no tráfego orgânico, enquanto pequenos editores independentes, que se dedicam a criar conteúdos de alto valor, viram um crescimento inesperado. Esse novo panorama exige que as estratégias de SEO evoluam. Se antes as palavras-chave e backlinks eram os principais fatores, agora é essencial que os conteúdos sejam otimizados para interagir com os algoritmos de IA, levando em consideração aspectos como a semântica da linguagem e a estrutura dos materiais. Para se manterem competitivas, empresas e criadores de conteúdo precisam se adaptar a essa nova realidade digital.

    Outro ponto crucial é o impacto dessa evolução na experiência do usuário. Embora as respostas automatizadas economizem tempo e ofereçam conveniência, elas podem criar uma dependência excessiva dos algoritmos. Isso pode limitar a autonomia do usuário na busca por informações mais profundas ou alternativas, ao mesmo tempo em que consolida o poder dos grandes provedores de tecnologia.

    O futuro das buscas online com IA nos desafia a repensar nossa relação com a informação. Enquanto consumidores, é essencial que busquemos um equilíbrio entre a conveniência oferecida por essas tecnologias e a profundidade que a exploração ativa da web pode proporcionar. Já para as empresas, a adaptação às novas dinâmicas é mais do que uma necessidade; é uma questão de sobrevivência em um mercado digital que evolui em ritmo acelerado.

    As buscas com IA estão moldando a próxima geração da internet, e todos nós, como consumidores ou criadores de conteúdo, devemos estar preparados para navegar por essa transformação com estratégia, ética e inovação.

  • De palavras-chave a respostas imediatas: o impacto da IA nos mecanismos de buscas

    De palavras-chave a respostas imediatas: o impacto da IA nos mecanismos de buscas

    A integração da inteligência artificial nos mecanismos de busca na web está revolucionando a forma como consumimos informação na era digital. Os motores de buscas, que por décadas se limitaram a interpretar palavras-chave e indexar conteúdos de forma linear, hoje evoluíram para sistemas complexos que conseguem compreender a intenção do usuário e oferecer respostas altamente personalizadas e contextuais.

    Tecnologias como o processamento de linguagem natural e o reconhecimento de padrões visuais tornaram possível que as máquinas “entendam” o que procuramos, mesmo quando nossas consultas são vagas ou mal estruturadas. Em vez de apenas listar páginas com palavras correspondentes, os sistemas de busca modernos utilizam algoritmos de aprendizado de máquina para prever nossas reais necessidades, baseando-se no contexto das buscas anteriores, localização e até no comportamento online. Essa evolução representa uma mudança de paradigma, colocando a IA como protagonista na experiência de busca.

    Entretanto, esse avanço traz desafios significativos. A automação das respostas e a entrega de resumos diretos, características dos sistemas baseados em IA, estão transformando a maneira como navegamos na internet. Antes, um clique em um site era essencial para acessar as informações; hoje, uma pergunta feita a um motor de busca equipado com IA pode oferecer uma resposta precisa sem que o usuário saia da página.

    Estudos do Gartner de 2024 indicam que o volume de buscas nos mecanismos tradicionais cairá 25% até 2026, à medida que o marketing de busca perde espaço para a crescente adoção de chatbots de IA. Esse cenário reflete uma mudança mais ampla no comportamento dos consumidores e nas estratégias de SEO, intensificada pela atualização do algoritmo Core Update de 2024 do Google. Essa atualização causou um impacto significativo, alterando profundamente a forma como os sites são classificados.

    Como resultado, muitos sites sofreram quedas acentuadas no tráfego orgânico, enquanto pequenos editores independentes, que se dedicam a criar conteúdos de alto valor, viram um crescimento inesperado. Esse novo panorama exige que as estratégias de SEO evoluam. Se antes as palavras-chave e backlinks eram os principais fatores, agora é essencial que os conteúdos sejam otimizados para interagir com os algoritmos de IA, levando em consideração aspectos como a semântica da linguagem e a estrutura dos materiais. Para se manterem competitivas, empresas e criadores de conteúdo precisam se adaptar a essa nova realidade digital.

    Outro ponto crucial é o impacto dessa evolução na experiência do usuário. Embora as respostas automatizadas economizem tempo e ofereçam conveniência, elas podem criar uma dependência excessiva dos algoritmos. Isso pode limitar a autonomia do usuário na busca por informações mais profundas ou alternativas, ao mesmo tempo em que consolida o poder dos grandes provedores de tecnologia.

    O futuro das buscas online com IA nos desafia a repensar nossa relação com a informação. Enquanto consumidores, é essencial que busquemos um equilíbrio entre a conveniência oferecida por essas tecnologias e a profundidade que a exploração ativa da web pode proporcionar. Já para as empresas, a adaptação às novas dinâmicas é mais do que uma necessidade; é uma questão de sobrevivência em um mercado digital que evolui em ritmo acelerado.

    As buscas com IA estão moldando a próxima geração da internet, e todos nós, como consumidores ou criadores de conteúdo, devemos estar preparados para navegar por essa transformação com estratégia, ética e inovação.

  • O que jamais esquecer ao implementar um programa de fidelidade

    O que jamais esquecer ao implementar um programa de fidelidade

    Os números comprovam: programas de fidelização caíram no gosto dos brasileiros. Sejam eles consumidores em busca de descontos, benefícios e outras vantagens; sejam empresários e empresas que enxergam na fidelização uma forma de melhorar o relacionamento com seus clientes e trazer retorno positivo ao negócio. Dados da ABEMF (Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização) apontam que o número de inscrições em programas desse tipo no país cresce a cada ano. Já são 320 milhões de cadastros, segundo o último estudo divulgado pela associação (3T24). 

    Com essa ebulição do mercado, empresas que desejam investir em fidelização costumam se perguntar sobre qual caminho seguir. Que tipo de programa adotar? Como transformar, de fato, relacionamento em negócios? A resposta para todas essas perguntas é: depende. 

    Antes de implantar um programa de fidelidade, a recomendação é sempre estudar o seu negócio, traçar e compreender suas metas e objetivos e conhecer o perfil dos clientes que você tem e quer ter. Apesar das características de uma boa estratégia de fidelização serem particulares para cada negócio, há algumas regras gerais que podem auxiliar, e muito, quem está começando nessa jornada, ou mesmo quem já tem um programa de fidelidade e quer torná-lo mais eficaz. Listamos aqui alguns dos itens que não podem ser esquecidos pelo caminho.

    Engajamento – Um programa de fidelidade pode ter diversas metas. Levar mais pessoas à loja, aumentar a quantidade de itens em cada compra, ganhar em recomendações e promoção da marca nas redes sociais. O que todos eles têm em comum é resumido em uma palavra: engajamento. No fim das contas, o que um programa de fidelidade precisa fazer é engajar e direcionar comportamento, de forma que seja rentável ao negócio. Então, pense sempre no comportamento de seus clientes ao traçar estratégias de fidelização.

    Coleta e análise de dados – Com tanta tecnologia disponível, são inúmeras as ferramentas que podem ajudar uma empresa com dados, informações e insights sobre o negócio. Independentemente de quais plataformas você vai usar, tenha em mente que você não pode deixar de acompanhar o andamento e resultados do seu programa. Seu programa está mesmo mudando comportamento? Os clientes estão comprando mais? A recorrência aumentou? Quem são seus clientes mais fiéis? Quais são suas preferências? Todas essas são perguntas que não podem ficar sem respostas se você quer ter sucesso em seu programa de fidelidade. Além de medir impactos, esse tipo de informação pode ajudar a corrigir rotas em caso de falhas de estratégia. 

    Comunicação – Como em qualquer relacionamento, a presença e o diálogo são fundamentais para o sucesso de um programa de fidelidade. Lembre-se de que o engajamento é construído ao longo do tempo e precisa ser “alimentado”, por meio de interações frequentes, escuta, retornos. Mas não apenas isso. A comunicação precisa ser relevante. Use os dados que você coleta para estabelecer esse relacionamento. Mostre ao cliente que você o conhece, que preparou ofertas, condições e experiências personalizadas para ele, ou mesmo que está atento às suas necessidades e desejos. 

    Racional e emocional – A proposta de valor ideal da fidelização precisa reunir as duas coisas, o lado racional e o emocional. É importante, claro, que o cliente sinta “no bolso” as vantagens de participar do programa, por meio de descontos ou resgate de um produto com pontos/milhas, sem precisar gastar mais para isso. Mas também é essencial que ele se sinta reconhecido, faça parte de uma comunidade, perceba exclusividade e tenha boas experiências.

    Segmentação – Pessoas são diferentes umas das outras e têm comportamentos distintos. Não deixe de levar isso em consideração, e cuide da segmentação do seu programa. As possibilidades são muitas. Você pode considerar aspectos transacionais, demográficos e até geracionais. Mas nunca julgue seus consumidores como pessoas com um único perfil. 

    E uma última dica: nenhuma estratégia de fidelização pode ajudá-lo a corrigir problemas fundamentais do negócio. Não há programa de fidelidade que resolva se você tem um produto ou serviço ruim, se o atendimento ao cliente não funciona, ou se a marca não entrega o prometido. Então, atenção a esses pontos para não prejudicar o relacionamento com o público.

    *Paulo Curro é diretor executivo da ABEMF – Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização; Fábio Santoro e Leandro Torres são especialistas em fidelidade, responsáveis pelo curso de formação em fidelização, parceria da associação com a Loyalty Academy e On Target

  • O que jamais esquecer ao implementar um programa de fidelidade

    O que jamais esquecer ao implementar um programa de fidelidade

    Os números comprovam: programas de fidelização caíram no gosto dos brasileiros. Sejam eles consumidores em busca de descontos, benefícios e outras vantagens; sejam empresários e empresas que enxergam na fidelização uma forma de melhorar o relacionamento com seus clientes e trazer retorno positivo ao negócio. Dados da ABEMF (Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização) apontam que o número de inscrições em programas desse tipo no país cresce a cada ano. Já são 320 milhões de cadastros, segundo o último estudo divulgado pela associação (3T24). 

    Com essa ebulição do mercado, empresas que desejam investir em fidelização costumam se perguntar sobre qual caminho seguir. Que tipo de programa adotar? Como transformar, de fato, relacionamento em negócios? A resposta para todas essas perguntas é: depende. 

    Antes de implantar um programa de fidelidade, a recomendação é sempre estudar o seu negócio, traçar e compreender suas metas e objetivos e conhecer o perfil dos clientes que você tem e quer ter. Apesar das características de uma boa estratégia de fidelização serem particulares para cada negócio, há algumas regras gerais que podem auxiliar, e muito, quem está começando nessa jornada, ou mesmo quem já tem um programa de fidelidade e quer torná-lo mais eficaz. Listamos aqui alguns dos itens que não podem ser esquecidos pelo caminho.

    Engajamento – Um programa de fidelidade pode ter diversas metas. Levar mais pessoas à loja, aumentar a quantidade de itens em cada compra, ganhar em recomendações e promoção da marca nas redes sociais. O que todos eles têm em comum é resumido em uma palavra: engajamento. No fim das contas, o que um programa de fidelidade precisa fazer é engajar e direcionar comportamento, de forma que seja rentável ao negócio. Então, pense sempre no comportamento de seus clientes ao traçar estratégias de fidelização.

    Coleta e análise de dados – Com tanta tecnologia disponível, são inúmeras as ferramentas que podem ajudar uma empresa com dados, informações e insights sobre o negócio. Independentemente de quais plataformas você vai usar, tenha em mente que você não pode deixar de acompanhar o andamento e resultados do seu programa. Seu programa está mesmo mudando comportamento? Os clientes estão comprando mais? A recorrência aumentou? Quem são seus clientes mais fiéis? Quais são suas preferências? Todas essas são perguntas que não podem ficar sem respostas se você quer ter sucesso em seu programa de fidelidade. Além de medir impactos, esse tipo de informação pode ajudar a corrigir rotas em caso de falhas de estratégia. 

    Comunicação – Como em qualquer relacionamento, a presença e o diálogo são fundamentais para o sucesso de um programa de fidelidade. Lembre-se de que o engajamento é construído ao longo do tempo e precisa ser “alimentado”, por meio de interações frequentes, escuta, retornos. Mas não apenas isso. A comunicação precisa ser relevante. Use os dados que você coleta para estabelecer esse relacionamento. Mostre ao cliente que você o conhece, que preparou ofertas, condições e experiências personalizadas para ele, ou mesmo que está atento às suas necessidades e desejos. 

    Racional e emocional – A proposta de valor ideal da fidelização precisa reunir as duas coisas, o lado racional e o emocional. É importante, claro, que o cliente sinta “no bolso” as vantagens de participar do programa, por meio de descontos ou resgate de um produto com pontos/milhas, sem precisar gastar mais para isso. Mas também é essencial que ele se sinta reconhecido, faça parte de uma comunidade, perceba exclusividade e tenha boas experiências.

    Segmentação – Pessoas são diferentes umas das outras e têm comportamentos distintos. Não deixe de levar isso em consideração, e cuide da segmentação do seu programa. As possibilidades são muitas. Você pode considerar aspectos transacionais, demográficos e até geracionais. Mas nunca julgue seus consumidores como pessoas com um único perfil. 

    E uma última dica: nenhuma estratégia de fidelização pode ajudá-lo a corrigir problemas fundamentais do negócio. Não há programa de fidelidade que resolva se você tem um produto ou serviço ruim, se o atendimento ao cliente não funciona, ou se a marca não entrega o prometido. Então, atenção a esses pontos para não prejudicar o relacionamento com o público.

    *Paulo Curro é diretor executivo da ABEMF – Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização; Fábio Santoro e Leandro Torres são especialistas em fidelidade, responsáveis pelo curso de formação em fidelização, parceria da associação com a Loyalty Academy e On Target

  • “Raio-X” da estratégia de vendas: o bote salva-vidas corporativo

    “Raio-X” da estratégia de vendas: o bote salva-vidas corporativo

    Nenhuma estratégia de vendas é uma receita de bolo. Ainda que, para um negócio, o caminho ideal para chegar ao êxito dependa exclusivamente das particularidades do mesmo, uma coisa é fato: compreender a estratégia de vendas é o primeiro passo para crescer de maneira sustentável. 

    Ter uma boa oferta de produtos ou serviços e atender bem os clientes é importante, mas sem processos bem estruturados e um verdadeiro “raio-X” do planejamento a ser aplicado, o dia a dia pode rapidamente virar um caos, comprometendo os resultados. Uma estratégia de vendas eficaz trata-se de entender o cliente, identificar o que gera valor para ele e entregar soluções de forma inteligente. Isso só é possível com uma análise detalhada dos processos.

    As etapas para garantir essa espécie de “checkup da estratégia” são: 

    1. Avaliar a equipe de vendas
    A equipe de vendas é o motor do crescimento. Analisar o desempenho individual e coletivo, identificar lacunas de habilidades e investir em treinamentos contínuos são ações indispensáveis. Equipes motivadas e bem preparadas entregam resultados consistentes.

    2. Revisar os processos de vendas
    Mapear cada etapa do funil de vendas para identificar ineficiências é essencial. Do contato inicial com o cliente ao fechamento, entender onde estão os gargalos permite implementar melhorias que aumentam a conversão.

    3. Monitorar indicadores de desempenho (KPIs)
    Indicadores de desempenho funcionam como uma bússola para o negócio, revelando se o direcionamento de tempo para uma tarefa está adequado, se a qualidade é satisfatória ou até se os clientes estão felizes com o atendimento.

    4. Adotar tecnologia
    Ferramentas como gestão de relacionamento com o cliente (CRMs) e automação de marketing não apenas trazem eficiência, mas também oferecem insights valiosos sobre a jornada e a gestão de leads. Empresas que utilizam tecnologia conseguem transformar dados em decisões estratégicas, criando um diferencial competitivo.

    5. Ouvir os clientes
    Compreender o que funciona e o que precisa ser otimizado só é possível a partir do feedback. As opiniões dos consumidores oferecem insights reais sobre a experiência com a empresa e indicam como ajustar abordagens de vendas e da própria operação.

    Avaliar, arrumar, corrigir e estruturar são os verbos necessários para construir uma base sólida para a expansão. Seja mapeando processos, coletando dados ou ouvindo equipe e clientes, cada passo na análise estratégica traz mais clareza para as decisões. Afinal, vender mais não significa apenas ter preço baixo em relação ao mercado, mas também adquirir processos alinhados, tecnologia adequada e um time preparado para transformar oportunidades em métricas concretas. 

  • Cocriação entre agências de mídia e parceiros de App Growth: a celebração do casamento possível

    Cocriação entre agências de mídia e parceiros de App Growth: a celebração do casamento possível

    No universo do marketing e da publicidade, parcerias estratégicas são essenciais para impulsionar resultados e promover a inovação. Um exemplo dessa dinâmica é a relação entre agências de publicidade e parceiros de App Growth – como a empresa que represento, que vai além de soluções tecnológicas para impulsionar os apps das marcas. Esse modelo de colaboração deve ser pautado na cocriação, sempre com foco no cliente, em um equilíbrio onde a autonomia de cada parte não comprometa os objetivos comuns.  

    A questão central é: como estruturar essa parceria para que a cocriação seja efetiva? Como essa “relação” ideal deve ser fomentada e incentivada para que funcione? Antes de tudo, é preciso que o compromisso seja genuíno e estratégico, e não apenas protocolar. O papel das agências precisa ir além da mera intermediação entre marcas e fornecedores de tecnologia – o mercado exige integração e soluções completas.  

    A cocriação pode ocorrer desde o momento de uma concorrência – na hora de estruturar uma proposta, passando por marcas que já são clientes da agência e estão no processo de criação de apps, bem como por aquelas que já possuem apps mas apresentam potencial para diversificar mais seu plano de mídia e escalar resultados. Ou seja, as possibilidades são infinitas, desde que a parceria seja fluída e honesta. 

    A ideia não é trazer mais um step para a contratação de serviços de marketing e mídia mobile, mas sim contar com um expert, com uma perspectiva e know how profundos do ecossistema mobile, para alcançar o máximo potencial de crescimento do aplicativo em questão. Ou seja, é mais uma “cabeça” que fará toda a diferença na criação de planos mais completos, versáteis e de impacto. 

    No âmbito de um App Growth Hub como a Rocket Lab, a missão é ampliar o alcance e a relevância de aplicativos móveis, fortalecendo a presença da marca e conectando-a ao público certo. Para que planos de mídias sejam eficazes, a diversificação e colaboração são palavras-chave, com uma combinação de estratégias, tecnologias, formatos e engajamento ativo para atender às expectativas da marca anunciante e do usuário final. 

    O processo de cocriar pode e deve testar novas abordagens e aprender com os resultados, garantindo que todos os envolvidos estejam comprometidos com os objetivos a serem alcançados e possíveis riscos. 

    Um exemplo relevante foi uma campanha digital desenvolvida para um grande varejista durante a última Black Friday com nossa solução de Apple Search Ads. A plataforma era relativamente nova no mercado brasileiro e era a primeira vez que a marca iria testá-lo. O projeto foi iniciado pela agência e, posteriormente, envolveu um trabalho integrado entre o time do cliente, a agência e nosso squad, com o suporte ativo de todos os envolvidos. O resultado? Performance acima das expectativas e cliente fidelizado, de modo que deu segmento conosco e com a agência, e continua explorando outras soluções da Rocket Lab. 

    Essa inovação viabilizada por novas parcerias evita que a relação entre marcas/empresas e suas agências caia no marasmo. Um executivo do setor me trouxe algo neste sentido, dizendo que depois de dois anos e meio de trabalho com um determinado produto os dois times (agência e cliente) estavam “travados” e não saiam mais do mesmo “platô” de resultados em campanhas digitais. Neste caso, a presença de um fornecedor de App Growth trouxe um sopro de novas possibilidades que arejou a relação. Claro que é essencial que esse processo aconteça de forma integrada, sem rupturas, garantindo que a agência continue sendo peça-chave na equação estratégica. 

    Em um mercado cada vez mais competitivo, onde as marcas demandam inovação e crescimento contínuo, a cocriação não é apenas uma vantagem, mas uma necessidade. E isso é especialmente importante em um mercado onde as tendências e as expectativas dos consumidores mudam rapidamente, pois além de impulsionar resultados, ela fomenta um ambiente de aprendizado constante, permitindo que todos os envolvidos troquem conhecimento e se adaptem às rápidas mudanças do setor. 

    No fim, a construção de relacionamentos sólidos e estratégicos gera valor duradouro. Parcerias bem estruturadas resultam em inovação, diferenciação e crescimento sustentável. E aí? Estando do lado das agências ou dos anunciantes, está na hora de começar a buscar os parceiros ideais para fazer isso acontecer! 

  • Cocriação entre agências de mídia e parceiros de App Growth: a celebração do casamento possível

    Cocriação entre agências de mídia e parceiros de App Growth: a celebração do casamento possível

    No universo do marketing e da publicidade, parcerias estratégicas são essenciais para impulsionar resultados e promover a inovação. Um exemplo dessa dinâmica é a relação entre agências de publicidade e parceiros de App Growth – como a empresa que represento, que vai além de soluções tecnológicas para impulsionar os apps das marcas. Esse modelo de colaboração deve ser pautado na cocriação, sempre com foco no cliente, em um equilíbrio onde a autonomia de cada parte não comprometa os objetivos comuns.  

    A questão central é: como estruturar essa parceria para que a cocriação seja efetiva? Como essa “relação” ideal deve ser fomentada e incentivada para que funcione? Antes de tudo, é preciso que o compromisso seja genuíno e estratégico, e não apenas protocolar. O papel das agências precisa ir além da mera intermediação entre marcas e fornecedores de tecnologia – o mercado exige integração e soluções completas.  

    A cocriação pode ocorrer desde o momento de uma concorrência – na hora de estruturar uma proposta, passando por marcas que já são clientes da agência e estão no processo de criação de apps, bem como por aquelas que já possuem apps mas apresentam potencial para diversificar mais seu plano de mídia e escalar resultados. Ou seja, as possibilidades são infinitas, desde que a parceria seja fluída e honesta. 

    A ideia não é trazer mais um step para a contratação de serviços de marketing e mídia mobile, mas sim contar com um expert, com uma perspectiva e know how profundos do ecossistema mobile, para alcançar o máximo potencial de crescimento do aplicativo em questão. Ou seja, é mais uma “cabeça” que fará toda a diferença na criação de planos mais completos, versáteis e de impacto. 

    No âmbito de um App Growth Hub como a Rocket Lab, a missão é ampliar o alcance e a relevância de aplicativos móveis, fortalecendo a presença da marca e conectando-a ao público certo. Para que planos de mídias sejam eficazes, a diversificação e colaboração são palavras-chave, com uma combinação de estratégias, tecnologias, formatos e engajamento ativo para atender às expectativas da marca anunciante e do usuário final. 

    O processo de cocriar pode e deve testar novas abordagens e aprender com os resultados, garantindo que todos os envolvidos estejam comprometidos com os objetivos a serem alcançados e possíveis riscos. 

    Um exemplo relevante foi uma campanha digital desenvolvida para um grande varejista durante a última Black Friday com nossa solução de Apple Search Ads. A plataforma era relativamente nova no mercado brasileiro e era a primeira vez que a marca iria testá-lo. O projeto foi iniciado pela agência e, posteriormente, envolveu um trabalho integrado entre o time do cliente, a agência e nosso squad, com o suporte ativo de todos os envolvidos. O resultado? Performance acima das expectativas e cliente fidelizado, de modo que deu segmento conosco e com a agência, e continua explorando outras soluções da Rocket Lab. 

    Essa inovação viabilizada por novas parcerias evita que a relação entre marcas/empresas e suas agências caia no marasmo. Um executivo do setor me trouxe algo neste sentido, dizendo que depois de dois anos e meio de trabalho com um determinado produto os dois times (agência e cliente) estavam “travados” e não saiam mais do mesmo “platô” de resultados em campanhas digitais. Neste caso, a presença de um fornecedor de App Growth trouxe um sopro de novas possibilidades que arejou a relação. Claro que é essencial que esse processo aconteça de forma integrada, sem rupturas, garantindo que a agência continue sendo peça-chave na equação estratégica. 

    Em um mercado cada vez mais competitivo, onde as marcas demandam inovação e crescimento contínuo, a cocriação não é apenas uma vantagem, mas uma necessidade. E isso é especialmente importante em um mercado onde as tendências e as expectativas dos consumidores mudam rapidamente, pois além de impulsionar resultados, ela fomenta um ambiente de aprendizado constante, permitindo que todos os envolvidos troquem conhecimento e se adaptem às rápidas mudanças do setor. 

    No fim, a construção de relacionamentos sólidos e estratégicos gera valor duradouro. Parcerias bem estruturadas resultam em inovação, diferenciação e crescimento sustentável. E aí? Estando do lado das agências ou dos anunciantes, está na hora de começar a buscar os parceiros ideais para fazer isso acontecer! 

  • IA aplicada a dados é fundamental para entender o consumidor

    IA aplicada a dados é fundamental para entender o consumidor

    Já se perguntou como algumas empresas parecem saber exatamente o que você deseja antes mesmo de pedir? Isso não é coincidência – é inteligência artificial aplicada à análise de dados. No cenário atual, compreender o comportamento do consumidor deixou de ser um diferencial e se tornou uma necessidade para as empresas que querem crescer de maneira sustentável , além de se manterem competitivas.

    A Inteligência Artificial Analítica (IAA) revolucionou a forma como os negócios interpretam os dados dos clientes. Métodos tradicionais, como pesquisas de mercado e relatórios de comportamento de compra, apresentam limitações significativas: os dados são coletados de maneira limitada e esporádica, a interpretação pode ser enviesada e, principalmente, o comportamento do consumidor muda rapidamente, tornando essas análises muitas vezes obsoletas.

    No Brasil, 46% das empresas já estão utilizando ou implantando soluções de IA Generativa. No entanto, apenas 5% delas acreditam estar aproveitando seu potencial ao máximo. Isso revela uma lacuna significativa e um enorme espaço para otimização estratégica.

    Agora, imagine um cenário onde sua empresa não precisa apenas reagir às mudanças no comportamento do consumidor, mas pode antecipá-las. A IAA permite processar milhões de dados em segundos, detectar padrões de comportamento e prever tendências com alto nível de precisão. Grandes empresas já utilizam essa tecnologia para obter resultados impressionantes:

    • Amazon: analisa compras e padrões de navegação para recomendar produtos de forma altamente personalizada, aumentando a conversão de vendas;
    • Netflix: 75% do que os usuários assistem na plataforma vem de recomendações feitas pela IAA, garantindo maior engajamento e retenção;
    • Magalu: personaliza ofertas e otimiza estoques, assegurando que os produtos certos estejam disponíveis no momento certo;
    • Claro: monitora a conexão dos clientes e antecipa possíveis problemas, resolvendo-os antes mesmo que sejam notados.

    Empresas que utilizam a IA na análise de dados estão liderando seus mercados, enquanto aquelas que ignoram essa tendência correm o risco de ficar para trás. O mundo já mudou e é hora de agir. Se sua empresa ainda não está adotando a IA para entender melhor seus clientes, você pode estar deixando dinheiro na mesa.

    O mundo já mudou, e empresas que adotam a IA estão liderando seus setores. Enquanto isso, aquelas que hesitam correm o risco de ficar para trás. Sua empresa está preparada para essa revolução ou continuará deixando dinheiro na mesa?

  • Do hype à realidade: Quais tendências tecnológicas de 2024 se concretizaram e o que ficou na especulação

    Do hype à realidade: Quais tendências tecnológicas de 2024 se concretizaram e o que ficou na especulação

    O último ano teve o seu início marcado por previsões ambiciosas e promessas tecnológicas que juravam revolucionar nossa relação com o mundo digital. Agora que o ano passou e estamos em 2025, é possível analisar quais dessas tendências realmente se tornaram realidade e quais ficaram apenas no campo das ideias.

    Tendências que viraram realidade

    Expansão do 5G e o avanço do 6G: O 5G, que vinha sendo implementado gradualmente, finalmente alcançou uma adoção ampla em 2024. Com velocidades maiores e menor latência, o 5G tem impulsionado a Internet das Coisas (IoT) e possibilitado avanços em aplicações como carros autônomos e cidades inteligentes. Além disso, os primeiros testes práticos com redes 6G também foram iniciados, prometendo velocidades ainda mais revolucionárias para a próxima década.

    Inteligência artificial generativa: Os modelos de IA generativa, como ChatGPT e outros, continuam a se expandir e ganhar aplicações em setores variados, como educação, saúde e entretenimento. Em 2024, vimos uma adoção mais responsável e regulamentada dessas ferramentas, com leis que garantem maior transparência no uso da IA em decisões automatizadas.

    Sustentabilidade tecnológica: O mercado de tecnologia tem se alinhado às demandas por sustentabilidade. Empresas de hardware lançaram dispositivos fabricados com materiais recicláveis, e data centers investiram em fontes de energia renovável. Essa tendência se consolidou como uma resposta às preocupações ambientais globais.

    Adoção de nuvem híbrida: Empresas continuaram a migrar para soluções de nuvem híbrida, combinando infraestruturas públicas e privadas para maior flexibilidade e segurança. Essa abordagem permitiu que organizações otimizassem seus recursos enquanto atendiam a requisitos regulatórios.

    Dispositivos wearables e monitoramento contínuo: A TI na saúde está profundamente conectada ao crescimento de dispositivos wearables, como relógios e sensores, que monitoram constantemente sinais vitais. Esses dispositivos, combinados com algoritmos de aprendizado de máquina, permitiram diagnósticos precoces e intervenções rápidas.

    Automatização e DevOps avançado: A automação de processos e a implementação de metodologias DevOps mais sofisticadas aceleraram os ciclos de desenvolvimento e entrega de software. Isso permitiu maior eficiência e adaptação rápida às mudanças do mercado.

    Edge computing em expansão: O edge computing ganhou espaço como solução para reduzir a latência e melhorar o desempenho em aplicações críticas. Esse avanço foi crucial em setores como manufatura, transporte e saúde.

    Prontuários eletrônicos inteligentes (PEP): Soluções baseadas em nuvem e IA tornaram os prontuários eletrônicos mais interativos. Agora, sistemas podem sugerir diagnósticos, alertar sobre interações medicamentosas e oferecer insights preditivos com base no histórico médico do paciente.

    O setor de Tecnologia da Informação (TI), foi marcado por uma série de transformações que consolidaram sua relevância para a economia global, em 2024. Esse mercado continua sendo um dos pilares da inovação tecnológica, de adaptando às demandas emergentes e abrindo caminho para soluções mais integradas e eficientes.

    O que ficou apenas na especulação

    O “Metaverso” totalmente integrado: Apesar da grande expectativa em torno do metaverso, a visão de um universo digital totalmente imersivo e interconectado não se materializou como previsto. Problemas relacionados à infraestrutura, custos altos e a baixa adesão de usuários mantiveram o conceito como uma promessa distante.

    Blockchain em todas as indústrias: Apesar do entusiasmo inicial, a tecnologia blockchain não conseguiu se tornar tão presente quanto esperado. Setores como finanças e logística continuam a utilizá-la, mas sua adoção em outras indústrias foi limitada devido a custos elevados e complexidades técnicas.

    Automação total com IA autônoma: Embora a automação baseada em IA tenha avançado, a ideia de sistemas autônomos completamente independentes ainda não é realidade em larga escala. As empresas continuam a enfrentar desafios relacionados à confiabilidade e à necessidade de supervisão humana em tarefas críticas.

    Hiperautomação em todos os níveis empresariais: A hiperautomação prometia transformar completamente os processos corporativos, mas sua aplicação tem sido mais limitada do que o previsto. As empresas ainda enfrentam dificuldades para integrar diferentes tecnologias e treinar equipes para adotá-las.

    Plataformas de programação sem código (no-code) como padrão universal: Embora as plataformas no-code tenham ganhado popularidade, a ideia de que substituiriam completamente os desenvolvedores tradicionais não se concretizou. Elas são amplamente utilizadas para soluções simples, mas projetos mais complexos ainda dependem de programação convencional.

    IoT com integração total: Embora o IoT continue a crescer, a integração completa e uniforme entre dispositivos de diferentes fabricantes ainda é um desafio. Padrões fragmentados e preocupações com a segurança dificultam a criação de ecossistemas verdadeiramente interoperáveis.

    O balanço de 2024 mostra que, embora a tecnologia avance em ritmo acelerado, muitas previsões ainda enfrentam barreiras significativas. O futuro continua promissor, mas é claro que nem todas as inovações previstas conseguem superar os desafios do mundo real. O que fica claro é que a adoção de tecnologias depende não apenas de avanços técnicos, mas também de fatores culturais, econômicos e regulatórios. Nos resta agora ficarmos atentos às tendências deste ano, para vermos o que de fato irá se concretizar e investir no caminho certo.