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  • Retenção de talentos: o caminho para o sucesso

    Retenção de talentos: o caminho para o sucesso

    Percebo que a retenção de talentos tem sido um desafio cada vez maior para grande parte das empresas – não só em tecnologia, mas de maneira geral -, que precisam lidar com pessoas de diferentes gerações no time e que muitas vezes perdem colaboradores com um potencial enorme por razões que poderiam ter sido evitadas. E por que será que isso vem aumentando?

    O que tenho notado, especialmente após a pandemia, é uma ‘exploração velada’ dos funcionários, oferecendo condições de trabalhos inadequadas, um ambiente tóxico – para usar o jargão da moda -, com salários abaixo do mercado e, muitas vezes, sem benefícios. Hoje, as pessoas possuem mais possibilidades no mercado e não aceitam que tenham que desempenhar muitas funções sem serem remuneradas adequadamente por isso.

    A insatisfação pode surgir a partir de várias razões, mas quando mexemos com o bolso, o “buraco é ainda mais embaixo”. Sem contar que os colaboradores, em especial, os mais jovens, não costumam aguentar calados algumas imposições que são feitas e, por essa razão, acabam sendo taxados como preguiçosos ou que não querem trabalhar. E sabemos que muitas vezes, não é verdade.

    De acordo com o relatório de 2024 realizado pela Talent Trends, empresa de recrutamento e seleção da Michael Page, cerca de 28% dos brasileiros, mesmo estando satisfeitos em seus empregos, buscam ativamente novas oportunidades. Esse dado, somado ao aumento da insatisfação salarial – que passou de 39% para 52% em um ano -, sinaliza uma insatisfação crescente no mercado de trabalho.

    Muitas vezes, a liderança perde ótimos funcionários por besteira, pois não quis aumentar o salário ou dar algum benefício – mesmo percebendo que existe mérito naquele colaborador,  ou porque impôs condições que mais prejudicam do que ajudam. Essas pequenas coisas acabam desgastando as pessoas, que passam a buscar outras oportunidades de trabalho, para que possam sair da empresa em que estão e começarem em outro serviço.

    As companhias precisam estar cada vez mais cientes de que devem mudar algumas condutas para que consigam atrair e, principalmente, reter talentos que já fazem parte da equipe. É importante destacar que não estou falando que os gestores devem fazer tudo que os colaboradores querem, mas precisam ter escuta ativa para conseguir fornecer melhores condições de trabalho no geral e possibilidades de crescimento.

    Sim, o salário ou a remuneração financeira é importante, mas mesmo um bom salário, uma hora cansa, a depender do ambiente de trabalho, que é basicamente definido pela liderança e a forma com que se faz gestão. Neste sentido, utilizar uma ferramenta como os OKRs – Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) -, pode ajudar neste processo. Você deve estar se perguntando: por quê?

    A ferramenta propõe que os integrantes do time façam parte da construção das metas, dos objetivos e dos resultados que devem ser alcançados no final do ciclo, o que além de ser importante para a evolução da empresa, fará com que cada colaborador se sinta mais valorizado, pois propicia que eles visualizem como seu trabalho impacta o todo. Isso aumenta muito o engajamento dos colaboradores e será uma turbinada nos esforços para alcançar os resultados almejados.

  • A Nova Era da IA: como o DeepSeek está moldando o amanhã

    A Nova Era da IA: como o DeepSeek está moldando o amanhã

    Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) tem avançado a passos largos, transformando diversos setores e moldando o futuro da tecnologia. Nesse cenário, o DeepSeek causou um furor no mercado, emergindo como uma inovação significativa, oferecendo soluções abertas e acessíveis em IA.

    Em sua mais nova versão, o DeepSeek-R1, não apenas replica as capacidades do modelo GPT-4 da OpenAI, mas também desafia seu domínio em diversos benchmarks. Além disso, o diferencial do DeepSeek-R1 é ser um modelo de código aberto sob a licença de uso tipo MIT, tornando-se uma alternativa poderosa no campo da IA.

    O DeepSeek-R1 foi desenvolvido pela empresa chinesa DeepSeek para abordar tarefas que exigem raciocínio lógico, resolução de problemas matemáticos e tomada de decisão em tempo real. Esse modelo foi projetado para demonstrar o processo de decisão lógica, e um dos seus principais diferenciais é permitir que os usuários acompanhem seu processo de tomada de decisão. Essa característica replica o processo de decisão e raciocínio humano, o que é especialmente valioso para aplicações onde a transparência no raciocínio é essencial.

    Notadamente o DeepSeek foi desenvolvido em um momento em que restrições internacionais limitaram o acesso da China aos equipamentos de ponta para IA. E para contornar essas barreiras, a empresa precisou buscar alternativas para maximizar o uso dos recursos disponíveis, o que levou à criação de soluções inovadoras. Como resultado, o DeepSeek-R1 permite a utilização do hardware existente, garantindo eficiência sem depender de infraestrutura altamente especializada.

    Tradicionalmente, os modelos de Linguagem de Grande Escala (LLMs), como o GPT-4, Claude e Llama, apresentam desafios para a sua adoção mais ampla como, por exemplo, altos requisitos computacionais, necessidade de uma infraestrutura complexa comparável a supercomputadores, e dependência de aceleradores de IA de alto desempenho. Esses fatores aumentam significativamente os custos de desenvolvimento e operação, tornando esta tecnologia inacessível. No entanto, a história mostra que inovações disruptivas frequentemente superam essas barreiras, reduzindo custos e ampliando o acesso.

    Assim, o DeepSeek exemplifica esse padrão, demonstrando que até mesmo as empresas incumbentes que dominam esse mercado, podem ser desafiadas e não se encontram confortavelmente protegidas pela sua liderança tecnológica. O impacto foi significativo no setor, e estima-se que as empresas líderes do setor tenham perdido US$ 1 trilhão em valor agregado de mercado, devido à concorrência emergente de modelos abertos e mais acessíveis.

    Por outro lado, a disseminação do DeepSeek também gerou preocupações em alguns governos. Países como Itália, Tailândia, Coreia do Sul e Austrália impuseram restrições ao uso dos seus aplicativos, especialmente por funcionários públicos. Nos Estados Unidos, medidas semelhantes foram adotadas, baseadas em preocupações de segurança, semelhante às restrições aplicadas a empresas como Huawei e TikTok.

    Vale ressaltar que essas restrições se aplicam aos aplicativos e à página web, mas não necessariamente ao modelo em si. Contudo, especialistas em segurança, como as empresas Seekr e Enkrypt AI, alertam sobre potenciais vulnerabilidades do modelo, que ainda precisam ser mais investigadas.

    De uma forma geral, assim como ocorreu com a computação pessoal, a internet e a computação em nuvem, os LLMs estão a caminho de se tornarem uma tecnologia mais acessível. Com novas soluções que reduzem custos e simplificam a infraestrutura, a adoção desses modelos deve acelerar, impactando profundamente diversos setores.
    Olhando para o futuro, modelos mais compactos, como o DeepSeek, podem ser ideais para a implementação em ambientes de enclaves de computação confidencial (Trusted Enclave). Esses ambientes permitem o processamento completamente seguro e criptografado de dados sensíveis, garantindo integridade e privacidade—o que é essencial, para agentes de aprendizado protegidos por privacidade (PPML).

    Isso é fundamental para atender à crescente demanda por agentes autônomos de IA em aplicações que lidam com dados confidenciais, garantindo eficiência e segurança. À medida que a IA se torna cada vez mais central para a economia e a segurança global, é necessário infraestruturas confiáveis e seguras para atender a demanda por agentes de IA em aplicações sensíveis que requerem segurança e confiança.

    Nesse cenário, a RT-One está trazendo um avanço estratégico com a construção do primeiro data center focado em IA no Brasil, na cidade de Maringá, Paraná. Essa iniciativa busca fortalecer a infraestrutura de computação do país, impulsionando inteligência artificial e cibersegurança em nível nacional.

    Com uma infraestrutura otimizada para a IA e computação confidencial, a RT-One e seus parceiros tecnológicos estão trazendo soluções avançadas em IA para o Brasil, garantindo alto desempenho e proteção de dados sensíveis.

    Em resumo, o DeepSeek representa um avanço significativo no campo da inteligência artificial, oferecendo uma alternativa poderosa e acessível aos modelos dominantes. Seu impacto já é evidente no mercado global, acelerando a democratização da IA e levantando debates sobre segurança, regulamentação e infraestrutura tecnológica.

    A RT-One está alinhada com essa revolução, preparando-se para um futuro onde IA, segurança de dados e soberania digital caminham juntas, com o potencial de transformar diversos setores e aplicações. Ao fortalecer a infraestrutura tecnológica do Brasil, a RT-One busca promover a inovação no país, criando a fundação para avanços na pesquisa e no desenvolvimento de novas tecnologias e garantindo maior autonomia digital.

    Fernando Palamone é executivo com mais de 30 anos no gerenciamento de tecnologias em mercados globais como EUA, Europa e Ásia, com passagens pela Intel, Cisco, VMware, IBM entre outras.

  • A Nova Era da IA: como o DeepSeek está moldando o amanhã

    A Nova Era da IA: como o DeepSeek está moldando o amanhã

    Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) tem avançado a passos largos, transformando diversos setores e moldando o futuro da tecnologia. Nesse cenário, o DeepSeek causou um furor no mercado, emergindo como uma inovação significativa, oferecendo soluções abertas e acessíveis em IA.

    Em sua mais nova versão, o DeepSeek-R1, não apenas replica as capacidades do modelo GPT-4 da OpenAI, mas também desafia seu domínio em diversos benchmarks. Além disso, o diferencial do DeepSeek-R1 é ser um modelo de código aberto sob a licença de uso tipo MIT, tornando-se uma alternativa poderosa no campo da IA.

    O DeepSeek-R1 foi desenvolvido pela empresa chinesa DeepSeek para abordar tarefas que exigem raciocínio lógico, resolução de problemas matemáticos e tomada de decisão em tempo real. Esse modelo foi projetado para demonstrar o processo de decisão lógica, e um dos seus principais diferenciais é permitir que os usuários acompanhem seu processo de tomada de decisão. Essa característica replica o processo de decisão e raciocínio humano, o que é especialmente valioso para aplicações onde a transparência no raciocínio é essencial.

    Notadamente o DeepSeek foi desenvolvido em um momento em que restrições internacionais limitaram o acesso da China aos equipamentos de ponta para IA. E para contornar essas barreiras, a empresa precisou buscar alternativas para maximizar o uso dos recursos disponíveis, o que levou à criação de soluções inovadoras. Como resultado, o DeepSeek-R1 permite a utilização do hardware existente, garantindo eficiência sem depender de infraestrutura altamente especializada.

    Tradicionalmente, os modelos de Linguagem de Grande Escala (LLMs), como o GPT-4, Claude e Llama, apresentam desafios para a sua adoção mais ampla como, por exemplo, altos requisitos computacionais, necessidade de uma infraestrutura complexa comparável a supercomputadores, e dependência de aceleradores de IA de alto desempenho. Esses fatores aumentam significativamente os custos de desenvolvimento e operação, tornando esta tecnologia inacessível. No entanto, a história mostra que inovações disruptivas frequentemente superam essas barreiras, reduzindo custos e ampliando o acesso.

    Assim, o DeepSeek exemplifica esse padrão, demonstrando que até mesmo as empresas incumbentes que dominam esse mercado, podem ser desafiadas e não se encontram confortavelmente protegidas pela sua liderança tecnológica. O impacto foi significativo no setor, e estima-se que as empresas líderes do setor tenham perdido US$ 1 trilhão em valor agregado de mercado, devido à concorrência emergente de modelos abertos e mais acessíveis.

    Por outro lado, a disseminação do DeepSeek também gerou preocupações em alguns governos. Países como Itália, Tailândia, Coreia do Sul e Austrália impuseram restrições ao uso dos seus aplicativos, especialmente por funcionários públicos. Nos Estados Unidos, medidas semelhantes foram adotadas, baseadas em preocupações de segurança, semelhante às restrições aplicadas a empresas como Huawei e TikTok.

    Vale ressaltar que essas restrições se aplicam aos aplicativos e à página web, mas não necessariamente ao modelo em si. Contudo, especialistas em segurança, como as empresas Seekr e Enkrypt AI, alertam sobre potenciais vulnerabilidades do modelo, que ainda precisam ser mais investigadas.

    De uma forma geral, assim como ocorreu com a computação pessoal, a internet e a computação em nuvem, os LLMs estão a caminho de se tornarem uma tecnologia mais acessível. Com novas soluções que reduzem custos e simplificam a infraestrutura, a adoção desses modelos deve acelerar, impactando profundamente diversos setores.
    Olhando para o futuro, modelos mais compactos, como o DeepSeek, podem ser ideais para a implementação em ambientes de enclaves de computação confidencial (Trusted Enclave). Esses ambientes permitem o processamento completamente seguro e criptografado de dados sensíveis, garantindo integridade e privacidade—o que é essencial, para agentes de aprendizado protegidos por privacidade (PPML).

    Isso é fundamental para atender à crescente demanda por agentes autônomos de IA em aplicações que lidam com dados confidenciais, garantindo eficiência e segurança. À medida que a IA se torna cada vez mais central para a economia e a segurança global, é necessário infraestruturas confiáveis e seguras para atender a demanda por agentes de IA em aplicações sensíveis que requerem segurança e confiança.

    Nesse cenário, a RT-One está trazendo um avanço estratégico com a construção do primeiro data center focado em IA no Brasil, na cidade de Maringá, Paraná. Essa iniciativa busca fortalecer a infraestrutura de computação do país, impulsionando inteligência artificial e cibersegurança em nível nacional.

    Com uma infraestrutura otimizada para a IA e computação confidencial, a RT-One e seus parceiros tecnológicos estão trazendo soluções avançadas em IA para o Brasil, garantindo alto desempenho e proteção de dados sensíveis.

    Em resumo, o DeepSeek representa um avanço significativo no campo da inteligência artificial, oferecendo uma alternativa poderosa e acessível aos modelos dominantes. Seu impacto já é evidente no mercado global, acelerando a democratização da IA e levantando debates sobre segurança, regulamentação e infraestrutura tecnológica.

    A RT-One está alinhada com essa revolução, preparando-se para um futuro onde IA, segurança de dados e soberania digital caminham juntas, com o potencial de transformar diversos setores e aplicações. Ao fortalecer a infraestrutura tecnológica do Brasil, a RT-One busca promover a inovação no país, criando a fundação para avanços na pesquisa e no desenvolvimento de novas tecnologias e garantindo maior autonomia digital.

    Fernando Palamone é executivo com mais de 30 anos no gerenciamento de tecnologias em mercados globais como EUA, Europa e Ásia, com passagens pela Intel, Cisco, VMware, IBM entre outras.

  • O papel das plataformas whitelabel e programas de afiliados na economia digital

    O papel das plataformas whitelabel e programas de afiliados na economia digital

    Na economia digital, onde a competição por atenção e conversão de consumidores se tornou pra lá de acirrada, as marcas começaram a tornar o processo de conquista do público algo muito mais estratégico. Dentre as práticas mais eficazes estão os chamados programas de afiliados, que vem sendo amplamente utilizados com foco principalmente no aumento do engajamento e da conexão com o público. Não por acaso, cerca de 40% das empresas nos Estados Unidos consideram o marketing de afiliados sua principal tática de aquisição de clientes, segundo dados da plataforma Backlinko. 

    Esse movimento, impulsionado pela capacidade de monetizar conteúdos e gerar receitas, tem contribuído para o desenvolvimento digital tanto de grandes corporações, quanto de pequenos criadores. Já a eficiência dessa estratégia é evidenciada por números robustos, além da predileção norte-americana: a taxa média de ROI observada em programas de afiliados hoje já é calculada em impressionantes 1.500%. Não é de se espantar, portanto, que o setor globalmente avaliado em US$ 14,3 bilhões em 2023, de acordo com um estudo divulgado pela Dustin Howes, esteja com projeção de alcançar US$ 41 bilhões até 2030. 

    Dentro desse cenário de franca expansão, as plataformas whitelabel desempenham um papel crucial, oferecendo soluções tecnológicas que viabilizam a execução de programas de afiliados de forma ágil e eficiente. Ao combinarem flexibilidade tecnológica e eficiência econômica, essas ferramentas assumem um papel de transformação para a economia digital devido à sua capacidade de integrar programas de afiliados a operações já existentes. 

    Além disso, as plataformas whitelabel permitem que empresas personalizem produtos e serviços desenvolvidos externamente, adaptando-os às suas marcas e públicos. Essa personalização fortalece a identidade da marca e facilita a criação de experiências exclusivas para o público. Pelo lado da indústria, tal abordagem reduz custos operacionais, uma vez que elimina a necessidade de investimentos elevados em tecnologia proprietária. 

    Pensando no marketing digital, onde o alcance e a conversão se tornaram imperativos para as marcas, as plataformas whitelabel contribuem para democratizar o acesso a ferramentas avançadas. Hoje, graças a este recurso, empresas de todos os portes e segmentos  podem explorar tais soluções para implementar programas de afiliados robustos e promover parcerias com influenciadores digitais. Para os criadores, a expansão dessa estrutura também é vantajosa, permitindo a monetização de conteúdos de forma independente e escalável.

    Em um cenário digital cada vez mais dinâmico e desafiador, as plataformas whitelabel se destacam como uma peça-chave para o sucesso dos programas de afiliados e busca pela conversão de consumidores. Elas oferecem às empresas a possibilidade de crescer de maneira escalável, eficiente e alinhada às demandas dos consumidores, ao mesmo tempo em que contribuem para o desenvolvimento de um mercado global mais dinâmico e acessível. 

  • O papel das plataformas whitelabel e programas de afiliados na economia digital

    O papel das plataformas whitelabel e programas de afiliados na economia digital

    Na economia digital, onde a competição por atenção e conversão de consumidores se tornou pra lá de acirrada, as marcas começaram a tornar o processo de conquista do público algo muito mais estratégico. Dentre as práticas mais eficazes estão os chamados programas de afiliados, que vem sendo amplamente utilizados com foco principalmente no aumento do engajamento e da conexão com o público. Não por acaso, cerca de 40% das empresas nos Estados Unidos consideram o marketing de afiliados sua principal tática de aquisição de clientes, segundo dados da plataforma Backlinko. 

    Esse movimento, impulsionado pela capacidade de monetizar conteúdos e gerar receitas, tem contribuído para o desenvolvimento digital tanto de grandes corporações, quanto de pequenos criadores. Já a eficiência dessa estratégia é evidenciada por números robustos, além da predileção norte-americana: a taxa média de ROI observada em programas de afiliados hoje já é calculada em impressionantes 1.500%. Não é de se espantar, portanto, que o setor globalmente avaliado em US$ 14,3 bilhões em 2023, de acordo com um estudo divulgado pela Dustin Howes, esteja com projeção de alcançar US$ 41 bilhões até 2030. 

    Dentro desse cenário de franca expansão, as plataformas whitelabel desempenham um papel crucial, oferecendo soluções tecnológicas que viabilizam a execução de programas de afiliados de forma ágil e eficiente. Ao combinarem flexibilidade tecnológica e eficiência econômica, essas ferramentas assumem um papel de transformação para a economia digital devido à sua capacidade de integrar programas de afiliados a operações já existentes. 

    Além disso, as plataformas whitelabel permitem que empresas personalizem produtos e serviços desenvolvidos externamente, adaptando-os às suas marcas e públicos. Essa personalização fortalece a identidade da marca e facilita a criação de experiências exclusivas para o público. Pelo lado da indústria, tal abordagem reduz custos operacionais, uma vez que elimina a necessidade de investimentos elevados em tecnologia proprietária. 

    Pensando no marketing digital, onde o alcance e a conversão se tornaram imperativos para as marcas, as plataformas whitelabel contribuem para democratizar o acesso a ferramentas avançadas. Hoje, graças a este recurso, empresas de todos os portes e segmentos  podem explorar tais soluções para implementar programas de afiliados robustos e promover parcerias com influenciadores digitais. Para os criadores, a expansão dessa estrutura também é vantajosa, permitindo a monetização de conteúdos de forma independente e escalável.

    Em um cenário digital cada vez mais dinâmico e desafiador, as plataformas whitelabel se destacam como uma peça-chave para o sucesso dos programas de afiliados e busca pela conversão de consumidores. Elas oferecem às empresas a possibilidade de crescer de maneira escalável, eficiente e alinhada às demandas dos consumidores, ao mesmo tempo em que contribuem para o desenvolvimento de um mercado global mais dinâmico e acessível. 

  • Energia: o desafio dos data centers na era da Inteligência Artificial

    Energia: o desafio dos data centers na era da Inteligência Artificial

    A ascensão da Inteligência Artificial (IA) está transformando indústrias e aumentando a dependência por data centers. O uso intensivo de recursos computacionais da IA está gerando um alto consumo de energia para operar servidores e manter a refrigeração nesses espaços, destacando a necessidade de adotar soluções energéticas resilientes, eficientes e sustentáveis para assegurar um fornecimento limpo, estável e ininterrupto.

    Por esse motivo, a IA impõe a expansão e a modernização dos data centers no mundo. De acordo com relatório da Goldman Sachs, a exigência por energia nestes centros está projetada para crescer 165% até 2030, impulsionada pela IA. A taxa de ocupação de datacenters (85% atualmente) deve subir para 95% até o fim de 2026. Ainda, é esperado que a IA represente cerca de 27% da demanda de energia até 2027, frente a 14% hoje.

    Embora novos desenvolvimentos recentes tenham mostrado uma necessidade menor de energia para treinamentos e funcionamento dos modelos, o impacto energético da IA continua sendo expressivo. Diante desse cenário, os data centers precisam investir em uma infraestrutura que garanta a qualidade da energia, sem falhas. E a solução para isso está no UPS, que apoia os negócios ao fornecer confiabilidade de energia, diminuindo riscos de interrupções que resultem em falhas nos sistemas de IA, com perda de dados e enormes prejuízos financeiros.

    Os UPSs proporcionam maior flexibilidade e eficácia operacional ao funcionar como verdadeiros hubs inteligentes de gerenciamento energético. Desenvolvidos com tecnologias de ponta e projetados para terem ampla longevidade, os UPSs otimizam a distribuição de energia e reduzem desperdícios nos data centers. Eles possibilitam que os centros possam escalar suas operações conforme necessário, sem perder a potência e obtendo total estabilidade e previsibilidade. Com os UPSs, as empresas podem focar nos negócios enquanto se tornam mais sustentáveis, monitorando a saúde da rede elétrica e ajustando a distribuição de energia conforme a carga de trabalho.

    O avanço tecnológico e o crescente uso da IA tornaram a energia um fator central na competitividade dos data centers. No entanto, essa revolução só será sustentável se for alimentada corretamente. Para as empresas que administram esses ambientes, a questão vai além da garantia de disponibilidade contínua, tornando imperativo que também repensem como a energia é gerida para evitar desperdícios, mitigar impactos ambientais e manter a vantagem competitiva no longo prazo.

    Investir em sistemas robustos, como UPSs de última geração, juntamente estratégias de geração energética inteligente, com foco em fontes renováveis, é essencial para que esses centros sejam a infraestrutura de base que suporta a inovação e a segurança das iniciativas de IA. Assim, com a revolução digital andando lado a lado da revolução energética nos negócios, os data centers poderão ir rumo a um futuro responsável, sustentável e inovador.

  • Energia: o desafio dos data centers na era da Inteligência Artificial

    Energia: o desafio dos data centers na era da Inteligência Artificial

    A ascensão da Inteligência Artificial (IA) está transformando indústrias e aumentando a dependência por data centers. O uso intensivo de recursos computacionais da IA está gerando um alto consumo de energia para operar servidores e manter a refrigeração nesses espaços, destacando a necessidade de adotar soluções energéticas resilientes, eficientes e sustentáveis para assegurar um fornecimento limpo, estável e ininterrupto.

    Por esse motivo, a IA impõe a expansão e a modernização dos data centers no mundo. De acordo com relatório da Goldman Sachs, a exigência por energia nestes centros está projetada para crescer 165% até 2030, impulsionada pela IA. A taxa de ocupação de datacenters (85% atualmente) deve subir para 95% até o fim de 2026. Ainda, é esperado que a IA represente cerca de 27% da demanda de energia até 2027, frente a 14% hoje.

    Embora novos desenvolvimentos recentes tenham mostrado uma necessidade menor de energia para treinamentos e funcionamento dos modelos, o impacto energético da IA continua sendo expressivo. Diante desse cenário, os data centers precisam investir em uma infraestrutura que garanta a qualidade da energia, sem falhas. E a solução para isso está no UPS, que apoia os negócios ao fornecer confiabilidade de energia, diminuindo riscos de interrupções que resultem em falhas nos sistemas de IA, com perda de dados e enormes prejuízos financeiros.

    Os UPSs proporcionam maior flexibilidade e eficácia operacional ao funcionar como verdadeiros hubs inteligentes de gerenciamento energético. Desenvolvidos com tecnologias de ponta e projetados para terem ampla longevidade, os UPSs otimizam a distribuição de energia e reduzem desperdícios nos data centers. Eles possibilitam que os centros possam escalar suas operações conforme necessário, sem perder a potência e obtendo total estabilidade e previsibilidade. Com os UPSs, as empresas podem focar nos negócios enquanto se tornam mais sustentáveis, monitorando a saúde da rede elétrica e ajustando a distribuição de energia conforme a carga de trabalho.

    O avanço tecnológico e o crescente uso da IA tornaram a energia um fator central na competitividade dos data centers. No entanto, essa revolução só será sustentável se for alimentada corretamente. Para as empresas que administram esses ambientes, a questão vai além da garantia de disponibilidade contínua, tornando imperativo que também repensem como a energia é gerida para evitar desperdícios, mitigar impactos ambientais e manter a vantagem competitiva no longo prazo.

    Investir em sistemas robustos, como UPSs de última geração, juntamente estratégias de geração energética inteligente, com foco em fontes renováveis, é essencial para que esses centros sejam a infraestrutura de base que suporta a inovação e a segurança das iniciativas de IA. Assim, com a revolução digital andando lado a lado da revolução energética nos negócios, os data centers poderão ir rumo a um futuro responsável, sustentável e inovador.

  • Aumento da fiscalização da ANPD coloca empresas na parede

    Aumento da fiscalização da ANPD coloca empresas na parede

    Mesmo após tantos anos desde a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, muitas empresas continuam descumprindo a norma. A LGPD, que entrou em vigor em setembro de 2020, foi criada com o objetivo de proteger os dados pessoais dos cidadãos brasileiros, estabelecendo regras claras sobre como as empresas devem coletar, armazenar e tratar essas informações. No entanto, apesar do tempo decorrido, muitas empresas avançaram pouco na implementação da norma.

    Recentemente, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) intensificou a fiscalização sobre as empresas que não possuem um encarregado de dados, também conhecido como Data Protection Officer (DPO). A falta de um DPO é uma das principais infrações identificadas, já que este profissional é essencial para garantir que a empresa esteja em conformidade com a LGPD. O DPO atua como um intermediário entre a empresa, os titulares dos dados e a ANPD, sendo responsável por monitorar o cumprimento das políticas de proteção de dados e por orientar a organização sobre as melhores práticas.

    E esses dados podem ser apenas a “ponta do iceberg”. Na realidade, ninguém sabe qual é o número de empresas que ainda não aderiram à norma. Não há um levantamento oficial único que consolide os números exatos de todas as empresas não aderentes à LGPD Pesquisas independentes apontam que, em termos gerais, o percentual pode variar entre 60% e 70% das empresas brasileiras, especialmente entre as de pequeno e médio porte. No caso das grandes, o número é ainda maior, podendo chegar a 80%.  

    Por que a falta de um DPO faz diferença

    Em 2024, seguramente o Brasil ultrapassou o número de 700 milhões de ataques de cibercriminosos. Estima-se que ocorram quase 1.400 golpes por minuto e, claro, as empresas são os principais alvos dos criminosos. Crimes como o ransomware – no qual geralmente os dados se tornam “reféns” e que, para que não sejam publicados online, as empresas precisam pagar uma enorme soma financeira, se tornaram corriqueiros. Mas até quando o sistema – as vítimas e as seguradoras – vão suportar tamanho volume de ataques?

    Não há como responder essa pergunta de maneira apropriada, ainda mais quando as próprias vítimas deixam de tomar as ações necessárias para a proteção das informações. A falta de um profissional focado na proteção de dados ou, em algumas situações, quando o suposto responsável pela área acumula tantas funções que não consegue desempenhar essa atividade de forma satisfatória, agrava ainda mais essa situação.  

    É claro que a designação de um encarregado, por si só, não resolve todos os desafios de adequação, mas mostra que a empresa está empenhada em estruturar um conjunto de práticas coerentes com a LGPD. Entretanto, essa falta de priorização não reflete apenas em possibilidade de sanções, mas também em riscos reais de incidentes de segurança, que vão gerar um prejuízo considerável. As multas aplicáveis pela ANPD são apenas uma parte do problema, pois as perdas intangíveis, como a confiança do mercado, podem ser ainda mais dolorosas. Nesse panorama, a fiscalização mais intensa é vista como uma ação necessária para reforçar os mecanismos de cumprimento da legislação e incentivar as organizações a colocarem a privacidade dos titulares em pauta.  

    Contratar um DPO ou terceirizar?

    Contratar um DPO em tempo integral pode ser uma tarefa complicada, pois nem sempre há a demanda ou interesse em se alocar recursos internos para essa demanda.  

    Neste sentido, a terceirização vem sendo apontada como uma solução para empresas que desejam cumprir a legislação de forma efetiva, mas não dispõem de uma grande estrutura ou de recursos para manter um time multidisciplinar voltado à proteção de dados. Quando se recorre a um prestador de serviços especializado, a empresa ganha acesso a profissionais que têm mais experiência para lidar com os requisitos da LGPD em diferentes setores do mercado. Além disso, com um responsável externo a empresa passa a encarar a proteção de dados como algo integrado à estratégia, em vez de um problema pontual que só recebe atenção quando chega uma notificação ou quando ocorre algum vazamento.  

    Isso contribui para a criação de processos robustos sem que seja necessário um investimento volumoso em recrutamento, treinamento e retenção de talentos. A terceirização do encarregado de dados vai além de simplesmente nomear uma pessoa de fora. O prestador costuma fornecer consultoria contínua, realizando atividades de mapeamento e análise de risco, auxiliando na elaboração de políticas internas, conduzindo treinamentos para as equipes e acompanhando a evolução da legislação e das normativas da ANPD.  

    Além disso, há a vantagem de se contar com uma equipe que já possui vivência em casos práticos, o que reduz a curva de aprendizado e ajuda a prevenir incidentes que poderiam gerar multas ou danos à reputação.  

    Até onde vai a responsabilidade do DPO terceirizado

    É importante destacar que a terceirização não exime a organização de suas responsabilidades legais. A ideia é que a empresa mantenha o compromisso de garantir a segurança dos dados que coleta e trata, pois a legislação brasileira deixa claro que a responsabilidade sobre incidentes não recai apenas sobre o encarregado, mas sobre a instituição como um todo.  

    O que a terceirização faz é oferecer um suporte profissionalizado, que entende os caminhos necessários para manter a organização em linha com a LGPD. A prática de delegar esse tipo de tarefa para um parceiro externo já é adotada em outros países, onde a proteção de dados se tornou um ponto crítico de gestão de riscos e governança corporativa. A União Europeia, por exemplo, com o Regulamento Geral de Proteção de Dados, exige que muitas empresas nomeiem um encarregado de proteção de dados. Lá, diversas empresas optaram pela terceirização do serviço com a contratação de consultorias especializadas, trazendo a expertise para “dentro de casa”, sem precisar criar todo um departamento para isso.  

    O encarregado, de acordo com a legislação, precisa ter autonomia para reportar falhas e propor melhorias, e parte das diretrizes internacionais sugere que o profissional deva estar livre de pressões internas que limitem sua capacidade de fiscalização. As consultorias que oferecem esse serviço desenvolvem contratos e metodologias de trabalho que asseguram esse tipo de independência, mantendo uma comunicação transparente com os gestores e estabelecendo critérios claros de governança.  

    Esse mecanismo protege tanto a empresa quanto o próprio profissional, que precisa ter a liberdade de indicar vulnerabilidades mesmo que isso vá contra práticas consolidadas dentro de determinado setor ou departamento.  

    A intensificação da fiscalização da ANPD é um sinal de que o cenário de tolerância está dando lugar a uma postura mais firme, e quem optar por não tratar desse problema agora poderá enfrentar consequências mais pesadas em um futuro não muito distante.  

    Para as empresas que desejam um caminho mais seguro, a terceirização é uma escolha capaz de equilibrar custo, eficiência e confiabilidade. Com esse tipo de parceria, é possível corrigir lacunas no ambiente interno e estruturar uma rotina de compliance que irá proteger a empresa tanto das sanções quanto dos riscos associados à falta de transparência e de segurança em relação aos dados pessoais que estão sob sua responsabilidade.

  • Aumento da fiscalização da ANPD coloca empresas na parede

    Aumento da fiscalização da ANPD coloca empresas na parede

    Mesmo após tantos anos desde a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, muitas empresas continuam descumprindo a norma. A LGPD, que entrou em vigor em setembro de 2020, foi criada com o objetivo de proteger os dados pessoais dos cidadãos brasileiros, estabelecendo regras claras sobre como as empresas devem coletar, armazenar e tratar essas informações. No entanto, apesar do tempo decorrido, muitas empresas avançaram pouco na implementação da norma.

    Recentemente, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) intensificou a fiscalização sobre as empresas que não possuem um encarregado de dados, também conhecido como Data Protection Officer (DPO). A falta de um DPO é uma das principais infrações identificadas, já que este profissional é essencial para garantir que a empresa esteja em conformidade com a LGPD. O DPO atua como um intermediário entre a empresa, os titulares dos dados e a ANPD, sendo responsável por monitorar o cumprimento das políticas de proteção de dados e por orientar a organização sobre as melhores práticas.

    E esses dados podem ser apenas a “ponta do iceberg”. Na realidade, ninguém sabe qual é o número de empresas que ainda não aderiram à norma. Não há um levantamento oficial único que consolide os números exatos de todas as empresas não aderentes à LGPD Pesquisas independentes apontam que, em termos gerais, o percentual pode variar entre 60% e 70% das empresas brasileiras, especialmente entre as de pequeno e médio porte. No caso das grandes, o número é ainda maior, podendo chegar a 80%.  

    Por que a falta de um DPO faz diferença

    Em 2024, seguramente o Brasil ultrapassou o número de 700 milhões de ataques de cibercriminosos. Estima-se que ocorram quase 1.400 golpes por minuto e, claro, as empresas são os principais alvos dos criminosos. Crimes como o ransomware – no qual geralmente os dados se tornam “reféns” e que, para que não sejam publicados online, as empresas precisam pagar uma enorme soma financeira, se tornaram corriqueiros. Mas até quando o sistema – as vítimas e as seguradoras – vão suportar tamanho volume de ataques?

    Não há como responder essa pergunta de maneira apropriada, ainda mais quando as próprias vítimas deixam de tomar as ações necessárias para a proteção das informações. A falta de um profissional focado na proteção de dados ou, em algumas situações, quando o suposto responsável pela área acumula tantas funções que não consegue desempenhar essa atividade de forma satisfatória, agrava ainda mais essa situação.  

    É claro que a designação de um encarregado, por si só, não resolve todos os desafios de adequação, mas mostra que a empresa está empenhada em estruturar um conjunto de práticas coerentes com a LGPD. Entretanto, essa falta de priorização não reflete apenas em possibilidade de sanções, mas também em riscos reais de incidentes de segurança, que vão gerar um prejuízo considerável. As multas aplicáveis pela ANPD são apenas uma parte do problema, pois as perdas intangíveis, como a confiança do mercado, podem ser ainda mais dolorosas. Nesse panorama, a fiscalização mais intensa é vista como uma ação necessária para reforçar os mecanismos de cumprimento da legislação e incentivar as organizações a colocarem a privacidade dos titulares em pauta.  

    Contratar um DPO ou terceirizar?

    Contratar um DPO em tempo integral pode ser uma tarefa complicada, pois nem sempre há a demanda ou interesse em se alocar recursos internos para essa demanda.  

    Neste sentido, a terceirização vem sendo apontada como uma solução para empresas que desejam cumprir a legislação de forma efetiva, mas não dispõem de uma grande estrutura ou de recursos para manter um time multidisciplinar voltado à proteção de dados. Quando se recorre a um prestador de serviços especializado, a empresa ganha acesso a profissionais que têm mais experiência para lidar com os requisitos da LGPD em diferentes setores do mercado. Além disso, com um responsável externo a empresa passa a encarar a proteção de dados como algo integrado à estratégia, em vez de um problema pontual que só recebe atenção quando chega uma notificação ou quando ocorre algum vazamento.  

    Isso contribui para a criação de processos robustos sem que seja necessário um investimento volumoso em recrutamento, treinamento e retenção de talentos. A terceirização do encarregado de dados vai além de simplesmente nomear uma pessoa de fora. O prestador costuma fornecer consultoria contínua, realizando atividades de mapeamento e análise de risco, auxiliando na elaboração de políticas internas, conduzindo treinamentos para as equipes e acompanhando a evolução da legislação e das normativas da ANPD.  

    Além disso, há a vantagem de se contar com uma equipe que já possui vivência em casos práticos, o que reduz a curva de aprendizado e ajuda a prevenir incidentes que poderiam gerar multas ou danos à reputação.  

    Até onde vai a responsabilidade do DPO terceirizado

    É importante destacar que a terceirização não exime a organização de suas responsabilidades legais. A ideia é que a empresa mantenha o compromisso de garantir a segurança dos dados que coleta e trata, pois a legislação brasileira deixa claro que a responsabilidade sobre incidentes não recai apenas sobre o encarregado, mas sobre a instituição como um todo.  

    O que a terceirização faz é oferecer um suporte profissionalizado, que entende os caminhos necessários para manter a organização em linha com a LGPD. A prática de delegar esse tipo de tarefa para um parceiro externo já é adotada em outros países, onde a proteção de dados se tornou um ponto crítico de gestão de riscos e governança corporativa. A União Europeia, por exemplo, com o Regulamento Geral de Proteção de Dados, exige que muitas empresas nomeiem um encarregado de proteção de dados. Lá, diversas empresas optaram pela terceirização do serviço com a contratação de consultorias especializadas, trazendo a expertise para “dentro de casa”, sem precisar criar todo um departamento para isso.  

    O encarregado, de acordo com a legislação, precisa ter autonomia para reportar falhas e propor melhorias, e parte das diretrizes internacionais sugere que o profissional deva estar livre de pressões internas que limitem sua capacidade de fiscalização. As consultorias que oferecem esse serviço desenvolvem contratos e metodologias de trabalho que asseguram esse tipo de independência, mantendo uma comunicação transparente com os gestores e estabelecendo critérios claros de governança.  

    Esse mecanismo protege tanto a empresa quanto o próprio profissional, que precisa ter a liberdade de indicar vulnerabilidades mesmo que isso vá contra práticas consolidadas dentro de determinado setor ou departamento.  

    A intensificação da fiscalização da ANPD é um sinal de que o cenário de tolerância está dando lugar a uma postura mais firme, e quem optar por não tratar desse problema agora poderá enfrentar consequências mais pesadas em um futuro não muito distante.  

    Para as empresas que desejam um caminho mais seguro, a terceirização é uma escolha capaz de equilibrar custo, eficiência e confiabilidade. Com esse tipo de parceria, é possível corrigir lacunas no ambiente interno e estruturar uma rotina de compliance que irá proteger a empresa tanto das sanções quanto dos riscos associados à falta de transparência e de segurança em relação aos dados pessoais que estão sob sua responsabilidade.

  • WhatsApp e a Nova Era da Inteligência Artificial

    WhatsApp e a Nova Era da Inteligência Artificial

    Em 2020, durante uma entrevista, afirmei: ‘Quem não se preparou para o WhatsApp comeu bola’. Naquele momento, já era evidente que o aplicativo se tornaria indispensável no dia a dia dos brasileiros, dado que o tempo médio de uso diário do aplicativo se aproximava de uma hora e meia. Hoje, essa previsão se concretizou: o WhatsApp não é apenas um meio de comunicação, mas um espaço híbrido que mistura interações pessoais e profissionais. Essa fusão entre vida pessoal e trabalho reflete um comportamento único do mercado brasileiro, criando um ambiente ideal para inovação financeira.

    Nós estamos entre os maiores mercados do aplicativo no mundo, ao lado de Índia e Indonésia. O WhatsApp já se tornou uma tecnologia essencial para milhões de brasileiros. Mais do que um aplicativo de mensagens, ele se transformou em um sistema operacional do dia a dia, onde negócios são fechados, clientes são atendidos e transações acontecem. Por isso, acredito que um assistente financeiro inteligente deve estar exatamente onde as pessoas já estão.

    Vivemos um momento único no setor financeiro. Estamos testemunhando uma mudança de era, onde a inteligência artificial (IA) não é mais uma promessa distante, mas uma ferramenta prática e acessível, capaz de transformar a maneira como gerenciamos nossas finanças.

    Ao longo das últimas décadas, testemunhamos diversas transformações tecnológicas: a era da internet (1995-2000), a era da computação em nuvem, a era mobile e, agora, a era da IA. Na transição da era mobile, onde usabilidade e design predominavam, para a era da IA, estamos migrando de um modelo apenas focado na experiência do usuário para um também centrado na execução de tarefas. O Google foi pioneiro ao integrar machine learning em suas buscas, mas a OpenAI revolucionou ao transformar “search” em “answer”.

    A maneira como interagimos com serviços financeiros está mudando. Bancos tradicionais ainda impõem burocracias e processos demorados. As fintechs trouxeram inovação, mas muitas mantêm modelos de monetização que não fazem sentido para o pequeno empreendedor, com tarifas, assinaturas mensais e excesso de funcionalidades que acabam sendo subutilizadas. 

    O que os empreendedores realmente precisam não é de uma solução repleta de recursos técnicos, mas de um serviço intuitivo, eficiente e, principalmente, acessível. Em vez de navegar por menus complexos ou preencher múltiplos formulários, um usuário deveria resolver sua necessidade financeira por meio de um simples comando de voz ou mensagem de texto.

    A próxima evolução das plataformas conversacionais no setor financeiro não se limita apenas à automação do atendimento, mas sim à criação de experiências contínuas e integradas. Isso significa que um usuário pode iniciar uma transação em um aplicativo de mensagens, continuar no navegador e concluir a operação em outro dispositivo sem perder o fluxo da interação.

    Essa conectividade omnicanal, aliada à IA, tornará a experiência mais fluida e eficiente, permitindo que empreendedores e consumidores ganhem tempo, eliminem burocracias e reduzam custos operacionais.

    O crescimento das plataformas conversacionais no setor financeiro demonstra que o futuro pertencerá às soluções que reduzem complexidade, otimizam processos e colocam a tecnologia para trabalhar a favor dos usuários. A tendência é clara: o dinheiro e os serviços financeiros estarão cada vez mais acessíveis dentro das plataformas de comunicação que já fazem parte do dia a dia da população.

    À medida que novas tecnologias emergem, a expectativa é que essas soluções não se limitem apenas a operações bancárias, mas integrem pagamentos, análise financeira, concessão de crédito e investimentos de maneira simples e eficiente.

    Os bancos tradicionais precisarão se reinventar. As fintechs que não priorizarem a experiência intuitiva perderão espaço. A verdadeira inovação estará nas soluções que realmente empoderam o usuário, tornando as finanças mais acessíveis, ágeis e conectadas ao mundo real.

    O futuro já começou – e ele será conversacional.