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  • Como proteger a credibilidade da marca e reputação digital diante das polêmicas e novas políticas da Meta?

    Como proteger a credibilidade da marca e reputação digital diante das polêmicas e novas políticas da Meta?

    A decisão divulgada pela Meta de encerrar seu programa de checagem de fatos nos Estados Unidos não é apenas uma questão interna da bigtech com efeitos limitados a seu país-sede — sua reverberação afeta diretamente empresas em todo o mundo, especialmente no Brasil, um dos mercados mais conectados. Para marcas brasileiras, isso significa navegar em um ambiente digital mais arriscado, onde coloca-se em risco a reputação. Como proteger a imagem e credibilidade, visando manter uma presença online confiável e sólida?

    Importante analisarmos o contexto brasileiro. Diante do discurso de seu co-fundador e diretor-executivo, Mark Zuckerberg que sinaliza uma nova guinada para Instagram, WhatsApp e Facebook, a Advocacia Geral da União (AGU) notificou a companhia extrajudicialmente, exigindo explicações sobre como garantirá o cumprimento das leis e regulamentações brasileiras contra difamação, discriminação, desinformação e discursos de ódio após o fim do programa de checagem de fatos.

    Em resposta, a Meta informou que as mudanças anunciadas serão inicialmente limitadas aos EUA, e reafirmou seu compromisso com a remoção de conteúdos violentos ou desinformativos e com riscos claros. A AGU, no entanto, expressou “grave preocupação” com as alterações, que podem facilitar violações legais, além de abrir espaço para desinformação e preconceito, o que levou à convocação de uma audiência pública para debater o tema.

    Com ou sem práticas de fact checking, a verdade é que as fake news já se disseminam em grande volume e ritmo acelerado entre nossa população há tempos. Quase 90% dos brasileiros já tiveram contato com conteúdos falsos e 51% admitem ter acreditado neles. É o que revela uma pesquisa do Instituto Locomotiva. O Brasil é um dos mercados mais relevantes para a Meta. Para dar dimensão, o WhatsApp é a rede mais utilizada no país, com 147 milhões de usuários, de acordo com o Digital Brazil 2024, um relatório desenvolvido pelo DataReportal. Em seguida estão o Youtube (144 milhões), Instagram (134,6 milhões) e Facebook (111,3 milhões). Nesse contexto, as fake news não só afetam a sociedade, mas também podem impactar diretamente as marcas presentes nas plataformas. A ausência de checagem pode aumentar o risco de ataques e disseminação de informações inverídicas relacionadas às empresas.

    Mas como evitar esse movimento?

    O monitoramento contínuo é a primeira linha de defesa para as empresas. Isso inclui rastrear menções à marca, comentários em publicações e até mesmo conteúdos gerados por usuários que possam prejudicar sua imagem. Ferramentas de inteligência artificial desempenham um papel fundamental nesse processo, assim como o olhar de profissionais especializados, já que permitem identificar e reagir rapidamente a possíveis ameaças. A velocidade é necessária: notícias falsas têm 70 vezes mais chance de viralizar do que informações verdadeiras, como já apontou um estudo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, ou seja, o problema exige uma reação imediata por parte das marcas.

    É necessário investir em equipes que possam intensificar esses trabalhos, cruzando tecnologia, capacidade analítica e sensibilidade humana para aumentar a eficácia das respostas a crises e potenciais problemas.

    Outro ponto essencial é a comunicação transparente. As empresas devem garantir que todas as informações divulgadas em suas redes estejam conforme leis como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e as normativas contra calúnia e difamação. Mensagens claras, verídicas e respaldadas por ações concretas reforçam a confiança do público e demonstram o comprometimento da marca com a ética.

    O respeito às boas práticas de compliance é igualmente importante. Isso inclui realizar uma curadoria rigorosa do conteúdo publicado em seus canais, com prioridade para informações que sejam relevantes e precisas.

    Dependência excessiva de uma única plataforma pode expor marcas a riscos desnecessários. Por isso, a diversificação da presença digital é uma estratégia primordial. Redes como LinkedIn, TikTok e YouTube oferecem alternativas valiosas à Meta para alcançar diferentes públicos e minimizar o impacto de mudanças nas políticas de uma única empresa. Reforço, não se trata de abandonar territórios importantes de conexão com o público como o Instagram, mas de pulverizar sua presença.

    Cada canal deve ser explorado de maneira estratégica. Enquanto o LinkedIn é ideal para fortalecer a autoridade e credibilidade corporativa e de executivos, o TikTok pode oferecer formatos mais dinâmicos e criativos para engajamento. Já o YouTube é perfeito para conteúdos aprofundados e com potencial de maior duração, mantendo o público engajado por mais tempo.

    Por fim, a prevenção passa também pela educação interna e uma boa estrutura de gestão de crises. Empresas devem capacitar seus times para lidar com crises digitais, treinar porta-vozes e estabelecer protocolos claros para responder a incidentes negativos nas redes sociais. Esse preparo ajuda a mitigar os danos e fortalece a capacidade da organização de proteger sua reputação.

    As novas políticas da Meta têm potencial de mudar a evolução das redes sociais, exigindo das empresas uma postura proativa e estratégica. Com monitoramento intensivo, comunicação transparente, diversificação digital e educação interna, é possível não apenas proteger a credibilidade, mas também se posicionar como referência em um ambiente digital cada vez mais desafiador.

  • Como proteger a credibilidade da marca e reputação digital diante das polêmicas e novas políticas da Meta?

    Como proteger a credibilidade da marca e reputação digital diante das polêmicas e novas políticas da Meta?

    A decisão divulgada pela Meta de encerrar seu programa de checagem de fatos nos Estados Unidos não é apenas uma questão interna da bigtech com efeitos limitados a seu país-sede — sua reverberação afeta diretamente empresas em todo o mundo, especialmente no Brasil, um dos mercados mais conectados. Para marcas brasileiras, isso significa navegar em um ambiente digital mais arriscado, onde coloca-se em risco a reputação. Como proteger a imagem e credibilidade, visando manter uma presença online confiável e sólida?

    Importante analisarmos o contexto brasileiro. Diante do discurso de seu co-fundador e diretor-executivo, Mark Zuckerberg que sinaliza uma nova guinada para Instagram, WhatsApp e Facebook, a Advocacia Geral da União (AGU) notificou a companhia extrajudicialmente, exigindo explicações sobre como garantirá o cumprimento das leis e regulamentações brasileiras contra difamação, discriminação, desinformação e discursos de ódio após o fim do programa de checagem de fatos.

    Em resposta, a Meta informou que as mudanças anunciadas serão inicialmente limitadas aos EUA, e reafirmou seu compromisso com a remoção de conteúdos violentos ou desinformativos e com riscos claros. A AGU, no entanto, expressou “grave preocupação” com as alterações, que podem facilitar violações legais, além de abrir espaço para desinformação e preconceito, o que levou à convocação de uma audiência pública para debater o tema.

    Com ou sem práticas de fact checking, a verdade é que as fake news já se disseminam em grande volume e ritmo acelerado entre nossa população há tempos. Quase 90% dos brasileiros já tiveram contato com conteúdos falsos e 51% admitem ter acreditado neles. É o que revela uma pesquisa do Instituto Locomotiva. O Brasil é um dos mercados mais relevantes para a Meta. Para dar dimensão, o WhatsApp é a rede mais utilizada no país, com 147 milhões de usuários, de acordo com o Digital Brazil 2024, um relatório desenvolvido pelo DataReportal. Em seguida estão o Youtube (144 milhões), Instagram (134,6 milhões) e Facebook (111,3 milhões). Nesse contexto, as fake news não só afetam a sociedade, mas também podem impactar diretamente as marcas presentes nas plataformas. A ausência de checagem pode aumentar o risco de ataques e disseminação de informações inverídicas relacionadas às empresas.

    Mas como evitar esse movimento?

    O monitoramento contínuo é a primeira linha de defesa para as empresas. Isso inclui rastrear menções à marca, comentários em publicações e até mesmo conteúdos gerados por usuários que possam prejudicar sua imagem. Ferramentas de inteligência artificial desempenham um papel fundamental nesse processo, assim como o olhar de profissionais especializados, já que permitem identificar e reagir rapidamente a possíveis ameaças. A velocidade é necessária: notícias falsas têm 70 vezes mais chance de viralizar do que informações verdadeiras, como já apontou um estudo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, ou seja, o problema exige uma reação imediata por parte das marcas.

    É necessário investir em equipes que possam intensificar esses trabalhos, cruzando tecnologia, capacidade analítica e sensibilidade humana para aumentar a eficácia das respostas a crises e potenciais problemas.

    Outro ponto essencial é a comunicação transparente. As empresas devem garantir que todas as informações divulgadas em suas redes estejam conforme leis como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e as normativas contra calúnia e difamação. Mensagens claras, verídicas e respaldadas por ações concretas reforçam a confiança do público e demonstram o comprometimento da marca com a ética.

    O respeito às boas práticas de compliance é igualmente importante. Isso inclui realizar uma curadoria rigorosa do conteúdo publicado em seus canais, com prioridade para informações que sejam relevantes e precisas.

    Dependência excessiva de uma única plataforma pode expor marcas a riscos desnecessários. Por isso, a diversificação da presença digital é uma estratégia primordial. Redes como LinkedIn, TikTok e YouTube oferecem alternativas valiosas à Meta para alcançar diferentes públicos e minimizar o impacto de mudanças nas políticas de uma única empresa. Reforço, não se trata de abandonar territórios importantes de conexão com o público como o Instagram, mas de pulverizar sua presença.

    Cada canal deve ser explorado de maneira estratégica. Enquanto o LinkedIn é ideal para fortalecer a autoridade e credibilidade corporativa e de executivos, o TikTok pode oferecer formatos mais dinâmicos e criativos para engajamento. Já o YouTube é perfeito para conteúdos aprofundados e com potencial de maior duração, mantendo o público engajado por mais tempo.

    Por fim, a prevenção passa também pela educação interna e uma boa estrutura de gestão de crises. Empresas devem capacitar seus times para lidar com crises digitais, treinar porta-vozes e estabelecer protocolos claros para responder a incidentes negativos nas redes sociais. Esse preparo ajuda a mitigar os danos e fortalece a capacidade da organização de proteger sua reputação.

    As novas políticas da Meta têm potencial de mudar a evolução das redes sociais, exigindo das empresas uma postura proativa e estratégica. Com monitoramento intensivo, comunicação transparente, diversificação digital e educação interna, é possível não apenas proteger a credibilidade, mas também se posicionar como referência em um ambiente digital cada vez mais desafiador.

  • Golpe gerado por IA será desafio da cibersegurança em 2025

    Golpe gerado por IA será desafio da cibersegurança em 2025

    Nos últimos anos, a cibersegurança tem se tornado um tema cada vez mais relevante para as organizações, especialmente diante do aumento significativo dos ataques cibernéticos. Neste ano, o desafio será ainda mais complexo, com o uso da Inteligência Artificial em várias frentes por parte dos criminosos – bem como a crescente complexidade dos sistemas digitais e a sofisticação das técnicas empregadas pelos cibercriminosos.

    As estratégias defensivas precisarão evoluir para lidar com novos desafios, como o aumento significativo na exfiltração de credenciais válidas e a exploração de configurações incorretas em ambientes de nuvem. Dentro dessa perspectiva, elencamos as principais ameaças que deverão tirar o sono dos CISOs em 2025:

    Credenciais válidas serão o alvo principal

    O IBM Threat Intelligence Index de 2024 apontou um aumento de 71% nos ataques visando a exfiltração de credenciais válidas. No setor de serviços, ao menos 46% dos incidentes ocorreram com contas válidas, enquanto na indústria esse número foi de 31%.

    Pela primeira vez em 2024, a exploração de contas válidas se tornou o ponto de entrada mais comum do sistema, representando 30% de todos os incidentes. Isso mostra que é mais fácil para os cibercriminosos roubar credenciais do que explorar vulnerabilidades ou contar apenas com os ataques de phishing.

    Configuração incorreta da nuvem é calcanhar de Aquiles das empresas

    Com tantas empresas utilizando o ambiente cloud, é natural que a complexidade da gestão do ambiente só vá aumentando, bem como os desafios – e a dificuldade em se ter mão de obra especializada. Alguns dos motivos mais frequentes para violações de dados na nuvem têm a ver com configurações incorretas de ambientes de nuvem: controles de acesso ausentes, buckets de armazenamento que não são protegidos ou implementação ineficiente de políticas de segurança.

    Os benefícios da computação em nuvem precisam ser equilibrados por monitoramento próximo e configurações seguras para evitar a exposição de dados confidenciais. Isso requer uma estratégia de segurança em nuvem para toda a organização: auditoria contínua, gerenciamento adequado de identidade e acesso e automação de ferramentas e processos para detectar configurações incorretas antes que se tornem incidentes de segurança.

    Criminosos vão usar múltiplas técnicas de ataque

    Já se foram os dias em que os ataques atingiam um único produto ou vulnerabilidade. Neste ano, uma das tendências mais alarmantes em segurança cibernética será o uso crescente de ataques multivetoriais e abordagens multiestágio.

    Os criminosos cibernéticos usam uma combinação de táticas, técnicas e procedimentos (TTPs), atingindo várias áreas ao mesmo tempo para violar as defesas. Também haverá um aumento na sofisticação e evasão de ataques baseados na web, ataques baseados em arquivo, ataques baseados em DNS e ataques de ransomware, o que tornará mais difícil para as ferramentas de segurança tradicionais e isoladas se defenderem efetivamente contra ameaças modernas.

    Rasomware gerado por IA vai aumentar ameaças exponencialmente

    Em 2024, o cenário de ransomware passou por uma transformação profunda, caracterizada por estratégias de extorsão cibernética cada vez mais sofisticadas e agressivas. Os criminosos evoluíram além dos ataques tradicionais baseados em criptografia, sendo pioneiros em técnicas de extorsão dupla e tripla que aumentam exponencialmente a pressão sobre as organizações visadas. Essas abordagens avançadas envolvem não apenas criptografar dados, mas exfiltrar estrategicamente informações confidenciais e ameaçar sua divulgação pública, obrigando as vítimas a considerar pagamentos de resgate para evitar potenciais danos legais e de reputação.

    O surgimento de plataformas de Ransomware-as-a-Service (RaaS) democratizou o crime cibernético, permitindo que criminosos menos qualificados tecnicamente lançassem ataques complexos com conhecimento mínimo. Criticamente, esses ataques têm cada vez mais como alvo setores de alto valor, como saúde, infraestrutura crítica e serviços financeiros, demonstrando uma abordagem estratégica para maximizar potenciais retornos de resgate.

    A inovação tecnológica amplifica ainda mais essas ameaças. Os cibercriminosos agora estão aproveitando a IA para automatizar a criação de campanhas, identificar vulnerabilidades do sistema de forma mais eficiente e otimizar a entrega de ransomware. A integração de tecnologias de blockchain de alto rendimento e a exploração de plataformas de finanças descentralizadas (DeFi) fornecem mecanismos adicionais para movimentação rápida de fundos e ofuscação de transações, apresentando desafios significativos para o rastreamento e intervenção das autoridades.

    Ataques de phishing gerados por IA serão um problema

    O uso da IA generativa na criação de ataques de phishing por cibercriminosos está tornando os emails de phishing praticamente indistinguíveis das mensagens legítimas. No ano passado, de acordo com informações da Palo Alto Networks, houve um aumento em 30% nas tentativas bem-sucedidas de phishing quando e-mails são escritos ou reescritos por sistemas de IA generativa. Humanos se tornarão ainda menos confiáveis ​​como uma última linha de defesa e as empresas dependerão de proteções de segurança avançadas e alimentadas por IA para se defender contra esses ataques sofisticados.

    A computação quântica vai gerar um desafio de segurança

    Em outubro passado, pesquisadores chineses disseram ter usado um computador quântico para quebrar a criptografia RSA – método de criptografia assimétrica, utilizado amplamente hoje. Os cientistas usaram uma chave de 50 bits – que é pequena quando comparada às chaves mais modernas de criptografia, geralmente de 1024 a 2048 bits.

    Em teoria, um computador quântico pode levar apenas alguns segundos para resolver um problema que computadores convencionais demorariam milhões de anos, porque as máquinas quânticas podem processar cálculos em paralelo, e não apenas em sequência, como atualmente. Embora os ataques baseados em quantum ainda estejam a alguns anos de distância, as organizações devem começar a se preparar agora. É preciso fazer a transição para métodos de criptografia que possam resistir à descriptografia quântica para proteger os dados mais valiosos.

  • Como o sistema de vídeo inteligente pode melhorar a experiência dos clientes nas lojas físicas?

    Como o sistema de vídeo inteligente pode melhorar a experiência dos clientes nas lojas físicas?

    Com uma enorme variedade de opções para compras on-line e híbridas, as lojas físicas precisam oferecer, cada vez mais, ótimas experiências aos clientes para se manter competitivas. Por isso, é essencial adotar tecnologias avançadas, como o vídeo inteligente, que disponibiliza visão em tempo real das necessidades dos consumidores nos comércios e suporte a um serviço mais rápido e responsivo.

    Benefícios no atendimento ao cliente

    Há diversas ferramentas tecnológicas que melhoram significativamente o atendimento — e sem os altos custos e a complexidade dos processos manuais. As soluções de vídeo habilitadas para IA, por exemplo, viabilizam uma “conscientização simultânea” da jornada dos clientes pela loja, já que conta o número de pessoas que entram e saem do estabelecimento, garantindo que haja funcionários suficientes disponíveis para atendê-las. A equipe pode ser deslocada para os caixas quando as filas aumentam e retornar às suas tarefas regulares (tais como administração, estoque e reposição em gôndolas) fora dos horários de pico.

    Para os consumidores, ter acesso ao produto certo, no lugar certo e na hora certa é fundamental. Nesse sentido, as imagens de monitoramento inteligente ajudam a gerir as mercadorias nas prateleiras e acionam alarmes para que sejam reabastecidas e estejam sempre à disposição. Isso também permite analisar quais produtos são mais populares e, assim, posicioná-los em locais estratégicos, onde as pessoas podem encontrá-los rapidamente.

    Adoção de lojas autônomas e soluções de segurança

    Com o aumento do número de espaços autônomos ou de espaços com poucos funcionários, a gravação com câmeras de monitoramento tecnológicas e modernas assume um papel muito importante. Elas são capazes de identificar indivíduos com dificuldades nos caixas de autoatendimento e enviar um funcionário para auxiliá-los. Além de oferecer vários aplicativos de alto valor para ambientes autônomos, desde segurança de câmeras tradicionais até algoritmos de IA que detectam furtos, esses recursos garantem que os compradores se sintam seguros e ajudam a minimizar perdas no estoque.

    Melhoria na experiência multicanal

    A câmera inteligente proporciona uma experiência muito melhor de compra multicanal, com base em uma compreensão profunda da jornada dos compradores. A análise de dados a partir de imagens gravadas garante que os quiosques para pedidos on-line e retiradas de produtos estejam localizados nas áreas certas da loja, a fim de minimizar o congestionamento e acelerar o serviço. Ademais, nos centros de distribuição, os pedidos podem ser selecionados e embalados com maior precisão, diminuindo erros de separação.

    Muitos varejistas de marcas líderes já estão fazendo parcerias com empresas de monitoramento e segurança para aprimorar seus serviços na loja, com o uso de câmeras inteligentes. Em última análise, ao adotar essas tecnologias avançadas, os comerciantes oferecem atendimento de alta qualidade ao cliente e mantêm-se competitivos.

  • Como o sistema de vídeo inteligente pode melhorar a experiência dos clientes nas lojas físicas?

    Como o sistema de vídeo inteligente pode melhorar a experiência dos clientes nas lojas físicas?

    Com uma enorme variedade de opções para compras on-line e híbridas, as lojas físicas precisam oferecer, cada vez mais, ótimas experiências aos clientes para se manter competitivas. Por isso, é essencial adotar tecnologias avançadas, como o vídeo inteligente, que disponibiliza visão em tempo real das necessidades dos consumidores nos comércios e suporte a um serviço mais rápido e responsivo.

    Benefícios no atendimento ao cliente

    Há diversas ferramentas tecnológicas que melhoram significativamente o atendimento — e sem os altos custos e a complexidade dos processos manuais. As soluções de vídeo habilitadas para IA, por exemplo, viabilizam uma “conscientização simultânea” da jornada dos clientes pela loja, já que conta o número de pessoas que entram e saem do estabelecimento, garantindo que haja funcionários suficientes disponíveis para atendê-las. A equipe pode ser deslocada para os caixas quando as filas aumentam e retornar às suas tarefas regulares (tais como administração, estoque e reposição em gôndolas) fora dos horários de pico.

    Para os consumidores, ter acesso ao produto certo, no lugar certo e na hora certa é fundamental. Nesse sentido, as imagens de monitoramento inteligente ajudam a gerir as mercadorias nas prateleiras e acionam alarmes para que sejam reabastecidas e estejam sempre à disposição. Isso também permite analisar quais produtos são mais populares e, assim, posicioná-los em locais estratégicos, onde as pessoas podem encontrá-los rapidamente.

    Adoção de lojas autônomas e soluções de segurança

    Com o aumento do número de espaços autônomos ou de espaços com poucos funcionários, a gravação com câmeras de monitoramento tecnológicas e modernas assume um papel muito importante. Elas são capazes de identificar indivíduos com dificuldades nos caixas de autoatendimento e enviar um funcionário para auxiliá-los. Além de oferecer vários aplicativos de alto valor para ambientes autônomos, desde segurança de câmeras tradicionais até algoritmos de IA que detectam furtos, esses recursos garantem que os compradores se sintam seguros e ajudam a minimizar perdas no estoque.

    Melhoria na experiência multicanal

    A câmera inteligente proporciona uma experiência muito melhor de compra multicanal, com base em uma compreensão profunda da jornada dos compradores. A análise de dados a partir de imagens gravadas garante que os quiosques para pedidos on-line e retiradas de produtos estejam localizados nas áreas certas da loja, a fim de minimizar o congestionamento e acelerar o serviço. Ademais, nos centros de distribuição, os pedidos podem ser selecionados e embalados com maior precisão, diminuindo erros de separação.

    Muitos varejistas de marcas líderes já estão fazendo parcerias com empresas de monitoramento e segurança para aprimorar seus serviços na loja, com o uso de câmeras inteligentes. Em última análise, ao adotar essas tecnologias avançadas, os comerciantes oferecem atendimento de alta qualidade ao cliente e mantêm-se competitivos.

  • Investir em influenciadores é a resposta certa?

    Investir em influenciadores é a resposta certa?

    A febre dos influenciadores é um fato. Para qualquer tipo de lançamento, a primeira estratégia que vem à mente de empreendedores que não possuem muito conhecimento dentro da área de marketing é a utilização dessas personalidades da web para conseguir engajar um público parecido com o seu target ideal. Contudo, é necessário fazer o questionamento: “investir em influenciadores é a resposta certa?” – afinal, existem muitos outros estratagemas que podem ser utilizados em seu lugar capazes de trazer resultados tão bons quanto.

    De fato, não há como negar a influência dessas personalidades atualmente. Em uma pesquisa realizada pela StartSe, relacionada à utilização e efetividade de influencers, como exemplo, 75% dos entrevistados declararam já ter comprado algo por causa de terem percebido o produto como uma boa oportunidade apresentada por um influenciador; além de 55% que disseram ter mais confiança em comprar de uma marca indicada por alguma pessoa que eles seguem em alguma rede social.

    Em questão de resultados, um estudo apresentado no portal da Harvard Business Review em 2022 mostrou que as empresas que tiveram 1% de aumento no investimento no marketing de influencer conquistaram um crescimento de engajamento de 0,46%, o que sugere que a estratégia pode, de fato, resultar em um ROI positivo. Na prática, a utilização de influenciadores para aumentar o reconhecimento da marca, conversando com um público que está dentro de sua área de interesse e aumentando a conexão com as pessoas, algo que não é não só viável, como extremamente recomendado para se destacar frente aos concorrentes.

    A forma pela qual eles estão consagrando espaço no ambiente online, contudo, vem sendo modificada nos últimos anos, passando da figura de “foco” para uma que mais se mostra como o apresentador de um lifestyle, e passando a servir como uma corrente para alguém que busca a conexão com os clientes ao mesmo tempo em que preza em apresentar o produto como ponto principal das parcerias. Com a chegada da Geração Z no mercado, esse tipo de estratégia vem ganhando ainda mais força, atraindo o olhar das marcas e empreendedores para os frutos que podem ser colhidos através desse movimento.

    Para os interessados em realizar essas parcerias, alguns cuidados precisam ser tomados para assegurar uma boa promoção de seus produtos ou serviços. Ao lançar um novo produto, por exemplo, formar uma parceria com um influenciador digital para somente anunciar essa novidade funcionará, na melhor das suas possibilidades, caso a introdução da marca for feita gradualmente para criar um vínculo e interesse por parte dos seguidores. Uma dica que pode auxiliar nisso é apostar na originalidade deste das personalidades – algo que, ainda segundo os dados da mesma pesquisa da Harvard Business Review, é responsável por um aumento de cerca de 15% no ROI do marketing de influência.

    Diante desses dados, não há como negar que investir na parceria com influenciadores pode ser a resposta certa para muitas marcas. A decisão de seguir ou não por esse caminho poderá variar a depender do tamanho do negócio ou empresa para qual está sendo traçado um plano de marketing. Além disso, é de extrema importância não deixar de lado as estratégias e ações ainda mais básicas como, por exemplo, uma campanha de mídia paga nas redes sociais, que pode, por vezes, trazer um maior ROAS que é muito mais interessante do que uma ação de parceria traria.

    Cada negócio possui a resposta ou a capacidade de analisar e definir se investir em influenciadores no atual momento é interessante ou não, para que, a partir disso, busque a personalidade que mais se adequa ao seu público-alvo para que possam construir uma estratégia assertiva de comunicação e promoção de seus produtos e serviços.

  • IA, dados e a arte de conquistar e reter grandes marcas nas agências de publicidade

    IA, dados e a arte de conquistar e reter grandes marcas nas agências de publicidade

    Se existe uma verdade universal para as agências, é que nenhum contrato com um cliente dura para sempre. Mais cedo ou mais tarde, surge um pedido de proposta (RFP) que inicia o conhecido processo de reconquistar a confiança do cliente. No entanto, à medida que os métodos de negociação publicitária e as abordagens de segmentação evoluem, continuar fazendo “o que sempre foi feito” já não é suficiente.

    Tradicionalmente, os clientes recorrem às agências por duas razões principais. A primeira é o acesso privilegiado a inventários de mídia, graças aos relacionamentos exclusivos com emissoras, canais e plataformas — fruto de décadas de parcerias. A segunda é a capacidade de oferecer estratégias de segmentação e audiência com tecnologias que atendem a necessidades específicas de alcance e desempenho. Porém, a inovação tecnológica tem reduzido progressivamente a vantagem competitiva das agências em ambos os aspectos.

    Com o aumento do investimento em tecnologias programáticas e transações baseadas em leilões se tornando padrão, os relacionamentos pessoais têm perdido relevância, até mesmo nas negociações tradicionais de TV. Para agências que investiram cedo em inteligência artificial (IA), surge a percepção de que agora oferecem serviços muito semelhantes aos de seus concorrentes, incluindo outras agências e grandes players de tecnologia publicitária.

    O momento é de ação: as agências precisam utilizar a tecnologia para criar ou reforçar novas capacidades que as mantenham competitivas. Entre essas, a mais importante é o potencial dos dados criativos. O desafio está em adaptar suas respostas a RFPs para destacar esse diferencial essencial.

    Os clientes buscam agências capazes de acompanhar o ciclo constante de novas ferramentas e inovações, como demonstrado pelo boom de startups de inteligência artificial generativa nos últimos dois anos. É compreensível que as agências estejam incorporando tecnologia de ponta em seus pitches: 70% dos  tomadores de decisão de agências nos EUA utilizam IA generativa para desenvolver conceitos iniciais, e 59% a empregam para otimizar insights sobre o público, segundo a Forrester.

    Adotar a IA certa é crucial, mas implementá-la e utilizá-la de forma eficaz pode ser desafiador. Além disso, espera-se que as agências não apenas melhorem a eficiência, mas também impulsionem o crescimento dos clientes. Segundo a Coca-Cola, as agências devem considerar os seguintes aspectos ao avaliar tecnologias:

    • A solução de IA deve ter um propósito claro e definido;
    • Integrar-se perfeitamente às operações existentes, tanto da agência quanto do cliente;
    • Demonstrar eficácia com resultados comprovados e aderência a padrões éticos;
    • Ser escalável e adaptável a diferentes clientes.

    A qualidade criativa é amplamente reconhecida como o principal motor da eficácia de marketing, com 80% dos profissionais classificando-a como essencial, de acordo com a Marketing Week. Por isso, as agências precisam se destacar por meio de sua capacidade de mensurar e otimizar campanhas baseadas em dados criativos.

    Quatro perguntas que os pitches das agências devem responder

    1. Sua solução incorpora dados criativos ao stack de marketing?A separação histórica entre equipes de mídia e criação faz com que muitos profissionais de mídia considerem que questões criativas não são sua responsabilidade. Essa visão limita o impacto e a eficiência das campanhas. Respostas a RFPs devem demonstrar processos integrados, onde equipes refinam e melhoram anúncios em tempo real, usando insights constantes de dados criativos.
    2. Você utiliza dados criativos em tempo real para otimizar anúncios e informar produções?A falta de otimização criativa em tempo real é um problema comum. Avanços recentes em machine learning e processamento de dados permitem análises quase instantâneas, ajudando agências a demonstrar agilidade ao ajustar campanhas criativas com base em insights imediatos.
    3. Como você mede e minimiza desperdícios de mídia, especialmente com foco em sustentabilidade?Com consumidores mais conscientes ambientalmente, agências devem demonstrar como alcançam metas de sustentabilidade, otimizando criativos para reduzir desperdício de mídia e energia. Dados criativos oferecem insights sobre o desempenho de mensagens, eliminando o desperdício de recursos em conteúdos ineficazes.
    4. Você garante que os anúncios estão adaptados ao propósito e ao canal?A adequação ao canal deve ser prioridade, mas muitas vezes é negligenciada. Pitches devem detalhar como garantem governança de marca e aderência às especificidades de cada plataforma, incluindo requisitos de orientação de tela, som e localização de conteúdo.

    Próximos passosSuperar a concorrência exige mais do que bons relacionamentos e eficiência operacional. Incorporar dados criativos aos processos centrais da agência permite oferecer uma proposta diferenciada e valiosa para marcas que buscam soluções robustas e orientadas por desempenho. Demonstrar uma estratégia integrada de dados criativos — desde a otimização em tempo real até insights futuros — posiciona as agências como parceiras indispensáveis no sucesso dos clientes.

  • IA e automação devem ser motores da inovação na gestão documental em 2025

    IA e automação devem ser motores da inovação na gestão documental em 2025

    Na medida em que a transformação digital avança, a integração da inteligência artificial (IA) e da automação tornam-se essenciais para a gestão documental. Essas tecnologias não apenas prometem revolucionar a forma como as organizações lidam com informações e processos, mas também oferecem uma gama de benefícios que vão desde a melhoria da precisão e eficiência até a obtenção de insights valiosos para a tomada de decisões. Algoritmos avançados de IA, por exemplo, são capazes de identificar padrões e anomalias em documentos, otimizando processos de auditoria e compliance.

    Com previsões otimistas de analistas de mercado, espera-se que, até 2027, 75% das grandes empresas em todo o mundo, incluindo o Brasil, adotem IA para aprimorar a gestão de documentos e informações. Neste cenário de rápida evolução tecnológica, a segurança da informação e a conformidade regulatória também ganham destaque, com investimentos crescentes em soluções robustas para proteger os ativos documentais contra ameaças cibernéticas e garantir a privacidade dos dados. Veja quais são as principais tendências que devem permear a gestão documental em 2025:

    Inteligência Artificial: revolução na gestão documental

    A inteligência artificial e o aprendizado de máquina estão cada vez mais integrados aos sistemas de gestão documental. Essas tecnologias permitem a análise de grandes volumes de dados e a extração de insights valiosos que apoiam a tomada de decisões. Por exemplo, algoritmos de IA são capazes de identificar padrões e anomalias em documentos, melhorando a precisão e a eficiência dos processos de auditoria e compliance.

    Tecnologias de processamento de linguagem natural também devem permitir funções de busca cada vez mais intuitivas, ajudando os usuários a encontrar o documento exato ou a informação que precisam – fornecendo acesso instantâneo aos dados mais relevantes.

    Um estudo da Gartner prevê que, até 2027, 75% das empresas de grande porte em todo o mundo, incluindo o Brasil, vão utilizar IA para melhorar a gestão de documentos e informações.

    Sistemas de RPA continuarão sua expansão

    Em paralelo, a automação de processos robóticos (RPA) também ganha destaque. Ferramentas de RPA são usadas para automatizar tarefas repetitivas relacionadas à gestão de documentos, como a classificação, o arquivamento e a recuperação de informações.

    Isso libera recursos humanos para atividades mais estratégicas e de maior valor agregado. Pesquisa recente da McKinsey & Company aponta que a automação pode aumentar a produtividade em até 40% nas empresas brasileiras, resultando em uma economia significativa de tempo e recursos.

    Foco na privacidade e conformidade dos dados

    A segurança da informação continua sendo uma prioridade absoluta. Com o aumento da digitalização, surgem novos desafios relacionados à proteção de dados. As organizações precisam garantir que suas informações estejam seguras contra ameaças cibernéticas e vazamentos.

    No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) impõe rigorosos requisitos de conformidade, e as empresas estão investindo pesadamente em soluções de segurança para proteger seus ativos documentais. Tecnologias como a criptografia avançada e a autenticação multifator são amplamente adotadas para garantir a integridade e a confidencialidade dos documentos.

    Fluxos de trabalho e assinatura digital integrados

    Cada vez mais os sistemas de gestão documental estão integrados a sistemas de fluxo de trabalho e ferramentas de assinatura digital, otimizando tempo, sistemas adicionais e custos de armazenamento físico.

    Essas tecnologias também possibilitam a análise avançada de dados, oferecendo insights valiosos que podem orientar a tomada de decisões estratégicas. Com a utilização de algoritmos de machine learning, as empresas podem prever tendências, identificar padrões e anomalias, e até mesmo automatizar a geração de relatórios detalhados sobre a performance e os riscos associados à gestão documental.

    Isso não só aprimora a eficiência operacional, mas também permite uma abordagem proativa na mitigação de riscos e na otimização de processos, garantindo que as empresas estejam sempre um passo à frente em um mercado competitivo.

    Dados acessíveis, de qualquer lugar

    Soluções baseadas em nuvem são essenciais para que documentos, fluxos de trabalho e processos possam ser acessados de qualquer lugar – e as soluções cloud oferecem flexibilidade, escalabilidade e segurança, permitindo que as empresas armazenem e acessem seus documentos de forma eficiente. Pesquisa da IDC indica que 80% das empresas brasileiras já utilizam ou planejam utilizar soluções em nuvem para a gestão de documentos e informações nos próximos anos

    Soluções únicas para cada empresa

    A personalização dos serviços de gestão documental também ganha relevância. As soluções devem ser adaptáveis às necessidades específicas de cada organização, levando em consideração o setor de atuação, o tamanho da empresa e as particularidades dos processos internos.

    Ferramentas de gestão documental personalizadas permitem uma maior eficiência operacional e uma melhor integração com outros sistemas corporativos, proporcionando uma experiência de usuário mais intuitiva e eficaz.

    Além disso, a integração entre sistemas é, de fato, uma das principais preocupações dos tomadores de decisão. Empresas brasileiras estão investindo em plataformas que oferecem uma gestão documental integrada, possibilitando a comunicação entre diferentes sistemas e departamentos. Isso elimina silos de informação e melhora a colaboração interna, resultando em processos mais ágeis e precisos.

    Em resumo, as principais tendências de gestão documental em 2025 são marcadas pela digitalização acelerada, automação e inteligência artificial. As novas soluções refletem a necessidade das organizações de se adaptarem a um ambiente de negócios em constante evolução. Mais do que nunca, a gestão documental é parte fundamental dos negócios -e não somente uma atividade complementar. Sem um gerenciamento eficiente, as empresas correm o risco de naufragar em processos confusos, caros e que sobrecarregam a operação, tirando o espaço para o crescimento e para a inovação.

  • Ameaças complexas inauguram “nova era” para líderes de Cibersegurança

    Ameaças complexas inauguram “nova era” para líderes de Cibersegurança

    O papel do Chief Information Security Officer (CISO) nunca foi tão desafiador e crucial como nos dias de hoje. Com o aumento exponencial das ameaças cibernéticas, que podem causar danos irreparáveis à reputação, à confiança e ao patrimônio das organizações, os CISOs precisam estar preparados para enfrentar um cenário cada vez mais complexo e dinâmico.

    Em 2024, o Brasil registrou um aumento significativo nos ataques cibernéticos. No primeiro trimestre, houve um crescimento de 38% em relação ao mesmo período de 2023, com organizações brasileiras sofrendo, em média, 1.770 ataques semanais. No segundo trimestre, o aumento foi ainda mais acentuado, atingindo 67% em comparação ao ano anterior, com uma média de 2.754 ataques semanais por organização. No terceiro trimestre, o número médio semanal de ataques por organização no Brasil alcançou 2.766, representando um crescimento de 95% em relação ao mesmo período de 2023. Os setores mais visados foram os de finanças, saúde, governo e energia, sendo que os principais tipos de ataques foram ransomware, phishing, DDoS e APTs (Ameaças Persistentes Avançadas).

    Os CISOs têm que se adaptar a esta nova era de ataques cibernéticos sem precedentes – muitas vezes desempenhando várias funções ao mesmo tempo e, no caso do Brasil, gerenciando um cenário de contenção de custos e investimentos em cibersegurança.

    O papel do CISO moderno

    O cargo de CISO é relativamente novo. Ao contrário dos diretores financeiros ou diretores executivos, a função do diretor de segurança da informação não existia oficialmente até meados da década de 1990.

    Além disso, o papel do CISO tem mudado constantemente nas organizações. De acordo com o relatório CISO de 2023 da Splunk, 90% dos entrevistados acreditavam que a função havia se tornado um “trabalho completamente diferente” de quando começaram.

    Se no começo o CISO era responsável pela elaboração de políticas, governança de segurança e implementação de controles mais rudimentares de segurança, o que levava esse profissional a ter uma visão muito mais técnica que gerencial, hoje a lista de atribuições aumentou, e muito. Uma delas, por exemplo, é a função política do cargo: CISOs precisam ter relações de trabalho estreitas com o CEO, o CFO e a área Jurídica da organização. O orçamento da área de Segurança é condição essencial para enfrentar a miríade de ameaças que existem hoje.

    E isso, ainda, é um problema para as empresas no mundo todo, especialmente no Brasil. A complexidade do cenário traz, de um lado, um país com um dos maiores índices de ataques do mundo. Por outro, as incertezas econômicas e a flutuação do dólar (já que a maioria esmagadora das soluções é vendida em moeda estrangeira) faz com que os CISOs tenham que se equilibrar com os recursos disponíveis para garantir a proteção da empresa.

    Bons comunicadores

    Ao contrário de uma imagem muito calcada no estereótipo do técnico no passado, hoje o CISO precisa ter um papel de liderança e ser um bom comunicador para liderar a criação de uma cultura sólida de segurança cibernética dentro da empresa.

    Outro ponto importante é que os CISOs não podem atuar sozinhos na gestão da segurança da informação. Eles precisam contar com o apoio e a colaboração do ecossistema externo, que inclui fornecedores, clientes, parceiros, órgãos reguladores, entidades de classe e comunidades de segurança. Esses atores podem contribuir com informações, recursos, soluções e boas práticas que ajudem o executivo a aprimorar e a fortalecer a segurança da sua organização. Por isso, a comunicação e o relacionamento com o mercado também são fundamentais.

    Segurança precisa partir de uma visão holística

    Não basta ter ferramentas e processos de segurança isolados e reativos. Os CISOs precisam ter uma visão holística e integrada da segurança, que abranja desde a cultura e a conscientização dos colaboradores, até a governança e o alinhamento com os objetivos de negócio.

    A segurança deve ser vista como um elemento transversal e essencial para a continuidade e o crescimento da organização, e não como um custo ou uma barreira. Para isso, os CISOs devem envolver as demais áreas e lideranças da empresa, demonstrando o valor e o retorno da segurança, e estabelecendo políticas e indicadores claros e mensuráveis.

    Senso de urgência é essencial para se antecipar às ameaças

    As ameaças cibernéticas estão em constante evolução e sofisticação, e podem afetar qualquer organização, independentemente do porte ou do segmento. Por isso, é importante estar sempre atento e atualizado sobre as tendências e as vulnerabilidades do mercado, e investir em soluções e metodologias que permitam antecipar-se às ameaças e aos riscos.

    Uma das formas de fazer isso é adotar uma abordagem de segurança por design, que incorpora a segurança desde a concepção até a entrega dos produtos e serviços da organização. Outra forma é realizar testes e simulações periódicas que avaliem a eficácia e a resiliência dos sistemas e dos processos de segurança, e identifiquem oportunidades de melhoria e de mitigação.

    Mesmo que o papel do CISO ainda esteja em transformação, esse profissional é peça-chave para a proteção e a inovação das organizações na era digital. CISOs precisam estar preparados para lidar com um nível sem precedentes de ameaças, que exigem uma gestão da segurança da informação proativa, estratégica e colaborativa.

    Por fim, os CISOs devem ter em mente que a segurança da informação não é apenas uma questão técnica, mas também um fator de competitividade e de valor para os clientes. Aqueles que conseguirem alinhar a segurança com os objetivos de negócio e as expectativas dos stakeholders, e que souberem comunicar os benefícios e os desafios da segurança de forma clara e convincente, serão capazes de construir uma cultura de segurança forte e sustentável na organização, e de contribuir para o seu sucesso e crescimento no cenário digital.

  • Tecnologia, bem-estar e produtos eco-friendly: tendências e estratégias para o mercado de eletrônicos em 2025

    Tecnologia, bem-estar e produtos eco-friendly: tendências e estratégias para o mercado de eletrônicos em 2025

    O mercado de eletrônicos está passando por uma transformação rápida, impulsionada por avanços tecnológicos e mudanças no comportamento do consumidor. Segundo uma pesquisa feita pela PwC em parceria com o Instituto Locomotiva, o setor de eletrônicos cresceu significativamente nos últimos 10 anos. Em 2024, 45% dos entrevistados disseram que consumiram mais eletrônicos nesse período, mostrando não apenas uma maior demanda por dispositivos, mas também uma mudança nas expectativas dos usuários.

    Diante disso, vejo que uma das estratégias mais promissoras para 2025 é criar produtos eletrônicos que atendam às reais necessidades do dia a dia do usuário, como equipamentos que ajudem no bem-estar do consumidor. Dispositivos como smartwatches, pulseiras fitness, anéis inteligentes e até headphones com cancelamento de ruído estão ganhando espaço no mercado. Essa tendência mostra a maior preocupação com a saúde mental e física, intensificada pelos desafios da vida sempre conectada.

    Investir em tecnologia para o bem-estar é trazer soluções que equilibram produtividade e qualidade de vida. Aplicações que monitoram o sono, ajudam na meditação ou acompanham os níveis de estresse se tornaram atrativas em um momento em que as pessoas buscam equilibrar trabalho e autocuidado.

    Além do foco no bem-estar, a sustentabilidade é outro ponto importante. Apesar de ser um desafio, as marcas de eletrônicos podem contribuir com esse cenário ao priorizar a durabilidade dos produtos e incentivar o consumo consciente. Investir em materiais de qualidade, oferecer garantias mais longas e promover a educação do consumidor sobre como prolongar a vida útil dos dispositivos são medidas práticas e eficazes.

    Essas iniciativas conquistam um público mais exigente em termos ambientais e ajudam as marcas a cumprirem regras de preservação que estão ficando mais criteriosas em vários países. Esse é um momento importante para o setor, que precisa equilibrar lucro com responsabilidade em ESG.

    Outra tendência forte é a personalização e a conexão entre os dispositivos eletrônicos. Os consumidores preferem soluções que funcionem bem juntas. Tecnologias que utilizam inteligência artificial para criar experiências personalizadas, como assistentes virtuais e dispositivos conectados, estão se tornando grandes diferenciais.

    Embora o crescimento da área seja claro, é preciso que as empresas acompanhem não apenas as novidades tecnológicas, mas também as expectativas dos consumidores e as regras do mercado. O segredo para se destacar será equilibrar inovação, sustentabilidade e bem-estar.

    Por isso, investir em estratégias que combinem tecnologia moderna, responsabilidade ambiental e foco no consumidor é o caminho para as empresas continuarem relevantes em um nicho tão dinâmico e cheio de oportunidades.