Vejo com frequência colaboradores trabalhando desmotivados nas empresas em que estão e, muitas vezes, isso não significa que não gostam do emprego ou da função que exercem, mas que perderam o encantamento pelo que fazem. E quando paramos de acreditar no que estamos fazendo, logo aquilo passa a não ter mais nenhum sentido e eventualmente nós acabamos desistindo.
É claro que a motivação não surge do dia para a noite e não é algo que vai acontecer de repente na vida profissional de uma pessoa, principalmente quando já está desanimada, mas é um processo que o líder precisa tentar estimular dia após dia, como se fizesse parte da rotina de tarefas. Em alguns casos, ações simples conseguem modificar o sentimento de um colaborador. A diferença está na percepção dos detalhes.
No entanto, o problema começa quando a liderança passa a ver o estímulo à motivação do time como uma mera obrigação. Você deve estar se perguntando: por que isso é um problema sendo que eu disse que precisa fazer parte da rotina? Acontece que a partir do momento em que o líder acredita que motivar os colaboradores é apenas um item na sua lista e que precisa ser cumprido só para dar check, é sinal de que não está funcionando.
De acordo com dados de uma pesquisa realizada pela consultoria Robert Half, cujo objetivo era entender como empresas e trabalhadores se sentem em relação ao trabalho, o papel dos líderes na consolidação da felicidade dos colaboradores é considerado muito relevante. Cerca de 94% dos profissionais entrevistados acreditam que a satisfação é influenciada pela atuação da liderança.
Número bastante significativo, não acha? Isso só comprova o que estou falando de que os gestores possuem um papel fundamental na motivação do time e algumas atitudes podem realmente fazer a diferença. Por exemplo, a escuta ativa por parte do líder é capaz de fazer com que as pessoas se sintam vistas e ouvidas, o que terá um impacto positivo na forma como se enxergam na empresa.
Nesse processo de motivação, os colaboradores precisam entender que as suas respectivas funções fazem diferença para a organização como um todo e que juntos, estão participando de uma grande engrenagem que permite que o negócio funcione. E isso só será possível de compreender caso a liderança aponte e mostre que cada um tem o seu valor, incentivando a serem cada vez melhor.
Uma das maneiras que o líder tem para motivar e manter motivado o time, é deixar clara a direção para onde o estão indo, quais são os objetivos e o porquê existem. Ao longo dos meses, nas reuniões, este líder deve praticar a escuta ativa que mencionei anteriormente, e direcionar os esforços dos colaboradores para esta missão do time que contribui para a missão da organização.
Frustrar expectativas também é uma forma de minar a motivação, por essa razão, ter as métricas claras que mostram que chegamos no objetivo é fundamental. Isso vai facilitar as interações, tornando as discussões mais objetivas e menos carregadas de outros fatores mais qualitativos que, muitas vezes, causam mais ruído e distração do que contribuem para o atingimento do fim.
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Motivar os colaboradores não é só uma obrigação
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Motivar os colaboradores não é só uma obrigação
Vejo com frequência colaboradores trabalhando desmotivados nas empresas em que estão e, muitas vezes, isso não significa que não gostam do emprego ou da função que exercem, mas que perderam o encantamento pelo que fazem. E quando paramos de acreditar no que estamos fazendo, logo aquilo passa a não ter mais nenhum sentido e eventualmente nós acabamos desistindo.
É claro que a motivação não surge do dia para a noite e não é algo que vai acontecer de repente na vida profissional de uma pessoa, principalmente quando já está desanimada, mas é um processo que o líder precisa tentar estimular dia após dia, como se fizesse parte da rotina de tarefas. Em alguns casos, ações simples conseguem modificar o sentimento de um colaborador. A diferença está na percepção dos detalhes.
No entanto, o problema começa quando a liderança passa a ver o estímulo à motivação do time como uma mera obrigação. Você deve estar se perguntando: por que isso é um problema sendo que eu disse que precisa fazer parte da rotina? Acontece que a partir do momento em que o líder acredita que motivar os colaboradores é apenas um item na sua lista e que precisa ser cumprido só para dar check, é sinal de que não está funcionando.
De acordo com dados de uma pesquisa realizada pela consultoria Robert Half, cujo objetivo era entender como empresas e trabalhadores se sentem em relação ao trabalho, o papel dos líderes na consolidação da felicidade dos colaboradores é considerado muito relevante. Cerca de 94% dos profissionais entrevistados acreditam que a satisfação é influenciada pela atuação da liderança.
Número bastante significativo, não acha? Isso só comprova o que estou falando de que os gestores possuem um papel fundamental na motivação do time e algumas atitudes podem realmente fazer a diferença. Por exemplo, a escuta ativa por parte do líder é capaz de fazer com que as pessoas se sintam vistas e ouvidas, o que terá um impacto positivo na forma como se enxergam na empresa.
Nesse processo de motivação, os colaboradores precisam entender que as suas respectivas funções fazem diferença para a organização como um todo e que juntos, estão participando de uma grande engrenagem que permite que o negócio funcione. E isso só será possível de compreender caso a liderança aponte e mostre que cada um tem o seu valor, incentivando a serem cada vez melhor.
Uma das maneiras que o líder tem para motivar e manter motivado o time, é deixar clara a direção para onde o estão indo, quais são os objetivos e o porquê existem. Ao longo dos meses, nas reuniões, este líder deve praticar a escuta ativa que mencionei anteriormente, e direcionar os esforços dos colaboradores para esta missão do time que contribui para a missão da organização.
Frustrar expectativas também é uma forma de minar a motivação, por essa razão, ter as métricas claras que mostram que chegamos no objetivo é fundamental. Isso vai facilitar as interações, tornando as discussões mais objetivas e menos carregadas de outros fatores mais qualitativos que, muitas vezes, causam mais ruído e distração do que contribuem para o atingimento do fim. -
IA pode transformar o setor de segurança no Brasil em 2025
A Inteligência Artificial (IA) está transformando diferentes setores da sociedade, e a segurança desponta entre as áreas que mais têm se beneficiado da tecnologia. A vigilância patrimonial e urbana tem apresentado soluções inovadoras que prometem redefinir os padrões. No Brasil, essa tendência segue em expansão, refletindo um mercado em constante adaptação às novas demandas de empresas e consumidores.
No setor de proteção patrimonial, a IA introduz níveis inéditos de personalização e eficiência. Sistemas avançados são capazes de aprender com o ambiente e detectar padrões incomuns, agindo preventivamente para evitar incidentes. A abordagem proativa permite respostas mais rápidas a ameaças e reduz significativamente os riscos. A tendência é que esses recursos sejam cada vez mais adaptados às necessidades específicas de residências, condomínios e empresas, oferecendo proteção integrada e eficiente.
Reconhecimento facial e mídias digitais no varejo
Uma das inovações mais promissoras para 2025 é o uso de reconhecimento facial em larga escala. Inicialmente desenvolvido para segurança pública, o recurso agora é amplamente aplicado no varejo, com funções que vão além da prevenção de perdas. Auxilia na identificação de quadrilhas e no monitoramento de comportamentos suspeitos, mas também fornece dados valiosos sobre o perfil do público, como gênero e faixa etária. As informações ajudam lojistas a planejar promoções, a organizar a exposição de produtos de acordo com o fluxo de clientes e até mesmo na otimização da equipe em horários de maior movimento.
Outro avanço significativo é a utilização de mídias digitais no ponto de venda, como painéis de LED e sistemas de Digital Signage. Tais soluções permitem a personalização das mensagens, controlando o conteúdo exibido de acordo com o público e o horário. Além de valorizar o espaço comercial, os recursos oferecem uma nova fonte de receita, com a possibilidade de veicular anúncios de indústrias parceiras. A combinação de tecnologia e marketing tem potencial de transformar a experiência de compra, aumentando o engajamento do consumidor e fortalecendo a relação com a marca.
Smart cities: proteção e conectividade no espaço urbano
As cidades inteligentes estão emergindo como um dos principais cenários de aplicação da IA no Brasil. Em 2025, espera-se que iniciativas como monitoramento em tempo real, muralhas digitais e semáforos inteligentes se tornem cada vez mais comuns. Esse tipo de recurso não apenas melhora a segurança pública, como também otimiza a gestão urbana, oferecendo opções integradas que ajudam a identificar infrações, responder rapidamente a emergências e monitorar fluxos de trânsito. O uso da IA em smart cities reforça a conexão entre tecnologia e qualidade de vida, criando espaços urbanos mais eficientes e resilientes.
Sem dúvida, as inovações impulsionadas pela IA estão remodelando o setor de segurança no Brasil, abrangendo desde soluções patrimoniais até a otimização do varejo. Tecnologias como o reconhecimento facial, as mídias digitais e os sistemas inteligentes demonstram o potencial da IA em criar ambientes mais seguros e eficientes. Com essas tendências, o país avança na adoção de recursos que atendem às demandas do presente e preparam o terreno para um futuro ainda mais conectado e protegido.
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Especialista em ciências de dados: cargo é tendência no setor de Logística
De acordo com o relatório Futuro do Trabalho 2025, realizado pelo Fórum Econômico Mundial, os empregadores brasileiros preveem que as funções de especialista em Transformação Digital, em IA e Machine Learning e em Supply Chain e Logística irão crescer até 2030.
Esse crescimento preenche uma grande lacuna no setor de Logística e Gestão de Redes de Suprimentos: a falta de habilidades técnicas para implementar a ciência de dados, que tem se destacado como uma competência essencial para o setor.
Com o aumento da dependência de decisões baseadas em informações precisas para melhorar a eficiência, torna-se imprescindível investir em talentos internos, ou contratar colaboradores que saibam aplicar boas práticas de integração, processamento e análise de dados.
Para fazer um panorama, a ciência de dados permite uma visão detalhada das informações ao longo de todas as etapas da cadeia logística. Ferramentas analíticas avançadas trazem inúmeros benefícios: a partir da análise aprofundada dos dados, as empresas conseguem prever demandas, gerenciar estoques e otimizar rotas, além de reduzir desperdícios.
Com essas análises, também é possível identificar padrões, anomalias e tendências ocultas, permitindo que as empresas antecipem problemas e gargalos potenciais. Essas práticas não apenas aumentam a eficiência operacional, mas também garantem respostas rápidas e precisas às mudanças do mercado e às necessidades internas.
A pesquisa operacional, por sua vez, utiliza métodos avançados para resolver problemas complexos e otimizar a alocação de recursos. Suas aplicações abrangem desde a escolha da localização ideal para centros de distribuição até a definição de rotas e níveis de estoque ideais. Essa abordagem também permite simular cenários e avaliar o impacto de diferentes decisões antes de implementá-las, minimizando riscos e maximizando a eficiência.
Em um ambiente cada vez mais competitivo, dominar essas técnicas de pesquisa operacional é um diferencial estratégico para os profissionais do setor. Ao mesmo tempo, a capacidade de transformar grandes volumes de dados em insights aplicáveis faz da ciência de dados uma habilidade essencial para a logística moderna e a gestão de redes de suprimentos.
Desafios pelo caminho
Embora promissoras, essas áreas ainda são relativamente novas, e um dos maiores desafios é a integração entre sistemas de TI antigos e novas tecnologias de ciência de dados. Muitas empresas ainda utilizam ferramentas incompatíveis com soluções modernas, dificultando a coleta e integração de dados relevantes.
Outro desafio é a resistência cultural a decisões baseadas em dados. Muitos profissionais ainda preferem confiar na experiência e na intuição, o que exige uma mudança organizacional que parta da liderança, promovendo a valorização das decisões fundamentadas em evidências. Além disso, a qualidade e integridade dos dados são fundamentais para evitar erros de análise que possam levar a decisões equivocadas, exigindo processos robustos de governança para assegurar informações precisas, completas e consistentes.
Apesar dessas dificuldades, os obstáculos podem ser superados com investimentos em tecnologia, capacitação e mudança cultural. A ciência de dados e a pesquisa operacional são competências essenciais para a logística moderna, não apenas por otimizar a eficiência, mas também por oferecer uma visão estratégica do negócio. As empresas que explorarem todo o potencial dessas disciplinas estarão melhor posicionadas na vanguarda da inovação e mais preparadas para competir no mercado.
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Será 2025 um ano com menos fraudes no e-commerce?
Sempre que se fala de compra online, não tem como evitar mencionar algo que é o terror tanto dos consumidores quanto dos lojistas: as fraudes. E não é para menos, já que dados do relatório “The State of Fraud and Abuse 2024” mostram que há uma projeção para que as perdas decorrentes desses golpes virtuais superem US$343 bilhões até 2027. No entanto, da mesma forma que os malfeitores estão cada vez mais criativos na hora de desenvolverem iniciativas criminosas, as empresas também têm dado excelentes passos para garantir um ambiente seguro para seus consumidores. Dessa maneira, podemos dizer que 2025 será um ano em que as fraudes no comércio eletrônico terão uma redução?
Um estudo da BigDataCorp mostrou que o índice de segurança digital do e-commerce brasileiro atingiu mais de 95% no início de 2024 graças ao aumento do uso de SSL (Secure Sockets Layer), que usa criptografia para proteger os dados dos internautas. Além disso, o próprio consumidor anda mais alerta e tem conseguido identificar com mais facilidade quando uma transação é fraudulenta. De acordo com levantamento da Opinion Box, 91% dos usuários já desistiram de uma compra online justamente por desconfiar de golpes.
Outro ponto que conta a favor do combate às fraudes é a Inteligência Artificial. Por meio de sua utilização combinada com análise de dados e machine learning, por exemplo, muitos varejistas conseguem definir padrões para uma transação normal e agir antecipadamente quando enxergam uma compra suspeita. A tecnologia pode se basear em diversos tópicos como recorrência, local da compra, meio de pagamento mais utilizado, perfil do cliente, etc.
Além disso, a IA é capaz de traçar perfis de usuários suspeitos, bloqueando seu acesso à plataforma de e-commerce e prevenindo futuros golpes. Nesse caso, a tecnologia, também relacionada a machine learning, se baseia em informações diversas como comportamento online e análise de perfil, monitorando endereço de e-mail, IP e telefone. Com esses dados, o varejista é capaz de traçar as intenções daquele indivíduo, verificando a possibilidade de roubos de identidades, invasão de contas e até mesmo o histórico de inadimplência.
Por conta desse leque de possibilidades, um levantamento da Associação de Investigadores de Fraudes Certificados (ACFE) e da SAS mostra que 46% dos profissionais antifraude na América Latina já utilizam IA e machine learning em seu dia a dia de trabalho. Além disso, um estudo da EY indica que a tecnologia tem aproximadamente 90% de precisão na detecção de spam, malware e invasões de rede.
Enquanto ainda não existem dados completos sobre a quantidade de fraudes no e-commerce durante o ano de 2024, já que ainda estamos no começo de 2025, 2023 enxergou uma queda expressiva de 29% nas tentativas de golpe nessas plataformas, segundo dados do levantamento Raio-X da Fraude 2024. Isso acende uma esperança, mostrando que a tecnologia tem sido uma aliada e contribui para um horizonte mais otimista para o setor.
Dessa maneira, podemos dizer que o combate a fraudes no ambiente online está cada vez mais efetivo, com tecnologias que inibem a ação dos criminosos. Embora pareça bastante desafiador, o cenário para 2025 é positivo, com maior confiança e segurança por parte dos varejistas. Por mais que seja difícil atestar se as fraudes de fato diminuirão este ano, temos a convicção de que os players estão se atualizando para que os golpes online sejam uma realidade cada vez mais rara, dando lugar a uma excelente experiência do cliente nas plataformas.
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Será 2025 um ano com menos fraudes no e-commerce?
Sempre que se fala de compra online, não tem como evitar mencionar algo que é o terror tanto dos consumidores quanto dos lojistas: as fraudes. E não é para menos, já que dados do relatório “The State of Fraud and Abuse 2024” mostram que há uma projeção para que as perdas decorrentes desses golpes virtuais superem US$343 bilhões até 2027. No entanto, da mesma forma que os malfeitores estão cada vez mais criativos na hora de desenvolverem iniciativas criminosas, as empresas também têm dado excelentes passos para garantir um ambiente seguro para seus consumidores. Dessa maneira, podemos dizer que 2025 será um ano em que as fraudes no comércio eletrônico terão uma redução?
Um estudo da BigDataCorp mostrou que o índice de segurança digital do e-commerce brasileiro atingiu mais de 95% no início de 2024 graças ao aumento do uso de SSL (Secure Sockets Layer), que usa criptografia para proteger os dados dos internautas. Além disso, o próprio consumidor anda mais alerta e tem conseguido identificar com mais facilidade quando uma transação é fraudulenta. De acordo com levantamento da Opinion Box, 91% dos usuários já desistiram de uma compra online justamente por desconfiar de golpes.
Outro ponto que conta a favor do combate às fraudes é a Inteligência Artificial. Por meio de sua utilização combinada com análise de dados e machine learning, por exemplo, muitos varejistas conseguem definir padrões para uma transação normal e agir antecipadamente quando enxergam uma compra suspeita. A tecnologia pode se basear em diversos tópicos como recorrência, local da compra, meio de pagamento mais utilizado, perfil do cliente, etc.
Além disso, a IA é capaz de traçar perfis de usuários suspeitos, bloqueando seu acesso à plataforma de e-commerce e prevenindo futuros golpes. Nesse caso, a tecnologia, também relacionada a machine learning, se baseia em informações diversas como comportamento online e análise de perfil, monitorando endereço de e-mail, IP e telefone. Com esses dados, o varejista é capaz de traçar as intenções daquele indivíduo, verificando a possibilidade de roubos de identidades, invasão de contas e até mesmo o histórico de inadimplência.
Por conta desse leque de possibilidades, um levantamento da Associação de Investigadores de Fraudes Certificados (ACFE) e da SAS mostra que 46% dos profissionais antifraude na América Latina já utilizam IA e machine learning em seu dia a dia de trabalho. Além disso, um estudo da EY indica que a tecnologia tem aproximadamente 90% de precisão na detecção de spam, malware e invasões de rede.
Enquanto ainda não existem dados completos sobre a quantidade de fraudes no e-commerce durante o ano de 2024, já que ainda estamos no começo de 2025, 2023 enxergou uma queda expressiva de 29% nas tentativas de golpe nessas plataformas, segundo dados do levantamento Raio-X da Fraude 2024. Isso acende uma esperança, mostrando que a tecnologia tem sido uma aliada e contribui para um horizonte mais otimista para o setor.
Dessa maneira, podemos dizer que o combate a fraudes no ambiente online está cada vez mais efetivo, com tecnologias que inibem a ação dos criminosos. Embora pareça bastante desafiador, o cenário para 2025 é positivo, com maior confiança e segurança por parte dos varejistas. Por mais que seja difícil atestar se as fraudes de fato diminuirão este ano, temos a convicção de que os players estão se atualizando para que os golpes online sejam uma realidade cada vez mais rara, dando lugar a uma excelente experiência do cliente nas plataformas.
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Vai começar o Big Brother… da Receita Federal
Janeiro chegou, e com ele a expectativa pelo início de mais uma temporada do Big Brother Brasil. Milhões de brasileiros estão prontos para acompanhar as intrigas, estratégias e movimentos dos confinados em uma casa cheia de câmeras. Mas o que muitos talvez não saibam é que, enquanto isso, um outro tipo de “Big Brother” já está em andamento — não na televisão, mas nos bastidores da fiscalização tributária brasileira. Com o aprimoramento do e-Financeira, a Receita Federal está transformando o sistema tributário em um verdadeiro reality show das finanças.
Se na casa mais vigiada do Brasil as câmeras captam cada detalhe da rotina dos participantes, no “Big Brother da Receita”, o olhar atento está voltado para cada movimentação financeira dos contribuintes. E com a ampliação do leque de informações coletadas, incluindo agora os dados de transações realizadas via Pix, a Receita Federal intensifica sua presença como “diretor” desse reality invisível, onde a edição pode levar empresários e microempreendedores ao “paredão” da malha fina.
Prepare-se para entender como funciona esse reality fiscal, quais são as regras do jogo, e como empresários e MEIs podem evitar a eliminação. Afinal, no “Big Brother da Receita”, jogar dentro das regras não é apenas uma escolha — é uma questão de sobrevivência financeira.
O que é o e-Financeira?
Instituído em 2015, o e-Financeira é um sistema pelo qual instituições financeiras reportam à Receita Federal informações detalhadas sobre as transações de seus clientes. Anteriormente, esse compartilhamento de dados já ocorria, mas a partir de janeiro de 2025, o leque de informações será ampliado, incluindo:
- Transações via Pix: O meio de pagamento instantâneo que conquistou o país agora está sob o radar do fisco.
- Operações com cartões de crédito: Dados que antes eram coletados pela Declaração de Operações com Cartão de Crédito (Decred) serão incorporados ao e-Financeira, com a Decred sendo descontinuada a partir de janeiro de 2025.
- Instituições de pagamento: Fintechs e outras plataformas de pagamento digital também passam a ser obrigadas a reportar informações.
Impacto nos empresários e MEIs
Assim como no BBB, onde os participantes são constantemente observados, empresários e, em especial, os Microempreendedores Individuais (MEIs) devem estar atentos às suas movimentações financeiras. A Receita Federal tem intensificado a fiscalização, e aqueles que não regularizam suas pendências podem enfrentar consequências sérias, como a exclusão do Simples Nacional.
Em outubro de 2024, a Receita notificou mais de 1,8 milhão de devedores do Simples Nacional, incluindo aproximadamente 1,21 milhão de MEIs com pendências fiscais. Esses contribuintes foram alertados sobre a necessidade de regularização para evitar a exclusão do regime a partir de 1º de janeiro de 2025.
A exclusão do Simples Nacional implica na perda de benefícios tributários e na obrigatoriedade de cumprir obrigações fiscais mais complexas, como a apuração de impostos pelo lucro real ou presumido. Além disso, o CNPJ do MEI pode ser tornado inapto, impossibilitando a emissão de notas fiscais e resultando no cancelamento de alvarás.
Lições do BBB para o mundo dos negócios
- Transparência total: No BBB, não há como esconder as ações; no mundo fiscal, a transparência é igualmente crucial. Mantenha suas obrigações fiscais em dia para evitar surpresas desagradáveis.
- Jogo em equipe: Assim como alianças são formadas no reality, contar com uma equipe contábil competente é essencial para navegar pelas complexidades fiscais.
- Evite o “paredão”: No BBB, o paredão é temido; no universo empresarial, cair na malha fina da Receita pode ser igualmente preocupante. Regularize suas pendências e mantenha-se informado sobre as obrigações fiscais.
Enquanto milhões acompanham o Big Brother Brasil, a Receita Federal conduz seu próprio “reality show” fiscal, ampliando o monitoramento sobre as transações financeiras. Empresários e MEIs devem estar atentos às suas obrigações para não serem “eliminados” do jogo tributário.
Lembre-se: no Big Brother da Receita, o público não vota, mas as consequências são reais.
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Empresários devem apostar nos dados para liderar o futuro, mas não é só isso
O Relatório Especial “Top Strategic Technology Trends for 2025”, recém-lançado pelo Gartner, traz uma visão poderosa sobre o futuro tecnológico, destacando como a inovação está moldando os rumos dos mercados globais. Três pilares cruciais emergem nesse cenário: a análise de dados, a privacidade das informações e a segurança dos dados. No entanto, mais do que se dedicar às oportunidades que os dados oferecem, é preciso que os empresários olhem para os desafios relacionados à sua proteção e à gestão ética.
A análise de dados continua a ser o coração das transformações digitais. O estudo do Gartner enfatiza que, até 2025, as empresas que utilizarem análise preditiva para embasar suas estratégias terão uma vantagem competitiva significativa. Na minha rotina corporativa, tenho observado que a capacidade de transformar dados em insights acionáveis é essencial para a tomadas de decisões ágeis e assertivas. Porém, essa é uma jornada que exige não apenas as ferramentas tecnológicas destacadas no relatório – como Inteligência Artificial Agêntica, Governança de Inteligência Artificial ou Criptografia Pós-Quântica –, mas uma cultura organizacional, de fato, orientada por dados, com profissionais qualificados para interpretar essas informações.
É importante ressaltar ainda que não há mais espaço para que as organizações tratem os dados pessoais como meros recursos. A privacidade deve ser integrada à concepção de novos produtos e serviços, respeitando não apenas a legislação, mas as expectativas dos consumidores. Essa abordagem é fundamental para conquistar e manter a confiança do cliente, um ativo cada vez mais valioso no mundo digital. A segurança dos dados, por sua vez, permanece uma preocupação constante.
O relatório prevê ainda que, até 2028, 50% das empresas começarão a adotar produtos, serviços ou recursos especificamente projetados para lidar com casos de uso de segurança contra desinformação. Hoje, esse número é de 5%. A segurança não é apenas um requisito operacional, mas uma responsabilidade estratégica. É imperativo que as organizações adotem uma postura proativa, implementando soluções que protejam não apenas seus dados, mas também os de seus clientes e parceiros.
Vale destacar que a análise de dados exige volumes imensos de informações, mas, sem mecanismos adequados de segurança e privacidade, o potencial de prejuízo é elevado. As empresas devem equilibrar inovação e responsabilidade, garantindo que a exploração dos dados seja sempre ética e segura.
Cada vez mais, veremos uma convergência maior entre tecnologia e estratégia de negócios – o que é particularmente relevante no contexto de dados, pois organizações que não tratarem a análise, a privacidade e a segurança como prioridades estratégicas correm o risco de se tornarem irrelevantes. Ao mesmo tempo, a computação com eficiência energética surge como uma tendência estratégica que pode contribuir tanto para a redução de custos quanto para a melhoria da sustentabilidade organizacional.
Por outro lado, a adoção dessas novas tecnologias, como computação neuromórfica e computação ótica, como era de se imaginar, implicará novos desafios para a segurança dos dados. Sistemas mais rápidos e eficientes podem amplificar os riscos de ataques, e as organizações precisam implementar controles rigorosos de segurança para mitigar essas novas vulnerabilidades. Em um ambiente no qual os consumidores estarão cada vez mais imersos em experiências digitais interativas, é fundamental que as empresas adotem estratégias de segurança e privacidade que garantam a proteção de dados em tempo real e em ambientes dinâmicos.
Em suma, a qualidade e a análise de dados, a privacidade e a segurança das informações não podem ser mais encaradas como áreas isoladas ou complementares. São componentes interligados e essenciais para a sustentabilidade e o sucesso das empresas no futuro digital. A convergência dessas áreas será decisiva para as organizações que buscam se manter relevantes e competitivas em um mercado em constante transformação.
Há mais de 30 anos no setor de TI, acredito piamente que estamos diante de uma oportunidade única para redefinir os padrões de como utilizamos e protegemos os dados. Por isso, também devemos estar comprometidos em ajudar as empresas a navegar nesse cenário desafiador, promovendo soluções tecnológicas que sejam tanto inovadoras quanto alinhadas às melhores práticas de privacidade e segurança.
As tendências tecnológicas para 2025 não são apenas previsões. São um chamado à ação. Cabe a nós, líderes e organizações, garantir que a transformação digital seja sustentável, segura e centrada nas pessoas.
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Empresários devem apostar nos dados para liderar o futuro, mas não é só isso
O Relatório Especial “Top Strategic Technology Trends for 2025”, recém-lançado pelo Gartner, traz uma visão poderosa sobre o futuro tecnológico, destacando como a inovação está moldando os rumos dos mercados globais. Três pilares cruciais emergem nesse cenário: a análise de dados, a privacidade das informações e a segurança dos dados. No entanto, mais do que se dedicar às oportunidades que os dados oferecem, é preciso que os empresários olhem para os desafios relacionados à sua proteção e à gestão ética.
A análise de dados continua a ser o coração das transformações digitais. O estudo do Gartner enfatiza que, até 2025, as empresas que utilizarem análise preditiva para embasar suas estratégias terão uma vantagem competitiva significativa. Na minha rotina corporativa, tenho observado que a capacidade de transformar dados em insights acionáveis é essencial para a tomadas de decisões ágeis e assertivas. Porém, essa é uma jornada que exige não apenas as ferramentas tecnológicas destacadas no relatório – como Inteligência Artificial Agêntica, Governança de Inteligência Artificial ou Criptografia Pós-Quântica –, mas uma cultura organizacional, de fato, orientada por dados, com profissionais qualificados para interpretar essas informações.
É importante ressaltar ainda que não há mais espaço para que as organizações tratem os dados pessoais como meros recursos. A privacidade deve ser integrada à concepção de novos produtos e serviços, respeitando não apenas a legislação, mas as expectativas dos consumidores. Essa abordagem é fundamental para conquistar e manter a confiança do cliente, um ativo cada vez mais valioso no mundo digital. A segurança dos dados, por sua vez, permanece uma preocupação constante.
O relatório prevê ainda que, até 2028, 50% das empresas começarão a adotar produtos, serviços ou recursos especificamente projetados para lidar com casos de uso de segurança contra desinformação. Hoje, esse número é de 5%. A segurança não é apenas um requisito operacional, mas uma responsabilidade estratégica. É imperativo que as organizações adotem uma postura proativa, implementando soluções que protejam não apenas seus dados, mas também os de seus clientes e parceiros.
Vale destacar que a análise de dados exige volumes imensos de informações, mas, sem mecanismos adequados de segurança e privacidade, o potencial de prejuízo é elevado. As empresas devem equilibrar inovação e responsabilidade, garantindo que a exploração dos dados seja sempre ética e segura.
Cada vez mais, veremos uma convergência maior entre tecnologia e estratégia de negócios – o que é particularmente relevante no contexto de dados, pois organizações que não tratarem a análise, a privacidade e a segurança como prioridades estratégicas correm o risco de se tornarem irrelevantes. Ao mesmo tempo, a computação com eficiência energética surge como uma tendência estratégica que pode contribuir tanto para a redução de custos quanto para a melhoria da sustentabilidade organizacional.
Por outro lado, a adoção dessas novas tecnologias, como computação neuromórfica e computação ótica, como era de se imaginar, implicará novos desafios para a segurança dos dados. Sistemas mais rápidos e eficientes podem amplificar os riscos de ataques, e as organizações precisam implementar controles rigorosos de segurança para mitigar essas novas vulnerabilidades. Em um ambiente no qual os consumidores estarão cada vez mais imersos em experiências digitais interativas, é fundamental que as empresas adotem estratégias de segurança e privacidade que garantam a proteção de dados em tempo real e em ambientes dinâmicos.
Em suma, a qualidade e a análise de dados, a privacidade e a segurança das informações não podem ser mais encaradas como áreas isoladas ou complementares. São componentes interligados e essenciais para a sustentabilidade e o sucesso das empresas no futuro digital. A convergência dessas áreas será decisiva para as organizações que buscam se manter relevantes e competitivas em um mercado em constante transformação.
Há mais de 30 anos no setor de TI, acredito piamente que estamos diante de uma oportunidade única para redefinir os padrões de como utilizamos e protegemos os dados. Por isso, também devemos estar comprometidos em ajudar as empresas a navegar nesse cenário desafiador, promovendo soluções tecnológicas que sejam tanto inovadoras quanto alinhadas às melhores práticas de privacidade e segurança.
As tendências tecnológicas para 2025 não são apenas previsões. São um chamado à ação. Cabe a nós, líderes e organizações, garantir que a transformação digital seja sustentável, segura e centrada nas pessoas.
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Materialidade: passo importante nas empresas para as práticas ESG em 2025
A empresa que se propõe a ser sustentável, alinhando sua atuação ao conceito ESG, tem um longo caminho a percorrer. Nesta jornada, uma etapa primordial é a definição de sua materialidade.
A materialidade pode ser entendida como a definição de temas relevantes para a organização, no que diz respeito a estratégias e práticas de sustentabilidade ambiental, social e de governança. Está relacionada aos principais impactos que a organização promove ou está sujeita, e também às oportunidades atreladas a cada um de seus riscos.
Sejam grandes corporações ou pequenas e médias empresas, é essencial considerar as particularidades das organizações, mesmo que atuem no mesmo ramo.
O impacto dos temas para os negócios não é o único aspecto a ser considerado pela lente de aumento da materialidade. Da mesma forma, é fundamental lançar luzes sobre o que interessa aos stakeholders, que são os colaboradores, fornecedores, clientes, consumidores, todas as partes agregadas, enfim, neste processo.
Cada stakeholder tem afinidades e entendimentos diferenciados sobre o que é mais relevante em seu dia a dia. A depender de condições sociais, econômicas, ambientais, políticas e mesmo geográficas, um colaborador pode elencar entre outros assuntos importantes práticas trabalhistas, diversidade ou relacionamento com as lideranças. Para a comunidade local, a relevância do negócio pode estar, por exemplo, no potencial de gerar empregos. Do ponto de vista do colaborador, o interesse maior às vezes é a marca empregadora.
Diante de tantos interesses e necessidades específicos, a materialidade permite compreender a relevância e o impacto que os temas trazem para o negócio, e contribui para a definição de prioridades de ação, definição de metas e estratégias e reporte de resultados a todas as suas partes interessadas.
Esta compreensão proporcionada pela materialidade precisa, necessariamente, interpretar com precisão os vieses revelados por cada stakeholder. Neste sentido, reforçamos a importância de entender de “gente” para desenvolvermos processos adequados, coesos e com resultados reais.
Com a perspectiva de reduzir os riscos associados a estes vieses, apresentamos três pontos que não devem ser negligenciados na jornada.
O primeiro deles é estabelecer uma relação de confiança com cada grupo de stakeholders, justamente para que haja interesse genuíno em prestar informações corretas e adequadas para avaliação.
A segunda providência trata de esclarecer cada um dos temas materiais, alinhar expectativas e proporcionar entendimento.
Não menos importante, destacamos a necessidade de compreender os grupos de stakeholders e adequar a comunicação com cada um deles. Nem sempre podemos usar siglas, termos em inglês ou referências técnicas, se nossa proposta é garantir a compreensão das partes interessadas.
A sustentabilidade e adoção de práticas ESG não apenas diferenciam uma empresa no mercado em 2025. Verdadeiramente agregam uma atuação ambientalmente responsável e alinhada ao desenvolvimento social que este ano tanto demanda, sempre levando em consideração o cenário atual e o contexto em que a empresa está inserida.