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  • Desafios e oportunidades: o que 2025 reserva para os CEOS de tecnologia

    Desafios e oportunidades: o que 2025 reserva para os CEOS de tecnologia

    Os gastos mundiais com TI devem atingir US$ 5,74 bilhões em 2025, um aumento projetado de 9,3% em relação a 2024, segundo a Gartner. Esse crescimento reforça o papel da tecnologia como um pilar essencial para a inovação e a competitividade empresarial, especialmente em um mercado global extremamente volátil, marcado por instabilidades econômicas e sociais.

    Portanto, em 2025, os CEOs de tecnologia terão um papel importante na liderança de processos de transformação, enfrentando desafios complexos e aproveitando novas oportunidades para impulsionar suas organizações. 

    Nesse cenário, onde a pressão por resultados rápidos é constante, será fundamental que esses executivos adotem uma postura ágil e adaptativa, enxergando a inovação como uma oportunidade e investindo em soluções tecnológicas e estratégias de longo prazo para otimizar processos e garantir a relevância no mercado competitivo.

    Transformação tecnológica e cibersegurançaEm um panorama de constante transformação, a rápida evolução de tecnologias como inteligência artificial, Big Data, computação em nuvem e APIs demandará que os CEOs integrem essas inovações de maneira estratégica e eficiente. A IA generativa, por exemplo, mostrou um potencial transformador em várias áreas, mas, para alcançar todo o seu potencial, ela precisa ser complementada por APIs que possibilitem a interação com outros sistemas e a execução de tarefas no mundo real. Esse entrelaçamento entre IA e APIs não é mais uma opção, mas uma necessidade para otimizar a eficiência operacional, criar experiências personalizadas e automatizar processos em 2025.

    Nesse sentido, os líderes precisarão encontrar um equilíbrio entre inovação e segurança, especialmente no que tange à cibersegurança, dado o aumento da digitalização. A adoção de modelos como o zero trust, que prioriza a verificação contínua e a proteção dos sistemas contra acessos não autorizados, será essencial ao longo do ano. Além disso, a gestão eficaz das APIs, garantindo que sua utilização seja monitorada e escalável, será indispensável para evitar custos excessivos, riscos de segurança e falhas no desempenho dos sistemas.

    Gestão de talentos e sustentabilidade no futuro dos negóciosOutro desafio de 2025 será a gestão de talentos e a adaptação às crescentes exigências de sustentabilidade, com práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) ganhando cada vez mais relevância. Nesse cenário, as tecnologias de IA podem desempenhar um papel chave não só na otimização de processos internos, mas também no apoio a iniciativas sustentáveis, como a redução de emissões e a utilização eficiente dos recursos. Além disso, o uso de APIs facilitará a integração de soluções inovadoras, ajudando as empresas a atingir suas metas de sustentabilidade e a se posicionarem como líderes em responsabilidade social em 2025.

    Em relação à gestão de talentos, criar ambientes de trabalho que incentivem a criatividade, colaboração e o aprendizado contínuo será essencial ao longo do ano. A valorização da diversidade, o bem-estar dos funcionários e a personalização de programas de desenvolvimento serão diferenciais na atração e retenção dos melhores profissionais, muito disputados no mercado. 

    Em 2025, os CEOs de tecnologia precisarão de uma visão estratégica para integrar IA e APIs de forma eficaz, ao mesmo tempo em que priorizam a sustentabilidade e o capital humano. A liderança resiliente e adaptável será fundamental para transformar desafios em oportunidades. Nesse ambiente dinâmico, a implementação e gestão adequadas de tecnologias como IA e APIs serão decisivas para a inovação contínua, mantendo as empresas alinhadas com as tendências do mercado e assegurando sua competitividade no cenário global.

  • IA agêntica é nova promessa de inovação em 2025

    IA agêntica é nova promessa de inovação em 2025

    Se, nesses dois últimos anos, o surgimento da Inteligência Artificial Generativa nos serviu como um vislumbre do potencial dessa tecnologia – e, devemos concordar – teve um impacto razoável em áreas como atendimento ao cliente, em 2025 deveremos assistir ao desenvolvimento das “IAs agênticas”, que prometem transformar substancialmente o panorama da tecnologia. Junto à expansão cada vez maior dos modelos de IA para uma gama ainda maior de empresas e nichos, o fato é que, hoje, nenhuma empresa pode ignorar a potencial aplicação da IA em inovação ou operações. 

    Diferente das IAs tradicionais, que necessitam de supervisão humana constante, as IAs agênticas são projetadas para operar de forma independente, realizando tarefas complexas sem intervenção humana direta. Este avanço é possibilitado por algoritmos de aprendizado profundo que permitem que os sistemas compreendam e processem grandes volumes de dados em tempo real, adaptando-se rapidamente a novas informações e contextos.

    Além disso, sistemas de IA agêntica utilizam grandes quantidades de dados de diversas fontes para analisar desafios de forma independente, desenvolver estratégias e executar tarefas complexas e em sequência. O potencial de aplicação desse tipo de IA é enorme, começando pelo atendimento ao cliente, passando pelo processamento de qualquer tipo de informação ou processos da empresa, e também por cibersegurança, onde é possível automatizar tarefas que hoje precisam ser feitas com intervenção humana, como analisar e corrigir vulnerabilidades em sistemas, por exemplo. 

    No Brasil, a adoção da IA agêntica ainda está em fase inicial. Já existem alguns setores testando o novo modelo, e de acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), até 2025, cerca de 40% das grandes empresas brasileiras planejam integrar sistemas de IA agêntica em suas operações.

    Impacto da IA agêntica

    O potencial de impacto da IA agêntica é enorme. Bancos e instituições financeiras poderão diminuir em até 50% a incidência de fraudes com a tecnologia, segundo a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN). 

    O setor de Saúde também poderá aplicar a nova tecnologia. A Associação Médica Brasileira (AMB) destaca que a IA agêntica tem o potencial de reduzir erros médicos em até 30%, já que a tecnologia é capaz de analisar prontuários médicos, resultados de exames e histórico de saúde dos pacientes para propor diagnósticos mais precisos. Na indústria, a automação inteligente será impulsionada pela IA agêntica, que permite a operação de máquinas e processos de forma autônoma. 

    Expansão da IA generativa para o ambiente produtivo

    Mesmo com a disseminação do uso da IA generativa, seu impacto ainda tem sido baixo no ambiente produtivo, com o uso mais intenso em alguns nichos, como criação de imagens e vídeo. De acordo com o Gartner, a adoção desse modelo de IA deverá aumentar no ambiente produtivo até 2026 – chegando a ser adotado por até 80% das empresas. 

    No Brasil, a adoção de ferramentas de IA generativa por empresas está crescendo, à medida que as organizações reconhecem o valor dessas tecnologias na otimização de processos e na inovação. Empresas de diversos setores, incluindo publicidade, mídia, e design, têm utilizado IA generativa para criar conteúdos personalizados e campanhas mais eficazes. 

    Além disso, grandes corporações estão começando a integrar IA generativa em suas operações diárias para melhorar a análise de dados, a automação de tarefas repetitivas e a previsão de tendências de mercado. A adoção dessas ferramentas pode transformar a forma como as empresas brasileiras operam, aumentando a eficiência e a competitividade no mercado global.

    A IA será cada vez mais humanizada

    O lançamento do ChatGPT-5 deve acontecer nos próximos meses, e um dos recursos mais esperados dessa nova versão é a capacidade aprimorada da ferramenta de manter conversas naturais. Isso significa que o chatbot será capaz de seguir o fluxo de uma conversa, entender o contexto e o significado oculto, e até mesmo responder “emocionalmente”.

    Além disso, especialistas tem sugerido que o GPT-5 terá habilidades de raciocínio semelhante às dos humanos, sendo capaz de entender o contexto de uma conversa de uma forma mais abrangente.

    2025: o ano dos modelos pequenos de IA

    Quando a IA surgiu, os modelos de aprendizado denominados LLMs – ou Large Language Models foram adotados massivamente para que ferramentas populares emergissem no mercado. Esses modelos são treinados em grandes quantidades de dados – porém, essas informações são mais superficiais. 

    Modelos pequenos são menos caros para construir e operar e são mais facilmente adaptados a aplicações especializadas. Em vez de tentar fazer tudo, modelos pequenos são personalizados para executar um conjunto mais limitado de tarefas do dia a dia para uma necessidade empresarial específica.

    Os LLMs têm bilhões de parâmetros e exigem quantidades massivas de dados e poder computacional para treinar e executar. Pequenos modelos, por outro lado, podem ser treinados efetivamente com menos dados e exigem muito menos poder computacional (e, portanto, energia) para executar.

    Em resumo, essas mudanças prometem transformar diversos setores e trazer inovações significativas para o cotidiano das pessoas e empresas. O avanço da IA, tanto em termos de acessibilidade quanto de sofisticação, democratizará ainda mais o acesso a tecnologias avançadas, pavimentando o caminho para um futuro no qual a tecnologia estará profundamente integrada em todos os aspectos da sociedade. 

    Com a proliferação de modelos pequenos de IA e mais e especializados, espera-se que a personalização e a eficiência alcancem novos patamares, proporcionando soluções cada vez mais alinhadas às necessidades específicas de cada setor. Portanto, o ano de 2025 promete ser, sem dúvida, um ano de grandes revoluções para a IA. 

  • Marketing digital B2B em 2025: negócio, execução e inovação integrados geram o desafio

    Marketing digital B2B em 2025: negócio, execução e inovação integrados geram o desafio

    O marketing digital no B2B “subiu a régua” em 2024. O que antes era considerado quase suficiente (pensar em campanhas e gerar leads), hoje não funciona como antes. As empresas enfrentam um dilema mais complexo: como educar o mercado e criar um diferencial competitivo real quando a comunicação digital virou commodity?

    As tendências para 2025 no marketing digital não são muito diferentes se comparadas com as do ano passado, a não ser pela Inteligência Artificial (IA), que deve acelerar uma série de mudanças em termos de produtividade.

    Mesmo assim, dá para continuar apostando que tudo começa na base: o negócio. Poucas empresas conseguem conectar comunicação e marketing às estratégias que realmente impulsionam o crescimento. É aqui que muitas falham.

    Nos diagnósticos que tenho participado, os padrões de erros são claros:

    •  Excesso de foco em conteúdos e canais digitais, sem estratégia definida.
    •  Indicadores Chave de Performance (KPIs) que não se sustentam.
    • Muito investimento em mídia paga, mas quase nada em dados sobre o Perfil Ideal de Cliente (ICP ) e inteligência de mercado.
    • Marketing e Comercial trabalhando sem integração, duplicando esforços, com mensagens e visões diferentes.
    • Gestão de Relacionamento com Cliente (CRM) mal gerido, com dados ruins que resultam em insights distorcidos.
    • Assessoria de imprensa (PR) subutilizada na estratégia digital.
    • Branding colocado em segundo plano.

    Segundo a pesquisa “O Estado do Marketing no Brasil”, conduzida pelo Hubspot, a aproximação dos times de diversas especialidades é vital para o crescimento, sendo que 59% dos profissionais entrevistados concordam que trabalhar em equipe para aumentar a qualidade dos dados é fundamental na caminhada rumo à uma compreensão sólida do cliente.  

    Por isso, uma possível solução é a prática do marketing ambidestro que equilibra execução eficiente com exploração inovadora:

    • A execução eficiente garante o funcionamento diário: Campanhas regulares, anúncios pagos e conteúdos evergreen. Aqui o Retorno Sobre o Investimento (ROI) tende a dar sinais de vida.
    • A exploração criativa abre espaço para novas ideias, como Account Based Marketing (ABM) personalizado e IA para nutrir leads: É o que constroi a diferenciação a longo prazo.

    Dessa forma, alcançar o sucesso exige:

    • Alinhar ainda mais a área de marketing com a área de negócios: Estratégias de comunicação são ferramentas, não o fim em si mesmas.
    • Investir nos dois lados: Execução sem inovação é previsível; inovação sem execução é insustentável.
    • Questionar sempre: Quando foi a última vez que sua equipe propôs algo disruptivo?
    • Testar, ajustar e aprender: É  na consistência que surgem os resultados.

    Comunicação no B2B não é custo, é investimento. Gera melhores resultados quando alinhada ao negócio e guiada por uma estratégia ambidestra.

    E você? Está explorando novas possibilidades enquanto domina a execução ou preso a táticas que já não entregam resultados? O futuro pertence a quem une maestria e ousadia, com foco no que realmente importa: o negócio.

  • Marketing digital B2B em 2025: negócio, execução e inovação integrados geram o desafio

    Marketing digital B2B em 2025: negócio, execução e inovação integrados geram o desafio

    O marketing digital no B2B “subiu a régua” em 2024. O que antes era considerado quase suficiente (pensar em campanhas e gerar leads), hoje não funciona como antes. As empresas enfrentam um dilema mais complexo: como educar o mercado e criar um diferencial competitivo real quando a comunicação digital virou commodity?

    As tendências para 2025 no marketing digital não são muito diferentes se comparadas com as do ano passado, a não ser pela Inteligência Artificial (IA), que deve acelerar uma série de mudanças em termos de produtividade.

    Mesmo assim, dá para continuar apostando que tudo começa na base: o negócio. Poucas empresas conseguem conectar comunicação e marketing às estratégias que realmente impulsionam o crescimento. É aqui que muitas falham.

    Nos diagnósticos que tenho participado, os padrões de erros são claros:

    •  Excesso de foco em conteúdos e canais digitais, sem estratégia definida.
    •  Indicadores Chave de Performance (KPIs) que não se sustentam.
    • Muito investimento em mídia paga, mas quase nada em dados sobre o Perfil Ideal de Cliente (ICP ) e inteligência de mercado.
    • Marketing e Comercial trabalhando sem integração, duplicando esforços, com mensagens e visões diferentes.
    • Gestão de Relacionamento com Cliente (CRM) mal gerido, com dados ruins que resultam em insights distorcidos.
    • Assessoria de imprensa (PR) subutilizada na estratégia digital.
    • Branding colocado em segundo plano.

    Segundo a pesquisa “O Estado do Marketing no Brasil”, conduzida pelo Hubspot, a aproximação dos times de diversas especialidades é vital para o crescimento, sendo que 59% dos profissionais entrevistados concordam que trabalhar em equipe para aumentar a qualidade dos dados é fundamental na caminhada rumo à uma compreensão sólida do cliente.  

    Por isso, uma possível solução é a prática do marketing ambidestro que equilibra execução eficiente com exploração inovadora:

    • A execução eficiente garante o funcionamento diário: Campanhas regulares, anúncios pagos e conteúdos evergreen. Aqui o Retorno Sobre o Investimento (ROI) tende a dar sinais de vida.
    • A exploração criativa abre espaço para novas ideias, como Account Based Marketing (ABM) personalizado e IA para nutrir leads: É o que constroi a diferenciação a longo prazo.

    Dessa forma, alcançar o sucesso exige:

    • Alinhar ainda mais a área de marketing com a área de negócios: Estratégias de comunicação são ferramentas, não o fim em si mesmas.
    • Investir nos dois lados: Execução sem inovação é previsível; inovação sem execução é insustentável.
    • Questionar sempre: Quando foi a última vez que sua equipe propôs algo disruptivo?
    • Testar, ajustar e aprender: É  na consistência que surgem os resultados.

    Comunicação no B2B não é custo, é investimento. Gera melhores resultados quando alinhada ao negócio e guiada por uma estratégia ambidestra.

    E você? Está explorando novas possibilidades enquanto domina a execução ou preso a táticas que já não entregam resultados? O futuro pertence a quem une maestria e ousadia, com foco no que realmente importa: o negócio.

  • Reputação e a relação com Stakeholders/ESG de maneira prática para ampliar a reputação empresarial nos diversos stakeholders

    Reputação e a relação com Stakeholders/ESG de maneira prática para ampliar a reputação empresarial nos diversos stakeholders

    Recentemente estava lendo uma matéria sobre a Ziel Cosmetics que abordava a técnica de Upcycling– processo para transformar resíduos ou produtos descartados em novos materiais ou produtos de maior valor, o que reduz o desperdício e promove a economia circular.

    O termo upcycling, segundo o Ecyclefoi cunhado pelo ambientalista alemão Reine Pilz, em 1994. Em 2002, popularizou-se com a publicação do livro Cradle to cradle: rethinking the way we make things (no Brasil, Cradle to cradle: criar e reciclar ilimitadamente), escrito pelo arquiteto americano William McDonough em parceria com o químico Michael Braungart.

    A brasileira Ziel Cosmetics é pioneira no conceito de upcycling beauty, reaproveitando subprodutos da vinicultura (como sementes de uva) para criar cosméticos, o que minimiza o desperdício e reduz a pegada de carbono. Além disso, a empresa colabora com comunidades locais, não realiza testes em animais, e adota embalagens sustentáveis, reforçando seu engajamento com práticas éticas e ambientais responsáveis (Ziel Natural Cosmetics).

    Upcycling e reputação empresarial

    Percebemos que a relação entre upcycling e reputação empresarial é cada vez mais relevante, especialmente em um contexto em que a sustentabilidade é um dos fatores importantes para a relação entre consumidores, investidores e parceiros de negócios com as empresas ou suas marcas.

    A própria presença desse conceito expresso na marca, fortalece seu manifesto ao associar valores em relação à responsabilidade social e engajamento com causas ambientais, tão necessárias atualmente. Por outro lado, isso contribui para ampliar seu relacionamento com os stakeholders de forma a trazer resultados mais atraentes para a companhia.

    1. Colaboradores – Um bom lugar para se trabalhar: Práticas de upcycling podem impactar positivamente os colaboradores, especialmente da geração mais jovem, que valorizam empresas que demonstram preocupação com o impacto ambiental;
    2. Governo e Órgãos Reguladores – Compliance e reconhecimento público: As empresas podem alinhar suas operações com legislações e regulamentos ambientais, ganhando reconhecimento positivo de governos e órgãos reguladores. Algumas regiões oferecem benefícios fiscais ou selos verdes para empresas que demonstram práticas sustentáveis, o que contribui para fortalecer sua reputação;
    3. Fornecedores e Parceiros cadeia de suprimentos sustentável: Ao optar por fornecedores que utilizam upcycling em seus processos, a empresa pode fortalecer suas parcerias comerciais e criar uma cadeia de valor sustentável, o que pode levar a um efeito cascata, incentivando outros fornecedores a adotar práticas semelhantes. Além da possibilidade de desenvolvimento conjunto de produtos. Um exemplo é a parceria entre a Adidas e a Parley for the Oceans, que transforma plástico retirado dos oceanos em produtos esportivos. Isso fortalece tanto a reputação da marca quanto a dos parceiros envolvidos. Outro exemplo que podemos citar é a empresa brasileira Mush – que utiliza subprodutos orgânicos da agroindústria e transforma em uma nova matéria-prima moldável e que pode ser descartada direto na natureza. Com essa nova matéria prima é possível desenvolver peças de decoração, materiais de construção civil e até mobiliário;
    4. Investidores – aumento de valor de mercado – Essas práticas ambientais e de economia circular tendem a ser mais valorizadas no mercado financeiro e aumentam a atratividade no mercado quando adotadas e comunicadas em seus relatórios de ESG;
    5. ONGs e Instituições de Sustentabilidade – desenvolvimento de parcerias. Empresas podem colaborar com ONGs que promovem a sustentabilidade ao fornecer materiais recicláveis ou ao co-criar projetos de upcycling. Por exemplo, uma empresa de moda pode doar sobras de tecidos para uma ONG que ensina costura para comunidades carentes, promovendo inclusão social e geração de renda;
    6. Comunidades Locais – empresa promotora do desenvolvimento social – Uma empresa pode se envolver com comunidades para desenvolver projetos que beneficiem diretamente a economia local. Por exemplo, uma fábrica de alimentos pode doar restos de embalagens para artesãos da região, que os transformam em produtos vendáveis, gerando emprego e renda. As Empresas podem promover eventos ou workshops nas comunidades onde operam, ensinando técnicas como reciclagem de móveis ou moda sustentável;
    7. Clientes – fortalecimento do relacionamento e aumento de vendas: criação de programas que incentivam os clientes a devolverem produtos antigos ou usados para serem reciclados ou transformados em novos produtos por meio do upcycling. Empresas de calçados, como a Timberland, fazem isso, atraindo consumidores com consciência ecológica e melhorando a reputação da marca.

    Esses fatores, combinados, ajudam a consolidar uma reputação sólida e confiável no mercado, o que pode gerar vantagens competitivas a longo prazo.

  • Reputação e a relação com Stakeholders/ESG de maneira prática para ampliar a reputação empresarial nos diversos stakeholders

    Reputação e a relação com Stakeholders/ESG de maneira prática para ampliar a reputação empresarial nos diversos stakeholders

    Recentemente estava lendo uma matéria sobre a Ziel Cosmetics que abordava a técnica de Upcycling– processo para transformar resíduos ou produtos descartados em novos materiais ou produtos de maior valor, o que reduz o desperdício e promove a economia circular.

    O termo upcycling, segundo o Ecyclefoi cunhado pelo ambientalista alemão Reine Pilz, em 1994. Em 2002, popularizou-se com a publicação do livro Cradle to cradle: rethinking the way we make things (no Brasil, Cradle to cradle: criar e reciclar ilimitadamente), escrito pelo arquiteto americano William McDonough em parceria com o químico Michael Braungart.

    A brasileira Ziel Cosmetics é pioneira no conceito de upcycling beauty, reaproveitando subprodutos da vinicultura (como sementes de uva) para criar cosméticos, o que minimiza o desperdício e reduz a pegada de carbono. Além disso, a empresa colabora com comunidades locais, não realiza testes em animais, e adota embalagens sustentáveis, reforçando seu engajamento com práticas éticas e ambientais responsáveis (Ziel Natural Cosmetics).

    Upcycling e reputação empresarial

    Percebemos que a relação entre upcycling e reputação empresarial é cada vez mais relevante, especialmente em um contexto em que a sustentabilidade é um dos fatores importantes para a relação entre consumidores, investidores e parceiros de negócios com as empresas ou suas marcas.

    A própria presença desse conceito expresso na marca, fortalece seu manifesto ao associar valores em relação à responsabilidade social e engajamento com causas ambientais, tão necessárias atualmente. Por outro lado, isso contribui para ampliar seu relacionamento com os stakeholders de forma a trazer resultados mais atraentes para a companhia.

    1. Colaboradores – Um bom lugar para se trabalhar: Práticas de upcycling podem impactar positivamente os colaboradores, especialmente da geração mais jovem, que valorizam empresas que demonstram preocupação com o impacto ambiental;
    2. Governo e Órgãos Reguladores – Compliance e reconhecimento público: As empresas podem alinhar suas operações com legislações e regulamentos ambientais, ganhando reconhecimento positivo de governos e órgãos reguladores. Algumas regiões oferecem benefícios fiscais ou selos verdes para empresas que demonstram práticas sustentáveis, o que contribui para fortalecer sua reputação;
    3. Fornecedores e Parceiros cadeia de suprimentos sustentável: Ao optar por fornecedores que utilizam upcycling em seus processos, a empresa pode fortalecer suas parcerias comerciais e criar uma cadeia de valor sustentável, o que pode levar a um efeito cascata, incentivando outros fornecedores a adotar práticas semelhantes. Além da possibilidade de desenvolvimento conjunto de produtos. Um exemplo é a parceria entre a Adidas e a Parley for the Oceans, que transforma plástico retirado dos oceanos em produtos esportivos. Isso fortalece tanto a reputação da marca quanto a dos parceiros envolvidos. Outro exemplo que podemos citar é a empresa brasileira Mush – que utiliza subprodutos orgânicos da agroindústria e transforma em uma nova matéria-prima moldável e que pode ser descartada direto na natureza. Com essa nova matéria prima é possível desenvolver peças de decoração, materiais de construção civil e até mobiliário;
    4. Investidores – aumento de valor de mercado – Essas práticas ambientais e de economia circular tendem a ser mais valorizadas no mercado financeiro e aumentam a atratividade no mercado quando adotadas e comunicadas em seus relatórios de ESG;
    5. ONGs e Instituições de Sustentabilidade – desenvolvimento de parcerias. Empresas podem colaborar com ONGs que promovem a sustentabilidade ao fornecer materiais recicláveis ou ao co-criar projetos de upcycling. Por exemplo, uma empresa de moda pode doar sobras de tecidos para uma ONG que ensina costura para comunidades carentes, promovendo inclusão social e geração de renda;
    6. Comunidades Locais – empresa promotora do desenvolvimento social – Uma empresa pode se envolver com comunidades para desenvolver projetos que beneficiem diretamente a economia local. Por exemplo, uma fábrica de alimentos pode doar restos de embalagens para artesãos da região, que os transformam em produtos vendáveis, gerando emprego e renda. As Empresas podem promover eventos ou workshops nas comunidades onde operam, ensinando técnicas como reciclagem de móveis ou moda sustentável;
    7. Clientes – fortalecimento do relacionamento e aumento de vendas: criação de programas que incentivam os clientes a devolverem produtos antigos ou usados para serem reciclados ou transformados em novos produtos por meio do upcycling. Empresas de calçados, como a Timberland, fazem isso, atraindo consumidores com consciência ecológica e melhorando a reputação da marca.

    Esses fatores, combinados, ajudam a consolidar uma reputação sólida e confiável no mercado, o que pode gerar vantagens competitivas a longo prazo.

  • Desafios e oportunidades: O poder transformador dos Assistentes Virtuais Inteligentes (AVIs) nas empresas

    Desafios e oportunidades: O poder transformador dos Assistentes Virtuais Inteligentes (AVIs) nas empresas

    A transformação digital está mudando completamente a maneira como as empresas interagem com clientes e colaboradores. No centro dessa mudança estão os Assistentes Virtuais Inteligentes (AVIs), soluções que combinam o poder do Processamento de Linguagem Natural (NLP) com automação e inteligência artificial (IA) para criar experiências conversacionais personalizadas.

    Os assistentes virtuais têm se tornado uma tecnologia transformadora para empresas que buscam melhorar a eficiência, personalizar o atendimento ao cliente e reduzir custos operacionais. No entanto, a implementação eficaz dessa tecnologia exige mais do que uma simples adoção técnica, ela requer uma estratégia bem definida para enfrentar desafios e maximizar as oportunidades. Os principais desafios e barreiras para a implementação eficaz dos AVIs nas companhias, são:

    Complexidade linguística e cultural: Uma das maiores dificuldades enfrentadas por assistentes virtuais é compreender nuances, ambiguidades e regionalismos presentes na linguagem natural. Empresas globais enfrentam o desafio de adaptar os bots para múltiplos idiomas e culturas. Isso pode ser solucionado utilizando plataformas avançadas, que oferecem modelos treinados com dados de alta qualidade e adaptáveis a diferentes contextos.

    Integração com sistemas legados: Empresas muitas vezes operam com infraestruturas tecnológicas fragmentadas. Conectar um assistente virtual a ERPs, CRMs e outros sistemas pode exigir uma arquitetura robusta e APIs bem estruturadas. Planejar uma abordagem em fases para integração, priorizando processos críticos e usando conectores prontos oferecidos por plataformas é a principal forma de combater esse desafio.

    Manutenção e evolução contínua: Um AVI que não evolui rapidamente torna-se obsoleto. Empresas precisam atualizar regularmente os bots com novas informações e funcionalidades para refletir mudanças no mercado e nos comportamentos dos clientes. Por isso, é importante implementar ciclos de aprendizado contínuo com feedback humano e dados em tempo real para aprimorar o desempenho.

    Privacidade e segurança: Com grandes volumes de dados sendo processados, proteger informações sensíveis dos clientes é uma prioridade. Qualquer vulnerabilidade pode levar a violações de dados e danos à reputação da empresa. Escolher plataformas que sigam rigorosos padrões de segurança e estejam em conformidade com regulações como LGPD é essencial nessa questão.

    Resistência interna à mudança: A introdução de tecnologias disruptivas frequentemente gera resistência entre colaboradores, que podem temer pela estabilidade de seus empregos. Por conta disso, a empresa deve adotar uma abordagem de comunicação clara, destacando como a tecnologia será uma aliada no trabalho, além de oferecer treinamentos para equipes utilizarem os bots como apoio estratégico.

    Como toda novidade em um negócio a implementação dos assistentes virtuais inteligentes irá gerar desafios, mas eles podem ser solucionados de maneira simples. Além disso, quando os desafios forem superados os AVIs são capazes de oferecer diversas oportunidades no negócio, como:

    Atendimento personalizado e escalável: Os assistentes virtuais podem interagir com milhares de usuários simultaneamente, personalizando cada conversa com base nos dados disponíveis. Em setores como e-commerce, finanças e saúde, isso pode significar a diferença entre um cliente satisfeito e um cliente perdido.

    Operações 24/7 em diferentes canais: Ao contrário dos atendentes humanos, os assistentes virtuais estão disponíveis o tempo todo e podem ser implantados em diversos canais, como sites, aplicativos, e-mails e plataformas de mensagens. Isso garante suporte contínuo, independentemente do horário ou demanda.

    Automação de processos repetitivos: Empresas frequentemente enfrentam altos volumes de solicitações rotineiras, como rastreamento de pedidos, redefinição de senhas ou agendamento de serviços. Os AVIs podem automatizar essas tarefas, reduzindo o tempo de espera e melhorando a eficiência operacional.

    Insights aprofundados: Por meio da análise das interações, os assistentes virtuais geram dados valiosos que ajudam as empresas a entenderem melhor o comportamento e as necessidades dos clientes. Além disso, eles podem antecipar problemas e oferecer soluções antes que os clientes as solicitem.

    Redução de custos: Com a automação e a capacidade de escalar sem aumentar diretamente os custos, os AVIs reduzem significativamente os gastos com suporte ao cliente e operações internas.

    Para maximizar ainda mais os benefícios dos AVIs é importante seguir alguns passos, como iniciar o projeto de forma pequena, mas escalar rápido, focando em um caso de uso especifico e depois levar para outros processos da empresa. Se certificar que o bot esteja disponível nos canais preferidos dos usuários é outro ponto, além de combinar a IA com a intervenção humana do atendente e estabelecer KPIs claros, como taxa de resolução de problemas, tempo médio de resposta e feedback dos usuários, para medir o desempenho do assistente virtual.

    Os AVIs representam um marco na evolução da automação corporativa. Superar os desafios iniciais de implementação e adotar uma estratégia focada no cliente são passos essenciais para alcançar todo o potencial dessa tecnologia.

  • Economia prateada cresce: por que contratar profissionais 50+?

    Economia prateada cresce: por que contratar profissionais 50+?

    O mercado de trabalho não é apenas dos jovens. Por mais que a população mundial esteja envelhecendo, a melhora da qualidade de vida da sociedade faz com que tenhamos cada vez mais seniores ativos e engajados em suas rotinas pessoais e, inclusive, profissionais. A inserção destes talentos no ambiente corporativo movimenta o que chamamos de economia prateada, algo que, por mais que venha crescendo cada vez mais em todo o mundo, ainda merece maior atenção para que este público seja, devidamente, inserido e acolhido nas empresas.

    Segundo uma estimativa do IBGE, o número de idosos deve ultrapassar o de jovens até 2031. Pela primeira vez em nossa história, o Índice de Envelhecimento (IE) será maior do que 100, ou seja, haverá 102,3 idosos para cada 100 jovens. Esse é um reflexo direto da longevidade ativa da população através de hábitos mais saudáveis, maior cuidado com a saúde física e avanços da medicina, o que também impacta positivamente em uma melhor saúde mental, menos despesas com remédios, e uma vida bem mais disposta como um todo.

    Para além deste benefício social e de saúde, o aumento da expectativa de vida também vem desencadeando uma maior busca destas pessoas em se manterem ativas profissionalmente – algo que é extremamente vantajoso para as empresas. Afinal, algo que esses talentos têm de sobra é experiência acumulada e maturidade adquirida ao longo de sua trajetória, com maior inteligência emocional em lidar com as questões do dia a dia, melhor compreensão das relações profissionais e manutenção das mesmas a longo prazo.

    Paralelo a isso, quando um profissional já viveu cenários econômicos diversos desde economia aquecida, recessão, inflação, deflação, até governos de posições distintas, tudo isso faz com que ele desenvolva uma melhor leitura de cenário, analisando o que já vivenciou como base para saber o que funciona ou não.

    Todos esses atributos são algo que nenhuma universidade ou mestrado ensinam, mas que são construídos em nossa bagagem profissional. E que, inclusive, costuma ser insuficiente em muitos jovens talentos que estão ingressando no mercado, os quais não possuem anos de experiência, tampouco maturidade, vivência e comportamentos necessários para uma visão mais estruturada sobre diversas questões corporativas.

    Ainda conforme dados do IBGE, até 2050, o Brasil alcançará uma população de mais de 40 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Ao invés de afastá-los do mercado, fazendo que não se sintam úteis, inseri-los nas empresas trazendo suas experiências a favor da adoção de estratégias mais assertivas gerará conquistas não apenas financeiras, mas também em âmbito social e de forma que se sintam úteis e se mantenham ativos em áreas que lhes agradem.

    Nesta adaptação à rotina corporativa, contudo, alguns cuidados precisam ser tomados. Em muitos casos, a chegada destes talentos não terá uma sinergia natural, e demandará atenção especial por parte das empresas e dos outros membros, uma vez que empecilhos podem ser criados, até mesmo, pelos próprios profissionais seniores.

    Ainda há uma forte crença em muitos deles de que sua idade avançada não trará conquista positiva para as empresas, inseguros de que não serão capazes de contribuir com as operações e atingir as metas estipuladas. Esses receios podem fazer com que cheguem à sede apreensivos quanto ao seu desempenho, o que pode ser evitado não apenas através de uma autocompreensão e valorização, quanto de ações internas promovidas para esta chegada, os incentivando e reconhecendo quanto às suas realizações no trabalho.

    Por parte dos profissionais mais jovens, a falta de sensibilidade é um risco a ser considerável, o que também exigirá das empresas ações que demonstrem a importância destes seniores para o desempenho do negócio e o quanto ambos podem trabalhar e aprender juntos. No final, será preciso empatia, esforço e respeito dos dois lados para que esse movimento traga frutos maduros para todos os envolvidos.

    Um ambiente profissional diverso não é apenas aquele que preza pela inclusão de gênero, mas também o que traz o etarismo internamente. Aqueles que aprendem a lidar com cabeças que pensam diferentes e têm perspectivas distintas, mas que, quando cuidados e prezados por todos, certamente elevarão a conquista dos resultados esperados.

  • Quais são os caminhos que a transformação sustentável deve tomar em 2025?

    Quais são os caminhos que a transformação sustentável deve tomar em 2025?

    A transformação sustentável é um tema que está se tornando cada vez mais urgente e relevante no cenário atual. Em 2025, acredito que a conscientização será a base para que possamos avançar nesse processo.

    Quanto mais as pessoas estiverem conscientes das consequências de suas ações para o meio ambiente e a sociedade, mais fácil será para todos nós trilharmos o caminho da sustentabilidade. E isso não se aplica apenas às grandes empresas ou aos governos, mas a cada um de nós, em nosso dia a dia.

    Refletindo sobre esse tema, vejo que a conscientização é, sem dúvida, a chave para essa transformação. Quando entendemos o impacto de nossas escolhas, seja no consumo, no trabalho ou nas interações diárias, nos tornamos mais propensos a adotar práticas sustentáveis.

    Trata-se de um benefício imensurável não só para o planeta, porque também gera um efeito direto nos negócios. Empresas que fazem da sustentabilidade um valor genuíno tendem a atrair consumidores que compartilham desses mesmos princípios, criando uma relação de confiança e lealdade.

    É como eu costumo dizer: o impacto começa com o indivíduo, mas é a soma dessas atitudes que faz a diferença para o coletivo.

    As tendências para 2025

    Em 2025, os investimentos sustentáveis, ou ESG (ambiental, social e governança), ganharão ainda mais força – afinal, o planeta pede socorro. Os investidores estão cada vez mais alinhando seus recursos a causas que promovem um impacto positivo no mundo, e a economia circular se destaca como uma tendência crescente.

    Na minha opinião, é um modelo que, além de ajudar a reduzir o desperdício, cria novas oportunidades para as empresas que se preocupam com a sustentabilidade, atraindo um público que valoriza o consumo consciente. A infraestrutura sustentável, por sua vez, será moldada por inovações que buscam reduzir o impacto ambiental e promover maior eficiência.

    Teremos cada vez mais o uso de materiais reciclados, energias renováveis, a construção modular e o conceito de cidades inteligentes, tendências que também devem transformar a maneira como vivemos e trabalhamos a partir de 2025. Ainda neste âmbito, não podemos esquecer o papel fundamental dos governos, que precisam continuar criando e aperfeiçoando políticas públicas, criando incentivos fiscais para aceleração das mudanças imediatas.

    O que aprendemos com COP29?

    A COP29, realizada em Baku, Azerbaijão, trouxe avanços importantes, mas também mostrou que ainda há desafios a serem superados. A meta de financiamento climático de US$ 300 bilhões por ano até 2035, por exemplo, gerou discussões entre especialistas, que a consideraram abaixo do esperado; no entanto, o evento destacou a importância de um esforço global para enfrentar a crise climática – e estou otimista de que o Brasil será capaz de influenciar a agenda da COP30, em novembro de 2025, no que tange às urgências que devem ser priorizadas.

    O que vejo como essencial para 2025 (e além) é a união de esforços entre empresas, governos e indivíduos. Todos nós temos um papel a desempenhar na criação de um futuro mais sustentável. Acredito que a educação e a conscientização são a base desta transformação. Não se trata de grandes gestos ou discursos vazios, mas de ações consistentes e diárias que, somadas, geram grandes transformações.

    Se conseguirmos colocar em prática esses valores e atitudes, poderemos criar um mundo mais “vivo” e justo para as próximas gerações. Afinal, a transformação começa com cada um de nós, em nossas escolhas diárias, e é esse compromisso com o coletivo que vai realmente gerar o impacto positivo que tanto precisamos.

    Como escutei de uma especialista em ESG brasileira, a COP30 “NÃO tem que ser uma opção para nós, brasileiros, e sim um DEVER”.

  • Do omnichannel ao app commerce: o futuro da experiência digital

    Do omnichannel ao app commerce: o futuro da experiência digital

    A integração da experiência digital tornou-se um dos pilares essenciais para empresas que buscam não apenas atrair, mas também reter clientes no atual cenário do e-commerce. Em um ambiente onde a interação com o consumidor ocorre em diversos pontos de contato, oferecer uma experiência com fluidez e coerente é essencial para garantir a satisfação e a fidelidade dos clientes. 

    Nesse contexto, soluções como o omnichannel e o app commerce desempenham um papel estratégico, proporcionando uma jornada de compra mais conectada e alinhada às expectativas do consumidor moderno. 

    É importante lembrar que a integração digital no e-commerce vai além de apenas conectar canais de venda. Trata-se de criar um ecossistema onde as informações e interações fluem de maneira contínua entre os diversos pontos de contato, como loja física, site, aplicativo, redes sociais e atendimento ao cliente. Essa abordagem permite que o consumidor tenha uma experiência consistente, independentemente de onde e como ele escolhe interagir com a marca. 

    Segundo dados da Deloitte, os consumidores que transitam entre os diversos canais de uma mesma loja gastam 82% a mais se comparados aos de uso mais tradicional, com apenas um ponto de contato. Isso se deve à sensação de continuidade e conveniência que a experiência integrada oferece, aumentando a confiança do cliente na marca e, consequentemente, seu valor percebido. 

    Mas, afinal, o que é omnichannel? O conceito de omnichannel se refere à integração entre o ambiente online e offline, permitindo que o cliente transite facilmente entre os canais de compra. Um exemplo clássico é a possibilidade de comprar um produto online e retirá-lo na loja física (o famoso click and collect) ou ainda devolver um produto adquirido no e-commerce em uma loja física. 

    Além disso, a multicanalidade também melhora a visibilidade do estoque, facilitando para o cliente saber onde encontrar o que precisa, seja em uma loja próxima ou via entrega rápida. Isso não só aumenta a satisfação do cliente, como também reduz custos operacionais, evitando rupturas e otimizando a gestão de inventário. 

    Já os aplicativos de e-commerce, conhecidos como app commerce, têm se tornado uma importante ferramenta para ampliar a experiência do consumidor. Com o número crescente de usuários preferindo fazer compras diretamente pelo celular, os apps oferecem um ambiente personalizado, rápido e seguro. 

    A integração do app com o e-commerce permite que as marcas enviem notificações personalizadas, ofereçam promoções exclusivas e proporcionem uma experiência de navegação adaptada ao comportamento do usuário. De acordo com a App Annie, consumidores que compram via aplicativos tendem a gastar até 20% mais em comparação com aqueles que utilizam sites de desktop, destacando o potencial de aumento de receita que o app commerce oferece. 

    Para que a integração entre os canais seja efetiva, é fundamental investir em tecnologias que possibilitem uma visão unificada do cliente. Ferramentas de CRM (Customer Relationship Management) e CDP (Customer Data Platform) são fundamentais no processo, pois permitem que as empresas centralizem dados e ofereçam uma comunicação mais assertiva e personalizada. 

    Além disso, a análise de dados possibilita entender melhor o comportamento dos consumidores em cada canal, identificando pontos de fricção e oportunidades de melhoria. Por exemplo, com a ajuda de algoritmos de Inteligência Artificial (IA), é possível prever o momento certo para oferecer uma promoção ou ajustar a oferta de produtos conforme a demanda de cada região. 

    À medida que a tecnologia continua a evoluir, a expectativa dos consumidores por uma experiência mais fluida e personalizada só tende a crescer. Investir na experiência digital integrada se torna, então, uma necessidade para as empresas que desejam se destacar no competitivo mercado do e-commerce. As marcas que souberem utilizar as ferramentas disponíveis de forma inteligente estarão mais preparadas para oferecer uma jornada de compra que se adapta ao perfil e às necessidades de cada cliente, garantindo não apenas melhores resultados de vendas, mas também um relacionamento de longo prazo e de valor com o consumidor.