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  • Ampliar acessibilidade digital significa aumentar vendas do e-commerce

    Ampliar acessibilidade digital significa aumentar vendas do e-commerce

    Apesar dos indícios de que as vendas do final de 2024 alcancem volumes suficientes para serem consideradas as mais volumosas dos últimos anos no e-commerce, o fato é que ainda existe um grande desperdício de potencialidade no setor, principalmente no que se refere ao baixo nível de acessibilidade entre os portais mais usados pelos brasileiros para a realização de compras pela internet.

    Só para ter uma ideia, um estudo recente realizado pelo Biomob atribuiu a média 6 em um índice de 0 a 10 para os principais marketplaces brasileiros frente aos padrões estabelecidos pela Web Content Accessibility Guidelines (WCAG 2.1).

    O indicador é considerado um guia criado pelo Consórcio World Wide Web (W3C), para orientar os sites a estarem de acordo com padrões mínimos de acessibilidade digital. Na prática, marcas como OLX, Americanas. Magazine Luiza, Netshoes, Carrefour. Ponto Frio, Casas Bahia, Extra e Mercado Livre ficaram num intervalo entre 4.5 e 9.7.

    Por um lado, a boa notícia é que apesar de estarem em níveis diferentes de execução, foi possível encontrar em todos os marketplaces a preocupação de assegurar acessibilidade em seus ambientes de compras. Alguns erros ainda impedem uma navegabilidade adequada para todos os públicos, mas é fato que foram encontrados esforços sendo feitos no sentido de alcançar este objetivo.

    Por outro lado, é motivo de apreensão o fato de os sites de e-commerce ainda não estarem totalmente adaptados às melhores práticas de acessibilidade. Isto acarreta um ciclo de perdas que atinge a todos os envolvidos.

    Só para ter uma ideia, outra recente pesquisa feita pelo PROCON-SP detectou que 69% dos consumidores com algum tipo de deficiência física já enfrentaram barreiras para fazer compras virtuais, com 17% afirmando que sempre enfrentam dificuldades e 52% às vezes.

    Se este cenário tem como vítimas diretas as pessoas que se frustraram por não conseguirem fazer as transações que gostariam, também é verdade que os sites, portais e marketplaces acabam tendo, por tabela, um grande prejuízo ao deixarem de faturar com essas operações.

    Talvez este desperdício de potencial de vendas esteja sendo considerado irrelevante para essas empresas, mas na prática, quem é capaz de assegurar o volume de faturamento que deixa de entrar no cofre dessas empresas? Será que é menor ou maior do que o que elas investem em campanhas de marketing para tentar atrair clientes enquanto deixa de vender para um cliente que já foi conquistado?

    Felizmente em alguns casos parece que não falta muito para se alcançar um nível de acessibilidade aceitável. É o caso, por exemplo da OLX, que ficou com a pontuação de 9,7. O site da OLX apresentou um total de 31 práticas de acessibilidade identificadas. Destas, 24 foram classificadas como aceitáveis, 6 requerem verificação manual adicional e apenas uma foi considerada não aceitável, sendo ela de nível AA.

    Por outro lado, a pontuação mais encontrada foi também a mais baixa, que corresponde a 4,5 aplicada ao Ponto Frio, Casas Bahia, Extra e ao Mercado Livre. O site das Lojas Americanas ficou com o segundo melhor resultado (7,5), seguido de perto pelo Magazine Luiza (7,0), Netshoes (6,7) e, finalmente, Carrefour (5,4). 

    Entre os portais que receberam as menores pontuações, foram detectados problemas como o fato de que apesar de contarem com uma aba dedicada ao atendimento em Libras e oferecerem funções como Tradutor para Libras e recursos assistivos, essas funcionalidades estavam inativas durante a pesquisa, exibindo mensagens de erro.

    Já na avaliação dos portais com melhores ranqueamento, foram detectados pontos positivos como o fato de todas as imagens da página terem o necessário equivalente alternativo em texto. Outro aspecto positivo foi a exposição dos elementos com a semântica de banner não estarem contidos dentro de nenhum elemento com outras semânticas.

    Seja como for, parece óbvio que aprofundar as condições de acessibilidade neste segmento não é ‘apenas’ uma questão de responsabilidade social, inclusão e empatia.  É também uma estratégia de impacto significativo nos negócios.

  • Mídia Out of Home: vale a pena investir no marketing?

    Mídia Out of Home: vale a pena investir no marketing?

    Em um mercado altamente digitalizado, pode soar estranho uma empresa investir em estratégias de marketing fora deste contexto. Mas, apesar de estarmos constantemente conectados, estas ações offline, conhecidas como Mídia OOH (Out of Home), podem trazer inúmeros benefícios às marcas em termos de custo-benefício e alcance. Isso, desde que sejam devidamente planejadas, a fim de que atinjam o público esperado com êxito.

    Um dos pontos mais favoráveis do marketing digital defendido pelos profissionais do ramo é a possibilidade de segmentar as ações estabelecidas, visando uma maior assertividade em atingir o público desejado. Isso, junto a outros benefícios em termos de agilidade, alcance e praticidade, contribuem para que, segundo dados da plataforma Statista, estes investimentos devam chegar ao valor de US$ 910 bilhões até 2027, globalmente.

    As mídias offline, contudo, também podem oferecer a mesma assertividade em termos de alcance. Estas estratégias são capazes de delimitar o público a ser atingido, uma vez que cada tipo de mídia irá conversar com pessoas específicas e que possuem um comportamento similar devido à sua localização e hábitos regionais. Isso faz com que, através do meio escolhido e seu local de disposição, seja possível delimitar um grupo a ser conversado, mesmo que esse “filtro” seja menos eficaz que o digital.

    Na prática, alguns dos aparatos que podem ser utilizados dentro desta Mídia OOH estão os outdoors, painéis LED, adesivos, telas interativas, panfletos, cartazes, projeções, publicidade alternativa (street art), totens etc. A partir de um único meio, é viável e possível aplicá-lo em diferentes tipos de locais, sendo bem prático e eficaz na mensagem a ser passada. Caso o objetivo seja impactar indivíduos sobre um evento que ocorrerá em um shopping, como exemplo, trabalhar com adesivos, intervenções e painéis de LED no espaço físico interno, externo e nas proximidades, pode trazer resultados excelentes à marca.

    Deve ser lembrado, também, que a Mídia OOH participa do processo de compra, sendo mais uma das etapas com as quais as pessoas podem ter contato e serem impactadas em sua jornada até a conversão. Até mesmo, para pessoas mais idosas que, ao contrário do que muitos imaginam, não estão mais completamente desconectadas. Afinal, segundo dados do IBGE, como prova disso, em 2024, 86,5% dessas pessoas informaram usar a internet todos os dias.

    Ao estabelecer estratégias voltadas a esse público, contudo, é importante ressaltar a necessidade de planejamento de ações a serem tomadas conforme suas demandas e histórico. É dever das empresas analisarem o comportamento destas pessoas no ambiente virtual, quais plataformas costumam utilizar, e se faz sentido atingi-los nestes meios. Afinal, muitos ainda podem preferir mídias offline, os quais precisam ser levados em consideração nesta escolha.

    Não há dúvidas acerca dos benefícios que o marketing digital pode trazer para as marcas. Porém, até hoje, a Mídia OOH também se mostra altamente vantajosa para atingir, impactar e converter uma série de públicos-alvo, devendo, da mesma forma, ser considerada no planejamento estratégico deste setor a favor de uma comunicação mais integrada para seus clientes. Quando unidas, essas ações terão maior chance de elevar a retenção de compradores e expandir, cada vez mais, o alcance da empresa em canais diversos e complementares.

  • Mídia Out of Home: vale a pena investir no marketing?

    Mídia Out of Home: vale a pena investir no marketing?

    Em um mercado altamente digitalizado, pode soar estranho uma empresa investir em estratégias de marketing fora deste contexto. Mas, apesar de estarmos constantemente conectados, estas ações offline, conhecidas como Mídia OOH (Out of Home), podem trazer inúmeros benefícios às marcas em termos de custo-benefício e alcance. Isso, desde que sejam devidamente planejadas, a fim de que atinjam o público esperado com êxito.

    Um dos pontos mais favoráveis do marketing digital defendido pelos profissionais do ramo é a possibilidade de segmentar as ações estabelecidas, visando uma maior assertividade em atingir o público desejado. Isso, junto a outros benefícios em termos de agilidade, alcance e praticidade, contribuem para que, segundo dados da plataforma Statista, estes investimentos devam chegar ao valor de US$ 910 bilhões até 2027, globalmente.

    As mídias offline, contudo, também podem oferecer a mesma assertividade em termos de alcance. Estas estratégias são capazes de delimitar o público a ser atingido, uma vez que cada tipo de mídia irá conversar com pessoas específicas e que possuem um comportamento similar devido à sua localização e hábitos regionais. Isso faz com que, através do meio escolhido e seu local de disposição, seja possível delimitar um grupo a ser conversado, mesmo que esse “filtro” seja menos eficaz que o digital.

    Na prática, alguns dos aparatos que podem ser utilizados dentro desta Mídia OOH estão os outdoors, painéis LED, adesivos, telas interativas, panfletos, cartazes, projeções, publicidade alternativa (street art), totens etc. A partir de um único meio, é viável e possível aplicá-lo em diferentes tipos de locais, sendo bem prático e eficaz na mensagem a ser passada. Caso o objetivo seja impactar indivíduos sobre um evento que ocorrerá em um shopping, como exemplo, trabalhar com adesivos, intervenções e painéis de LED no espaço físico interno, externo e nas proximidades, pode trazer resultados excelentes à marca.

    Deve ser lembrado, também, que a Mídia OOH participa do processo de compra, sendo mais uma das etapas com as quais as pessoas podem ter contato e serem impactadas em sua jornada até a conversão. Até mesmo, para pessoas mais idosas que, ao contrário do que muitos imaginam, não estão mais completamente desconectadas. Afinal, segundo dados do IBGE, como prova disso, em 2024, 86,5% dessas pessoas informaram usar a internet todos os dias.

    Ao estabelecer estratégias voltadas a esse público, contudo, é importante ressaltar a necessidade de planejamento de ações a serem tomadas conforme suas demandas e histórico. É dever das empresas analisarem o comportamento destas pessoas no ambiente virtual, quais plataformas costumam utilizar, e se faz sentido atingi-los nestes meios. Afinal, muitos ainda podem preferir mídias offline, os quais precisam ser levados em consideração nesta escolha.

    Não há dúvidas acerca dos benefícios que o marketing digital pode trazer para as marcas. Porém, até hoje, a Mídia OOH também se mostra altamente vantajosa para atingir, impactar e converter uma série de públicos-alvo, devendo, da mesma forma, ser considerada no planejamento estratégico deste setor a favor de uma comunicação mais integrada para seus clientes. Quando unidas, essas ações terão maior chance de elevar a retenção de compradores e expandir, cada vez mais, o alcance da empresa em canais diversos e complementares.

  • Como a tecnologia pode auxiliar na segurança de pequenos e médios varejistas durante o movimento de fim de ano?

    Como a tecnologia pode auxiliar na segurança de pequenos e médios varejistas durante o movimento de fim de ano?

    As festas de final de ano estão chegando e o setor de varejo passa a operar em ritmo acelerado para atender ao aumento da demanda. Esse período, que proporciona um movimento maior na economia e impulsionamento nas vendas, por outro lado, também impõe um desafio para os lojistas: o aumento nos casos de furtos e roubos. Segundo a Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), em 2023, os furtos — tanto externos quanto internos — representaram, em média, 31,7% das perdas no varejo. Diante desse cenário, a tecnologia surge como ferramenta indispensável para a segurança, oferecendo soluções inteligentes que ajudam a prevenir essas perdas e a otimizar a operação das lojas.

    Monitorando fluxo e densidade

    Hoje, os sistemas de monitoramento e de gestão de clientes e colaboradores estão mais sofisticados, fornecendo dados quantitativos e qualitativos, em tempo real, sobre a circulação da sua loja, seja de quem entra, quanto tempo permanece e até mesmo quem passou na porta da sua loja e não entrou. Com a aplicação de Inteligência Artificial (IA), gerando dados para tomada de decisão em tempo rela, seja para regular a densidade do espaço ou para auxiliar no planejamento de pessoal e atendimento. O recurso diferencia clientes de colaboradores, calculando taxas de entrada e permanência, além de identificar áreas mais movimentadas, o que facilita para a adequação da equipe, minimizando o risco de incidentes. Com o auxílio de câmeras de mapeamento de calor, os locais com maior movimentação podem ser identificados, permitindo redirecionar o fluxo de pessoas, evitando filas e esperas prolongadas. Em horários de pico, o lojista pode destinar recursos de forma eficiente e criar um ambiente mais organizado e seguro para os consumidores.

    Integração de sistemas:  uma camada extra de proteção

    A integração de câmeras com sistemas tradicionais, como alarmes e vigilância eletrônica, é um recurso altamente eficaz para coibir roubos e invasões, especialmente durante horários críticos ou no turno da noite. O reconhecimento facial, por exemplo, auxilia na verificação de identidades, ajudando a rastrear atividades suspeitas em tempo real. Em casos de acionamento de alarmes, as câmeras capturam imagens para verificação instantânea, aumentando a precisão nas respostas.

    Mapeamento de calor e análise de comportamento de consumo

    Outra inovação significativa é o uso do mapeamento de calor, que permite aos lojistas identificarem as áreas mais visitadas pelos compradores. Todas essas informações compiladas em BI, apresentadas em dashboards, por loja, grupo de lojas, facilitam a gestão das informações. Esses recursos ajudam não só na melhoraria e no monitoramento, mas também a aprimorar a disposição de produtos e a experiência de compra. Ao saber quais seções da loja têm maior fluxo de clientes, é possível otimizar a disposição dos itens e identificar pontos de atenção para aumentar o engajamento dos consumidores.

    Em paralelo, sistemas de análise com Inteligência Artificial (IA) permitem que o varejista detecte atividades inusitadas ou agressivas, como brigas ou pessoas correndo, e até ações prejudiciais como fumar em áreas não permitidas. Um dos benefícios do recurso é que ele amplia o escopo de segurança ao cobrir aspectos do comportamento do consumidor, oferecendo uma visão completa da movimentação na loja e prevenindo problemas antes que eles escalem.

    Soluções para lojas de menor porte

    Nas lojas que enfrentam restrições orçamentárias, o uso de câmeras de monitoramento remoto é uma alternativa eficiente e de baixo custo. Esse tipo de equipamento cobre grandes áreas por meio de um único dispositivo, que realiza movimentos em 360 graus e se ajusta para captar diferentes ângulos, proporcionando a visão completa do espaço. Conectadas a um módulo de auditoria remota, as lentes permitem a detecção de irregularidades no layout, filas e demais problemas que possam prejudicar a experiência do consumidor. Ademais, o uso de bodycams em pequenos estabelecimentos está se tornando uma alternativa prática e discreta. Esses dispositivos compactos capturam imagens ao longo do expediente, sem ser invasivos, e podem ser revisados remotamente, ajudando a aumentar a segurança sem afetar o atendimento.

    A combinação de diferentes tecnologias de monitoramento e análise está transformando a segurança no setor varejista. Investir nas inovações não apenas reduz furtos e roubos, mas contribui para a experiência de compra mais agradável, onde clientes e funcionários se sentem protegidos, proporcionando um ambiente propício para o aumento das vendas e fidelização do consumidor.

  • O que esperar para 2025 e como integrar tecnologias ao seu negócio

    O que esperar para 2025 e como integrar tecnologias ao seu negócio

    As tendências tecnológicas estão avançando a passos largos, e a cada ano surgem novas inovações que prometem transformar diversos setores do mercado. Quando falamos em automação, inteligência artificial (IA), robôs e outras tecnologias emergentes, estamos tratando de ferramentas que estão em constante evolução e que são capazes de trazer ganhos significativos para as empresas. No entanto, antes de adotar essas soluções, é crucial que as organizações compreendam suas necessidades internas e avaliem como essas inovações podem ser integradas de maneira eficiente. Ao considerar as tendências para 2025, surge a pergunta:

     Como as empresas podem se preparar para essas transformações e realmente colher os benefícios das novas tecnologias?

    1. Integração de Inteligência Artificial com Automação: O Novo Padrão

    Nos últimos anos, a inteligência artificial tem se destacado como uma das tecnologias mais promissoras, e a tendência é que ela continue a ser um pilar central da transformação digital nos próximos anos. De acordo com a Gartner, até 2025, mais de 80% das grandes empresas terão a IA integrada em seus processos operacionais. Mas não se trata apenas de implementar a IA de forma isolada. A combinação de IA com Robotic Process Automation (RPA) será uma das grandes apostas para o futuro, permitindo que as organizações aproveitem ao máximo essas tecnologias em conjunto.

    O potencial de integração da IA com a automação é imenso. Juntas, elas podem analisar grandes volumes de dados, identificar padrões, prever demandas e até mesmo auxiliar na tomada de decisões estratégicas. Contudo, a adoção dessa tecnologia exige que as empresas estejam preparadas para gerenciar mudanças significativas em seus processos e garantir que as soluções sejam implementadas de forma alinhada aos seus objetivos de negócios.

    2. Um Passo à frente no processamento de dados não estruturados

    A automação cognitiva é uma das frentes que mais tem evoluído nos últimos anos. Ela vai além da simples automação de tarefas repetitivas e se concentra na capacidade de sistemas de “pensar” de maneira mais semelhante aos seres humanos. Isso envolve a interpretação de dados não estruturados, como e-mails, faturas, textos e até mesmo imagens. Ao integrar soluções de automação cognitiva, as empresas podem estruturar e processar grandes volumes de dados de forma mais eficiente e precisa.

    A tendência para 2025 é que a automação cognitiva se expanda, trazendo uma maior inteligência para as soluções de automação e tornando os processos de análise e decisão mais rápidos e assertivos. Porém, assim como qualquer outra inovação, é fundamental que as empresas compreendam a natureza dos dados que estão sendo processados e avaliem como essas soluções podem ser aplicadas para resolver problemas específicos de seus setores.

    3. Automação End-to-End

    A automação end-to-end se refere à automatização de toda a cadeia de processos de uma empresa, desde a produção até a entrega final ao cliente. Isso inclui todas as etapas, como o gerenciamento de fornecedores, a produção, o armazenamento, a distribuição e o atendimento ao cliente. O conceito “end-to-end” está crescendo significativamente e, para 2025, espera-se que mais empresas adotem essa abordagem, principalmente devido à sua capacidade de criar uma operação mais ágil e eficiente.

    Ao implementar a automação end-to-end, as empresas não apenas melhoram a produtividade, mas também aumentam a transparência e a rastreabilidade de seus processos, o que resulta em uma melhor experiência para o cliente. No entanto, para que essa automação seja bem-sucedida, é necessário um planejamento cuidadoso e uma avaliação detalhada de quais etapas do processo são realmente passíveis de automação.

    4. A Necessidade de proteger dados no mundo digital

    Com a crescente digitalização dos processos e a maior dependência de tecnologias como IA e automação, a segurança cibernética se torna uma prioridade cada vez maior. Os dados são um dos bens mais valiosos de uma organização, e protegê-los é essencial para garantir a continuidade dos negócios. Em 2025, as empresas devem investir pesadamente em cibersegurança, com foco em proteger suas redes, aplicativos, sistemas de nuvem e conscientizar seus usuários sobre boas práticas de segurança.

    A cibersegurança deve ser uma prioridade integral no processo de adoção de novas tecnologias. A implementação de soluções de automação não pode ocorrer sem a devida proteção dos dados, e é fundamental que as empresas adotem medidas robustas de segurança para evitar ataques cibernéticos, vazamentos de dados e outras ameaças.

    5. Hiperautomação

    A hiperautomação, que envolve a automação de uma gama ainda maior de processos, está se tornando cada vez mais uma realidade nas empresas. Ela vai além da automação de tarefas simples e mecânicas, como preenchimento de planilhas ou envio de e-mails, e se estende a processos mais complexos, incluindo a análise de dados em tempo real e a automação de decisões estratégicas. A ideia da hiperautomação é mapear, examinar e automatizar o maior número possível de processos, o que resulta em operações mais eficientes, escaláveis e até mesmo disruptivas.

    A adoção da hiperautomação pode transformar o modelo de negócios de uma empresa, permitindo que ela opere de maneira mais remota, ágil e com maior capacidade de resposta. No entanto, a implementação bem-sucedida de hiperautomação exige um entendimento profundo dos processos internos e a capacidade de integrar diferentes tecnologias de forma fluida.

    O Caminho para 2025; e além

    Embora as tecnologias de automação, IA e segurança cibernética estejam em constante evolução, o mais importante é que as empresas saibam como integrar essas inovações de forma estratégica. Em 2025, esperamos ver um grande amadurecimento dessas soluções, mas sua adoção deve ser cuidadosamente planejada e alinhada às necessidades e capacidades da organização.

    A chave para o sucesso estará em entender como cada uma dessas tecnologias pode beneficiar especificamente o negócio e implementar soluções que realmente tragam eficiência, segurança e valor agregado. As tendências para 2025 não são apenas sobre adotar as novidades tecnológicas, mas sim sobre transformá-las em ferramentas valiosas que impulsionam a evolução contínua das empresas.

  • O que esperar para 2025 e como integrar tecnologias ao seu negócio

    O que esperar para 2025 e como integrar tecnologias ao seu negócio

    As tendências tecnológicas estão avançando a passos largos, e a cada ano surgem novas inovações que prometem transformar diversos setores do mercado. Quando falamos em automação, inteligência artificial (IA), robôs e outras tecnologias emergentes, estamos tratando de ferramentas que estão em constante evolução e que são capazes de trazer ganhos significativos para as empresas. No entanto, antes de adotar essas soluções, é crucial que as organizações compreendam suas necessidades internas e avaliem como essas inovações podem ser integradas de maneira eficiente. Ao considerar as tendências para 2025, surge a pergunta:

     Como as empresas podem se preparar para essas transformações e realmente colher os benefícios das novas tecnologias?

    1. Integração de Inteligência Artificial com Automação: O Novo Padrão

    Nos últimos anos, a inteligência artificial tem se destacado como uma das tecnologias mais promissoras, e a tendência é que ela continue a ser um pilar central da transformação digital nos próximos anos. De acordo com a Gartner, até 2025, mais de 80% das grandes empresas terão a IA integrada em seus processos operacionais. Mas não se trata apenas de implementar a IA de forma isolada. A combinação de IA com Robotic Process Automation (RPA) será uma das grandes apostas para o futuro, permitindo que as organizações aproveitem ao máximo essas tecnologias em conjunto.

    O potencial de integração da IA com a automação é imenso. Juntas, elas podem analisar grandes volumes de dados, identificar padrões, prever demandas e até mesmo auxiliar na tomada de decisões estratégicas. Contudo, a adoção dessa tecnologia exige que as empresas estejam preparadas para gerenciar mudanças significativas em seus processos e garantir que as soluções sejam implementadas de forma alinhada aos seus objetivos de negócios.

    2. Um Passo à frente no processamento de dados não estruturados

    A automação cognitiva é uma das frentes que mais tem evoluído nos últimos anos. Ela vai além da simples automação de tarefas repetitivas e se concentra na capacidade de sistemas de “pensar” de maneira mais semelhante aos seres humanos. Isso envolve a interpretação de dados não estruturados, como e-mails, faturas, textos e até mesmo imagens. Ao integrar soluções de automação cognitiva, as empresas podem estruturar e processar grandes volumes de dados de forma mais eficiente e precisa.

    A tendência para 2025 é que a automação cognitiva se expanda, trazendo uma maior inteligência para as soluções de automação e tornando os processos de análise e decisão mais rápidos e assertivos. Porém, assim como qualquer outra inovação, é fundamental que as empresas compreendam a natureza dos dados que estão sendo processados e avaliem como essas soluções podem ser aplicadas para resolver problemas específicos de seus setores.

    3. Automação End-to-End

    A automação end-to-end se refere à automatização de toda a cadeia de processos de uma empresa, desde a produção até a entrega final ao cliente. Isso inclui todas as etapas, como o gerenciamento de fornecedores, a produção, o armazenamento, a distribuição e o atendimento ao cliente. O conceito “end-to-end” está crescendo significativamente e, para 2025, espera-se que mais empresas adotem essa abordagem, principalmente devido à sua capacidade de criar uma operação mais ágil e eficiente.

    Ao implementar a automação end-to-end, as empresas não apenas melhoram a produtividade, mas também aumentam a transparência e a rastreabilidade de seus processos, o que resulta em uma melhor experiência para o cliente. No entanto, para que essa automação seja bem-sucedida, é necessário um planejamento cuidadoso e uma avaliação detalhada de quais etapas do processo são realmente passíveis de automação.

    4. A Necessidade de proteger dados no mundo digital

    Com a crescente digitalização dos processos e a maior dependência de tecnologias como IA e automação, a segurança cibernética se torna uma prioridade cada vez maior. Os dados são um dos bens mais valiosos de uma organização, e protegê-los é essencial para garantir a continuidade dos negócios. Em 2025, as empresas devem investir pesadamente em cibersegurança, com foco em proteger suas redes, aplicativos, sistemas de nuvem e conscientizar seus usuários sobre boas práticas de segurança.

    A cibersegurança deve ser uma prioridade integral no processo de adoção de novas tecnologias. A implementação de soluções de automação não pode ocorrer sem a devida proteção dos dados, e é fundamental que as empresas adotem medidas robustas de segurança para evitar ataques cibernéticos, vazamentos de dados e outras ameaças.

    5. Hiperautomação

    A hiperautomação, que envolve a automação de uma gama ainda maior de processos, está se tornando cada vez mais uma realidade nas empresas. Ela vai além da automação de tarefas simples e mecânicas, como preenchimento de planilhas ou envio de e-mails, e se estende a processos mais complexos, incluindo a análise de dados em tempo real e a automação de decisões estratégicas. A ideia da hiperautomação é mapear, examinar e automatizar o maior número possível de processos, o que resulta em operações mais eficientes, escaláveis e até mesmo disruptivas.

    A adoção da hiperautomação pode transformar o modelo de negócios de uma empresa, permitindo que ela opere de maneira mais remota, ágil e com maior capacidade de resposta. No entanto, a implementação bem-sucedida de hiperautomação exige um entendimento profundo dos processos internos e a capacidade de integrar diferentes tecnologias de forma fluida.

    O Caminho para 2025; e além

    Embora as tecnologias de automação, IA e segurança cibernética estejam em constante evolução, o mais importante é que as empresas saibam como integrar essas inovações de forma estratégica. Em 2025, esperamos ver um grande amadurecimento dessas soluções, mas sua adoção deve ser cuidadosamente planejada e alinhada às necessidades e capacidades da organização.

    A chave para o sucesso estará em entender como cada uma dessas tecnologias pode beneficiar especificamente o negócio e implementar soluções que realmente tragam eficiência, segurança e valor agregado. As tendências para 2025 não são apenas sobre adotar as novidades tecnológicas, mas sim sobre transformá-las em ferramentas valiosas que impulsionam a evolução contínua das empresas.

  • Como as tendências evoluem para soluções no varejo 

    Como as tendências evoluem para soluções no varejo 

    O varejo vive uma revolução profunda, com uma transformação que reflete os desejos, expectativas e valores das pessoas em um mundo sempre em movimento. As lojas não são mais apenas lugares para compras, mas ambientes que constroem conexões e entregam experiências únicas. Nesse cenário altamente mutável, o verdadeiro desafio não está em somente acompanhar as tendências, mas em traduzir essas forças emergentes em soluções práticas e planos visionários. Em um mercado no qual a inovação precisa ser uma constante, quem dita o ritmo é quem ousa liderar as mudanças. 

    Empresas realmente inovadoras do setor utilizam as tendências como alavancas para se diferenciar e prosperar. E o apetite por inovação no Brasil é grande. Isso é evidenciado por dados que indicam que 48% dos varejistas brasileiros planejavam aumentar seus investimentos em transformação digital, segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) de 2024. Nos destaques entre as iniciativas relacionadas à digitalização no relacionamento com o consumidor estavam a Inteligência Artificial e visão computacional, tecnologias cuja adoção vem sendo analisada há tempos. 

    A transição para o varejo experiencial, no qual os clientes priorizam vivência em vez de transações, levou a ambientes de compra mais envolventes. E companhias que já integraram de forma eficaz tendências como essa em suas estratégias não estão apenas reagindo às demandas do setor, mas liderando o mercado, conquistando novos consumidores e fidelizando os antigos. 

    As mudanças dessa indústria estão profundamente relacionadas às transformações demográficas. A chegada da Geração Z ao mercado de trabalho e, por consequência, ao de consumo, e o envelhecimento da população global, estão exigindo a adoção de novas abordagens. Para atender a esse novo contexto que se desenvolve e que traz novas expectativas para as jornadas de compras e potencialmente menos força de trabalho disponível, as empresas precisam usar inovações para melhorar a produtividade de suas operações e criar experiências de consumo mais tecnológicas.  

    Além disso, os consumidores estão com expectativas cada vez maiores em relação a valor, confiança e sustentabilidade. Muitos já optam por marcas próprias das varejistas devido à pressão econômica. A confiança continua sendo crucial para a fidelidade, e é preciso levar em consideração que jovens têm se mostrado resistentes a pagar preços mais altos por apenas alegações de sustentabilidade, exigindo provas concretas por meio de transparência e parcerias com marcas responsáveis. Isso representa mais um novo desafio para os varejistas, que precisam equilibrar práticas ecológicas com preços atrativos. 

    Apesar do alto nível das demandas, o segmento se mantém otimista, usando a tecnologia, especialmente a Inteligência Artificial, como um fator transformador para atender os clientes e melhorar suas operações. Neste sentido, os dados são aliados poderosos na adaptação e evolução, e ao serem gerenciados adequadamente, estão oferecendo vantagens competitivas enormes, por meio de funcionalidades avançadas que ajudam na antecipação das tendências e adaptação de estratégias em tempo real. 

    A Inteligência Artificial desempenha um papel central ao tornar dados brutos em insights valiosos para a tomada de decisões para atender aos anseios dos consumidores e dos negócios. À medida que os varejistas continuam a se digitalizar, a Inteligência Artificial se tornará progressivamente uma parte indispensável de seu modelo de atuação, apoiando também na manutenção da integridade de sistemas, a privacidade dos dados e a segurança. 

    O mercado de varejo necessita de soluções que ajudem na prevenção de fraudes – especialmente no autoatendimento, por meio de análises que utilizam IA na integração de imagens e dados. Essa união, além de aumentar a segurança, pode melhorar desde a personalização da experiência de compra até o aumento da eficiência operacional e a otimização de processos logísticos, resultando em operações mais ágeis e clientes mais satisfeitos. Software de reconhecimento de imagens alimentados por Inteligência Artificial integrados em terminais de self-checkout já são capazes de identificar produtos e verificar a idade do consumidor em compras restritas, otimizando o atendimento. Soluções baseadas em IA e visão computacional também ajudam a garantir que todos os itens sejam devidamente escaneados e pagos, assegurando as margens financeiras das empresas. Com essas ferramentas, não há limites para inovar.  

    Os varejistas que hesitam em implementar tecnologias disruptivas estão fadados a enfrentarem problemas críticos, pois a crescente demanda dos consumidores por conveniência, velocidade, qualidade e valor torna qualquer atraso na adoção um risco para a lealdade do cliente e a participação no mercado. A habilidade de antecipar e responder rapidamente às tendências emergentes é determinante para o sucesso. Em um ambiente sempre em renovação, aqueles que abraçam a modernização de suas atividades como uma constante seguirão liderando o futuro, superando as incertezas dos negócios e alcançando resultados expressivos. 

  • Novas Tecnologias e Seus Impactos nas Relações de Consumo: Propostas para Garantir Direitos no E-commerce, Aplicativos e Inteligência Artificial

    Novas Tecnologias e Seus Impactos nas Relações de Consumo: Propostas para Garantir Direitos no E-commerce, Aplicativos e Inteligência Artificial

    A evolução tecnológica tem alterado significativamente as relações de consumo, ampliando o acesso a produtos e serviços e promovendo maior comodidade ao consumidor. Contudo, essa transformação não ocorre sem desafios, sobretudo no que diz respeito à proteção de direitos em um ambiente de constante inovação. O comércio eletrônico, os aplicativos e a inteligência artificial não apenas redefiniram a interação entre consumidores e fornecedores, mas também exigem a adaptação de normas, mecanismos de fiscalização e educação digital. Este artigo explora os impactos dessas tecnologias e apresenta propostas concretas para garantir a proteção do consumidor.

    E-commerce: Expansão e Riscos nas Relações Digitais

    O e-commerce, principalmente após a pandemia de COVID 19, consolidou-se como uma das principais formas de comércio, oferecendo praticidade e uma vasta gama de opções. Porém, os consumidores enfrentam desafios específicos nesse ambiente.

    Os fornecedores devem garantir que as informações sobre produtos e serviços sejam claras, completas e acessíveis, em conformidade com o Código de Defesa do Consumidor (CDC) o que nem sempre ocorre nos sites e aplicativos que oferecem produtos e serviços.

    Para aprimorar as relações de consumo on line entendemos que é premente o desenvolvimento de normas específicas para a descrição de produtos em plataformas digitais, com exigências sobre qualidade de imagem e detalhamento técnico. Por sua vez, é importante contar com a fiscalização ativa por parte de órgãos de defesa do consumidor, utilizando ferramentas de análise automatizada para monitorar sites e identificar irregularidades.

    Quanto ao direito de arrependimento, embora haja previsão legal os consumidores muitas vezes enfrentam dificuldades práticas, como custos inesperados de devolução ou resistência de fornecedores. Com vistas a mitigar tais dificuldades algumas propostas seriam benéficas, entre elas:

    • Regulamentação específica para o direito de arrependimento em compras digitais, incluindo a obrigação de que os custos de devolução sejam previamente informados.
    • Criação de selos de conformidade para plataformas que implementem políticas de devolução claras e justas.
    • Incentivo ao uso de ferramentas digitais para automatizar processos de devolução e reembolso, aumentando a transparência e reduzindo o tempo de espera.

    É fato que o crescimento do e-commerce levou ao aumentou dos casos de fraudes e vazamento de dados. A proteção ao consumidor nesse contexto requer a aplicação rigorosa da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e mecanismos de segurança digital, exigindo-se que as empresas invistam em sistemas mais robustos e em parcerias entre órgãos públicos e empresas para o desenvolvimento de campanhas educativas sobre segurança em transações digitais.

    Aplicativos: Praticidade e Novos Desafios Jurídicos

    Os aplicativos de serviços (como transporte, delivery e hospedagem) ampliaram a oferta e acessibilidade de serviços, mas também criaram relações mais complexas entre consumidores, plataformas e fornecedores

    Frequentemente, as plataformas  alegam atuar apenas como intermediárias na tentativa de se eximirem de responsabilidade, mas os consumidores muitas vezes não têm clareza sobre quem deve ser responsabilizado em casos de falhas.

    Para evitar tais alegações é importante que as normas vigentes reforcem a responsabilidade solidária entre plataformas e fornecedores, especialmente em setores como transporte e delivery.

    O uso de precificação dinâmica em aplicativos, como transporte e hospedagem, pode levar a práticas abusivas se não for devidamente regulado, e por isso deveria ter maior fiscalização.

    Quanto aos sistemas internos de resolução de conflitos, oferecidos pelas plataformas, muitas vezes carecem de transparência e imparcialidade e se tornam pouco efetivos. Para aprimorar estes mecanismos, seria necessário melhorar a transparência, imparcialidade e a garantia de acesso ao Poder Judiciário.

    Tendo este artigo se estendido nestas questões abordaremos o tema da IA e educação e letramento digital na 2ª parte deste artigo.

    2ª. parte do artigo

    Na 1ª parte do presente artigo debatemos acerca da expansão do comércio on line via e-commerces e aplicativos digitais, sugerindo algumas medidas para aprimorar as garantias dos consumidores.

    Nesta 2ª parte do artigo iremos discutir sobre uma novidade que tem potencial para causar uma verdadeira revolução em vários aspectos das relações sociais e de consumo, a IA. Como ela já está impactando o dia a dia dos consumidores e quais as medidas devemos adotar para mitigar os danos.

    Inteligência Artificial: Oportunidades e Riscos no Consumo

    Certo é que a inteligência artificial está transformando a experiência de consumo, permitindo personalização, automação e maior eficiência. Contudo, também apresenta riscos significativos. Entre os mais importantes estão os relacionados à discriminação algorítmica, a falta  de privacidade e responsabilidade por decisões automatizadas, como já vimos em casos que se espalham pelo mundo.

    Assim, o uso de IA pode gerar discriminação, mesmo que não intencional, prejudicando consumidores com base em perfis criados a partir de dados. Por isso é importante a implementação de auditorias obrigatórias para algoritmos utilizados em serviços de consumo, com foco na prevenção de discriminação e práticas abusivas. A criação de um órgão regulador especializado em IA no consumo, ou a ampliação da competência da ANPD, seria bastante salutar, visando estabelecer padrões éticos e técnicos para o uso de IA.

    E por falar na ANPD, a LGPD prevê o direito à revisão humana em decisões automatizadas que impactem os consumidores, mas a aplicação prática desse direito ainda é limitada.

    Portanto, é de grande importância que todas as plataformas que utilizem IA informem claramente ao consumidor quando suas decisões forem automatizadas, permitindo a solicitação de revisão humana de modo mais simples e prático.

    Em situações de danos causados por IA, a atribuição de responsabilidade ainda é um desafio que foge às regras do direito civil, e mesmo do direito do consumidor. Esta é uma realidade não prevista pelo legislador e merece uma análise e disciplina específica.

    Necessário se faz o estabelecimento de normas específicas sobre responsabilidade civil em casos de danos causados por IA garantindo que o fornecedor seja responsabilizado independentemente de culpa.

    Já em casos em que haja consumidores afetados por danos de larga escala causados por falhas de sistemas de IA, podemos avaliar a criação de fundos de compensação coletiva para indenização daqueles que forem prejudicados.

    As mudanças ocorridas nos últimos anos nos levam a repensar as relações de consumo com o padrão até hoje estabelecido, se a atual regulação atende aos novos desafios e quais as medidas e políticas públicas devem ser tomadas para trazer mais segurança e transparência para os consumidores.

    Neste sentido, propostas de longo prazo devem ser implementadas. Entre elas a promoção da educação financeira e para o consumo. Promover a conscientização sobre direitos e riscos no consumo digital também é essencial.

    Assim, seria importante o desenvolvimento de programas nacionais de educação digital, incluindo cursos e materiais educativos sobre segurança, privacidade e direitos do consumidor.

    Por outro lado, o poder público deve acompanhar continuamente o impacto das tecnologias e propor atualização das normas através dos órgãos de defesa do consumidor, com foco exclusivo em e-commerce, aplicativos e IA.

    O uso de tecnologia para monitorar práticas de mercado pode fortalecer a proteção ao consumidor, evitando e coibindo  práticas abusivas, identificando padrões de violação de direitos em larga escala.

    O avanço tecnológico pode e deve ser um aliado na construção de relações de consumo mais justas, transparentes e acessíveis. Contudo, a proteção do consumidor exige ações concretas por parte do legislador, do Judiciário, de órgãos de defesa e das próprias empresas. A implementação das medidas propostas neste artigo pode não apenas mitigar os riscos associados às novas tecnologias, mas também transformar o Brasil em referência global na proteção ao consumidor no ambiente digital.

  • Como impulsionar suas vendas de Natal

    Como impulsionar suas vendas de Natal

    O Natal representa uma oportunidade significativa para o comércio, devido ao aumento na procura por presentes e pelo espírito de celebração que estimula o consumo. Estima-se que a data deve movimentar R$ 69,7 bilhões, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

    Grande parte dessa movimentação deve se concentrar no comércio eletrônico, já que muitas pessoas preferem as compras online devido à conveniência, à variedade de opções e à possibilidade de encontrar melhores preços.

    Dessa forma, o e-commerce se torna um canal estratégico para as empresas, capaz de ampliar o alcance e ampliar as vendas. É um momento crucial para aproveitar e faturar.

    Para ingressar com sucesso no universo do comércio eletrônico, é essencial contar com ferramentas que apoiem todo o processo, desde o anúncio de produtos e serviços até o atendimento e o pós-venda. A seguir, compartilho algumas dicas, que acredito serem primordiais, para quem quer resultados acima das vendas tradicionais.

    1 – Use boas soluções tecnológicas 

    O arsenal utilizado hoje pelo comércio permite que o atendimento seja mais ágil, por exemplo. Imagine um site que cai bem no meio do pico de vendas ou um cliente que fica horas esperando uma resposta no chat. Isso não só faz uma marca perder clientes, como também pode afetar a sua reputação. E recuperar a confiança de um consumidor frustrado não é tarefa fácil.

    Outras ferramentas, como sistemas de gerenciamento de estoque e automação de marketing, também podem se tornar verdadeiras aliadas nessa jornada. Elas ajudam a evitar os clássicos problemas: produto indisponível e campanhas mal direcionadas.

    2 – Tenha canais de atendimento como aliados

    Um dos grandes parceiros das empresas nessa tarefa de crescimento pela internet tem sido as APIs de canais digitais de atendimento, que tiveram um crescimento expressivo em entendimento e aceitação por parte de empresas de diferentes tamanhos e segmentos no país. 

    API é a sigla para Application Programming Interface, ou, em português, Interface de Programação de Aplicações. Trata-se de um sistema que permite a integração da comunicação de diferentes canais, como WhatsApp, Instagram e Facebook, facilitando a troca de mensagens e informações de forma mais fluida, rápida e personalizada com o consumidor via chats. Dados recentes mostram que aplicativos como WhatsApp e Instagram já são preferência para o atendimento de 64% dos clientes brasileiros, o que enfatiza o papel importante das plataformas digitais.

    3 – Saiba entender o seu cliente

    Ter um sistema de gerenciamento de relacionamento com clientes é essencial. Um sistema para esse fim organiza tudo: o histórico de interações, as preferências e até mesmo as compras realizadas anteriormente. Ele se integra às APIs, garantindo que nenhuma informação se perca. Com isso, é possível criar experiências personalizadas, adaptadas ao gosto e às necessidades de cada cliente de forma única e eficiente.

    O resultado? Mais personalização, campanhas mais certeiras e uma comunicação muito mais eficiente com seus clientes. E, olha, no Natal, essa conexão faz toda a diferença!

    Em um cenário tão dinâmico, contar com um parceiro oficial BSP (Business Solution Provider) do Meta, é essencial para garantir uma experiência segura e confiável tanto para os negócios quanto para os clientes. Esses parceiros, certificados pelo Meta, oferecem soluções que garantem proteção de dados, eficiência operacional, suporte contínuo e atualizações frequentes. Assim, sua estratégia digital permanece alinhada com as melhores práticas e inovações do mercado, fortalecendo resultados e a confiança em cada interação. Contar com a tecnologia certa pode ser o diferencial para aumentar suas vendas, fidelizar clientes e deixar a concorrência para trás.

  • Retail Media: quais os benefícios para as empresas?

    Retail Media: quais os benefícios para as empresas?

    O que sua empresa faz de diferente para atrair e reter cada vez mais consumidores? Atingir essa meta, em um mercado altamente competitivo, pode ser uma grande pedra no sapato de todo empreendedor. Mas, existem estratégias que estão se destacando e se mostrando fortemente benéficas neste sentido, como o Retail Media. Seu foco de divulgação no varejo pode elevar, significativamente, a conversão crescente de leads e aumento da produtividade, mas deve ser muito bem planejada para atingir este fim.

    Em sua definição, essa estratégia de marketing se refere ao ato de utilizar marketplaces e marcas de varejo, principalmente seus sites, como um local para apresentação da marca ou produtos, seja isso realizado por anúncios patrocinados dentro da página de resultados de busca, banners em categorias de produtos ou, até mesmo, anúncios na página home. Nesse sentido, cada varejista determinará o valor cobrado pela divulgação, o qual também utilizará seu banco de dados para realizar a segmentação dos anúncios, de forma que sejam direcionados para um público-alvo específico.

    Segundo uma pesquisa realizada pela Enext em parceria com a Newtail, 79% das empresas que contribuíram com seus dados acerca do tópico já investem em Retail Media, reconhecendo o modelo como uma forte tendência dentro da área de publicidade e marketing. E, não faltam motivos que justifiquem tamanho crescimento deste movimento.

    Do ponto de vista legal, com a criação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a forma como o marketing digital coletava seus dados para conseguir entender o comportamento dos consumidores por meio de seus históricos de navegação se tornou bem complicada. Houve um grande impacto no âmbito de mídia paga, que estava acostumada a ter vários dados dos consumidores de forma mais “fácil e prática”, o que mudou com a vigência da Lei.

    Para ajudá-las neste compliance sem prejuízo à coleta e análise de dados, o Retail Media começou a se destacar por apresentar dados first party (informações coletadas diretamente no site), além de funcionar como um filtro, uma vez que a pessoa que está em um site de varejo demonstra, claramente, interesse em algum produto.

    Junto a isso, tivemos também uma forte mudança nos hábitos dos consumidores ao realizar compras online, a qual foi amplamente sentida nos últimos anos. Na prática, ao invés de buscarem pelos produtos desejados no buscador geral, muitos começaram a preferir acessar os sites oficiais das marcas para esta seleção. Isso foi comprovado em um estudo da PowerReviews, o qual trouxe os dados de acesso dos usuários a algumas das principais plataformas do mercado para este sentido: Amazon (50%), Google (31.5%), varejo ou sites de marcas (14%), sites de análise (2%) e redes sociais (2%).

    Se analisarmos, ainda, o aumento nos valores de anúncios dentro do Google e da Meta, maior concorrência na utilização de palavras-chave nos buscadores, optar pelo investimento em divulgações nas plataformas de varejistas e marketplaces que, naturalmente, detêm uma grande força de marca na consciência das pessoas, bem como uma logística muito otimizada, pode trazer resultados melhores na visibilidade e destaque competitivo.

    Para incentivar ainda mais o campo do marketing e publicidade a utilizar de seus espaços disponibilizados, os detentores destas plataformas chegam a criar ferramentas que possibilitam a análise contínua das campanhas, checando dados que também são apresentados nas outras plataformas como Google Ads e Meta Ads.

    Tudo isso faz com que o Retail Media venha se tornando amplamente investido no mercado e, de fato, uma opção estratégica para a conquista de melhores resultados, acompanhando o movimento dos consumidores em buscar os produtos desejados diretamente nos sites de suas marcas. Aquelas que apostarem nesta ação, certamente tenderão a colher frutos maduros para vender cada vez mais.