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  • Multinuvem: Por que estar em uma nuvem não é suficiente para as empresas mais inovadoras

    Multinuvem: Por que estar em uma nuvem não é suficiente para as empresas mais inovadoras

    A nuvem (cloud) transformou a forma como as empresas trabalham com dados, oferecendo maior flexibilidade e escalabilidade. No entanto, a crescente demanda por soluções mais dinâmicas e inovadoras impulsionou o surgimento de outros modelos, dentre eles o multicloud, que permitem otimizar custos, melhorar a performance e garantir maior flexibilidade.

    Como o próprio nome indica, um ambiente multicloud é uma área de computação em nuvem que utiliza os serviços de múltiplos provedores de cloud, como Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Google Cloud Platform (GCP). Nele, ao invés de se vincular a um único provedor, as empresas distribuem suas cargas de trabalho entre diferentes plataformas, buscando otimizar custos, desempenho, segurança e flexibilidade.

    Não por acaso, a busca por soluções mais eficientes e personalizadas dentro da computação em nuvem segue em expansão, com 49% das organizações adotando uma estratégia de nuvem em primeiro lugar, de acordo com um relatório do Cloud Industry Forum 2024. Destas companhias, 98% usam ou planejam usar pelo menos dois provedores de infraestrutura de nuvem, enquanto outros 31% estão usando quatro ou mais.

    De tão estratégico na atualidade, o multicloud gerou um contrato nos Estados Unidos de US$ 9 bilhões de ninguém menos do que o Pentágono com a Amazon, Microsoft, Oracle e Google. O que as autoridades de segurança buscam com isso é o mesmo que as principais companhias do planeta: obter o melhor de cada provedor com eficiência, agilidade e custo-benefício superior aos modelos tradicionais de computação.

    Entretanto, a escolha dos provedores certos e a distribuição eficiente das cargas de trabalho são cruciais para o sucesso de um ambiente multicloud. É preciso ter ciência detalhada de cada aplicativo e serviço, considerando ainda a oferta de serviços por cada provedor que atendam às aplicações da companhia e a localização geográfica dos seus clientes.

    Essa adoção de um ou mais fornecedores dentro do multicloud ainda deve levar em conta serviços e funcionalidades, a precificação, o suporte técnico e a segurança. Uma vez definido isso, é importante construir uma boa distribuição das cargas de trabalho – considerando requisitos, custos, gerenciamento e backups –, o que permite ainda uma resiliência e observalidade qualitativas e eficientes, evitando problemas de maneira preditiva.

    Fica claro que é grande a complexidade do multicloud, já que gerenciar múltiplos ambientes de nuvem pode ser complexo, exigindo ferramentas e processos específicos. Além disso, é mandatório garantir a segurança dos dados em diferentes plataformas, especialmente quando se trata de conformidade com regulamentações, e integrar diferentes serviços de nuvem pode exigir o desenvolvimento de soluções personalizadas. Sem o devido cuidado, esse ambiente pode sofrer com problemas de gerenciamento e de custos.

    A procura por recursos que evitem bloqueios dentro das cadeias de fornecimento, com recursos de recuperação de desastres e que, neste pacote, tragam melhores custos e serviços seguirá em alta. E é por isso que saber trabalhar com as tecnologias de ponta é tão importante quanto ter o devido conhecimento para gerenciá-las – sejam elas públicas, privadas ou híbridas em sua origem. Até mesmo a Inteligência Artificial (IA) só pode evoluir em um ambiente múltiplo de nuvens, como corroboraram 92% de líderes em uma recente pesquisa.

    Para simplificar, pense no ambiente multicloud como administrar um restaurante, no qual cada prato vem de uma cozinha diferente, com seu próprio chef e receita única. Se você souber usar esse cardápio variado, ao mesmo tempo, em favor do seu público-alvo, você terá o que há de melhor em termos de desempenho e confiabilidade em suas operações. Importante reforçar que se trata de um processo contínuo de melhoria e ajustes estratégicos.

    Se bem “temperada”, essa refeição fará o cliente voltar para repetir a experiência, não tenho a menor dúvida disso.

  • Uma IA chamada “Mídia Programática”

    Uma IA chamada “Mídia Programática”

    É muito comum me perguntarem “afinal, o que é a mídia programática?” Embora cada vez menos frequente, essa questão volta e meia ainda surge em reuniões e encontros de negócios em que participo. Costumo começar a responder dizendo que, mais do que uma simples evolução da publicidade online, a mídia programática representa uma mudança de paradigma no modo como marcas alcançam seus consumidores.

    Nos primórdios da internet, a compra de mídia era feita diretamente com portais, o que limitava o alcance e a eficiência das campanhas. À medida que a internet e o inventário publicitário cresceram exponencialmente, tornou-se inviável gerenciar manualmente tantas possibilidades. Foi aí que a mídia programática surgiu como solução: automatizar processos, conectar inventários e oferecer compras em tempo real, garantindo que o anunciante falasse com as pessoas certas, no momento certo. Em linguagem técnica, é um método automatizado de compra de espaços publicitários digitais por meio de plataformas conhecidas como DSPs (Demand Side Platforms), onde profissionais de mídia têm acesso a 98% dos inventários digitais globais, que incluem sites, aplicativos, portais e até novos meios, como Connected TV (CTV) e áudio digital.

    Com o uso de algoritmos avançados, tecnologias como machine learning e deep learning possibilitam o gerenciamento de grandes volumes de dados, tornando viável compreender e prever o comportamento do consumidor em diferentes contextos. Isso não apenas enriquece a experiência do usuário, mas personaliza as interações de forma única, fortalecendo o vínculo entre a marca e o público. Todas essas funções utilizadas de maneira ampla e estratégica, nos remete a um campo da tecnologia que no último ano se popularizou, tornando-se o centro de muitos negócios e inovações. Você provavelmente lembrou da Inteligência Artificial. Ela mesma, a IA, que há mais de uma década está integrada à mídia programática, elevou as estratégias de mídia digital a um novo patamar de eficiência, personalização e assertividade. 

    A Inteligência Artificial potencializa ainda a tomada de decisões e otimiza os leilões de espaços publicitários em tempo real, garantindo maior precisão e resultados mais expressivos. Com o apoio da IA, marcas conseguem impactar o consumidor no momento certo, com a mensagem certa e no contexto mais apropriado, maximizando o potencial de conversão enquanto liberam os profissionais de marketing para se concentrarem em atividades mais estratégicas e criativas.

    Para entender como a mídia programática e sua inteligência artificial agregam em campanhas de marketing, abaixo listo algumas das principais vantagens que o método oferece:

    Capacidade de segmentação indiscutível

    Hoje, entender o comportamento do consumidor é mais importante do que simplesmente saber quem ele é. Mulheres da mesma faixa etária, por exemplo, podem ter comportamentos de consumo totalmente diferentes. A mídia programática com sua IA embarcada, permite não apenas identificar essas diferenças, mas também ajustar campanhas com base no momento de compra do público, reduzindo desperdício de verba e maximizando resultados.

    Segurança e garantia de entrega de anúncios para pessoas reais

    O Brasil é o segundo país com maior índice de fraudes na internet. DSPs modernas integram ferramentas que identificam cliques fraudulentos e ambientes suspeitos, garantindo que os anúncios sejam exibidos apenas para pessoas reais e em contextos adequados. Aqui na Publya levamos isso tão a sério que fomos um pouco além, desenvolvendo dashboards que permitem que nossos clientes e agências acompanhem a evolução das campanhas em tempo real, promovendo transparência e monitoramento dos resultados.

    Integração de estratégias para gerar consistência de marca

    A evolução da mídia programática transcende o digital, integrando meios tradicionalmente offline a um modelo de compra automatizado. Hoje, é possível anunciar em Connected TV (CTV), áudio digital em plataformas como Spotify e Deezer, rádios online e até em TV aberta, com formatos vendidos por CPM. No Out of Home (OOH), a tecnologia permite selecionar telas específicas, em horários estratégicos, sem a necessidade de negociar com múltiplos players. Essa versatilidade torna a mídia programática uma solução 360°, combinando o melhor do online e do offline. 

    Isso é sobre usar o melhor da tecnologia para conectar pessoas, otimizar recursos e garantir eficiência para agências e anunciantes, facilitando toda a gestão de campanha. É sobre entender as necessidades das marcas e entregar soluções que simplifiquem o processo, de maneira confiável e com domínio de toda a operação e diversidade de possibilidades. Isso é Mídia programática e IA.

  • A revolução do Pix: como inovar sem perder a segurança

    A revolução do Pix: como inovar sem perder a segurança

    Desde o seu lançamento em 2020, o Pix revolucionou o mercado financeiro brasileiro, tornando-se o meio de pagamento preferido por milhões de pessoas. Sua principal vantagem está na simplicidade e rapidez: permite transferências em tempo real, 24 horas por dia, sem a necessidade de uma maquininha ou dinheiro em espécie. Basta ter uma conta bancária e uma chave PIX, como CPF ou número de telefone, para começar a usar. Essa praticidade trouxe benefícios, especialmente, para quem recebe pagamentos, como pequenos comerciantes e autônomos, que podem operar sem custos adicionais ou complicações técnicas.

    Porém, apesar de sua popularidade, o Pix ainda enfrenta desafios para ser plenamente acessível. Para quem paga, é necessário um smartphone e acesso à internet, o que pode ser uma barreira para idosos, pessoas com baixa escolaridade ou moradores de áreas rurais. Embora o uso de smartphones e a cobertura de internet tenham crescido significativamente, a inclusão desses grupos ainda exige esforços, como campanhas de educação digital e melhorias na infraestrutura de conectividade. A implementação de soluções que permitam transações offline, utilizando tecnologias de criptografia e tokenização, pode ser um caminho para ampliar o acesso. Sistemas como Google Pay e Apple Pay já fazem isso, permitindo que pagamentos sejam iniciados sem conexão ativa do pagador, utilizando a conexão à internet do recebedor.

    A segurança também é uma preocupação constante. Desde os primeiros casos de sequestros-relâmpago e assaltos envolvendo transferências instantâneas, o Banco Central reagiu rapidamente, impondo limites para transações noturnas e neste mês introduziu um limite de R$ 200 para dispositivos novos ainda não cadastrados como autorizados no aplicativo do banco (isso só vai aplicar para dispositivos que não estavam em uso antes de 01/12/2024). Embora essas medidas tenham reduzido a ocorrência de crimes, elas também impuseram restrições que afetam a experiência dos usuários legítimos. A busca por soluções que mantenham a segurança sem sacrificar a usabilidade continua sendo um desafio.

    Outro ponto crítico são os golpes relacionados ao pré-pagamento, em que fraudadores recebem o valor e desaparecem sem entregar o produto ou serviço prometido. O Mecanismo Especial de Devolução (MED) foi criado para lidar com essas situações, permitindo o estorno em casos comprovados de fraude. Embora ainda pouco utilizado, o MED representa um avanço importante, inspirado no sistema de estorno de cartões de crédito, e precisa ser mais difundido para ganhar a confiança dos usuários.

    Uma solução que poderia transformar ainda mais o cenário é a adoção de pagamentos com intermediação, ou “escrow”. Nesse modelo, o valor só seria liberado ao vendedor após a confirmação da entrega pelo comprador. Isso traria mais segurança para ambas as partes e seria especialmente útil em transações online. Além disso, a expansão do uso de tokenização nas transações garantiria que dados sensíveis fossem protegidos, mesmo em ambientes offline, oferecendo uma camada extra de segurança.

    O equilíbrio entre acessibilidade e segurança é fundamental para o futuro do Pix. Soluções que integrem tecnologias como biometria, tokenização e intermediação podem ampliar o alcance do sistema sem comprometer a proteção dos usuários. A inclusão digital, por sua vez, é essencial para reduzir fraudes, aumentando a conscientização e capacitando mais pessoas a utilizarem o Pix de maneira segura.

    No horizonte, o Pix ainda tem muito a oferecer. Pagamentos por aproximação, parcelamento e débito automático já estão em desenvolvimento no Brasil, e já em operação em sistemas parecidos no exterior, como por sistemas como o UPI da Índia e o PayNow de Singapura. A integração internacional também é uma possibilidade, com o Projeto Nexus, do Bank for International Settlements (BIS) propondo um modelo de interface multinacional para facilitar remessas globais.

    O Pix já é um exemplo de inovação e eficiência, mas para continuar liderando, precisa evoluir constantemente. Investir em novas tecnologias, ampliar o acesso em áreas menos conectadas e fortalecer a segurança são passos essenciais para garantir que todos os brasileiros possam usufruir de seus benefícios com confiança e tranquilidade.

  • Tendências de ERP em 2025: transformando negócios na era digital

    Tendências de ERP em 2025: transformando negócios na era digital

    Os rápidos avanços tecnológicos e as mudanças nas práticas empresariais mudaram significativamente a forma como os sistemas de Planejamento de Recursos Empresariais (ERP), especialmente as soluções baseadas em nuvem, evoluíram. Pesquisas do setor estimam que o mercado global de ERP irá quase dobrar nos próximos cinco anos, de US$ 64,7 bilhões em 2022 para US$ 130 bilhões em 2027, impulsionado pela maior escalabilidade, flexibilidade e custo-benefício oferecidos pela plataforma e para acomodar a escassez de talentos, a Grande Renúncia e forças de trabalho remotas.

    A próxima década promete uma revolução tecnológica em ERP. Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (ML) serão centrais, automatizando tarefas de rotina, otimizando processos e prevendo resultados com precisão inédita. A tecnologia Blockchain, com sua segurança e transparência inerentes, revolucionará o gerenciamento da cadeia de suprimentos, garantindo visibilidade e rastreabilidade de ponta a ponta. Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (RV) transformarão treinamento, manutenção e colaboração remota, aumentando a eficiência operacional.

    O domínio da nuvem é inegável. Os sistemas ERP migrarão cada vez mais para a nuvem, oferecendo escalabilidade, flexibilidade e redução de sobrecarga de TI. Essa mudança acelerará a adoção de modelos de Software-as-a-Service (SaaS), capacitando as empresas a se concentrarem nas principais competências, deixando o gerenciamento da infraestrutura de TI para especialistas.

    Soluções personalizadas

    A abordagem de tamanho único para ERP está diminuindo. Indústrias, da manufatura à saúde, demandam soluções personalizadas que abordem seus desafios únicos. A personalização se tornará primordial, com os sistemas de ERP evoluindo para incorporar funcionalidades específicas da indústria e cumprir com regulamentações rigorosas.

    Por exemplo, na fabricação, os sistemas ERP se integrarão perfeitamente com dispositivos IoT para otimizar processos de produção e manutenção preditiva. No setor de saúde, o ERP desempenhará um papel fundamental no gerenciamento de dados de pacientes, garantindo a conformidade com os regulamentos da Regra de Privacidade e a Regra de Segurança (HIPAA) e simplificando o gerenciamento do ciclo de receita.

    Cenário dinâmico

    O futuro do ERP é estimulante, mas repleto de desafios. As empresas devem abraçar mudanças, investir no desenvolvimento de talentos e promover uma cultura de inovação. A colaboração entre os departamentos de TI e de negócios será crucial para implementações de ERP bem-sucedidas.

    Ao se manterem atualizadas sobre tendências emergentes e aproveitarem o poder da tecnologia, permitirá que as organizações descubram novas oportunidades, aumentem a eficiência operacional e obtenham uma vantagem competitiva.

    Principais oportunidades no setor

    Com base na análise das tendências atuais e projeções futuras, três principais oportunidades se destacam como neste cenário para empresas em ERP:

    – Tomada de decisão baseada em dados: aproveitar o poder da IA e do ML para extrair insights valiosos de dados de ERP permitirá a tomada de decisão baseada em dados, levando à melhoria da eficiência operacional e da vantagem estratégica.

    – Resiliência da cadeia de suprimentos: implementar a tecnologia blockchain e análises avançadas pode melhorar a visibilidade da cadeia de suprimentos, mitigar riscos e criar resiliência contra interrupções.

    – Experiência do cliente: aproveitar os dados do ERP para compreender melhor as preferências e comportamento dos clientes permitirá experiências personalizadas, aumentando a satisfação e a fidelidade do cliente.

    Tendências que impulsionam a inovação

    Olhando para os próximos anos, podemos destacar 10tendências principais que moldarão a adoção global de ERP em nuvem em diversos setores:

    1. ERP Componível

    O conceito de ERP componível vem ganhando destaque, permitindo às empresas selecionar e integrar componentes de diferentes fornecedores para maior flexibilidade.Segundo a Gartner, essa abordagem modular facilita a adaptação às mudanças e oferece personalização conforme as necessidades empresariais.

    2. Soluções em Nuvem

    A adoção de ERPs em nuvem está em ascensão devido às suas vantagens, como escalabilidade, acessibilidade e menor custo operacional. A EY destaca que a migração para a nuvem continuará a crescer à medida que as empresas buscam atualizações automáticas e maior segurança.

    3. Inteligência Artificial Integrada

    A incorporação de IA nos ERPs ajuda na automação de processos e na geração de insights estratégicos. Relatórios da Gartner indicam que a IA desempenhará um papel vital em 2025, melhorando a eficiência operacional e a tomada de decisões.

    4. Experiência Total (TX)

    A experiência total combina a experiência do cliente com a dos funcionários para melhorar a adoção de ERPs. Segundo a Gartner, essa abordagem busca criar interfaces intuitivas e processos mais eficientes, beneficiando toda a cadeia de usuários.

    5. Automação Robótica de Processos (RPA)

    O uso de RPA integrado aos ERPs será essencial para automatizar tarefas repetitivas. A Deloitte aponta que essa tecnologia reduzirá erros e aumentará a produtividade, ajudando as empresas a otimizar suas operações.

    6. Análise Preditiva Avançada

    A análise preditiva, potencializada por IA, permitirá que esses sistemas ofereçam previsões detalhadas sobre o mercado e operações internas. A Gartner prevê que essa capacidade ajudará as empresas a gerenciar melhor estoques e a cadeia de suprimentos.

    7. Integração com IoT

    A Internet das Coisas (IoT) será mais integrada aos ERPs, oferecendo dados em tempo real de dispositivos conectados para uma melhor tomada de decisão. A McKinsey relata que a IoT aplicada aos ERPs beneficiará principalmente os setores de manufatura e logística.

    8. Sustentabilidade e Responsabilidade Social

    Com a pressão crescente por práticas mais sustentáveis, em 2025 a tecnologia deve oferecer funcionalidades que permitam monitorar e reportar impactos ambientais. A EY destaca que isso ajudará as empresas a aderir a regulamentos e adotar práticas responsáveis.

    9. Governança de Dados e Segurança Reforçadas

    Com o aumento do volume de dados processados, a segurança será uma prioridade. A Gartner aponta que os ERPs precisarão de políticas de segurança robustas, garantindo conformidade com regulamentações como a LGPD e GDPR.

    10. Capacidades de Personalização e Low-Code/No-Code

    O uso de plataformas low-code/no-code permitirá que empresas customizem seus ERPs de forma mais ágil, sem a necessidade de programação profunda. A Forrester indica que essa tendência facilitará a inovação interna e a adaptação rápida às mudanças.

    Evolução dos ERPs

    A adoção acelerada de soluções em nuvem, integração de IA e ML, personalização aprimorada, foco na experiência do usuário, maior segurança cibernética, crescimento de soluções específicas do setor e integração perfeita com tecnologias emergentes estão definidas para transformar o cenário de ERP. 

    A evolução dos sistemas ERP reflete as mudanças dinâmicas no cenário global de negócios. À medida que nos aproximamos de uma nova década, é fundamental olhar para o futuro e antecipar as tendências de ERP que moldarão os próximos anos. As empresas que adotarem essas tendências estarão bem-posicionadas para prosperar na economia digital em constante evolução.

  • LinkedIn Ads: potencializando vendas high ticket no mercado B2B

    LinkedIn Ads: potencializando vendas high ticket no mercado B2B

    Cada vez mais, as empresas intensificam as estratégias para atrair leads qualificados com o objetivo de gerar vendas. Esse faro incansável é resultado de um mercado cada vez mais competitivo, especialmente no universo B2B. Quando o ciclo de vendas é mais longo e o ticket médio é alto, a precisão na segmentação e a qualidade dos leads são ainda mais cruciais. Nesse contexto, o LinkedIn Ads desponta como uma ferramenta poderosa, capaz de oferecer a melhor segmentação possível e impulsionar resultados significativos para as empresas.

    Com mais de 950 milhões de usuários em mais de 200 países, o LinkedIn se consolida como a maior rede profissional do mundo. No Brasil, são quase 100 milhões de usuários. Além do alcance global, o LinkedIn se destaca pela qualidade do público, com 180 milhões de influenciadores de nível sênior, 63 milhões de tomadores de decisões e 10 milhões de executivos de alta administração. Segundo dados da HubSpot, a plataforma é 277% mais efetiva que o Facebook em geração de leads B2B – o que representa um vasto campo de oportunidades para as empresas deste nicho.

    A força do LinkedIn Ads reside na capacidade de permitir que as empresas direcionem anúncios para públicos específicos com base em critérios como cargo, setor de atuação, tamanho da organização, nível de senioridade, habilidades, grupos de interesse, localização e até mesmo negócios em que o usuário trabalhou anteriormente. Essa riqueza de opções de “filtros” possibilita que as estratégias de marketing sejam direcionadas para o perfil exato do cliente ideal (ICP), aumentando a probabilidade de atrair leads qualificados e, consequentemente, gerar vendas.

    Além da segmentação precisa, o LinkedIn Ads oferece formatos de anúncio únicos, como o Sponsored Content, Sponsored InMail, Dynamic Ads e Text Ads, que permitem às corporações criar campanhas personalizadas e impactar os usuários de maneira mais relevante e não invasiva. O Sponsored InMail, por exemplo, possibilita o envio de mensagens diretas para a caixa de entrada dos usuários, enquanto o Dynamic Ads disponibiliza a personalização do conteúdo com informações do perfil de cada usuário, criando uma experiência mais específica e aumentando a taxa de conversão.

    Outro ponto relevante é a baixa concorrência no LinkedIn Ads em comparação a outras plataformas de anúncios online, o que pode resultar em custos mais baixos por clique (CPC) e por mil impressões (CPM) para as empresas, proporcionando flexibilidade nos investimentos de acordo com os objetivos da campanha. No cenário de vendas high ticket, em que o valor do produto ou serviço é significativamente alto e o ciclo de vendas é mais complexo, a geração de leads qualificados é fundamental para impulsionar o crescimento das companhias.

    O LinkedIn Ads se destaca como uma ferramenta estratégica para alcançar esse objetivo, oferecendo a combinação única de segmentação precisa, formatos de anúncio personalizados e um público altamente qualificado. Ao aproveitar o potencial dessa estratégia, as corporações podem não apenas gerar os leads ideais, mas também estabelecer conexões, fortalecer a marca e impulsionar vendas de maneira sustentável.

  • Inteligência Artificial é para todos: confira como pequenas empresas podem começar a usar essa ferramenta poderosa

    Inteligência Artificial é para todos: confira como pequenas empresas podem começar a usar essa ferramenta poderosa

    A Inteligência Artificial (IA) não é mais um recurso exclusivo de grandes corporações. Hoje, até as pequenas empresas podem explorar essa poderosa tecnologia para otimizar processos, aumentar a eficiência e melhorar a experiência do cliente. Embora a IA possa parecer intimidadora no início, é possível integrá-la de forma gradual e estratégica. Este artigo aborda como as pequenas empresas podem começar a implementar a ferramenta de maneira acessível e eficiente.  

    A IA é uma tecnologia poderosa que pode transformar diversos aspectos de uma empresa, independentemente do seu porte. Automatização de tarefas rotineiras, análise de dados complexos e melhoria da tomada de decisão são apenas algumas das maneiras como as pequenas empresas podem se beneficiar. Diferentemente do que muitos pensam, não é necessário ter uma equipe de desenvolvedores ou investir grandes somas de dinheiro para começar a usar IA. Ferramentas de fácil implementação estão disponíveis e com pequenas ações as empresas podem colher grandes resultados.  

    Comece pequeno, definindo o primeiro projeto de IA  

    Ao iniciar a implementação da IA, é importante não tentar integrar a tecnologia em toda a empresa de uma só vez. O ideal é começar com um projeto específico, que resolva um problema ou melhore um processo essencial para o negócio. Um exemplo comum e altamente eficaz é a automação do atendimento ao cliente.   

    Ferramentas como chatbots e assistentes virtuais podem ser implementadas para atender às perguntas mais frequentes dos clientes, liberar tempo da equipe humana e melhorar a velocidade de resposta. Isso representa um ganho de eficiência significativo, e sem exigir grandes investimentos.  

    Outras áreas que podem ser alvo de um primeiro projeto de IA envolvem a personalização de ofertas para clientes e a análise preditiva de vendas. Esses projetos específicos podem ser facilmente mensuráveis, permitindo que o gestor identifique rapidamente os benefícios da IA e, se necessário, faça ajustes antes de expandir para outras demandas.  

    Ferramentas de IA prontas para uso  

    O mito de que a IA é acessível apenas para aqueles com profundo conhecimento técnico não é mais válido. Hoje, há diversas ferramentas de IA disponíveis no mercado que podem ser integradas aos negócios com pouca ou nenhuma customização. Alguns exemplos são:  

    • Chatbots e assistentes virtuais: Soluções como o ManyChat e o Tidio permitem automatizar o atendimento ao cliente com chatbots prontos para uso. Eles podem ser integrados a plataformas de e-commerce, redes sociais e sites, oferecendo suporte em tempo real aos clientes. 
    • Sistemas de recomendação: Ferramentas como a Recombee possibilitam personalizar a experiência do cliente, oferecendo recomendações de produtos ou serviços com base em comportamentos anteriores. Tais plataformas utilizam IA para analisar dados e sugerir produtos relevantes, o que pode aumentar a taxa de conversão de vendas. 
    • Automação de marketing: Ferramentas como o HubSpot e o Mailchimp usam IA para segmentar listas de e-mails e recomendar o conteúdo certo para os clientes certos e no momento certo. Isso ajuda a otimizar campanhas e melhorar o engajamento.  

    Capacite sua equipe: treinamento básico e incentivo ao uso de IA  

    A adoção de qualquer nova tecnologia exige a capacitação da equipe, e com a IA não é diferente. Não é necessário que todos os colaboradores se tornem especialistas em IA, mas é importante que entendam como as ferramentas funcionam e como podem ser usadas no dia a dia. Ofereça treinamentos básicos, que introduzam os conceitos fundamentais da IA e mostrem, na prática, como ela pode facilitar o trabalho de cada setor.  

    Além disso, incentive sua equipe a se familiarizar com as novas tecnologias. A integração da IA é mais fácil e eficaz quando os funcionários estão engajados no processo de adoção, entendendo como ela pode melhorar seus próprios fluxos de trabalho. A familiarização permitirá que a empresa tire o máximo proveito das ferramentas, além de criar uma cultura de inovação dentro do ambiente de trabalho.  

    Monitore  resultados e ajuste conforme necessário  

    A implementação de IA é um processo dinâmico. Embora a tecnologia seja poderosa, ela requer ajustes para se alinhar às necessidades específicas de cada negócio. Por isso, é fundamental monitorar os resultados obtidos a partir do uso da IA. Analise métricas-chave, como a satisfação do cliente, o tempo de resposta e os custos operacionais, para entender onde a IA está funcionando bem e onde há espaço para melhorias.  

    Com base nesses dados, ajustes podem ser feitos nas ferramentas ou processos para garantir que a IA esteja realmente contribuindo para o crescimento da empresa. A flexibilidade é uma das principais vantagens da IA, pois suas soluções podem ser personalizadas e adaptadas de acordo com os objetivos da empresa e as mudanças de mercado.  

    Assim, embora a implementação da IA possa parecer complexa, pequenas empresas podem usá-la em projetos simples e ferramentas acessíveis. O segredo está em adotar uma abordagem gradual, focada em áreas específicas do negócio, e garantir que a equipe esteja preparada para utilizar a tecnologia.   

    Com a escolha certa de ferramentas, o monitoramento constante dos resultados e ajustes adequados, a IA pode se tornar um grande diferencial competitivo, permitindo que as pequenas empresas se destaquem em um mercado cada vez mais dinâmico e tecnológico.

  • Machine Learning será cada vez mais decisivo para a competitividade e a sustentabilidade dos negócios

    Machine Learning será cada vez mais decisivo para a competitividade e a sustentabilidade dos negócios

    Não é de hoje que Machine Learning (ML) tem tido destaque como uma das tecnologias mais transformadoras do ambiente corporativo. A capacidade de aprendizado e de adaptação das máquinas, com base em novos dados, vem revolucionando a previsibilidade dos negócios. Com isso, empresas conseguem ajustar suas operações e estratégias em tempo real, reduzindo riscos. O impacto desse avanço vai além da simples automação; ele está redefinindo como as organizações interagem com consumidores, otimizam processos e identificam novas oportunidades de crescimento.

    Uma das principais vantagens do aprendizado de máquina é a capacidade de analisar grandes volumes de dados e identificar padrões com precisão. No cenário atual, no qual a alta competitividade e as tendências de mercado mudam rapidamente, manter insights atualizados sobre o comportamento do consumidor, a dinâmica competitiva e as tendências globais é fator essencial. Empresas que dominam o uso desses dados saem na frente da concorrência, pois conseguem prever demandas, identificar gargalos operacionais e responder de forma ágil às oscilações do mercado. Isso já era assim antes. Daqui para frente, será ainda mais.

    A integração do Machine Learning com a Inteligência Artificial (IA) proporciona diversas oportunidades para personalização e inovação contínua. Isso é particularmente importante em áreas críticas, como previsão de demanda e gestão da cadeia de suprimentos, nas quais pequenos erros podem resultar em grandes prejuízos financeiros. Os algoritmos estão mais sofisticados, tornando as máquinas mais autônomas, eficientes e capazes de tomar decisões complexas com mínima intervenção humana.

    A mudança significativa que o Machine Learning fomenta em diferentes setores da economia também impacta diretamente o desempenho financeiro das empresas, que observam uma diminuição dos riscos de fraudes e um aumento na capacidade de operar em alta escala. Engana-se quem pensa que essa vantagem é exclusiva para instituições financeiras. Com o apoio tecnológico, varejistas, indústrias e serviços estão criando cada vez mais ativos de segurança e eficiência, deixando concorrentes despreparados a muitos quilômetros de distância.

    Um dos desafios para a adoção massiva do aprendizado de máquina, no entanto, é a necessidade de investimentos em infraestrutura e capacitação. Como já era de se imaginar, as empresas precisam de pipelines de dados bem estruturados e de equipes qualificadas para programar algoritmos e interpretar os resultados. Além disso, é crucial garantir a qualidade dos dados e evitar vieses que possam comprometer a precisão dos modelos.

    Apesar da barreira financeira, um relatório da Fortune Business Insights demonstra que o mercado já vem se organizando para essa atualização tecnológica. Segundo o estudo, globalmente, as receitas relativas a Machine Learning, que em 2022 giravam em torno de US$ 19,20 bilhões, devem atingir US$ 225,91 bilhões até 2030, com taxa anual de crescimento próxima a 36,2%. Ou seja, as empresas que não se atualizarem terão muitas dificuldades em se manter competitivas. 

    O Machine Learning é um fator decisivo para a sobrevivência de muitos negócios. Para estar na vanguarda dessa transformação, as organizações precisam adotar uma abordagem estratégica, focada na coleta e no tratamento de dados em tempo real e na qualificação de talentos especializados. Aquelas que superarem esses desafios estarão mais bem qualificadas para se manter à frente do mercado, automatizando decisões complexas e impulsionando a inovação.

  • O fascínio pela novidade: uma reflexão sobre o que realmente é inovador no marketing B2B

    O fascínio pela novidade: uma reflexão sobre o que realmente é inovador no marketing B2B

    O fascínio pelo novo ou a segurança do conhecido? A gente tem essa dúvida o tempo todo. No marketing B2B, muitas vezes rotulamos o “novo” como a próxima grande verdade. Mas será que ele realmente é tão inovador quanto parece?  Você já parou para pensar se está buscando algo realmente novo ou apenas uma releitura bem embalada do que já conhece?

    A verdade é que nosso cérebro adora estabilidade e previsibilidade. Estudos mostram que ambientes previsíveis reduzem os níveis de cortisol (hormônio do estresse) e aumentam a sensação de bem-estar. Segundo uma pesquisa da Universidade de Cambridge (Reino Unido), a familiaridade de padrões previsíveis no ambiente de trabalho pode melhorar em até 27% a produtividade.

    No entanto, vivemos tempos em que a busca pelo “diferente” frequentemente suplanta o discernimento. E, como resultado, tendências já estabelecidas há anos ressurgem sob novos nomes, cativando o mercado como se fossem revoluções inéditas.

    Cito alguns exemplos práticos no marketing digital B2B:

    • Marketing de Influência – Ele é tratado como uma inovação digital de última geração. Mas, nos anos 40, Edward Bernays (o pai das Relações Públicas) já demonstrava o poder de influenciadores ao conectar marcas com celebridades para gerar impacto.
    • Experiência do Cliente (CX) – Apesar de ser um termo “quente”, o conceito de “colocar o cliente no centro” está nos manuais de marketing desde Philip Kotler, na década de 1960.
    • Comunidades Online – Tratadas como o futuro das interações B2B e B2C, as comunidades online não passam de uma evolução dos fóruns e dos primeiros grupos da internet nos anos 1990.

    Então, por que caímos nesse ciclo? Porque o novo, ou a ideia de novidade, ativa no cérebro o sistema de recompensa, liberando dopamina. Por isso, somos atraídos a levantar essas bandeiras de “verdade absoluta”. Como bem disse o futurista Seth Godin: “As ideias antigas podem ter valor novo quando aplicadas a um contexto novo.”

    Outro insight vem de Simon Sinek, que afirma: “As pessoas não compram o que você faz, elas compram o porquê você faz.” Isso nos leva de volta ao que realmente importa: propósito e impacto, ao invés de  rótulos.

    Em meio a tanta “novidade”, o que nos diferencia é o discernimento. Devemos parar, refletir e perguntar: isso realmente funciona ou apenas fascina porque parece diferente?

    Se você está no marketing digital B2B ou em qualquer outro setor, invista em observar tendências com um olhar crítico e pergunte-se: “O que é de fato novo aqui?” Pode ser que você descubra que não precisa de mais novidades, mas sim de mais clareza e intenção no que já funciona.

    E você? Busca algo novo ou algo que funciona? 

  • O impacto da automação na eficiência e competitividade empresarial

    O impacto da automação na eficiência e competitividade empresarial

    A automação empresarial não é mais uma opção, é uma necessidade. No mundo corporativo atual, onde a competitividade cresce exponencialmente, insistir em processos manuais é, na minha opinião, condenar-se à estagnação. Para sobreviver, as empresas precisam de agilidade, precisão e eficiência, características que a automação oferece ao otimizar processos e reduzir custos. Mais do que substituir tarefas manuais, trata-se de transformar operações, eliminando gargalos, aumentando a produtividade e preparando os negócios para competir em um mercado cada vez mais exigente. Ignorar essa mudança é abrir mão de oportunidades de crescimento e inovação.

    Os números não deixam dúvidas sobre essa transformação. Segundo um estudo da Microsoft, 74% das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) já utilizam inteligência artificial (IA) em seus negócios. Dessas, 46% aplicam a tecnologia especificamente para otimizar custos operacionais, um dado que, na minha visão, demonstra como a automação está ao alcance de empresas de menor porte, desmistificando a ideia de que ela é privilégio de grandes corporações.

    E no caso dessas empresas maiores, a automação também tem papel central. Uma pesquisa da Deloitte revelou que 58% delas utilizam IA em suas operações diárias. As aplicações vão desde a rotina administrativa (44%) e apoio à tomada de decisão (43%), até o atendimento ao cliente (39%) e análise de big data para desenvolvimento de softwares (32%). Esses dados reforçam como a automação é versátil, beneficiando áreas estratégicas e operacionais de maneira integrada.

    Ainda assim, muitas companhias hesitam em adotar a automação. No meu ponto de vista, isso se deve a uma combinação de desconhecimento, receio de custos iniciais e a falsa percepção de que essa transformação é complexa demais. O maior erro, porém, é ignorar o retorno desse investimento. Automatizar é investir na eficiência a longo prazo, eliminando retrabalhos, otimizando recursos e liberando equipes para atividades mais estratégicas.

    Outro ponto que, frequentemente, surge é o medo de que a automação substitua as pessoas. No entanto, o objetivo não é substituir, mas sim liberar os colaboradores de tarefas repetitivas, permitindo que se concentrem em atividades mais criativas e de maior valor agregado. A automação, ao tornar as operações mais eficientes, cria espaço para que os profissionais assumam papeis mais estratégicos e inovadores, enriquecendo suas funções e contribuindo para o crescimento das empresas.

    Apesar de tudo isso, o Brasil ainda enfrenta barreiras importantes. Não há como negar que as empresas, especialmente as de pequeno porte, lidam com obstáculos estruturais, como falta de acesso a tecnologias e regulamentações pouco eficazes. Na minha opinião, incentivos governamentais voltados à transformação digital seriam cruciais para democratizar essas ferramentas e acelerar a modernização do mercado brasileiro.

    Os dados mostram que quem investe em automação colhe os frutos. Empresas que integram IA e outras tecnologias aos seus processos conseguem não só reduzir custos, mas também se posicionar de maneira mais ágil e estratégica. Por outro lado, aquelas que resistem às mudanças correm o risco de se tornarem irrelevantes em um mercado que valoriza a inovação e a eficiência.

    Automatizar não é mais um diferencial; é uma condição para prosperar. O futuro dos negócios pertence às companhias que escolhem a automação agora, com coragem e estratégia. Afinal, eficiência e inovação não são mais opcionais, mas pilares essenciais para sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo.

  • Conheça o Efeito CO, tendência que está redefinindo o mundo do trabalho

    Conheça o Efeito CO, tendência que está redefinindo o mundo do trabalho

    Depois da pandemia, podemos dizer que é praticamente unânime a opinião de que a vida em sociedade mudou. Isso inclui principalmente o mundo do trabalho, que passou a ter uma avalanche de formatos e modalidades novas para as rotinas dos profissionais e empresas.

    Horários rígidos, escritórios engessados e hierarquias imutáveis viraram coisas do passado. Esses aspectos deram espaço para uma nova realidade, com muito mais flexibilidade e conexões reais. 

    É neste cenário de transformação que surgiu o que eu chamo de Efeito CO. E não, não estou falando apenas de dividir uma mesa no coworking – apesar desse mercado ser um dos maiores exemplos desse fenômeno, como veremos mais à frente -, mas de algo muito maior.

    Esse conceito é a força da COlaboração, COnexão, COmpartilhamento e do trabalho COm propósito. Ou seja, estamos falando de uma mudança de mentalidade, que reflete a valorização de experiências e do compartilhamento ao invés da posse de bens materiais.

    Impacto no mercado

    Para entender como o Efeito CO funciona na prática, vamos pensar em alguns “rituais” comuns nos dias de hoje. Nós pedimos carros por aplicativo, nos hospedamos em um quarto alugado por temporada, assistimos nossas séries favoritas em uma plataforma de streaming, aprendemos um novo idioma online, pedimos comida por delivery e até mesmo compramos ou vendemos roupas em um brechó online. Do Airbnb ao Uber, da Netflix ao Duolingo, do iFood a Enjoei, claramente o compartilhamento já permeia diversos aspectos das nossas vidas e, consequentemente, do mercado. 

    O coworking não foge disso. Muito mais do que trabalhar lado a lado, esses ambientes flexíveis e colaborativos são a essência do negócio. O foco está em oferecer oportunidades para clientes e parceiros interagirem e colaborarem, garantindo que façam parte de uma comunidade onde o networking é orgânico.

    Lá, um profissional de marketing, por exemplo, pode receber um insight valioso ou uma proposta de parceria de outro coworker da área em um simples café. Esse compartilhamento de áreas comuns, os eventos e até mentorias informais estimulam trocas únicas, que podem dar lugar a oportunidades promissoras. 

    Ou seja, a interação é o que pauta o ambiente, não a burocracia dos processos corporativos do dia a dia. As pessoas que se encontram ali, por possuírem múltiplas perspectivas, habilidades e objetivos, criam um verdadeiro polo de diversidade, característica que é indispensável para uma realidade dinâmica como a atual.

    Por isso, não é de se surpreender que o Efeito CO esteja crescendo junto desse negócio. Apenas para dar uma pequena prova desse movimento, a Fortune Business Insights revela que o mercado global de escritórios flexíveis atingiu US$ 35 bilhões em 2023 e deve ultrapassar a marca de US$ 96 bilhões até 2030.

    Responsabilidade de todos

    Deu para perceber que o Efeito CO não é uma tendência qualquer, não é mesmo? É algo que, literalmente, está alavancando carreiras, negócios e vidas a partir de uma visão colaborativa.

    É justamente por essa razão que todos nós, indivíduos e empresas, precisamos agir em prol dessa ideia. A responsabilidade social se integra organicamente à visão do compartilhamento, motivando uma cultura consciente em vários sentidos.

    A própria redução de investimentos individuais e o uso eficiente de recursos nos coworkings demonstra isso. Por estimular modelos como o trabalho híbrido, esses espaços não apenas ajudam as companhias a poupar gastos com infraestruturas próprias, mas também a impulsionar a produtividade por meio de estratégias de otimização e sustentabilidade.

    É comum, por exemplo, vermos iniciativas para reduzir o consumo de energia e água nesses ambientes. Ou ainda palestras e eventos para promover uma cultura ESG (Ambiental, Social e Governança), ressaltando valores que engajem o empreendedorismo responsável e o cuidado com o meio ambiente.

    Esse senso de coletividade é o que faz a magia acontecer. Que ele seja um convite para abraçarmos a nova forma de trabalharmos, nos conectarmos e construirmos o futuro, buscando soluções que realmente sejam capazes de lidar com os desafios do nosso tempo.