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  • Jornada do cliente, um conceito que não é só teórico: precisa ser aplicado na prática

    Jornada do cliente, um conceito que não é só teórico: precisa ser aplicado na prática

    A jornada do cliente é um conceito sobre o qual as organizações buscam cada vez mais conhecer e se aprofundar. Isso é salutar para a empresa, que, com essa preocupação, tende a se destacar no mercado; para os consumidores, que veem suas expectativas atendidas e se sentem valorizados; e, portanto, para o mercado de um modo geral.

    Mas gostaria de refletir com vocês sobre o seguinte: em que medida a preocupação com a jornada do cliente já transpôs a teoria para a prática? Estou propondo que cheguemos a esta indagação: onde estão os gargalos para que proporcionamos aos clientes uma experiência única, de fato, em todas as fases desse relacionamento?

    Entendo que nos sistemas está um dos gargalos cruciais. A transformação digital já é compreendida como indispensável, e não como luxo ou diferencial, contudo, é possível avançar ainda mais nessa transformação quando falamos da relação entre a empresa e seu público.

    Ainda é recorrente vermos situações desse tipo: uma empresa investe de maneira considerável para apresentar ao mercado um produto ou serviço atraente e inovador; aposta em campanhas promocionais extremamente bem-sucedidas, recorrendo, inclusive, a influencers que trazem atenção para a marca, mas… na hora em que o consumidor parte para fazer a compra ou entrar em contato para tirar alguma dúvida, a infraestrutura tecnológica não dá conta daquela demanda.

    Os canais de contato não estão devidamente integrados, a automação é falha (isso quando sequer existe), o site não suporta o aumento no tráfego, o controle de estoque é ineficiente, e então o cliente não consegue satisfazer aquela necessidade, aquele desejo para o qual foi motivado pela bela, envolvente, competente (e cara) campanha. Da expectativa de satisfação plena à realidade da frustração absoluta.

    A jornada do cliente se torna, então, a pior possível. Não por desconhecimento dessa importância por parte da empresa, nem pela falta de preocupação, criatividade ou habilidades para promover uma jornada cativante, mas por insuficiência técnica e tecnológica, que põe tudo a perder.

    Com esse exemplo, que infelizmente não é exceção quando analisamos a realidade do mercado, ilustro como as organizações devem se atentar para a incorporação da tecnologia em seus processos e fluxos. Ferramentas e funcionalidades tecnológicas devem servir tanto internamente quanto às relações externas de uma empresa – entre elas, a promoção da jornada do cliente.

    As soluções tecnológicas devem estar integradas e compor um ecossistema de inovação a serviço do bom funcionamento da organização, da sua viabilidade e sustentabilidade no mercado, e da satisfação completa do consumidor. Essa é a verdadeira transformação digital.

    Por Miriã Plens, sócia do Grupo Irrah, que desenvolve soluções tecnológicas de centralização e automação de contatos

  • Corrida pela IA: 80% das grandes empresas planejam implementar até 2025, mas estão preparadas?

    Corrida pela IA: 80% das grandes empresas planejam implementar até 2025, mas estão preparadas?

    A inteligência artificial (IA) se tornou uma prioridade estratégica para grandes corporações, com 80% delas planejando adotar a tecnologia até 2025, segundo dados da Gartner. Contudo, será que estão verdadeiramente preparadas? Com 85% dos projetos de IA falhando, a questão que se coloca é: o quanto as empresas entendem sobre os desafios dessa transformação?

    Embora a IA ofereça benefícios, como automação de processos e análise preditiva, especialistas alertam que muitos desses projetos não alcançam os resultados esperados devido à complexidade de sua integração. Superar essa barreira requer mais que tecnologia de ponta; exige uma abordagem estratégica, com planejamento robusto, desenvolvimento de habilidades e uma cultura organizacional adaptada à inovação contínua.

    Os desafios da implementação

    Os principais obstáculos incluem a estrutura limitada de dados e a escassez de talentos qualificados. Muitas empresas ainda enfrentam dificuldades para escalar soluções de IA devido à baixa maturidade de governança de dados, levando a implementações inconsistentes e resultados imprecisos. 

    Além disso, a falta de clareza sobre o uso estratégico dos dados dificulta a tomada de decisões informadas. A tecnologia deve ser vista como uma ferramenta complementar à gestão tradicional, focando não apenas na automação, mas em como melhorar processos de forma eficaz e humanizada.

    Cultura organizacional e governança

    O desalinhamento entre entusiasmo tecnológico e preparação organizacional é evidente. Muitas corporações estão acelerando seus investimentos em IA, mas sem o suporte adequado em termos de governança e treinamento. Isso cria um ambiente onde a tecnologia é implantada de forma fragmentada, sem se integrar de maneira profunda às operações diárias.

    De acordo com uma pesquisa recente da Accenture, 64% das empresas enfrentam dificuldades em adotar inovações, e 78% dos executivos afirmam que as ferramentas evoluem mais rápido que as áreas de capacitação.

    A governança ética e responsável também é um tema crítico, principalmente no que diz respeito à privacidade e à transparência. Segundo a Gartner, até 2028, empresas com plataformas de governança de IA reduzirão 40% o número de incidentes éticos.

    Transparência, privacidade e alinhamento entre tecnologia e cultura organizacional serão diferenciais essenciais.

    O futuro da IA nas empresas

    Apesar dos desafios, o mercado global de IA deve chegar a quase US$ 1 trilhão até 2027, segundo a Bain & Co. No Brasil, a corrida pela IA ganha força, impulsionada pela globalização e pela pressão competitiva.

    Empresas que já modernizaram seus processos com IA registraram 2,4 vezes mais produtividade e crescimento de receita 2,5 vezes maior, aponta a Accenture, com IA aplicada em áreas como TI (75%), marketing (64%), atendimento ao cliente (59%) e finanças (58%).

    A adoção bem-sucedida da IA depende de uma visão equilibrada entre inovação e desenvolvimento organizacional, onde o aprendizado contínuo e a adaptabilidade sejam parte da cultura. Empresas que investem não apenas em tecnologia, mas também na qualificação de suas equipes e na criação de uma governança sólida, estarão mais preparadas para colher os benefícios da IA a longo prazo. À medida que a corrida pela IA avança, as organizações que souberem equilibrar esses fatores terão mais chances de liderar no mercado do futuro, evitando os erros que levam muitos projetos ao fracasso.

  • O impacto econômico da Black Friday no Brasil

    O impacto econômico da Black Friday no Brasil

    Realizada tradicionalmente na última sexta-feira de novembro, a Black Friday já faz parte do calendário dos brasileiros e vai muito além de uma simples data promocional. Originada nos Estados Unidos, o dia começou a ser celebrado no Brasil em 2010 e rapidamente se transformou em um dos momentos mais importantes para o comércio, movimentando bilhões de reais e trazendo impactos significativos para a economia do país.

    Só em 2023, o comércio eletrônico gerou mais de R$ 7 bilhões em vendas durante a Black Friday. Quando somamos as compras feitas em lojas físicas, esse número é ainda maior, beneficiando desde pequenos negócios até grandes redes varejistas. Essa movimentação impulsiona o consumo e ajuda a aquecer o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, funcionando como um termômetro para a economia.

    Outro reflexo positivo está na geração de empregos. Com o aumento da demanda, empresas contratam trabalhadores temporários para atuar como vendedores, estoquistas, operadores logísticos, entre outras funções. Para muitos, esses empregos representam uma oportunidade de reforçar a renda no final do ano, especialmente em um país onde a taxa de desemprego ainda é alta.

    Além disso, a data promocional teve um papel fundamental na expansão do comércio on-line no Brasil. Em um cenário em que mais de 70% da população está conectada à internet, as compras digitais explodiram. Empresas investem pesado em campanhas de marketing digital, enquanto consumidores aguardam ansiosos por descontos em produtos como celulares, eletrodomésticos e roupas.

    No entanto, nem tudo são flores. Há também desafios, como o aumento de fraudes e práticas enganosas. Problemas como a maquiagem de preços, nos quais os valores são inflados antes de serem “descontados”, ainda geram desconfiança. Além disso, a pressão por descontos excessivos pode comprometer as margens de lucro, especialmente para pequenos comerciantes.

    Ainda assim, a Black Friday é uma oportunidade única para movimentar o mercado e estimular a economia. Para que seu impacto seja cada vez mais positivo, é importante que consumidores e empresas ajam de forma consciente, garantindo que a data continue sendo um motor de crescimento econômico para o Brasil.

  • Cyber Monday: diferenças da Black Friday e reflexos jurídicos para os fornecedores

    Cyber Monday: diferenças da Black Friday e reflexos jurídicos para os fornecedores

    Após a Black Friday, a Cyber Monday é uma das datas mais aguardadas pelos consumidores para realizar a compra de produtos com descontos atrativos. Ocorrendo sempre na primeira segunda-feira após o feriado estadunidense de Ação de Graças, o evento é uma boa oportunidade para economizar com as compras de final de ano.

    Porém, diferente da Black Friday, a Cyber Monday é focada principalmente em descontos e ofertas para o comércio digital.

    Criada em 2005 pela Federação Nacional do Varejo dos Estados Unidos (National Retail Federation), a data surgiu para contemplar o avanço do comércio eletrônico, permitindo que os consumidores também pudessem comprar produtos por um preço menor sem saírem de suas casas, já que, na época, os descontos da Black Friday se limitavam apenas às lojas físicas.

    A principal distinção entre essas duas datas está, portanto, no canal de vendas: enquanto a Black Friday engloba tanto o varejo físico quanto o digital, a Cyber Monday se concentra no e-commerce.

    Desde o seu início,a Cyber Monday se mostrou um grande sucesso entre os estadunidenses, arrecadando quase 500 (quinhentos) milhões de dólares em sua primeira edição. Em 2010, a data foi considerada o maior dia de compras online nos Estados Unidos, atingindo a marca de 1 (um) bilhão de dólares vendidos e, desde então, anualmente os recordes são quebrados, ultrapassando atualmente a casa dos 12 (doze) bilhões de dólares[1].

    Em que pese tenha sido criado nos Estados Unidos, o evento se tornou global e, atualmente, é adotado em mais de 28 (vinte e oito) nações, inclusive no Brasil, tendo se tornado um verdadeiro marco para o comércio do país.

    Porém, a data, apesar de representar uma ótima oportunidade para os fornecedores de produtos e serviços, também pode trazer desafios perante os consumidores.

    Para os fornecedores, a diferença entre os eventos de Black Friday e Cyber Monday implica a necessidade de criar estratégias de marketing e vendas distintas para cada evento, atendendo ao comportamento de compra dos clientes, o que pode ser ainda mais desafiador na plataforma digital.

    É preciso, assim, evitar a tentação de repetir as mesmas ofertas em ambas as datas, até porque o consumidor atual está cada vez mais atento e exigente, buscando descontos reais e diferenciados em cada evento.

    Portanto, estratégias que se baseiem em meras repetições de ofertas podem ser prejudiciais à reputação da empresa. Da mesma forma, o marketing enganoso, como a prática de aumentar os preços antes da data comemorativa e oferecer descontos fictícios, é uma das principais causas de insatisfação dos consumidores.

    Desta forma, ao misturar as ofertas entre Black Friday e Cyber Monday, expondo que a promoção seria inédita, ou ao praticar publicidade enganosa, os fornecedores expõem-se a um risco jurídico significativo.

    Como se sabe, a legislação brasileira, especialmente o Código de Defesa do Consumidor (CDC), é clara quanto à previsão de deveres para os fornecedores e à proteção dos consumidores contra práticas abusivas.

    Aliás, o dever de informação e transparência é um dos pilares da norma. De acordo com o CDC, é responsabilidade do fornecedor assegurar que todas as informações prestadas ao consumidor sejam claras, precisas e adequadas sobre os produtos ou serviços oferecidos. Esse dever abrange aspectos essenciais do produto ou do serviço, como a descrição correta do que se oferece, a indicação dos preços e condições de pagamento, além de informações sobre eventuais restrições ou limitações das ofertas.

    Em promoções como as da Black Friday e da Cyber Monday, o dever de transparência torna-se ainda mais relevante, pois, em meio a tantas promoções, é comum que os consumidores enfrentem dúvidas sobre a veracidade dos descontos e a autenticidade das ofertas divulgadas.

    E práticas indevidas nesse sentido, por parte dos fornecedores, podem gerar sanções administrativas por órgãos como o PROCON, além de ações judiciais movidas pelos próprios consumidores, visando indenizações por dano material e até mesmo moral.

    Para minimizar esses riscos, é fundamental que os fornecedores revisem detalhadamente suas campanhas promocionais, garantindo que os preços ofertados correspondam a descontos reais e que as ofertas entre Black Friday e Cyber Monday sejam claramente diferenciadas.

    Com isso, adota-se uma postura de transparência e de conformidade com as normas de proteção ao consumidor, importante não só manter a confiança do mercado, mas também para reduzir riscos de discussões na esfera judicial.

    Portanto, tem-se que a Cyber Monday é um momento valioso para os fornecedores do mercado, em especial no âmbito do e-commerce, mas também exige um planejamento estratégico cuidadoso. Nesse aspecto, diferenciar as ofertas do evento e garantir que os descontos sejam efetivos são práticas essenciais para manter a confiança do consumidor, evitando, ainda, possíveis litígios e sanções.

    *Luíza Pattero Foffano  é especialista em Processo Civil com experiência na atuação contenciosa e consultiva no âmbito do direito empresarial. Advogada  do escritório Finocchio & Ustra Sociedade de Advogados.

    Carolina Laubi Debes é advogada especialista da área cível do escritório  Finocchio & Ustra Sociedade de Advogados.

    *Mariana Gabrielloni Pó é advogada especialista da área cível do escritório  Finocchio & Ustra Sociedade de Advogados.

  • Empatia e automação: colocando pessoas no centro das inovações tecnológicas

    Empatia e automação: colocando pessoas no centro das inovações tecnológicas

    Quando lidamos com um projeto de tecnologia, o desafio não é apenas digitalizar/automatização de serviços, devemos sempre priorizar a necessidade de empatia com os stakeholders. Nem sempre o que consideramos óbvio é óbvio para as outras pessoas, e compreender essa barreira é crucial para que possamos alcançar o resultado que desejamos.

    Em 2023, uma pesquisa Life Trends 2024, da Accenture, apontou que uma das tendências empresariais é a relação das pessoas com a inteligência artificial (IA) – 77% das pessoas ouvidas pela empresa disseram compreender a tecnologia. Ainda em 2023, a Euromonitor, com seu estudo Top Global Consumer Trends 2024, percebeu que mais de 60% dos consumidores têm optado por serviços e produtos que trazem impacto positivo no meio ambiente (a chamada prática ESG).

    Ao considerar automatizar processos, é de suma importância garantir que eles sejam compreensíveis e utilizáveis por pessoas reais, isto é, fazer sentido para quem irá interagir com a tecnologia ou serviço. Neste contexto, a empatia vai além de simplesmente julgar se alguém está bem ou mal; envolve reconhecer as nuances das experiências individuais.

    Faço-lhe o convite à reflexão: você já percebeu que os conflitos organizacionais sempre acontecem quando nos esquecemos dos princípios básicos da empatia? Por outro lado, as coisas parecem extremamente simples quando somos empáticos e propomos alternativas e resolução de problemas de forma colaborativa, certo?

    A magia da colaboração multidisciplinar no ambiente corporativo reside na união de esforços, mesmo diante dos desafios inevitáveis. Durante minha experiência, percebi que a responsabilidade não é apenas individual; é coletiva. Todos devemos contribuir além das fronteiras de nossas funções para alcançar soluções significativas.

    De pessoas para pessoas: por que a mentalidade empresarial precisa estar focada nos stakeholders

    Em um cenário no qual a empatia e a automação são fundamentais, adiciona-se ainda a importância de outras práticas essenciais, em especial a idealização de projetos com foco na inclusão de pessoas desde o princípio. E não digo apenas no sentido de promover a diversidade, mas também de potencializar a inovação ao integrar diferentes perspectivas.

    Do outro lado da moeda, contudo, é preciso evitar alguns erros comuns quando pensamos em ideias para impulsionar nossa empresa ou negócio. Explico-os a seguir:

    1. Ignorar as necessidades dos usuários resulta em soluções que não atendem às expectativas ou necessidades reais do consumidor final;

    2. Focar apenas na tecnologia, ignorando aspectos humanos, limita o impacto e a adoção da solução;

    3. Apenas validar a ideia com stakeholders ao invés de compreender leva a soluções que não são aceitas ou adotadas pelo mercado ou pela equipe interna;

    4. Não aprender com erros passados leva a falhas recorrentes em novos projetos; e

    5. Não se adaptar às mudanças faz com que os projetos se tornem obsoletos rapidamente.

    Isso vai funcionar para o usuário final?

    Ser empático como empresa significa entender e atender às necessidades dos clientes, garantindo resultados positivos. Basicamente, o que quero dizer é: ser empático significa reconhecer nossa humanidade compartilhada.

    Porém, para que possamos praticar a empatia, umas das possibilidades, segundo o professor do MIT, Otto Scharmer, é preciso silenciar três vozes prejudiciais para nós e para os outros: julgamento, cinismo e medo. Se formos capazes de fazer isso, conseguiremos cultivar uma mente aberta para compreender melhor os outros, evitar a arrogância e agir com coragem e sinceridade – todos esses três valores são essenciais para manter conexões genuínas com as pessoas ao redor e praticar, além da empatia, respeito no nosso dia a dia.

    E se você se pergunta como fazer isso? Não tem fórmula mágica, mas uma possibilidade seria: por meio da evolução, simplicidade e adaptação às diferenças. Essas três atitudes essenciais, trazem segurança psicológica e solidificam o respeito mútuo na equipe, fundamentais para o sucesso de projetos.

    Evoluir constantemente colabora para alcançar resultados superiores e ultrapassar expectativas; adotar simplicidade é uma forma de inovação eficaz; e adaptar-se às diferenças individuais dentro da equipe valoriza as particularidades de cada membro e criando um ambiente onde todos se sintam seguros para contribuir. Afinal, a liberdade criativa e a confiança são essenciais para um ambiente de trabalho harmonioso e produtivo.

    Para fechar minha reflexão, concluo com uma citação de Mark Twain, escritor norte-americano: “Os dois dias mais importantes da sua vida são: o dia em que você nasceu e o dia em que você descobre o porquê”.

    Eduardo Freire é CEO e estrategista de inovação corporativa da FWK Innovation Design

  • Apps para e-commerce: saiba como desenvolver, lançar e manter

    Apps para e-commerce: saiba como desenvolver, lançar e manter

    O mercado de e-commerce no Brasil está em franca expansão, impulsionada por consumidores cada vez mais conectados e adeptos às compras pelo celular. Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o faturamento do segmento alcançou R$ 185,7 bilhões em 2023; a expectativa para 2025 é de R$ 224,7 bilhões. Em um cenário tão competitivo, investir em aplicativo mobile é a estratégia que pode diferenciar empresas, oferecendo conveniência e experiências personalizadas aos clientes. No entanto, criar, lançar e gerenciar um app eficaz exige planejamento e decisões importantes.

    Desenvolvimento: opções disponíveis

    • In-house (equipe interna): Trata-se do modelo que exige a contratação ou manutenção de um time dedicado dentro da empresa, com desenvolvedores experientes e liderança técnica qualificada, como um CTO. A vantagem é o controle total sobre o projeto, além da integração com a cultura da empresa. Por outro lado, os custos são elevados e a complexidade do gerenciamento de pessoas e tecnologia é alta.
    • Terceirização: Empresas podem optar por contratar agências especializadas ou freelancers para criar o app. A abordagem é ideal para projetos pontuais, e ainda traz agilidade e expertise externa. Contudo, é muito importante escolher parceiros confiáveis e garantir um contrato que preveja suporte contínuo, já que manutenção e atualizações podem se tornar caras caso o fornecedor original não atenda mais às expectativas.
    • Soluções SaaS fechadas: Para negócios com orçamento limitado, plataformas prontas para uso oferecem uma alternativa rápida e acessível. Tais soluções permitem a personalização de cores, banners e produtos, mas limitam a flexibilidade de funcionalidades, resultando em apps padronizados que podem não atender completamente todas as necessidades da empresa.
    • Soluções SaaS customizáveis: É a opção que combina agilidade com personalização. Algumas plataformas oferecem apps customizáveis, que permitem ajustes técnicos e envolvimento de diferentes fornecedores, ampliando a concorrência e reduzindo custos. É uma alternativa viável para quem busca equilíbrio entre flexibilidade e praticidade.

    Lançamento: planejando o sucesso no mercado

    Antes de disponibilizar o app ao público, é essencial realizar testes rigorosos para identificar falhas e garantir que ele funcione corretamente em diversos dispositivos e sistemas operacionais. A validação de aspectos como navegação intuitiva e clareza das ofertas também é indispensável para proporcionar uma experiência satisfatória. Além disso, o lançamento deve ser acompanhado de campanhas de marketing digital eficazes, incluindo anúncios no Google Ads, redes sociais e materiais promocionais para incentivar o download do app. Criar uma landing page no site da empresa pode ser ótima estratégia para destacar o aplicativo, suas funcionalidades e os benefícios que oferece. Para aumentar o engajamento, também é interessante oferecer incentivos exclusivos, como cupons de desconto, cashback e promoções especiais. Essas estratégias incentivam o uso contínuo da plataforma, ajudando a manter os usuários ativos.

    As comunicações transacionais, como e-mails, notificações push e mensagens dentro do app, também desempenham um papel importante nesse processo. Elas devem ser claras e objetivas, reforçando a confiança dos clientes ao acompanhar pedidos, rastrear entregas ou acessar promoções, garantindo uma experiência mais personalizada e eficiente.

    Acompanhamento: monitoramento e evolução contínua

    O acompanhamento contínuo é essencial para garantir o sucesso em longo prazo. O monitoramento de métricas, como número de downloads, usuários ativos (diários, semanais e mensais), taxa de conversão e retenção, e o valor médio dos pedidos (AOV), são fundamentais para entender o desempenho do app. Esses dados ajudam a identificar oportunidades de melhoria e alinhar o aplicativo com as expectativas e necessidades dos clientes. Para analisar as métricas, plataformas como o Google Analytics com Firebase são ferramentas indispensáveis, pois oferecem informações detalhadas sobre o comportamento dos usuários. Com os dados, as empresas implementam atualizações e novas funcionalidades. A retenção dos usuários pode ser promovida por meio de notificações personalizadas e funcionalidades exclusivas, como a criação de agendas personalizadas.

    Desenvolver, lançar e gerenciar um aplicativo para e-commerce é um processo estratégico que combina planejamento técnico, ações de marketing e monitoramento contínuo. Empresas que investem em apps bem estruturados podem oferecer experiência diferenciada aos users e aumentar a fidelização, destacando-se, assim, no mercado competitivo. Com os recursos e práticas certas, o mobile commerce se torna uma ferramenta poderosa para impulsionar negócios.

  • Apps para e-commerce: saiba como desenvolver, lançar e manter

    Apps para e-commerce: saiba como desenvolver, lançar e manter

    O mercado de e-commerce no Brasil está em franca expansão, impulsionada por consumidores cada vez mais conectados e adeptos às compras pelo celular. Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o faturamento do segmento alcançou R$ 185,7 bilhões em 2023; a expectativa para 2025 é de R$ 224,7 bilhões. Em um cenário tão competitivo, investir em aplicativo mobile é a estratégia que pode diferenciar empresas, oferecendo conveniência e experiências personalizadas aos clientes. No entanto, criar, lançar e gerenciar um app eficaz exige planejamento e decisões importantes.

    Desenvolvimento: opções disponíveis

    • In-house (equipe interna): Trata-se do modelo que exige a contratação ou manutenção de um time dedicado dentro da empresa, com desenvolvedores experientes e liderança técnica qualificada, como um CTO. A vantagem é o controle total sobre o projeto, além da integração com a cultura da empresa. Por outro lado, os custos são elevados e a complexidade do gerenciamento de pessoas e tecnologia é alta.
    • Terceirização: Empresas podem optar por contratar agências especializadas ou freelancers para criar o app. A abordagem é ideal para projetos pontuais, e ainda traz agilidade e expertise externa. Contudo, é muito importante escolher parceiros confiáveis e garantir um contrato que preveja suporte contínuo, já que manutenção e atualizações podem se tornar caras caso o fornecedor original não atenda mais às expectativas.
    • Soluções SaaS fechadas: Para negócios com orçamento limitado, plataformas prontas para uso oferecem uma alternativa rápida e acessível. Tais soluções permitem a personalização de cores, banners e produtos, mas limitam a flexibilidade de funcionalidades, resultando em apps padronizados que podem não atender completamente todas as necessidades da empresa.
    • Soluções SaaS customizáveis: É a opção que combina agilidade com personalização. Algumas plataformas oferecem apps customizáveis, que permitem ajustes técnicos e envolvimento de diferentes fornecedores, ampliando a concorrência e reduzindo custos. É uma alternativa viável para quem busca equilíbrio entre flexibilidade e praticidade.

    Lançamento: planejando o sucesso no mercado

    Antes de disponibilizar o app ao público, é essencial realizar testes rigorosos para identificar falhas e garantir que ele funcione corretamente em diversos dispositivos e sistemas operacionais. A validação de aspectos como navegação intuitiva e clareza das ofertas também é indispensável para proporcionar uma experiência satisfatória. Além disso, o lançamento deve ser acompanhado de campanhas de marketing digital eficazes, incluindo anúncios no Google Ads, redes sociais e materiais promocionais para incentivar o download do app. Criar uma landing page no site da empresa pode ser ótima estratégia para destacar o aplicativo, suas funcionalidades e os benefícios que oferece. Para aumentar o engajamento, também é interessante oferecer incentivos exclusivos, como cupons de desconto, cashback e promoções especiais. Essas estratégias incentivam o uso contínuo da plataforma, ajudando a manter os usuários ativos.

    As comunicações transacionais, como e-mails, notificações push e mensagens dentro do app, também desempenham um papel importante nesse processo. Elas devem ser claras e objetivas, reforçando a confiança dos clientes ao acompanhar pedidos, rastrear entregas ou acessar promoções, garantindo uma experiência mais personalizada e eficiente.

    Acompanhamento: monitoramento e evolução contínua

    O acompanhamento contínuo é essencial para garantir o sucesso em longo prazo. O monitoramento de métricas, como número de downloads, usuários ativos (diários, semanais e mensais), taxa de conversão e retenção, e o valor médio dos pedidos (AOV), são fundamentais para entender o desempenho do app. Esses dados ajudam a identificar oportunidades de melhoria e alinhar o aplicativo com as expectativas e necessidades dos clientes. Para analisar as métricas, plataformas como o Google Analytics com Firebase são ferramentas indispensáveis, pois oferecem informações detalhadas sobre o comportamento dos usuários. Com os dados, as empresas implementam atualizações e novas funcionalidades. A retenção dos usuários pode ser promovida por meio de notificações personalizadas e funcionalidades exclusivas, como a criação de agendas personalizadas.

    Desenvolver, lançar e gerenciar um aplicativo para e-commerce é um processo estratégico que combina planejamento técnico, ações de marketing e monitoramento contínuo. Empresas que investem em apps bem estruturados podem oferecer experiência diferenciada aos users e aumentar a fidelização, destacando-se, assim, no mercado competitivo. Com os recursos e práticas certas, o mobile commerce se torna uma ferramenta poderosa para impulsionar negócios.

  • Retrospectiva 2024 no varejo

    Retrospectiva 2024 no varejo

    Caros leitores, um ano “fora da curva” está terminando, para alguns setores um ano mais difícil de que para outros.

    Iniciamos 2024 recebendo, para aprovação, o PLP 68/2023, destinado à implantação da reforma tributária, mais diretamente do IBS e do CBS, que resultam no IVA (Imposto e Valor Agregado), que afetará a todos, indústria, comércio, serviço e consumidores; e o PLP 108/2023, que implantará o Comitê Gestor da reforma tributária, que cuidará de como será administrada e distribuída toda a receita dos impostos, as fiscalizações e outros atributos governamentais; comitê, este, com muitas polêmicas a serem tratadas.

    Vamos evitar, aqui, entrar em detalhes da reforma tributária, mesmo porque, após o PLP 68/2023 ter sido trabalhado há “n” mãos na Câmara, incluindo todo o trabalho dos lobistas e grupos de interesse, em que cada um buscou defender o seu setor, nem sempre em linha com os interesses do país, o relatório foi aprovado e encaminhado ao Senado, com previsão de IVA de 26,5%, fruto de todas as modificações, reduções e excepcionalidades introduzidas no PL. Vale lembrar que quando se iniciou a reforma tributária, o IVA estimado seria em torno de 22%.

    Agora, na tramitação no Senado, já se fala em IVA superior a 28%, logicamente por conta de mais exceções e ajustes sempre justificados. Teremos o maior IVA do mundo, ao que se sabe, superando o da Hungria, que é de 27%. E mais, uma leitura atenta, com mais profundidade do PL68/2023, mostra que não há limite para o IVA, podendo superar os 28%, e somente após finalizar a implantação da reforma tributária, em 2032, é que se verificará o IVA praticado e será criado um projeto de lei sugerindo retirar exceções e eliminar desiquilíbrios, buscando atingir 26,5%. Então, difícil pensar que após anos de implantação da reforma tributária e excesso de arrecadação ou, digamos, arrecadação fora do percentual planejado, haverá uma forte correção e redução. Aguardemos os impactos na economia e no varejo, principalmente.

    Caminhando por 2024, encontramos uma outra batalha, exaustiva, mas não finalizada, do retorno do Imposto de Importação nas operações de vendas de pequenos valores via cross-border. Foi uma intensa luta, com dezenas de associações e institutos de varejo apresentando argumentos técnicos e sociais de eliminação de empregos no país ao Congresso e ao Executivo, além de iniciativas junto ao Judiciário, no caso, o STF (Superior Tribunal Federal), para que retornasse o imposto de 60% que foi reduzido a zero. Um dos mais consistentes estudos encomendados pelo IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) junto ao IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) ratificou o que todos sabiam e sabem, a carga tributária média na cadeia de fornecimento até o cliente consumidor é superior a 90%, logo, a batalha não terminou. Temos que evoluir, uma vez que o aprovado e em vigência até o momento leva a uma carga tributária de 44,6%, (composição de Imposto de Importação de 20% + 17% de ICMS modal). Fácil concluir que, apesar de alguma melhora, estamos na metade do caminho e temos que alcançar a isonomia tributária. Este assunto cross-border ainda tem outros pontos importantes, inaceitáveis, como a entrada de produtos importados sem certificações. Aquelas mesmas que são exigidas no mercado interno com pesadas penalizações quando não cumpridas.

    Os dois temas abordados acima, reforma tributária e cross-border, já seriam suficientes para demonstrar como se requer muita energia para trabalhar e empreender no Brasil, porém, em seguida, eclodiu outro tema, também muito relevante para a economia, as bets.

    As bets têm tirado bilhões de reais de circulação do varejo, serviços, educação e outros setores, gerando elevadas despesas para a saúde pública no tratamento do vício do jogo e prejudicado o bem-estar de milhares de famílias. Os valores apostados chegaram a cerca de R$ 90 bilhões em 2023, e a previsão é de R$ 200 bilhões em 2024. Muitas pesquisas foram feitas junto à população, e nenhuma mostrou benefícios pela existência das bets, somente malefícios, salientando que, nelas, foram incluídos os cassinos eletrônicos e os jogos do tigrinho.

    Vieram as portarias do Ministério da Fazenda para a regulação das bets, brandas, de pouco impacto, levando a sociedade civil organizada a pedir a revogação da lei que institui os jogos eletrônicos no Brasil. Por exemplo, o imposto a ser pago pelas empresas de bets é de apenas 12%, uma das menores taxas já conhecidas para qualquer negócio no país, e deveria ser bem mais elevada, se comparada a produtos que geram vício, como o fumo e a bebida, que passam de 60%. Difícil entender porque tal benefício. Há tantos argumentos reais para que se revogue a lei das bets ou que, pelo menos, tenho uma regulação adequada, que tornaria por demais extenso este artigo. Fato é que, no momento, o assunto está no STF, que já determinou algumas medidas corretivas urgentes. E, se ouvirem a população, conforme pesquisa do Datafolha publicada em 24/11/2024 no jornal Folha de S. Paulo, 65% dos brasileiros acham que as bets deveriam ser proibidas e 71% rejeitam as propagandas das bets. A mesma pesquisa levantou que a maioria das casas de aposta recorre à divulgação pelo modelo de afiliados, em que influenciadores divulgam apostas e ganham comissões com base nos valores perdidos pelos jogadores, ou seja, quanto mais o consumidor perde mais o afiliado ganha.

    Ainda cabe registrar que há duas CPIs sobre as bets em curso no Congresso Nacional. Há esperança de que o assunto bet terá um final adequado ao povo brasileiro.

    Vejam que apenas três assuntos mencionados acima, reforma tributária, cross-border e bets, mostra como 2024 tem sido desafiador para o varejo, que é o nosso foco aqui neste artigo. O varejista é um gladiador, sempre participando de batalhas para melhorar seu negócio, um otimista criativo, que enfrenta juros elevados e uma profusão de novas leis e portarias que surgem a todo instante e o obriga a fazer frente a despesas crescentes. Mesmo assim, não desiste, tem um mercado e clientes a serem atendidos e busca oportunidades de criação de novos negócios, melhoria no atendimento aos consumidores e ganhos de produtividade, certamente, proporcionando progresso e o bem-estar à sociedade.

    Caberia mencionar neste artigo dezenas de obrigações legais e operacionais a que o varejo e as empresas em geral são submetidos, e entre muitos pedidos que poderíamos fazer aos dirigentes do país, para o ano novo, destacaria um em especial: tornem o Brasil uma país mais simples para se empreender.

  • O que fazer em casos de arrependimento de compras pela internet na Black Friday?

    O que fazer em casos de arrependimento de compras pela internet na Black Friday?

    Quando falamos de compras pela internet, muitas vezes, a expectativa de um objeto de desejo cai por terra ao ver a realidade que chega em casa. É comum vermos memes de objetos que foram comprados imaginando-se que teriam utilidades muito maiores do que o produto de fato. Nessas situações restam dúvidas se é possível devolver o produto e ter o dinheiro de volta.

    Quanto a isso, a resposta é enfática: sim! Desde que no prazo de sete dias a contar da entrega do produto em casa. Então, assim que a encomenda chega, o indicado é que seja aberta para ter certeza que é isso mesmo que você queria. A devolução é possível para todas as hipóteses, caso você não goste do produto, ele seja diferente do que imaginou ou somente tenha se arrependido de fazer a compra.

    Para exercer o seu direito, basta entrar em contato com o site pedindo a devolução, sendo responsabilidade da empresa arcar com o frete. Também é comum a prática da loja querer trocar por descontos em próximas compras ou crédito, contudo, ao se arrepender, se você quiser o dinheiro da mesma forma que você pagou, esse direito é seu.

    O prazo para requisitar a devolução e reembolso fica maior caso ele tenha vindo com algum defeito, nessa hipótese, você pode pedir o conserto e, se não der certo, a devolução do valor, isso em um prazo de 30 dias para bens não duráveis e de 90 dias para bens duráveis.

    Aqui fica outra dica prática de quem já passou muito por isso: sempre filme a abertura das caixas para comprovar a situação que o produto chegou em casa, principalmente, os mais frágeis. Assim, você terá provas de que não foi você quem fez aquele risco ou amassado.

    Nas compras internacionais, em sites como Aliexpress e Shopee, as normas brasileiras também são aplicáveis, assegurando os mesmos direitos.

    Caso a empresa se recuse a devolver o dinheiro ou não responda aos seus contatos, há a possibilidade de ingressar em plataformas administrativas para a solução de disputas, são exemplos: Procon e consumidor.gov.br.

    Finalmente, se a tentativa amigável não houver surtido efeito, sempre é possível ingressar com uma demanda jurídica. Para facilitar, Juizados Especiais dispensam a necessidade de advogado para ações de até 20 salários mínimos. Acima desse valor, será necessário um patrono para acompanhar o processo. 

  • O que fazer em casos de arrependimento de compras pela internet na Black Friday?

    O que fazer em casos de arrependimento de compras pela internet na Black Friday?

    Quando falamos de compras pela internet, muitas vezes, a expectativa de um objeto de desejo cai por terra ao ver a realidade que chega em casa. É comum vermos memes de objetos que foram comprados imaginando-se que teriam utilidades muito maiores do que o produto de fato. Nessas situações restam dúvidas se é possível devolver o produto e ter o dinheiro de volta.

    Quanto a isso, a resposta é enfática: sim! Desde que no prazo de sete dias a contar da entrega do produto em casa. Então, assim que a encomenda chega, o indicado é que seja aberta para ter certeza que é isso mesmo que você queria. A devolução é possível para todas as hipóteses, caso você não goste do produto, ele seja diferente do que imaginou ou somente tenha se arrependido de fazer a compra.

    Para exercer o seu direito, basta entrar em contato com o site pedindo a devolução, sendo responsabilidade da empresa arcar com o frete. Também é comum a prática da loja querer trocar por descontos em próximas compras ou crédito, contudo, ao se arrepender, se você quiser o dinheiro da mesma forma que você pagou, esse direito é seu.

    O prazo para requisitar a devolução e reembolso fica maior caso ele tenha vindo com algum defeito, nessa hipótese, você pode pedir o conserto e, se não der certo, a devolução do valor, isso em um prazo de 30 dias para bens não duráveis e de 90 dias para bens duráveis.

    Aqui fica outra dica prática de quem já passou muito por isso: sempre filme a abertura das caixas para comprovar a situação que o produto chegou em casa, principalmente, os mais frágeis. Assim, você terá provas de que não foi você quem fez aquele risco ou amassado.

    Nas compras internacionais, em sites como Aliexpress e Shopee, as normas brasileiras também são aplicáveis, assegurando os mesmos direitos.

    Caso a empresa se recuse a devolver o dinheiro ou não responda aos seus contatos, há a possibilidade de ingressar em plataformas administrativas para a solução de disputas, são exemplos: Procon e consumidor.gov.br.

    Finalmente, se a tentativa amigável não houver surtido efeito, sempre é possível ingressar com uma demanda jurídica. Para facilitar, Juizados Especiais dispensam a necessidade de advogado para ações de até 20 salários mínimos. Acima desse valor, será necessário um patrono para acompanhar o processo.