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  • Compra de seguidores no Instagram: uma ameaça ao verdadeiro marketing?

    Compra de seguidores no Instagram: uma ameaça ao verdadeiro marketing?

    No universo do marketing digital, a compra de seguidores no Instagram é uma prática controversa, mas muitos usuários parecem não entender, de fato, o impacto – ou não – dessa modalidade. Em pleno 2024, onde relações importam mais que números, ainda é comum que marcas e influenciadores busquem um atalho fácil para aumentar o alcance das redes. A vaidade, somada a uma pressão social por validação a partir da grandeza, tornou esse método corriqueiro.

    Na superfície, comprar seguidores aparenta ser inofensivo e apenas oferecer status, mas a verdade é que há uma série de problemas e fragilidades que, via de regra, reduzem o potencial da comunicação digital a uma farsa, mascarando métricas e comprometendo a confiança do público. Para entender este ponto, basta pensar no conceito que o marketing de influência proporciona às redes sociais. Um planejamento ético do perfil de Instagram sempre será construído com base em conexão, autenticidade e credibilidade. 

    A verdade é que a quantidade, por mais impressionante que seja à primeira vista, não é um indicador seguro de influência ou eficácia – especialmente quando manipulada. Parece óbvio, mas, no final das contas, quem sai perdendo é o marketing de influência.

    Engajamento vs. Status Digital

    O estudo “The 2024 Influencer Marketing Report”, da Sprout Social, mostra que quase metade dos consumidores (49%) faz compras motivadas por influenciadores, refletindo a intenção estimulada pela interação genuína. No entanto, o “faro” dos internautas já está apurado em relação aos anunciantes que inflam as contas com robôs. Neste ano, uma pesquisa global da Adyen e do Centro de Pesquisas Econômicas e Negócios (CEBR) revelou que 11% dos usuários que compram em redes sociais são hesitantes por medo de sofrer fraudes.

    Com isso, quando há uma manipulação no alcance dos perfis, os consumidores tendem a questionar a legitimidade não apenas do influenciador que divulga, mas da empresa que o contratou. A compra de seguidores cria uma ilusão de popularidade que pode levar a campanhas frustradas, pois troca a interação fidedigna com o público por um desvio de rota que não sustenta o engajamento a longo prazo e ainda enfraquece a relação de confiança entre marcas e clientes.

    Atingir o público-alvo da maneira certa, para que se interesse pelo influencer e pela empresa de forma autêntica, requer esforço, mas estratégias claras podem servir como elementos indispensáveis para ações confiáveis e concretas.

    Como diferenciar e escolher o influenciador ideal?

    Diferenciar um perfil autêntico daquele que “comprou” influência é um passo inicial e exige atenção a alguns detalhes. Dois indicadores principais ajudam a detectar esse comportamento: a taxa de engajamento irregular, ou seja, se um influenciador possui milhares de seguidores, mas um nível muito baixo de curtidas, comentários e compartilhamentos; e interações suspeitas e genéricas, que se repetem com frequência ou parecem ter sido escritas por inteligência artificial.

    É possível observar a importância que o influencer aplica aos respectivos seguidores, considerando o nível e a qualidade dos diálogos. Comentários sem retorno ou falta de manifestações do próprio perfil sobre postagens recentes podem simbolizar a falta de empenho real com a audiência. 

    Mas cuidado! Influencers também sofrem fraudes

    Existe uma grande diferença entre influenciadores que compram seguidores e os que sofrem com comentários automáticos de robôs: uma prática que foge ao controle do profissional e que não implica na manipulação deliberada dos números. Reconhecer essa distinção ajuda a evitar julgamentos precipitados e permite que as marcas selecionem parceiros com base em critérios mais justos e relevantes.

    O marketing de influência acredita na plena autenticidade do criador de conteúdo, pois o que ele oferece aos usuários é o verdadeiro motivo para construir uma relação segura. Os consumidores de hoje possuem um olhar crítico. Eles são totalmente capazes de perceber a diferença entre os influenciadores de qualidade e quantidade. Ao escolher anunciantes, as marcas devem levar em conta as métricas que realmente importam: o engajamento concreto, a qualidade do conteúdo e a capacidade de estabelecer uma conexão transparente.

  • As tecnologias digitais estão criando otimismo e oportunidades de sucesso para as mulheres empreendedoras

    As tecnologias digitais estão criando otimismo e oportunidades de sucesso para as mulheres empreendedoras

    Por Luiz D’Elboux – Country Manager Brasil – GoDaddy

    São Paulo, novembro de 2024 – As empresas criadas e dirigidas por mulheres contribuem para as economias locais, criam novos empregos e sustentam as famílias, tornando essencial o apoio às mulheres no empreendedorismo digital e trabalhar para garantir que as oportunidades sejam inclusivas para todos. A Pesquisa Global de Empreendedorismo 2024 da GoDaddy mostrou que 56% dos brasileiros pesquisados se classificaram como mulheres empreendedoras.

    Com isso em mente, o Dia do Empreendedorismo Feminino, que se comemora neste dia 19 de novembro, oferece uma oportunidade de reconhecer o impacto das mulheres no empreendedorismo, avaliar o cenário atual que elas enfrentam e compartilhar percepções sobre as maneiras pelas quais elas continuam a prosperar.

    As mulheres podem iniciar um negócio on-line com um dispositivo digital a qualquer momento

    Uma nova era de oportunidades e acessibilidade para mulheres empreendedoras está em andamento. As mulheres empreendedoras no Brasil têm maior probabilidade de serem mais jovens do que os homens; quase três em cada 10 (29%) das mulheres empreendedoras pesquisadas têm menos de 30 anos, em comparação com apenas 21% dos homens. Além disso, mais da metade (56%) das mulheres empreendedoras no Brasil disseram que não concluíram a universidade, desmentindo um requisito comumente percebido para iniciar um negócio.

    Esses dados destacam que as mulheres empreendedoras de diversas origens e em diferentes estágios da vida estão mais capacitadas do que nunca para levar sua ideia de negócio para o mundo on-line devido às tecnologias digitais disponíveis.

    No Brasil, elas também demonstram mais otimismo. Nos próximos três a cinco anos, 46% das mulheres pesquisadas disseram que esperam que seus negócios cresçam rapidamente (definido como um crescimento de pelo menos 50%), mais do que os 33% dos homens empreendedores no Brasil que preveem o mesmo crescimento.

    Com a rápida aproximação de um novo ano, o otimismo dessas entrevistadas incentiva as aspirantes a empreendedoras no Brasil e no mundo a considerar dar o salto para se tornar proprietárias de uma empresa.

    As tecnologias de IA podem ajudar a nivelar o campo de atuação, mas é necessário mais apoio

    A inteligência artificial (IA) tem o potencial de desempenhar um papel fundamental no apoio às mulheres empreendedoras, ajudando a nivelar o campo de atuação, facilitando o início de seu próprio empreendimento.

    As mulheres brasileiras não apenas adotam mais as tecnologias de IA, mas também se mostram mais confiantes em sua capacidade de navegar e aproveitá-las em seus negócios (92% das mulheres vs. 90% dos homens), demonstrando uma confiança e resiliência que são úteis para prosperar contra empresas maiores e com mais recursos antes da importante temporada de compras de fim de ano.

    No entanto, embora a IA possa fornecer suporte em uma variedade de tarefas essenciais para os negócios, a orientação e o aconselhamento são outro tópico importante para as empreendedoras no Brasil.

    Mais de três em cada cinco (63%) das mulheres brasileiras compartilharam que buscaram orientação ou mentoria em sua jornada empreendedora até o momento, mais do que os homens (48%). Esse desejo de orientação por parte das mulheres empreendedoras destaca uma oportunidade para que líderanças, formuladores de políticas e outras organizações se envolvam na promoção do crescimento empresarial para aquelas interessadas em iniciar seu próprio empreendimento.

    As empresas de propriedade de mulheres estão aproveitando a IA para maximizar os canais de vendas on-line

    Outra descoberta interessante da pesquisa da GoDaddy foi a importância dos canais de vendas on-line para as empresas pertencentes a mulheres. Entre as empresas que geram pelo menos 26% da receita anual a partir de canais de vendas on-line, as empresas pertencentes a mulheres dependem mais dessas plataformas para ajudar a alcançar clientes e vender produtos e serviços a eles do que os homens.

    No ambiente digital de hoje, os clientes esperam encontrar marketing multimídia dinâmico em canais de vendas on-line de empresas de todos os tamanhos. Além disso, plataformas como o Instagram e o TikTok lançaram recursos de compras integrados, permitindo que as empresas vendam em uma variedade de canais dentro de sua presença digital para ajudar a se envolver com mais clientes e expandir seus negócios. 

    As mulheres empreendedoras brasileiras estão agindo proativamente nessa frente para aproveitar os recursos de IA e, por sua vez, estão percebendo seus benefícios para continuar prosperando. Quando perguntadas sobre quais áreas de seus negócios elas acham que se beneficiariam mais com a IA, o marketing foi a resposta mais comum das mulheres brasileiras por uma margem significativa: 81%.

    Concluindo, os avanços nas tecnologias digitais estão capacitando mulheres empreendedoras de diversas origens e em diferentes estágios da vida a não apenas colocar um negócio on-line, mas a se sentirem otimistas em relação à sua jornada empreendedora e a prosperarem ao competir com empresas maiores e com mais recursos. A GoDaddy continua a apoiar essa nova onda de mulheres empreendedoras e proprietárias de pequenas empresas com sua gama de produtos e recursos prontamente disponíveis.

  • 5 dicas para transformar a demanda da Black Friday em diferenciação competitiva

    5 dicas para transformar a demanda da Black Friday em diferenciação competitiva

    A cada ano, a Black Friday não apenas fortalece sua presença no calendário do varejo global, mas também redefine as expectativas dos consumidores. No Brasil, a tradição americana encontrou um terreno fértil, especialmente em 2024, quando, de acordo com pesquisa da Wake e Opinion Box, aproximadamente 66% dos brasileiros planejam aproveitar a data para realizar suas compras. O volume e a rapidez nas entregas se consolidaram como parâmetros cruciais de experiência do cliente, exigindo que empresas integrem planejamento robusto e tecnologia de ponta para lidar com picos de demanda e competitividade acirrada.

    Com base nas melhores práticas de mercado, destacamos cinco pilares fundamentais que podem orientar as empresas na construção de uma estratégia Black Friday que vá além do volume de vendas e agregue valor para o consumidor:

    1. Planejamento Proativo e Inovador

    No ambiente volátil da Black Friday, o planejamento não pode ser reduzido a uma simples organização logística; ele deve ser parte de um processo mais amplo de antecipação de demandas e inovação operacional. Analisar dados históricos e avaliar o comportamento do mercado global permite que as empresas adaptem suas táticas conforme as novas tendências emergem. O exemplo de grandes players internacionais como Amazon e Alibaba reforça a necessidade de previsibilidade e flexibilidade no planejamento para eventos de alta demanda, permitindo ajustes de rota de acordo com o fluxo de informação.

    2. Inteligência de Dados como Catalisador Estratégico

    A Black Friday é um dos momentos mais desafiadores para o uso de big data e machine learning no setor de varejo. Empresas devem trabalhar com modelos preditivos e insights gerados por dados para não apenas responder, mas antecipar-se ao comportamento dos consumidores. Aprendendo com o sucesso de líderes globais, como o Walmart, que integrou análise preditiva para otimizar estoques e prever necessidades regionais, as empresas brasileiras podem adotar uma abordagem data-driven que englobe feedback de clientes, desempenho de vendas passadas e previsões de volume.

    3. Tecnologia e Automação Integrada

    A preparação tecnológica deve ser uma prioridade inegociável, mas ela não pode ser uma resposta pontual à Black Friday; deve sim constituir uma série de aprimoramentos contínuos que otimizem toda a jornada de compras e garantam resiliência e agilidade em tempos de pico. Cada empresa pode analisar suas plataformas e implementar ferramentas de automação, com o objetivo de criar um fluxo de operações mais eficiente e intuitivo, evitando gargalos e falhas de sistema.

    4. Eficiência Operacional e Bem-estar da Equipe

    A operação precisa ser tão eficiente quanto resiliente. Em vez de focar apenas no atendimento da demanda, um planejamento centrado na equipe garante que as operações fluam de forma coesa e eficaz, permitindo que o time esteja engajado e bem preparado. Empresas como a Magazine Luiza exemplificam essa abordagem ao investir em ambientes de trabalho saudáveis que combinam bem-estar do colaborador com produtividade, criando uma cultura de engajamento que se reflete diretamente na experiência final do cliente.

    5. Foco na Experiência do Cliente como Diferencial Estratégico

    No cenário atual, o valor de uma marca está atrelado à experiência oferecida ao consumidor. Segundo um estudo global da PwC, 73% dos clientes consideram a experiência de entrega crucial na sua decisão de compra. Para as empresas, isso significa que a Black Friday é mais do que uma oportunidade de faturamento rápido; é um momento para reforçar a conexão com o cliente e fortalecer a fidelização, como demonstram estratégias de líderes globais que priorizam entregas ágeis e políticas de pós-venda robustas.

    Ao construir uma estratégia orientada por esses pilares, as empresas brasileiras podem não apenas se destacar no mercado nacional, mas também alinhar-se a tendências globais que valorizam agilidade, inovação e, acima de tudo, a experiência do consumidor. Com planejamento e execução eficazes, a Black Friday pode ir além de um pico sazonal e se tornar uma plataforma de construção de relacionamentos duradouros e significativos.

  • Como está o cenário do e-commerce B2B no final do ano?

    Como está o cenário do e-commerce B2B no final do ano?

    O ano de 2024 foi um período transformador para o e-commerce B2B, marcado por um crescimento significativo, tendências evolutivas e desafios emergentes. Dados recentes indicam que as vendas de sites B2B nos Estados Unidos devem atingir US$ 2,04 trilhões ainda esse ano, representando 22% das vendas eletrônicas totais. Em contraste, o mercado de comércio eletrônico B2B na América Latina, embora esteja em rápido crescimento, é consideravelmente menor, com estimativas de alcançar US$ 200 bilhões até 2025.  

    Essa disparidade pode ser atribuída a diferenças na maturidade do mercado, na infraestrutura digital e nos níveis de investimento tecnológico entre as regiões. Enquanto os Estados Unidos desfrutam de infraestrutura robusta e alto nível de digitalização, a América Latina ainda está em processo de desenvolvimento dessas capacidades. No entanto, a taxa de crescimento anual composta na América Latina, cerca de 20%, indica um potencial catch-up, à medida que as empresas continuam a adotar e implementar tecnologias de e-commerce mais avançadas. 

    De forma geral, o crescimento expressivo visto neste semestre tem sido impulsionado pelos avanços tecnológicos e pela necessidade de processos de compra mais eficientes. A dependência de canais digitais para transações B2B aumentou, com 60% dos compradores visitando sites de fornecedores e 55% participando de webinars hospedados pelos fornecedores, antes de tomar decisões de compra. Outro indicativo é a ampliação do ciclo de compras, com 75% dos executivos concordando que o tempo médio aumentou nos últimos dois anos. 

    Entre as principais evoluções no período, destacam-se o aprimoramento da experiência do usuário, com novas interfaces e funcionalidades em sites proporcionando melhores experiências de compra; a adoção do comércio móvel em transações B2B, fomentada pela necessidade de conveniência e acesso em tempo real às informações; e o uso de blockchain para aumentar a transparência e a segurança na gestão da cadeia de suprimentos. 

    Desafios emergentes 

    Apesar do crescimento, o setor de e-commerce B2B ainda enfrenta diversos desafios, incluindo processos de compra prolongados, dificuldade em agregar novas plataformas a sistemas legados existentes e integração com os times de vendas, uma vez que todos os formatos de vendas devem atuar em sinergia. Além disso, visto que as transações se movem online, o risco de ameaças cibernéticas é maior, exigindo medidas de segurança robustas para garantir a integridade dos dados e manter a confiança dos compradores. 

    Oportunidades no setor 

    As empresas que estão de portas abertas para o e-commerce B2B podem aproveitar a análise de dados para adaptar as ofertas às necessidades individuais dos compradores, bem como utilizar inteligência artificial (IA) e automações para simplificar processos, reduzir custos e prever padrões de compra. Outras possibilidades envolvem a adoção de estratégias omnichannel para proporcionar uma experiência ainda melhor em todos os pontos de contato, além de estabelecer parcerias e colaborações estratégicas para ajudar a expandir suas ofertas e entrar em novos mercados. 

    Os setores líderes no crescimento do comércio eletrônico são os de Manufatura, impulsionado pela necessidade de compras eficientes e gestão da cadeia de suprimentos; de Atacado e Distribuição, que está adotando cada vez mais o e-commerce para simplificar operações e alcançar mais clientes; e de Saúde, com foco na compra de suprimentos e equipamentos médicos. 

    Mas nem só das grandes empresas vive o setor. As pequenas e médias empresas (PMEs) também demonstram um panorama positivo à medida que buscam se adaptar ao e-commerce B2B. Para isso, estão investindo em tecnologia — especialmente plataformas e ferramentas digitais para melhorar sua presença online —, em treinamentos de funcionários e em produtos e serviços especializados para mercados de nicho, buscando se diferenciar dos concorrentes maiores.  

    O que o futuro reserva  

    Surfando nessa onda, o futuro do setor se mostra promissor: as vendas de sites B2B devem crescer de forma constante, atingindo US$ 2,47 trilhões até 2026, o que representa 24,8% das vendas eletrônicas totais. De acordo com dados da Gartner, 80% das interações de vendas B2B entre fornecedores e compradores ocorrerão em canais digitais até 2025.  

    Os avanços tecnológicos contínuos devem impulsionar a inovação e a eficiência nas transações B2B, e as empresas continuarão a se expandir globalmente, aproveitando plataformas digitais para alcançar novos mercados e clientes. Além disso, grande parte dos insights deve vir do novo perfil do comprador B2B, que tem mudado muito nos últimos anos em uma clara transição de gerações.  

    Em resumo, a principal oportunidade é não perder o bonde quando se fala de comércio digital B2B. Os próximos 24 meses serão muito importantes para todas as empresas que possuem essa mesma visão.

  • A equidade de gênero no ambiente corporativo ainda é uma meta e temos um longo caminho a percorrer

    A equidade de gênero no ambiente corporativo ainda é uma meta e temos um longo caminho a percorrer

    A questão das desigualdades de gêneros nos ambientes de trabalho é algo sobre o qual temos debatido como sociedade, em especial entre homens e mulheres, e há outras minorias também. Hoje quero colocar no centro da discussão o papel do autoconhecimento – e da inteligência emocional, que é parte intrínseca deste –; pois o fato é que quanto mais o ser humano desenvolve sua autopercepção, mais será capaz de sedimentar oportunidades iguais a todos sem distinção de gênero.

    Todos os preconceitos nos separam; é como estarmos com uma viseira mental com danos sociais grandes. É como olhar pela fechadura de uma porta e ver apenas um pedaço da realidade; restrita, sendo que poderíamos ver aquele ambiente inteiro. O preconceito é isso; reduzir as pessoas e seus potenciais a uma ótica de gênero apenas; como se isso as fizesse melhores ou piores umas das outras.

    Sabemos que o mundo é colaborativo. homens e mulheres podem e formam uma linda parceria, portanto, medir o potencial de alguém em qualquer área da vida com base em gênero é uma grande falácia. Na realidade somos diferentes e complementares. As construções neurológicas das mulheres são diferentes das dos homens e isso é muito positivo para unirmos, cada qual de acordo com a sua fisiologia, nossas potencialidades. O que definitivamente não cabe mais é uma concorrência antiga e ultrapassada. A resistência é um paradigma velho passível de ser superado com o autoconhecimento.

    O que carregamos de preconceito hoje é ultrapassado. É aquilo que ainda “arrastamos” de gerações anteriores, por exemplo, que determinaram que aos 50 ou 60 anos a pessoa estava velha, preparando-se para a aposentadoria. Será que você se sente assim? Muitas vezes, a própria mulher vivencia essas crenças. Vamos pensar que ainda é algo muito novo termos pessoas com 50+ no mercado de trabalho, ativas, em nossa sociedade – e independente de gênero. Esse é um contexto que nos convida também a um novo olhar sobre capacidades, performances e resultados – temos jovens que não estão usando o seu potencial e temos 50+ que estão no auge da sua competência. A inovação traz o frescor daquilo que não cabe mais à sociedade, portanto, sim, todos podem se reinventar na vida e no trabalho, ter capacidade de ser produtivo e trazer resultados de altíssima performance.

    Já parou para refletir que o que vivemos hoje é resultado de escolhas velhas? Os nossos livros de história dão respostas a perguntas antigas e agora a vida nos convida a uma grande oportunidade de mudança. É com essa abertura que necessitamos olhar para as pessoas, independente de idade, de gênero e cor. Essa é a verdadeira evolução e revolução que precisamos promover e estamos neste momento! Tudo começa com a insatisfação e com o diálogo para chegarmos em um novo lugar – sendo que a primeira conversa é conosco mesmo.

    Diante de todas as dificuldades e problemas que, sim, existirão em nossas vidas, necessitamos nos perguntar: “Muito bem, o que eu faço com isso?”. Se não trouxermos primeiro esse auto olhar, não visualizaremos a capacidade de melhor lidarmos com o que nos acontece, nem de promover as mudanças. Estaremos sempre com os questionamentos e esperando que as soluções se realizem pelos “outros”.

    O autoconhecimento nos faz mergulhar para dentro de nós, trazendo consciência e caminhos para reciclarmos nossos comportamentos, em especial os “empoeirados”. E a inteligência emocional é fundamental, é ela quem agrega, nos conecta, que imagina e cria o mundo de amanhã. E todos queremos um mundo pacífico. Porém, num cenário de preconceitos e respostas velhas para problemas novos, isso não acontecerá.

    Inovar é a resposta! Não a temos exatamente ainda, justamente porque precisamos encontrá-la e quem faz isso, principalmente, é quem está vivendo o problema e passa a obter maior consciência dessa necessidade. Há quem já esteja nesse movimento – seja os 50+, as mulheres e cada um de nós que desperta para esse movimento –; todos temos a responsabilidade por construir novas possibilidades para vivermos esse mundo de agregação. Portanto, um mundo mais evoluído!

  • A Nike está perdendo a corrida

    A Nike está perdendo a corrida

    “A Nike relatou uma queda de 10% nas vendas trimestrais e retirou sua previsão anual nesta terça-feira.” Resgatei esta frase de uma matéria do Financial Times em outubro deste ano. Caso estivesse em sala de aula, algum aluno “apressadinho” viria com a pergunta: “Mas o que isso tem a ver com marketing, Poli? Isso é assunto para aula de finanças!”. Nessa situação, o silêncio fúnebre desse professor, ainda que por alguns instantes, seria suficiente para que fosse gerado um profundo arrependimento na mente do aluno “desbocado”. Com toda certeza que possa existir, tal estudante se lembraria de uma célebre frase de seu professor: “Marketing é irmão gêmeo de finanças”, o que é justificado pelo fato da palavra “lucro” estar presente nas mais clássicas definições de marketing.

    Quem poderia imaginar que uma empresa detentora de uma marca tão potente e admirada, com uma história tão instigante, se tornasse notícia por motivos tão infortúnios?

    Ouso arriscar, sem a mínima intenção de valorizar os ossos de meu ofício, de que as razões giram em torno de questões eminentemente ligadas a marketing. Ao ler e reler algumas matérias a respeito do tema, certos fatos que poderiam passar despercebidos, certamente para aqueles que acham que marketing acontece somente no mundo digital, capturaram a minha atenção. Alguns deles chegam a ser inacreditáveis.

    Parte da justificativa “corporativa” da NIKE diante da situação atual gira em torno da queda da demanda por seus produtos, algo que desconfiei logo de cara. Em uma rápida busca no Google chega-se ao seguinte fato: “Em primeiro lugar, o mercado de moda fitness deverá crescer de US$13,00 bilhões em 2023 para impressionantes US$16,30 bilhões até 2028.” Logo, é fácil concluir que, quase sempre, a resposta mais óbvia é a mais frágil. A culpa é sempre vem de outro lugar ou é de alguém, não é verdade?

    Descartada a principal variável incontrolável da equação, há de se considerar a máxima de que “o resultado de hoje é consequência do planejamento de ontem”. Em vista disso, as referidas matérias jornalísticas dão conta de que o CEO que assumiu a direção da NIKE em janeiro de 2020, ou seja, pouco antes da famosa pandemia, foi inicialmente elogiado pela condução da gestão do negócio, tendo acelerado de forma rápida a mudança para as vendas diretas ao consumidor.

    Não se trata de um fato novo, visto que inúmeras marcas assim o fizeram também de forma muito competente. No entanto, boa parte delas caiu na tentação diabólica de que poderiam crescer e prosperar sem a presença nos tradicionais canais de distribuição após a pandemia. Não precisar mais pagar o pedágio de atacadistas e varejistas foi realmente o canto da sereia para algumas delas. Até mesmo para a marca cujo nome remete a uma deusa da mitologia grega. Pelo visto, até mesmo os deuses se enganam.

    Ficar de fora dos tradicionais canais de distribuição durante a pandemia foi algo quase obrigatório, ainda que a presença nesses mesmos canais em sua forma digital também o fosse. Mas a tentação veio justamente da possibilidade de se ter os próprios canais de distribuição “eletrônicos”. Afinal, nada como se relacionar diretamente com seus mais diversos públicos-alvo. Superados os desafios logísticos, tem tudo para dar certo, como assim ocorreu.

    A tentação ficou ainda mais sedutora quando se passou a acreditar no dito “novo normal”, tão propagado, difundido e defendido por inúmeros analistas e gurus do mundo digital. Ideia que esse professor metido a escrevinhador sempre desconfiou, principalmente depois de ler alguns artigos de antropólogos sérios que retrataram contextos históricos decorridos após pandemias passadas. Expressei essa ideia claramente em uma frase presente num projeto de consultoria para o maior fabricante de bebidas desse país: “Após a pandemia, as pessoas vão querer suas vidas de volta”.

    A demanda por shows e turismo são exemplos, mais do que evidentes, de que a teimosia em nadar contra a corrente das ideias óbvias não foi em vão. Insistir em permanecer nos canais digitais próprios negligenciando a volta aos tradicionais canais de distribuição cobrou o seu preço. Afinal, pessoas voltaram a passear nos shoppings, mais do que nunca. Não estar presente no varejo físico implica necessariamente que alguém estará. Nesse caso específico, marcas como a On e a Hoka, principalmente em terras do Tio Sam e na Grande China. Segundo a matéria do FT, tais marcas obtiveram crescimentos significativos no “pós-pandemia”, fato oposto ao ocorrido na NIKE.

    Como diria Isaac Newton, dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço. Recuperar o espaço nas prateleiras passou a ser o grande desafio para a NIKE. Isso vai custar muito tempo, ainda mais quando se tem que enfrentar o ressentimento de varejistas outrora abandonados. E tempo, nesse caso, é literalmente dinheiro. Arriscaria dizer que se trata de um bom momento para comprar ações dessa empresa com vistas a um bom retorno num futuro de dois a três anos, mas é prudente não acreditar em mim quando o assunto é esse.

    Por fim, outra justificativa envolve a gestão de portfólio. Alguns analistas defendem a ideia de que a NIKE ousou demais no que tange as tendências de moda de “nível intermediário”, faixa que também foi invadida por marcas mais premium e atrativas a consumidores dessa vertente. Em vista disso, outros analistas apontam que “o conceito de oferecer tudo para todos” já não vale mais para o setor em questão, ainda mais para o grupo estratégico da NIKE. Em outras palavras, um choque derivado do desnatamento de uns contra a elevação de outros. Confesso que tal análise é complexa e requer um estudo muito consistente para se chegar a tais conclusões. Por enquanto, acreditemos nos analistas.

    A NIKE sempre primou por seu foco no desenvolvimento de produtos inovadores em termos de design e tecnologia. Por muito tempo, preferiu deixar seus processos de fabricação e distribuição alheios ao negócio principal, assim como faz a COCA-COLA até hoje.

    Enquanto isso, “Adidas relata crescimento de 10% nas vendas no terceiro trimestre e aumenta a projeção pela terceira vez neste ano”, diz outra matéria, publicada ao final de outubro pela Footwearnews.

    No mundo dos negócios, assim como na vida, tudo é permitido, mas nem tudo é conveniente.

  • A Nike está perdendo a corrida

    A Nike está perdendo a corrida

    “A Nike relatou uma queda de 10% nas vendas trimestrais e retirou sua previsão anual nesta terça-feira.” Resgatei esta frase de uma matéria do Financial Times em outubro deste ano. Caso estivesse em sala de aula, algum aluno “apressadinho” viria com a pergunta: “Mas o que isso tem a ver com marketing, Poli? Isso é assunto para aula de finanças!”. Nessa situação, o silêncio fúnebre desse professor, ainda que por alguns instantes, seria suficiente para que fosse gerado um profundo arrependimento na mente do aluno “desbocado”. Com toda certeza que possa existir, tal estudante se lembraria de uma célebre frase de seu professor: “Marketing é irmão gêmeo de finanças”, o que é justificado pelo fato da palavra “lucro” estar presente nas mais clássicas definições de marketing.

    Quem poderia imaginar que uma empresa detentora de uma marca tão potente e admirada, com uma história tão instigante, se tornasse notícia por motivos tão infortúnios?

    Ouso arriscar, sem a mínima intenção de valorizar os ossos de meu ofício, de que as razões giram em torno de questões eminentemente ligadas a marketing. Ao ler e reler algumas matérias a respeito do tema, certos fatos que poderiam passar despercebidos, certamente para aqueles que acham que marketing acontece somente no mundo digital, capturaram a minha atenção. Alguns deles chegam a ser inacreditáveis.

    Parte da justificativa “corporativa” da NIKE diante da situação atual gira em torno da queda da demanda por seus produtos, algo que desconfiei logo de cara. Em uma rápida busca no Google chega-se ao seguinte fato: “Em primeiro lugar, o mercado de moda fitness deverá crescer de US$13,00 bilhões em 2023 para impressionantes US$16,30 bilhões até 2028.” Logo, é fácil concluir que, quase sempre, a resposta mais óbvia é a mais frágil. A culpa é sempre vem de outro lugar ou é de alguém, não é verdade?

    Descartada a principal variável incontrolável da equação, há de se considerar a máxima de que “o resultado de hoje é consequência do planejamento de ontem”. Em vista disso, as referidas matérias jornalísticas dão conta de que o CEO que assumiu a direção da NIKE em janeiro de 2020, ou seja, pouco antes da famosa pandemia, foi inicialmente elogiado pela condução da gestão do negócio, tendo acelerado de forma rápida a mudança para as vendas diretas ao consumidor.

    Não se trata de um fato novo, visto que inúmeras marcas assim o fizeram também de forma muito competente. No entanto, boa parte delas caiu na tentação diabólica de que poderiam crescer e prosperar sem a presença nos tradicionais canais de distribuição após a pandemia. Não precisar mais pagar o pedágio de atacadistas e varejistas foi realmente o canto da sereia para algumas delas. Até mesmo para a marca cujo nome remete a uma deusa da mitologia grega. Pelo visto, até mesmo os deuses se enganam.

    Ficar de fora dos tradicionais canais de distribuição durante a pandemia foi algo quase obrigatório, ainda que a presença nesses mesmos canais em sua forma digital também o fosse. Mas a tentação veio justamente da possibilidade de se ter os próprios canais de distribuição “eletrônicos”. Afinal, nada como se relacionar diretamente com seus mais diversos públicos-alvo. Superados os desafios logísticos, tem tudo para dar certo, como assim ocorreu.

    A tentação ficou ainda mais sedutora quando se passou a acreditar no dito “novo normal”, tão propagado, difundido e defendido por inúmeros analistas e gurus do mundo digital. Ideia que esse professor metido a escrevinhador sempre desconfiou, principalmente depois de ler alguns artigos de antropólogos sérios que retrataram contextos históricos decorridos após pandemias passadas. Expressei essa ideia claramente em uma frase presente num projeto de consultoria para o maior fabricante de bebidas desse país: “Após a pandemia, as pessoas vão querer suas vidas de volta”.

    A demanda por shows e turismo são exemplos, mais do que evidentes, de que a teimosia em nadar contra a corrente das ideias óbvias não foi em vão. Insistir em permanecer nos canais digitais próprios negligenciando a volta aos tradicionais canais de distribuição cobrou o seu preço. Afinal, pessoas voltaram a passear nos shoppings, mais do que nunca. Não estar presente no varejo físico implica necessariamente que alguém estará. Nesse caso específico, marcas como a On e a Hoka, principalmente em terras do Tio Sam e na Grande China. Segundo a matéria do FT, tais marcas obtiveram crescimentos significativos no “pós-pandemia”, fato oposto ao ocorrido na NIKE.

    Como diria Isaac Newton, dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço. Recuperar o espaço nas prateleiras passou a ser o grande desafio para a NIKE. Isso vai custar muito tempo, ainda mais quando se tem que enfrentar o ressentimento de varejistas outrora abandonados. E tempo, nesse caso, é literalmente dinheiro. Arriscaria dizer que se trata de um bom momento para comprar ações dessa empresa com vistas a um bom retorno num futuro de dois a três anos, mas é prudente não acreditar em mim quando o assunto é esse.

    Por fim, outra justificativa envolve a gestão de portfólio. Alguns analistas defendem a ideia de que a NIKE ousou demais no que tange as tendências de moda de “nível intermediário”, faixa que também foi invadida por marcas mais premium e atrativas a consumidores dessa vertente. Em vista disso, outros analistas apontam que “o conceito de oferecer tudo para todos” já não vale mais para o setor em questão, ainda mais para o grupo estratégico da NIKE. Em outras palavras, um choque derivado do desnatamento de uns contra a elevação de outros. Confesso que tal análise é complexa e requer um estudo muito consistente para se chegar a tais conclusões. Por enquanto, acreditemos nos analistas.

    A NIKE sempre primou por seu foco no desenvolvimento de produtos inovadores em termos de design e tecnologia. Por muito tempo, preferiu deixar seus processos de fabricação e distribuição alheios ao negócio principal, assim como faz a COCA-COLA até hoje.

    Enquanto isso, “Adidas relata crescimento de 10% nas vendas no terceiro trimestre e aumenta a projeção pela terceira vez neste ano”, diz outra matéria, publicada ao final de outubro pela Footwearnews.

    No mundo dos negócios, assim como na vida, tudo é permitido, mas nem tudo é conveniente.

  • Economia da Atenção e o e-commerce: o papel da neurociência na experiência do cliente

    Economia da Atenção e o e-commerce: o papel da neurociência na experiência do cliente

    Atualmente, muitas empresas, especialmente no varejo, utilizam a Inteligência Artificial (IA) e outras tecnologias para resolver desafios específicos dentro de suas organizações. Algumas estão focadas em otimizar campanhas de marketing, enquanto outras desenvolvem estruturas complexas, como data lakes, para gerenciar grandes volumes de dados. Esse movimento é impulsionado por diversos fatores: o avanço das tecnologias, a própria evolução da IA e, principalmente, a necessidade de capturar a atenção do consumidor em meio a uma enxurrada de estímulos visuais e informacionais. 

    Com a rápida evolução tecnológica, vivemos em uma era de Economia da Atenção, onde a atenção dos consumidores é um dos recursos mais escassos e mais disputados pelas marcas. Empresas e plataformas de e-commerce competem diariamente para atrair a atenção dos usuários, e as inovações em IA e neurociência aplicada aos negócios permitem não apenas medir a atenção, mas também garantir uma experiência de compra mais fluida e sem pontos de fricção. 

    O que é a Economia da Atenção? 

    Economia da Atenção refere-se ao fato de que a atenção dos consumidores é um recurso limitado, especialmente em um ambiente saturado de informações. No e-commerce, essa disputa é ainda mais intensa. A pesquisa em neurociência permite uma compreensão mais precisa de como capturar a atenção, otimizando campanhas publicitárias, navegação pelas plataformas, processos de checkout e a usabilidade como um todo. 

    Neurociência e IA transformam aexperiência do consumidor no e-commerce 

    As tecnologias de IA utilizam algoritmos avançados para replicar processos biológicos do cérebro humano. No e-commerce, isso significa identificar e prever como os consumidores interagem com os elementos visuais de um site. Ao analisar dados visuais e de comportamento, as empresas podem diminuir fricções, otimizando o design de páginas (por exemplo, home), produtos ou checkout, a forma de exposição de produtos e a experiência do usuário, garantindo que o consumidor encontre o que precisa de forma ágil e intuitiva. 

    A combinação da IA, que já é bastante utilizada pelas empresas, com a pesquisa de neurociência, permite que as marcas não só mapeiem os processos automáticos do cérebro — como percepção de cor, posicionamento visual e saliência — como também verifiquem se a experiência de compra está sendo criada sem fricções no cérebro do consumidor. Além disso, ajuda a determinar se a marca está construindo memória de marca para os usuários, aumentando assim as taxas de conversão, evitando frustrações que geram emoções negativas e, com isso, facilitando todo o processo de compra. 

    Impactos no futuro do e-commerce 

    A aplicação da IA no e-commerce não apenas melhora a eficiência das operações como abre portas para inovações em áreas como logística, personalização e, em especial, no relacionamento com o cliente. Além do design de sites e experiência de checkout, as tecnologias permitem que as marcas ofereçam um processo mais fluido, reduzindo o abandono de carrinhos e aumentando a satisfação do cliente. 

    A pesquisa em neurociência também contribui para uma jornada de compra mais eficiente e memorável, com menos interrupções e fricções, o que é essencial para garantir a experiência positiva e o crescimento sustentável. Afinal, por trás de toda venda há sempre um ser humano buscando uma conexão genuína. 

    À medida que as tecnologias de IA e neurociência evoluem, as marcas no e-commerce têm oportunidade única de melhorar significativamente a experiência do cliente. No entanto, o sucesso não está apenas em capturar a atenção do consumidor, mas em garantir que ela seja convertida em interações positivas e sem fricções, respeitando preferências e privacidade dos usuários. 

    Nesse novo paradigma da Economia da Atenção, a construção de uma marca forte e diferenciada, com posicionamento de mercado único e propósito claro, livre de fricções, tornou-se responsabilidade estratégica das lideranças. Elas precisam garantir que as operações de e-commerce estejam alinhadas com as expectativas do consumidor moderno, que se adapta rapidamente às novas tecnologias. No entanto, embora o cérebro humano adore o novo, a mudança de comportamento não é instantânea.  

    Entender essa dinâmica permite que as empresas trabalhem com dados, velocidade e estratégia, integrando a neurociência para criar conexões autênticas com os consumidores. No entanto, é crucial estar atento a taxa de churn, métrica que indica o quanto a empresa perdeu de receita ou clientes. Afinal, ignorar sinais de desconexão com o cliente pode levar ao aumento dessa taxa e comprometer não só a retenção, mas também o crescimento sustentável ocasionado por não olhar para o lado do fator humano. 

  • CRM: cinco maneiras para beneficiar empresas de pequeno porte

    CRM: cinco maneiras para beneficiar empresas de pequeno porte

    Com o mercado cada vez mais competitivo, pequenas empresas buscam alternativas para otimizar operações e construir relacionamentos sólidos com os clientes. Nesse contexto, a adoção de Customer Relationship Management (CRM) – ou sistema de gestão de relacionamento com o cliente – torna-se um diferencial estratégico. Um levantamento da Grand View Research afirma que o mercado mundial de CRM deve atingir US$ 157,6 bilhões até 2030. 

    Mais do que organizar e centralizar informações, o CRM ajuda a aumentar as vendas, aprimorar a produtividade e reduzir custos. Augusto Barretto, estrategista de marketing, fundador da Ti Nordeste e idealizador do Simplo CRM, destaca: “Um CRM permite que empresas pequenas maximizem as vendas e alcancem um novo patamar de produtividade, focando no cliente e nas oportunidades do mercado de forma simples e eficaz”.

    Dados da Finance Online mostram o impacto positivo do uso de CRMs em empresas de pequeno porte, apontando melhorias significativas nas áreas de vendas, fidelização de clientes, produtividade e eficiência operacional. Abaixo, cinco maneiras de como o CRM pode beneficiar esses negócios:

    1. Aumento nas vendas e conversão de clientes

    Com os dados indicando um aumento potencial de até 29% nas vendas, um CRM facilita o acompanhamento de cada etapa do ciclo de vendas, automatizando o envio de orçamentos e ofertas para maximizar as oportunidades de conversão. “É uma maneira relativamente simples de impulsionar resultados, mas que muitas vezes não recebe a devida atenção”, comenta Barretto.

    2. Relacionamento e fidelização de clientes

    Estabelecer um relacionamento duradouro é essencial para fidelizar clientes, e 74% dos usuários do CRM relatam uma melhoria significativa na satisfação dos consumidores. Ao centralizar o histórico de cada um deles, os negócios oferecem um atendimento personalizado, aumentando a retenção e a lealdade.

    3. Ganho de produtividade e eficiência operacional 

    Os dados mostram que 73% dos profissionais que utilizam CRM relatam um ganho de eficiência e 50% observam aumento na produtividade, agilizando o atendimento e o processo de vendas. “Automatizar processos repetitivos libera o tempo da equipe para tarefas estratégicas”, ressalta o especialista. 

    4. Redução de custos operacionais

    A otimização do fluxo de trabalho também gera economia. 40% dos CEOs que utilizam CRM percebem uma redução significativa nos custos operacionais, ajudando a direcionar recursos para outras áreas.

    5. Integração e centralização de ferramentas essenciais

    Um bom CRM oferece integrações com ferramentas como WhatsApp Business, e-commerce e calendários digitais. “É uma forma de garantir uma gestão mais prática, facilitando a centralização dos dados. Isso é especialmente importante para pequenos negócios, que possuem pouca mão de obra e precisam visualizar os processos de uma forma mais clara”. 

    O Simplo CRM é uma plataforma que disponibiliza soluções para gerenciamento de clientes, marketing e vendas a preços acessíveis, com o intuito de viabilizar a solução para pequenos negócios. Os efeitos positivos são comprovados pela Impermaster Engenharia, que registrou um aumento de 58% nas vendas em apenas um mês de uso.

    Segundo Barretto, “O Simplo CRM é mais do que uma plataforma; ele transforma a maneira como as empresas lidam com cada etapa da jornada de vendas, centralizando dados e acompanhando o progresso de cada interação, permitindo uma melhora visível nos resultados. Essa é a consequência mais óbvia para organizações que apostam em CRM”.

  • Branding: cinco dicas para construir uma marca de sucesso

    Branding: cinco dicas para construir uma marca de sucesso

    Construir uma marca de sucesso vai muito além de criar um visual atraente. O branding é um trabalho contínuo de construção de identidade, que envolve comunicação transparente e formação de conexões emocionais com o público. Com tantas opções disponíveis, os consumidores buscam mais do que produtos, eles desejam marcas que estejam alinhadas com seus valores.   

    Pesquisa da Motista, empresa especialista em Inteligência Preditiva sobre Motivações do Cliente, revela que os consumidores que estabelecem laços emocionais com uma marca atribuem valor vitalício até três vezes maior. Além disso, a probabilidade desses clientes recomendarem a empresa atinge 71%, significativamente superior à média de 45% entre aqueles que não possuem esse tipo de conexão. Confira cinco dicas essenciais para construir uma marca que se destaca no mercado e ajuda a estabelecer relações significativas com seus clientes.  

    Consistência 

    Manter a consistência é imprescindível para que a marca se torne facilmente reconhecível e memorável. Para isso, é importante utilizar as mesmas cores, fontes e estilos visuais em todas as plataformas. No entanto, a consistência não se limita apenas à estética, mas também à voz e ao tom da comunicação. Quando os consumidores reconhecem uma marca em diferentes canais, como redes sociais, anúncios e sites, eles sentem que estão interagindo com uma entidade sólida e confiável. Essa percepção aumenta a lealdade e a confiança do consumidor, elementos essenciais para o sucesso a longo prazo.  

    Propósito 

    Um propósito claro é o que distingue marcas comuns de marcas memoráveis. Definir e comunicar a missão e os valores da marca ajuda os consumidores a entenderem o que você oferece e por que você o faz. Marcas com um propósito genuíno tendem a atrair clientes que compartilham valores semelhantes, criando um forte senso de comunidade. Ao demonstrar como uma marca contribui para a sociedade ou o meio ambiente, é possível aumentar o engajamento e fortalecer a fidelização dos clientes.  

    Diferenciação 

    Identificar e destacar o que torna uma marca única é essencial para atrair a atenção dos consumidores e construir uma identidade forte. É importante que a marca ofereça algo que nenhuma outra oferece. Essa singularidade pode estar em um produto inovador, em um atendimento ao cliente excepcional ou em uma abordagem criativa para resolver problemas. Enfatizando esses aspectos em suas estratégias de marketing, você estabelece uma proposta de valor clara que ressoa com o público-alvo, gerando interesse e lealdade.  

    Engajamento 

    Conversar com os consumidores e ouvir seu feedback é essencial para criar um relacionamento sólido com o público. Além de demonstrar que você valoriza a opinião de seus clientes, isso fornece um panorama sobre o que está funcionando e o que pode ser melhorado. Utilizar redes sociais e outras plataformas para manter uma comunicação aberta e transparente com seus clientes pode transformá-los em defensores da marca, ampliando o alcance e influência no mercado.  

    Experiência unificada 

    Por último, mas não menos importante, garantir uma experiência unificada é essencial para que a marca tenha uma presença coerente em todos os canais. Os consumidores interagem com uma marca de diversas formas — seja online, em lojas físicas ou em campanhas publicitárias. Manter a mesma experiência em todos os pontos de contato ajuda a construir uma percepção sólida e confiável. Além de aumentar a satisfação do cliente, essa estratégia fortalece a imagem da marca, tornando-a ainda mais memorável.

    Claudio Vasques, CEO e fundador da Brazil Panels, empresa especialista em pesquisa de mercado e marketing full service – brazilpanels@nbpress.com.br