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  • O impacto do Blockchain no setor financeiro

    O impacto do Blockchain no setor financeiro

    Entre tantas tendências que envolvem a transformação digital, uma tecnologia tem se destacado como um farol de segurança e inovação: o blockchain. Seu surgimento no ano de 2008, não apenas despertou a curiosidade dos especialistas do segmento, mas também conquistou o interesse e a confiança de líderes empresariais em todo o mundo. Mas afinal, qual é o impacto desse mecanismo no setor financeiro? 

    Antes de tudo, é preciso entender o que de fato é essa tecnologia. O blockchain proporciona uma arquitetura descentralizada, eliminando a necessidade de intermediários. Com isso, a ferramenta reduz custos operacionais e minimiza o risco de fraudes e manipulações. Além disso, a sua capacidade de registrar transações de forma imutável e auditável é um dos principais fatores que têm levado instituições financeiras a adotarem essa tecnologia em seus processos.

    Essa tendência se alinha ao crescente foco das empresas em segurança, que se tornou um fator significativo nas decisões estratégicas. Para se ter uma ideia dessa importância, segundo a 1ª etapa da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024, realizada pela Deloitte, o blockchain é prioridade estratégica para 56% dos bancos brasileiros, reforçando a relevância dessa tecnologia no cenário financeiro.

    Pensando nisso, um dos exemplos mais notáveis de aplicação no setor financeiro é a transformação das operações de pagamentos e transferências internacionais. Normalmente, esses processos eram caros e demorados, exigindo a intervenção de várias corporações. Com esse sistema, as transferências podem ser realizadas quase instantaneamente e com custos reduzidos, permitindo que instituições financeiras ofereçam serviços mais competitivos e ágeis.

    Além dos pagamentos, o recurso está revolucionando o registro e a negociação de ativos financeiros. O ajuste de ações, títulos e outros ativos em plataformas baseadas em blockchain é mais rápido, seguro e econômico, eliminando intermediários e reduzindo o risco de fraude. Outro exemplo é o uso de contratos inteligentes para automatizar e assegurar acordos financeiros, oferecendo uma camada adicional de segurança e eficiência.

    Identidades digitais seguras formam outra área em que esse recurso está fazendo a diferença. A fraude de identidade é uma das maiores preocupações do setor financeiro e pensando nisso, a ferramenta oferece uma solução robusta, criando registros imutáveis e verificáveis. 

    O segredo está na criptografia, uma tecnologia que converte informações em códigos difíceis de decifrar. Cada bloco de dados funciona como um cofre digital, blindado por uma camada de criptografia que é extremamente difícil de quebrar. Isso não só assegura que os dados permaneçam confidenciais e intactos, mas também proporciona um método claro e permanente para registrar transações.

    Para se ter uma ideia desse impacto, um levantamento feito pelo Blockdata, mostrou que 44 das 100 maiores companhias do mundo com capital aberto utilizam soluções tecnológicas em processos internos, produtos e serviços. Dessas, 22 já pesquisam como integrar o blockchain em suas rotinas ou processos. Além disso, de acordo com uma pesquisa feita pela Deloitte, cerca de 70% das empresas entendem que o mecanismo pode trazer benefícios significativos nas operações. 

    Apesar dos benefícios, existem desafios na adoção do mecanismo no setor financeiro. Um dos principais obstáculos é a regulamentação. A tecnologia desafia as estruturas regulatórias tradicionais, que estão acostumadas a lidar com intermediários centralizados.  Pensando nisso, reguladores em todo o mundo estão trabalhando para criar diretrizes que permitam o uso seguro da solução tecnológica, sem comprometer a integridade do sistema financeiro. 

    Mesmo com desafios, o futuro no setor financeiro parece promissor. Com tendências surgindo a todo instante, a ferramenta tem um enorme potencial para causar um impacto profundo na sociedade. Além de reduzir custos, a tecnologia pode aumentar a inclusão financeira ao proporcionar serviços de banco para milhões de pessoas. 

    Conforme os desafios regulatórios forem superados e a tecnologia se tornar mais acessível, podemos esperar mudanças significativas na forma como o setor financeiro opera, trazendo benefícios como maior transparência e uma maior democratização dos serviços na área.

  • Mobilidade do Futuro – Para Um Amanhã Mais Verde

    Mobilidade do Futuro – Para Um Amanhã Mais Verde

    O Brasil se prepara para implementar uma série de estratégias sustentáveis e inovadoras que prometem transformar o cenário da mobilidade no País e revolucionar o transporte brasileiro até 2030. Esse é o prazo dado pela ONU, na Agenda 2030, para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que visam erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir prosperidade para todas as pessoas.

    No Brasil, o Mover 2030 (Mobilidade Verde e Inovação) é um programa do Governo Federal, desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que estabelece diretrizes para a indústria automotiva que incentivam o desenvolvimento tecnológico, a competitividade e a sustentabilidade ambiental.  Entre as iniciativas, o programa promove o aumento de investimentos em eficiência energética, com limites mínimos de reciclagem na fabricação de automóveis e diminuição de impostos para empresas menos poluentes.

    Uma das principais metas do programa é a incorporação de tecnologias avançadas, que incentivem uma mobilidade mais limpa e eficiente, nos automóveis brasileiros. Entre as inovações esperadas, destacam-se os veículos autônomos, que utilizam sistemas de inteligência artificial e sensores avançados para navegar e operar sem intervenção humana, e a eletromobilidadeque prevê que até 2030 entre 10% e 30% dos novos veículos vendidos sejam elétricos ou híbridos. Para isso, são esperados a expansão da infraestrutura de recarga e incentivos governamentais para fomentar a adoção desses veículos. Além disso, a integração de tecnologias de Internet das Coisas (IoT) permitirá uma gestão mais eficiente das frotas, otimizando rotas e reduzindo o consumo de combustível.

    Para pensar o futuro da mobilidade, no entanto, é essencial entender a diferença entre tendências e ondas, pois cada uma dessas categorias representa diferentes níveis de impacto e longevidade no cenário da mobilidade.

    As tendências são mudanças de longo prazo que apontam para uma direção clara e contínua, como a crescente adoção de veículos elétricos e híbridos que acontece no Brasil, sustentada pela conscientização ambiental crescente, por avanços tecnológicos e por políticas governamentais de incentivo à redução das emissões de carbono. Já as ondas são mudanças que ganham força rapidamente e nos mostram oportunidades emergentes com potencial de transformar o mercado, sem apresentar grande durabilidade. Um exemplo é o aumento do uso de aplicativos de transporte compartilhado, que alteraram radicalmente a maneira como pensamos a mobilidade urbana e a forma como nos deslocamos na cidade.

    É importante pensarmos que o futuro da mobilidade vai além dos veículos elétricos e modais menos poluentes. Ele passa por uma visão estratégica que abrange escolhas conscientes visando um progresso sustentável e perene dos negócios. Por isso, a transformação digital não é só uma tendência, mas uma necessidade para enfrentar os desafios da mobilidade moderna. Na visão de longo prazo, também contamos com o uso de tecnologias avançadas, junto à inteligência de dados, para reduzir as emissões globais de carbono, uma vez que sabemos que 20% do CO2eq (dióxido de carbono equivalente) emitido na atmosfera é proveniente do transporte.

    O futuro da mobilidade não é uma especulação distante, mas sim uma jornada que já começou. E a transição para veículos elétricos e híbridos, a digitalização e automação dos processos de gestão de frotas, além da adoção de tecnologias sustentáveis, são apenas algumas das mudanças que estão redefinindo a forma como nos movemos. O futuro da mobilidade passa também por mudanças de mentalidade. Esse é o caso do Move for Good, programa de sustentabilidade da Edenred, que completou dois anos e está em linha com o compromisso do Grupo de reduzir suas emissões e alcançar o carbono net zero (equilíbrio entre a quantidade de gases de efeito estufa emitida e a quantidade removida da atmosfera, chegando o mais próximo possível ao zero) até 2050. O programa consiste em três pilares: Mensurar & Reduzir, que visa impulsionar a gestão das emissões e a adoção de melhores práticas para descarbonização de frotas; Compensar & Preservar, que tem como objetivo compensar as emissões de gases de efeito estufa que não puderam ser reduzidas ou evitadas por meio de projetos certificados e apoiar a preservação da biodiversidade; e Conscientizar, que incentiva uma cultura que promova a mobilidade sustentável impulsionando a transformação do comportamento.

    Com a Agenda 2030 da ONU e o programa Mover 2030 no Brasil estabelecendo diretrizes e incentivos para um futuro mais verde, as empresas têm expectativas claras sobre os próximos anos da mobilidade, promovendo a redução de custos e emissões de CO2e (dióxido de carbono equivalente), além de facilitar a gestão de frotas, para transformar o futuro da mobilidade no Brasil em uma realidade concreta, que incentiva práticas sustentáveis benéficas tanto às empresas, às pessoas, e ao meio ambiente. 

  • Open Finance e PIX: Divergências na aceitação pelo mercado brasileiro

    Open Finance e PIX: Divergências na aceitação pelo mercado brasileiro

    O otimismo em relação ao Open Finance tem crescido entre seus entusiastas. Segundo o Relatório Anual do Open Finance, o número de consentimentos ativos alcançou 42 milhões, representando um aumento de 97% em relação ao ano anterior. Desses, 27,7 milhões são consentimentos únicos de pessoas físicas ou empresas. O sistema registrou 1,4 bilhão de chamadas para troca de informações e oferece uma variedade de produtos e serviços.

    Para alguns é um cenário promissor e há os que acreditam que ele não terá tantos avanços. 

    No Brasil, cerca de 15% dos usuários de serviços bancários já compartilham seus dados por meio do Open Finance, enquanto no Reino Unido esse índice é de 13%. O modelo brasileiro, inspirado pelo sucesso do Open Banking britânico, agora se destaca como o maior do mundo.

    Mas tem um ponto que precisamos refletir aqui, consentimento é só o primeiro passo e não necessariamente significa que o sistema realmente esteja sendo adotado pela população. A adoção de um novo produto digital requer boas experiências, facilidade no uso e principalmente entendimento sobre os benefícios sobre o open finance. 

    Existem significativos investimentos no sistema. Segundo a pesquisa de Tecnologia Bancária divulgada na Febraban Tech deste ano, os investimentos realizados pelas instituições financeiras podem totalizar R$ 700 milhões até o final de 2024. Esse aporte está diretamente ligado à ampliação da oferta de produtos e serviços aos clientes, por meio do uso eficiente e seguro dos dados compartilhados.

    A evolução e os investimentos comprovados por dados não surpreendem aqueles que acompanham a digitalização crescente do setor financeiro no Brasil. A população brasileira é reconhecida por sua abertura às novas tecnologias no setor bancário, como demonstrado pelo sucesso do PIX, lançado em 2020, que se tornou o meio de pagamento mais popular do país em 2023, com quase 42 bilhões de transações, segundo a Febraban.

    Porém, apesar do reconhecido avanço do Open Finance em direção à adoção em massa, persiste uma percepção de lentidão na adesão e nos benefícios prometidos por este sistema. Uma das razões para essa sensação pode ser a comparação com o PIX, cujo crescimento exponencial foi facilitado pela simplicidade de uso, não exigindo grandes conhecimentos financeiros por parte de seus usuários para adesão, ao contrário do que ocorre com o Open Finance.

    Um estudo conduzido pelo Instituto Locomotiva em parceria com a Xpeed, divisão de educação financeira da XP, revela que 90% dos entrevistados reconhecem a necessidade de educação financeira. Isso indica que muitos podem não possuir o conhecimento necessário para compreender plenamente os benefícios do compartilhamento de dados financeiros, funcionalidade proposta pelo Open Finance.

    Além disso, devido à natureza sensível dos dados dos consumidores e à necessidade de uma infraestrutura tecnológica robusta capaz de integrar sistemas complexos e garantir segurança de dados entre instituições financeiras, especialistas avaliam que, embora já esteja operacional em algumas áreas, o sistema ainda está em fase de validação. 

    Grandes instituições como Santander, Banco do Brasil, XP Investimentos, entre outras, já implementaram ou estão testando versões do PFM (Personal Finance Management, ou Gestor de Finanças Pessoais), que centraliza múltiplas contas em um único canal para auxiliar os consumidores na administração de seus recursos.

    Mesmo com esses desafios, o Open Finance no Brasil está demonstrando uma adesão gradual de usuários, impulsionado por significativos investimentos das instituições financeiras.

    Embora ainda haja desafios a superar, como a necessidade contínua de educação financeira e a validação completa do sistema em diversas áreas, o país está consolidando sua posição como líder global nesse novo modelo. Com iniciativas como o PIX pavimentando o caminho para uma maior digitalização no setor, o futuro do Open Finance no Brasil parece alinhado com as necessidades e expectativas dos consumidores modernos.

    O caminho para a completa implementação do Open Finance e para a revolução no sistema financeiro é longo. A contínua evolução regulatória, a ampliação do compartilhamento de dados e a crescente aceitação pelo público são passos cruciais nessa jornada. 

    Um outro grande desafio do aumento de adesão ao Openfinance é  sem dúvida o fato de ter as informações descentralizadas (produtos de crédito, empréstimos, cartões, entre outros) e a interface com múltiplos bancos e empresas de crédito,  aumentam a necessidade de disciplina e controle do lado da população. 

    Uma questão muito importante que também não podemos deixar de mencionar são as jornadas de produtos digitais cada vez melhores com entregas de melhores experiências das instituições financeiras para seus clientes, aumentando a satisfação e por consequência a fidelização de seus clientes, resultando cada vez mais clientes mais satisfeitos e talvez menos abertos a aderirem ao openfinance, que acaba potencializado a competitividade do setor. 

     De todo modo, o setor financeiro no Brasil tem avançado, seja com o Pix, com o open finance e muito em breve com o DREX. É um novo caminho, que exigirá novas formas de pensar e de construir produtos digitais melhores e que atendam a dor de cada cliente, deixando cada vez mais o cliente no centro da estratégia e trazendo uma competitividade saudável no país.

  • Construindo relacionamentos com o cliente antes da Black Friday: como engajar e fidelizar consumidores de eletrônicos

    Construindo relacionamentos com o cliente antes da Black Friday: como engajar e fidelizar consumidores de eletrônicos

    A Black Friday é um dos momentos mais aguardados pelos consumidores ao longo do ano, especialmente para aqueles que buscam adquirir produtos tecnológicos com descontos. Em 2024, a expectativa não é diferente. De acordo com uma pesquisa da Nodus, encomendada pela Meta, 75% dos consumidores brasileiros pretendem usar os descontos desse evento, que ocorre em 29 de novembro, para antecipar suas compras de Natal, com eletrônicos liderando a lista dos itens mais desejados. Esses dados reforçam a importância de um planejamento estratégico para as marcas que buscam engajar e fidelizar os clientes antes da data. 

    Os consumidores de eletrônicos são, em sua maioria, informados e exigentes, e buscam o melhor custo-benefício. Para eles, a Black Friday representa uma oportunidade de adquirir produtos de alto valor com preços mais acessíveis. No entanto, conquistar esse público vai além de oferecer descontos atraentes. Em um mercado onde 81% dos consumidores consideram a pesquisa de preços fundamental, segundo dados deste ano da Globo, se destacar entre os concorrentes exige uma estratégia que agregue valor real à experiência de compra. 

    Por isso, o engajamento pré-Black Friday deve começar cedo. As redes sociais, por exemplo, são ferramentas poderosas nesse contexto. Por meio de campanhas criativas e conteúdo relevante, como guias de compra e tutoriais, é possível educar e preparar os consumidores para as melhores ofertas. Incentivar a participação ativa dos clientes nas redes, por meio de enquetes, compartilhamento de expectativas e interações diretas, pode fortalecer a conexão emocional com a marca e gerar confiança. 

    Além disso, um bom atendimento ao cliente é essencial e deve ser uma constante. Se um cliente não tem uma boa experiência antes da Black Friday, é improvável que ele compre ou indique a marca durante o evento. Também é preciso ficar atento ao feedback prévio dos clientes. Incorporar essas sugestões e mostrar que as opiniões dos consumidores foram levadas em consideração pode gerar publicidade positiva e reforçar a confiança na marca. 

    Oferecer descontos antecipados para clientes recorrentes é outra estratégia eficaz. Quando uma marca fornece cupons para recompensar a lealdade dos clientes, os consumidores sabem que vale a pena comprar os produtos daquela empresa e que os descontos são reais. Assim, quando o evento chegar, esses clientes estão mais propensos a buscar as ofertas. 

    A personalização também é uma das maneiras mais eficazes de alcançar esse objetivo. Dados de 2024 do relatório da Kinsta mostram que campanhas segmentadas têm uma taxa de cliques 100,95% maior que campanhas não segmentadas. Isso indica que os consumidores respondem positivamente a ofertas que atendem às suas necessidades e preferências específicas. Portanto, investir em uma boa plataforma de CRM pode ser um diferencial para entender melhor os clientes, personalizar ofertas e, consequentemente, aumentar a taxa de conversão quando a Black Friday finalmente chegar. 

    A criação de campanhas de e-mail marketing personalizadas também traz benefícios. Enviar ofertas e conteúdos relevantes com base no histórico de compras e nas preferências do consumidor não só melhora a experiência, mas aumenta as chances de conversão. Essa comunicação personalizada, quando bem-feita, pode transformar um comprador ocasional em um cliente fiel. 

    Com a data prometendo um crescimento de até 10% no e-commerce, ainda de acordo com a Globo, os consumidores estão cada vez mais conectados, comparando preços e procurando promoções que realmente façam a diferença. Esse cenário exige que as marcas adotem uma abordagem omnichannel, garantindo uma experiência de compra fluida e consistente, seja on-line ou offline. A integração de canais é importante para atender às expectativas dos consumidores, permitindo que eles transitem facilmente entre diferentes plataformas e pontos de contato. 

    O sucesso durante a Black Friday não depende apenas de descontos agressivos, mas de como as marcas constroem e mantêm um relacionamento sólido com seus consumidores ao longo do tempo. Ao focar em bom atendimento, personalização, omnicanalidade e engajamento contínuo, as marcas, não apenas de eletrônicos, podem aumentar suas vendas durante o evento e garantir a fidelidade dos clientes. E posso atestar, esse é o maior sucesso para qualquer marca. 

  • Construindo relacionamentos com o cliente antes da Black Friday: como engajar e fidelizar consumidores de eletrônicos

    Construindo relacionamentos com o cliente antes da Black Friday: como engajar e fidelizar consumidores de eletrônicos

    A Black Friday é um dos momentos mais aguardados pelos consumidores ao longo do ano, especialmente para aqueles que buscam adquirir produtos tecnológicos com descontos. Em 2024, a expectativa não é diferente. De acordo com uma pesquisa da Nodus, encomendada pela Meta, 75% dos consumidores brasileiros pretendem usar os descontos desse evento, que ocorre em 29 de novembro, para antecipar suas compras de Natal, com eletrônicos liderando a lista dos itens mais desejados. Esses dados reforçam a importância de um planejamento estratégico para as marcas que buscam engajar e fidelizar os clientes antes da data. 

    Os consumidores de eletrônicos são, em sua maioria, informados e exigentes, e buscam o melhor custo-benefício. Para eles, a Black Friday representa uma oportunidade de adquirir produtos de alto valor com preços mais acessíveis. No entanto, conquistar esse público vai além de oferecer descontos atraentes. Em um mercado onde 81% dos consumidores consideram a pesquisa de preços fundamental, segundo dados deste ano da Globo, se destacar entre os concorrentes exige uma estratégia que agregue valor real à experiência de compra. 

    Por isso, o engajamento pré-Black Friday deve começar cedo. As redes sociais, por exemplo, são ferramentas poderosas nesse contexto. Por meio de campanhas criativas e conteúdo relevante, como guias de compra e tutoriais, é possível educar e preparar os consumidores para as melhores ofertas. Incentivar a participação ativa dos clientes nas redes, por meio de enquetes, compartilhamento de expectativas e interações diretas, pode fortalecer a conexão emocional com a marca e gerar confiança. 

    Além disso, um bom atendimento ao cliente é essencial e deve ser uma constante. Se um cliente não tem uma boa experiência antes da Black Friday, é improvável que ele compre ou indique a marca durante o evento. Também é preciso ficar atento ao feedback prévio dos clientes. Incorporar essas sugestões e mostrar que as opiniões dos consumidores foram levadas em consideração pode gerar publicidade positiva e reforçar a confiança na marca. 

    Oferecer descontos antecipados para clientes recorrentes é outra estratégia eficaz. Quando uma marca fornece cupons para recompensar a lealdade dos clientes, os consumidores sabem que vale a pena comprar os produtos daquela empresa e que os descontos são reais. Assim, quando o evento chegar, esses clientes estão mais propensos a buscar as ofertas. 

    A personalização também é uma das maneiras mais eficazes de alcançar esse objetivo. Dados de 2024 do relatório da Kinsta mostram que campanhas segmentadas têm uma taxa de cliques 100,95% maior que campanhas não segmentadas. Isso indica que os consumidores respondem positivamente a ofertas que atendem às suas necessidades e preferências específicas. Portanto, investir em uma boa plataforma de CRM pode ser um diferencial para entender melhor os clientes, personalizar ofertas e, consequentemente, aumentar a taxa de conversão quando a Black Friday finalmente chegar. 

    A criação de campanhas de e-mail marketing personalizadas também traz benefícios. Enviar ofertas e conteúdos relevantes com base no histórico de compras e nas preferências do consumidor não só melhora a experiência, mas aumenta as chances de conversão. Essa comunicação personalizada, quando bem-feita, pode transformar um comprador ocasional em um cliente fiel. 

    Com a data prometendo um crescimento de até 10% no e-commerce, ainda de acordo com a Globo, os consumidores estão cada vez mais conectados, comparando preços e procurando promoções que realmente façam a diferença. Esse cenário exige que as marcas adotem uma abordagem omnichannel, garantindo uma experiência de compra fluida e consistente, seja on-line ou offline. A integração de canais é importante para atender às expectativas dos consumidores, permitindo que eles transitem facilmente entre diferentes plataformas e pontos de contato. 

    O sucesso durante a Black Friday não depende apenas de descontos agressivos, mas de como as marcas constroem e mantêm um relacionamento sólido com seus consumidores ao longo do tempo. Ao focar em bom atendimento, personalização, omnicanalidade e engajamento contínuo, as marcas, não apenas de eletrônicos, podem aumentar suas vendas durante o evento e garantir a fidelidade dos clientes. E posso atestar, esse é o maior sucesso para qualquer marca. 

  • Caso X: ter um porta-voz é sinônimo de sucesso

    Caso X: ter um porta-voz é sinônimo de sucesso

    O recente posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF), reafirmado pelo ministro Flávio Dino, ao manter a suspensão da rede social X (anteriormente Twitter) no Brasil, ilumina um aspecto crucial para as empresas estrangeiras que operam ou desejam operar no país: a nomeação de representantes legais. Esta exigência, frequentemente vista como uma formalidade, é na verdade um pilar estratégico essencial para a conformidade regulatória e a proteção dos interesses empresariais.

    O art. 1.134 do Código Civil, em conjunto com as instruções normativas do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (DREI), estipula que empresas estrangeiras devem passar por processos rigorosos de autorização e registro para operar no Brasil. A nomeação de um representante legal é um elemento central neste processo, atuando como intermediário em questões jurídicas e fiscais, e assumindo a responsabilidade de receber notificações e representar a empresa perante a justiça brasileira.

    A importância desse “porta-voz” transcende a mera burocracia, pois trata-se de uma obrigatoriedade para assegurar o funcionamento adequado e a segurança jurídica das operações de qualquer companhia estrangeira. Sem a presença de um representante legal devidamente nomeado, as corporações ficam expostas a uma série de riscos legais e regulatórios, o que pode comprometer seriamente a reputação, tanto no mercado local, quanto no cenário global como um todo.

    A recente situação da rede social X que, além de retirar a atuação no Brasil, anunciou o fechamento do escritório em resposta a ameaças judiciais, exemplifica as consequências de não se atentar a esse aspecto. O descumprimento das decisões judiciais levou a medidas preocupantes para a organização, incluindo a possibilidade de multas e prisão do responsável pelo escritório. É preciso entender que, quando se trata do universo dos negócios e operações fora do país de origem, o improvável sempre pode acontecer. 

    É melhor prevenir do que remediar. Em setores altamente regulamentados, como aviação, telecomunicações e tecnologia, o governo brasileiro tem intensificado o controle e a responsabilidade das empresas. A ausência de um representante local pode resultar em interrupções bruscas no funcionamento, o que se reflete nos resultados e, por consequência, na reputação da companhia. Para aqueles que querem ser bem sucedidos em outros territórios, entender a importância de um embaixador do negócio é sinônimo de garantir a sobrevivência. 

    A experiência recente da rede social X deve servir como um alerta. A conformidade com as exigências regulatórias locais e a manutenção de uma representação legal robusta são práticas essenciais para a estabilidade e continuidade da atuação no Brasil. Não se deve visualizar esse esforço como um entrave burocrático, mas uma salvaguarda indispensável para o sucesso.

  • Chargebacks e a relação de compra e venda no mercado brasileiro de meios de pagamento

    Chargebacks e a relação de compra e venda no mercado brasileiro de meios de pagamento

    A digitalização das transações de compra e venda está dinamizando o setor de meios de pagamento, um cenário cada vez mais desafiador, apesar de dinâmico e constante. É um panorama que pressupõe o crescimento significativo do comércio, a exemplo do e-commerce, graças às mudanças dos hábitos de consumo da sociedade e da cultura de compra e venda no Brasil.

    Em 2024, circunstâncias ligadas a desafios de sobrevivência e de ampliação das operações, diante da quantidade de concorrentes e do aumento das taxas de investimento, foram experienciadas por essa categoria de mercado, com avanço tecnológico significativo, devido às inovações e tendências digitais e às possibilidades de escolha oferecidas ao consumidor quanto aos novos modelos de pagamento.

    Crescimento do e-commerce brasileiro

    Como um segmento à parte no mercado de meios de pagamento, o e-commerce tem suas particularidades diante das responsabilidades nas operações que efetiva e nas transações que participa, principalmente quando o assunto é cancelamento de compra e chargeback. Augustinho Mariano, Diretor da HPay Meios de Pagamentos Ltda, aponta fatores de grande evolução no e-commerce, mas uma certa preocupação com as taxas das operações online. “Hoje, os responsáveis pelas transações realizadas em negócios online devem se preocupar com custos de investimentos em compliance, tecnologia e ferramentas, para que possam mitigar cada vez mais os riscos relacionados ao cancelamento de compras; no entanto, a grande preocupação ainda é saber calibrar o custo de taxas que é cobrado do cliente final, mitigando parte da operação desses riscos. O fato é que o chargeback é inevitável em uma operação de e-commerce, desde motivos de desistência da transação, até fraudes efetivas”, afirma o executivo.

    Segundo uma pesquisa realizada pelo Google, em parceria com a Euromonitor, até 2025, o e-commerce brasileiro deve crescer 42%. Mariano comenta que, para que as lojas online consigam se proteger dos riscos de fraude, frente a esse crescimento, e evitar possíveis disputas pelo comprador, os adquirentes devem se incumbir de apoiar a descoberta de novas ferramentas antifraude, um investimento que precisa ser realizado pelos adquirentes e fornecido aos seus parceiros ligados diretamente com as suas plataformas, seja um gateway de pagamentos e até mesmo os estabelecimentos comerciais. “As ferramentas antifraude são muito importantes e ficam muito próximas de serem comparadas com uma transação presencial, a exemplo do 3DS. Todas as bandeiras deveriam exigir o investimento em 3DS aos adquirentes e emissores e fornecê-lo ao mercado e às plataformas de e-commerce. Esse é um crescimento inevitável, assim como a busca por mais ferramentas de proteção”, afirma o Diretor da HPay. Quanto ao 3DS, o executivo comenta sobre a importância do investimento nesse protocolo de autenticação, responsável por abranger três domínios essenciais dentro do contexto de meios de pagamento, que são adquirente, emissor, bandeiras e meios de pagamento, para facilitar, em tempo real, a troca de informações, com dados inclusos quanto à transação, ao método de pagamento e ao dispositivo usado para executar a compra.

    Quem realmente paga pela contestação de uma compra?

    O processo do chargeback, entre recuperação, request, compliance e pré-compliance, é antigo e trazido pela evolução das relações de compra e venda. “Quando há gente definitivamente interessada em resolver o problema do chargeback nas duas pontas, ou seja, o portador interessado em resolver a dor dele de querer cancelar sua compra e apresentar idoneidade nas ações de um lado, e a responsabilidade do emissor em questionar o adquirente, junto ao interesse do adquirente em entrar em contato com o estabelecimento comercial de outro, formará uma rede de acontecimentos idônea que possibilitará encontrar o responsável pelo custo do chargeback”, pondera Mariano.

    O executivo acredita que os cinco elementos do processo de cancelamento de uma compra, que são o portador, emissor, adquirente, gateway de pagamento e o estabelecimento comercial, devem estar unidos para encontrar o responsável pelo débito do chageback, mas quando há falhas em um desses elementos, apenas o gateway de pagamento, um serviço que captura as transações com cartão de crédito para transações online, acaba por se responsabilizar, na maioria das vezes, pelo processo. “Quando há idoneidade nas ações de todos os elementos, há a possibilidade de encontrar o responsável pelo chargeback, o que dificulta quando encontramos falhas em alguma ponta, nos cinco elementos”, considera o Executivo.

    Recuperação do valor disputado do cancelamento de uma compra para evitar as sobretaxas

    De acordo com a ABECS, associação que representa as empresas do setor de meios eletrônicos de pagamento, os brasileiros fazem, em média, 120 milhões de pagamentos por dia. No primeiro semestre de 2024, o uso dos cartões ultrapassou o patamar de 22 bilhões de transações, o maior resultado já registrado para um semestre. São números que delimitam os riscos diários vivenciados pelas empresas, independentemente do mercado em que atuam, a exemplo das contestações de pagamento e do pedido do portador para disputar o valor gasto com a compra que deseja cancelar, delimitando que os custos desses riscos precisam ser controlados e que há um valor a ser recuperado com esse cancelamento. “Só há sobretaxa nas operações quando o nível de chargeback for muito alto. Nesse momento, as bandeiras de cartões analisam o CNPJ do principal responsável no ato da captura da transação na ponta, seja um gateway de pagamento, ou seja, um lojista direto, que tem sua operação própria de ecommerce e constata que ele passou de 0,50% de todo o seu transacional mensal entre limite de cancelamento e chargeback”, explica o executivo. “Para as bandeiras, cancelamento e chargeback são calculados como uma única ação, colocando no mesmo balde de avaliação. Muitas transações canceladas pelo estabelecimento comercial também estão inclusas no processo de chargeback excessivo, que a bandeira usa para monitorar o gateway de pagamento e o próprio estabelecimento comercial”, aponta.

    Diariamente, empresas que atuam online correm riscos inúmeros, mas o fato é que esses riscos podem seguir além do cancelamento de uma compra. “O lojista precisa ter 100% de ciência do produto que ele comercializa. O número de riscos de fraude aumenta conforme o valor agregado do produto. Hoje, o adquirente já oferece a oportunidade, dentro da contestação, de apresentação de documentação para o e-commerce, uma possibilidade que o comércio não tinha até há um tempo atrás”, confessa Mariano. “Dentro do processo do chargeback, essa ação ficou muito parecida com as transações presenciais. Para que o lojista consiga mitigar os riscos, ele deve se certificar quanto aos dados do comprador e saber que é ele mesmo quem está comprando o produto, pedindo o maior número de informações possíveis, respeitando, claro, as Leis de Proteção de Dados, por exemplo. A partir do momento em que o lojista optar por conhecer seu produto e não focar apenas em ganhos financeiros, ele passa a criar camadas de dificuldades diante das ocorrências de fraudes, com materiais que comprovem para o adquirente em uma possível contestação que foi o comprador quem fez a compra em si, ao mesmo tempo em que deve manter algumas facilidades, para que ele não perca o cliente idôneo. Dessa forma, ele conseguirá mitigar ainda mais os riscos de seu comércio”, garante o Executivo.

    Educação do lojista e do estabelecimento comercial: uma necessidade para a cultura brasileira de meios de pagamento

    O executivo defende que é necessário ter uma cultura de educação quanto aos bons costumes que o comércio deve colocar em prática para efetivar a venda de seu produto. “Sempre comento sobre questões relacionadas à cultura de meios de pagamento. A segurança da operação no Brasil é, sem sombra de dúvida, uma das mais eficientes quando se fala em sistema financeiro e meios de pagamento, e na minha visão, uma das melhores do mundo. Quando comento sobre idoneidade, eu falo sobre colocar transações de compra e venda em prática da forma correta. O proprietário do estabelecimento comercial está preocupado com seu negócio, porque ele precisa comprar, vender e lucrar, o objetivo principal, ao mesmo tempo em que ele deve administrar o seu crescimento. É muita informação que antecede a busca por uma cultura de segurança no ato da venda. Muitas vezes, é importante que o lojista passe a confiar ainda mais no executivo de adquirência, responsável por levar o produto de meios de pagamento para ele”, afirma o Diretor da HPay, ao falar sobre a dificuldade de conhecimento de segurança em meios de pagamento, com que comerciantes Brasil afora sofrem no momento de pensar na venda de seu produto por e-commerce. “Diante dos quase 30 anos de experiência no mercado de meios de pagamento que vivenciei, vejo que mais de 90% dos estabelecimentos comerciais brasileiros, ativos há mais de um ano, não têm o hábito de fazer sua conciliação de recebimentos, porque não têm tempo para isso, pois no final do dia ele já está preocupado com o dia seguinte, em trabalhar para que o seu estabelecimento comercial cresça. Quando esses comerciantes possuem alguém para fazer a conciliação, ela acontece de forma manual. É importante que a cultura de meios de pagamento seja gerada junto ao estabelecimento comercial por quem leva o produto de meios de pagamentos até sua porta. ”, finaliza o executivo.

    KSK Exceptions Chargeback como um grande gerador de cultura no tratamento digital de exceções

    Ao contrário do tratamento manual dos chargebacks e cancelamentos de compra a pedido do portador do cartão, que geralmente são efetivados no Brasil, o produto KSK Exceptions Chargeback oferece ao adquirente a oportunidade de realizar esse tratamento digitalmente e de maneira facilitada. “O KSK Exceptions Chargeback é capaz de tratar de 90 a 105 casos por dia, devolvendo uma média de 75% na automação do tratamento, porque é um produto bem estruturado, assertivo, confiável e consegue controlar os chargebacks”, afirma Luciana Munhoz, especialista em Operações da Kstack, startup especializada e responsável pelo produto KSK Exceptions Chargeback, de tratamento digital do chargeback.

    O produto apresenta estratégia positiva de negócios e a maximização de performance do time operacional, concedendo menor impacto em custos, por agir digitalmente, com robustez, e atender tanto as vendas físicas, como as vendas online, e ainda oferece regras automáticas e facilidades para tratar a reversão de um pagamento, mesmo diante do aumento das vendas.

  • Chargebacks e a relação de compra e venda no mercado brasileiro de meios de pagamento

    Chargebacks e a relação de compra e venda no mercado brasileiro de meios de pagamento

    A digitalização das transações de compra e venda está dinamizando o setor de meios de pagamento, um cenário cada vez mais desafiador, apesar de dinâmico e constante. É um panorama que pressupõe o crescimento significativo do comércio, a exemplo do e-commerce, graças às mudanças dos hábitos de consumo da sociedade e da cultura de compra e venda no Brasil.

    Em 2024, circunstâncias ligadas a desafios de sobrevivência e de ampliação das operações, diante da quantidade de concorrentes e do aumento das taxas de investimento, foram experienciadas por essa categoria de mercado, com avanço tecnológico significativo, devido às inovações e tendências digitais e às possibilidades de escolha oferecidas ao consumidor quanto aos novos modelos de pagamento.

    Crescimento do e-commerce brasileiro

    Como um segmento à parte no mercado de meios de pagamento, o e-commerce tem suas particularidades diante das responsabilidades nas operações que efetiva e nas transações que participa, principalmente quando o assunto é cancelamento de compra e chargeback. Augustinho Mariano, Diretor da HPay Meios de Pagamentos Ltda, aponta fatores de grande evolução no e-commerce, mas uma certa preocupação com as taxas das operações online. “Hoje, os responsáveis pelas transações realizadas em negócios online devem se preocupar com custos de investimentos em compliance, tecnologia e ferramentas, para que possam mitigar cada vez mais os riscos relacionados ao cancelamento de compras; no entanto, a grande preocupação ainda é saber calibrar o custo de taxas que é cobrado do cliente final, mitigando parte da operação desses riscos. O fato é que o chargeback é inevitável em uma operação de e-commerce, desde motivos de desistência da transação, até fraudes efetivas”, afirma o executivo.

    Segundo uma pesquisa realizada pelo Google, em parceria com a Euromonitor, até 2025, o e-commerce brasileiro deve crescer 42%. Mariano comenta que, para que as lojas online consigam se proteger dos riscos de fraude, frente a esse crescimento, e evitar possíveis disputas pelo comprador, os adquirentes devem se incumbir de apoiar a descoberta de novas ferramentas antifraude, um investimento que precisa ser realizado pelos adquirentes e fornecido aos seus parceiros ligados diretamente com as suas plataformas, seja um gateway de pagamentos e até mesmo os estabelecimentos comerciais. “As ferramentas antifraude são muito importantes e ficam muito próximas de serem comparadas com uma transação presencial, a exemplo do 3DS. Todas as bandeiras deveriam exigir o investimento em 3DS aos adquirentes e emissores e fornecê-lo ao mercado e às plataformas de e-commerce. Esse é um crescimento inevitável, assim como a busca por mais ferramentas de proteção”, afirma o Diretor da HPay. Quanto ao 3DS, o executivo comenta sobre a importância do investimento nesse protocolo de autenticação, responsável por abranger três domínios essenciais dentro do contexto de meios de pagamento, que são adquirente, emissor, bandeiras e meios de pagamento, para facilitar, em tempo real, a troca de informações, com dados inclusos quanto à transação, ao método de pagamento e ao dispositivo usado para executar a compra.

    Quem realmente paga pela contestação de uma compra?

    O processo do chargeback, entre recuperação, request, compliance e pré-compliance, é antigo e trazido pela evolução das relações de compra e venda. “Quando há gente definitivamente interessada em resolver o problema do chargeback nas duas pontas, ou seja, o portador interessado em resolver a dor dele de querer cancelar sua compra e apresentar idoneidade nas ações de um lado, e a responsabilidade do emissor em questionar o adquirente, junto ao interesse do adquirente em entrar em contato com o estabelecimento comercial de outro, formará uma rede de acontecimentos idônea que possibilitará encontrar o responsável pelo custo do chargeback”, pondera Mariano.

    O executivo acredita que os cinco elementos do processo de cancelamento de uma compra, que são o portador, emissor, adquirente, gateway de pagamento e o estabelecimento comercial, devem estar unidos para encontrar o responsável pelo débito do chageback, mas quando há falhas em um desses elementos, apenas o gateway de pagamento, um serviço que captura as transações com cartão de crédito para transações online, acaba por se responsabilizar, na maioria das vezes, pelo processo. “Quando há idoneidade nas ações de todos os elementos, há a possibilidade de encontrar o responsável pelo chargeback, o que dificulta quando encontramos falhas em alguma ponta, nos cinco elementos”, considera o Executivo.

    Recuperação do valor disputado do cancelamento de uma compra para evitar as sobretaxas

    De acordo com a ABECS, associação que representa as empresas do setor de meios eletrônicos de pagamento, os brasileiros fazem, em média, 120 milhões de pagamentos por dia. No primeiro semestre de 2024, o uso dos cartões ultrapassou o patamar de 22 bilhões de transações, o maior resultado já registrado para um semestre. São números que delimitam os riscos diários vivenciados pelas empresas, independentemente do mercado em que atuam, a exemplo das contestações de pagamento e do pedido do portador para disputar o valor gasto com a compra que deseja cancelar, delimitando que os custos desses riscos precisam ser controlados e que há um valor a ser recuperado com esse cancelamento. “Só há sobretaxa nas operações quando o nível de chargeback for muito alto. Nesse momento, as bandeiras de cartões analisam o CNPJ do principal responsável no ato da captura da transação na ponta, seja um gateway de pagamento, ou seja, um lojista direto, que tem sua operação própria de ecommerce e constata que ele passou de 0,50% de todo o seu transacional mensal entre limite de cancelamento e chargeback”, explica o executivo. “Para as bandeiras, cancelamento e chargeback são calculados como uma única ação, colocando no mesmo balde de avaliação. Muitas transações canceladas pelo estabelecimento comercial também estão inclusas no processo de chargeback excessivo, que a bandeira usa para monitorar o gateway de pagamento e o próprio estabelecimento comercial”, aponta.

    Diariamente, empresas que atuam online correm riscos inúmeros, mas o fato é que esses riscos podem seguir além do cancelamento de uma compra. “O lojista precisa ter 100% de ciência do produto que ele comercializa. O número de riscos de fraude aumenta conforme o valor agregado do produto. Hoje, o adquirente já oferece a oportunidade, dentro da contestação, de apresentação de documentação para o e-commerce, uma possibilidade que o comércio não tinha até há um tempo atrás”, confessa Mariano. “Dentro do processo do chargeback, essa ação ficou muito parecida com as transações presenciais. Para que o lojista consiga mitigar os riscos, ele deve se certificar quanto aos dados do comprador e saber que é ele mesmo quem está comprando o produto, pedindo o maior número de informações possíveis, respeitando, claro, as Leis de Proteção de Dados, por exemplo. A partir do momento em que o lojista optar por conhecer seu produto e não focar apenas em ganhos financeiros, ele passa a criar camadas de dificuldades diante das ocorrências de fraudes, com materiais que comprovem para o adquirente em uma possível contestação que foi o comprador quem fez a compra em si, ao mesmo tempo em que deve manter algumas facilidades, para que ele não perca o cliente idôneo. Dessa forma, ele conseguirá mitigar ainda mais os riscos de seu comércio”, garante o Executivo.

    Educação do lojista e do estabelecimento comercial: uma necessidade para a cultura brasileira de meios de pagamento

    O executivo defende que é necessário ter uma cultura de educação quanto aos bons costumes que o comércio deve colocar em prática para efetivar a venda de seu produto. “Sempre comento sobre questões relacionadas à cultura de meios de pagamento. A segurança da operação no Brasil é, sem sombra de dúvida, uma das mais eficientes quando se fala em sistema financeiro e meios de pagamento, e na minha visão, uma das melhores do mundo. Quando comento sobre idoneidade, eu falo sobre colocar transações de compra e venda em prática da forma correta. O proprietário do estabelecimento comercial está preocupado com seu negócio, porque ele precisa comprar, vender e lucrar, o objetivo principal, ao mesmo tempo em que ele deve administrar o seu crescimento. É muita informação que antecede a busca por uma cultura de segurança no ato da venda. Muitas vezes, é importante que o lojista passe a confiar ainda mais no executivo de adquirência, responsável por levar o produto de meios de pagamento para ele”, afirma o Diretor da HPay, ao falar sobre a dificuldade de conhecimento de segurança em meios de pagamento, com que comerciantes Brasil afora sofrem no momento de pensar na venda de seu produto por e-commerce. “Diante dos quase 30 anos de experiência no mercado de meios de pagamento que vivenciei, vejo que mais de 90% dos estabelecimentos comerciais brasileiros, ativos há mais de um ano, não têm o hábito de fazer sua conciliação de recebimentos, porque não têm tempo para isso, pois no final do dia ele já está preocupado com o dia seguinte, em trabalhar para que o seu estabelecimento comercial cresça. Quando esses comerciantes possuem alguém para fazer a conciliação, ela acontece de forma manual. É importante que a cultura de meios de pagamento seja gerada junto ao estabelecimento comercial por quem leva o produto de meios de pagamentos até sua porta. ”, finaliza o executivo.

    KSK Exceptions Chargeback como um grande gerador de cultura no tratamento digital de exceções

    Ao contrário do tratamento manual dos chargebacks e cancelamentos de compra a pedido do portador do cartão, que geralmente são efetivados no Brasil, o produto KSK Exceptions Chargeback oferece ao adquirente a oportunidade de realizar esse tratamento digitalmente e de maneira facilitada. “O KSK Exceptions Chargeback é capaz de tratar de 90 a 105 casos por dia, devolvendo uma média de 75% na automação do tratamento, porque é um produto bem estruturado, assertivo, confiável e consegue controlar os chargebacks”, afirma Luciana Munhoz, especialista em Operações da Kstack, startup especializada e responsável pelo produto KSK Exceptions Chargeback, de tratamento digital do chargeback.

    O produto apresenta estratégia positiva de negócios e a maximização de performance do time operacional, concedendo menor impacto em custos, por agir digitalmente, com robustez, e atender tanto as vendas físicas, como as vendas online, e ainda oferece regras automáticas e facilidades para tratar a reversão de um pagamento, mesmo diante do aumento das vendas.

  • LGPD: bolo, brigadeiro e algumas coisas a comemorar

    LGPD: bolo, brigadeiro e algumas coisas a comemorar

    Quando o assunto é proteção de dados, o Brasil ainda está dando os primeiros passos. Porém, são passos firmes e muito importantes. Se fôssemos comparar a legislação à uma criança, nos próximos dias teríamos festa, bolo e brigadeiro: dia 18 de setembro completa quatro anos da vigência da Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD (Lei 13.709/2018).

    Apenas quatro letras, mas que trouxeram tantos impactos – positivos, diga-se de passagem! Nos últimos anos, o tema “proteção de dados” ganhou relevância no Brasil e vem sendo discutido na mídia, no ambiente corporativo e entre a sociedade em geral. Porém, em muitos países, a segurança da informação é uma realidade presente antes mesmo de a internet se consolidar como ferramenta de trabalho e de entretenimento.

    Ou seja, o pensamento brasileiro, individual e corporativo, ainda está engatinhando, enquanto o europeu já desfruta a maturidade dessa cultura. Até porque, em 1981, na Europa, nascia o Tratado Internacional de Proteção de Dados, documento que mais tarde se tornou base para outros regulamentos.

    Já são quatro anos da vigência da LGPD no Brasil e uma parcela das empresas foram atrás das ferramentas necessárias para se adequar à lei e evitar passivos e problemas quando o assunto é proteção de dados. Antes disso, no entanto, a grande maioria ignorava o assunto e não tinha políticas estabelecidas que proporcionassem um nível aceitável de segurança às informações pessoais.

    No entanto, mesmo depois de tanto debate e tantos episódios negativos, ainda existe um número significativo de corporações que não implementou nenhuma medida técnica e administrativa, como a política de segurança para adequar-se à LGPD. Optou por correr riscos, negligenciando sua base de dados e sua carteira de clientes. Um levantamento do Grupo Daryus mostrou que 80% das empresas brasileiras ainda não estão completamente adequadas à LGPD – 35% afirmaram estar parcialmente adequadas e 24% em fase inicial de adequação.

    A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), autarquia responsável por regulamentar, fiscalizar e aplicar as disposições previstas na legislação relacionada à proteção de dados pessoais, está ativa e atenta às arbitrariedades cometidas contra os titulares dos dados. Ao contrário do que se pensava até pouco tempo, a internet não é uma terra sem lei.

    Em muitos casos, o que impulsiona as organizações a estabelecerem uma estrutura de proteção de dados é o receio das penalidades e sanções previstas na LGPD, bem como para cumprir as exigências contratuais. Porém, o que deveria impulsionar as empresas é o compromisso com a segurança de seus clientes e colaboradores, não apenas a legislação. Além disso, as informações são extremamente valiosas para as empresas. É por meio delas que são conhecidos os hábitos e a forma de consumo de seus clientes, possibilitando antecipar ofertas de serviços e produtos ou mesmo corrigir estratégias.

    Enquanto as pessoas começam a compreender que a proteção de seus dados pessoais é um direito previsto em lei, os criminosos aproveitam as vulnerabilidades das empresas e sistemas para roubar essas informações, uma vez que os dados valem muito dinheiro no mercado clandestino. Uma pesquisa da Cybersecurity Venture apontou que os crimes cibernéticos devem causar prejuízos estimados em cerca de US$ 10,5 trilhões, anualmente, até 2025.

  • LGPD: bolo, brigadeiro e algumas coisas a comemorar

    LGPD: bolo, brigadeiro e algumas coisas a comemorar

    Quando o assunto é proteção de dados, o Brasil ainda está dando os primeiros passos. Porém, são passos firmes e muito importantes. Se fôssemos comparar a legislação à uma criança, nos próximos dias teríamos festa, bolo e brigadeiro: dia 18 de setembro completa quatro anos da vigência da Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD (Lei 13.709/2018).

    Apenas quatro letras, mas que trouxeram tantos impactos – positivos, diga-se de passagem! Nos últimos anos, o tema “proteção de dados” ganhou relevância no Brasil e vem sendo discutido na mídia, no ambiente corporativo e entre a sociedade em geral. Porém, em muitos países, a segurança da informação é uma realidade presente antes mesmo de a internet se consolidar como ferramenta de trabalho e de entretenimento.

    Ou seja, o pensamento brasileiro, individual e corporativo, ainda está engatinhando, enquanto o europeu já desfruta a maturidade dessa cultura. Até porque, em 1981, na Europa, nascia o Tratado Internacional de Proteção de Dados, documento que mais tarde se tornou base para outros regulamentos.

    Já são quatro anos da vigência da LGPD no Brasil e uma parcela das empresas foram atrás das ferramentas necessárias para se adequar à lei e evitar passivos e problemas quando o assunto é proteção de dados. Antes disso, no entanto, a grande maioria ignorava o assunto e não tinha políticas estabelecidas que proporcionassem um nível aceitável de segurança às informações pessoais.

    No entanto, mesmo depois de tanto debate e tantos episódios negativos, ainda existe um número significativo de corporações que não implementou nenhuma medida técnica e administrativa, como a política de segurança para adequar-se à LGPD. Optou por correr riscos, negligenciando sua base de dados e sua carteira de clientes. Um levantamento do Grupo Daryus mostrou que 80% das empresas brasileiras ainda não estão completamente adequadas à LGPD – 35% afirmaram estar parcialmente adequadas e 24% em fase inicial de adequação.

    A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), autarquia responsável por regulamentar, fiscalizar e aplicar as disposições previstas na legislação relacionada à proteção de dados pessoais, está ativa e atenta às arbitrariedades cometidas contra os titulares dos dados. Ao contrário do que se pensava até pouco tempo, a internet não é uma terra sem lei.

    Em muitos casos, o que impulsiona as organizações a estabelecerem uma estrutura de proteção de dados é o receio das penalidades e sanções previstas na LGPD, bem como para cumprir as exigências contratuais. Porém, o que deveria impulsionar as empresas é o compromisso com a segurança de seus clientes e colaboradores, não apenas a legislação. Além disso, as informações são extremamente valiosas para as empresas. É por meio delas que são conhecidos os hábitos e a forma de consumo de seus clientes, possibilitando antecipar ofertas de serviços e produtos ou mesmo corrigir estratégias.

    Enquanto as pessoas começam a compreender que a proteção de seus dados pessoais é um direito previsto em lei, os criminosos aproveitam as vulnerabilidades das empresas e sistemas para roubar essas informações, uma vez que os dados valem muito dinheiro no mercado clandestino. Uma pesquisa da Cybersecurity Venture apontou que os crimes cibernéticos devem causar prejuízos estimados em cerca de US$ 10,5 trilhões, anualmente, até 2025.