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  • Cibersegurança: fator humano é responsável por 74% dos ataques

    Cibersegurança: fator humano é responsável por 74% dos ataques

    Uma das principais preocupações das empresas tem sido a proteção contra ameaças digitais. E mesmo adotando uma série de medidas, aplicativos e soluções inovadoras para evitar invasões e roubo de dados, a questão não depende apenas de tecnologias avançadas, mas também do comportamento humano. A constatação é do especialista em cibersegurança da dataRain, Leonardo Baiardi, que aponta que 74% dos ciberataques tem como causa o fator humano. O executivo destaca como o treinamento adequado dos colaboradores pode ser essencial para uma estratégia eficaz de segurança. 

    Baiardi considera o ser humano como o elo mais fraco, quando tratamos de riscos cibernéticos em ambiente corporativo. “Todos na empresa precisam entender que são responsáveis pela segurança dos dados, e isso só é alcançado com treinamento, responsabilização e comunicação entre as áreas. É preciso que todos estejam conscientes sobre os riscos aos quais estão expostos”. 

    A opinião do especialista complementa o que foi constatado pelo Relatório do Fator Humano de 2023, da Proofpoint, que destaca o papel significativo dos fatores humanos nas vulnerabilidades de segurança. O estudo revela aumento em doze vezes no volume de ataques de engenharia social via dispositivos móveis, um tipo de ataque que começa com mensagens aparentemente inofensivas, gerando relacionamentos. Isto ocorre, segundo Baiardi, porque o comportamento humano pode ser manipulado. “Já dizia o lendário hacker Kevin Mitnick, que a mente humana é o ativo mais fácil de hackear. Afinal, os seres humanos possuem uma camada emocional altamente suscetível à influência externa, o que pode levar a ações precipitadas como clicar em links maliciosos ou compartilhar informações sensíveis”, diz.

    Kits de phishing para bypass de autenticação multifator (MFA); e ataques baseados em nuvem, nos quais cerca de 94% dos usuários são alvo de ataques todos os meses, também estão entre as ameaças mais registradas pelo relatório.

    Erros mais comuns

    Entre os erros mais comuns que levam a falhas de segurança, Baiardi lista: não verificar a autenticidade de e-mails; deixar computadores desbloqueados; usar redes Wi-Fi públicas para acessar informações corporativas; e adiar atualizações de software. 

    “Esses comportamentos podem abrir portas para invasões e comprometimento de dados”, explica. Para não cair em golpes, o especialista recomenda evitar clicar em links suspeitos. Por isso, indica verificar o remetente, o domínio do e-mail e a urgência da mensagem. “Se ainda assim restarem dúvidas, uma dica é deixar o ponteiro do mouse sobre o link sem clicar, permitindo visualizar a URL completa. Se parecer suspeito, provavelmente é malicioso”, informa.

    Phishing

    O phishing é uma das maiores ameaças cibernéticas, utilizando o e-mail corporativo como vetor de ataque. Para se proteger, Baiardi sugere uma abordagem em camadas: conscientização e treinamento para os colaboradores, além de medidas técnicas robustas.

    Manter softwares e sistemas operacionais atualizados é vital para reduzir vulnerabilidades. “Novas vulnerabilidades surgem diariamente. A forma mais simples de reduzir os riscos é mantendo os sistemas atualizados. Em ambientes de missão-crítica, onde não é possível realizar atualizações constantes, é necessária uma estratégia mais robusta”.

    Ele traz um exemplo real de como o treinamento eficaz ajuda a prevenir ataques. “Após implementar simulações de phishing e treinamentos, observamos um aumento significativo de reportes de tentativas de phishing por parte dos funcionários, demonstrando um senso crítico mais apurado frente às ameaças”.

    Para medir a eficácia dos treinamentos, Baiardi sugere delimitar um escopo claro e realizar simulações periódicas com métricas pré-definidas. “É preciso medir a quantidade e a qualidade das respostas dos colaboradores a possíveis ameaças”.

    O executivo cita que, segundo relatório da empresa de educação em cibersegurança, Knowbe4, o Brasil ficou atrás de países como Colômbia, Chile, Equador e Peru. O levantamento de 2024 aponta a questão do colaborador entender a importância da cibersegurança, mas não compreender, de fato, como as ameaças operam e funcionam. Por isso, destaca a importância da cultura organizacional na promoção de práticas seguras: “Sem um programa bem implementado de cultura de cibersegurança, é impossível mensurar o grau de maturidade que uma empresa possui nesse aspecto”. 

    O especialista é ainda responsável por conduzir a entrega de ofertas de cibersegurança promovidos pela dataRain, que oferece soluções robustas e rápidas de implementar, como Email Security, Assessments de Conformidade e Vulnerabilidade, Endpoint Security, e Governança em Nuvem. “A cibersegurança é um desafio contínuo, e as pessoas são peça fundamental para garantir a proteção das informações e a integridade dos sistemas. Investir em treinamento e conscientização é investir na segurança de toda a organização. E todas as nossas entregas são acompanhadas de transferência de conhecimento, que permite aumentar o grau de consciência do cliente frente às ameaças”, finaliza.

  • Saiba como usar o Flux, o novo gerador de imagens ultrarealistas com IA, no Brasil

    Saiba como usar o Flux, o novo gerador de imagens ultrarealistas com IA, no Brasil

    Inner AI, startup que está reimaginando a criação de conteúdo com inteligência artificial, acaba de anunciar a integração do Flux, um avançado gerador de imagens por IA, na sua plataforma. Com o novo algoritmo que agora supera a capacidade do Midjourney, a plataforma promete revolucionar a maneira como criadores de conteúdo trabalham juntos com IA, trazendo inovação e eficiência ao mercado brasileiro.

    O Flux utiliza tecnologia de última geração para criar imagens realistas e artisticamente impressionantes, oferecendo capacidades poderosas e acessíveis para designers e profissionais de marketing. O Algoritmo foi criado pelos fundadores da Stable Diffusion, uma das principais empresas no mercado de IA, e é mais um grande avanço para a comunidade de código aberto, vindo alguns dias após o Llama bater de frente com o GPT.

    A integração do Flux à nossa plataforma representa mais um grande avanço do ecossistema opensource, e reforça o comprometimento da Inner de sempre ter os melhores modelos de IA disponíveis imediatamente aos nossos usuários em uma única plataforma”, afirma Pedro Salles, CEO da Inner AI.

    A Inner AI tem se destacado no cenário nacional como uma plataforma inovadora, dedicada a oferecer soluções tecnológicas de ponta. Com a adição do Flux, a empresa fortalece ainda mais sua posição no mercado, proporcionando aos usuários uma experiência superior na criação de conteúdo visual.

    Para marcar o lançamento, a Inner AI oferece algumas gerações gratuitas com o FLUX para novos usuários da plataforma. Além disso, a plataforma contará com tutoriais e suporte técnico para garantir que todos os usuários possam aproveitar ao máximo os benefícios do Flux.

    Cada vez mais, os modelos de IA estão virando uma comodidade, e estamos animados para um futuro onde plataformas como a Inner possam gerar valor na agregação fluida dos melhores modelos e inovações utilizando a IA para facilitar fluxos de trabalho”, conclui Salles.

  • Saiba como usar o Flux, o novo gerador de imagens ultrarealistas com IA, no Brasil

    Saiba como usar o Flux, o novo gerador de imagens ultrarealistas com IA, no Brasil

    Inner AI, startup que está reimaginando a criação de conteúdo com inteligência artificial, acaba de anunciar a integração do Flux, um avançado gerador de imagens por IA, na sua plataforma. Com o novo algoritmo que agora supera a capacidade do Midjourney, a plataforma promete revolucionar a maneira como criadores de conteúdo trabalham juntos com IA, trazendo inovação e eficiência ao mercado brasileiro.

    O Flux utiliza tecnologia de última geração para criar imagens realistas e artisticamente impressionantes, oferecendo capacidades poderosas e acessíveis para designers e profissionais de marketing. O Algoritmo foi criado pelos fundadores da Stable Diffusion, uma das principais empresas no mercado de IA, e é mais um grande avanço para a comunidade de código aberto, vindo alguns dias após o Llama bater de frente com o GPT.

    A integração do Flux à nossa plataforma representa mais um grande avanço do ecossistema opensource, e reforça o comprometimento da Inner de sempre ter os melhores modelos de IA disponíveis imediatamente aos nossos usuários em uma única plataforma”, afirma Pedro Salles, CEO da Inner AI.

    A Inner AI tem se destacado no cenário nacional como uma plataforma inovadora, dedicada a oferecer soluções tecnológicas de ponta. Com a adição do Flux, a empresa fortalece ainda mais sua posição no mercado, proporcionando aos usuários uma experiência superior na criação de conteúdo visual.

    Para marcar o lançamento, a Inner AI oferece algumas gerações gratuitas com o FLUX para novos usuários da plataforma. Além disso, a plataforma contará com tutoriais e suporte técnico para garantir que todos os usuários possam aproveitar ao máximo os benefícios do Flux.

    Cada vez mais, os modelos de IA estão virando uma comodidade, e estamos animados para um futuro onde plataformas como a Inner possam gerar valor na agregação fluida dos melhores modelos e inovações utilizando a IA para facilitar fluxos de trabalho”, conclui Salles.

  • Como medir a maturidade em Inteligência Artificial nos negócios?

    Como medir a maturidade em Inteligência Artificial nos negócios?

    Atualmente, muito se fala sobre a Inteligência artificial (IA) e os benefícios que ela tem trazido para diversos segmentos e empresas. Todavia,  a maturidade operacional em IA de uma empresa é importante por várias razões. Primeiramente, permite uma avaliação precisa do ponto de partida, ajudando a identificar onde a empresa está em relação às melhores práticas e ao estado da arte.  

    A maturidade operacional em IA refere-se ao nível de desenvolvimento e integração das tecnologias de inteligência artificial em uma organização. Esse conceito abrange a capacidade de uma empresa de adotar e utilizar a inteligência artificial de forma eficaz para melhorar processos, tomar decisões baseadas em dados e inovar em seus produtos e serviços. 

    As empresas com alta maturidade não apenas implementam tecnologias avançadas, mas também cultivam uma cultura organizacional que valoriza dados e insights, possui uma infraestrutura tecnológica robusta, e conta com equipes capacitadas para explorar o potencial total da inteligência artificial. Alcançar a maturidade operacional envolve um processo contínuo de evolução tecnológica, adaptação estratégica e desenvolvimento de competências internas.

    Um levantamento da McKinsey mostra que empresas com alta maturidade em inteligência artificial têm de 3 a 5 vezes mais chances de serem líderes em suas respectivas indústrias. Além disso, dados da Deloitte afirmam que empresas que estão em estágios mais avançados de maturidade de IA podem aumentar a produtividade em até 40%.

    Essa avaliação também facilita a alocação eficiente de recursos, permitindo que a empresa concentre seus esforços nas áreas que mais precisam de desenvolvimento. Ao identificar lacunas e oportunidades, a organização pode priorizar iniciativas que trarão maior impacto e valor.

    Um estudo da Forrester revela que 56% das empresas consideram a medição da maturidade essencial para otimizar investimentos e melhorar a eficácia operacional. Com uma avaliação do amadurecimento operacional, é possível desenvolver um roteiro detalhado e estruturado para a adoção de IA, incluindo fases, marcos e métricas de sucesso que orientarão a implementação de forma ordenada e estratégica.

    Quais são os benefícios de medir a maturidade da IA? 

    Além disso, a medição facilita a mudança cultural necessária na organização, promovendo uma cultura de inovação e adaptação. “Monitorar continuamente a maturidade permite ajustar estratégias conforme necessário, garantindo uma melhoria contínua e sustentada na adoção da IA. Isso também ajuda a mitigar riscos, antecipando e evitando problemas que poderiam comprometer o sucesso dos projetos”, declara o Diretor de Negócios na Keyrus, Paulo Simon. 

    Empresas com alto nível de maturidade estão mais bem posicionadas para tirar proveito das vantagens competitivas que a tecnologia oferece. Avaliar e melhorar essa operação ajuda a empresa a se manter competitiva e a explorar plenamente seu potencial. Segundo a PwC, a adoção efetiva de IA pode adicionar até US$ 15,7 trilhões à economia global até 2030. Finalmente, garantir que a ferramenta esteja alinhada com os objetivos estratégicos da empresa assegura que os esforços contribuam diretamente para as metas de negócios e gerem valor tangível.

    Para Paulo, medir a maturidade operacional é fundamental para uma adoção eficaz e estratégica da tecnologia, garantindo que a empresa esteja bem preparada para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que a inteligência artificial oferece.

    Estágios de maturidade operacional em IA

    1. Reconhecimento inicial
    • Cultura de conscientização: A empresa promove uma cultura interna de conscientização sobre os conceitos e benefícios da inteligência artificial e inteligência artificial gerada por máquina (GenAI).
    • Educação e treinamento: São realizadas iniciativas de educação e treinamento para funcionários em todos os níveis, a fim de aumentar a compreensão sobre AI/GenAI e seu potencial impacto nos negócios.
    • Avaliação de viabilidade: A empresa realiza avaliações preliminares para identificar áreas potenciais onde a implementação pode trazer benefícios significativos.
    1. Implementação setorial
    • Estratégia de implementação: A empresa desenvolve uma estratégia clara para implementar IA/GenAI em áreas específicas, alinhada com seus objetivos de negócios e estratégia geral.
    • Integração com processos existentes: IA/GenAI é integrada de forma suave e eficiente nos processos existentes da empresa, otimizando workflows e melhorando a eficiência operacional.
    • Medição de impacto: São estabelecidos KPIs e métricas para medir o impacto da implementação, incluindo aumento da eficiência, redução de custos e melhoria da experiência do cliente.
    1. Exploração inicial
    • Experimentação controlada: São conduzidos experimentos controlados e projetos piloto para explorar a aplicabilidade e viabilidade em cenários de negócios reais.
    • Avaliação de resultados: os resultados dos projetos piloto são rigorosamente avaliados para determinar o sucesso e a eficácia em atingir os objetivos comerciais definidos.
    • Feedback e aprendizado: A empresa aproveita o feedback dos projetos piloto para aprender e ajustar sua abordagem à medida que continua a explorar a ferramenta.
    1. Expansão organizacional
    • Governança e gerenciamento de mudanças: A empresa implementa uma estrutura de governança robusta e eficaz para supervisionar a expansão de IA/GenAI em toda a organização e gerenciar efetivamente a mudança organizacional associada.
    • Investimento em infraestrutura e talentos: São feitos investimentos significativos em infraestrutura tecnológica e na contratação e desenvolvimento de talentos especializados na área.
    • Estratégia de escalabilidade: A estratégia é projetada para escalar eficazmente à medida que em toda a organização, garantindo que os sistemas lidem com o aumento da carga de trabalho.
    1. Operações avançadas
    • Automatização holística: é integrada em todos os aspectos das operações da empresa, abrangendo desde processos internos até interações com clientes e parceiros.
    • Tomada de decisão baseada em dados: as decisões são informadas por dados e insights gerados por algoritmos, resultando em decisões mais precisas e eficazes.
    • Inovação contínua: A empresa adota uma abordagem de inovação contínua, explorando constantemente novas aplicações e avanços para manter uma vantagem competitiva.
    1. Liderança em IA/GenAI
    • Cultura de inovação: A empresa cultiva uma cultura de inovação e experimentação, onde o uso de IA/GenAI é incentivado e valorizado em todos os níveis da organização.
    • Parcerias estratégicas: São estabelecidas parcerias estratégicas com líderes de mercado para acessar conhecimento especializado, recursos e tecnologias de ponta.
    • Visão de futuro: A empresa mantém uma visão de futuro, explorando constantemente as fronteiras da tecnologia e buscando maneiras de aplicar a IA para criar novos modelos de negócios e transformar setores inteiros.

    Medir a maturidade operacional é fundamental para que as empresas se posicionem competitivamente no mercado atual. Compreender o estágio atual e traçar um caminho estratégico otimiza recursos e maximiza resultados.

    Ao seguir os seis estágios de maturidade, as empresas podem evoluir de uma conscientização inicial para uma liderança robusta em IA, garantindo uma adoção bem-sucedida e promovendo uma cultura de inovação contínua. “Essa abordagem estruturada mitiga riscos e permite capitalizar sobre as oportunidades oferecidas pela inteligência artificial, tornando a medição uma estratégia essencial para o crescimento sustentável e o sucesso futuro”, conclui Simon.

  • Uso de IA e Personalização de Mensagens Reduzem Chances de Propagandas Irem para a “Lixeira”

    Uso de IA e Personalização de Mensagens Reduzem Chances de Propagandas Irem para a “Lixeira”

    Em um cenário onde anúncios constantes e insistentes por e-mail, WhatsApp, Instagram e outros canais geram antipatia entre os consumidores, a martech Alot, especializada em construção e gestão de marcas com estratégias de IA, aponta soluções para evitar o excesso de publicidade. Paula Klotz, gerente de mídia e growth da Alot, destaca a importância do uso de inteligência artificial e personalização de mensagens como formas eficazes de melhorar a receptividade das campanhas publicitárias.

    De acordo com a pesquisa “The Empowered Consumer” da Accenture, realizada no terceiro trimestre de 2023, 75% dos entrevistados desaprovam o excesso de publicidade, levando 74% dos consumidores a desistirem de compras. Esses números refletem a necessidade urgente de estratégias de marketing mais refinadas e direcionadas.

    Paula Klotz explica que o primeiro passo para reduzir esses índices é conhecer profundamente o público-alvo da marca. “Tudo começa com o entendimento de quem é o público-alvo e quais são seus interesses genuínos. A partir daí, é crucial equilibrar o alcance e a frequência da publicidade para ser competitivo sem desgastar o usuário. Além disso, é necessário estar presente nos canais onde o público prefere estar, garantindo que o conteúdo chegue da melhor forma ao potencial cliente”, afirma Paula.

    A especialista ressalta a importância de mapear a jornada de compra do cliente e fundamentar todas as etapas em dados, o que garante maior assertividade e insights valiosos para as campanhas. “Na hora de montar o plano de comunicação, é interessante pensar não só na informação que queremos passar, mas também no tom ideal. Por isso, a personalização no atendimento é essencial”, pontua.

    A Inteligência Artificial (IA) surge como uma grande aliada na execução dessas atividades. Utilizando dados e informações, é possível repensar estratégias e alcançar resultados mais satisfatórios. “Não podemos deixar de usar a IA, mas é preciso utilizá-la com cautela. Conhecer a fundo como os algoritmos funcionam é fundamental, pois quanto mais as marcas se adaptarem às novas realidades e tecnologias, mais fácil será se destacar e ser relevante”, conclui Paula Klotz.

    A adoção dessas práticas pode transformar a forma como as empresas se comunicam com seus consumidores, tornando as campanhas publicitárias mais eficientes e menos invasivas, e consequentemente, reduzindo a rejeição e aumentando a taxa de conversão.

  • As lições dos Jogos Olímpicos de Paris para o mundo corporativo

    As lições dos Jogos Olímpicos de Paris para o mundo corporativo

    Os Jogos Olímpicos de Paris deixam lições que vão além do mundo esportivo. O multiempresário e palestrante nacional Reginaldo Boeira traz situações e características observadas nos jogos para inspirar líderes e colaboradores ao sucesso empresarial. “Quem já assistiu ao filme Invictus pode perceber como o esporte pode mudar não só uma empresa, mas uma nação. No filme, o presidente Nelson Mandela, interpretado por Morgan Freeman, usa o esporte para promover a paz na África do Sul após o apartheid”, indica. 

    Entre as principais características observadas nos jogos, ele cita a paixão e determinação dos atletas durante as competições, o que impulsiona a resiliência, a importância da capacidade de superar desafios e adversidades e manter o foco, fator fundamental no ambiente corporativo para o sucesso profissional. 

    As lições apresentadas nas olimpíadas, por exemplo, também se aplicam a todos os níveis dentro de uma empresa, segundo Boeira. Desde o gerente, que deve inspirar e liderar com empatia, assim como um técnico, e os colaboradores, que podem se beneficiar de um ambiente de apoio e cooperação. “A valorização do trabalho em equipe, assim como nos esportes, é fundamental para alcançar os objetivos coletivos e o espírito de trabalhar por um mesmo propósito”, ensina Reginaldo Boeira.

    Assim como os competidores olímpicos, os profissionais em qualquer setor, segundo ele, podem aprender a estabelecer metas claras, adotar uma mentalidade vencedora e desenvolver a inteligência emocional para enfrentar desafios e alcançar o sucesso. “Também acredito que gestores devem adotar práticas para criar um ambiente de trabalho saudável e produtivo, onde todos se sintam parte de um objetivo maior. Isso não só melhora o desempenho individual, como também fortalece a empresa como um todo”, comenta.

    Aprender com os erros é outra lição importante que o empresário destaca. Assim como um atleta analisa suas falhas para melhorar, os profissionais devem enxergar os desafios como oportunidades de crescimento. Celebrar as vitórias de um membro da equipe como vitória de todos cria um ambiente de trabalho mais harmonioso e motivador. “A busca contínua pelo desenvolvimento pessoal e profissional deve ser incentivada, pois é isso que mantém uma empresa saudável e competitiva no mercado”, finaliza.

  • Home Office e jornadas alternativas: a nova era da flexibilidade no mercado de trabalho

    Home Office e jornadas alternativas: a nova era da flexibilidade no mercado de trabalho

     Modelos como trabalho remoto, horários flexíveis e semanas reduzidas estão se tornando cada vez mais comuns, respondendo às novas demandas por flexibilidade e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Segundo a Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE, em 2022, o Brasil registrou, aproximadamente, cerca de 9,5 milhões de pessoas que trabalhavam remotamente, o que representava cerca de 9,8% do total de ocupados que não estavam afastados do trabalho. 

    Para Juliano Dias, CEO da Meetz, a implementação do home office trouxe muitos benefícios. “O modelo tem se mostrado uma solução eficaz para muitas das demandas por flexibilidade. Ele não só reduz o tempo e o estresse associado ao deslocamento, mas também permite que os colaboradores criem um ambiente de trabalho que atenda às suas necessidades individuais, independente de suas localizações geográficas”, afirma.

    Além disso, o home office vem desempenhando um papel central na implementação de jornadas alternativas, inovação que está sendo consolidada como uma tendência importante no mercado de trabalho. A categoria permite que os colaboradores ajustem seus horários de acordo com suas responsabilidades pessoais, e essa flexibilidade pode levar a um aumento na satisfação dos funcionários e, consequentemente, em sua produtividade.

    “Quando falamos em jornadas alternativas, estamos pensando em qualidade de vida, de poder oferecer aos nossos funcionários a possibilidade de estar com a família, de não precisar passar horas se locomovendo até a empresa, de poder aproveitar a vida de uma maneira mais leve.” explica Dias.

    Além dos benefícios individuais, essas práticas trazem vantagens para as empresas. Ao adotá-las, as organizações podem diversificar seu quadro de funcionários, com pessoas de diferentes lugares do país, trazendo visões sobre cultura, inovação e aprendizados diferentes. Além de garantir um ambiente mais produtivo, as empresas podem observar um aumento na motivação e no engajamento. No entanto, é importante que as companhias implementem estratégias adequadas para gerenciar equipes remotas, mantendo a comunicação e colaboração eficazes.

    Essas mudanças são consequências das novas realidades do mercado, que não está mais disposto a aceitar jornadas que não valorizem seus funcionários, como a escala 6×1. “A transformação nas práticas de trabalho é uma oportunidade para criar ambientes mais flexíveis e inclusivos. As empresas que adotam essas mudanças estão bem posicionadas para atrair e reter talentos, além de otimizar sua operação.” acrescenta Dias.

    A tecnologia se tornou crucial na viabilização dessas novas modalidades de trabalho. Ferramentas de colaboração online, plataformas de gestão de tarefas e softwares de videoconferência são essenciais para manter a produtividade e a comunicação em um ambiente de trabalho remoto. “A implementação de tecnologias apropriadas é fundamental para o sucesso. É importante investir em soluções equitativas, que podem garantir uma  comunicação eficaz e o gerenciamento eficiente das atividades, independentemente de onde os colaboradores estejam, como, por exemplo, chats, videoconferências e plataformas de gestão de projetos que permitem que todos os colaboradores participem.”, pontua Juliano Dias.

    Além disso, tecnologias assistivas, como softwares e dispositivos adaptativos, desempenham um papel essencial na garantia de autonomia e inclusão para todos os colaboradores. Essas ferramentas permitem que todos os colaboradores, independentemente de suas limitações físicas, sensoriais ou geográficas, tenham chances de participar plenamente das atividades profissionais.

    Outro fator positivo são as implicações significativas para a economia e o meio ambiente. A redução do deslocamento diário pode levar a uma diminuição nos custos de transporte para os funcionários e menos congestionamento nas grandes cidades. Além disso, menos viagens diárias resultam em uma menor emissão de gases poluentes, contribuindo para a sustentabilidade ambiental. 

    Durante a pandemia do Covid-19, pudemos ver a migração de métodos de trabalho presencial, para o remoto. De acordo com uma análise feita pela IEA (International Energy Agency), a quantidade de óleo poupado ao redor do mundo durante esse período, foi de 11.9 milhões de toneladas por ano, representando cerca de 250 mil barris por dia. Após contagem geral, foi analisada uma queda em consumo de certa de 24 milhões de toneladas em emissões de CO2.

    Essa mudança não passou despercebida pelo público geral, que durante a pesquisa “Trabalhadores Ecologicamente Conscientes”, encomendada pelo GoTo by LogMeIn e conduzida pela OnePoll, onde durante as três últimas semanas de março, foi possível analisar que, em média, é gasto cerca de 50,32 horas por dia no trânsito até o trabalho. “Estamos observando não apenas um impacto positivo na vida dos colaboradores, mas também uma contribuição significativa para a sustentabilidade. É uma situação em que todos ganham.” acrescenta Dias.

    E não para por aí. O futuro do trabalho está se desenhando com mais flexibilidade e inovação. As empresas que abraçarem essas mudanças estarão melhor preparadas para enfrentar desafios e aproveitar as oportunidades de um mercado de trabalho em constante evolução. “Estamos apenas no começo de uma grande transformação. Continuaremos a buscar maneiras de melhorar e adaptar nossos processos para oferecer um ambiente de trabalho cada vez mais flexível, eficiente e inclusivo.” finaliza Juliano.

  • A Distintividade Fonética e visual na Concessão de Registro de Marcas: Análise a partir de decisão judicial

    A Distintividade Fonética e visual na Concessão de Registro de Marcas: Análise a partir de decisão judicial

    A proteção conferida pela Lei de Propriedade Intelectual, especialmente no âmbito das marcas, é de suma importância para garantir a justa competição no mercado e proteger os consumidores de confusão e engano. 

    Um dos elementos fundamentais para a concessão de registro de uma marca é sua distintividade, ou seja, sua capacidade de identificar-se como produtos ou serviços de forma única e exclusiva no mercado. 

    Nesse contexto, a distintividade fonética e visual desempenha um papel crucial no âmbito do direito marcário, pelo que, este artigo propõe uma análise da distintividade fonética e visual na concessão de registro de marcas, com foco na interpretação jurisprudencial, a partir de uma decisão jurídica emblemática.

    Da Distintividade Fonética e Visual: Conceito e Importância

    A distintividade fonética refere-se à capacidade de uma marca de ser distinguida pela sua pronúncia auditiva.

    A distintividade visual é uma dimensão crucial no contexto da proteção de marcas e da percepção do consumidor. Enquanto a distintividade fonética diz respeito à diferenciação por meio da pronúncia auditiva, a distintividade visual concentra-se na capacidade de uma marca se destacar e ser identificada através de sua apresentação visual.

    Isso significa que, mesmo que duas marcas sejam ortograficamente diferentes, se forem foneticamente semelhantes, podem causar confusão no consumidor. Portanto, a distintividade fonética e visual são essenciais para garantir que uma marca seja facilmente identificável e diferenciável das demais no mercado. 

    No contexto do direito de marcas, a distintividade é um dos requisitos fundamentais para a concessão de registro. 

    A Lei da Propriedade Industrial estabelece que não são registráveis as marcas que não possuam distintividade, sendo esta uma condição indispensável para a proteção legal.

     A distintividade pode se manifestar de diversas formas, seja visual, fonética ou conceitual, e é avaliada levando em consideração as características do mercado e dos consumidores.

    Caso concreto: Marcas mistas “UOTẒ” e “WOTS”

    No intuito de colaborar com o conhecimento e a aplicação da distintividade fonética e visual, podemos mencionar o caso envolvendo o pedido de registro da marca mista UOTẒ, a qual foi requerida administrativamente por sua titular perante o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), processo INPI  n.º 909.313.202 requerida por UOTZ INTELIGÊNCIA DE MERCADO LTDA.

    A marca foi requerida em sua forma mista por sua titular e foi indeferida com base em anterioridade decorrente da marca “WOTZ”, conforme pode ser observado no espelho do processo administrativo junto ao INPI:

    A marca UOTẒ teve seu indeferimento em razão da marca mista “WOTZ” concedida anteriormente pelo INPI em 08/03/1989, conforme processo administrativo n.º 814.693.920, a qual pode ser vista abaixo:

    Verifica-se acima que as marcas em questão são mistas e possuem os seguintes logotipos:

    A titular da marca UOTẒ recorreu na decisão de indeferimento do INPI, porém, a Autarquia Federal manteve o indeferimento, ou seja, de acordo com o entendimento do Instituto Nacional de Propriedade Industrial, as marcas “UOTẒ” e “WOTS” não poderiam conviver no mercado.

    Desta forma, uma vez esgotada a análise do pedido de registro da marca UOTẒ  perante aquela Autarquia Federal, foi necessário buscar a solução do caso perante o Poder Judiciário, e assim, ser observada a distintividade fonética e a distintividade nas atividades por estas exercidas.

    Análise Jurisprudencial

    A empresa UOTZ INTELIGÊNCIA DE MERCADO LTDA, o qual requereu o pedido de registro da marca UOTẒ, ingressou a ação judicial perante a Justiça Federal do Estado do Rio de Janeiro, a fim de ver anulada a decisão proferida pelo INPI que manteve o indeferimento do pedido de  registro.

    A ação teve seus pedidos julgados improcedentes na 1ª Instância, pois entendeu-se, num primeiro momento, agora já na esfera judicial, que a decisão do INPI de indeferir o registro da marca UOTẒ, estaria correta, o que motivou a interposição de recurso para que o Tribunal Regional Federal do Estado do Rio de Janeiro pudesse analisar a questão.

    Assim, dada a insistência da titular da marca UOTẒ, e ainda, os relevantes fundamentos que nortearam o recurso, foi proferida uma recente decisão por aquele Tribunal Regional Federal da 2ª Região localizado no Estado do Rio de Janeiro, nos autos do processo n.º 5023289-72.2018.4.02.5101, onde foi analisada a situação jurídica acima e trouxe à tona o debate crucial no campo do direito da propriedade industrial: a distintividade fonética e visual na concessão de registro de marcas. 

    O cerne da controvérsia residiu na interpretação do inciso XIX do artigo 124 da Lei nº 9.279-96, que estabelece as vedações à concessão de registro de marca quando houver identidade ou semelhança suscetível de causar confusão entre produtos ou serviços idênticos, semelhantes ou afins. Nesse contexto, tanto o INPI quanto a sentença de primeira instância basearam suas decisões na similaridade fonética entre as expressões “UOTẒ” e “WOTS”, sobretudo através de uma análise que considerou a anglicização dos sons das letras correspondentes.

    Nesse contexto, tanto o INPI quanto a sentença de primeira instância basearam suas decisões na similaridade fonética entre as expressões, sobretudo através de uma análise que considerou a anglicização dos sons das letras correspondentes. 

    Todavia, é crucial ressaltar que a distintividade necessária à concessão do registro de marca não se restringe apenas à similaridade fonética entre os signos.

    O artigo 122 da Lei nº 9.279/96 estabelece que a marca deve ser suscetível de distinguir os produtos ou serviços de uma empresa daqueles de outras empresas. 

    O Tribunal Regional Federal do Estado do Rio de Janeiro, anulou a decisão administrativa do INPI, e, reformou a sentença proferida pelo Judiciário, concedendo, a marca UOTẒ, porque as grafias das expressões “UOTẒ” e ”WOTZ” embora possam guardar similaridade fonética, apresentam diferenças facilmente verificáveis pelo consumidor, de modo a atender o disposto no artigo 122 da Lei nº 9.279/96, sendo as atividades exercidas pelas empresas não conflitantes.

    Assim, ainda que haja semelhança fonética, é imperativo considerar se as grafias das expressões apresentam diferenças que possibilitem sua identificação pelo consumidor médio.

    Uma interpretação restritiva do conceito de distintividade poderia resultar na negação injusta de registros de marca legítimos, prejudicando o desenvolvimento e a concorrência no mercado. 

    Em suma, a decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região destaca a importância de uma análise abrangente e contextualizada no processo de concessão de registro de marcas, especialmente no que tange à distintividade fonética e visual e tal abordagem visa garantir um equilíbrio entre a proteção dos direitos de propriedade industrial e a promoção da concorrência e inovação no mercado.

    Conclusão 

    A distintividade fonética e visual desempenham um papel crucial na concessão de registro de marcas, sendo requisitos essenciais para garantir a proteção legal e a identificação clara no mercado.

    A análise jurisprudencial realizada neste artigo destaca a importância de uma interpretação equilibrada da distintividade fonética e visual, considerando não apenas a semelhança na pronúncia, mas também as diferenças nas grafias e a apresentação visual das marcas. 

    Portanto, ao solicitar o registro de uma marca, é fundamental considerar não apenas sua grafia, mas também sua pronúncia e distintividade fonética e visual em relação a outras marcas já registradas. 

    Vale mencionar que, no caso em concreto, uma das alegações de grande importância diz respeito ao fato de que o titular da marca ”WOTS” sequer fazia uso da marca de forma fiel a que foi requerida perante o INPI, o que certamente contribuiu no desfecho da decisão proferida pelo Tribunal.

    Ademais, a titular da marca “pioneira” agiu com permissividade na coexistência entre as marcas, pois sequer se insurgiu ao pedido de registro da marca “UOTẒ” quando do requerimento, fato que a enfraquece, principalmente em segmentos idênticos.

    Assim, é necessário garantir uma proteção eficaz para evitar conflitos no mercado, como demonstrado pela decisão jurisprudencial analisada.

    O processo em análise neste artigo foi patrocinado pela equipe do escritório Montañés Albuquerque Advogados, o qual atua há  anos na área de Propriedade Intelectual, contribuindo na construção de ideias e buscando a consolidação da mesma através do estudo e da informação.

  • A Distintividade Fonética e visual na Concessão de Registro de Marcas: Análise a partir de decisão judicial

    A Distintividade Fonética e visual na Concessão de Registro de Marcas: Análise a partir de decisão judicial

    A proteção conferida pela Lei de Propriedade Intelectual, especialmente no âmbito das marcas, é de suma importância para garantir a justa competição no mercado e proteger os consumidores de confusão e engano. 

    Um dos elementos fundamentais para a concessão de registro de uma marca é sua distintividade, ou seja, sua capacidade de identificar-se como produtos ou serviços de forma única e exclusiva no mercado. 

    Nesse contexto, a distintividade fonética e visual desempenha um papel crucial no âmbito do direito marcário, pelo que, este artigo propõe uma análise da distintividade fonética e visual na concessão de registro de marcas, com foco na interpretação jurisprudencial, a partir de uma decisão jurídica emblemática.

    Da Distintividade Fonética e Visual: Conceito e Importância

    A distintividade fonética refere-se à capacidade de uma marca de ser distinguida pela sua pronúncia auditiva.

    A distintividade visual é uma dimensão crucial no contexto da proteção de marcas e da percepção do consumidor. Enquanto a distintividade fonética diz respeito à diferenciação por meio da pronúncia auditiva, a distintividade visual concentra-se na capacidade de uma marca se destacar e ser identificada através de sua apresentação visual.

    Isso significa que, mesmo que duas marcas sejam ortograficamente diferentes, se forem foneticamente semelhantes, podem causar confusão no consumidor. Portanto, a distintividade fonética e visual são essenciais para garantir que uma marca seja facilmente identificável e diferenciável das demais no mercado. 

    No contexto do direito de marcas, a distintividade é um dos requisitos fundamentais para a concessão de registro. 

    A Lei da Propriedade Industrial estabelece que não são registráveis as marcas que não possuam distintividade, sendo esta uma condição indispensável para a proteção legal.

     A distintividade pode se manifestar de diversas formas, seja visual, fonética ou conceitual, e é avaliada levando em consideração as características do mercado e dos consumidores.

    Caso concreto: Marcas mistas “UOTẒ” e “WOTS”

    No intuito de colaborar com o conhecimento e a aplicação da distintividade fonética e visual, podemos mencionar o caso envolvendo o pedido de registro da marca mista UOTẒ, a qual foi requerida administrativamente por sua titular perante o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), processo INPI  n.º 909.313.202 requerida por UOTZ INTELIGÊNCIA DE MERCADO LTDA.

    A marca foi requerida em sua forma mista por sua titular e foi indeferida com base em anterioridade decorrente da marca “WOTZ”, conforme pode ser observado no espelho do processo administrativo junto ao INPI:

    A marca UOTẒ teve seu indeferimento em razão da marca mista “WOTZ” concedida anteriormente pelo INPI em 08/03/1989, conforme processo administrativo n.º 814.693.920, a qual pode ser vista abaixo:

    Verifica-se acima que as marcas em questão são mistas e possuem os seguintes logotipos:

    A titular da marca UOTẒ recorreu na decisão de indeferimento do INPI, porém, a Autarquia Federal manteve o indeferimento, ou seja, de acordo com o entendimento do Instituto Nacional de Propriedade Industrial, as marcas “UOTẒ” e “WOTS” não poderiam conviver no mercado.

    Desta forma, uma vez esgotada a análise do pedido de registro da marca UOTẒ  perante aquela Autarquia Federal, foi necessário buscar a solução do caso perante o Poder Judiciário, e assim, ser observada a distintividade fonética e a distintividade nas atividades por estas exercidas.

    Análise Jurisprudencial

    A empresa UOTZ INTELIGÊNCIA DE MERCADO LTDA, o qual requereu o pedido de registro da marca UOTẒ, ingressou a ação judicial perante a Justiça Federal do Estado do Rio de Janeiro, a fim de ver anulada a decisão proferida pelo INPI que manteve o indeferimento do pedido de  registro.

    A ação teve seus pedidos julgados improcedentes na 1ª Instância, pois entendeu-se, num primeiro momento, agora já na esfera judicial, que a decisão do INPI de indeferir o registro da marca UOTẒ, estaria correta, o que motivou a interposição de recurso para que o Tribunal Regional Federal do Estado do Rio de Janeiro pudesse analisar a questão.

    Assim, dada a insistência da titular da marca UOTẒ, e ainda, os relevantes fundamentos que nortearam o recurso, foi proferida uma recente decisão por aquele Tribunal Regional Federal da 2ª Região localizado no Estado do Rio de Janeiro, nos autos do processo n.º 5023289-72.2018.4.02.5101, onde foi analisada a situação jurídica acima e trouxe à tona o debate crucial no campo do direito da propriedade industrial: a distintividade fonética e visual na concessão de registro de marcas. 

    O cerne da controvérsia residiu na interpretação do inciso XIX do artigo 124 da Lei nº 9.279-96, que estabelece as vedações à concessão de registro de marca quando houver identidade ou semelhança suscetível de causar confusão entre produtos ou serviços idênticos, semelhantes ou afins. Nesse contexto, tanto o INPI quanto a sentença de primeira instância basearam suas decisões na similaridade fonética entre as expressões “UOTẒ” e “WOTS”, sobretudo através de uma análise que considerou a anglicização dos sons das letras correspondentes.

    Nesse contexto, tanto o INPI quanto a sentença de primeira instância basearam suas decisões na similaridade fonética entre as expressões, sobretudo através de uma análise que considerou a anglicização dos sons das letras correspondentes. 

    Todavia, é crucial ressaltar que a distintividade necessária à concessão do registro de marca não se restringe apenas à similaridade fonética entre os signos.

    O artigo 122 da Lei nº 9.279/96 estabelece que a marca deve ser suscetível de distinguir os produtos ou serviços de uma empresa daqueles de outras empresas. 

    O Tribunal Regional Federal do Estado do Rio de Janeiro, anulou a decisão administrativa do INPI, e, reformou a sentença proferida pelo Judiciário, concedendo, a marca UOTẒ, porque as grafias das expressões “UOTẒ” e ”WOTZ” embora possam guardar similaridade fonética, apresentam diferenças facilmente verificáveis pelo consumidor, de modo a atender o disposto no artigo 122 da Lei nº 9.279/96, sendo as atividades exercidas pelas empresas não conflitantes.

    Assim, ainda que haja semelhança fonética, é imperativo considerar se as grafias das expressões apresentam diferenças que possibilitem sua identificação pelo consumidor médio.

    Uma interpretação restritiva do conceito de distintividade poderia resultar na negação injusta de registros de marca legítimos, prejudicando o desenvolvimento e a concorrência no mercado. 

    Em suma, a decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região destaca a importância de uma análise abrangente e contextualizada no processo de concessão de registro de marcas, especialmente no que tange à distintividade fonética e visual e tal abordagem visa garantir um equilíbrio entre a proteção dos direitos de propriedade industrial e a promoção da concorrência e inovação no mercado.

    Conclusão 

    A distintividade fonética e visual desempenham um papel crucial na concessão de registro de marcas, sendo requisitos essenciais para garantir a proteção legal e a identificação clara no mercado.

    A análise jurisprudencial realizada neste artigo destaca a importância de uma interpretação equilibrada da distintividade fonética e visual, considerando não apenas a semelhança na pronúncia, mas também as diferenças nas grafias e a apresentação visual das marcas. 

    Portanto, ao solicitar o registro de uma marca, é fundamental considerar não apenas sua grafia, mas também sua pronúncia e distintividade fonética e visual em relação a outras marcas já registradas. 

    Vale mencionar que, no caso em concreto, uma das alegações de grande importância diz respeito ao fato de que o titular da marca ”WOTS” sequer fazia uso da marca de forma fiel a que foi requerida perante o INPI, o que certamente contribuiu no desfecho da decisão proferida pelo Tribunal.

    Ademais, a titular da marca “pioneira” agiu com permissividade na coexistência entre as marcas, pois sequer se insurgiu ao pedido de registro da marca “UOTẒ” quando do requerimento, fato que a enfraquece, principalmente em segmentos idênticos.

    Assim, é necessário garantir uma proteção eficaz para evitar conflitos no mercado, como demonstrado pela decisão jurisprudencial analisada.

    O processo em análise neste artigo foi patrocinado pela equipe do escritório Montañés Albuquerque Advogados, o qual atua há  anos na área de Propriedade Intelectual, contribuindo na construção de ideias e buscando a consolidação da mesma através do estudo e da informação.

  • Pais empreendedores revelam como a paternidade transformou suas carreiras

    Pais empreendedores revelam como a paternidade transformou suas carreiras

    O papel de pai frequentemente se entrelaça com o do líder empresarial, criando uma dinâmica única que molda tanto a vida familiar quanto a profissional, já que as habilidades adquiridas na paternidade podem ser surpreendentemente valiosas para a gestão. Em comemoração ao Dia dos Pais, destacamos histórias de empreendedores que encontram na criação dos filhos uma fonte inesgotável de inspiração, aprendizado e crescimento. A combinação de habilidades adquiridas com a chegada dos herdeiros, tais como paciência, empatia, eficiência e comunicação, reforça a capacidade de liderança e inovação deles. Destacamos o relato de sete homens que compartilharam essa transformação:

     Pai de Ana Laura (16) e Pietro (12), o Dr. Fábio Argenta, cardiologista, sócio-fundador e diretor médico da Saúde Livre Vacinas, rede de clínicas focadas em vacinas que oferecem o que há de mais moderno nos cuidados com a prevenção, a paternidade ensina que a gestão dos filhos é a mais complexa, pois mistura emocional com o amor incondicional. “Ser pai me trouxe aprendizados fundamentais para a vida de empresário, pois com eles aprendemos e ensinamos. E assim é na vida de empresário, você tem essa mesma vivência com os seus colaboradores, sócios e outros gestores, é uma troca contínua”, comenta Argenta.

    O sócio fundador da Sua Hora Unha, rede de cuidados com as unhas, mãos e pés, Fabrício de Almeida, pai do Pedro (11) e Luiza (9), revela que o principal ensinamento que a paternidade trouxe e aplica na rotina empreendedora é a responsabilidade. “Não há nada maior e mais precioso que os filhos, a consciência de prover o melhor não deixa espaço para erros na carreira”, comenta Fabrício. Para o empresário, é necessário sabedoria para escolher as batalhas corretas e necessárias para entrar, tanto na educação dos pequenos, como para o desenvolvimento e evolução profissional. Ele conta que depois que se tornou pai, uma lição valiosa que aprendeu foi a criatividade. “O estímulo à curiosidade para proporcionar experiências diferenciadas e incentivar o pensamento crítico são fundamentais para pensar e agir “fora da caixa” como franqueador”, conta Almeida.

    Já Felipe Espinheira, vice-presidente e sócio fundador da Yes! Cosmetics, é pai do Guilherme (16) e Fernando (15). Ele conta que após o nascimento do seu primeiro filho, se transformou e melhorou como empreendedor. “Me tornar pai ensinou a importância de criar limites tanto na aprendizagem dos filhos como no empreendedorismo. Falar não na hora que tem que ser não, falar sim na hora que tem que ser sim, mas sabendo acolher e escutar”, conta Felipe. Para o empresário, a segunda lição, e o maior desafio, é a disciplina. “Quais são as rotinas e regras que precisam ser seguidas e como criá-las desde a alimentação dentro de casa, escovar dente, começar depois a usar um desodorante, seja qual for, como na parte empresarial, principalmente na questão como franqueador porque mexemos com sonhos, expectativas e desejos dos franqueados que normalmente não tem plano B”, explica Espinheira. 

    Por sua vez, o Dr. Edson Ramuth, fundador e CEO do Emagrecentro, referência em emagrecimento e estética corporal, aprendeu com a paternidade que assim como o desenvolvimento de suas filhas, os elogios também podem impactar os negócios de forma positiva. “Quando os filhos têm atitudes corretas, é fundamental elogiá-los. Do contrário, também é imprescindível, orientá-los. Esse acompanhamento é o melhor caminho para as crianças. No âmbito corporativo, é uma forma de incentivar os seus colaboradores a atingirem as melhores performances e a trabalhar em seus desafios”, diz. O empreendedor tem quatro filhas, sendo elas Illana (35), Sylvia (32), Larissa (24) e Catherine (12).

    Para Tiago Monteiro, fundador da PTC One, multinacional que oferece soluções de serviços a desafios de engenharia e tecnologia, o principal aprendizado da paternidade que levou para os negócios foi a resiliência. “Ser pai me ensinou que nem sempre tudo acontece no nosso tempo ou da maneira que planejamos. Assim como os filhos têm seus próprios ritmos e desafios, no ambiente empresarial, os projetos também podem não sair como o esperado e desafios podem surgir ao longo do trajeto. Em ambos os casos, ser resiliente para persistir, se adaptar e se manter em busca de soluções, é imprescindível para alcançar o sucesso nos negócios”. O executivo é pai de Maria Clara (9) e Alice Maria (3). 

    Pai de Priscila (41), Leandro (40) e Daniel (39), Leonildo Aguiar, que é fundador e presidente da Academia Gaviões afirma que a paternidade o ensinou sobre a importância do exemplo. “Como pais, estamos sendo observados e influenciando o tempo todo. Assim como no ambiente empresarial. Por isso, temos uma responsabilidade sobre aqueles que estão à nossa volta. As pessoas irão absorver do nosso jeito de empreender. Devemos ter cuidado para que essas influências sejam positivas, sempre valorizando a dedicação, verdade e honestidade”, revela. 

    O CEO da CredFácil, maior franquia de crédito do Brasil, André Oliveira, é pai da Camila e Davi. Para o empresário, os filhos o ajudaram a aprimorar sua empatia e habilidades de comunicação. “Entender as necessidades e sentimentos deles me ensinou a ouvir atentamente e a oferecer suporte de maneira mais compreensiva aos membros da minha equipe. Essa capacidade de entender e comunicar melhor tem sido essencial para uma liderança mais eficaz”, completa.