Tag: Legislação

  • EUA Proíbem TikTok e Geram Debate sobre Liberdade Digital

    EUA Proíbem TikTok e Geram Debate sobre Liberdade Digital

    O governo dos Estados Unidos anunciou recentemente o banimento do aplicativo TikTok, uma medida que provocou uma série de reações tanto dentro quanto fora do país. A decisão foi justificada por preocupações com a segurança nacional e a privacidade dos dados dos usuários, que, segundo autoridades americanas, estariam sendo coletados e potencialmente utilizados pelo governo chinês

    A proibição do TikTok nos EUA é parte de uma estratégia mais ampla de contenção da influência tecnológica da China, que inclui restrições a outras empresas chinesas. No entanto, a medida tem sido alvo de críticas por parte de usuários, especialistas em tecnologia e defensores da liberdade digital. Para muitos, a ação representa uma forma de censura e levanta questionamentos sobre a coerência das políticas americanas em relação à liberdade de expressão e à privacidade.

    Em uma matéria publicada pela Folha de S.Paulo, um leitor criticou a postura dos EUA, classificando o país como um exemplo de “faça o que eu digo, mas não o que eu faço”. O leitor argumenta que, enquanto os Estados Unidos se posicionam como defensores da liberdade e da democracia, a proibição do TikTok revela uma contradição em suas práticas internas.

    O TikTok, que conta com milhões de usuários nos EUA, é especialmente popular entre jovens e adolescentes, que utilizam a plataforma para criar e compartilhar vídeos curtos. A empresa por trás do aplicativo, a ByteDance, tem negado repetidamente as acusações de espionagem e afirma que os dados dos usuários americanos são armazenados em servidores localizados nos Estados Unidos e em Singapura, fora do alcance do governo chinês.

    A decisão de banir o TikTok também gerou reações no Congresso americano, com alguns legisladores defendendo a medida como necessária para proteger a segurança nacional, enquanto outros a veem como um excesso de intervenção governamental. O debate se estende para além das fronteiras americanas, com outros países observando de perto os desdobramentos e considerando suas próprias políticas em relação a aplicativos estrangeiros.

    À medida que a discussão avança, a questão central permanece: até que ponto os governos devem intervir na liberdade digital de seus cidadãos em nome da segurança nacional? E como equilibrar a proteção de dados pessoais com os princípios de liberdade de expressão e inovação tecnológica? Essas são perguntas que continuarão a moldar o cenário digital global nos próximos anos.

    https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3w88zvj6wgo https://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/2025/01/sobre-tiktok-banido-nos-eua-leitor-diz-que-pais-representa-o-faca-o-que-eu-digo-mas-nao-o-que-eu-faco.shtml

  • EUA Proíbem TikTok e Geram Debate sobre Liberdade Digital

    EUA Proíbem TikTok e Geram Debate sobre Liberdade Digital

    O governo dos Estados Unidos anunciou recentemente o banimento do aplicativo TikTok, uma medida que provocou uma série de reações tanto dentro quanto fora do país. A decisão foi justificada por preocupações com a segurança nacional e a privacidade dos dados dos usuários, que, segundo autoridades americanas, estariam sendo coletados e potencialmente utilizados pelo governo chinês

    A proibição do TikTok nos EUA é parte de uma estratégia mais ampla de contenção da influência tecnológica da China, que inclui restrições a outras empresas chinesas. No entanto, a medida tem sido alvo de críticas por parte de usuários, especialistas em tecnologia e defensores da liberdade digital. Para muitos, a ação representa uma forma de censura e levanta questionamentos sobre a coerência das políticas americanas em relação à liberdade de expressão e à privacidade.

    Em uma matéria publicada pela Folha de S.Paulo, um leitor criticou a postura dos EUA, classificando o país como um exemplo de “faça o que eu digo, mas não o que eu faço”. O leitor argumenta que, enquanto os Estados Unidos se posicionam como defensores da liberdade e da democracia, a proibição do TikTok revela uma contradição em suas práticas internas.

    O TikTok, que conta com milhões de usuários nos EUA, é especialmente popular entre jovens e adolescentes, que utilizam a plataforma para criar e compartilhar vídeos curtos. A empresa por trás do aplicativo, a ByteDance, tem negado repetidamente as acusações de espionagem e afirma que os dados dos usuários americanos são armazenados em servidores localizados nos Estados Unidos e em Singapura, fora do alcance do governo chinês.

    A decisão de banir o TikTok também gerou reações no Congresso americano, com alguns legisladores defendendo a medida como necessária para proteger a segurança nacional, enquanto outros a veem como um excesso de intervenção governamental. O debate se estende para além das fronteiras americanas, com outros países observando de perto os desdobramentos e considerando suas próprias políticas em relação a aplicativos estrangeiros.

    À medida que a discussão avança, a questão central permanece: até que ponto os governos devem intervir na liberdade digital de seus cidadãos em nome da segurança nacional? E como equilibrar a proteção de dados pessoais com os princípios de liberdade de expressão e inovação tecnológica? Essas são perguntas que continuarão a moldar o cenário digital global nos próximos anos.

    https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3w88zvj6wgo https://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/2025/01/sobre-tiktok-banido-nos-eua-leitor-diz-que-pais-representa-o-faca-o-que-eu-digo-mas-nao-o-que-eu-faco.shtml

  • Diversidade em Xeque: O Retrocesso de Zuckerberg e a Vanguarda do Grupo MM no Brasil

    Diversidade em Xeque: O Retrocesso de Zuckerberg e a Vanguarda do Grupo MM no Brasil

    O recente movimento de Mark Zuckerberg, CEO da Meta, gerou polêmica ao desmantelar programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I) em sua empresa, que é dona do Facebook, Instagram e WhatsApp. Essa série de decisões sinaliza uma guinada conservadora, em linha com o chamado movimento anti-woke, e levanta questionamentos sobre o papel das corporações na sociedade contemporânea. No entanto, em um contraste marcante, o Grupo MM, uma das mais reconhecidas empresas de eventos corporativos do Brasil, reforça que a diversidade é um pilar estratégico para o crescimento e a inovação.

    O Desmonte da Meta: Foco em Negócios, Não em Transformação

    Em menos de duas semanas, a Meta eliminou a checagem de fatos em suas plataformas, anunciou uma doação de US$ 1 milhão para o fundo inaugural de Donald Trump e encerrou todos os programas DE&I. A comunicação oficial veio por meio de um memorando interno, revelado pela Axios e Business Insider, no qual a vice-presidente de RH, Janelle Gale, afirmou que as metas de representatividade também seriam abandonadas.

    Essas decisões, somadas à promoção de executivos alinhados ao Partido Republicano, indicam que a Meta está recalibrando sua participação no debate público, retornando a uma visão tradicional de foco em resultados financeiros, mesmo que isso implique em abrir mão de políticas sociais inclusivas.

    Grupo MM: Diversidade como Pilar Estratégico

    Enquanto a Meta caminha em direção ao conservadorismo, o Grupo MM reforça sua posição como líder em diversidade e inclusão. Fundado por Meire Medeiros na década de 1990, o Grupo MM é um exemplo de como a valorização da diversidade pode gerar resultados concretos.

    Atualmente, 60% dos mais de 200 colaboradores da empresa, carinhosamente chamados de “Cammaleões”, são mulheres que ocupam posições estratégicas. Este cenário reflete uma cultura organizacional que aposta na equidade como motor para a inovação e o crescimento sustentável.

    “Enquanto algumas empresas estão retrocedendo, nós acreditamos que a diversidade não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas um diferencial competitivo que nos torna mais criativos, inovadores e conectados com as demandas do mercado”, afirma Ana Carolina Medeiros, Diretora de Novos Negócios do Grupo MM.

    Contraste Entre Dois Modelos

    O reposicionamento da Meta marca um distanciamento de iniciativas sociais que, por anos, foram consideradas essenciais para corporações globais. Em contrapartida, o Grupo MM se firma como um modelo de inclusão e crescimento. Somente em 2024, a empresa registrou um aumento de 47% no faturamento, impulsionado por práticas alinhadas às diretrizes ESG e ao protagonismo feminino em um mercado competitivo.

    “Promover a inclusão vai além de preencher cargos. Trata-se de criar um ambiente de trabalho que inspire, valorize e reconheça a excelência feminina em cada projeto”, pontua Ana Carolina.

    Reflexões para o Futuro

    O contraste entre os movimentos da Meta e o posicionamento do Grupo MM reflete um debate maior sobre o papel das empresas na sociedade. De um lado, corporações que priorizam resultados financeiros imediatos; de outro, organizações que entendem a diversidade como um ativo estratégico.

    O exemplo do Grupo MM reforça que a inclusão não é apenas um compromisso social, mas uma estratégia inteligente para impulsionar a inovação e garantir relevância no mercado.

    Como conclui Ana Carolina Medeiros: “Estamos escrevendo um futuro em que a diversidade não é vista como um obstáculo, mas como a chave para um mundo mais inovador e inclusivo”.

  • O essencial para a segurança jurídica nas empresas

    O essencial para a segurança jurídica nas empresas

    O compliance trabalhista tem se tornado um pilar fundamental nas empresas, especialmente em tempos de constante atualização das legislações trabalhistas e da busca por um ambiente de trabalho mais ético e seguro. Ele não apenas garante que as empresas sigam as normas vigentes, mas também reduz riscos de passivos trabalhistas e melhora o relacionamento entre empregadores e colaboradores.

    Segundo Juliana Stacechen, advogada trabalhista patronal, “o compliance trabalhista é um conjunto de normas e procedimentos que visa garantir que as empresas estejam em conformidade com a legislação trabalhista, evitando conflitos jurídicos e promovendo um ambiente de trabalho ético”. Ela destaca que um dos maiores benefícios dessa prática é a mitigação de riscos de ações trabalhistas, uma vez que muitos processos são originados por falhas em procedimentos rotineiros, como controle de jornada e pagamento de benefícios.

    A função de um advogado trabalhista na implementação de um planejamento empresarial vai além da simples revisão de contratos. “É essencial que o profissional esteja envolvido em todas as fases do processo, desde a criação de políticas internas até a formação de comitês de compliance”, afirma Stacechen. Essa atuação permite identificar possíveis falhas no cumprimento de normas e criar soluções personalizadas para cada tipo de empresa.

    Outro ponto crucial é a cultura organizacional. De acordo com Stacechen, “uma empresa que investe em compliance trabalhista também fortalece sua cultura, criando um ambiente de confiança entre colaboradores e gestores”. Isso reflete diretamente no aumento do engajamento e na redução de índices como turnover e absenteísmo.

    Em um cenário de crescente judicialização das relações de trabalho no Brasil, o compliance trabalhista se apresenta como uma ferramenta indispensável para garantir não só a conformidade legal, mas também um ambiente de trabalho saudável e produtivo. A atuação de um advogado especializado, como explica Juliana Stacechen, é fundamental para orientar as empresas nesse caminho de prevenção e segurança jurídica.

  • Mudanças no monitoramento do Pix: como afetam os brasileiros?

    Mudanças no monitoramento do Pix: como afetam os brasileiros?

    A Receita Federal anunciou recentemente que vai ampliar o monitoramento das transações via Pix e cartão, medida que entra em vigor já neste ano. No entanto, as novas regras para a ferramenta de pagamentos mais popular do Brasil têm gerado confusão e suscitado dúvidas em grande parte da população, sobretudo devido a notícias distorcidas ou falsas.

    Criado em 2020, o Pix se tornou o principal meio de pagamento dos brasileiros. Uma pesquisa do Banco Central divulgada no final de 2024, intitulada ‘O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro’, mostra que a modalidade já superou as transações em dinheiro vivo. Por isso, é importante reforçar que, como o Pix é amplamente utilizado, qualquer medida que o altere deve ser definida com muito critério e ser divulgada com muito cuidado também.

    Segundo o educador financeiro João Victorino, a mudança implementada não cria cobrança de nenhum imposto sobre o Pix. O que muda é que transferências acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas passam a ser obrigatoriamente reportadas de forma automática pelos bancos e instituições financeiras à Receita Federal, que então tem acesso a mais dados para ajudar a evitar a sonegação de impostos.

    Vale ressaltar também que as instituições financeiras tradicionais – como bancos públicos, privados, financeiras e cooperativas de crédito – já eram obrigadas a enviar os dados de movimentações à Receita Federal. Na prática, estendeu-se agora a lista de instituições que precisam enviar informações sobre operações financeiras, incluindo operadoras de cartão de crédito, bancos digitais e plataformas de pagamento.

    João garante que não há motivo para pânico. “Percebo que governo e autoridades não estão divulgando as informações de maneira clara para a população, o que representa um grande problema a ser resolvido. Por exemplo, muitos acreditam que o recebimento de um Pix acima de 5 mil reais implica taxação imediata no imposto de renda, o que é mentira e só serve para assustar as pessoas”, esclarece.

    Ao mesmo tempo, o especialista confirma que a Receita Federal vai de fato incluir todos os dados disponibilizados nas declarações de imposto de renda pré-preenchidas, para que seja possível conseguir evitar eventuais divergências. O objetivo é coibir a sonegação de impostos, garantindo que instituições financeiras, assim como pessoas físicas e jurídicas, prestem contas corretamente.

  • Fim do programa de checagem de fatos da Meta preocupa anunciantes, diz CEO da US Media

    Fim do programa de checagem de fatos da Meta preocupa anunciantes, diz CEO da US Media

    A decisão da Meta de encerrar seu programa de checagem de fatos, anunciada na última terça-feira (7), levanta preocupações sobre o futuro da responsabilidade social nas plataformas digitais e o impacto nos investimentos publicitários. Para Bruno Almeida, CEO da US Media, hub de soluções de mídia, essa medida pode ter consequências significativas para a empresa.

    “Essa decisão surge em um cenário onde a responsabilidade social das plataformas digitais nunca esteve tão em evidência”, afirma Almeida. “Olhando para o passado, há indícios de que os anunciantes não estão confortáveis com essa falta de controle de informações”, completa, lembrando do movimento #StopHateForProfit de 2020, quando grandes marcas boicotaram a Meta em protesto contra as políticas de moderação da empresa.

    Almeida aponta para o caso do X (antigo Twitter), onde a gestão de Elon Musk resultou numa perda de cerca de 50% da receita com publicidade, como exemplo dos riscos da falta de controle sobre conteúdo e a proliferação de desinformação. “Toda escolha tem uma consequência. Qual será o preço dessa decisão para a Meta?”, questiona o CEO.

    A US Media acompanha de perto as mudanças no cenário digital e oferece soluções que priorizam a segurança e a responsabilidade para seus clientes. A empresa permanece atenta a este movimento e alerta para a necessidade de as plataformas de mídia digital implementarem políticas sólidas e éticas no combate à desinformação para garantir um ambiente saudável para o investimento publicitário.

  • Ataque à legislação brasileira? Lula realiza reunião com ministros para discutir sobre a alteração nas políticas da Meta

    Ataque à legislação brasileira? Lula realiza reunião com ministros para discutir sobre a alteração nas políticas da Meta

    O anúncio da Meta, realizado nesta terça-feira (7) pelo CEO Mark Zuckerberg, deixou usuários, especialistas e até governos em estado de atenção. Essa questão é tão urgente que, na manhã de hoje, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com ministros do governo para debater sobre as novas diretrizes da empresa. Agora, o sistema de verificação de fatos (fact-checking) das plataformas de redes sociais Instagram, Facebook e Threads será oficialmente descontinuado nos Estados Unidos; e, a longo prazo, a medida também tem previsão para ser aplicada em outros países. 

    Segundo o CEO da Meta, o objetivo é reduzir erros cometidos pelo sistema, que removia acidentalmente alguns perfis e publicações, e prezar pela liberdade de expressão dos usuários. Na prática, a checagem de fatos não será totalmente excluída, mas será adotado o modelo “notas da comunidade”, similar ao utilizado pelo X, em que os próprios usuários colocam observações nos posts. Para o governo federal, essa nova política preocupa, porque vai de encontro à soberania dos países; Lula chegou a declarar que a comunicação digital deve ter a mesma responsabilidade de outros meios, como a imprensa. 

    Um dos maiores desafios legais e éticos relacionados às alterações na política da Meta é a possível liberdade para discutir temas de carácter discriminatório, como gênero e raça, que são passíveis de crime no país. Além da reunião de hoje, o Ministério Público Federal (MPF) também já exigiu explicações da empresa, que também é dona do Whatsapp, para avaliar o impacto dessas mudanças no Brasil. Para o CEO do Silva Lopes Advogados e especialista em Direito na área empresarial, Layon Lopes, a questão é complexa, e pode ter consequências jurídicas e econômicas não somente para o Brasil, mas de ordem global.  

    – Quando uma grande empresa de tecnologia altera suas políticas, os efeitos geralmente vão além das fronteiras nacionais. No Brasil, o desafio está em conciliar a liberdade de expressão com o respeito às leis locais, que buscam proteger direitos fundamentais, como a dignidade e a não discriminação. Essa situação demanda atenção cuidadosa e uma colaboração entre governos, empresas e a sociedade, comenta Lopes.

    Além disso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, também comentou sobre as alterações, e afirmou que as redes sociais poderão continuar a operar caso respeitem as leis vigentes no território brasileiro. Vale lembrar que o início do segundo semestre de 2024 foi marcado pelo embate entre o STF e a plataforma X, que culminou no bloqueio da rede social depois do descumprimento de legislações brasileiras. 

  • Mudanças no sistema de checagem de fatos da Meta devem repercutir no STF

    Mudanças no sistema de checagem de fatos da Meta devem repercutir no STF

    A Meta, empresa controladora do Whatsapp, Instagram, Threads e Facebook, anunciou o encerramento do seu programa de verificação de fatos nos Estados Unidos, que será substituído por um sistema de “Notas da Comunidade”.

    Com isso, e semelhante à plataforma X, de Elon Musk, a big tech atribui a responsabilidade pela checagem de conteúdos a usuários, que devem avaliar publicações, sinalizar informações falsas e realizar correções.

    A mudança no protocolo de checagem, que, desde 2006, era conduzido por agências profissionais, foi justificada pela empresa em comunicado oficial, nesta terça-feira (7).

    De acordo com Patricia Peck, CEO do Peck Advogados, referência em Direito Digital há 20 anos no Brasil, o “retorno às raízes” defendido por Mark Zuckenberg não pode ser desprovido de qualquer responsabilidade.

    “Além de demonstrar alinhamento à nova administração norte-americana, a declaração apresentada por Zuckenberg deixa claro que esse mesmo entendimento deve repercutir noutros países. É preciso um cuidado para evitar que a pressão política contrarie leis vigentes e comprometa a soberania noutros Estados”, afirma.

    No Brasil, por exemplo, há previsão constitucional do direito à liberdade de expressão, mas que deve estar harmonizado com outros, como a soberania nacional, privacidade e responsabilização civil e penal por eventuais excessos. Nesse sentido, Peck aponta para os riscos de maior polarização e disseminação de conteúdos preconceituosos e criminosos.

    “Além disso, há o risco de as notas de comunidade serem utilizadas de forma artificial para beneficiar ou prejudicar eventual posicionamento político, ideológico ou outro”, explica.

    Com o retorno do julgamento do Marco Civil da Internet, previsto para o primeiro semestre de 2025, o tema pode ser discutido pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

    “Como regra, as empresas devem cumprir as leis vigentes e ordens judiciais brasileiras, independentemente do modelo adotado pelas corporações nos seus países de origem. Se considerarmos que há um volume grande de remoções que deixará de ser proativamente retirada das redes, tendemos a ver uma elevação de ações judiciais para remoção de conteúdo” finaliza Peck”.

  • Mudanças no sistema de checagem de fatos da Meta devem repercutir no STF

    Mudanças no sistema de checagem de fatos da Meta devem repercutir no STF

    A Meta, empresa controladora do Whatsapp, Instagram, Threads e Facebook, anunciou o encerramento do seu programa de verificação de fatos nos Estados Unidos, que será substituído por um sistema de “Notas da Comunidade”.

    Com isso, e semelhante à plataforma X, de Elon Musk, a big tech atribui a responsabilidade pela checagem de conteúdos a usuários, que devem avaliar publicações, sinalizar informações falsas e realizar correções.

    A mudança no protocolo de checagem, que, desde 2006, era conduzido por agências profissionais, foi justificada pela empresa em comunicado oficial, nesta terça-feira (7).

    De acordo com Patricia Peck, CEO do Peck Advogados, referência em Direito Digital há 20 anos no Brasil, o “retorno às raízes” defendido por Mark Zuckenberg não pode ser desprovido de qualquer responsabilidade.

    “Além de demonstrar alinhamento à nova administração norte-americana, a declaração apresentada por Zuckenberg deixa claro que esse mesmo entendimento deve repercutir noutros países. É preciso um cuidado para evitar que a pressão política contrarie leis vigentes e comprometa a soberania noutros Estados”, afirma.

    No Brasil, por exemplo, há previsão constitucional do direito à liberdade de expressão, mas que deve estar harmonizado com outros, como a soberania nacional, privacidade e responsabilização civil e penal por eventuais excessos. Nesse sentido, Peck aponta para os riscos de maior polarização e disseminação de conteúdos preconceituosos e criminosos.

    “Além disso, há o risco de as notas de comunidade serem utilizadas de forma artificial para beneficiar ou prejudicar eventual posicionamento político, ideológico ou outro”, explica.

    Com o retorno do julgamento do Marco Civil da Internet, previsto para o primeiro semestre de 2025, o tema pode ser discutido pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

    “Como regra, as empresas devem cumprir as leis vigentes e ordens judiciais brasileiras, independentemente do modelo adotado pelas corporações nos seus países de origem. Se considerarmos que há um volume grande de remoções que deixará de ser proativamente retirada das redes, tendemos a ver uma elevação de ações judiciais para remoção de conteúdo” finaliza Peck”.

  • Nova norma da Receita Federal que monitora transações financeiras está em vigor; advogada tributária comenta

    Nova norma da Receita Federal que monitora transações financeiras está em vigor; advogada tributária comenta

    Está em vigor, desde 1º de janeiro, uma nova norma da Receita Federal que determina um maior monitoramento das transações bancárias. A maior mudança é a fiscalização de dados de movimentações que atinjam valores acumulados iguais ou superiores a 5 mil reais para pessoas físicas e 15 mil para pessoas jurídicas.

    advogada tributária Mayra Saitta, do escritório Saitta Advocacia, destaca que a regra não se aplica apenas a uma única transação que atinja este valor. “A norma refere-se ao montante acumulado ao longo do mês, feito por Pix, cartão de crédito, transferências bancárias, entre outros meios de pagamento.”

    Segundo a especialista, essa exigência tem como finalidade aumentar a transparência e o controle das movimentações financeiras pelo governo, e é obrigatória.

    “A falta de prestação de contas pode resultar em multas e problemas fiscais com a Receita. Por isso, este é o momento do contribuinte ou empresa revisar como está lidando com pagamentos ou recebimentos, garantindo que tudo esteja em conformidade com as novas regras”, diz Saitta.