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  • Personalização, tecnologia e sustentabilidade ditam o futuro do setor de hotelaria e turismo em 2025

    Personalização, tecnologia e sustentabilidade ditam o futuro do setor de hotelaria e turismo em 2025

    O setor de hotelaria e turismo passou por constantes transformações nos últimos anos. Após uma pausa forçada durante a pandemia, a retomada do setor exige adaptação e inovação para acompanhar as novas tendências. Para 2025, a tecnologia e as experiências personalizadas despontam como os principais destaques, enquanto a sustentabilidade se torna uma prioridade crescente nos serviços turísticos.

    A transformação digital está impulsionando as mudanças nas preferências dos consumidores. De acordo com a pesquisa CX Trends 2025, realizada anualmente pela Octadesk em parceria com a Opinion Box, houve um aumento de 8% na interação dos consumidores brasileiros com inteligências artificiais durante o processo de compra no último ano. O estudo também revela que 72% dos consumidores preferem um atendimento personalizado e exclusivo.

    Segundo Jorge Carvalho de Oliveira Júnior, presidente da Realgems Cosméticos e Amenities, empresa paranaense referência em cosméticos para hotelaria, o mercado está se ajustando às novas expectativas dos clientes. “A cada ano, o perfil do consumidor muda devido às novas tecnologias, que são rapidamente incorporadas ao cotidiano. Hotéis e serviços ligados ao turismo precisam acompanhar essas tendências para oferecer soluções alinhadas às necessidades dos hóspedes”, comenta. Como parte dessa estratégia de personalização, a Realgems permite a customização de amenities dos hotéis, com embalagens exclusivas para cada estabelecimento.

    A hiperpersonalização é uma forte tendência de consumo. Com a crescente demanda por experiências únicas, os consumidores esperam que as marcas criem soluções exclusivas para atender seus desejos. “Esse é um desafio para o mercado como um todo, mas na hotelaria a experiência sempre foi parte fundamental da compra. Os hotéis proporcionam diferentes sensações durante a estadia”, destaca Carvalho. Ele reforça que a Realgems trabalha em conjunto com os clientes para desenvolver soluções que aprimorem a sensação de exclusividade para cada hóspede.

    Sustentabilidade no turismo

    De acordo com um estudo publicado no final de 2024 pela revista Nature Communications, o turismo foi responsável por um aumento anual de 3,5% na emissão de CO2 entre 2009 e 2020. O crescimento acelerado do setor contribuiu significativamente para esse impacto, e as estimativas indicam que o turismo representa atualmente cerca de 9% das emissões globais de carbono.

    Diante desse cenário, a sustentabilidade se tornou um fator essencial para empresas do setor. O diretor da Realgems ressalta a importância de um consumo consciente. “Acreditamos que o futuro do setor de turismo e hotelaria não está apenas nas experiências que oferecemos, mas também na forma como essas experiências impactam o meio ambiente. Estamos comprometidos em oferecer produtos que não só atendem às necessidades dos nossos clientes, mas que também respeitam o nosso planeta”, aponta.

    De acordo com Carvalho, a marca busca, por meio de ações simples, caminhar para uma direção eco-friendly e reduzir seu impacto no meio ambiente. “Hoje, utilizamos materiais biodegradáveis em nossas embalagens e oferecemos produtos veganos de alta qualidade, cada vez mais procurados por hotéis comprometidos com a sustentabilidade”, explica. Além disso, a Realgems investe em iniciativas como reutilização de água e apoio a causas sociais. “Faço questão de participar de projetos que promovam o desenvolvimento local, como o ReciclaAjuda, que busca dar visibilidade e aumentar a renda dos trabalhadores da reciclagem, frequentemente marginalizados. Nosso impacto deve ser positivo não apenas para o meio ambiente, mas também para a comunidade ao nosso redor”, conclui o presidente da companhia.

  • O que esperar da IA nos próximos anos? Especialista aponta perspectivas e tendências para a tecnologia

    A inteligência artificial é o tópico de prioridade global. Com seu potencial de automatizar e potencializar tarefas e uso de dados, grandes empresas, e até mesmo países, se veem hoje numa verdadeira corrida em busca de se tornar a referência dentro dessa disputa – o que faz com que o tema vá muito além de debates sobre tecnologia e se torne uma questão de geopolítica.   

    Na visão de Renato Avelar, sócio e co-CEO da A&EIGHT, ecossistema de soluções digitais end-to-end de alta performance, uma tecnologia tão potente como a inteligência artificial deve ser vista como algo análogo à indústria bélica “A IA se tornou um fator estratégico na disputa por hegemonia global, impactando diretamente relações geopolíticas, como as tensões entre Estados Unidos e China, no qual o primeiro inclusive limita a compra de chips pelo gigante asiático, essenciais para o desenvolvimento de novos softwares, por exemplo”, explica.  

    Um dos exemplos mais recentes veio com o lançamento da inteligência artificial chinesa DeepSeek, concorrente do Open AI, criador do ChatGPT. Lançado em janeiro, o modelo R1 abalou o mercado americano com uma queda de 1 trilhão USD em startups de tecnologia, segundo o índice Nasdaq 100, que reúne as principais empresas de tecnologia americanas. Pouco menos de uma semana depois, a gigante chinesa de tecnologia Alibaba anunciou uma nova versão de seu modelo, o Qwen 2.5, que, segundo ela, é superior ao concorrente também chinês, demonstrando de maneira prática essa disputa pela governança global por meio da IA. 

    Para o executivo, a disputa entre bigtechs e startups pelo avanço da IA tende a se intensificar nos próximos anos. “A tecnologia já passou por grandes transformações entre 2023 e 2024, porém o triênio 2025-2027 promete ser um período de mais mudanças para o setor, especialmente com a IA”, avalia ele. Confira abaixo os principais tópicos que o setor deve se atentar nos próximos anos. 

    IA para além dos chatbots

    A IA continuará evoluindo para além das aplicações de chatbot, expandindo-se para setores como varejo, saúde, finanças, manufatura, transporte e artes. Modelos avançados permitirão maior personalização e automação de tarefas, enquanto a análise preditiva e a tomada de decisões inteligentes se tornarão cada vez mais sofisticadas – visto que o foco de grandes empresas de tecnologia é se tornarem lideranças em análise de dados. 

    Porém, de acordo com Avelar, devemos entender a inteligência artificial, no momento, como algo similar à descoberta da eletricidade, “temos uma ferramenta poderosa em mãos, mas que ainda está em desenvolvimento e aos poucos estamos entendendo melhor sua capacidade”, explica.

    Ele complementa dizendo que seguindo esse raciocínio, é como se ainda estivéssemos na lâmpada, “ou seja, hoje já existem inovações em diversos campos que utilizam essa tecnologia, no entanto, tanto empresas como governos precisam ter melhor domínio da ferramenta para que consigam criar mais com ela, é como uma nova economia surgindo e ditando como será o futuro”.

    Portanto, para o especialista, é necessário discutir o paralelo entre transformação e otimização por inteligência artificial. “Quando falamos de otimização, estamos focando no aumento de eficiência operacional, reduzindo custos e maximizando receita por meio de escala, porém sem afetar o centro da operação. Já a transformação muda completamente o modelo de negócio da companhia, afetando desde produtos finais como o próprio corebusiness da companhia”, reflete ele. 

    Sendo assim, é possível que os chatbots, apesar de populares, percam relevância, já que seu impacto prático no cotidiano tem se mostrado limitado. “Com a crescente complexidade das interações entre humanos e tecnologia, novos modelos de assistentes inteligentes capazes de oferecer respostas mais contextuais e personalizadas ganharão espaço”, destaca Avelar. Para ele,  as empresas que conseguirem desenvolver assistentes com maior capacidade de compreensão e personalização terão um grande diferencial competitivo nos próximos anos”, explica o executivo. 

    Nesse cenário, os companheiros de bordo, por exemplo, prometem ser uma tecnologia com alta aplicação prática para as empresas. O co-CEO ressalta que essa ferramenta poderá ser utilizada em praticamente todos os campos, acelerando diagnósticos médicos, prevendo probabilidade de ganho de causas em tribunais e até desenhando cenários de operações financeiras para aumentar o lucro.

    Modelos de Linguagem de Grande Escala (LLM)

    A tendência é que os fluxos preditivos avancem significativamente, deixando para trás a dependência de um único agente genérico. No futuro, os modelos de IA contarão com arquiteturas baseadas em agentes especializados, permitindo uma interação mais eficaz. Em vez de um único chatbot, um agente principal distribuirá perguntas para especialistas automatizados, otimizando as respostas e tornando a tecnologia mais eficiente e adaptável a diferentes contextos. Isso trará grandes avanços em processos complexos, como suporte técnico, análises de mercado e recomendações personalizadas em plataformas digitais.

    O sócio da A&EIGHT ressalta ainda que os novos sistemas operacionais serão construídos para serem operados por humanos e inteligência artificial concomitantemente, “pensando nisso, a integração de sistemas, inclusive utilizando IA no lugar de APIs tradicionais, irá fazer toda a diferença. Essa tecnologia poderá ser utilizada para tarefas muito mais técnicas e operacionais, enquanto o trabalho do humano será muito mais voltado à curadoria e análise de qualidade do que na execução de tarefas em si”, pontua ele. 

    A evolução dos LLMs também impactará a educação, onde os assistentes de aprendizado poderão adaptar materiais de ensino conforme o progresso e dificuldades dos alunos. No setor jurídico, sistemas avançados poderão analisar documentos e sugerir estratégias baseadas em precedentes históricos. 

    Logo, segundo Avelar, os profissionais que não quiserem ficar sem emprego, deverão empregar a inteligência artificial primeiro. “É provável que tenhamos profissionais realocados ou desempregados nesse cenário, porém isso não ocorrerá pela substituição da mão de obra humana pela tecnologia e sim pela falta de adaptabilidade, tanto no curto como longo prazo”. Ou seja, a discussão global se concentrará em como promover a inclusão humana nos processos digitais “a IA não substituirá profissionais, mas oferecerá ferramentas que aumentarão sua eficiência, permitindo que concentrem esforços em decisões estratégicas”, aponta o co-CEO.

    Cibersegurança em foco

    Com o aumento das ameaças digitais, inclusive entre países, a cibersegurança se tornará um dos pilares fundamentais da evolução da IA. Soluções como autenticação biométrica, criptografia quântica e segurança baseada em IA devem ganhar espaço para proteger infraestruturas e dados sensíveis globalmente. 

    Setores como o e-commerce precisarão fortalecer suas estratégias de segurança para enfrentar riscos crescentes, adotando modelos de detecção preditiva de fraudes e sistemas automatizados de resposta a ataques cibernéticos. “Hoje já existem criminosos digitais que copiam websites em poucas horas, sobem produtos inexistentes e fazem propaganda em redes sociais com avatares falsos e extremamente convincentes de celebridades. Para evitar esse tipo de fraude, será necessária a inteligência de tokenizacao de e-commerces, detecção de farsa e, principalmente, penalidades severas para os crimes virtuais”, reforça Avelar.

    Já as organizações financeiras deverão investir em IA para aprimorar protocolos de proteção, reduzindo a exposição a vazamentos de dados e ataques de phishing, “a cibersegurança será um dos pilares críticos na evolução da IA. Com o aumento das ameaças digitais, a tecnologia terá um papel fundamental na criação de barreiras inteligentes contra ciberataques, tanto no setor privado quanto no contexto de disputas entre potências globais”, destaca o profissional.

    Cenário Macroeconômico e Investimentos

    O ambiente econômico global também terá papel crucial no desenvolvimento da IA. O aumento do custo do capital financeiro deve criar desafios para as empresas de tecnologia, exigindo que startups e grandes players demonstrem sustentabilidade econômica para garantir novos investimentos. Apesar desse cenário, o mercado de IA deve continuar em expansão, oferecendo oportunidades para inovações e ampliação de soluções existentes. “Grandes corporações deverão adaptar seus modelos de negócio, focando em IA como diferencial competitivo”, analisa o co-CEO.

    No caso do mercado de trabalho, o avanço da IA poderá remodelá-lo com a criação de novas funções que exigirão qualificações específicas. O caso mais recente foi o da META, que realizou mudanças em seu quadro de colaboradores, investindo especialmente em profissionais especialistas em inteligência artificial.  

    Sendo assim, as empresas precisarão investir em capacitação profissional para garantir que seus colaboradores possam aproveitar ao máximo as novas ferramentas tecnológicas. “O mercado de trabalho não perderá vagas devido à IA, mas sim reconfigurado, e a qualificação dos profissionais será essencial para essa nova realidade”, conclui Avelar.

  • Trump e o Novo Cenário do Ecossistema Cripto

    Trump e o Novo Cenário do Ecossistema Cripto

    O segundo mandato de Donald Trump começou em 20 de janeiro e, com pouco mais de um mês de duração, já promove uma profunda reconfiguração nas políticas econômicas dos Estados Unidos. As novas diretrizes do presidente nas relações comerciais internacionais têm impactado os investimentos globais, aumentando a volatilidade nas bolsas de valores ao redor do mundo. O chamado “efeito-Trump” vem redefinindo a maneira como os mercados reagem às mudanças regulatórias e às novas estratégias implementadas pelo governo americano.

    Essa reconfiguração não se limita apenas ao comércio internacional ou às políticas macroeconômicas. O ecossistema cripto é um dos setores mais impactados, passando por uma transformação significativa. A abordagem da administração anterior, marcada por restrições e cautela em relação aos ativos digitais, está sendo substituída por uma visão que prioriza a inovação tecnológica e a liberdade financeira. Essa mudança de postura não apenas reflete a crescente influência do setor cripto na economia global, mas também sinaliza um alinhamento com os princípios de descentralização e privacidade fundamentais para a comunidade cripto.

    Bitcoin uma alternativa ao sistema tradicional

    Nas últimas semanas, Trump ameaçou aplicar uma alíquota de 25% sobre produtos oriundos do México e do Canadá, além de aplicar uma sobretaxa de 10% sobre itens importados da China e 25% para todas as importações de aço e alumínio destinadas aos EUA. Essas medidas protecionistas têm gerado um cenário de incerteza nos mercados globais, impactando especialmente os ativos considerados de risco. A elevação dos custos comerciais tende a pressionar a inflação e desestimular investimentos, criando um ambiente desafiador.

    “O Bitcoin vem se destacando como um ativo confiável em meio a essa volatilidade. Enquanto as bolsas ao redor do mundo acumulam perdas significativas, o Bitcoin tem se mantido praticamente estável, reforçando seu papel como uma reserva de valor em tempos de instabilidade econômica. Essa resiliência demonstra a crescente maturidade do ativo digital e sua capacidade de atrair investidores em busca de proteção contra as incertezas do mercado tradicional”, afirma Luiz Parreira, CEO da Bipa.

    Diante desse cenário de mudanças drásticas nas políticas econômicas e regulatórias, a nova administração Trump tem adotado um posicionamento mais favorável à inovação no setor cripto. As recentes ordens executivas assinadas pelo presidente refletem um esforço claro para remodelar a regulamentação vigente e estimular o crescimento do mercado de ativos digitais nos Estados Unidos. Essa guinada pró-cripto marca o início de uma nova fase para o setor, que agora conta com um ambiente mais favorável ao desenvolvimento de tecnologias financeiras descentralizadas e à participação de grandes investidores institucionais.

    Ordens executivas e a reformulação regulatória

    O segundo mandato de Donald Trump trouxe uma reconfiguração profunda na política regulatória dos Estados Unidos em relação ao ecossistema cripto. Essa transformação marca uma ruptura com a abordagem restritiva da administração Biden, estabelecendo um novo paradigma que prioriza a inovação e a liberdade financeira no setor.

    Duas ordens executivas que afetam significativamente o setor das criptomoedas e do Bitcoin assinadas por Trump em janeiro e representam os primeiros passos concretos dessa mudança. A primeira delas revogou a Ordem Executiva 14067 da administração Biden, que impunha restrições ao setor cripto e promovia o desenvolvimento de uma Moeda Digital do Banco Central (CBDC). Em seu lugar, foi estabelecida uma política pró-cripto, proibindo explicitamente a criação de CBDCs e criando um “Grupo de Trabalho Presidencial sobre Mercados de Ativos Digitais”. Além disso, Trump determinou que todas as agências federais revisassem suas regulamentações sobre criptoativos em um prazo de 30 a 60 dias. Essa ordem também protege o direito à autocustódia e à mineração de Bitcoin.

    A segunda ordem executiva focou na revogação da SAB 121, eliminando a exigência de que bancos e instituições financeiras incluíssem criptoativos custodiados em seus balanços patrimoniais. Essa medida remove um dos principais entraves para a entrada das instituições financeiras tradicionais no mercado cripto, permitindo uma maior oferta de serviços de custódia e produtos relacionados a ativos digitais.

    Proibição das CBDCs

    A decisão de Trump de proibir explicitamente o desenvolvimento de CBDCs marca uma ruptura drástica com a administração anterior. A nova ordem executiva não apenas proíbe agências governamentais de promoverem ou emitirem CBDCs, mas também determina o encerramento imediato de qualquer projeto relacionado a essas moedas digitais estatais.

    Essa medida foi amplamente celebrada pela comunidade cripto, que vê as CBDCs como um instrumento de vigilância estatal e controle governamental sobre transações financeiras individuais. A proibição reflete uma visão política que valoriza a privacidade financeira, a soberania do dólar e a descentralização, princípios alinhados à filosofia do Bitcoin e das criptomoedas em geral.

    ETFs impulsionam o mercado

    Os ETFs de Bitcoin lançados no ano passado superaram as expectativas de mercado. O IBIT da BlackRock e o FBTC da Fidelity alcançaram um volume combinado de 4,5 bilhões de dólares no primeiro dia de negociação. Em apenas 11 meses, o IBIT acumulou impressionantes 50 bilhões de dólares em ativos, quebrando recordes e destacando a crescente demanda por produtos regulados no ecossistema de Bitcoin.

    No mercado brasileiro de fundos de índice negociados em bolsa, dos dez ETFs que tiveram maior retorno ao investidor em 2024, sete são relacionados a criptoativos e redes blockchain, segundo levantamento da Quantum Finance.

    “Os ETFs desempenham um papel crucial na popularização do mercado cripto ao simplificar o acesso a esses ativos. Eles eliminam a complexidade da custódia de criptomoedas, permitindo exposição à valorização sem preocupações com segurança e armazenamento, tornando o investimento mais acessível e atrativo. Os ETFssão um passo inicial interessante, mas vale sempre lembrar que eles não dão acesso a uma característica primordial do Bitcoin: a possibilidade do indivíduo de realizar a própria custódia. É a partir da auto custódia que os indivíduos conseguem garantir sua soberania financeira.”, afirma Caio Leta, head de de research da Bipa.

    A “Bitcoinização” do Sistema Financeiro

    O crescimento dos ETFs de Bitcoin não representa apenas uma cooptação pelo sistema financeiro tradicional, mas também uma “Bitcoinização” desse sistema. Produtos como ETFs denominados em BTC, ETFs de empresas que adotaram o “padrão Bitcoin” e títulos de dívida voltados à compra de Bitcoin são exemplos dessa integração.

    O mercado está se adaptando à lógica e aos princípios do Bitcoin, transformando suas dinâmicas tradicionais. Esta é apenas a fase inicial de uma mudança que pode redefinir as bases do mercado financeiro global.

  • Novidades do Pix para 2025: mais facilidade e segurança para os usuários

    Novidades do Pix para 2025: mais facilidade e segurança para os usuários

    O Banco Central segue expandindo as funcionalidades do Pix, consolidando o sistema como a principal ferramenta de pagamentos no Brasil. Para 2025, três grandes inovações prometem facilitar ainda mais as transações financeiras: o Pix Automático, o Pix por Aproximação e o pagamento de boletos (“BolePix”). As novidades ampliam a praticidade e segurança para consumidores e empresas.

    Pix semelhante ao débito automático – Com lançamento obrigatório para todas as instituições a partir de 16 de junho de 2025, o Pix Automático permitirá a cobrança recorrente de valores variáveis, trazendo mais previsibilidade e segurança para empresas que realizam pagamentos periódicos, como academias, condomínios, contas de consumo e serviços de streaming.

    “O Pix Automático representa um avanço significativo para empresas e consumidores. Para os negócios, ele reduz a inadimplência e os custos operacionais. Já para os usuários, oferece comodidade e evita atrasos nos pagamentos de serviços essenciais”, explica Thiago Amaral, sócio do Barcellos Tucunduva Advogados nas áreas de Meios de Pagamento e Fintechs, doutor e mestre em Direito Comercial pela PUC/SP e professor da FGV/SP e do Insper.

    Pix por Aproximação – Já em fase de testes, a partir de 28 de fevereiro de 2025, o Pix por Aproximação estará disponível ao público, permitindo transações instantâneas via tecnologia NFC. Sem a necessidade de abrir aplicativos bancários ou digitar senhas, o pagamento poderá ser feito apenas aproximando o smartphone de um dispositivo compatível, semelhante ao que já ocorre com cartões contactless.

    “A chegada do Pix por Aproximação trará mais agilidade e segurança para os pagamentos do dia a dia. Além disso, facilitará a experiência em e-commerces, reduzindo o abandono de carrinhos e tornando as compras online mais fluidas”, destaca Amaral.

    BolePix, a evolução do boleto – Outra inovação relevante é o BolePix, que integrará QR Codes específicos aos boletos tradicionais, permitindo que o cliente escolha entre pagamento via Pix ou boleto bancário. Essa funcionalidade, que já se encontra disponível, garante mais flexibilidade para consumidores e eficiência para as empresas.

    “O BolePix acelera a confirmação de pagamentos e reduz custos operacionais, pois une a liquidez imediata do Pix à praticidade do boleto bancário. Trata-se de uma modernização essencial para o setor financeiro”, afirma Amaral.

    Para o especialista, com essas inovações, “o Pix reafirma sua posição como um dos sistemas de pagamento mais inovadores do mundo, garantindo mais conveniência, segurança e eficiência para usuários e empresas”, conclui Amaral.

  • Novidades do Pix para 2025: mais facilidade e segurança para os usuários

    Novidades do Pix para 2025: mais facilidade e segurança para os usuários

    O Banco Central segue expandindo as funcionalidades do Pix, consolidando o sistema como a principal ferramenta de pagamentos no Brasil. Para 2025, três grandes inovações prometem facilitar ainda mais as transações financeiras: o Pix Automático, o Pix por Aproximação e o pagamento de boletos (“BolePix”). As novidades ampliam a praticidade e segurança para consumidores e empresas.

    Pix semelhante ao débito automático – Com lançamento obrigatório para todas as instituições a partir de 16 de junho de 2025, o Pix Automático permitirá a cobrança recorrente de valores variáveis, trazendo mais previsibilidade e segurança para empresas que realizam pagamentos periódicos, como academias, condomínios, contas de consumo e serviços de streaming.

    “O Pix Automático representa um avanço significativo para empresas e consumidores. Para os negócios, ele reduz a inadimplência e os custos operacionais. Já para os usuários, oferece comodidade e evita atrasos nos pagamentos de serviços essenciais”, explica Thiago Amaral, sócio do Barcellos Tucunduva Advogados nas áreas de Meios de Pagamento e Fintechs, doutor e mestre em Direito Comercial pela PUC/SP e professor da FGV/SP e do Insper.

    Pix por Aproximação – Já em fase de testes, a partir de 28 de fevereiro de 2025, o Pix por Aproximação estará disponível ao público, permitindo transações instantâneas via tecnologia NFC. Sem a necessidade de abrir aplicativos bancários ou digitar senhas, o pagamento poderá ser feito apenas aproximando o smartphone de um dispositivo compatível, semelhante ao que já ocorre com cartões contactless.

    “A chegada do Pix por Aproximação trará mais agilidade e segurança para os pagamentos do dia a dia. Além disso, facilitará a experiência em e-commerces, reduzindo o abandono de carrinhos e tornando as compras online mais fluidas”, destaca Amaral.

    BolePix, a evolução do boleto – Outra inovação relevante é o BolePix, que integrará QR Codes específicos aos boletos tradicionais, permitindo que o cliente escolha entre pagamento via Pix ou boleto bancário. Essa funcionalidade, que já se encontra disponível, garante mais flexibilidade para consumidores e eficiência para as empresas.

    “O BolePix acelera a confirmação de pagamentos e reduz custos operacionais, pois une a liquidez imediata do Pix à praticidade do boleto bancário. Trata-se de uma modernização essencial para o setor financeiro”, afirma Amaral.

    Para o especialista, com essas inovações, “o Pix reafirma sua posição como um dos sistemas de pagamento mais inovadores do mundo, garantindo mais conveniência, segurança e eficiência para usuários e empresas”, conclui Amaral.

  • Inteligência Artificial e experiência do cliente são destaques no varejo para 2025

    Inteligência Artificial e experiência do cliente são destaques no varejo para 2025

    A NRF Retail’s Big Show 2025, maior evento global do setor varejista, ocorreu em janeiro, em Nova Iorque, reunindo especialistas para discutir as principais tendências do mercado. Entre os participantes estavam os empresários paranaenses Emilio Silva, CEO da Datasoul, e Eduardo Córdova, CEO do market4u, que trouxeram suas análises e experiências diretamente para os membros do Masterboard Club, em Curitiba.

    Durante o evento, Emilio Silva e Eduardo Córdova destacaram os principais aprendizados da NRF 2025 e como essas tendências devem impactar o mercado brasileiro.

    A Datasoul atua na transformação digital de empresas de médio e grande porte, já tendo implementado mais de 300 projetos em 14 países ao longo de 15 anos. Para Emilio Silva, CEO da empresa, o varejo de 2025 será baseado no equilíbrio entre tecnologia, personalização e responsabilidade ambiental.

    “Os consumidores buscarão conexões autênticas com as marcas, valorizando empresas que promovem um senso de comunidade. Além disso, a inteligência artificial substituirá aplicativos individuais, tornando a experiência de compra mais fluida. Outro ponto essencial será a liderança das marcas em iniciativas ambientais, com produtos mais duráveis e sustentáveis”, explica Emilio, que alerta, no entanto, para o risco de uma fadiga digital no varejo. “O excesso de tendências virais fará com que os consumidores valorizem cada vez mais a nostalgia e o storytelling como diferenciais competitivos”, ressalta.

    Cinco tendências que vão transformar o varejo em 2025

    O market4u é a maior microfranquia do Brasil, com mais de 2.185 lojas e 600 franqueados pelo país, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). Eduardo Córdova, CEO da marca, compartilhou cinco tendências fundamentais para o setor varejista em 2025:

    1-Inteligência Artificial (IA) e automação – Agentes de IA irão revolucionar a organização dos centros de distribuição e a experiência de compra, aumentando a eficiência e reduzindo custos.

    2-A evolução das lojas físicas –  Apesar do crescimento do e-commerce, 80% das compras ainda acontecem presencialmente. Para atrair consumidores, as lojas precisarão se tornar espaços de experiência e entretenimento.

    3-Uso estratégico de dados – A capacidade de coletar e interpretar dados será decisiva para oferecer ações personalizadas e eficazes.

    4-Propósito como fator de competitividade – Empresas com missões claras e consistentes terão vantagem competitiva, pois isso fortalece o engajamento de consumidores, colaboradores e parceiros.

    5-Novas tecnologias para otimização do varejo – Inovações como pulseiras inteligentes, self-checkouts automatizados e robôs de entrega já são realidade em alguns países e devem ganhar espaço no Brasil nos próximos anos.

    Segundo Eduardo Córdova, antes de adotar essas tecnologias, os varejistas precisam garantir que seus processos internos estejam organizados. “O primeiro passo é estruturar a base do negócio. Não adianta investir em IA se a empresa não coleta e organiza bem seus dados”, alerta o CEO do market4u.

    O encontro foi promovido pelo Masterboard Club, uma comunidade criada em 2017 que fomenta a troca de experiências, aprendizado e conexões estratégicas entre empresários.

  • Inteligência Artificial e experiência do cliente são destaques no varejo para 2025

    Inteligência Artificial e experiência do cliente são destaques no varejo para 2025

    A NRF Retail’s Big Show 2025, maior evento global do setor varejista, ocorreu em janeiro, em Nova Iorque, reunindo especialistas para discutir as principais tendências do mercado. Entre os participantes estavam os empresários paranaenses Emilio Silva, CEO da Datasoul, e Eduardo Córdova, CEO do market4u, que trouxeram suas análises e experiências diretamente para os membros do Masterboard Club, em Curitiba.

    Durante o evento, Emilio Silva e Eduardo Córdova destacaram os principais aprendizados da NRF 2025 e como essas tendências devem impactar o mercado brasileiro.

    A Datasoul atua na transformação digital de empresas de médio e grande porte, já tendo implementado mais de 300 projetos em 14 países ao longo de 15 anos. Para Emilio Silva, CEO da empresa, o varejo de 2025 será baseado no equilíbrio entre tecnologia, personalização e responsabilidade ambiental.

    “Os consumidores buscarão conexões autênticas com as marcas, valorizando empresas que promovem um senso de comunidade. Além disso, a inteligência artificial substituirá aplicativos individuais, tornando a experiência de compra mais fluida. Outro ponto essencial será a liderança das marcas em iniciativas ambientais, com produtos mais duráveis e sustentáveis”, explica Emilio, que alerta, no entanto, para o risco de uma fadiga digital no varejo. “O excesso de tendências virais fará com que os consumidores valorizem cada vez mais a nostalgia e o storytelling como diferenciais competitivos”, ressalta.

    Cinco tendências que vão transformar o varejo em 2025

    O market4u é a maior microfranquia do Brasil, com mais de 2.185 lojas e 600 franqueados pelo país, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). Eduardo Córdova, CEO da marca, compartilhou cinco tendências fundamentais para o setor varejista em 2025:

    1-Inteligência Artificial (IA) e automação – Agentes de IA irão revolucionar a organização dos centros de distribuição e a experiência de compra, aumentando a eficiência e reduzindo custos.

    2-A evolução das lojas físicas –  Apesar do crescimento do e-commerce, 80% das compras ainda acontecem presencialmente. Para atrair consumidores, as lojas precisarão se tornar espaços de experiência e entretenimento.

    3-Uso estratégico de dados – A capacidade de coletar e interpretar dados será decisiva para oferecer ações personalizadas e eficazes.

    4-Propósito como fator de competitividade – Empresas com missões claras e consistentes terão vantagem competitiva, pois isso fortalece o engajamento de consumidores, colaboradores e parceiros.

    5-Novas tecnologias para otimização do varejo – Inovações como pulseiras inteligentes, self-checkouts automatizados e robôs de entrega já são realidade em alguns países e devem ganhar espaço no Brasil nos próximos anos.

    Segundo Eduardo Córdova, antes de adotar essas tecnologias, os varejistas precisam garantir que seus processos internos estejam organizados. “O primeiro passo é estruturar a base do negócio. Não adianta investir em IA se a empresa não coleta e organiza bem seus dados”, alerta o CEO do market4u.

    O encontro foi promovido pelo Masterboard Club, uma comunidade criada em 2017 que fomenta a troca de experiências, aprendizado e conexões estratégicas entre empresários.

  • Sites de apostas podem ser responsabilizados pela participação de menores nas plataformas?

    Sites de apostas podem ser responsabilizados pela participação de menores nas plataformas?

    Desde 2023, as apostas esportivas online, popularmente conhecidas como “bets”, passaram a ser regulamentadas no Brasil com a sanção da Lei nº 14.790/2023. No entanto, o crescimento acelerado desse setor, impulsionado por influenciadores digitais, levanta preocupações que vão além do vício em jogos. A exposição de crianças e adolescentes às plataformas de apostas tem se tornado um problema crescente, especialmente devido às campanhas publicitárias e ao apelo dos jogos, muitas vezes sem a devida compreensão dos riscos envolvidos.

    Em resposta a essa realidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, por meio de decisão liminar do ministro Luiz Fux (ADI 7721 MC/DF), em novembro de 2024, a suspensão de qualquer publicidade de jogos de apostas online de cota fixa (bets) direcionada a menores de idade em todo o território nacional.

    A decisão também prevê restrições ao uso de recursos de programas assistenciais em apostas online, além da aplicação de multa diária de até R$ 50.000,00 em caso de descumprimento. O governo federal foi incumbido da implementação de medidas de fiscalização e controle, conforme estabelecido na Portaria 1.231/2024 do Ministério da Fazenda, regulamentando a Lei das Bets.

    Responsabilidade pela Participação de Menores nos Jogos

    As plataformas de jogos de azar online têm a obrigação legal de adotar medidas eficazes para evitar a exposição de crianças e adolescentes às suas atividades. Essa responsabilidade está fundamentada em diversas normas de proteção à infância e adolescência previstas no ordenamento jurídico brasileiro.

    Lei nº 14.790/2023 (Lei das Bets), em seu artigo 16, inciso IIIproíbe expressamente a publicidade direcionada ao público infantojuvenil. Além disso, o Código de Defesa do Consumidor (artigo 39) classifica como prática abusiva qualquer publicidade voltada ao público infantil, independentemente da natureza do produto ou serviço anunciado.

    No âmbito penal, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90) estabelece pena de reclusão de 1 a 4 anos para o crime de corrupção de menores. Essa infração inclui incentivar a participação de crianças e adolescentes em apostas online, seja por meio do envolvimento direto nos jogos ou da divulgação feita por influenciadores digitais menores de idade.

    Já a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD – Lei nº 13.709/2018) impõe restrições rigorosas ao tratamento de dados pessoais de menores de idade. Qualquer coleta ou uso de informações sensíveis exige consentimento expresso dos pais ou responsáveis. O descumprimento dessa norma pode acarretar sanções administrativas e penalidades severas para as casas de apostas.

    Embora ainda não existam penalidades específicas para plataformas de apostas que falham na fiscalização do acesso de menores, cresce a necessidade de ampliar a responsabilidade dessas empresas. Medidas mais rigorosas de controle etário podem ser fundamentais para mitigar os impactos econômicos e sociais negativos das “bets”, promovendo a proteção de crianças e adolescentes contra a exposição precoce aos jogos de azar.

  • Sites de apostas podem ser responsabilizados pela participação de menores nas plataformas?

    Sites de apostas podem ser responsabilizados pela participação de menores nas plataformas?

    Desde 2023, as apostas esportivas online, popularmente conhecidas como “bets”, passaram a ser regulamentadas no Brasil com a sanção da Lei nº 14.790/2023. No entanto, o crescimento acelerado desse setor, impulsionado por influenciadores digitais, levanta preocupações que vão além do vício em jogos. A exposição de crianças e adolescentes às plataformas de apostas tem se tornado um problema crescente, especialmente devido às campanhas publicitárias e ao apelo dos jogos, muitas vezes sem a devida compreensão dos riscos envolvidos.

    Em resposta a essa realidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, por meio de decisão liminar do ministro Luiz Fux (ADI 7721 MC/DF), em novembro de 2024, a suspensão de qualquer publicidade de jogos de apostas online de cota fixa (bets) direcionada a menores de idade em todo o território nacional.

    A decisão também prevê restrições ao uso de recursos de programas assistenciais em apostas online, além da aplicação de multa diária de até R$ 50.000,00 em caso de descumprimento. O governo federal foi incumbido da implementação de medidas de fiscalização e controle, conforme estabelecido na Portaria 1.231/2024 do Ministério da Fazenda, regulamentando a Lei das Bets.

    Responsabilidade pela Participação de Menores nos Jogos

    As plataformas de jogos de azar online têm a obrigação legal de adotar medidas eficazes para evitar a exposição de crianças e adolescentes às suas atividades. Essa responsabilidade está fundamentada em diversas normas de proteção à infância e adolescência previstas no ordenamento jurídico brasileiro.

    Lei nº 14.790/2023 (Lei das Bets), em seu artigo 16, inciso IIIproíbe expressamente a publicidade direcionada ao público infantojuvenil. Além disso, o Código de Defesa do Consumidor (artigo 39) classifica como prática abusiva qualquer publicidade voltada ao público infantil, independentemente da natureza do produto ou serviço anunciado.

    No âmbito penal, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90) estabelece pena de reclusão de 1 a 4 anos para o crime de corrupção de menores. Essa infração inclui incentivar a participação de crianças e adolescentes em apostas online, seja por meio do envolvimento direto nos jogos ou da divulgação feita por influenciadores digitais menores de idade.

    Já a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD – Lei nº 13.709/2018) impõe restrições rigorosas ao tratamento de dados pessoais de menores de idade. Qualquer coleta ou uso de informações sensíveis exige consentimento expresso dos pais ou responsáveis. O descumprimento dessa norma pode acarretar sanções administrativas e penalidades severas para as casas de apostas.

    Embora ainda não existam penalidades específicas para plataformas de apostas que falham na fiscalização do acesso de menores, cresce a necessidade de ampliar a responsabilidade dessas empresas. Medidas mais rigorosas de controle etário podem ser fundamentais para mitigar os impactos econômicos e sociais negativos das “bets”, promovendo a proteção de crianças e adolescentes contra a exposição precoce aos jogos de azar.

  • O futuro do varejo: inteligência artificial como aliada na operação e no atendimento

    O futuro do varejo: inteligência artificial como aliada na operação e no atendimento

    Tenho acompanhado de perto a transformação que está acontecendo no varejo, impulsionada por dois pilares: eficiência operacional e personalização no atendimento. Essas tendências já estão moldando a maneira como os varejistas conduzem seus negócios e tem gerado impactos significativos. 

    Outro tema que tem ganhado cada vez mais relevância é a Inteligência Artificial (IA) e como a tecnologia pode trazer soluções que ajudam tanto na gestão interna quanto na experiência do consumidor. Esses avanços podem ser categorizados em dois grandes eixos: eficiência operacional e personalização no atendimento.

    Eficiência operacional: o impacto nos processos internos

    Um dos maiores desafios do varejo é otimizar processos internos que envolvem desde a gestão financeira até a comunicação entre equipes de loja e centros de distribuição. Soluções baseadas em IA têm se mostrado promissoras para reduzir rupturas e excessos de inventário, além de aprimorar a gestão de devoluções. Tais mudanças ainda estão em fase inicial, mas já apontam para um futuro onde a alocação de recursos e a eficiência operacional podem ser significativamente ampliadas.

    No back-office, a IA também tem mostrado potencial na automação de processos financeiros e fiscais, oferecendo cruzamento de dados mais preciso e contribuindo para tomadas de decisões mais ágeis e informadas. Esse tipo de tecnologia é essencial para varejistas que desejam manter a competitividade em um mercado cada vez mais dinâmico e complexo.

    Personalização: a chave para conquistar o consumidor

    O segundo grande eixo é a capacidade da IA de elevar a experiência do consumidor a um novo patamar. Hoje, já existem casos de uso que incluem desde o envio de ofertas personalizadas com base no comportamento de compra até a criação de experiências mais conectadas entre os canais online e offline.

    Imagine entrar em uma loja e receber, em tempo real, recomendações personalizadas diretamente no celular, ou navegar em um e-commerce onde as ofertas e os produtos sugeridos refletem exatamente suas preferências. Isso é possível quando há uma base de dados consolidada e uma arquitetura robusta para suportar a personalização. No entanto, o sucesso de tais iniciativas ainda depende do avanço na coleta, tratamento e segurança dos dados dos consumidores.

    Os próximos passos para o varejo

    Está muito claro que o uso de IA no segmento vai muito além de uma tendência; trata-se de uma necessidade estratégica. Seja para reduzir custos, otimizar operações ou conquistar a lealdade do consumidor, as empresas precisam investir desde já em soluções que integrem eficiência e personalização de forma equilibrada.

    A transformação digital no varejo está apenas começando, e aqueles que conseguirem implementar essas tecnologias com eficiência certamente estarão um passo à frente da concorrência.