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  • Com faturamento de R$ 204,3 bilhões em 2024, e-commerce provoca expansão dos condomínios logísticos e investimentos em segurança de galpões

    Com faturamento de R$ 204,3 bilhões em 2024, e-commerce provoca expansão dos condomínios logísticos e investimentos em segurança de galpões

    Com um faturamento recorde de aproximadamente R$ 204,3 bilhões em 2024 no Brasil, em um valor confirmado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) como uma estimativa baseada em diferentes fontes, o setor de e-commerce continua impulsionando a expansão crescente dos condomínios logísticos no país e consequentemente ajudando a manter em alta os investimentos em segurança dos galpões que armazenam diversos tipos de produtos comercializados em solo nacional.
     

    As receitas com vendas realizadas por meio da internet no ano passado foram 10% maiores do que o total acumulado em 2023, quando foi atingida a marca de R$ 185,7 bilhões. Na esteira deste crescimento expressivo, aumentou a preocupação das empresas e dos proprietários dos depósitos em elevar o nível de proteção destes locais, que abrigam enormes valores agregados em mercadorias que abastecem os consumidores. O fato é exaltado por Fabio Gomes, gerente regional de vendas da unidade brasileira da Came, líder mundial em produtos de controle de acesso no mercado de segurança.
     

    “Principalmente pela força do e-commerce, diferentes setores estão se mobilizando para ampliar a estrutura dos centros logísticos. E a Came hoje vai muito bem neste segmento do mercado de segurança, no qual vem fornecendo soluções completas em projetos para garantir a maior proteção possível dessas estruturas”, enfatiza Gomes, lembrando da diversificada gama de equipamentos disponibilizada pela companhia para servir diferentes necessidades dos locais.
     

    “Em um único projeto, o condomínio logístico pode ser protegido com dispositivos como bollards e road blockers (diferentes tipos de barreiras retráteis de alta resistência), garras de tigre (dilaceradores de pneus afixados no solo), cancelas de alta segurança, automatizadores de portões, catracas, portas automáticas e com detectores de metais, além das controladoras de equipamentos, que são o cérebro para gerenciar todo esse sistema”, completa.
     
    Uma das empresas de centros logísticos que teve a sua segurança reforçada recentemente com um projeto de controle de acesso disponibilizado pela Came foi a da GB Armazéns, que teve diferentes unidades recebendo equipamentos da multinacional italiana. Uma delas foi a do condomínio Dutra V, com uma área total construída de mais de 164 mil m², que conta com cancelas, bollards e dilaceradores de pneus em seu sistema de gestão de fluxo de veículos e pedestres. Desta forma, o local se tornou ainda mais adequado do que já era para a realização de operações com grandes quantidades de mercadorias.

    Essa unidade do centro logístico fica no município de Queimados (RJ), às margens da rodovia Presidente Dutra, tradicional via entre São Paulo e o Rio de Janeiro. E a importância do novo sistema de proteção instalado no local foi exaltado pelo empresário Eduardo Buffara, sócio-proprietário da GB Armazéns, que também teve, neste mês de dezembro, a sua unidade Dutra IV, localizada a 20 quilômetros de distância do centro da capital fluminense, equipada com dispositivos da Came, como cancelas, bollards e dilaceradores de pneus.

    “Temos, principalmente no Rio de Janeiro, o problema da segurança como um desafio. E a gente vem, há pelo menos dez anos, tentando atualizar os nossos sistemas de proteção. E não basta para nós só colocarmos sistemas que o mercado pede, como dilaceradores de pneus, bollards e automatizadores de portões, mas que também atendam às nossas necessidades e sejam equipamentos confiáveis, que funcionem quando a gente for precisar delas. E por que a gente escolheu a Came para equipar os nossos centros logísticos? Pela qualidade e confiabilidade dos seus produtos, que custam mais caro do que os outros que são equipamentos padrão disponíveis no mercado, mas que são infinitamente superiores ao demais”, ressalta Buffara, lembrando que três unidades dos armazéns da empresa hoje possuem bollards da multinacional.
     

    “Temos também cancelas e outros produtos da Came espalhados por outros condomínios logísticos nossos. E os equipamentos da Came são os que realmente valem a pena, que funcionam e nos quais a gente pode realmente confiar”, completa o sócio-proprietário da GB Armazéns, que conta atualmente com 13 unidades logísticas de grande porte no Brasil.
     

    Brasil lidera e-commerce na América Latina

    Um relatório feito pela plataforma de pagamentos PagSeguro, em 2023, apontou que o Brasil é o país com maior movimentação financeira no comércio eletrônico na América Latina. O fato é uma evidência da enorme força do e-commerce, que vem impulsionando a expansão dos condomínios logísticos. E a Abcomm projeta que o mercado digital nacional deverá registrar crescimentos consecutivos de faturamento nos próximos anos. A entidade prevê o valor recorde de R$ 234,9 bilhões ao final de 2025, vislumbra R$ 258,4 bi para 2026 e depois R$ 284,2 bi em 2027.
     

    “Gigantes do mercado eletrônico, como o Mercado Livre e a Amazon, pagam para armazenar seus produtos dentro de condomínios logísticos com grande estrutura, como é o caso das unidades da GB Armazéns, que não se limitam a ter um controle de acesso apenas com equipamentos tradicionais, como cancelas, mas também possuem bollards da Came entre os diferenciais em seus sistemas de segurança”, enfatiza o gerente regional de vendas da companhia.
     

    Referência mundial no setor de segurança, a Came possui filiais em mais de 20 países e disponibiliza atualmente uma extensa carteira de equipamentos em seu portfólio para atender às necessidades do mercado brasileiro, com catracas, cancelas, portas automáticas e com detectores de metais, automatizadores de portões em sua linha de controle de acesso; bollardsroad blockers, dilaceradores de pneus, cancelas e portas capazes de absorver fortes impactos em sua gama de alta segurança, além do Came Key, do Came Connect e do Came QBE, acessórios remotos para operar dispositivos à distância.

  • NRF 2025: Reflexões estratégicas para o futuro do varejo

    NRF 2025: Reflexões estratégicas para o futuro do varejo

    Participar da NRF 2025, a maior feira de varejo do mundo realizada em Nova York, foi uma experiência transformadora. O evento reafirmou tendências cruciais para o setor e destacou desafios que demandam inovação, estratégia e tecnologia por parte das empresas. Sim, a inteligência artificial (IA) foi onipresente – mas o futuro do varejo não se limita a ela. A feira trouxe insights valiosos sobre personalização, eficiência operacional, experiência do cliente e o impacto das novas dinâmicas de consumo. 

    Um dos maiores desafios do varejo moderno é criar experiências personalizadas e relevantes para o consumidor. A era dos cookies está chegando ao fim, o que torna essencial a adoção de estratégias que combinem dados primários (first-party data) e soluções inteligentes para entender e antecipar necessidades. A IA e o machine learning desempenham um papel essencial nessa jornada. Segundo a Central do Varejo (junho de 2024), 47% das grandes empresas de e-commerce já implementaram IA para aprimorar suas estratégias de marketing.  

    Esse uso permite a análise de comportamento em tempo real, identificando padrões de compra e preferências, além de possibilitar recomendações personalizadas que otimizam a experiência do usuário. Com a automação de campanhas de marketing, as interações tornam-se mais relevantes e assertivas, aumentando as taxas de conversão. 

    A eficiência no atendimento ao cliente também se consolidou como um diferencial competitivo. Pesquisas apontam que 70% dos consumidores preferem interações rápidas via chatbot, segundo um relatório da Freshworks Inc. e Toluna. O uso de chatbots avançados e assistentes virtuais permite que dúvidas frequentes sejam resolvidas em tempo real, por exemplo, enquanto um atendimento híbrido, combinando IA e intervenção humana nos momentos certos, melhora a experiência do consumidor. A análise de sentimentos tornou-se uma ferramenta essencial, permitindo identificar clientes insatisfeitos e direcioná-los para um suporte mais ágil e personalizado. 

    Outro ponto central da NRF 2025 foi a discussão sobre o abandono de carrinho, um problema recorrente no e-commerce. Com o uso da IA, é possível minimizar essa questão ao personalizar ofertas de acordo com o histórico de navegação e até mesmo com o clima local. Alertas automáticos lembrando os clientes sobre itens esquecidos no carrinho e ofertas sob medida podem incentivar a conversão. Além disso, estratégias preditivas são capazes de identificar padrões de comportamento e oferecer incentivos estratégicos para clientes propensos a desistir da compra. 

    A eficiência operacional foi um dos grandes temas do evento. A NRF reforçou a importância da gestão inteligente de estoque, essencial para evitar excessos e rupturas. O machine learning já se consolidou como uma ferramenta indispensável para previsão de demanda, permitindo um reabastecimento automatizado e a integração com logística inteligente. Isso reduz custos operacionais e melhora significativamente a experiência de compra, garantindo produtos disponíveis no momento certo e otimizando os prazos de entrega. 

    Com a crescente restrição ao uso de cookies de terceiros, as marcas precisam reinventar suas estratégias para entender melhor seus clientes. A análise preditiva e a publicidade programática baseada no comportamento do usuário surgem como soluções fundamentais para esse novo cenário. O uso de testes A/B automatizados ajuda a otimizar anúncios e promoções, garantindo maior impacto e conversão. Sem os cookies, a fidelização do cliente ganha ainda mais relevância.  

    Na NRF 2025, ficou evidente que um ecossistema de pagamentos diversificados e programas de fidelidade bem estruturados são o caminho para o engajamento duradouro. A oferta de carteiras digitais e parcelamentos flexíveis melhora a conversão, enquanto benefícios personalizados e exclusivos incentivam compras recorrentes. A lealdade do consumidor se torna um ativo cada vez mais valioso e um diferencial competitivo inegável. 

    Para encerrar minha experiência durante o evento, participei de um tour por algumas das lojas mais icônicas de Nova York, como a Apple Store na 5ª Avenida, a Bergdorf Goodman e a Hermès na Madison Avenue. O que essas lojas têm em comum é a personalização extrema no atendimento e nos produtos, a exclusividade em cada detalhe da experiência e equipes altamente capacitadas e apaixonadas pela marca. Essa conexão emocional com o cliente é o que realmente diferencia o varejo de alto desempenho. 

    A NRF 2025 deixou claro que a tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas que são as pessoas que fazem a diferença. A capacitação contínua das equipes e o foco total na experiência do cliente são os verdadeiros motores do sucesso no varejo moderno. O desafio agora não é apenas entender essas transformações, mas agir rapidamente para inovar e oferecer jornadas inesquecíveis aos consumidores. O futuro do varejo já começou. 

  • NRF 2025: Reflexões estratégicas para o futuro do varejo

    NRF 2025: Reflexões estratégicas para o futuro do varejo

    Participar da NRF 2025, a maior feira de varejo do mundo realizada em Nova York, foi uma experiência transformadora. O evento reafirmou tendências cruciais para o setor e destacou desafios que demandam inovação, estratégia e tecnologia por parte das empresas. Sim, a inteligência artificial (IA) foi onipresente – mas o futuro do varejo não se limita a ela. A feira trouxe insights valiosos sobre personalização, eficiência operacional, experiência do cliente e o impacto das novas dinâmicas de consumo. 

    Um dos maiores desafios do varejo moderno é criar experiências personalizadas e relevantes para o consumidor. A era dos cookies está chegando ao fim, o que torna essencial a adoção de estratégias que combinem dados primários (first-party data) e soluções inteligentes para entender e antecipar necessidades. A IA e o machine learning desempenham um papel essencial nessa jornada. Segundo a Central do Varejo (junho de 2024), 47% das grandes empresas de e-commerce já implementaram IA para aprimorar suas estratégias de marketing.  

    Esse uso permite a análise de comportamento em tempo real, identificando padrões de compra e preferências, além de possibilitar recomendações personalizadas que otimizam a experiência do usuário. Com a automação de campanhas de marketing, as interações tornam-se mais relevantes e assertivas, aumentando as taxas de conversão. 

    A eficiência no atendimento ao cliente também se consolidou como um diferencial competitivo. Pesquisas apontam que 70% dos consumidores preferem interações rápidas via chatbot, segundo um relatório da Freshworks Inc. e Toluna. O uso de chatbots avançados e assistentes virtuais permite que dúvidas frequentes sejam resolvidas em tempo real, por exemplo, enquanto um atendimento híbrido, combinando IA e intervenção humana nos momentos certos, melhora a experiência do consumidor. A análise de sentimentos tornou-se uma ferramenta essencial, permitindo identificar clientes insatisfeitos e direcioná-los para um suporte mais ágil e personalizado. 

    Outro ponto central da NRF 2025 foi a discussão sobre o abandono de carrinho, um problema recorrente no e-commerce. Com o uso da IA, é possível minimizar essa questão ao personalizar ofertas de acordo com o histórico de navegação e até mesmo com o clima local. Alertas automáticos lembrando os clientes sobre itens esquecidos no carrinho e ofertas sob medida podem incentivar a conversão. Além disso, estratégias preditivas são capazes de identificar padrões de comportamento e oferecer incentivos estratégicos para clientes propensos a desistir da compra. 

    A eficiência operacional foi um dos grandes temas do evento. A NRF reforçou a importância da gestão inteligente de estoque, essencial para evitar excessos e rupturas. O machine learning já se consolidou como uma ferramenta indispensável para previsão de demanda, permitindo um reabastecimento automatizado e a integração com logística inteligente. Isso reduz custos operacionais e melhora significativamente a experiência de compra, garantindo produtos disponíveis no momento certo e otimizando os prazos de entrega. 

    Com a crescente restrição ao uso de cookies de terceiros, as marcas precisam reinventar suas estratégias para entender melhor seus clientes. A análise preditiva e a publicidade programática baseada no comportamento do usuário surgem como soluções fundamentais para esse novo cenário. O uso de testes A/B automatizados ajuda a otimizar anúncios e promoções, garantindo maior impacto e conversão. Sem os cookies, a fidelização do cliente ganha ainda mais relevância.  

    Na NRF 2025, ficou evidente que um ecossistema de pagamentos diversificados e programas de fidelidade bem estruturados são o caminho para o engajamento duradouro. A oferta de carteiras digitais e parcelamentos flexíveis melhora a conversão, enquanto benefícios personalizados e exclusivos incentivam compras recorrentes. A lealdade do consumidor se torna um ativo cada vez mais valioso e um diferencial competitivo inegável. 

    Para encerrar minha experiência durante o evento, participei de um tour por algumas das lojas mais icônicas de Nova York, como a Apple Store na 5ª Avenida, a Bergdorf Goodman e a Hermès na Madison Avenue. O que essas lojas têm em comum é a personalização extrema no atendimento e nos produtos, a exclusividade em cada detalhe da experiência e equipes altamente capacitadas e apaixonadas pela marca. Essa conexão emocional com o cliente é o que realmente diferencia o varejo de alto desempenho. 

    A NRF 2025 deixou claro que a tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas que são as pessoas que fazem a diferença. A capacitação contínua das equipes e o foco total na experiência do cliente são os verdadeiros motores do sucesso no varejo moderno. O desafio agora não é apenas entender essas transformações, mas agir rapidamente para inovar e oferecer jornadas inesquecíveis aos consumidores. O futuro do varejo já começou. 

  • Empresas deixam os chatbots corporativos de lado e abraçam os agentes de IA como aliados estratégicos

    Empresas deixam os chatbots corporativos de lado e abraçam os agentes de IA como aliados estratégicos

    Segundo análises da Gartner, 15% das decisões rotineiras nas empresas serão tomadas de forma autônoma por agentes de inteligência artificial (IA) até 2028. Dados como esse reforçam que essa categoria da tecnologia vem se tornando cada vez mais estratégica para os planos de crescimento das organizações, já que ajudam a aumentar o nível de produtividade e assertividade de ações.

    Felipe Thomé, cofundador e COO da CisoX, startup do grupo Dfense, explica que esse crescimento reforça a diferença dessas ferramentas de IA para os assistentes. “Enquanto a Siri, o Google Assistant e os chatbots corporativos em geral executam tarefas simples e reativas, como responder e-mails ou gerenciar agendas, os agentes operam de maneira autônoma, sendo capazes de monitorar ambientes, detectar padrões, prever cenários e agir estrategicamente”, diz.

    Por conta dessas características, essa vertente da IA é capaz de potencializar a ação humana, permitindo que as equipes foquem em tarefas complexas e de alto impacto no negócio, ao invés de atividades operacionais e demoradas. O especialista da empresa cita como exemplo a área de cibersegurança como um setor beneficiado com essa dinâmica. 

    “É possível criar estratégias de segurança da informação mais robustas e precisas de maneira dinâmica, sem depender de equipes inteiras e agendas fragmentadas. Isso libera recursos e permite que as companhias adaptem seus planos de segurança em tempo real, garantindo relevância e alinhamento com o cenário atual”, afirma.

    Novos desafios de cibersegurançaApesar de inovadora, a ascensão dos agentes da IA também traz muitos desafios para o setor de cibersegurança. O principal deles é a acessibilidade, já que, até pouco tempo atrás, as análises detalhadas de riscos e vulnerabilidades estavam restritas a grandes corporações, que possuíam recursos para contratar consultorias especializadas. No entanto, pequenas e médias empresas não tinham acesso a esses diagnósticos estratégicos, ficando mais vulneráveis a ataques cibernéticos.

    “A segurança da informação precisa ser um direito acessível, não um privilégio para quem pode pagar caro”, ressalta Thomé. “Os agentes de IA precisam ter esse viés de democratização em seu desenvolvimento e implementação, reduzindo barreiras e permitindo que qualquer companhia proteja seus dados de forma estratégica e eficiente”, completa.

    No mercado, algumas maneiras de garantir essa acessibilidade já vem se destacando, como a redução dos prazos de assinatura dos planos diretores de segurança de três para um ano. “Na própria CisoX conseguimos diminuir expressivamente o preço do nosso serviço em relação a consultorias tradicionais por conta do modelo anual, garantindo que as empresas revisem suas estratégias em tempo real, ajustem investimentos, priorizem projetos e se mantenham atualizadas em um cenário de ameaças em constante evolução”, cita o executivo.

    Deixando a mentalidade tradicional de lado
    Além do custo, o antigo modelo de contratação de consultorias especializadas também traz outros problemas em potencial. É o caso da dependência de conhecimento técnico individual, que não apenas abre margem para falhas humanas e análises inconsistentes, como também envolve um processo de implementação de defesas mais lento.

    Nesse sentido, as empresas que trazem agentes de IA em seu core business estão conseguindo transformar esse cenário aos poucos. A CisoX, por exemplo, baseia a atuação dessa tecnologia no framework do NIST (National Institute of Standards and Technology), o que possibilita à sua plataforma conduzir avaliações com mais de 360 critérios para mensurar a maturidade dos processos de segurança da informação de cada cliente. Assim, o prazo para o mapeamento de riscos e a produção de relatórios de aproximadamente 300 páginas é reduzido de quatro meses para apenas dois minutos.

    “Os agentes de  IA estão provando que a automatização não é só uma palavra bonita, mas sim um caminho para garantir uma coleta de informações eficiente, rápida e adaptada ao contexto de cada organização”, conclui Felipe Thomé.

  • IA e Marketing: tendências e expectativas para 2025

    IA e Marketing: tendências e expectativas para 2025

    A inteligência artificial generativa será um dos principais vetores de transformação tecnológica para 2025. Suas aplicações vão além da automação de processos e da criação de conteúdo, inaugurando um novo paradigma na forma como empresas abordam seus mercados, impulsionando a inovação e redefinindo suas estratégias operacionais. Mas você sabe o que está por trás dessas tecnologias e como vão impactar o seu negócio?

    No centro da IA Generativa estão modelos como GPT (Generative Pre-Trained Transformers) e LLMs (Large Language Models). Essas tecnologias são sustentadas por Deep Learning, uma abordagem que utiliza redes neurais avançadas para processar grandes volumes de dados não estruturados. Juntos, esses elementos formam a espinha dorsal de sistemas capazes de interpretar intenções humanas, prever comportamentos e gerar conteúdo de alta complexidade e relevância.

    Com a capacidade de criar textos, imagens e até vídeos, os modelos generativos já são amplamente utilizados em campanhas de marketing personalizadas, atendimento ao cliente e desenvolvimento de produtos. Em 2025, espera-se que sua adoção se amplie ainda mais, transformando setores inteiros. Ferramentas como as integradas ao Google Search exemplificam a tendência, ao oferecer resultados mais contextuais e personalizados para os usuários.

    Transformação no marketing de performance

    A IA Generativa representa uma mudança estrutural no marketing. Ao integrar LLMs com plataformas de análise semântica, as marcas podem compreender sinais de intenção de compra e comportamento do consumidor com precisão inédita. Esses dados permitem a criação de campanhas altamente segmentadas, ao mesmo tempo em que otimizam o ROI ao alinhar mensagens ao momento ideal de consumo.

    Neste contexto, modelos como o GPT se destacam por sua habilidade de aprender continuamente, ajustando-se a novos inputs e oferecendo soluções em tempo real. Essa adaptabilidade pode transformar a forma como os profissionais de marketing abordam seus públicos, tornando cada interação mais relevante e impactante. Além disso, empresas que já integram essas soluções têm reportado aumentos significativos na eficiência de suas operações e maior engajamento por parte dos consumidores.

    O impacto nos papéis de liderança e operação

    Com a crescente adoção da IA Generativa, os papéis dos profissionais de marketing e tecnologia estão evoluindo. CMOs e CTOs, por exemplo, precisam trabalhar de forma colaborativa para integrar essas tecnologias em suas operações, garantindo que os benefícios sejam maximizados sem comprometer a ética ou a privacidade dos dados e usuários.

    Enquanto a IA assume tarefas operacionais, como análise de dados e automação de processos, as lideranças devem concentrar-se em estratégias de longo prazo, inovação e gestão de mudanças. Organizações que investem na capacitação de suas equipes para lidar com essas ferramentas estão melhor posicionadas para aproveitar as oportunidades que 2025 trará. Nesse sentido, um relatório publicado pela IBM destaca a necessidade de treinamento contínuo e especialização para maximizar o impacto da IA Generativa.

    Desafios éticos e regulatórios em ascensão

    O avanço da IA Generativa não ocorre sem desafios. Governos ao redor do mundo estão implementando legislações para regular seu uso. É o caso do Artificial Intelligence Act, da União Europeia, que estabelece diretrizes rigorosas para garantir o desenvolvimento responsável da tecnologia. Enquanto isso, acordos nos Estados Unidos visam regulamentar o uso de conteúdos protegidos por direitos autorais em algoritmos generativos.

    Além disso, cenários como as fábricas de fake news, deepfakes e a reprodução de vieses algorítmicos destacam a necessidade urgente de comitês de ética corporativos e políticas claras que mitiguem esses riscos. Empresas que se anteciparem a essas questões têm maior chance de consolidar a confiança de consumidores e stakeholders em um mercado cada vez mais competitivo.

    O horizonte da IA Generativa

    Em 2025, a IA Generativa se consolidará como um fomentador estratégico para empresas que buscam inovação e eficiência. Seu impacto transcenderá a automação, tornando-se um elemento central na formulação de estratégias, no desenvolvimento de produtos e na interação com o cliente.

    Se as organizações adotarem uma abordagem proativa, investindo em treinamento, governança e integração tecnológica, estarão mais preparadas para navegar os desafios e capitalizar as oportunidades que a IA Generativa já está trazendo. Mais do que uma ferramenta, ela será uma parceira essencial para a construção do futuro.

  • O avanço da IA Chinesa e o alerta Global sobre Segurança de Dados

    O avanço da IA Chinesa e o alerta Global sobre Segurança de Dados

    O mercado internacional de inteligência artificial (IA) vive um momento de inflexão. O lançamento do DeepSeek, uma IA chinesa que rapidamente conquistou destaque, não apenas pela sua performance, mas pelas preocupações com segurança de dados, coloca em xeque as prioridades de empresas e governos em todo o mundo. Mais do que uma disputa tecnológica, o fenômeno DeepSeek expõe desafios éticos, riscos cibernéticos e uma nova corrida por regulamentação.

    O DeepSeek impressiona pela capacidade de processar informações complexas, superando benchmarks em tarefas de interpretação de dados e geração de conteúdo. No entanto, o que poderia ser celebrado como um marco na evolução da IA levanta questionamentos críticos sobre privacidade e uso indevido de dados.

    Relatórios recentes revelam falhas de segurança que expuseram milhões de informações sensíveis, incluindo históricos de conversas e chaves de API sem criptografia. Além disso, o fato de que esses dados são armazenados em servidores na China, com pouca transparência sobre o acesso por terceiros, acende um alerta vermelho para usuários e empresas.

    Enquanto o DeepSeek ganha tração, a resposta do mercado tem sido imediata. O SoftBank anunciou planos para investir US$ 25 bilhões na OpenAI, um movimento que reflete a busca por soluções que combinem inovação com segurança. Mark Zuckerberg, por sua vez, defendeu investimentos maciços em IA nos EUA, destacando que o diferencial competitivo está tanto na tecnologia quanto na capacidade de proteger dados sensíveis.

    Eu, como especialista de marketing digital, dentro dos meus trabalhos, defendo o conceito de Marketing Sustentável, que vai além do desempenho técnico. Acredito que a transparência, o uso consciente da tecnologia e o compromisso com a segurança digital são pilares para qualquer inovação. Não se trata apenas de “o que a IA faz”, mas de “como ela faz” e quais impactos sociais e éticos isso gera.

    Empresas, governos e usuários têm que estar atentos ao potencial das novas ferramentas, mas também aos riscos associados. O DeepSeek é um sinal de alerta: o futuro da IA será definido não só pela capacidade de processar dados, mas pela forma como respeita a privacidade, promove a segurança e contribui para um ecossistema digital saudável.

    O crescimento vertiginoso do DeepSeek mostra que o mercado de IA está longe de um ponto de estabilidade. A disputa vai além da tecnologia e envolve questões geopolíticas, econômicas e éticas.

    Para empresas que desejam prosperar nesse novo cenário, o caminho é claro: inovação com responsabilidade. O sucesso não será medido apenas em números de usuários ou velocidade de processamento, mas na confiança que cada solução é capaz de gerar.

    *Vinícius Taddone é diretor de marketing e fundador da VTaddone® www.vtaddone.com.br

  • China avança na corrida da IA e desafia líderes ocidentais na geração de imagens

    China avança na corrida da IA e desafia líderes ocidentais na geração de imagens

    A DeepSeek, startup chinesa de inteligência artificial, lançou o Janus-Pro-7B, um modelo de geração de imagens por IA que, segundo a empresa, supera concorrentes ocidentais como o DALL-E 3, da OpenAI, e o Stable Diffusion, da Stability AI. O anúncio marca um novo capítulo na disputa entre China e Vale do Silício pelo domínio da inteligência artificial generativa.

    Para Rafael Franco, CEO da Alphacode, empresa de aplicativo que possui sede em São Paulo, Curitiba (PR) e Orlando (FL-EUA) é responsável por projetos de grande porte como Grupos Habib’s, Madero e China In Box entre outros esse avanço reforça o impacto crescente da IA chinesa no mercado. A inteligência artificial generativa tem se tornado um dos pilares da inovação tecnológica, e o crescimento da China nesse setor sinaliza um futuro onde a diversidade de soluções será ainda maior. Isso significa que as empresas precisam se adaptar rapidamente para integrar essas novas ferramentas de forma eficiente e estratégica, analisa.

    De acordo com benchmarks internos, o Janus-Pro-7B atingiu 84,2% de precisão no DPG-Bench, um dos principais testes de avaliação para modelos de geração de imagens, ultrapassando a performance do DALL-E 3. Além disso, o modelo foi treinado com mais de 90 milhões de amostras, combinando dados reais e sintéticos para aprimorar a qualidade visual das imagens geradas. A DeepSeek também disponibilizou o modelo em versões de 1 bilhão e 7 bilhões de parâmetros, permitindo maior flexibilidade para desenvolvedores e empresas que desejam implementar a tecnologia.

    O lançamento ocorre em um momento de crescimento acelerado da IA chinesa, impulsionada por investimentos massivos de gigantes como Baidu, Tencent e Alibaba. Essas empresas competem diretamente com referências ocidentais como OpenAI, Google DeepMind e Stability AI, transformando o mercado global. A expansão da tecnologia open-source desenvolvida na China também tem sido um fator relevante, tornando o acesso a modelos avançados mais democrático e acessível.

    A DeepSeek já vinha ganhando destaque no setor de inteligência artificial. Recentemente, seu assistente baseado no modelo DeepSeek-V3 tornou-se o aplicativo gratuito mais baixado na App Store dos EUA, superando o próprio ChatGPT. Esse crescimento reflete o interesse do público por alternativas à tecnologia desenvolvida no Ocidente e reforça a presença chinesa na corrida global da IA.

    Para os usuários, a competição entre gigantes do setor significa maior variedade de soluções, melhor qualidade e custos reduzidos. O avanço de modelos como o Janus-Pro-7B pode impulsionar novas oportunidades para criadores de conteúdo, designers, publicitários e empresas que dependem de imagens de alta qualidade geradas por IA.

    Franco ressalta que essa disputa também traz desafios para empresas que desenvolvem e integram inteligência artificial. “O grande diferencial estará na capacidade de adaptação. Modelos mais eficientes e acessíveis abrem novas possibilidades, mas exigem que as empresas saibam como utilizar essas tecnologias para gerar valor real aos usuários e negócios”, conclui.

  • China avança na corrida da IA e desafia líderes ocidentais na geração de imagens

    China avança na corrida da IA e desafia líderes ocidentais na geração de imagens

    A DeepSeek, startup chinesa de inteligência artificial, lançou o Janus-Pro-7B, um modelo de geração de imagens por IA que, segundo a empresa, supera concorrentes ocidentais como o DALL-E 3, da OpenAI, e o Stable Diffusion, da Stability AI. O anúncio marca um novo capítulo na disputa entre China e Vale do Silício pelo domínio da inteligência artificial generativa.

    Para Rafael Franco, CEO da Alphacode, empresa de aplicativo que possui sede em São Paulo, Curitiba (PR) e Orlando (FL-EUA) é responsável por projetos de grande porte como Grupos Habib’s, Madero e China In Box entre outros esse avanço reforça o impacto crescente da IA chinesa no mercado. A inteligência artificial generativa tem se tornado um dos pilares da inovação tecnológica, e o crescimento da China nesse setor sinaliza um futuro onde a diversidade de soluções será ainda maior. Isso significa que as empresas precisam se adaptar rapidamente para integrar essas novas ferramentas de forma eficiente e estratégica, analisa.

    De acordo com benchmarks internos, o Janus-Pro-7B atingiu 84,2% de precisão no DPG-Bench, um dos principais testes de avaliação para modelos de geração de imagens, ultrapassando a performance do DALL-E 3. Além disso, o modelo foi treinado com mais de 90 milhões de amostras, combinando dados reais e sintéticos para aprimorar a qualidade visual das imagens geradas. A DeepSeek também disponibilizou o modelo em versões de 1 bilhão e 7 bilhões de parâmetros, permitindo maior flexibilidade para desenvolvedores e empresas que desejam implementar a tecnologia.

    O lançamento ocorre em um momento de crescimento acelerado da IA chinesa, impulsionada por investimentos massivos de gigantes como Baidu, Tencent e Alibaba. Essas empresas competem diretamente com referências ocidentais como OpenAI, Google DeepMind e Stability AI, transformando o mercado global. A expansão da tecnologia open-source desenvolvida na China também tem sido um fator relevante, tornando o acesso a modelos avançados mais democrático e acessível.

    A DeepSeek já vinha ganhando destaque no setor de inteligência artificial. Recentemente, seu assistente baseado no modelo DeepSeek-V3 tornou-se o aplicativo gratuito mais baixado na App Store dos EUA, superando o próprio ChatGPT. Esse crescimento reflete o interesse do público por alternativas à tecnologia desenvolvida no Ocidente e reforça a presença chinesa na corrida global da IA.

    Para os usuários, a competição entre gigantes do setor significa maior variedade de soluções, melhor qualidade e custos reduzidos. O avanço de modelos como o Janus-Pro-7B pode impulsionar novas oportunidades para criadores de conteúdo, designers, publicitários e empresas que dependem de imagens de alta qualidade geradas por IA.

    Franco ressalta que essa disputa também traz desafios para empresas que desenvolvem e integram inteligência artificial. “O grande diferencial estará na capacidade de adaptação. Modelos mais eficientes e acessíveis abrem novas possibilidades, mas exigem que as empresas saibam como utilizar essas tecnologias para gerar valor real aos usuários e negócios”, conclui.

  • As tendências que estão redefinindo o varejo e a experiência do consumidor

    As tendências que estão redefinindo o varejo e a experiência do consumidor

    O varejo está passando por uma transformação acelerada, impulsionada pela tecnologia, pela personalização e pela experiência do cliente, aspectos que se fundem em uma jornada unificada. Eventos como a NRF 2025, o mais relevante na área de varejo e consumo do mundo, que ocorreu em janeiro nos EUA, reforçam que o setor não pode mais adiar mudanças estratégicas, pois o momento presente já exige novas abordagens para se manter competitivo. 

    Entre as principais tendências em destaque, apresentadas na NRF, cinco se mostram essenciais para marcas que querem liderar essa nova era do varejo. 

    A jornada unificada: uma experiência seamless

    A jornada do consumidor está cada vez mais integrada com as linhas entre o mundo físico e o digital se diluindo. A NRF 2025 evidenciou a importância de oferecer uma experiência seamless, isto é, fluida, em tradução livre, na qual o cliente pode iniciar uma compra online e finalizá-la em loja ou vice-versa.

    Este ciclo de interação com o cliente exige:

    • Integração de canais: uma visão holística do cliente, com dados compartilhados entre os diferentes pontos de contato;
    • Personalização: oferta de produtos e serviços personalizados em cada etapa da jornada, desde a descoberta até a pós-venda; e
    • Facilidade: simplificação da experiência de compra com processos ágeis e intuitivos.

    Nos Estados Unidos, a Starbucks é um exemplo bem-sucedido na implementação da jornada seamless. A rede de cafeterias demonstra que o varejo, em diferentes regiões e modelos de negócios, está substituindo a visão fragmentada da compra por uma abordagem holística, que conecta e integra – com personalização e conveniência – todos os pontos de contato com os consumidores.

    Também deixa outra lição: a de não estagnar com o sucesso. Mesmo diante dos bons resultados obtidos, Deb Hall Lefevre, vice-presidente executiva e diretora de Tecnologia da Starbucks, destacou, no painel sobre transformação digital, que a empresa “ainda não chegou lá”. Para ela, ainda há muito trabalho a ser feito frente à diversidade das franquias e dos modelos de negócios espalhados pelas regiões do país. O propósito da Starbucks, segundo a executiva, é continuar avançando na unificação dos seus canais para atender melhor. Nas palavras de Lefevre, “tudo se resume, novamente, a uma experiência de toque consistente”.

    Retail Media 2.0: a audiência no centro das estratégias

    O Retail Media está evoluindo para uma nova era em que a combinação entre dados e comportamento permite construir perfis de consumidores com precisão cada vez maior. Esta transformação tem implicações significativas para o varejo:

    • Audiência segmentada: a capacidade de identificar e segmentar a audiência de forma granular permite campanhas mais direcionadas e eficazes;
    • Mensagens personalizadas: criar mensagens personalizadas que ressoem com as necessidades e interesses de cada consumidor; e
    • Otimização de resultados: medir o impacto das campanhas e otimizar as estratégias em tempo real.

    Nas palavras de Pete Nordstrom, presidente e diretor de Marca da Nordstrom, “a jornada do consumidor, antes fragmentada, agora se unifica em uma experiência omnichannel, personalizada e altamente tecnológica”. A companhia, fundada como sapataria em 1901, em Seattle, é uma referência em inovação e experiência de compra.

    Instalada ao lado do Central Park, a megaloja da Nordstrom focou na venda de artigos de luxo exclusivos para o público feminino. Combinou o alto valor de marcas como Gucci e Yves Saint Laurent a dois andares de restaurantes e cafés proprietários e serviços próprios de costura e maquiagem ultrapersonalizados oferecidos pelo “Beauty Services”. Para exemplificar a capacidade de integração e conveniência, uma cliente da flagship pode solicitar uma bebida de um dos restaurantes enquanto prova um vestido. Caso opte por fazer sua refeição em casa, os estabelecimentos entregam no endereço solicitado.

    A análise de cases como o da Nordstrom deixa claro que o futuro do varejo está marcado pela convergência entre o físico e o digital.

    Inteligência Artificial: a chave para a análise de dados

    A Inteligência Artificial (IA) está revolucionando a forma como as empresas analisam e interpretam grandes volumes de dados. Na NRF 2025, ficou evidente a importância da IA para:

    • Previsão de demanda: antecipar as necessidades dos consumidores e otimizar os estoques;
    • Personalização em massa: criar experiências personalizadas para milhões de clientes; e
    • Otimização de preços: definir preços dinâmicos com base na demanda e no comportamento do consumidor.

    Isso significa que a IA impacta a tomada de decisões, e esta é uma revolução que está apenas começando. É certo que transformará tudo o que conhecemos, desde os negócios às relações de consumo, de trabalho e entre pessoas.

    A ideia de ruptura promovida pela Inteligência Artificial permeou inúmeras palestras desde a abertura do evento, no painel intitulado Game-Changing, apresentado pelo CEO do Walmart e presidente da NRF, John Furer, e por Azita Martin, vice-presidente e gerente geral de IA para varejo, da Nvidia. Para além da tradução literal “Mudança de Jogo”, o termo busca expressar o conceito de disrupção que o uso da tecnologia representa para o mundo a partir de agora.

    Azita Martin fez jus ao tema e nos contou sobre um dos processos aplicados pela Nvidia em logística. Ela disse que, com software e testes cíclicos de agentes de IA, é possível avaliar e refinar como o sistema se adapta à imprevisibilidade do mundo real. Caso ocorra um incidente ao longo da rota planejada dos AMRs (robôs móveis automatizados), a visão computacional atualiza o mapa de ocupação em tempo real e o envia ao modelo de IA com uma nova rota otimizada.

    Esse exemplo demonstra a capacidade da IA de modelar e se adaptar a dados em tempo real, como observado nos centros de distribuição, otimizando operações logísticas. Utilizada para prever demandas, otimizar preços, personalizar experiências e muito mais, dada a capacidade de analisar grandes volumes de dados, no varejo, favorecendo tomadas de decisão mais ágeis e assertivas.

    In-Store: o novo digital

    Como já percebemos, as lojas físicas estão se transformando em espaços cada vez mais digitais e interativos. Logo, o quarto destaque apresentado na NRF 2025 foi a adoção das mesmas práticas do digital pelo in-store:

    • Experiências imersivas: utilização de tecnologias como realidade virtual e aumentada para criar experiências únicas;
    • Integração com o e-commerce: oferta de opções de compra online e offline de forma integrada; e
    • Análise de dados em tempo real: coleta dados dos clientes dentro da loja para personalizar a experiência e otimizar as operações.

    Uma das gigantes do mercado de luxo de beleza, a Sephora, mostrou que “omni” não é apenas uma palavra e, sim, uma estratégia enraizada no DNA da empresa. Artemis Patrick, CEO da companhia na América do Norte, enfatizou o compromisso de longa data da rede com a abordagem omnichannel unificada. Segundo Patrick, os investimentos massivos na digitalização do in-store envolvem, por exemplo, a automação dos meios de pagamento para que a experiência de compra física tenha a mesma fluidez do online.

    OmniADS: a convergência dos canais

    Por fim, a união do online e do offline deu origem a um novo conceito: o “OmniADS”. Essa abordagem remete à criação de campanhas que se estendem por todos os canais, oferecendo uma experiência consistente e personalizada para o consumidor.

    A NRF 2025 deixou claro que o futuro do varejo já começou. A fusão entre tecnologia, personalização e integração não é apenas uma tendência, mas a nova regra do jogo. As empresas que colocarem essas transformações em prática, investindo em tecnologia, dados e experiência do cliente, estarão preparadas para os desafios do mercado e para liderar a próxima era do consumo. Esta é a oportunidade de redefinir estratégias, reinventar experiências e conquistar um novo patamar de relevância.

    *Célio Martinez é CEO da Converta Ads

  • Startups focadas em segurança cibernética lideram o recebimento de aportes

    Startups focadas em segurança cibernética lideram o recebimento de aportes

    O mercado global de venture capital – investimentos em empresas em estágio inicial, de pequeno ou médio porte, geralmente startups – experimenta um momento de expansão no mundo. E o Brasil se destaca, liderando esse mercado na América Latina. Por trás dos milhões de dólares, euros ou reais envolvidos nas rodadas de captação, estão histórias de impacto socioeconômico gerado por tais investimentos. 

    Aos números, para se ter uma dimensão do cenário. De acordo com o Venture Pulse 2024, levantamento da organização KPMG, no segundo trimestre deste ano, o mercado global de venture capital somou US$ 94,3 bilhões em investimentos, com maior aumento em relação aos cinco trimestres anteriores. No Brasil, o montante chegou a US$ 816,8 milhões, o maior desde o primeiro trimestre de 2022. 

    Segundo o levantamento, startups focadas em inteligência artificial, defesa e segurança cibernética lideram o recebimento de aportes. Mas dados de outras fontes mostram mais segmentos se sobressaindo também – em especial aqueles que trazem impacto social. O Fundo Govtech, gerido pela KPTL e pela Cedro Capital, é um dos que têm se destacado.

    O fundo é direcionado a startups com potencial de transformar a prestação de serviços públicos oferecidos pelo governo. Os recursos são aportados em empreendimentos que oferecem tecnologia para áreas como saúde (gestão de recursos hospitalares, telemedicina), educação (processos educacionais, acesso ao ensino de qualidade) e segurança pública (ferramentas de monitoramento e análise de dados), entre outras. 

    “O Fundo Govtech foi criado com uma missão clara: investir em empresas de tecnologia que desenvolvem soluções para resolver problemas de natureza pública, enfrentando gargalos de infraestrutura e a burocracia. Em um país como o Brasil, onde milhões de cidadãos enfrentam dificuldades diárias para acessar serviços básicos, o papel dessas startups vai além do retorno financeiro. Elas representam uma esperança para que a administração pública se torne mais ágil, eficiente e transparente”, discorrem as gestoras KPTL e Cedro Capital. 

    Os relatos de empreendedores contemplados evidenciam o impacto social. Um dos sócios e fundadores da Colab, Gustavo Maia, explica que a atuação do Fundo Govtech fez a empresa aprimorar sua visão estratégica, “nos ajudando a refinar nossas soluções e a entender melhor as necessidades do setor público”. 

    A Colab é a startup responsável pela criação da versão digital do orçamento participativo, hoje em uso pelo governo do Piauí e por vários municípios no Brasil. “Com o apoio do fundo”, diz o empreendedor, “conseguimos expandir nossa atuação em mais cidades, e isso representa uma grande vitória para o cidadão que pode participar de forma mais ativa e colaborativa na gestão pública”. 

    A Prosas, uma plataforma de monitoramento e seleção de iniciativas de fomento a ações sociais, como editais de incentivo à cultura, é outra startup contemplada com o fundo de venture capital Govtech. O cofundador da empresa, Thiago Alvim, define como “decisivos” os aportes recebidos para o aprimoramento de ferramentas de gestão de editais e parcerias para o terceiro setor. 

    “Mais do que o investimento, o fundo nos trouxe um acesso privilegiado a redes e conhecimentos sobre o setor público, acelerando a transformação social que almejamos”, declara. 

    Casos como esses indicam a convergência do mercado de venture capital com dois grandes movimentos importantes: o ESG (ambiental, social e governança) e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Isso porque se tratam de aportes concedidos condicionados a políticas de promoção de critérios socioambientais e de governança, diretamente alinhados a um ou mais ODS, que vão da erradicação da pobreza à ação global contra as mudanças climáticas. 

    Para os gestores do Fundo Govtech, esses quesitos devem ser tão ou mais considerados do que as cifras investidas e aquelas de retorno calculado. “O capital de risco pode, sim, gerar impacto positivo na vida das pessoas, promovendo não apenas o crescimento financeiro, mas também uma revolução na forma como os serviços públicos atendem o cidadão. Em última análise, esta é uma das maneiras mais duradouras de mensurar o verdadeiro valor do capital de risco no país: não apenas em cifras, mas em transformações concretas para o bem-estar social e o desenvolvimento sustentável do Brasil”, sublinham.