Tag: Tendências

  • O futuro da automação e RPA em 2025: Inovação, eficiência e transformação digital

    O futuro da automação e RPA em 2025: Inovação, eficiência e transformação digital

    A automação e o RPA (Robotic Process Automation) continuam a transformar empresas ao redor do mundo, sendo pilares fundamentais na revolução digital. Para 2025, é esperado que essas tecnologias avancem ainda mais, impulsionadas por inovações em inteligência artificial (IA), integração de sistemas e demanda por eficiência operacional.

    A integração avançada entre RPA e IA generativa está se consolidando como um dos avanços mais significativos. Robôs não apenas executarão tarefas repetitivas, mas também aprenderão a lidar com situações mais complexas, se adaptando em tempo real. Isso incluirá a capacidade de gerar conteúdos, interpretar textos e oferecer soluções baseadas em análises contextuais, ampliando o leque de aplicações da automação.

    hiperautomção, que combina RPA, IA, machine learning (ML) e ferramentas de análise de dados, continuará sendo uma tendência crescente. Empresas buscarão automatizar não apenas tarefas isoladas, mas processos inteiros de ponta a ponta. Isso inclui desde a coleta e organização de dados até a tomada de decisão baseada em insights, promovendo eficiência e redução de custos.

    Democratização da automação por meio de ferramentas “low-code” e “no-code”, que permitirão que profissionais sem conhecimento técnico avançado criem e implementem soluções automatizadas. Essa democratização possibilitará que pequenas e médias empresas adotem a automação em seus processos, reduzindo barreiras de entrada e acelerando a transformação digital em diferentes setores.

    A crescente adoção de soluções em nuvem também influenciará o mercado de automação. Plataformas RPA baseadas em nuvem permitirão maior escalabilidade, flexibilidade e custo-benefício. Empresas poderão implementar e gerenciar robôs remotamente, integrando sistemas de diferentes localidades com agilidade e segurança.

    sustentabilidade será um fator cada vez mais relevante na adoção de tecnologias de automação. Empresas buscarão reduzir o consumo de recursos e otimizar processos para minimizar impactos ambientais. Soluções de RPA serão desenvolvidas para promover eficiência energética, monitoramento de emissões e gestão de recursos sustentáveis.

    Com o aumento da automação e da coleta de dados, a segurança cibernética e a governança serão áreas críticas. Empresas investirão em soluções RPA que integrem mecanismos robustos de proteção de dados, bem como em ferramentas que garantam conformidade com regulações, como a GDPR e a LGPD.

    Robôs colaborativos, ou “cobots”, que trabalham lado a lado com humanos, serão mais utilizados. Esses robôs serão programados para interagir com colaboradores de forma segura e eficiente, ampliando a produtividade e otimizando tarefas que exigem combinação de habilidade humana e automação.

    Expansão para setores emergentes, como saúde, educação e agricultura verão uma maior adoção de RPA. Na saúde, por exemplo, os robôs serão utilizados para gerenciar registros de pacientes, agendar consultas e processar seguros de forma mais eficiente. Na agricultura, será possível integrar automação para monitorar colheitas e otimizar o uso de recursos.

    O mercado de automação e RPA para 2025 promete avanços significativos, redefinindo como as empresas operam e interagem com a tecnologia. As tendências apontam para uma automação mais inteligente, acessível e sustentável, com foco em integração, segurança e impacto positivo no meio ambiente. Empresas que abraçarem essas inovações estarão melhor posicionadas para prosperar em um mundo cada vez mais automatizado.

    A aceleração dessas tendências também reforça a importância de uma abordagem colaborativa entre equipes multidisciplinares, garantindo que a implementação de soluções seja alinhada aos objetivos estratégicos das organizações. Além disso, o impacto da automação não se limita à produtividade, mas também influencia a forma como profissionais se relacionam com o trabalho, abrindo caminho para novas competências e funções mais focadas em estratégias e inovações.

  • Apps móveis usam IA e análise de dados para facilitar o comércio eletrônico

    Apps móveis usam IA e análise de dados para facilitar o comércio eletrônico

    O comércio eletrônico tem evoluído significativamente no Brasil, impulsionado pelo crescimento do uso de aplicativos móveis como principal meio de consumo. De acordo com o Relatório Expectativas do Consumidor 2024, da Appdome, 84,5% dos brasileiros realizam compras por meio de apps, superando em 53% a média global. A adesão reflete a praticidade e a eficiência dessas plataformas. O aumento do uso de apps não é apenas uma mudança comportamental de consumo, mas também uma oportunidade para empresas se destacarem em um mercado cada vez mais competitivo. Neste cenário, a Inteligência Artificial (IA) e a análise de dados emergem como ferramentas indispensáveis para criar experiências personalizadas, melhorar a eficiência das operações e fortalecer o relacionamento com os clientes.

    Evolução do comércio eletrônico por meio dos apps

    Nos últimos anos, os apps se consolidaram como um dos principais canais de vendas online. Além de simplificarem a jornada de compra, eles proporcionam a interação mais direta e personalizada entre marcas e compradores. No entanto, nem todas as companhias conseguem aproveitar o potencial dessas ferramentas. Muitos varejistas ainda lançam versões que funcionam apenas como catálogos digitais, sem funcionalidades que incentivem o acesso contínuo. Para ganhar destaque, um app precisa oferecer mais do que o básico. Grandes varejistas têm investido em integrações que ampliam o valor percebido pelos consumidores, como serviços financeiros embutidos. Esses recursos incluem consulta de faturas, pagamento de contas, programas de pontos e atendimento integrado, criando múltiplos pontos de contato com os clientes e incentivando o uso recorrente.

    Personalização e marketing digital

    A personalização da experiência do usuário é um dos principais diferenciais oferecidos pelos apps. Por meio da IA e da análise de dados, é possível mapear o comportamento dos users e criar campanhas adaptadas às suas necessidades e preferências. Os apps mais bem-sucedidos utilizam registros como histórico de compras, localização e horários de uso para oferecer recomendações precisas e conteúdos relevantes. Ademais, notificações push personalizadas mantêm os compradores engajados com ofertas específicas e atualizações sobre produtos de interesse. Essa estratégia não só aumenta o tempo médio de uso, como também eleva o valor médio das transações realizadas.

    O marketing contextual é outra tendência impulsionada por apps móveis. Ao utilizar informações como a localização atual do usuário e seus padrões de consumo, as marcas podem oferecer promoções georreferenciadas e direcionadas, aumentando as chances de conversão. Porém, é fundamental que essa abordagem respeite a privacidade dos compradores, seguindo as regulamentações da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) no Brasil.

    A usabilidade é outro fator decisivo. Interfaces intuitivas, carregamento rápido e processos simplificados de checkout são considerados pelos usuários. Além disso, funcionalidades como a sincronização de informações entre dispositivos e o armazenamento seguro de informações de pagamento tornam a experiência mais fluida e conveniente. Apps que facilitam a devolução de produtos e oferecem suporte integrado também se destacam no mercado.

    Estratégia omnichannel

    Os apps desempenham um papel central na consolidação das estratégias omnichannel. Eles permitem que compradores iniciem a compra em um dispositivo e a finalizem em outro, além de integrarem programas de fidelidade que conectam experiências físicas e digitais. Essa integração garante uma transição suave entre diferentes pontos de contato, fortalecendo a relação do consumidor com a marca. Também fornecem registros valiosos sobre o comportamento dos usuários, como padrões de navegação, momentos de maior engajamento e pontos de atrito na jornada de compra. Tais informações são indispensáveis para otimizar continuamente a experiência do cliente e ajustar estratégias de marketing.

    Tendências para o futuro: IA e engajamento social

    Chatbots e assistentes virtuais estão se tornando cada vez mais sofisticados, oferecendo respostas naturais e contextualizadas, além de aprendizado contínuo com base nas interações. Já o engajamento social, por meio de avaliações, fóruns e conteúdos gerados pelos usuários, cria comunidades em torno das marcas, fortalecendo a lealdade dos consumidores. Os apps móveis têm o potencial de transformar a maneira como as empresas se conectam com seus clientes, mas o sucesso depende de uma execução estratégica e clara. É fundamental priorizar a usabilidade, a segurança e a simplicidade, ao mesmo tempo em que se oferece personalização e integração eficiente com outros canais de comunicação e venda.

    Os aplicativos podem representar uma evolução importante na forma como empresas se relacionam com consumidores, mas apenas quando bem executados e com propósito claro. O investimento em um app precisa ser estratégico e considerar toda a jornada do usuário. À medida que mais consumidores adotam os smartphones como principal meio de acesso à Internet, os apps continuarão sendo um canal relevante para vendas e marketing. As empresas que conseguirem desenvolver aplicações que realmente facilitem a vida de seus usuários, sem excesso de funcionalidades ou comunicações invasivas, tendem a construir relacionamentos mais duradouros com seus clientes.

  • Apps móveis usam IA e análise de dados para facilitar o comércio eletrônico

    Apps móveis usam IA e análise de dados para facilitar o comércio eletrônico

    O comércio eletrônico tem evoluído significativamente no Brasil, impulsionado pelo crescimento do uso de aplicativos móveis como principal meio de consumo. De acordo com o Relatório Expectativas do Consumidor 2024, da Appdome, 84,5% dos brasileiros realizam compras por meio de apps, superando em 53% a média global. A adesão reflete a praticidade e a eficiência dessas plataformas. O aumento do uso de apps não é apenas uma mudança comportamental de consumo, mas também uma oportunidade para empresas se destacarem em um mercado cada vez mais competitivo. Neste cenário, a Inteligência Artificial (IA) e a análise de dados emergem como ferramentas indispensáveis para criar experiências personalizadas, melhorar a eficiência das operações e fortalecer o relacionamento com os clientes.

    Evolução do comércio eletrônico por meio dos apps

    Nos últimos anos, os apps se consolidaram como um dos principais canais de vendas online. Além de simplificarem a jornada de compra, eles proporcionam a interação mais direta e personalizada entre marcas e compradores. No entanto, nem todas as companhias conseguem aproveitar o potencial dessas ferramentas. Muitos varejistas ainda lançam versões que funcionam apenas como catálogos digitais, sem funcionalidades que incentivem o acesso contínuo. Para ganhar destaque, um app precisa oferecer mais do que o básico. Grandes varejistas têm investido em integrações que ampliam o valor percebido pelos consumidores, como serviços financeiros embutidos. Esses recursos incluem consulta de faturas, pagamento de contas, programas de pontos e atendimento integrado, criando múltiplos pontos de contato com os clientes e incentivando o uso recorrente.

    Personalização e marketing digital

    A personalização da experiência do usuário é um dos principais diferenciais oferecidos pelos apps. Por meio da IA e da análise de dados, é possível mapear o comportamento dos users e criar campanhas adaptadas às suas necessidades e preferências. Os apps mais bem-sucedidos utilizam registros como histórico de compras, localização e horários de uso para oferecer recomendações precisas e conteúdos relevantes. Ademais, notificações push personalizadas mantêm os compradores engajados com ofertas específicas e atualizações sobre produtos de interesse. Essa estratégia não só aumenta o tempo médio de uso, como também eleva o valor médio das transações realizadas.

    O marketing contextual é outra tendência impulsionada por apps móveis. Ao utilizar informações como a localização atual do usuário e seus padrões de consumo, as marcas podem oferecer promoções georreferenciadas e direcionadas, aumentando as chances de conversão. Porém, é fundamental que essa abordagem respeite a privacidade dos compradores, seguindo as regulamentações da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) no Brasil.

    A usabilidade é outro fator decisivo. Interfaces intuitivas, carregamento rápido e processos simplificados de checkout são considerados pelos usuários. Além disso, funcionalidades como a sincronização de informações entre dispositivos e o armazenamento seguro de informações de pagamento tornam a experiência mais fluida e conveniente. Apps que facilitam a devolução de produtos e oferecem suporte integrado também se destacam no mercado.

    Estratégia omnichannel

    Os apps desempenham um papel central na consolidação das estratégias omnichannel. Eles permitem que compradores iniciem a compra em um dispositivo e a finalizem em outro, além de integrarem programas de fidelidade que conectam experiências físicas e digitais. Essa integração garante uma transição suave entre diferentes pontos de contato, fortalecendo a relação do consumidor com a marca. Também fornecem registros valiosos sobre o comportamento dos usuários, como padrões de navegação, momentos de maior engajamento e pontos de atrito na jornada de compra. Tais informações são indispensáveis para otimizar continuamente a experiência do cliente e ajustar estratégias de marketing.

    Tendências para o futuro: IA e engajamento social

    Chatbots e assistentes virtuais estão se tornando cada vez mais sofisticados, oferecendo respostas naturais e contextualizadas, além de aprendizado contínuo com base nas interações. Já o engajamento social, por meio de avaliações, fóruns e conteúdos gerados pelos usuários, cria comunidades em torno das marcas, fortalecendo a lealdade dos consumidores. Os apps móveis têm o potencial de transformar a maneira como as empresas se conectam com seus clientes, mas o sucesso depende de uma execução estratégica e clara. É fundamental priorizar a usabilidade, a segurança e a simplicidade, ao mesmo tempo em que se oferece personalização e integração eficiente com outros canais de comunicação e venda.

    Os aplicativos podem representar uma evolução importante na forma como empresas se relacionam com consumidores, mas apenas quando bem executados e com propósito claro. O investimento em um app precisa ser estratégico e considerar toda a jornada do usuário. À medida que mais consumidores adotam os smartphones como principal meio de acesso à Internet, os apps continuarão sendo um canal relevante para vendas e marketing. As empresas que conseguirem desenvolver aplicações que realmente facilitem a vida de seus usuários, sem excesso de funcionalidades ou comunicações invasivas, tendem a construir relacionamentos mais duradouros com seus clientes.

  • Startups de impacto social lideram o recebimento de aportes

    Startups de impacto social lideram o recebimento de aportes

    O mercado global de venture capital – investimentos em empresas em estágio inicial, de pequeno ou médio porte, geralmente startups – experimenta um momento de expansão no mundo. E o Brasil se destaca, liderando esse mercado na América Latina. Por trás dos milhões de dólares, euros ou reais envolvidos nas rodadas de captação, estão histórias de impacto socioeconômico gerado por tais investimentos. 

    Aos números, para se ter uma dimensão do cenário. De acordo com o Venture Pulse 2024, levantamento da organização KPMG, no segundo trimestre deste ano, o mercado global de venture capital somou US$ 94,3 bilhões em investimentos, com maior aumento em relação aos cinco trimestres anteriores. No Brasil, o montante chegou a US$ 816,8 milhões, o maior desde o primeiro trimestre de 2022. 

    Segundo o levantamento, startups focadas em inteligência artificial, defesa e segurança cibernética lideram o recebimento de aportes. Mas dados de outras fontes mostram mais segmentos se sobressaindo também – em especial aqueles que trazem impacto social. O Fundo Govtech, gerido pela KPTL e pela Cedro Capital, é um dos que têm se destacado.

    O fundo é direcionado a startups com potencial de transformar a prestação de serviços públicos oferecidos pelo governo. Os recursos são aportados em empreendimentos que oferecem tecnologia para áreas como saúde (gestão de recursos hospitalares, telemedicina), educação (processos educacionais, acesso ao ensino de qualidade) e segurança pública (ferramentas de monitoramento e análise de dados), entre outras. 

    “O Fundo Govtech foi criado com uma missão clara: investir em empresas de tecnologia que desenvolvem soluções para resolver problemas de natureza pública, enfrentando gargalos de infraestrutura e a burocracia. Em um país como o Brasil, onde milhões de cidadãos enfrentam dificuldades diárias para acessar serviços básicos, o papel dessas startups vai além do retorno financeiro. Elas representam uma esperança para que a administração pública se torne mais ágil, eficiente e transparente”, discorrem as gestoras KPTL e Cedro Capital. 

    Os relatos de empreendedores contemplados evidenciam o impacto social. Um dos sócios e fundadores da Colab, Gustavo Maia, explica que a atuação do Fundo Govtech fez a empresa aprimorar sua visão estratégica, “nos ajudando a refinar nossas soluções e a entender melhor as necessidades do setor público”. 

    A Colab é a startup responsável pela criação da versão digital do orçamento participativo, hoje em uso pelo governo do Piauí e por vários municípios no Brasil. “Com o apoio do fundo”, diz o empreendedor, “conseguimos expandir nossa atuação em mais cidades, e isso representa uma grande vitória para o cidadão que pode participar de forma mais ativa e colaborativa na gestão pública”. 

    A Prosas, uma plataforma de monitoramento e seleção de iniciativas de fomento a ações sociais, como editais de incentivo à cultura, é outra startup contemplada com o fundo de venture capital Govtech. O cofundador da empresa, Thiago Alvim, define como “decisivos” os aportes recebidos para o aprimoramento de ferramentas de gestão de editais e parcerias para o terceiro setor. 

    “Mais do que o investimento, o fundo nos trouxe um acesso privilegiado a redes e conhecimentos sobre o setor público, acelerando a transformação social que almejamos”, declara. 

    Casos como esses indicam a convergência do mercado de venture capital com dois grandes movimentos importantes: o ESG (ambiental, social e governança) e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Isso porque se tratam de aportes concedidos condicionados a políticas de promoção de critérios socioambientais e de governança, diretamente alinhados a um ou mais ODS, que vão da erradicação da pobreza à ação global contra as mudanças climáticas. 

    Para os gestores do Fundo Govtech, esses quesitos devem ser tão ou mais considerados do que as cifras investidas e aquelas de retorno calculado. “O capital de risco pode, sim, gerar impacto positivo na vida das pessoas, promovendo não apenas o crescimento financeiro, mas também uma revolução na forma como os serviços públicos atendem o cidadão. Em última análise, esta é uma das maneiras mais duradouras de mensurar o verdadeiro valor do capital de risco no país: não apenas em cifras, mas em transformações concretas para o bem-estar social e o desenvolvimento sustentável do Brasil”, sublinham.

  • Startups de impacto social lideram o recebimento de aportes

    Startups de impacto social lideram o recebimento de aportes

    O mercado global de venture capital – investimentos em empresas em estágio inicial, de pequeno ou médio porte, geralmente startups – experimenta um momento de expansão no mundo. E o Brasil se destaca, liderando esse mercado na América Latina. Por trás dos milhões de dólares, euros ou reais envolvidos nas rodadas de captação, estão histórias de impacto socioeconômico gerado por tais investimentos. 

    Aos números, para se ter uma dimensão do cenário. De acordo com o Venture Pulse 2024, levantamento da organização KPMG, no segundo trimestre deste ano, o mercado global de venture capital somou US$ 94,3 bilhões em investimentos, com maior aumento em relação aos cinco trimestres anteriores. No Brasil, o montante chegou a US$ 816,8 milhões, o maior desde o primeiro trimestre de 2022. 

    Segundo o levantamento, startups focadas em inteligência artificial, defesa e segurança cibernética lideram o recebimento de aportes. Mas dados de outras fontes mostram mais segmentos se sobressaindo também – em especial aqueles que trazem impacto social. O Fundo Govtech, gerido pela KPTL e pela Cedro Capital, é um dos que têm se destacado.

    O fundo é direcionado a startups com potencial de transformar a prestação de serviços públicos oferecidos pelo governo. Os recursos são aportados em empreendimentos que oferecem tecnologia para áreas como saúde (gestão de recursos hospitalares, telemedicina), educação (processos educacionais, acesso ao ensino de qualidade) e segurança pública (ferramentas de monitoramento e análise de dados), entre outras. 

    “O Fundo Govtech foi criado com uma missão clara: investir em empresas de tecnologia que desenvolvem soluções para resolver problemas de natureza pública, enfrentando gargalos de infraestrutura e a burocracia. Em um país como o Brasil, onde milhões de cidadãos enfrentam dificuldades diárias para acessar serviços básicos, o papel dessas startups vai além do retorno financeiro. Elas representam uma esperança para que a administração pública se torne mais ágil, eficiente e transparente”, discorrem as gestoras KPTL e Cedro Capital. 

    Os relatos de empreendedores contemplados evidenciam o impacto social. Um dos sócios e fundadores da Colab, Gustavo Maia, explica que a atuação do Fundo Govtech fez a empresa aprimorar sua visão estratégica, “nos ajudando a refinar nossas soluções e a entender melhor as necessidades do setor público”. 

    A Colab é a startup responsável pela criação da versão digital do orçamento participativo, hoje em uso pelo governo do Piauí e por vários municípios no Brasil. “Com o apoio do fundo”, diz o empreendedor, “conseguimos expandir nossa atuação em mais cidades, e isso representa uma grande vitória para o cidadão que pode participar de forma mais ativa e colaborativa na gestão pública”. 

    A Prosas, uma plataforma de monitoramento e seleção de iniciativas de fomento a ações sociais, como editais de incentivo à cultura, é outra startup contemplada com o fundo de venture capital Govtech. O cofundador da empresa, Thiago Alvim, define como “decisivos” os aportes recebidos para o aprimoramento de ferramentas de gestão de editais e parcerias para o terceiro setor. 

    “Mais do que o investimento, o fundo nos trouxe um acesso privilegiado a redes e conhecimentos sobre o setor público, acelerando a transformação social que almejamos”, declara. 

    Casos como esses indicam a convergência do mercado de venture capital com dois grandes movimentos importantes: o ESG (ambiental, social e governança) e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Isso porque se tratam de aportes concedidos condicionados a políticas de promoção de critérios socioambientais e de governança, diretamente alinhados a um ou mais ODS, que vão da erradicação da pobreza à ação global contra as mudanças climáticas. 

    Para os gestores do Fundo Govtech, esses quesitos devem ser tão ou mais considerados do que as cifras investidas e aquelas de retorno calculado. “O capital de risco pode, sim, gerar impacto positivo na vida das pessoas, promovendo não apenas o crescimento financeiro, mas também uma revolução na forma como os serviços públicos atendem o cidadão. Em última análise, esta é uma das maneiras mais duradouras de mensurar o verdadeiro valor do capital de risco no país: não apenas em cifras, mas em transformações concretas para o bem-estar social e o desenvolvimento sustentável do Brasil”, sublinham.

  • NRF 2025 traz personalização e IA como tendências para o Food Service

    NRF 2025 traz personalização e IA como tendências para o Food Service

    A NRF 2025, realizado na primeira quinzena de janeiro, em Nova York, trouxe um panorama de como o setor está se transformando para atender às expectativas de um consumidor cada vez mais exigente, conectado e consciente. Foi um convite para refletir sobre como o varejo pode ser mais relevante, humano e visionário.

    Considerado o maior e mais influente evento do setor, organizado pela National Retail Federation, associação que agrega os varejistas dos Estados Unidos, reuniu gigantes do mercado, startups inovadoras e mentes brilhantes da tecnologia para explorar tendências que estão redesenhando o futuro do varejo e discutir estratégias para reimaginar lojas, integrar tecnologia e, acima de tudo, colocar o cliente no centro de cada decisão.

    Para o setor de food service, o recado foi claro: personalização e inovação tecnológica já não são diferenciais, mas sim determinantes.

    Eduardo Ferreira, CCO da ACOM Sistemas, empresa de tecnologia  desenvolvedora de softwares de gestão para o setor  de food service, participou da feira e afirma que, “o evento revelou um panorama onde a personalização em escala e a integração de tecnologia, como a IA, irão redefinir a experiência do consumidor”. 

    Ele explica que a  tecnologia vem sendo utilizada para criar jornadas de compra mais fluidas e personalizadas, ampliando não apenas a eficiência operacional, mas também a conexão emocional com os clientes.

    “A tecnologia não é apenas uma ferramenta, mas um facilitador de experiências que cativam e fidelizam”, enfatizou Eduardo Ferreira. No contexto brasileiro, onde o mercado de food service está em crescimento, a adoção de tecnologias como carrinhos inteligentes e avatares digitais podem ser importantes para atender às expectativas dos consumidores locais, cada vez mais conectados e exigentes.

    Com a IA cada vez mais presente na gastronomia mundial, a tecnologia chega como aliada estratégica. Ferreira conta que “um restaurante, por meio da inteligência artificial, pode analisar os hábitos do cliente, sugerir pratos sob medida e ajustar o cardápio em tempo real”. E isso tudo já é uma realidade, em 28% dos estabelecimentos que vem adotando a IA em sua operação, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

    “Por meio de algoritmos avançados, a IA tem sido utilizada para prever demandas com maior precisão, reduzindo custos e otimizando o fluxo de produtos. Além de evitar desperdícios e garantir a disponibilidade de itens mais procurados, essa prática aumenta a eficiência operacional, um diferencial competitivo num mercado cada vez mais dinâmico”, complementa o CCO da ACOM.

    Especialistas apontam que essa transformação tecnológica não apenas melhora processos internos, mas também redefine a forma como as empresas se posicionam no mercado, promovendo um varejo mais ágil e inteligente.

    “O futuro do varejo de alimentos exige adaptação constante. A integração de IA com estratégias tradicionais reflete o futuro da inovação no setor, oferecendo soluções que combinam tecnologia e humanização. As marcas que conseguirem atender a essas demandas estarão mais bem preparadas para prosperar em um mercado em transformação”, destaca Ferreira.

    Durante as discussões na NRF, o e-commerce ganhou destaque, impulsionado pelo aumento nas compras de alimentos realizadas online. Segundo a pesquisa E-commerce Trends 2025, realizada pela Octadesk em parceria com o Opinion Box, 88% dos brasileiros fizeram compras online ao menos uma vez por mês em 2024.

    Michelle Evans, da Euromonitor International, destacou durante o evento como a inflação e o avanço do e-commerce estão mudando os hábitos de consumo e remodelando o mercado de alimentos. “O conceito de omnichannel evoluiu: não se trata mais apenas de integrar canais, mas de criar uma jornada fluida e personalizada entre lojas físicas, aplicativos e redes sociais. A inteligência artificial não só otimiza a logística, mas também propõe sugestões personalizadas com base em compras anteriores e feedback do cliente”, sublinhou Evans.

    Deb Hall Lefevre, CTO da Starbucks, em sua palestra durante o evento, compartilhou a estratégia por trás da transformação digital da marca e como grandes empresas estão aproveitando a tecnologia e dados para revolucionar suas operações e melhorar a experiência do cliente.

    Com baristas empoderados por inteligência artificial e operações otimizadas, a Starbucks provou que é possível adotar tecnologia sem perder o toque humano. A lição? O equilíbrio entre inovação e autenticidade é o segredo para conquistar corações e mentes.

    “A experiência da Starbucks na transformação digital mostra que o verdadeiro sucesso está em alinhar tecnologia com propósito da empresa. Adotar inovação tecnológica, como inteligência artificial e personalização em massa, só traz resultados quando usada para resolver problemas reais e melhorar a experiência do cliente”, explica Eduardo Ferreira.

    Na sessão sobre food service, Peter Hall (Kraft Heinz) e Dennis Hogan (Compass Group) revelaram o papel transformador dos micro-mercados. Esses espaços, localizados em escritórios, universidades e estádios, aliam conveniência e qualidade, atendendo às demandas por experiências rápidas e customizadas. A sessão destacou o papel do Foodservice como um motor de crescimento e inovação para o setor alimentício.

    O uso estratégico da tecnologia, combinado com uma abordagem centrada no ser humano, é a chave para enfrentar os desafios do mercado. Eduardo finaliza: “Para as marcas, o aprendizado é evidente: inovação, cultura e personalização não são apenas tendências; são os pilares de um futuro no qual o consumidor é o verdadeiro protagonista”. 

  • NRF 2025 traz personalização e IA como tendências para o Food Service

    NRF 2025 traz personalização e IA como tendências para o Food Service

    A NRF 2025, realizado na primeira quinzena de janeiro, em Nova York, trouxe um panorama de como o setor está se transformando para atender às expectativas de um consumidor cada vez mais exigente, conectado e consciente. Foi um convite para refletir sobre como o varejo pode ser mais relevante, humano e visionário.

    Considerado o maior e mais influente evento do setor, organizado pela National Retail Federation, associação que agrega os varejistas dos Estados Unidos, reuniu gigantes do mercado, startups inovadoras e mentes brilhantes da tecnologia para explorar tendências que estão redesenhando o futuro do varejo e discutir estratégias para reimaginar lojas, integrar tecnologia e, acima de tudo, colocar o cliente no centro de cada decisão.

    Para o setor de food service, o recado foi claro: personalização e inovação tecnológica já não são diferenciais, mas sim determinantes.

    Eduardo Ferreira, CCO da ACOM Sistemas, empresa de tecnologia  desenvolvedora de softwares de gestão para o setor  de food service, participou da feira e afirma que, “o evento revelou um panorama onde a personalização em escala e a integração de tecnologia, como a IA, irão redefinir a experiência do consumidor”. 

    Ele explica que a  tecnologia vem sendo utilizada para criar jornadas de compra mais fluidas e personalizadas, ampliando não apenas a eficiência operacional, mas também a conexão emocional com os clientes.

    “A tecnologia não é apenas uma ferramenta, mas um facilitador de experiências que cativam e fidelizam”, enfatizou Eduardo Ferreira. No contexto brasileiro, onde o mercado de food service está em crescimento, a adoção de tecnologias como carrinhos inteligentes e avatares digitais podem ser importantes para atender às expectativas dos consumidores locais, cada vez mais conectados e exigentes.

    Com a IA cada vez mais presente na gastronomia mundial, a tecnologia chega como aliada estratégica. Ferreira conta que “um restaurante, por meio da inteligência artificial, pode analisar os hábitos do cliente, sugerir pratos sob medida e ajustar o cardápio em tempo real”. E isso tudo já é uma realidade, em 28% dos estabelecimentos que vem adotando a IA em sua operação, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

    “Por meio de algoritmos avançados, a IA tem sido utilizada para prever demandas com maior precisão, reduzindo custos e otimizando o fluxo de produtos. Além de evitar desperdícios e garantir a disponibilidade de itens mais procurados, essa prática aumenta a eficiência operacional, um diferencial competitivo num mercado cada vez mais dinâmico”, complementa o CCO da ACOM.

    Especialistas apontam que essa transformação tecnológica não apenas melhora processos internos, mas também redefine a forma como as empresas se posicionam no mercado, promovendo um varejo mais ágil e inteligente.

    “O futuro do varejo de alimentos exige adaptação constante. A integração de IA com estratégias tradicionais reflete o futuro da inovação no setor, oferecendo soluções que combinam tecnologia e humanização. As marcas que conseguirem atender a essas demandas estarão mais bem preparadas para prosperar em um mercado em transformação”, destaca Ferreira.

    Durante as discussões na NRF, o e-commerce ganhou destaque, impulsionado pelo aumento nas compras de alimentos realizadas online. Segundo a pesquisa E-commerce Trends 2025, realizada pela Octadesk em parceria com o Opinion Box, 88% dos brasileiros fizeram compras online ao menos uma vez por mês em 2024.

    Michelle Evans, da Euromonitor International, destacou durante o evento como a inflação e o avanço do e-commerce estão mudando os hábitos de consumo e remodelando o mercado de alimentos. “O conceito de omnichannel evoluiu: não se trata mais apenas de integrar canais, mas de criar uma jornada fluida e personalizada entre lojas físicas, aplicativos e redes sociais. A inteligência artificial não só otimiza a logística, mas também propõe sugestões personalizadas com base em compras anteriores e feedback do cliente”, sublinhou Evans.

    Deb Hall Lefevre, CTO da Starbucks, em sua palestra durante o evento, compartilhou a estratégia por trás da transformação digital da marca e como grandes empresas estão aproveitando a tecnologia e dados para revolucionar suas operações e melhorar a experiência do cliente.

    Com baristas empoderados por inteligência artificial e operações otimizadas, a Starbucks provou que é possível adotar tecnologia sem perder o toque humano. A lição? O equilíbrio entre inovação e autenticidade é o segredo para conquistar corações e mentes.

    “A experiência da Starbucks na transformação digital mostra que o verdadeiro sucesso está em alinhar tecnologia com propósito da empresa. Adotar inovação tecnológica, como inteligência artificial e personalização em massa, só traz resultados quando usada para resolver problemas reais e melhorar a experiência do cliente”, explica Eduardo Ferreira.

    Na sessão sobre food service, Peter Hall (Kraft Heinz) e Dennis Hogan (Compass Group) revelaram o papel transformador dos micro-mercados. Esses espaços, localizados em escritórios, universidades e estádios, aliam conveniência e qualidade, atendendo às demandas por experiências rápidas e customizadas. A sessão destacou o papel do Foodservice como um motor de crescimento e inovação para o setor alimentício.

    O uso estratégico da tecnologia, combinado com uma abordagem centrada no ser humano, é a chave para enfrentar os desafios do mercado. Eduardo finaliza: “Para as marcas, o aprendizado é evidente: inovação, cultura e personalização não são apenas tendências; são os pilares de um futuro no qual o consumidor é o verdadeiro protagonista”. 

  • Como os sentimentos das gerações estão moldando o futuro do varejo

    Como os sentimentos das gerações estão moldando o futuro do varejo

    O varejo global está passando por uma transformação profunda, como ficou evidente nas discussões da NRF’25 este ano. Depois de anos em que a tecnologia dominou as estratégias do setor, o foco agora está voltado para as pessoas e para a essência do varejo: atender às necessidades humanas de conexão, empatia e pertencimento.

    Essa mudança não é por acaso. O mercado americano, em recessão, trouxe à tona a necessidade de resgatar as tradições do varejo, onde a experiência do consumidor vai além da transação comercial e se conecta com a história, os valores e a humanidade das marcas.

    No passado, o varejo era sinônimo de proximidade. O cliente conhecia o lojista, tinha confiança na relação e, muitas vezes, as lojas eram pontos de encontro comunitários. Com a aceleração tecnológica, esse vínculo foi, em parte, substituído pela eficiência operacional e pelas interações digitais. Agora, o setor busca equilibrar o melhor dos dois mundos, integrando a tecnologia para otimizar processos enquanto devolve às pessoas o protagonismo na experiência do consumidor.

    Tecnologia no papel certo: suporte, não protagonismo

    A NRF destacou um reposicionamento essencial da tecnologia no varejo. Se antes ela era vista como a grande protagonista do setor, agora assume um papel mais operacional, liberando as equipes humanas para fazerem aquilo que as máquinas não conseguem: criar laços emocionais, resolver problemas complexos e proporcionar uma experiência personalizada e genuína.

    Isso significa que a tecnologia deve ser utilizada para simplificar tarefas administrativas e logísticas, deixando mais tempo e energia para que os colaboradores no varejo concentrem-se no atendimento ao público, na construção de relacionamentos e na personalização do serviço.

    A urgência de resgatar valores humanos no varejo

    Uma pesquisa recente da WGSN reforça a importância dessa mudança, apontando dados que refletem as necessidades emocionais do consumidor moderno: 23% das pessoas se sentem solitárias, enquanto 22% relatam sentir raiva durante o dia. Em tempos de polarização e desafios sociais, o varejo tem a oportunidade de criar espaços que promovam gentileza, diálogo e acolhimento.

    A geração Z, por exemplo, é um catalisador dessa mudança. Com 63% dos jovens dessa geração priorizando o tempo com amigos, o varejo precisa oferecer espaços que incentivem a coletividade e a troca de experiências. Além disso, com 56% da população pensando regularmente no meio ambiente, as marcas devem alinhar-se a práticas sustentáveis que ressoem com os valores das novas gerações.

    Resgatar as tradições: o varejo como ponto de encontro

    A recessão nos Estados Unidos trouxe um olhar renovado para as raízes do varejo. Esse movimento não é apenas econômico, mas também cultural. O consumidor está cansado de interações impessoais e busca um varejo mais humano, que resgate valores como confiança, acolhimento e conexão.

    Lojas físicas estão sendo redesenhadas para se tornarem mais do que espaços de venda: elas agora são lugares de experiência, interação e pertencimento. A ideia de um “ponto de encontro comunitário” volta a ganhar força, alinhando-se aos valores tradicionais que fizeram do varejo um dos pilares da sociedade ao longo da história.

    Marcas que compreendem essa mudança estão investindo em iniciativas que vão desde a criação de ambientes mais acolhedores até ações que incentivam o diálogo entre gerações e a inclusão social. Afinal, superar lacunas, como a de gênero — que, segundo a WGSN, ainda levará cinco gerações para ser plenamente resolvida — exige conversas genuínas e contínuas.

    O futuro do varejo: humano, sustentável e conectado às emoções

    A NRF deste ano deixou claro que o futuro do varejo está profundamente conectado às emoções e aos valores das gerações. Não se trata apenas de atender às demandas do mercado, mas de criar experiências que ressoem com as aspirações humanas.

    O varejo que prosperará nos próximos anos será aquele que conseguir equilibrar inovação tecnológica com tradições humanas, que entender que o cliente busca mais do que produtos: ele busca pertencimento, significado e um espaço que reflita seus valores e emoções.

    Ao resgatar as raízes do varejo, estamos, na verdade, criando um futuro onde tecnologia e humanidade caminham lado a lado — e onde as lojas voltam a ser o coração pulsante da comunidade.

  • Tendência do varejo hiperlocal: proximidade e conectividade para atrair os clientes

    Tendência do varejo hiperlocal: proximidade e conectividade para atrair os clientes

    O brasileiro tem vivido mudanças significativas em seu estilo de vida nos últimos anos, entre elas o “êxodo urbano”, que é a troca das grandes capitais por cidades menores em busca, principalmente, de qualidade de vida. Esse movimento tem remodelado o mercado do varejo, criando uma demanda crescente por soluções que sejam próximas, ágeis e acessíveis. Tudo alinhado ao estilo e às expectativas desse novo público.

    O varejo hiperlocal, como foi intitulado esse fenômeno, parte da premissa de que tanto consumidores quanto empresas olham para o que está próximo, pensando localmente e priorizando a conveniência e as oportunidades, respectivamente.

    Exemplos não faltam. Grandes redes como o Grupo Pão de Açúcar e Carrefour já estão investindo em formatos menores e mais próximos das comunidades, como o Minuto Pão de Açúcar e o Carrefour Express. Já startups como a sueca Lifvs, com lojas autônomas e disponíveis 24 horas, ou a brasileira Ame Go, que automatiza compras com IA e wi-fi, mostram como a conveniência está transformando o varejo.

    “O futuro do varejo será cada vez mais descentralizado e conectado. As lojas não precisam ser grandes, mas sim ágeis, convenientes e adaptadas às necessidades locais”, ressalta César Baleco, CEO da IRRAH, grupo de tecnologia especializado em soluções para o setor varejista.

    Além das grandes redes que têm investido nos comércios locais, o varejo hiperlocal também está alinhado ao crescimento dos pequenos negócios no Brasil, que representam a maioria das empresas abertas recentemente. Em setembro de 2024, foram registrados 349,5 mil novos pequenos negócios, 96% do total de CNPJ s criados no período, segundo levantamento do Sebrae com dados da Receita Federal. No acumulado do ano, 3,3 milhões de novas empresas foram abertas, sendo aproximadamente 3,2 milhões, compostas por MEIs, micro e pequenas empresas.

    Segundo Baleco, essa transformação tende a ficar ainda mais acentuada. Durante a pandemia, 72% dos brasileiros passaram a priorizar pequenos negócios, e 80% afirmaram que continuarão incentivando estabelecimentos locais, segundo a Accenture. 

    “O futuro do varejo está em ser próximo, ágil e, acima de tudo, conectado”, afirma ele, ressaltando que a tecnologia deixa de ser apenas um facilitador para se tornar um diferencial estratégico para quem busca se destacar nesse novo formato de mercado.

    E as formas de utilizar esse diferencial são inúmeras. “Não podemos esquecer que o consumidor está próximo, mas também está conectado, e, apesar de mais propício a comprar do que está próximo, enfrenta uma concorrência muitas vezes esmagadora no universo virtual. Diante disso, é necessário que os comerciantes locais lancem mão das tecnologias existentes hoje para se sobressair”, diz o CEO da IRRAH. Ele cita exemplos emblemáticos, como o caso da varejista sueca Lifvs, por exemplo, que, escolheu a zona rural como destino de suas lojas automatizadas, oferecendo mais opções a comunidades sem acesso a supermercados. A rede abriu 19 em formato de contêiner são transportadas até o local de funcionamento, sendo destravadas via um aplicativo.

    Mas, os negócios locais não precisam lançar mão de estratégias tão ousadas para cativar o seu público e vencer a concorrência no mundo tecnológico. Segundo Baleco, existem ferramentas acessíveis hoje no meerado que, por exemplo, automatizam campanhas e atendimentos e, que, com um pouco de criatividade, podem fazer a diferença e garantir uma experiência inesquecível aos clientes.

    “Imagine lançar uma campanha digital para atrair pessoas que ainda não conhecem sua loja. Você pode oferecer descontos exclusivos para que essas pessoas venham até o seu estabelecimento, criando uma oportunidade de conquistá-las. Para os clientes que já frequentam o local, a campanha pode incentivá-los a se inscrever em seu canal online para receber novidades, promoções e atualizações, estimulando compras mais frequentes. As possibilidades para aumentar o engajamento e as vendas são inúmeras!”, explica.

    Baleco conta que o Grupo IRRAH está presente em mais de 70 países, impulsionando o conceito de varejo hiperlocal. A empresa tem ajudado negócios a automatizar o atendimento e a conectar consumidores a empresas. Entre as soluções inovadoras estão o GTP Maker, que utiliza IA para criar assistentes virtuais; a Dispara Aí, que desenvolve campanhas que impulsionam as vendas; o E-vendi, um e-commerce otimizado para WhatsApp, e o KIGI, um ERP estratégico que transforma a gestão varejista em um ecossistema totalmente integrado.

    “Essas tecnologias não só otimizam as operações, como também tornaram o varejo mais dinâmico e competitivo. A integração entre inovação e proximidade é, sem dúvida, a chave para o sucesso neste novo cenário”, conclui César Baleco.

  • DeepSeek e Alibaba: China e os EUA na disputa pela IA

    DeepSeek e Alibaba: China e os EUA na disputa pela IA

    DeepSeek AI provou que pode incomodar gigantes do setor, como OpenAI, Anthropic e Google com o lançamento dos modelos DeepSeek R1 e v3, que combinam alto desempenho com um custo muito abaixo do padrão de mercado. O movimento gerou uma reação em cadeia, com a Alibaba lançando um modelo baseado no DeepSeek poucos dias depois, e debates sobre sanções dos EUA à exportação de chips para a China se intensificando. Segundo Fabrício Carraro, especialista em IA e Program Manager na Alura, essa mudança no cenário pode redefinir o futuro do desenvolvimento de IA:

    “O DeepSeek R1 surpreende pelo equilíbrio entre qualidade e custo. Enquanto modelos como o OpenAI o1 têm um desempenho excelente, o DeepSeek conseguiu atingir resultados comparáveis por um orçamento muito menor e ainda liberou o modelo como open-source, permitindo que qualquer empresa ou desenvolvedor faça testes, retreinamentos e implante a tecnologia conforme suas necessidades”, explica o Program Manager da Alura.

    Além disso, Carraro destaca como a dependência da China de chips estrangeiros ainda representa um desafio, mas que o investimento massivo de empresas como Meta (US$ 65 bilhões só em 2025) e do projeto Stargate nos EUA (US$ 500 bilhões em infraestrutura de IA) podem ampliar essa disputa geopolítica e tecnológica.

    Diante desse cenário, o que podemos esperar para o futuro da IA generativa? Como o avanço da DeepSeek impacta empresas, desenvolvedores e o próprio modelo de negócios das gigantes do setor?

    Para explorar essas questões, sugiro uma conversa com Fabrício Carraro, que acompanha de perto essas tendências e pode trazer insights estratégicos sobre o impacto do DeepSeek AI, a guerra dos modelos open-source e os próximos passos da OpenAI, Anthropic e Google nesta corrida pela supremacia em IA.