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  • Otimismo e estratégia: lições da NRF’25 para o varejo brasileiro

    Otimismo e estratégia: lições da NRF’25 para o varejo brasileiro

    A NRF’25, maior feira varejista do mundo, encerrou-se hoje em Nova York com um tom de otimismo que atravessou todas as palestras, debates e interações do evento. Em tempos de incerteza econômica, o varejo global demonstrou que há oportunidades tanto em cenários positivos quanto desafiadores, dependendo do posicionamento estratégico adotado. Este é um momento crucial para repensar o futuro do setor.

    Um dos principais pontos discutidos na feira foi a centralidade do cliente. Entender as necessidades e desejos dos consumidores nunca foi tão essencial para o sucesso no varejo. As pessoas — clientes e colaboradores —, juntamente aos dados, formam os dois principais ativos que moldarão o futuro do varejo brasileiro. 

    Esses ativos são a base para qualquer estratégia de sucesso. Valorizar os colaboradores significa investir no desenvolvimento de suas habilidades e criar um ambiente que estimule a inovação e a produtividade. 

    Por outro lado, conhecer profundamente os clientes permite atender de maneira personalizada e criar experiências que ressoem com seus anseios e necessidades. A análise inteligente de dados é o elo que conecta esses dois ativos, fornecendo insights valiosos para tomadas de decisão mais assertivas.

    Outro tema recorrente foi a complexidade crescente da gestão de lojas físicas. É evidente que executivos e empresários dedicam grande parte de seu tempo a resolver questões operacionais. No entanto, é imperativo equilibrar essas demandas com um foco maior em estratégias de longo prazo e no alinhamento com o propósito das marcas.

    Além disso, a inteligência artificial (IA) surge como uma ferramenta essencial para aliviar essas tarefas rotineiras. Com a automação, os líderes ganham espaço para se dedicarem às decisões que realmente movem o ponteiro do sucesso.

    A geolocalização também foi destaque na NRF’25. Essa tecnologia está sendo explorada de maneira mais ampla, indo além da personalização tradicional. Aqui no Brasil, já utilizamos geolocalização para analisar o potencial de faturamento por categoria e SKU dentro das áreas de influência das lojas. 

    Liderando o futuro

    Saímos da NRF’25 com a certeza de que o Brasil ocupa uma posição de destaque em termos de inovação e tecnologia no varejo. Nossa capacidade de adotar soluções criativas e eficientes nos coloca na crista da onda global. Este é o momento de reforçar nosso foco nos ativos essenciais — pessoas e dados — e alinhar nossas estratégias com as tendências que estão redesenhando o mercado mundial.

    A NRF é sempre um espaço para reflexão e aprendizado, mas este ano nos deixou com um sentimento ainda mais forte de que estamos no caminho certo. O varejo é dinâmico, e as oportunidades estão à nossa frente. Cabe a nós, líderes do setor, aproveitar essas lições para construir um futuro mais inovador e resiliente para o mercado brasileiro.

  • Mercado varejista comemora previsão para 2025

    Mercado varejista comemora previsão para 2025

    Brasil, janeiro 2025: O varejo global deve crescer 8,4% ao ano até 2027, segundo dados da McKinsey, enquanto no Brasil o comércio eletrônico projeta um aumento de 18% em 2025, liderado pelo social commerce. Apesar de uma desaceleração esperada para 2025, análises apresentadas durante o maior evento global de varejo em Nova York, o NRF 2025, reacenderam o otimismo no setor.

    Especialistas destacaram como tecnologia, sustentabilidade e experiências inovadoras estão transformando o mercado. “O varejo não é mais apenas sobre consumo. Ele está se tornando um ambiente de experiências e conexões reais,” afirma o empreendedor serial e empresário Guy Peixoto, que já fundou e liderou mais de 11 empresas em logística, varejo e energia. E ainda, “as empresas que equilibrarem inovação e responsabilidade ambiental terão um diferencial competitivo no futuro próximo.”

    Peixoto, autor do livro 101 Princípios Essenciais do Empreendedorismo – um guia prático que capacita empresários a expandirem suas operações e diversificarem seus portfólios – as mudanças exigem que os empreendedores repensem suas estratégias: “O varejo do futuro será guiado por propósitos claros e pelo uso inteligente da tecnologia. Não basta apenas vender; é preciso encantar, engajar e respeitar o consumidor e o planeta.”

    A integração entre o físico e o digital também foi destacada como um fator essencial para engajar os consumidores das Gerações Z e Alpha. Essas gerações demandam experiências personalizadas, transparência e autenticidade. A sustentabilidade, o uso de IA para personalização e a criação de ambientes híbridos e gamificados também são temas fundamentais para capturar sua atenção.

    Cinco Tendências para o Varejo nos Próximos Anos
    1. Personalização impulsionada pela Inteligência Artificial (IA)

    A IA lidera a revolução varejista ao oferecer experiências personalizadas e automatizar processos. “Os consumidores querem soluções sob medida, e a análise de dados será o principal motor dessa transformação,” comenta Peixoto.

    Entretanto, a resistência ao uso de bots na América Latina ainda é significativa, com apenas 17% dos consumidores se sentindo confortáveis com essa tecnologia. Isso ressalta a importância de estratégias que integrem automação sem perder o toque humano, como atendimentos híbridos e personalizados.

    2. Sustentabilidade como diferencial estratégico
    Práticas ESG e a economia circular estão no topo das prioridades dos consumidores. Segundo a Euromonitor, cinco milhões de produtos com selos de sustentabilidade foram registrados em 2024, abrangendo 11 setores e 25 países.

    “Negócios que ignorarem a sustentabilidade não sobreviverão,” alerta Peixoto. Além disso, consumidores eem geral valorizam marcas que comprovem suas práticas ambientais com ações concretas, incluindo produtos de alta eficiência e transparência no impacto ecológico.

    3. Crescimento acelerado do Social Commerce
    Redes sociais estão se consolidando como plataformas de vendas, unindo entretenimento e consumo. Dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) indicam que o e-commerce no Brasil crescerá 10% em 2025.

    “A interação em tempo real e o engajamento direto com o consumidor estão redefinindo o relacionamento entre marcas e clientes,” destaca Peixoto. Para os consumidores, a transparência, a fluidez e a interatividade são pilares fundamentais para a fidelização.

    4. Automação e operações autônomas
    A automação está revolucionando estoques e lojas físicas com tecnologias como robôs, sistemas de self-checkout e digital twins. Lojas sem caixas, como o modelo Amazon Go, ilustram como sensores e inteligência artificial podem tornar as compras mais rápidas e eficientes.

    Peixoto observa que “o Brasil enfrenta desafios para implementar essas tecnologias de forma acessível, mas os ganhos em produtividade e redução de custos operacionais são inegáveis.” Adotar automação em processos básicos libera equipes para focar na experiência do cliente e no planejamento estratégico.

    5. Lojas físicas como centros de experiência
    Apesar do avanço digital, os espaços físicos permanecem cruciais no varejo, mas com um novo papel: o de oferecer experiências imersivas e fortalecer o vínculo emocional com as marcas.

    Essas lojas estão se tornando ambientes interativos, onde os consumidores podem experimentar produtos com realidade aumentada, participar de eventos ou até mesmo relaxar em espaços integrados, como lojas que combinam cafeterias e áreas de convivência. “As lojas físicas precisam ser destinos, não apenas pontos de venda,” conclui Peixoto.

    O varejo caminha para um futuro cada vez mais dinâmico, onde a integração de tecnologia, propósito e inovação será essencial para atender consumidores mais conscientes e exigentes. A diluição da lealdade e a volatilidade do comportamento do consumidor reforçam a necessidade de estratégias ágeis e autênticas.

    Com perspectivas otimistas e foco em transformação, o setor varejista está pronto para redefinir seu papel no cenário global, entregando não apenas produtos, mas experiências que conectem e inspirem gerações.

  • Mercado varejista comemora previsão para 2025

    Mercado varejista comemora previsão para 2025

    Brasil, janeiro 2025: O varejo global deve crescer 8,4% ao ano até 2027, segundo dados da McKinsey, enquanto no Brasil o comércio eletrônico projeta um aumento de 18% em 2025, liderado pelo social commerce. Apesar de uma desaceleração esperada para 2025, análises apresentadas durante o maior evento global de varejo em Nova York, o NRF 2025, reacenderam o otimismo no setor.

    Especialistas destacaram como tecnologia, sustentabilidade e experiências inovadoras estão transformando o mercado. “O varejo não é mais apenas sobre consumo. Ele está se tornando um ambiente de experiências e conexões reais,” afirma o empreendedor serial e empresário Guy Peixoto, que já fundou e liderou mais de 11 empresas em logística, varejo e energia. E ainda, “as empresas que equilibrarem inovação e responsabilidade ambiental terão um diferencial competitivo no futuro próximo.”

    Peixoto, autor do livro 101 Princípios Essenciais do Empreendedorismo – um guia prático que capacita empresários a expandirem suas operações e diversificarem seus portfólios – as mudanças exigem que os empreendedores repensem suas estratégias: “O varejo do futuro será guiado por propósitos claros e pelo uso inteligente da tecnologia. Não basta apenas vender; é preciso encantar, engajar e respeitar o consumidor e o planeta.”

    A integração entre o físico e o digital também foi destacada como um fator essencial para engajar os consumidores das Gerações Z e Alpha. Essas gerações demandam experiências personalizadas, transparência e autenticidade. A sustentabilidade, o uso de IA para personalização e a criação de ambientes híbridos e gamificados também são temas fundamentais para capturar sua atenção.

    Cinco Tendências para o Varejo nos Próximos Anos
    1. Personalização impulsionada pela Inteligência Artificial (IA)

    A IA lidera a revolução varejista ao oferecer experiências personalizadas e automatizar processos. “Os consumidores querem soluções sob medida, e a análise de dados será o principal motor dessa transformação,” comenta Peixoto.

    Entretanto, a resistência ao uso de bots na América Latina ainda é significativa, com apenas 17% dos consumidores se sentindo confortáveis com essa tecnologia. Isso ressalta a importância de estratégias que integrem automação sem perder o toque humano, como atendimentos híbridos e personalizados.

    2. Sustentabilidade como diferencial estratégico
    Práticas ESG e a economia circular estão no topo das prioridades dos consumidores. Segundo a Euromonitor, cinco milhões de produtos com selos de sustentabilidade foram registrados em 2024, abrangendo 11 setores e 25 países.

    “Negócios que ignorarem a sustentabilidade não sobreviverão,” alerta Peixoto. Além disso, consumidores eem geral valorizam marcas que comprovem suas práticas ambientais com ações concretas, incluindo produtos de alta eficiência e transparência no impacto ecológico.

    3. Crescimento acelerado do Social Commerce
    Redes sociais estão se consolidando como plataformas de vendas, unindo entretenimento e consumo. Dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) indicam que o e-commerce no Brasil crescerá 10% em 2025.

    “A interação em tempo real e o engajamento direto com o consumidor estão redefinindo o relacionamento entre marcas e clientes,” destaca Peixoto. Para os consumidores, a transparência, a fluidez e a interatividade são pilares fundamentais para a fidelização.

    4. Automação e operações autônomas
    A automação está revolucionando estoques e lojas físicas com tecnologias como robôs, sistemas de self-checkout e digital twins. Lojas sem caixas, como o modelo Amazon Go, ilustram como sensores e inteligência artificial podem tornar as compras mais rápidas e eficientes.

    Peixoto observa que “o Brasil enfrenta desafios para implementar essas tecnologias de forma acessível, mas os ganhos em produtividade e redução de custos operacionais são inegáveis.” Adotar automação em processos básicos libera equipes para focar na experiência do cliente e no planejamento estratégico.

    5. Lojas físicas como centros de experiência
    Apesar do avanço digital, os espaços físicos permanecem cruciais no varejo, mas com um novo papel: o de oferecer experiências imersivas e fortalecer o vínculo emocional com as marcas.

    Essas lojas estão se tornando ambientes interativos, onde os consumidores podem experimentar produtos com realidade aumentada, participar de eventos ou até mesmo relaxar em espaços integrados, como lojas que combinam cafeterias e áreas de convivência. “As lojas físicas precisam ser destinos, não apenas pontos de venda,” conclui Peixoto.

    O varejo caminha para um futuro cada vez mais dinâmico, onde a integração de tecnologia, propósito e inovação será essencial para atender consumidores mais conscientes e exigentes. A diluição da lealdade e a volatilidade do comportamento do consumidor reforçam a necessidade de estratégias ágeis e autênticas.

    Com perspectivas otimistas e foco em transformação, o setor varejista está pronto para redefinir seu papel no cenário global, entregando não apenas produtos, mas experiências que conectem e inspirem gerações.

  • Inteligência artificial, grande vetor de transformação do varejo moderno

    Inteligência artificial, grande vetor de transformação do varejo moderno

    A NRF 2025 Big Show, realizada em Nova Iorque, reafirmou sua relevância como o principal palco global para discussão das tendências e inovações que moldam o varejo mundial. Durante os dias 12,13 e 14 de janeiro, executivos, CEOs e líderes do setor compartilharam suas estratégias, desafios e visões que estão redefinindo o mercado. Sob a perspectiva da liderança no varejo e franchising, exploro, a seguir, aprendizados e cases que se destacaram no evento global e lições que podem impactar o varejo a longo prazo.

    A inteligência artificial (IA) continua sendo o motor propulsor da transformação no varejo. Empresas como Amazon e Walmart demonstraram como a IA está sendo usada para revolucionar processos, melhorar a experiência do cliente e otimizar operações.

    Na Amazon, a IA está integrada em diferentes frentes, desde o assistente de compras conversacional Rufus, que responde a perguntas complexas dos consumidores, até a logística aprimorada por robôs móveis e sistemas de análise que destacam os principais prós e contras dos produtos. Já no Walmart, parcerias com empresas de tecnologia, como NVIDIA, estão permitindo o uso de gêmeos digitais para prever demandas, otimizar estoques e até simular layouts de loja. A eficiência não é apenas operacional, mas também estratégica, criando lojas mais inteligentes e conectadas.

    Esse uso abrangente da IA posiciona a tecnologia como essencial para atender às demandas crescentes de personalização, agilidade e eficiência.

    A NRF 2025 também deixou claro que a omnicanalidade não é mais uma opção, mas uma obrigação para varejistas que desejam permanecer competitivos. Exemplos práticos que reforçam essa ideia destacam a importância de estratégias integradas que foquem no tráfego para a loja física, que assume um papel cada vez mais central na experiência do cliente com o produto e no relacionamento com a marca.

    Dois principais insights sobre isso são: as lojas híbridas, integrando o físico e o digital, nas quais os varejistas oferecem uma experiência fluida que combina conveniência e personalização; e o comércio social, em que plataformas como TikTok e Instagram são cada vez mais relevantes para impulsionar vendas e engajamento, como demonstrado pela Pacsun, que relatou 10% de suas vendas digitais originadas dessas plataformas. Essa integração permite que as empresas não apenas atendam às expectativas dos clientes, mas também os surpreendam com experiências inovadoras e significativas.

    A sustentabilidade emergiu como um dos assuntos centrais do evento nos últimos anos. Esse tema reflete uma mudança definitiva na mentalidade do consumidor. As novas gerações, especialmente Z e Alpha, priorizam marcas que compartilham seus valores, e isso exige uma reestruturação completa das operações de varejo, como redução de desperdício, em que embalagens sustentáveis, iniciativas de reciclagem e programas de reutilização estão no centro das estratégias das marcas; e produtos ecológicos, pois a demanda por itens locais, orgânicos e plant-based cresce continuamente, expandindo o conceito de consumo consciente para além do setor alimentício e abrangendo cuidados pessoais e itens para a casa. Nesse sentido, aqueles que conseguirem aliar práticas sustentáveis à eficiência operacional estarão à frente do mercado e podem atender a um nicho que só vem crescendo no varejo.

    Apesar do avanço do e-commerce, o varejo físico se reinventa como um espaço de conexão e experimentação. Mesmo com a IA e as novas tecnologias, o contato direto com o cliente, com atendimento humanizado e personalizado, continua sendo um diferencial competitivo e de relevância para a relação entre marca e consumidor.

    Trago dois cases que se destacaram quanto a isso. No da American Girl (Mattel), a customização de bonecas não só eleva o engajamento do cliente, mas também o tíquete médio por visita. A marca investe pesado na construção de storytelling nas redes sociais, atraindo os mais jovens e também despertando o sentimento de nostalgia nos clientes que já são adultos. Já no do Foot Locker, investimentos em tecnologia interativa e personalização para o público feminino mostram como compreender a evolução das expectativas do cliente pode transformar um negócio.

    As lojas físicas, agora, transcendem o simples ato de vender produtos, tornando-se pontos de contato que criam experiências únicas e memoráveis.

    A NRF 2025 também abordou os desafios econômicos e tecnológicos que o setor enfrenta, ao mesmo tempo que destacou oportunidades promissoras. Os desafios são a inflação, a disrupção tecnológica e as expectativas crescentes dos consumidores que aumentam a pressão sobre os varejistas. Com relação às oportunidades, a personalização avançada, impulsionada por dados e IA, e o comércio social oferecem novas formas de engajar e fidelizar os consumidores.

    A visão para o futuro

    O varejo do futuro será definido pela habilidade de equilibrar inovação tecnológica com experiências humanas significativas. A personalização será um dos principais diferenciais competitivos, mas deve ser acompanhada por uma abordagem ética e transparente quanto ao uso de dados. Sustentabilidade, inovação e um foco inabalável no cliente estarão no centro das estratégias bem-sucedidas.

    A importância da liderança dentro das empresas também foi um assunto de destaque na feira. Criar e manter uma cultura sólida tornou-se um imperativo do setor, com foco em desenvolver essa cultura por meio das pessoas, comunicando e disseminando propósitos e valores claros dentro e fora das empresas.

    Novamente, percebemos como os grandes players do varejo estão alinhados em relação ao protagonismo das pessoas na estratégia de negócios. Nesse sentido, atendimento, experiência do cliente, capacitação e comportamento são palavras que se repetem em diferentes contextos.

    A NRF 2025 demonstrou que o setor varejista está em constante evolução, e apenas aqueles que abraçarem as mudanças com criatividade, resiliência e propósito terão sucesso em um setor cada vez mais dinâmico.

  • Inteligência artificial, grande vetor de transformação do varejo moderno

    Inteligência artificial, grande vetor de transformação do varejo moderno

    A NRF 2025 Big Show, realizada em Nova Iorque, reafirmou sua relevância como o principal palco global para discussão das tendências e inovações que moldam o varejo mundial. Durante os dias 12,13 e 14 de janeiro, executivos, CEOs e líderes do setor compartilharam suas estratégias, desafios e visões que estão redefinindo o mercado. Sob a perspectiva da liderança no varejo e franchising, exploro, a seguir, aprendizados e cases que se destacaram no evento global e lições que podem impactar o varejo a longo prazo.

    A inteligência artificial (IA) continua sendo o motor propulsor da transformação no varejo. Empresas como Amazon e Walmart demonstraram como a IA está sendo usada para revolucionar processos, melhorar a experiência do cliente e otimizar operações.

    Na Amazon, a IA está integrada em diferentes frentes, desde o assistente de compras conversacional Rufus, que responde a perguntas complexas dos consumidores, até a logística aprimorada por robôs móveis e sistemas de análise que destacam os principais prós e contras dos produtos. Já no Walmart, parcerias com empresas de tecnologia, como NVIDIA, estão permitindo o uso de gêmeos digitais para prever demandas, otimizar estoques e até simular layouts de loja. A eficiência não é apenas operacional, mas também estratégica, criando lojas mais inteligentes e conectadas.

    Esse uso abrangente da IA posiciona a tecnologia como essencial para atender às demandas crescentes de personalização, agilidade e eficiência.

    A NRF 2025 também deixou claro que a omnicanalidade não é mais uma opção, mas uma obrigação para varejistas que desejam permanecer competitivos. Exemplos práticos que reforçam essa ideia destacam a importância de estratégias integradas que foquem no tráfego para a loja física, que assume um papel cada vez mais central na experiência do cliente com o produto e no relacionamento com a marca.

    Dois principais insights sobre isso são: as lojas híbridas, integrando o físico e o digital, nas quais os varejistas oferecem uma experiência fluida que combina conveniência e personalização; e o comércio social, em que plataformas como TikTok e Instagram são cada vez mais relevantes para impulsionar vendas e engajamento, como demonstrado pela Pacsun, que relatou 10% de suas vendas digitais originadas dessas plataformas. Essa integração permite que as empresas não apenas atendam às expectativas dos clientes, mas também os surpreendam com experiências inovadoras e significativas.

    A sustentabilidade emergiu como um dos assuntos centrais do evento nos últimos anos. Esse tema reflete uma mudança definitiva na mentalidade do consumidor. As novas gerações, especialmente Z e Alpha, priorizam marcas que compartilham seus valores, e isso exige uma reestruturação completa das operações de varejo, como redução de desperdício, em que embalagens sustentáveis, iniciativas de reciclagem e programas de reutilização estão no centro das estratégias das marcas; e produtos ecológicos, pois a demanda por itens locais, orgânicos e plant-based cresce continuamente, expandindo o conceito de consumo consciente para além do setor alimentício e abrangendo cuidados pessoais e itens para a casa. Nesse sentido, aqueles que conseguirem aliar práticas sustentáveis à eficiência operacional estarão à frente do mercado e podem atender a um nicho que só vem crescendo no varejo.

    Apesar do avanço do e-commerce, o varejo físico se reinventa como um espaço de conexão e experimentação. Mesmo com a IA e as novas tecnologias, o contato direto com o cliente, com atendimento humanizado e personalizado, continua sendo um diferencial competitivo e de relevância para a relação entre marca e consumidor.

    Trago dois cases que se destacaram quanto a isso. No da American Girl (Mattel), a customização de bonecas não só eleva o engajamento do cliente, mas também o tíquete médio por visita. A marca investe pesado na construção de storytelling nas redes sociais, atraindo os mais jovens e também despertando o sentimento de nostalgia nos clientes que já são adultos. Já no do Foot Locker, investimentos em tecnologia interativa e personalização para o público feminino mostram como compreender a evolução das expectativas do cliente pode transformar um negócio.

    As lojas físicas, agora, transcendem o simples ato de vender produtos, tornando-se pontos de contato que criam experiências únicas e memoráveis.

    A NRF 2025 também abordou os desafios econômicos e tecnológicos que o setor enfrenta, ao mesmo tempo que destacou oportunidades promissoras. Os desafios são a inflação, a disrupção tecnológica e as expectativas crescentes dos consumidores que aumentam a pressão sobre os varejistas. Com relação às oportunidades, a personalização avançada, impulsionada por dados e IA, e o comércio social oferecem novas formas de engajar e fidelizar os consumidores.

    A visão para o futuro

    O varejo do futuro será definido pela habilidade de equilibrar inovação tecnológica com experiências humanas significativas. A personalização será um dos principais diferenciais competitivos, mas deve ser acompanhada por uma abordagem ética e transparente quanto ao uso de dados. Sustentabilidade, inovação e um foco inabalável no cliente estarão no centro das estratégias bem-sucedidas.

    A importância da liderança dentro das empresas também foi um assunto de destaque na feira. Criar e manter uma cultura sólida tornou-se um imperativo do setor, com foco em desenvolver essa cultura por meio das pessoas, comunicando e disseminando propósitos e valores claros dentro e fora das empresas.

    Novamente, percebemos como os grandes players do varejo estão alinhados em relação ao protagonismo das pessoas na estratégia de negócios. Nesse sentido, atendimento, experiência do cliente, capacitação e comportamento são palavras que se repetem em diferentes contextos.

    A NRF 2025 demonstrou que o setor varejista está em constante evolução, e apenas aqueles que abraçarem as mudanças com criatividade, resiliência e propósito terão sucesso em um setor cada vez mais dinâmico.

  • Quatro tendências para o varejo apresentadas na NRF 2025

    Quatro tendências para o varejo apresentadas na NRF 2025

    Os grandes eventos nos trazem tendências e reflexões importantes. Dessa vez, o NRF 2025, realizado no Javits Convention Center, em Nova York, mostrou que, mesmo com toda a força do digital, as lojas físicas seguem sendo o coração do varejo local, integradas às tecnologias mais avançadas para atender às demandas do setor. Durante o evento, as discussões se concentraram em temas como tecnologia, personalização, social commerce e a reinvenção das lojas físicas, transformando-as em experiências únicas e inesquecíveis para os consumidores.

    Considerada a maior e mais influente feira do setor, a NRF, organizada pela National Retail Federation, todo ano reúne gigantes do mercado, startups visionárias e especialistas em tecnologia para discutir o futuro do comércio. Para César Baleco, CEO do Grupo IRRAH, grupo paranaense presente no evento e que atende 70 países com soluções digitais para moda e varejo, participar do evento foi uma oportunidade de trazer inovações que realmente fazem a diferença no dia a dia das pessoas.

    “Experiências únicas, conexão com a comunidade e a integração com o online são as chaves para transformar o varejo. Nosso compromisso é continuar inovando para surpreender e facilitar a jornada do cliente”, afirma.

    Entre as principais tendências apresentadas, César aponta quatro destaques que chamaram atenção durante o evento e como eles funcionam na prática:

    Tecnologia centrada no cliente: A inteligência artificial (IA) está transformando o varejo, permitindo personalização em escala e experiências que reduzem o esforço do consumidor. O segredo, segundo especialistas, está em sonhar grande, começar pequeno e agir rapidamente.

    Na prática, a aplicação de IA no varejo envolve coletar dados dos clientes para criar experiências personalizadas em tempo real, como recomendações de produtos e interações automatizadas por chatbots. Também permite otimizar o processo de compra, tornando-o mais eficiente e intuitivo, e ajudando na criação de campanhas de marketing personalizadas.

    A chave é começar com soluções simples, realizar testes rápidos e aprimorar continuamente com base no feedback obtido, garantindo uma personalização contínua que atenda melhor às necessidades do cliente e crie uma experiência sem fricções. Isso significa oferecer ao cliente um processo simples, fluido e sem obstáculos ao longo de toda a jornada de interação com a marca, seja na loja física, online ou em outros canais.

    “A ideia é minimizar ou eliminar qualquer barreira que possa causar insatisfação, atrasos ou dificuldade para o consumidor por meio de site ou aplicativo intuitivo, uma navegação rápida, reduzir filas com caixas automáticos, por exemplo, ou mesmo implementar chatbots ou assistentes virtuais eficientes”, comenta César Baleco.

    Lojas como hubs de conexão: Transformar lojas físicas em hubs de conexão significa criar espaços imersivos e interativos que vão além da simples compra de produtos, oferecendo experiências que estabelecem conexões emocionais entre os clientes e a marca, fortalecendo a fidelização. Exemplos como IKEA e LEGO ilustram perfeitamente essa abordagem, ao criarem ambientes repletos de storytelling e design que encantam os consumidores.

    Social commerce em alta: O social commerce traz a conveniência da compra diretamente nas redes sociais, usando influenciadores para criar uma experiência autêntica e envolvente, além de aproveitar funcionalidades como live shopping para impulsionar as vendas. Ele transforma a forma como os consumidores descobrem e compram produtos, criando novas oportunidades de engajamento e fidelização.

    Sustentabilidade para ficar: Significa oferecer produtos que sejam duráveis e éticos, além de adotar práticas empresariais responsáveis. Ao alinhar-se com valores de preservação ambiental e justiça social, as marcas conseguem fidelizar consumidores conscientes que buscam fazer a diferença por meio de suas escolhas de compra.

    Para o diretor da IRRAH, a NRF 2025 deixou claro que o varejo do futuro precisa equilibrar inovação tecnológica com uma forte conexão humana, reforçando a visão de sempre colocar o cliente em primeiro lugar. “Estamos atentos às transformações do mercado, mas, acima de tudo, buscamos soluções que realmente impactem positivamente a vida de nossos consumidores”, afirmou Baleco E ele conclui: “Com essas tendências que foram amplamente discutidas e destacadas durante o NRF, o Grupo segue alinhado às mudanças que estão moldando o varejo, investindo em tecnologia e propósito para continuar surpreendendo e encantando seus clientes.”

  • Quatro tendências para o varejo apresentadas na NRF 2025

    Quatro tendências para o varejo apresentadas na NRF 2025

    Os grandes eventos nos trazem tendências e reflexões importantes. Dessa vez, o NRF 2025, realizado no Javits Convention Center, em Nova York, mostrou que, mesmo com toda a força do digital, as lojas físicas seguem sendo o coração do varejo local, integradas às tecnologias mais avançadas para atender às demandas do setor. Durante o evento, as discussões se concentraram em temas como tecnologia, personalização, social commerce e a reinvenção das lojas físicas, transformando-as em experiências únicas e inesquecíveis para os consumidores.

    Considerada a maior e mais influente feira do setor, a NRF, organizada pela National Retail Federation, todo ano reúne gigantes do mercado, startups visionárias e especialistas em tecnologia para discutir o futuro do comércio. Para César Baleco, CEO do Grupo IRRAH, grupo paranaense presente no evento e que atende 70 países com soluções digitais para moda e varejo, participar do evento foi uma oportunidade de trazer inovações que realmente fazem a diferença no dia a dia das pessoas.

    “Experiências únicas, conexão com a comunidade e a integração com o online são as chaves para transformar o varejo. Nosso compromisso é continuar inovando para surpreender e facilitar a jornada do cliente”, afirma.

    Entre as principais tendências apresentadas, César aponta quatro destaques que chamaram atenção durante o evento e como eles funcionam na prática:

    Tecnologia centrada no cliente: A inteligência artificial (IA) está transformando o varejo, permitindo personalização em escala e experiências que reduzem o esforço do consumidor. O segredo, segundo especialistas, está em sonhar grande, começar pequeno e agir rapidamente.

    Na prática, a aplicação de IA no varejo envolve coletar dados dos clientes para criar experiências personalizadas em tempo real, como recomendações de produtos e interações automatizadas por chatbots. Também permite otimizar o processo de compra, tornando-o mais eficiente e intuitivo, e ajudando na criação de campanhas de marketing personalizadas.

    A chave é começar com soluções simples, realizar testes rápidos e aprimorar continuamente com base no feedback obtido, garantindo uma personalização contínua que atenda melhor às necessidades do cliente e crie uma experiência sem fricções. Isso significa oferecer ao cliente um processo simples, fluido e sem obstáculos ao longo de toda a jornada de interação com a marca, seja na loja física, online ou em outros canais.

    “A ideia é minimizar ou eliminar qualquer barreira que possa causar insatisfação, atrasos ou dificuldade para o consumidor por meio de site ou aplicativo intuitivo, uma navegação rápida, reduzir filas com caixas automáticos, por exemplo, ou mesmo implementar chatbots ou assistentes virtuais eficientes”, comenta César Baleco.

    Lojas como hubs de conexão: Transformar lojas físicas em hubs de conexão significa criar espaços imersivos e interativos que vão além da simples compra de produtos, oferecendo experiências que estabelecem conexões emocionais entre os clientes e a marca, fortalecendo a fidelização. Exemplos como IKEA e LEGO ilustram perfeitamente essa abordagem, ao criarem ambientes repletos de storytelling e design que encantam os consumidores.

    Social commerce em alta: O social commerce traz a conveniência da compra diretamente nas redes sociais, usando influenciadores para criar uma experiência autêntica e envolvente, além de aproveitar funcionalidades como live shopping para impulsionar as vendas. Ele transforma a forma como os consumidores descobrem e compram produtos, criando novas oportunidades de engajamento e fidelização.

    Sustentabilidade para ficar: Significa oferecer produtos que sejam duráveis e éticos, além de adotar práticas empresariais responsáveis. Ao alinhar-se com valores de preservação ambiental e justiça social, as marcas conseguem fidelizar consumidores conscientes que buscam fazer a diferença por meio de suas escolhas de compra.

    Para o diretor da IRRAH, a NRF 2025 deixou claro que o varejo do futuro precisa equilibrar inovação tecnológica com uma forte conexão humana, reforçando a visão de sempre colocar o cliente em primeiro lugar. “Estamos atentos às transformações do mercado, mas, acima de tudo, buscamos soluções que realmente impactem positivamente a vida de nossos consumidores”, afirmou Baleco E ele conclui: “Com essas tendências que foram amplamente discutidas e destacadas durante o NRF, o Grupo segue alinhado às mudanças que estão moldando o varejo, investindo em tecnologia e propósito para continuar surpreendendo e encantando seus clientes.”

  • Adoção de certificados digitais é crucial para fortalecer a segurança cibernética em 2025

    Adoção de certificados digitais é crucial para fortalecer a segurança cibernética em 2025

    * Análise de Cláudio Rezende, Diretor de Operações da GlobalSign Brasil

    Em um cenário em que ataques de phishing e deepfakes se tornam cada vez mais sofisticados, a capacidade de verificar a identidade do remetente de um e-mail torna-se crucial. O relatório CISO Village de 2024 da Team8, realizado com diretores de segurança da informação (CISOs), revelou que 75% dos executivos estão mais preocupados com ataques de phishing, enquanto 56% identificam as fraudes por deepfake (sejam em vídeo ou voz) como outro risco crítico.

    Um estudo da Check Point Software mostrou, também, que mais de 90% dos ataques a empresas no mundo têm origem em e-mails maliciosos. Dessa forma, é essencial estarmos atentos ao reforço da segurança dessas comunicações, sendo o uso dos certificados Secure/Multipurpose Internet Mail Extensions (S/MIME) – responsáveis por criptografar mensagens ponto a ponto, mantendo a integridade dos dados – uma das estratégias mais recomendadas para 2025.

    Um ponto importante a ser analisado é a correlação entre o Índice de Competitividade Digital, os ataques cibernéticos e a necessidade de Certificados S/MIME no Brasil. O baixo índice de competitividade do país, como evidenciado no relatório do Fórum Econômico Mundial, destaca desafios em diversas áreas, incluindo infraestrutura tecnológica e segurança cibernética. A falta de maturidade nessas áreas aumenta a vulnerabilidade do Brasil a ataques cibernéticos, o que pode impactar negativamente empresas e a economia como um todo.

    Diante disso, a adoção de certificados S/MIME surge como uma ferramenta crucial para fortalecer a segurança cibernética e impulsionar a competitividade do Brasil, pois oferece diversos benefícios, como:

    • Garantia da identidade de remetentes e integridade de mensagens, protegendo contra fraudes e ataques de phishing;
    • Criptografia de mensagens, assegurando que apenas destinatários autorizados tenham acesso ao conteúdo, protegendo informações sensíveis; e
    • Atendimento aos requisitos legais de diversos setores, como Saúde e Financeiro, facilitando o cumprimento de normas e evitando penalidades.

    Considerando os pontos destacados acima, considero que a adoção generalizada de certificados S/MIME no Brasil pode contribuir significativamente para a melhoria da competitividade do país ao fortalecer a confiança nas transações eletrônicas, impulsionando o comércio eletrônico e a economia digital; ao mitigar riscos cibernéticos, protegendo empresas e cidadãos contra perdas financeiras e danos à reputação; criando um ambiente de negócios mais seguro e confiável, atraindo investimentos estrangeiros e impulsionando o crescimento econômico; e promovendo a inovação tecnológica por meio de um ambiente propício para o desenvolvimento de soluções de segurança cibernética.

  • Especialistas em inteligência artificial são cada vez mais disputados por empregadores

    Especialistas em inteligência artificial são cada vez mais disputados por empregadores

    A inteligência artificial (IA) deixou de ser uma tendência futurista para se consolidar como ferramenta essencial na transformação digital de empresas. No entanto, encontrar profissionais capacitados para liderar projetos de automação, análise de dados e inovação tecnológica tornou-se um grande obstáculo. A escassez de talentos não apenas desacelera o progresso de muitas empresas, mas também aumenta a competição entre empregadores por especialistas qualificados.

    No caso de Ramon Toledo, os ganhos com o uso de IA em vendas chegaram a R$48 mil em apenas uma semana. “Eu tinha o método, sou vendedor nato e, quando conheci as possibilidades que a inteligência artificial tinha para mim, eu simplesmente caí de cabeça. Aprendi o processo, busquei algo técnico, e rapidamente já estava fechando contratos com várias empresas que praticamente imploravam por um especialista em IA. O detalhe é que eu não sou especialista, mas como não tem quem consiga unir vendas e IA, eu me destaquei rápido”, conta o especialista em neurovendas com IA.

    Um estudo recente da McKinsey revelou que 56% das organizações globais já utilizam inteligência artificial em pelo menos uma área de negócios. Porém, apenas 13% dessas empresas dizem estar extraindo o valor total que a IA pode oferecer. Essa lacuna se deve, em grande parte, à falta de profissionais capazes de traduzir as possibilidades tecnológicas em resultados práticos.

    Segundo Alan Nicolas, especialista em inteligência artificial para negócios e fundador da Academia Lendár[IA], as empresas estão competindo ferozmente por talentos que unam habilidades técnicas, criatividade e visão estratégica. “Profissionais que dominam áreas como machine learning, ciência de dados e ética em IA são essenciais para transformar a tecnologia em resultados concretos e mensuráveis”, afirma.

    A pressão para contratar especialistas em inteligência artificial levou muitas empresas a adotarem estratégias ousadas de recrutamento. Desde programas de capacitação interna e parcerias com universidades até pacotes de benefícios robustos, organizações buscam atrair os melhores profissionais do mercado. Mesmo assim, muitas posições permanecem abertas por meses, evidenciando a complexidade do cenário.

    Para Alan Nicolas, esse é um mercado de trabalho em rápida expansão, mas ainda insuficientemente abastecido. “A formação de profissionais qualificados não acompanha o ritmo da evolução tecnológica. Além disso, a inteligência artificial exige uma combinação única de habilidades técnicas e soft skills, como pensamento crítico, criatividade e colaboração. Esse perfil é raro e, consequentemente, muito valorizado”, explica o especialista.

    Desafios para empresas e oportunidades para profissionais

    Enquanto grandes corporações conseguem investir em talentos e tecnologia de ponta, pequenas e médias empresas enfrentam desafios maiores. Muitas vezes, elas não dispõem de recursos para competir com gigantes do mercado. “Essas empresas precisam apostar na capacitação interna e em parcerias estratégicas para superar a escassez de especialistas. Além disso, devem adotar soluções de inteligência artificial mais acessíveis, adaptadas às suas realidades”, sugere Alan.

    Por outro lado, para quem deseja ingressar nesse mercado em expansão, o cenário é extremamente promissor. Profissionais que combinam especialização técnica com a capacidade de resolver problemas complexos estão sendo disputados como nunca. “A inteligência artificial está moldando o futuro do trabalho. Quem investir em capacitação e acompanhar as tendências da área terá um universo de oportunidades à disposição”, destaca o especialista.

    Além das funções tradicionais, novas carreiras estão surgindo no ecossistema da IA, como treinadores de modelos de linguagem, auditores de algoritmos e especialistas em ética e governança de IA. “Essas posições refletem a maturidade da tecnologia e a necessidade de uma abordagem mais responsável e humana para o desenvolvimento de soluções de inteligência artificial. Estamos falando de um mercado que não só cresce, mas também se diversifica rapidamente”, finaliza.

  • Tendência em logística para 2025: rodar com o caminhão sempre cheio

    Tendência em logística para 2025: rodar com o caminhão sempre cheio

    A maioria dos textos sobre tendências em logística para 2025 que você vai ler seguirão linha semelhante entre si. Se me der a chance de adivinhar, arrisco dizer que vão falar sobre dados, inteligência artificial e sustentabilidade. Eu prefiro começar por uma premissa diferente: uma das principais tendências do transporte de cargas para 2025 é a mudança – em andamento – da visão que boa parte das empresas tem hoje sobre logística.

    Quem não entendeu essa visão nova já começou a ficar para trás. Embora pareça utópico, pensar a estratégia logística daqui para frente exige imaginar um futuro em que todos os caminhões da frota que atende à sua empresa vão viajar sempre cheios. Ao realizar uma entrega, terão outra marcada na agenda, agregarão inteligência à escolha das cargas. Nenhum quilômetro será percorrido em vão. Todo motorista poderá entregar mais utilizando menos recursos. Esse é o novo parâmetro.  

    Apesar de que até agora ninguém tenha conseguido os desejados 100% de aproveitamento, esse tipo de visão é pelo menos um bom norte. Sim, trata-se de uma nova Estrada. A visão de rodar com o caminhão sempre cheio é impulsionada por times com profundo conhecimento sobre a rotina do transporte, que usam sua experiência para inovar, reestruturar o frete conforme os novos tempos e fazer da digitalização uma das suas ferramentas de alta performance.

    Claro que há obstáculos. De acordo com estimativas do mercado brasileiro, os caminhões ainda rodam vazios em média entre 30% e 40% do seu tempo. As organizações têm percebido, no entanto, que não há alternativa para se manter competitivo no mercado a não ser abraçar uma nova visão sobre a logística. Tem ficado mais evidente a diferença entre empresas que pararam no analógico e as que souberam incorporar mudanças para dar um salto em nível de serviço, agilidade e redução de custos.

    Por isso, não gosto de dizer que tecnologia é tendência para 2025. Ano a ano a tecnologia se encaixa nessa categoria, não é nenhuma novidade. Segundo a consultoria McKinsey, somente 13% das organizações do Brasil que digitalizaram parte de suas cadeias de suprimento conseguem aproveitar o potencial completo do que implantaram. Então, a tecnologia chegou, e qual foi a consequência disso?

    Se em muitos casos os resultados da chegada de recursos tecnológicos ainda não atingiram o seu auge, observo dentro das empresas que existe uma percepção maior sobre a necessidade de se organizar para expandir os efeitos da inovação.

    Existe uma consciência de que precisamos envolver experiência em frete, revisar e simplificar processos, capacitar pessoas, reassumir a estratégia do transporte de cargas dentro das organizações e, com visão sistêmica, abarcar tudo o que puder gerar eficiência operacional na logística. Ou seja: jamais perder de vista a possibilidade de rodar com o caminhão cheio o tempo todo.  

    A nova visão sobre a logística é o que nos faz compreender melhor o papel da sustentabilidade na Estrada também. Incentivar uma inteligência sustentável com soluções que já nasçam com impactos reduzidos, ajudando a consumir menos combustível, gerar menos gases nocivos para o meio ambiente e aumentar a qualidade de vida dos profissionais envolvidos na logística. Mais tendência do que a sustentabilidade em si é a nova visão da logística, que não consegue existir sem esses princípios.  

    E a sua empresa? Já mudou a visão que tem sobre a logística?