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  • Quais as perspectivas para o mercado de varejo supermercadista em 2025?

    Quais as perspectivas para o mercado de varejo supermercadista em 2025?

    Com o início de um novo ano, cresce também a expectativa para vários setores da economia, em especial, o setor supermercadista, que se depara com a análise dos cenários mercadológicos em todas as esferas que envolvam o segmento.

    Do ponto de vista jurídico não é diferente, uma vez que o varejo supermercadista precisará navegar por um ambiente em transformação, em que a inovação tecnológica e a sustentabilidade estarão no centro das mudanças regulatórias, a preparação estratégica será a chave para transformar desafios em oportunidades.

    A Reforma Tributária

    A Reforma Tributária está prevista para avançar em 2025, com o objetivo de unificar os impostos, tais como ICMS, ISS, PIS e Cofins em um modelo de IVA dual. Para a advogada e especialista em varejo, Daniela Correa, o setor supermercadista terá um impacto positivo: “a simplificação das obrigações acessórias trará uma maior previsibilidade tributária. Contudo, a transição para esse novo regime representa um desafio operacional”, explica Daniela.

    Empresas do varejo supermercadista precisarão investir em sistemas de gestão tributária para garantir o cumprimento das obrigações acessórias e evitar passivos fiscais. “Isso fará com que haja uma maior previsibilidade financeira, facilitando o planejamento de longo prazo”, diz a advogada.

    Tributação de operações digitais

    O aumento das vendas online no setor supermercadista demanda maior atenção em relação à tributação de transações digitais. Segundo Daniela, a fiscalização do ICMS sobre e-commerce deve ser intensificada e com a reforma e a consequente unificação dos tributos – “para isso, o planejamento tributário será essencial”, ressalta.

    Daniela ainda explica, que, para enfrentar este desafio, os supermercados precisarão adotar o compliance digital e sistemas automatizados de emissão de notas fiscais, inclusive para lidar com a harmonização de legislações estaduais que podem gerar maior complexidade tributária.

    Tributação sobre o consumo e impacto social

    A respeito da tributação sobre o consumo, Daniela alerta: “a possível desoneração de produtos essenciais pode estimular o consumo e aliviar a carga tributária sobre itens da cesta básica. Para o varejo, o impacto consiste em estar preparado para ajustes rápidos na precificação e no controle de margens. O alívio tributário pode melhorar a percepção dos consumidores sobre o setor, portanto, trata-se de uma oportunidade para o varejo supermercadista”.

    Sustentabilidade e Tributação Verde

    “Esta é uma tendência real e mundial”, alerta Daniela. “Com a crescente pressão por práticas empresariais sustentáveis, a tributação verde ganha espaço. Novos incentivos fiscais podem beneficiar empresas que adotem práticas de ESG (ambiental, social e governança), como redução de desperdícios e uso de energia renovável”, complementa a especialista.

    “O varejo supermercadista pode ser incentivado a investir em infraestrutura ecoeficiente e com a pressão mundial por medidas sustentáveis, haverá possibilidade de sanções ou tributação adicional para empresas que não cumprirem metas de sustentabilidade”, finaliza.

    Relações trabalhistas e novas formas de contratação

    Com o avanço de tecnologias e mudanças no comportamento do consumidor, como o crescimento do delivery, por exemplo, o setor precisará adaptar suas relações trabalhistas.

    Contratações mais flexíveis, especialmente em plataformas de gig economy, podem ser regulamentadas e haverá a necessidade de revisão de contratos e adequação às normas trabalhistas emergentes.

    Regulamentações sobre a Proteção de Dados (LGPD)

    Com a intensificação da fiscalização pela ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados), o cumprimento da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) será ainda mais crítico. Supermercados que operam com grandes volumes de dados sensíveis precisarão reforçar suas políticas de privacidade.

    “Caso isso não ocorra, o impacto será grande, tendo em vista as penalidades financeiras e reputacionais para empresas que não se adequarem à legislação”, alerta Daniela.

    Relações de consumo

    Daniela ainda explica que o setor supermercadista passa por transformações significativas nas relações de consumo, impulsionadas pela tecnologia e mudanças nos hábitos dos consumidores. Uma das principais inovações é a adoção do comércio eletrônico, permitindo compras online e entrega em casa ou retirada em loja. Isso não apenas amplia a acessibilidade, mas também oferece experiências personalizadas através de recomendações baseadas em compras anteriores.

    Outra inovação é a implementação de tecnologias móveis, como aplicativos de fidelidade e pagamentos digitais, que facilitam a interação entre consumidores e supermercados. Além disso, a inteligência artificial é utilizada para otimizar estoques, prever demanda e melhorar a cadeia de suprimentos. “Essas inovações melhoram a eficiência, reduzem custos e proporcionam uma experiência de compra mais conveniente e personalizada”, explica Daniela.

    A sustentabilidade também é um foco crescente, com supermercados adotando práticas eco-friendly, como embalagens biodegradáveis, redução de resíduos e promoção de produtos orgânicos. Além disso, a transparência nutricional e a oferta de opções saudáveis são cada vez mais valorizadas. Essas inovações não apenas melhoram a experiência do consumidor, mas também contribuem para um futuro mais sustentável.

    Desta forma, o investimento em compliance nas relações de consumo, somado à sistemas que garantam a segurança nas relações consumeristas é essencial para que o segmento acompanhe a mudança comportamental de seu público consumidor e as tendências do setor.

    Para 2025, Daniela projeta algumas expectativas: “o ano de 2025 promete transformações significativas para o varejo supermercadista, com impacto direto nas áreas jurídicas envolvidas. Empresas do setor devem investir em compliance, tecnologia e adaptação a novos modelos regulatórios para se manterem competitivas em um mercado em constante evolução”, finaliza.

  • Marmitas ganham protagonismo no mercado de delivery no Brasil 

    As marmitas têm se consolidado como um dos segmentos mais dinâmicos e promissores do mercado de delivery no Brasil. De acordo com uma pesquisa realizada pelo iFood em 2024, a culinária brasileira, fortemente representada por esse tipo de prato, lidera os pedidos no horário de almoço, com 38% do total, seguida pelos lanches. 

    No ranking geral, as marmitas ocupam a sexta posição entre as culinárias mais pedidas na plataforma. Nos restaurantes classificados como “super”, essa categoria figura em oitavo lugar, reforçando sua relevância crescente no setor. 

    Essa demanda reflete mudanças significativas no comportamento dos consumidores. Durante o 36º Congresso Abrasel, o especialista Sérgio Molinari analisou: “As marmitas representam o equilíbrio entre a busca por conveniência e a valorização da gastronomia brasileira. Esse mercado combina tradição e modernidade, especialmente no contexto do delivery.” 

    O estudo também revelou outras tendências importantes. No café da manhã, a culinária de padarias domina, com 54% dos pedidos no segundo trimestre de 2024. Já no almoço, além das marmitas, lanches também possuem uma forte presença. À tarde e à noite, lanches e açaí se destacam, enquanto na madrugada os lanches lideram com impressionantes 70% do volume de pedidos. 

    Molinari ainda reforça como esses dados evidenciam a crescente diversificação das escolhas dos consumidores ao longo do dia e reforçam a importância de uma oferta variada para atender às diferentes demandas: segundo ele, restaurantes que investem em soluções personalizadas, logística eficiente e cardápios adaptados a públicos variados podem colher resultados expressivos.  

    O especialista ainda cita que outro ponto que contribui para o sucesso das marmitas é sua flexibilidade. A oferta varia desde opções simples e acessíveis até refeições premium, com ingredientes sofisticados e foco na saudabilidade. Essa versatilidade está alinhada às tendências globais de consumo, em que praticidade, personalização e qualidade são diferenciais competitivos. 

    O mercado de marmitas no Brasil surge como uma oportunidade estratégica para bares e restaurantes que buscam expandir sua atuação. Para os consumidores, as marmitas se consolidam como uma opção prática e saborosa, combinando tradição e inovação em cada refeição e atendendo às demandas do dia a dia.

  • Geração Z impulsiona mercado de produtos saudáveis

    Geração Z impulsiona mercado de produtos saudáveis

    A Geração Z está transformando o mercado de consumo ao priorizar hábitos alimentares mais equilibrados, um contraste com a geração anterior, Y ou Millennials (1980/1996), que priorizou a praticidade, optando por alimentos congelados e soluções rápidas devido à rotina agitada. O interesse crescente da população nascida entre 1997 e 2012 por produtos naturais e nutritivos está diretamente ligado a mudanças sociais, culturais e econômicas. Importante frisar que essa geração já representa 24% da população mundial, uma fatia muito grande de mercado para ser trabalhada e considerada.

    O acesso à informação e a crescente conscientização sobre saúde e bem-estar influenciam diretamente nas escolhas alimentares desse público, conforme explica Raphael Mattos, especialista em negócios e empreendedorismo. “Os conteúdos na internet que destacam os benefícios de escolhas conscientes, como os orgânicos, os alimentos naturais e com menor teor de aditivos são infinitos. Sem dúvida nenhuma, essa geração está bem mais consciente sobre os impactos de suas decisões alimentares e prioriza itens que contribuam para a saúde e o bem-estar”, diz. 

    Evitar problemas de saúde ligados à má alimentação, como obesidade e diabetes, tem se tornado cada vez mais uma prioridade. Alimentos ricos em nutrientes e com propriedades funcionais estão em alta e reforçam a ideia de que boas escolhas ajudam na prevenção de doenças e no equilíbrio físico e mental. São exemplos de negócios para se trabalhar: frozens proteicos, snacks de frutas e alimentos que atendam restrições à veganos, intolerantes à lactose e ao glúten. 

    A tendência, aliás, já é praticada pelo setor hoteleiro, no Mavsa Resort, que fica no interior de São Paulo e tem sistema all inclusive, recentemente a opção plant based – alimentos com base natural, vegetal e de plantas – foi incorporada ao cardápio. “É crescente a procura por este grupo de alimentos, especialmente pelos mais jovens. Sempre atentos às tendências e novos hábitos de consumo, nós resolvemos aderir e temos notado, de fato, uma boa aceitação”, revela Tiago Cabau, gerente geral do complexo.

    No caso dos serviços, Raphael, que também é especialista em franchising e acompanha o crescimento dos segmentos fitness e de bem-estar, pontua que atividades físicas em grupo, clubes de livros, e atividades que estimulam o off-line também são bem-vistas por esta geração. “Isso não só vende mais, como posiciona a marca como atenta ao mercado, moderna e relevante”.

    Apesar dos custos mais elevados associados aos produtos saudáveis, os jovens têm demonstrado disposição em investir nesses itens, refletindo uma mudança de prioridades e maior atenção à qualidade de vida. A combinação de acesso à informação, engajamento com causas ambientais e busca por saúde aponta para a consolidação dessa tendência no comportamento e no consumo da Geração Z.

    “Empreender hoje em dia é entender o cliente, seus gostos, preferências, comportamentos, nunca foi tão importante estar atento às transformações que começaram, essencialmente, na pandemia”, finaliza Mattos.

  • Geração Z impulsiona mercado de produtos saudáveis

    Geração Z impulsiona mercado de produtos saudáveis

    A Geração Z está transformando o mercado de consumo ao priorizar hábitos alimentares mais equilibrados, um contraste com a geração anterior, Y ou Millennials (1980/1996), que priorizou a praticidade, optando por alimentos congelados e soluções rápidas devido à rotina agitada. O interesse crescente da população nascida entre 1997 e 2012 por produtos naturais e nutritivos está diretamente ligado a mudanças sociais, culturais e econômicas. Importante frisar que essa geração já representa 24% da população mundial, uma fatia muito grande de mercado para ser trabalhada e considerada.

    O acesso à informação e a crescente conscientização sobre saúde e bem-estar influenciam diretamente nas escolhas alimentares desse público, conforme explica Raphael Mattos, especialista em negócios e empreendedorismo. “Os conteúdos na internet que destacam os benefícios de escolhas conscientes, como os orgânicos, os alimentos naturais e com menor teor de aditivos são infinitos. Sem dúvida nenhuma, essa geração está bem mais consciente sobre os impactos de suas decisões alimentares e prioriza itens que contribuam para a saúde e o bem-estar”, diz. 

    Evitar problemas de saúde ligados à má alimentação, como obesidade e diabetes, tem se tornado cada vez mais uma prioridade. Alimentos ricos em nutrientes e com propriedades funcionais estão em alta e reforçam a ideia de que boas escolhas ajudam na prevenção de doenças e no equilíbrio físico e mental. São exemplos de negócios para se trabalhar: frozens proteicos, snacks de frutas e alimentos que atendam restrições à veganos, intolerantes à lactose e ao glúten. 

    A tendência, aliás, já é praticada pelo setor hoteleiro, no Mavsa Resort, que fica no interior de São Paulo e tem sistema all inclusive, recentemente a opção plant based – alimentos com base natural, vegetal e de plantas – foi incorporada ao cardápio. “É crescente a procura por este grupo de alimentos, especialmente pelos mais jovens. Sempre atentos às tendências e novos hábitos de consumo, nós resolvemos aderir e temos notado, de fato, uma boa aceitação”, revela Tiago Cabau, gerente geral do complexo.

    No caso dos serviços, Raphael, que também é especialista em franchising e acompanha o crescimento dos segmentos fitness e de bem-estar, pontua que atividades físicas em grupo, clubes de livros, e atividades que estimulam o off-line também são bem-vistas por esta geração. “Isso não só vende mais, como posiciona a marca como atenta ao mercado, moderna e relevante”.

    Apesar dos custos mais elevados associados aos produtos saudáveis, os jovens têm demonstrado disposição em investir nesses itens, refletindo uma mudança de prioridades e maior atenção à qualidade de vida. A combinação de acesso à informação, engajamento com causas ambientais e busca por saúde aponta para a consolidação dessa tendência no comportamento e no consumo da Geração Z.

    “Empreender hoje em dia é entender o cliente, seus gostos, preferências, comportamentos, nunca foi tão importante estar atento às transformações que começaram, essencialmente, na pandemia”, finaliza Mattos.

  • Será 2025 um ano com menos fraudes no e-commerce?

    Será 2025 um ano com menos fraudes no e-commerce?

    Sempre que se fala de compra online, não tem como evitar mencionar algo que é o terror tanto dos consumidores quanto dos lojistas: as fraudes. E não é para menos, já que dados do relatório “The State of Fraud and Abuse 2024” mostram que há uma projeção para que as perdas decorrentes desses golpes virtuais superem US$343 bilhões até 2027. No entanto, da mesma forma que os malfeitores estão cada vez mais criativos na hora de desenvolverem iniciativas criminosas, as empresas também têm dado excelentes passos para garantir um ambiente seguro para seus consumidores. Dessa maneira, podemos dizer que 2025 será um ano em que as fraudes no comércio eletrônico terão uma redução?

    Um estudo da BigDataCorp mostrou que o índice de segurança digital do e-commerce brasileiro atingiu mais de 95% no início de 2024 graças ao aumento do uso de SSL (Secure Sockets Layer), que usa criptografia para proteger os dados  dos internautas. Além disso, o próprio consumidor anda mais alerta e tem conseguido identificar com mais facilidade quando uma transação é fraudulenta. De acordo com levantamento da Opinion Box, 91% dos usuários já desistiram de uma compra online justamente por desconfiar de golpes.

    Outro ponto que conta a favor do combate às fraudes é a Inteligência Artificial. Por meio de sua utilização combinada com análise de dados e machine learning, por exemplo, muitos varejistas conseguem definir padrões para uma transação normal e agir antecipadamente quando enxergam uma compra  suspeita. A tecnologia pode se basear em diversos tópicos como recorrência, local da compra, meio de pagamento mais utilizado, perfil do cliente, etc.

    Além disso, a IA é capaz de traçar perfis de usuários suspeitos, bloqueando seu acesso à plataforma de e-commerce e prevenindo futuros golpes. Nesse caso, a tecnologia, também relacionada a machine learning, se baseia em informações diversas como comportamento online e análise de perfil, monitorando endereço de e-mail, IP e telefone. Com esses dados, o varejista é capaz de traçar as intenções daquele indivíduo, verificando a possibilidade de roubos de identidades, invasão de contas e até mesmo o histórico de inadimplência.

    Por conta desse leque de possibilidades, um levantamento da Associação de Investigadores de Fraudes Certificados (ACFE) e da SAS mostra que 46% dos profissionais antifraude na América Latina já utilizam IA e machine learning em seu dia a dia de trabalho. Além disso, um estudo da EY indica que a tecnologia tem aproximadamente 90% de precisão na detecção de spam, malware e invasões de rede. 

    Enquanto ainda não existem dados completos sobre a quantidade de fraudes no e-commerce durante o ano de 2024, já que ainda estamos no começo de 2025, 2023 enxergou uma queda expressiva de 29% nas tentativas de golpe nessas plataformas, segundo dados do levantamento Raio-X da Fraude 2024. Isso acende uma esperança, mostrando que a tecnologia tem sido uma aliada e contribui para um horizonte mais otimista para o setor.

    Dessa maneira, podemos dizer que o combate a fraudes no ambiente online está cada vez mais efetivo, com tecnologias que inibem a ação dos criminosos. Embora pareça bastante desafiador, o cenário para 2025 é positivo, com maior confiança e segurança por parte dos varejistas. Por mais que seja difícil atestar se as fraudes de fato diminuirão este ano, temos a convicção de que os players estão se atualizando para que os golpes online sejam uma realidade cada vez mais rara, dando lugar a uma excelente experiência do cliente nas plataformas.

  • Será 2025 um ano com menos fraudes no e-commerce?

    Será 2025 um ano com menos fraudes no e-commerce?

    Sempre que se fala de compra online, não tem como evitar mencionar algo que é o terror tanto dos consumidores quanto dos lojistas: as fraudes. E não é para menos, já que dados do relatório “The State of Fraud and Abuse 2024” mostram que há uma projeção para que as perdas decorrentes desses golpes virtuais superem US$343 bilhões até 2027. No entanto, da mesma forma que os malfeitores estão cada vez mais criativos na hora de desenvolverem iniciativas criminosas, as empresas também têm dado excelentes passos para garantir um ambiente seguro para seus consumidores. Dessa maneira, podemos dizer que 2025 será um ano em que as fraudes no comércio eletrônico terão uma redução?

    Um estudo da BigDataCorp mostrou que o índice de segurança digital do e-commerce brasileiro atingiu mais de 95% no início de 2024 graças ao aumento do uso de SSL (Secure Sockets Layer), que usa criptografia para proteger os dados  dos internautas. Além disso, o próprio consumidor anda mais alerta e tem conseguido identificar com mais facilidade quando uma transação é fraudulenta. De acordo com levantamento da Opinion Box, 91% dos usuários já desistiram de uma compra online justamente por desconfiar de golpes.

    Outro ponto que conta a favor do combate às fraudes é a Inteligência Artificial. Por meio de sua utilização combinada com análise de dados e machine learning, por exemplo, muitos varejistas conseguem definir padrões para uma transação normal e agir antecipadamente quando enxergam uma compra  suspeita. A tecnologia pode se basear em diversos tópicos como recorrência, local da compra, meio de pagamento mais utilizado, perfil do cliente, etc.

    Além disso, a IA é capaz de traçar perfis de usuários suspeitos, bloqueando seu acesso à plataforma de e-commerce e prevenindo futuros golpes. Nesse caso, a tecnologia, também relacionada a machine learning, se baseia em informações diversas como comportamento online e análise de perfil, monitorando endereço de e-mail, IP e telefone. Com esses dados, o varejista é capaz de traçar as intenções daquele indivíduo, verificando a possibilidade de roubos de identidades, invasão de contas e até mesmo o histórico de inadimplência.

    Por conta desse leque de possibilidades, um levantamento da Associação de Investigadores de Fraudes Certificados (ACFE) e da SAS mostra que 46% dos profissionais antifraude na América Latina já utilizam IA e machine learning em seu dia a dia de trabalho. Além disso, um estudo da EY indica que a tecnologia tem aproximadamente 90% de precisão na detecção de spam, malware e invasões de rede. 

    Enquanto ainda não existem dados completos sobre a quantidade de fraudes no e-commerce durante o ano de 2024, já que ainda estamos no começo de 2025, 2023 enxergou uma queda expressiva de 29% nas tentativas de golpe nessas plataformas, segundo dados do levantamento Raio-X da Fraude 2024. Isso acende uma esperança, mostrando que a tecnologia tem sido uma aliada e contribui para um horizonte mais otimista para o setor.

    Dessa maneira, podemos dizer que o combate a fraudes no ambiente online está cada vez mais efetivo, com tecnologias que inibem a ação dos criminosos. Embora pareça bastante desafiador, o cenário para 2025 é positivo, com maior confiança e segurança por parte dos varejistas. Por mais que seja difícil atestar se as fraudes de fato diminuirão este ano, temos a convicção de que os players estão se atualizando para que os golpes online sejam uma realidade cada vez mais rara, dando lugar a uma excelente experiência do cliente nas plataformas.

  • Empresários devem apostar nos dados para liderar o futuro, mas não é só isso

    Empresários devem apostar nos dados para liderar o futuro, mas não é só isso

    O Relatório Especial “Top Strategic Technology Trends for 2025”, recém-lançado pelo Gartner, traz uma visão poderosa sobre o futuro tecnológico, destacando como a inovação está moldando os rumos dos mercados globais. Três pilares cruciais emergem nesse cenário: a análise de dados, a privacidade das informações e a segurança dos dados. No entanto, mais do que se dedicar às oportunidades que os dados oferecem, é preciso que os empresários olhem para os desafios relacionados à sua proteção e à gestão ética.

    A análise de dados continua a ser o coração das transformações digitais. O estudo do Gartner enfatiza que, até 2025, as empresas que utilizarem análise preditiva para embasar suas estratégias terão uma vantagem competitiva significativa. Na minha rotina corporativa, tenho observado que a capacidade de transformar dados em insights acionáveis é essencial para a tomadas de decisões ágeis e assertivas. Porém, essa é uma jornada que exige não apenas as ferramentas tecnológicas destacadas no relatório – como Inteligência Artificial Agêntica, Governança de Inteligência Artificial ou Criptografia Pós-Quântica –, mas uma cultura organizacional, de fato, orientada por dados, com profissionais qualificados para interpretar essas informações.

    É importante ressaltar ainda que não há mais espaço para que as organizações tratem os dados pessoais como meros recursos. A privacidade deve ser integrada à concepção de novos produtos e serviços, respeitando não apenas a legislação, mas as expectativas dos consumidores. Essa abordagem é fundamental para conquistar e manter a confiança do cliente, um ativo cada vez mais valioso no mundo digital. A segurança dos dados, por sua vez, permanece uma preocupação constante.

    O relatório prevê ainda que, até 2028, 50% das empresas começarão a adotar produtos, serviços ou recursos especificamente projetados para lidar com casos de uso de segurança contra desinformação. Hoje, esse número é de 5%. A segurança não é apenas um requisito operacional, mas uma responsabilidade estratégica. É imperativo que as organizações adotem uma postura proativa, implementando soluções que protejam não apenas seus dados, mas também os de seus clientes e parceiros.

    Vale destacar que a análise de dados exige volumes imensos de informações, mas, sem mecanismos adequados de segurança e privacidade, o potencial de prejuízo é elevado. As empresas devem equilibrar inovação e responsabilidade, garantindo que a exploração dos dados seja sempre ética e segura.

    Cada vez mais, veremos uma convergência maior entre tecnologia e estratégia de negócios – o que é particularmente relevante no contexto de dados, pois organizações que não tratarem a análise, a privacidade e a segurança como prioridades estratégicas correm o risco de se tornarem irrelevantes. Ao mesmo tempo, a computação com eficiência energética surge como uma tendência estratégica que pode contribuir tanto para a redução de custos quanto para a melhoria da sustentabilidade organizacional.

    Por outro lado, a adoção dessas novas tecnologias, como computação neuromórfica e computação ótica, como era de se imaginar, implicará novos desafios para a segurança dos dados. Sistemas mais rápidos e eficientes podem amplificar os riscos de ataques, e as organizações precisam implementar controles rigorosos de segurança para mitigar essas novas vulnerabilidades. Em um ambiente no qual os consumidores estarão cada vez mais imersos em experiências digitais interativas, é fundamental que as empresas adotem estratégias de segurança e privacidade que garantam a proteção de dados em tempo real e em ambientes dinâmicos.

    Em suma, a qualidade e a análise de dados, a privacidade e a segurança das informações não podem ser mais encaradas como áreas isoladas ou complementares. São componentes interligados e essenciais para a sustentabilidade e o sucesso das empresas no futuro digital. A convergência dessas áreas será decisiva para as organizações que buscam se manter relevantes e competitivas em um mercado em constante transformação.

    Há mais de 30 anos no setor de TI, acredito piamente que estamos diante de uma oportunidade única para redefinir os padrões de como utilizamos e protegemos os dados. Por isso, também devemos estar comprometidos em ajudar as empresas a navegar nesse cenário desafiador, promovendo soluções tecnológicas que sejam tanto inovadoras quanto alinhadas às melhores práticas de privacidade e segurança.

    As tendências tecnológicas para 2025 não são apenas previsões. São um chamado à ação. Cabe a nós, líderes e organizações, garantir que a transformação digital seja sustentável, segura e centrada nas pessoas.

  • Empresários devem apostar nos dados para liderar o futuro, mas não é só isso

    Empresários devem apostar nos dados para liderar o futuro, mas não é só isso

    O Relatório Especial “Top Strategic Technology Trends for 2025”, recém-lançado pelo Gartner, traz uma visão poderosa sobre o futuro tecnológico, destacando como a inovação está moldando os rumos dos mercados globais. Três pilares cruciais emergem nesse cenário: a análise de dados, a privacidade das informações e a segurança dos dados. No entanto, mais do que se dedicar às oportunidades que os dados oferecem, é preciso que os empresários olhem para os desafios relacionados à sua proteção e à gestão ética.

    A análise de dados continua a ser o coração das transformações digitais. O estudo do Gartner enfatiza que, até 2025, as empresas que utilizarem análise preditiva para embasar suas estratégias terão uma vantagem competitiva significativa. Na minha rotina corporativa, tenho observado que a capacidade de transformar dados em insights acionáveis é essencial para a tomadas de decisões ágeis e assertivas. Porém, essa é uma jornada que exige não apenas as ferramentas tecnológicas destacadas no relatório – como Inteligência Artificial Agêntica, Governança de Inteligência Artificial ou Criptografia Pós-Quântica –, mas uma cultura organizacional, de fato, orientada por dados, com profissionais qualificados para interpretar essas informações.

    É importante ressaltar ainda que não há mais espaço para que as organizações tratem os dados pessoais como meros recursos. A privacidade deve ser integrada à concepção de novos produtos e serviços, respeitando não apenas a legislação, mas as expectativas dos consumidores. Essa abordagem é fundamental para conquistar e manter a confiança do cliente, um ativo cada vez mais valioso no mundo digital. A segurança dos dados, por sua vez, permanece uma preocupação constante.

    O relatório prevê ainda que, até 2028, 50% das empresas começarão a adotar produtos, serviços ou recursos especificamente projetados para lidar com casos de uso de segurança contra desinformação. Hoje, esse número é de 5%. A segurança não é apenas um requisito operacional, mas uma responsabilidade estratégica. É imperativo que as organizações adotem uma postura proativa, implementando soluções que protejam não apenas seus dados, mas também os de seus clientes e parceiros.

    Vale destacar que a análise de dados exige volumes imensos de informações, mas, sem mecanismos adequados de segurança e privacidade, o potencial de prejuízo é elevado. As empresas devem equilibrar inovação e responsabilidade, garantindo que a exploração dos dados seja sempre ética e segura.

    Cada vez mais, veremos uma convergência maior entre tecnologia e estratégia de negócios – o que é particularmente relevante no contexto de dados, pois organizações que não tratarem a análise, a privacidade e a segurança como prioridades estratégicas correm o risco de se tornarem irrelevantes. Ao mesmo tempo, a computação com eficiência energética surge como uma tendência estratégica que pode contribuir tanto para a redução de custos quanto para a melhoria da sustentabilidade organizacional.

    Por outro lado, a adoção dessas novas tecnologias, como computação neuromórfica e computação ótica, como era de se imaginar, implicará novos desafios para a segurança dos dados. Sistemas mais rápidos e eficientes podem amplificar os riscos de ataques, e as organizações precisam implementar controles rigorosos de segurança para mitigar essas novas vulnerabilidades. Em um ambiente no qual os consumidores estarão cada vez mais imersos em experiências digitais interativas, é fundamental que as empresas adotem estratégias de segurança e privacidade que garantam a proteção de dados em tempo real e em ambientes dinâmicos.

    Em suma, a qualidade e a análise de dados, a privacidade e a segurança das informações não podem ser mais encaradas como áreas isoladas ou complementares. São componentes interligados e essenciais para a sustentabilidade e o sucesso das empresas no futuro digital. A convergência dessas áreas será decisiva para as organizações que buscam se manter relevantes e competitivas em um mercado em constante transformação.

    Há mais de 30 anos no setor de TI, acredito piamente que estamos diante de uma oportunidade única para redefinir os padrões de como utilizamos e protegemos os dados. Por isso, também devemos estar comprometidos em ajudar as empresas a navegar nesse cenário desafiador, promovendo soluções tecnológicas que sejam tanto inovadoras quanto alinhadas às melhores práticas de privacidade e segurança.

    As tendências tecnológicas para 2025 não são apenas previsões. São um chamado à ação. Cabe a nós, líderes e organizações, garantir que a transformação digital seja sustentável, segura e centrada nas pessoas.

  • Materialidade: passo importante nas empresas para as práticas ESG em 2025

    Materialidade: passo importante nas empresas para as práticas ESG em 2025

    A empresa que se propõe a ser sustentável, alinhando sua atuação ao conceito ESG, tem um longo caminho a percorrer. Nesta jornada, uma etapa primordial é a definição de sua materialidade.

    A materialidade pode ser entendida como a definição de temas relevantes para a organização, no que diz respeito a estratégias e práticas de sustentabilidade ambiental, social e de governança. Está relacionada aos principais impactos que a organização promove ou está sujeita, e também às oportunidades atreladas a cada um de seus riscos.

    Sejam grandes corporações ou pequenas e médias empresas, é essencial considerar as particularidades das organizações, mesmo que atuem no mesmo ramo.

    O impacto dos temas para os negócios não é o único aspecto a ser considerado pela lente de aumento da materialidade. Da mesma forma, é fundamental lançar luzes sobre o que interessa aos stakeholders, que são os colaboradores, fornecedores, clientes, consumidores, todas as partes agregadas, enfim, neste processo.

    Cada stakeholder tem afinidades e entendimentos diferenciados sobre o que é mais relevante em seu dia a dia. A depender de condições sociais, econômicas, ambientais, políticas e mesmo geográficas, um colaborador pode elencar entre outros assuntos importantes práticas trabalhistas, diversidade ou relacionamento com as lideranças. Para a comunidade local, a relevância do negócio pode estar, por exemplo, no potencial de gerar empregos. Do ponto de vista do colaborador, o interesse maior às vezes é a marca empregadora.

    Diante de tantos interesses e necessidades específicos, a materialidade permite compreender a relevância e o impacto que os temas trazem para o negócio, e contribui para a definição de prioridades de ação, definição de metas e estratégias e reporte de resultados a todas as suas partes interessadas.

    Esta compreensão proporcionada pela materialidade precisa, necessariamente, interpretar com precisão os vieses revelados por cada stakeholder. Neste sentido, reforçamos a importância de entender de “gente” para desenvolvermos processos adequados, coesos e com resultados reais.

    Com a perspectiva de reduzir os riscos associados a estes vieses, apresentamos três pontos que não devem ser negligenciados na jornada.

    O primeiro deles é estabelecer uma relação de confiança com cada grupo de stakeholders, justamente para que haja interesse genuíno em prestar informações corretas e adequadas para avaliação.

    A segunda providência trata de esclarecer cada um dos temas materiais, alinhar expectativas e proporcionar entendimento.

    Não menos importante, destacamos a necessidade de compreender os grupos de stakeholders e adequar a comunicação com cada um deles. Nem sempre podemos usar siglas, termos em inglês ou referências técnicas, se nossa proposta é garantir a compreensão das partes interessadas.

    A sustentabilidade e adoção de práticas ESG não apenas diferenciam uma empresa no mercado em 2025. Verdadeiramente agregam uma atuação ambientalmente responsável e alinhada ao desenvolvimento social que este ano tanto demanda, sempre levando em consideração o cenário atual e o contexto em que a empresa está inserida.

  • Materialidade: passo importante nas empresas para as práticas ESG em 2025

    Materialidade: passo importante nas empresas para as práticas ESG em 2025

    A empresa que se propõe a ser sustentável, alinhando sua atuação ao conceito ESG, tem um longo caminho a percorrer. Nesta jornada, uma etapa primordial é a definição de sua materialidade.

    A materialidade pode ser entendida como a definição de temas relevantes para a organização, no que diz respeito a estratégias e práticas de sustentabilidade ambiental, social e de governança. Está relacionada aos principais impactos que a organização promove ou está sujeita, e também às oportunidades atreladas a cada um de seus riscos.

    Sejam grandes corporações ou pequenas e médias empresas, é essencial considerar as particularidades das organizações, mesmo que atuem no mesmo ramo.

    O impacto dos temas para os negócios não é o único aspecto a ser considerado pela lente de aumento da materialidade. Da mesma forma, é fundamental lançar luzes sobre o que interessa aos stakeholders, que são os colaboradores, fornecedores, clientes, consumidores, todas as partes agregadas, enfim, neste processo.

    Cada stakeholder tem afinidades e entendimentos diferenciados sobre o que é mais relevante em seu dia a dia. A depender de condições sociais, econômicas, ambientais, políticas e mesmo geográficas, um colaborador pode elencar entre outros assuntos importantes práticas trabalhistas, diversidade ou relacionamento com as lideranças. Para a comunidade local, a relevância do negócio pode estar, por exemplo, no potencial de gerar empregos. Do ponto de vista do colaborador, o interesse maior às vezes é a marca empregadora.

    Diante de tantos interesses e necessidades específicos, a materialidade permite compreender a relevância e o impacto que os temas trazem para o negócio, e contribui para a definição de prioridades de ação, definição de metas e estratégias e reporte de resultados a todas as suas partes interessadas.

    Esta compreensão proporcionada pela materialidade precisa, necessariamente, interpretar com precisão os vieses revelados por cada stakeholder. Neste sentido, reforçamos a importância de entender de “gente” para desenvolvermos processos adequados, coesos e com resultados reais.

    Com a perspectiva de reduzir os riscos associados a estes vieses, apresentamos três pontos que não devem ser negligenciados na jornada.

    O primeiro deles é estabelecer uma relação de confiança com cada grupo de stakeholders, justamente para que haja interesse genuíno em prestar informações corretas e adequadas para avaliação.

    A segunda providência trata de esclarecer cada um dos temas materiais, alinhar expectativas e proporcionar entendimento.

    Não menos importante, destacamos a necessidade de compreender os grupos de stakeholders e adequar a comunicação com cada um deles. Nem sempre podemos usar siglas, termos em inglês ou referências técnicas, se nossa proposta é garantir a compreensão das partes interessadas.

    A sustentabilidade e adoção de práticas ESG não apenas diferenciam uma empresa no mercado em 2025. Verdadeiramente agregam uma atuação ambientalmente responsável e alinhada ao desenvolvimento social que este ano tanto demanda, sempre levando em consideração o cenário atual e o contexto em que a empresa está inserida.