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  • Tecnologias transformadoras: o que esperar para 2025

    Tecnologias transformadoras: o que esperar para 2025

    As inovações tecnológicas previstas para 2025 prometem transformar profundamente diversos setores, trazendo maior eficiência, conectividade e novos modelos de negócio. O avanço de tecnologias como inteligência artificial (IA), machine learning, 5G e blockchain está remodelando mercados e criando oportunidades em áreas como saúde, logística e finanças.  

    “O impacto dessas tecnologias será sentido em todas as esferas da economia. Na saúde, por exemplo, a inteligência artificial será capaz de fornecer diagnósticos e tratamentos personalizados com maior precisão. Já na produção industrial, a automação avançada e a manutenção preditiva otimizarão processos, reduzindo custos e aumentando a eficiência operacional”, conta Vagner da Silva, coordenador dos cursos de Tecnologia da Cruzeiro do Sul Virtual.  

    A conectividade continuará sendo potencializada pela tecnologia 5G que, devido seu amadurecimento, trará velocidades de internet significativamente mais altas e maior estabilidade de conexão. Essas características permitirão avanços em áreas como veículos autônomos e telemedicina, facilitando consultas médicas remotas com qualidade de vídeo excepcional. Além disso, a Internet das Coisas (IoT) promete uma evolução na coleta e análise de dados em tempo real, com aplicações que vão desde agricultura de precisão até o gerenciamento inteligente de estoques na logística.  

    blockchain também emerge como um pilar de inovação, oferecendo segurança e transparência em transações financeiras e cadeias de suprimentos. “Um exemplo notável é o Drex, moeda digital brasileira regulamentada pelo Banco Central, que utilizará blockchain para representar ativos como imóveis e veículos de maneira rápida, segura e eficiente”, destaca Silva. 

    No mercado de trabalho, a automação e a IA estão promovendo uma transformação inevitável. Embora algumas funções tradicionais estejam sendo substituídas, novas profissões estão emergindo em ritmo acelerado. Cibersegurança, análise de dados e desenvolvimento de software são áreas em expansão, enquanto habilidades criativas e interpessoais tornam-se cada vez mais valiosas. Segundo o coordenador, as máquinas podem realizar tarefas repetitivas com eficiência, mas o pensamento crítico, a criatividade e a empatia são habilidades humanas insubstituíveis que serão diferenciais no mercado do futuro.  

    A integração dessas tecnologias nas organizações apresenta desafios, como a resistência à mudança e a necessidade de capacitação. De acordo com o especialista, superar essas barreiras exige uma abordagem centrada no ser humano. “As empresas devem investir em treinamentos contínuos e criar uma cultura de inovação que permita aos colaboradores se sentirem parte do processo de transformação”, explica.  

    Para 2025, o panorama é de uma revolução tecnológica que reconfigura tanto as oportunidades econômicas quanto as interações humanas. Empresas e profissionais que se adaptarem rapidamente terão uma vantagem significativa nesse novo cenário digital.  

  • O ano do Pix: modelo de pagamento processou 42 bilhões de transações e consolidou sua liderança no Brasil com inovações e avanços em segurança

    O ano do Pix: modelo de pagamento processou 42 bilhões de transações e consolidou sua liderança no Brasil com inovações e avanços em segurança

    O Sistema de Pagamento Instantâneo (SPI) consolidou sua liderança absoluta no Brasil em 2024, redefinindo a forma como os brasileiros realizam transações financeiras. Para se ter uma ideia, de acordo com dados do Banco Central, 76,4% da população adotaram o Pix como principal meio de pagamento, superando o cartão de débito (69,1%) e deixando o dinheiro físico em terceiro lugar (68,9%). Com números impressionantes, o método de pagamento processou cerca de 42 bilhões de transações no ano, movimentando mais de R$ 17,2 trilhões. 

    Esse desempenho histórico reflete não apenas a adesão massiva dos brasileiros, mas também a capacidade do Pix de acompanhar as principais demandas do país. Prova disso foi o novo recorde registrado no dia 29 de novembro, quando o método de pagamento alcançou a marca de 239,9 milhões de transações em apenas 24 horas, impulsionado pelo pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário. 

    Neste contexto, o ano de 2024 também foi marcado por inovações no ecossistema de pagamento instantâneo, com destaque para o reconhecimento facial, que trouxe ainda mais segurança e praticidade ao sistema. Além de facilitar pagamentos com agilidade, a tecnologia revolucionou o processo de onboarding de novos clientes, permitindo que usuários verifiquem suas identidades de forma rápida e eficiente. Ao capturar a imagem do rosto, o sistema valida as informações em segundos, eliminando a necessidade de métodos tradicionais e demorados, ampliando assim a inclusão e a confiança no uso do Pix.

    Para Ariel Salles, Vice-presidente de Tecnologia da Avivatec, empresa referência em soluções de tecnologia para negócios e no mercado financeiro, a implementação da biometria facial é um marco na segurança dos pagamentos instantâneos. “Esse método proporciona uma autenticação que dificulta tentativas de fraudes como o uso de senhas roubadas ou falsificadas. Sua aplicação em pagamentos instantâneos garante que apenas o usuário legítimo consiga autorizar a transação, tornando o processo mais seguro e eficiente. Isso é essencial à medida que o volume de transações digitais cresce, pois fortalece a confiança do consumidor e ajuda a manter a integridade dos sistemas financeiros”, comenta.

    Além dessas inovações, outras medidas de cibersegurança foram fundamentais para proteger as transações digitais. A autenticação multifator (MFA) foi amplamente adotada, reduzindo o risco de fraudes em até 99,9% e garantindo a proteção dos dados durante o envio e armazenamento. Somado a isso, o monitoramento contínuo das transações em tempo real também foi importantíssimo, permitindo a identificação e neutralização de ameaças rapidamente.

    Regulamentação e o Pix por aproximação

    Outro marco importante para o sistema de pagamento instantâneo no Brasil foi a regulamentação e aprovação do Pix por aproximação, que já se encontra em fase de teste e estará disponível para uso de todos os usuários a partir do dia 5 de fevereiro de 2025. 

    Com a tecnologia NFC (near field communication), o Pix por aproximação permitirá transações rápidas e seguras apenas aproximando dispositivos como smartphones ou cartões, sem a necessidade de senha. Ideal para pagamentos de baixo valor, essa nova modalidade trará mais agilidade e conveniência, ampliando ainda mais a adesão da ferramenta como principal meio de pagamento no país.

    “A tecnologia NFC permite que dispositivos se comuniquem de forma rápida e eficiente ao serem aproximados, sem a necessidade de contato físico. Isso torna o processo de pagamento muito mais ágil, especialmente em situações do dia a dia, como compras em lojas ou no transporte público. A ausência de senha ou PIN também torna as transações mais convenientes e rápidas, atendendo à crescente demanda por soluções simples e eficientes no mercado de pagamentos”, finaliza.

    Com essas medidas de segurança e as novas tecnologias, 2024 se consolidou como um ano de transformação para os pagamentos instantâneos no Brasil. O Pix segue como a principal ferramenta de pagamento, proporcionando aos brasileiros mais agilidade, segurança e conveniência no dia a dia.

  • O ano do Pix: modelo de pagamento processou 42 bilhões de transações e consolidou sua liderança no Brasil com inovações e avanços em segurança

    O ano do Pix: modelo de pagamento processou 42 bilhões de transações e consolidou sua liderança no Brasil com inovações e avanços em segurança

    O Sistema de Pagamento Instantâneo (SPI) consolidou sua liderança absoluta no Brasil em 2024, redefinindo a forma como os brasileiros realizam transações financeiras. Para se ter uma ideia, de acordo com dados do Banco Central, 76,4% da população adotaram o Pix como principal meio de pagamento, superando o cartão de débito (69,1%) e deixando o dinheiro físico em terceiro lugar (68,9%). Com números impressionantes, o método de pagamento processou cerca de 42 bilhões de transações no ano, movimentando mais de R$ 17,2 trilhões. 

    Esse desempenho histórico reflete não apenas a adesão massiva dos brasileiros, mas também a capacidade do Pix de acompanhar as principais demandas do país. Prova disso foi o novo recorde registrado no dia 29 de novembro, quando o método de pagamento alcançou a marca de 239,9 milhões de transações em apenas 24 horas, impulsionado pelo pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário. 

    Neste contexto, o ano de 2024 também foi marcado por inovações no ecossistema de pagamento instantâneo, com destaque para o reconhecimento facial, que trouxe ainda mais segurança e praticidade ao sistema. Além de facilitar pagamentos com agilidade, a tecnologia revolucionou o processo de onboarding de novos clientes, permitindo que usuários verifiquem suas identidades de forma rápida e eficiente. Ao capturar a imagem do rosto, o sistema valida as informações em segundos, eliminando a necessidade de métodos tradicionais e demorados, ampliando assim a inclusão e a confiança no uso do Pix.

    Para Ariel Salles, Vice-presidente de Tecnologia da Avivatec, empresa referência em soluções de tecnologia para negócios e no mercado financeiro, a implementação da biometria facial é um marco na segurança dos pagamentos instantâneos. “Esse método proporciona uma autenticação que dificulta tentativas de fraudes como o uso de senhas roubadas ou falsificadas. Sua aplicação em pagamentos instantâneos garante que apenas o usuário legítimo consiga autorizar a transação, tornando o processo mais seguro e eficiente. Isso é essencial à medida que o volume de transações digitais cresce, pois fortalece a confiança do consumidor e ajuda a manter a integridade dos sistemas financeiros”, comenta.

    Além dessas inovações, outras medidas de cibersegurança foram fundamentais para proteger as transações digitais. A autenticação multifator (MFA) foi amplamente adotada, reduzindo o risco de fraudes em até 99,9% e garantindo a proteção dos dados durante o envio e armazenamento. Somado a isso, o monitoramento contínuo das transações em tempo real também foi importantíssimo, permitindo a identificação e neutralização de ameaças rapidamente.

    Regulamentação e o Pix por aproximação

    Outro marco importante para o sistema de pagamento instantâneo no Brasil foi a regulamentação e aprovação do Pix por aproximação, que já se encontra em fase de teste e estará disponível para uso de todos os usuários a partir do dia 5 de fevereiro de 2025. 

    Com a tecnologia NFC (near field communication), o Pix por aproximação permitirá transações rápidas e seguras apenas aproximando dispositivos como smartphones ou cartões, sem a necessidade de senha. Ideal para pagamentos de baixo valor, essa nova modalidade trará mais agilidade e conveniência, ampliando ainda mais a adesão da ferramenta como principal meio de pagamento no país.

    “A tecnologia NFC permite que dispositivos se comuniquem de forma rápida e eficiente ao serem aproximados, sem a necessidade de contato físico. Isso torna o processo de pagamento muito mais ágil, especialmente em situações do dia a dia, como compras em lojas ou no transporte público. A ausência de senha ou PIN também torna as transações mais convenientes e rápidas, atendendo à crescente demanda por soluções simples e eficientes no mercado de pagamentos”, finaliza.

    Com essas medidas de segurança e as novas tecnologias, 2024 se consolidou como um ano de transformação para os pagamentos instantâneos no Brasil. O Pix segue como a principal ferramenta de pagamento, proporcionando aos brasileiros mais agilidade, segurança e conveniência no dia a dia.

  • As 3 principais tendências que vão moldar o autoatendimento em 2025

    As 3 principais tendências que vão moldar o autoatendimento em 2025

    Segundo o relatório Global Self Service Technology Market Size, Forecast 2023 2033, o mercado de tecnologia de autoatendimento deve registrar Taxa de Crescimento Anual Composta (CAGR) de 8,3% até 2033, quando alcançará o valor de USD 80,4 bilhões. Nesta conjuntura, em que o autosserviço segue em ascensão, Guilherme Mauri, CEO da Minha Quitandinha, startup de tecnologia em varejo que atua no modelo de franquia de minimercado autônomo, afirma que para 2025, é esperado um avanço significativo para essas tecnologias com destaque para a programas de fidelização de clientes, como clube de compras e cashback, além de uma eventual redução de custos em soluções que utilizam câmeras, inteligência artificial e sensores. 

    “No Brasil, apesar de ainda não termos as tecnologias mais avançadas do mercado, dispomos de soluções muito eficientes e com baixa fricção para o consumidor. A tendência é que as tecnologias utilizadas em mercados como China e Estados Unidos se tornem mais acessíveis, permitindo uma adoção mais ampla. A combinação entre eficiência e custo-benefício continuará sendo um diferencial”, comenta Mauri.

    De acordo com o executivo, três tecnologias serão tendências no autoatendimento em 2025, confira:

    Inteligência Artificial (IA)Segundo a pesquisa Inteligência Artificial no Varejo, 53% dos varejistas ainda não utilizam IA em suas operações, sendo que desses, apenas 7% pretende continuar sem implementar a tecnologia em seus negócios. Ao mesmo passo, o estudo revelou que 84% dos players que utilizam a IA declararam aumento de eficiência, enquanto 39% observou melhoria na satisfação do cliente e 36% registrou aumento das vendas.

    Neste cenário, Mauri afirma que a IA será fundamental para otimizar a experiência de autoatendimento. “A tecnologia permitirá avanços como a identificação de produtos por câmeras, inovações para autenticação e até abertura de lojas. Esses recursos, integrados ao sistema de operação, trarão maior segurança, eficiência e agilidade tanto para os operadores quanto para os consumidores”, explica.

    De acordo com o executivo, os sistemas integrados de IA podem entender os hábitos de compra dos clientes, oferecer promoções específicas e até otimizar o layout da loja para facilitar a experiência. 

    Softwares para personalizaçãoConforme dados divulgados pela Salesforce, 73% dos clientes esperam mais personalização à medida que a tecnologia progride. Desta forma, Mauri destaca que o atendimento personificado será mais evidente devido à análise de dados fornecidos por softwares que capturam e organizam as informações de forma estruturada. “Por meio da compreensão do perfil dos consumidores, das preferências e dos hábitos de compra, será possível fazer, de modo mais assertivo, sugestões e promoções direcionadas para cada cliente”, esclarece o CEO da Minha Quitandinha.

    Compra sem fricçãoPor último, Mauri afirma que a melhora da experiência de compra por parte do cliente, através de sistemas mais amigáveis e com menos passos para finalização nos sistemas de autoatendimento é algo que pode mudar o jogo do setor supermercadista. “Os modelos adotados por supermercados em geral, ainda são softwares de autoatendimento baseados em Windows, que é um sistema menos amigável do que o Android e IOS, mais modernos. Além disso, o excessivo número de passos que o cliente tem que passar até finalizar a compra, além dos diversos erros que aparecem durante a compra, inibe os consumidores de usarem esses sistemas na hora da compra”, explica.

    Recentemente, a Minha Quitandinha lançou para o mercado o QPay, um software feito sob medida para o setor de lojas autônomas que tem como objetivo melhorar a jornada de compra e venda tanto para o shopper quanto para o varejista. De acordo com Mauri, o sistema teve que ser criado de uma maneira mais amigável e sem fricção para o cliente, visto que o freguês não tem acesso a um atendente na loja para auxiliá-lo. “Esse modelo se mostrou um grande sucesso em comparação ao modelo anterior. A verdade é que o mercado de autoatendimento é um caminho sem volta e por isso, modelos de proximidade e conveniência serão cada vez mais demandados pelos consumidores. As empresas que conseguirem integrar tecnologias acessíveis, eficientes e seguras terão uma grande vantagem competitiva. No Brasil, a capacidade de adaptar soluções globais ao nosso contexto econômico e cultural será essencial para o sucesso nesse mercado”, finaliza Mauri.

  • Personalização consciente e retail mídia: As grandes tendências do marketing em 2025 

    Personalização consciente e retail mídia: As grandes tendências do marketing em 2025 

    Com o avanço das tecnologias e a sofisticação das ferramentas digitais, 2024 consolidou práticas de marketing marcadas por campanhas criativas e estratégias inovadoras. À medida que as marcas se tornam mais dependentes de dados e da inteligência artificial para se conectar com os consumidores, a personalização ganhou um protagonismo sem precedentes. No entanto, com esse novo poder também surge uma grande responsabilidade.  

    O marketing de 2025 exigirá uma abordagem mais ética e transparente, com marcas se preocupando não apenas com a precisão dos dados, mas também com a forma como esses dados são geridos e utilizados. O próximo ano promete ser um marco na evolução de práticas de marketing mais humanas e conscientes. 

    As marcas precisarão se conectar de maneira mais profunda com os consumidores, oferecendo experiências autênticas e que respeitem sua privacidade. Além disso, o uso de plataformas de e-commerce como canais de comunicação será essencial para conquistar o público no momento da decisão de compra, enquanto a criação de conteúdos que tragam valor real para os consumidores se tornará cada vez mais crucial para a construção de uma relação de confiança. Confira quais são as tendências do marketing para o próximo ano: 

    1. Personalização ética

    Para o CEO da All Set, Leopoldo Jeiressati, o marketing não se limita mais a dados demográficos. A análise agora envolve entender profundamente as necessidades emocionais e comportamentais dos consumidores. “As marcas têm o desafio de se conectar de forma genuína, mas isso só é possível quando existe uma gestão responsável dos dados coletados”, destaca o executivo. Com o crescente uso de inteligência artificial, as marcas têm acesso a uma vasta quantidade de informações, mas é fundamental que respeitem a privacidade e o consentimento do consumidor. Dados sensíveis, como informações sobre saúde íntima ou testes de gravidez, exigem um tratamento cuidadoso e transparente. 

    2. Retail mídia como canal estratégico

    Outra grande aposta para 2025 é a retail mídia, que está se consolidando como um canal poderoso para as marcas se conectarem diretamente com os consumidores no momento da decisão de compra. Plataformas de e-commerce, como Mercado Ads, têm se tornado canais de branding estratégicos, e a All Set, pioneira no modelo in house no Brasil, tem ajudado marcas como Mercado Ads e Pepsico a explorar essas plataformas. 

    Segundo pesquisa da eMarketer, o investimento em retail mídia deve crescer 30% em 2025. “Essa tendência oferece uma grande oportunidade para as marcas se conectarem com os consumidores de maneira mais assertiva e personalizada”, explica Jeiressati, destacando a importância de transparência no uso de dados durante esse processo. 

    3. Uso de conteúdos mais inteligentes

    O marketing também está avançando para a criação de conteúdos mais inteligentes, que se adaptam às preferências e necessidades do consumidor de forma mais dinâmica. O foco está em desenvolver conteúdos que sejam não apenas personalizados, mas também mais relevantes e menos invasivos, aproveitando melhor os dados para criar uma comunicação que faça sentido e gere valor real. 

    Esse movimento vai ao encontro de um desejo crescente dos consumidores por uma experiência mais autêntica e significativa. “O futuro do marketing dependerá da capacidade das marcas de utilizar os dados para criar conteúdos que agreguem valor, respeitando as escolhas e a privacidade dos consumidores”, conclui Jeiressati. 

    A All Set, com sua abordagem inovadora e o modelo in house, está posicionada como uma referência em gestão de dados e personalização ética. Com consumidores cada vez mais atentos às práticas corporativas, 2025 promete ser um ano decisivo para as marcas que buscam equilibrar inovação tecnológica e responsabilidade social, alcançando resultados financeiros aliados a um impacto positivo na sociedade. 

  • Reforma tributária: 2025 será um ano estratégico para empresas no Simples Nacional

    Reforma tributária: 2025 será um ano estratégico para empresas no Simples Nacional

    Com a aprovação da regulamentação da reforma tributária pelo PLP 68/2024, 2025 será marcado como um ano de preparação estratégica para as empresas enquadradas no Simples Nacional. Embora mudanças mais profundas estejam previstas apenas para 2026, especialistas alertam que o próximo ano será fundamental para ajustes internos, avaliação de regimes tributários e reconfiguração de contratos.

    Impactos no Simples Nacional – Para Thulio Carvalho, advogado tributarista e mestre em Direito pela PUC-SP, as empresas do Simples enfrentarão novos desafios no cenário competitivo. “Com a introdução de tributos como o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), o crédito tributário no Simples será limitado, o que pode tornar menos atrativa a negociação com empresas de regimes tradicionais, que terão créditos mais vantajosos,” observa Carvalho.

    Além disso, a simplificação tributária — característica central do Simples Nacional — pode ser impactada pela possibilidade de recolhimento do IVA Dual (IBS e CBS) fora do regime, prevista para 2027. “Isso desafia a lógica de praticidade do Simples, exigindo adaptações operacionais para manter a competitividade das empresas,” explica Guilherme Di Ferreira, especialista em Direito Tributário Aplicado e responsável pela área Tributária no Lara Martins Advogados.

    Oportunidades e mudanças práticas – Apesar dos desafios, há avanços importantes no horizonte. Di Ferreira destaca a atualização das faixas de faturamento como um movimento positivo, alinhado às realidades econômicas atuais. “Esses ajustes trazem mais fôlego às empresas e permitem maior margem para crescimento,” afirma o especialista.

    Outras mudanças incluem a revisão de contratos com fornecedores e a adequação à nova sistemática de prestação de contas. Empresas de locação de imóveis próprios, por exemplo, não poderão mais optar pelo regime do Simples, enquanto contribuintes deverão prestar informações tributárias no mês subsequente à ocorrência dos fatos geradores.

    Planejamento como diferencial – Os especialistas reforçam que 2025 será uma oportunidade para que as empresas revisem suas operações e considerem a migração para outros regimes tributários, como o Lucro Real ou Presumido, quando for mais vantajoso. Além disso, será essencial acompanhar regulamentações complementares que definirão aspectos práticos da transição tributária.

    “Esse é o momento de planejamento e análise. Mais do que nunca, o Simples Nacional exigirá uma gestão estratégica para que as empresas aproveitem as oportunidades e mitiguem os impactos da reforma tributária,” conclui Carvalho.

  • Óculos de realidade virtual e outros dispositivos vão ganhar proteção contra hackers

    Óculos de realidade virtual e outros dispositivos vão ganhar proteção contra hackers

    Com a chegada do final do ano, período marcado por recesso, viagens e a busca por presentes inovadores, como os óculos de realidade virtual (Apple Vision Pro e Meta Quest), sistemas automotivos inteligentes (Apple CarPlay e Android Auto), relógios conectados e TVs inteligentes ganham ainda mais espaço na vida dos brasileiros. De acordo com uma pesquisa Associação Comercial de São Paulo (ACSP) quase metade dos brasileiros (46,6%) pretende comprar presentes neste Natal, com itens como celulares, computadores e eletrodomésticos apresentando intenções de compra mais altas do que em 2023, com aumentos de 5,4% e 17%, respectivamente. Além disso, um levantamento da ABComm mostrou que, durante a Black Friday, 37% das vendas no e-commerce foram de eletrônicos, muitos deles destinados a presentes de Natal.

    De olho nesse cenário e antecipando ciberataques que podem aumentar junto com a ascensão desses produtos, a Appdome, líder em proteção de experiências móveis, anunciou que sua plataforma passa a proteger aplicativos que operam em tecnologias além dos celulares, como sistemas de streaming, dispositivos de realidade aumentada e carros inteligentes. Segundo a Allied Market Research, o mercado global de plataformas móveis emergentes deve crescer mais de 20% ao ano até 2030.

    “De acordo com nossa Pesquisa Global de Consumidores 2024, o uso de serviços móveis está superando o de serviços web e online em todos os mercados”, afirmou Tom Tovar, co-criador e CEO da Appdome. “À medida que nossos clientes expandem suas ofertas para novas plataformas móveis, é importante fornecer proteção para essas experiências, garantindo as eficiências operacionais conquistadas com a proteção de aplicativos móveis em smartphones.”

    A evolução tecnológica tem dado espaço a novas oportunidades para empresas se conectarem com consumidores além dos smartphones e tablets, por meio de dispositivos como óculos de realidade virtual, roupas inteligentes e carros conectados. Essas inovações oferecem experiências inéditas em áreas como entretenimento, saúde e mobilidade, permitindo que os consumidores interajam com as marcas de formas novas. 

    No entanto, com o crescimento dessas plataformas e sistemas móveis, surgem também novos riscos de segurança, relógios inteligentes e headsets de realidade virtual são um exemplo de dispositivos que já estão se tornando alvo de cibercriminosos. Hackers podem roubar dados pessoais, invadir contas e até manipular informações em carros conectados e sistemas de IoT. Isso reforça a necessidade de as empresas adotarem medidas de segurança eficazes para proteger seus usuários e negócios, garantindo uma experiência contínua e segura em diferentes dispositivos, enquanto exploram novas formas de engajamento e crescimento.

    Com o lançamento de novos recursos, a Plataforma Appdome agora oferece proteção rápida e eficaz contra fraudes, bots, malwares e ataques cibernéticos, além de combater trapaças em jogos de dispositivos de realidade virtual como o Apple Vision Pro e o Meta Quest. A plataforma também garante segurança para aplicativos iOS no macOS com chip M-series, Apple TV e Apple CarPlay, e para aplicativos Android no Android Auto, Android TV e Google Play Games em PCs com Windows. Graças a inovações contínuas, a Appdome permite que desenvolvedores de Android e iOS ampliem sua presença em outras plataformas, mantendo uma defesa robusta em todos os sistemas operacionais e dispositivos.

    Segundo Jamie Bertasi, Chief Customer Officer da Appdome, “O mercado móvel está em plena expansão. Há dois anos, a Appdome se concentrava apenas em smartphones, mas agora, com nossas novas capacidades baseadas em inteligência artificial, nossos clientes podem garantir segurança de ponta, antifraude e defesa contra bots em qualquer plataforma móvel, posicionando a Appdome como líder na proteção do futuro do mobile.”

  • Óculos de realidade virtual e outros dispositivos vão ganhar proteção contra hackers

    Óculos de realidade virtual e outros dispositivos vão ganhar proteção contra hackers

    Com a chegada do final do ano, período marcado por recesso, viagens e a busca por presentes inovadores, como os óculos de realidade virtual (Apple Vision Pro e Meta Quest), sistemas automotivos inteligentes (Apple CarPlay e Android Auto), relógios conectados e TVs inteligentes ganham ainda mais espaço na vida dos brasileiros. De acordo com uma pesquisa Associação Comercial de São Paulo (ACSP) quase metade dos brasileiros (46,6%) pretende comprar presentes neste Natal, com itens como celulares, computadores e eletrodomésticos apresentando intenções de compra mais altas do que em 2023, com aumentos de 5,4% e 17%, respectivamente. Além disso, um levantamento da ABComm mostrou que, durante a Black Friday, 37% das vendas no e-commerce foram de eletrônicos, muitos deles destinados a presentes de Natal.

    De olho nesse cenário e antecipando ciberataques que podem aumentar junto com a ascensão desses produtos, a Appdome, líder em proteção de experiências móveis, anunciou que sua plataforma passa a proteger aplicativos que operam em tecnologias além dos celulares, como sistemas de streaming, dispositivos de realidade aumentada e carros inteligentes. Segundo a Allied Market Research, o mercado global de plataformas móveis emergentes deve crescer mais de 20% ao ano até 2030.

    “De acordo com nossa Pesquisa Global de Consumidores 2024, o uso de serviços móveis está superando o de serviços web e online em todos os mercados”, afirmou Tom Tovar, co-criador e CEO da Appdome. “À medida que nossos clientes expandem suas ofertas para novas plataformas móveis, é importante fornecer proteção para essas experiências, garantindo as eficiências operacionais conquistadas com a proteção de aplicativos móveis em smartphones.”

    A evolução tecnológica tem dado espaço a novas oportunidades para empresas se conectarem com consumidores além dos smartphones e tablets, por meio de dispositivos como óculos de realidade virtual, roupas inteligentes e carros conectados. Essas inovações oferecem experiências inéditas em áreas como entretenimento, saúde e mobilidade, permitindo que os consumidores interajam com as marcas de formas novas. 

    No entanto, com o crescimento dessas plataformas e sistemas móveis, surgem também novos riscos de segurança, relógios inteligentes e headsets de realidade virtual são um exemplo de dispositivos que já estão se tornando alvo de cibercriminosos. Hackers podem roubar dados pessoais, invadir contas e até manipular informações em carros conectados e sistemas de IoT. Isso reforça a necessidade de as empresas adotarem medidas de segurança eficazes para proteger seus usuários e negócios, garantindo uma experiência contínua e segura em diferentes dispositivos, enquanto exploram novas formas de engajamento e crescimento.

    Com o lançamento de novos recursos, a Plataforma Appdome agora oferece proteção rápida e eficaz contra fraudes, bots, malwares e ataques cibernéticos, além de combater trapaças em jogos de dispositivos de realidade virtual como o Apple Vision Pro e o Meta Quest. A plataforma também garante segurança para aplicativos iOS no macOS com chip M-series, Apple TV e Apple CarPlay, e para aplicativos Android no Android Auto, Android TV e Google Play Games em PCs com Windows. Graças a inovações contínuas, a Appdome permite que desenvolvedores de Android e iOS ampliem sua presença em outras plataformas, mantendo uma defesa robusta em todos os sistemas operacionais e dispositivos.

    Segundo Jamie Bertasi, Chief Customer Officer da Appdome, “O mercado móvel está em plena expansão. Há dois anos, a Appdome se concentrava apenas em smartphones, mas agora, com nossas novas capacidades baseadas em inteligência artificial, nossos clientes podem garantir segurança de ponta, antifraude e defesa contra bots em qualquer plataforma móvel, posicionando a Appdome como líder na proteção do futuro do mobile.”

  • O que esperar da IA Generativa em 2025?

    O que esperar da IA Generativa em 2025?

    O lançamento do ChatGPT em 2022 foi o pontapé para uma série de mudanças que vieram no esteio da IA Generativa (IAGen), oportunizando as mais diversas novidades tecnológicas no mundo todo. Naturalmente, há muitas especulações sobre o que ainda deve ocorrer nos próximos anos em se tratando do tema, mas, em 2025, o que se pode esperar em termos de tendência de IA?

    Segundo o especialista na área, Paulo Henrique de Souza Bermejo, que tem pós-doutorado em Inovação na Bentley University, em Massachusetts/EUA, e Certificação Executiva em Estratégia e Inovação, através do MiT, algumas questões nesse sentido já estão sendo discutidas, tanto no mercado quanto no campo das pesquisas.

    Ele destacou que em relação à 2025, pode-se esperar, por exemplo, uma IA Generativa mais capaz e personalizada. De acordo com ele, os grandes criadores de modelos de linguagem em grande escala (o chamados LLMs, do inglês “large language models”), que são uma espécie de núcleo para as IAs generativas, continuam em plena evolução. “Investimentos estão sendo feitos para que esses modelos se tornem mais robustos e especializados, capazes de gerar conteúdos ainda mais precisos e criativos, além de atuar em contextos altamente específicos. Além disso, novos recursos estão sendo incrementados para permitir que usuários, incluindo não programadores, possam criar seus próprios agentes de IA, treinando-os com seus dados pessoais. Esse tipo de funcionalidade, iniciada com o ChatGPT, deve se expandir para outras plataformas e LLMs, incluindo os desenvolvidos por Anthropic, Meta e Google”, assinalou.

    Quando o tópico é saúde, Paulo afirmou que especialmente os diagnósticos poderão ser mais precisos. “Investimentos em dispositivos e sistemas têm ampliado a capacidade e precisão de exames médicos baseados em IA, contribuindo diretamente para melhorar os serviços de saúde, em especial naquelas regiões menos favorecidas. Isso abrange desde diagnósticos médicos até a interpretação de exames e recomendações de tratamento”, pontuou. Noutra perspectiva, ferramentas baseadas em IA deverão prever doenças antes que se manifestem, utilizando dados de dispositivos wearables (as denominadas tecnologias vestíveis, como relógios inteligentes e outros sensores) e históricos médicos integrados.

    Outro ponto levantado pelo especialista diz respeito a uma maior integração de assistentes pessoais avançados, com a vida cotidiana. “IA’s serão integradas em dispositivos como óculos de realidade aumentada, carros autônomos e eletrodomésticos inteligentes, otimizando tarefas do dia a dia. Isso já está se tornando realidade em alguns contextos, por meio de agentes de IA”, explicou Bermejo.

    E, quando o assunto é educação, ela se mostrará mais personalizada e atraente. “Plataformas educacionais devem expandir seus recursos e personalizar trajetórias de aprendizado com base no perfil cognitivo e nos interesses dos alunos. Por exemplo, estudantes com maior aptidão em matemática terão mais facilidade em capacitações ligadas às ciências exatas, enquanto aqueles interessados em artes poderão se destacar em cursos voltados à criatividade”, enfatizou. Em geral, conforme o especialista, as ferramentas serão cada vez mais acessíveis. “Empresas menores e indivíduos terão acesso a IAs poderosas por meio de plataformas de baixo custo, impulsionadas por LLMs open source (ou seja, de código aberto, disponibilizadas gratuitamente), como o LLaMA (Meta AI), Falcon (TII) e Mistral (Mistral AI). Acompanhando tal contexto, cursos e plataformas on-line vão ampliar o ensino de IA, democratizando habilidades essenciais para o futuro”, elencou.

    Já no que se refere ao mercado de trabalho, Paulo apontou que a IA poderá automatizar muitas funções administrativas, jurídicas e financeiras, exigindo maior adaptação das forças de trabalho. “Não se trata de substituir profissionais por IA, mas de substituir aqueles que não utilizam IA, pelos que fazem bom uso dela. Se a IA ainda não está ajudando você em algo no seu trabalho, pare e reflita: muito provavelmente há algo em que ela pode fazer uma diferença significativa. Surgirão novas demandas por profissionais que saibam integrar, gerenciar e regulamentar a IA. Por exemplo, até recentemente, era difícil imaginar anúncios de vagas para engenheiros de prompt. Em 2025, essa demanda deverá crescer, junto com o surgimento de novas funções”, endossou.

    Para Paulo, em 2025, não se trata apenas de especular o que virá, mas de nos prepararmos para um mundo onde a IA será cada vez mais presente e indispensável. “A verdadeira questão não é ‘se’ a IA será integrada, mas ‘como’ e ‘por quem’. E acredito que seria bom nos perguntarmos se estamos prontos para aproveitar o potencial transformador dessa tecnologia”, ressaltou.

    IA Responsável: Regulação, Ética e Sustentabilidade

    Conforme o pesquisador, em 2015, a regulamentação de IA será mais presente, inclusive no Brasil. “Regulamentações adequadas proporcionarão maior transparência, segurança e uso ético da tecnologia. Noutra vertente da questão, iniciativas de IA responsável têm concentrado esforços para minimizar discriminações algorítmicas. Isso envolve práticas para resolver distorções geradas por dados de treinamento, além de melhorar a diversidade dos dados”, disse.

    Paulo também informou que referente à sustentabilidade, a IA será usada para otimizar cadeias de suprimentos, reduzir desperdícios e melhorar a eficiência energética, sobretudo com a popularização de agentes de IA em sistemas corporativos. “Além disso, ferramentas preditivas ajudarão a monitorar mudanças climáticas e planejar ações de mitigação”, revelou.

    Na área de entretenimento, de acordo com ele, a IA poderá gerar roteiros, músicas, artes visuais e até filmes completos. Isso deverá ser intensificado com o surgimento de startups que oferecem serviços, inclusive gratuitos, para criar esses tipos de conteúdo. “Outro ponto se relaciona a jogos e simulações interativas, que serão realizados em tempo real com base nas escolhas dos usuários. Embora o hype do metaverso tenha diminuído, essas tecnologias continuam a evoluir, especialmente no setor de games”, detalhou.

    Paulo destacou, ainda, que a IA será essencial para gerenciar casas, cidades e até infraestrutura de forma autônoma. Hoje, como dito por ele, é inconcebível pensar em dispositivos inteligentes sem IA generativa, então o que se espera é uma maior conexão entre IA e os Dispositivos Inteligentes Interconectados (IoT).

    Avanços e preocupações

    “A Inteligência Artificial Geral (Artificial General Intelligence – AGI) se diferencia da IA, incluindo a IA generativa, por não se limitar a um domínio específico. Ela é uma forma de inteligência que pode se adaptar a novas situações, resolver problemas complexos e aprender continuamente. Enquanto os LLMs como o ChatGPT demonstram habilidades impressionantes, eles ainda são limitados a tarefas específicas baseadas nos treinamentos recebidos e não possuem a capacidade de entender contextos amplos ou transferir conhecimentos entre diferentes áreas de forma genuína. Sam Altman, CEO da OpenAI, relatou recentemente que os desafios para a IA Geral são de ordem de engenharia, isto é, bastante trabalho, não necessitando basicamente de novos avanços científicos. Ele completou que sua empresa está no estágio 2 de 5, e chegou a relatar que isto pode ser vencido ainda em 2025”, explicou Paulo.

    De acordo com o pesquisador, apesar de inúmeros ganhos a serem proporcionados às pessoas, empresas e à sociedade de um modo geral, a partir de facilidades que esta tecnologia pode gerar, há muita discussão sobre os perigos envolvidos nisso, principalmente acerca do aspecto ético, de controle e de segurança. “Como garantir que a AGI permaneça alinhada aos interesses humanos? Quem controlará essa tecnologia? Se isto não for bem tratado, ela poderá ampliar ainda mais o fosso entre nações e classes sociais, e sistemas que venham a utilizar poderão até mesmo causar impactos catastróficos se for feito um mal uso. Seja com a IA geral ou com até mesmo a IA generativa, considero que sistemas semiautônomos, aqueles onde a decisão final necessariamente passa por um ser humano, acabam sendo a opção mais segura até que estes dilemas sejam definitivamente tratados”, finalizou.  

  • O que esperar da IA Generativa em 2025?

    O que esperar da IA Generativa em 2025?

    O lançamento do ChatGPT em 2022 foi o pontapé para uma série de mudanças que vieram no esteio da IA Generativa (IAGen), oportunizando as mais diversas novidades tecnológicas no mundo todo. Naturalmente, há muitas especulações sobre o que ainda deve ocorrer nos próximos anos em se tratando do tema, mas, em 2025, o que se pode esperar em termos de tendência de IA?

    Segundo o especialista na área, Paulo Henrique de Souza Bermejo, que tem pós-doutorado em Inovação na Bentley University, em Massachusetts/EUA, e Certificação Executiva em Estratégia e Inovação, através do MiT, algumas questões nesse sentido já estão sendo discutidas, tanto no mercado quanto no campo das pesquisas.

    Ele destacou que em relação à 2025, pode-se esperar, por exemplo, uma IA Generativa mais capaz e personalizada. De acordo com ele, os grandes criadores de modelos de linguagem em grande escala (o chamados LLMs, do inglês “large language models”), que são uma espécie de núcleo para as IAs generativas, continuam em plena evolução. “Investimentos estão sendo feitos para que esses modelos se tornem mais robustos e especializados, capazes de gerar conteúdos ainda mais precisos e criativos, além de atuar em contextos altamente específicos. Além disso, novos recursos estão sendo incrementados para permitir que usuários, incluindo não programadores, possam criar seus próprios agentes de IA, treinando-os com seus dados pessoais. Esse tipo de funcionalidade, iniciada com o ChatGPT, deve se expandir para outras plataformas e LLMs, incluindo os desenvolvidos por Anthropic, Meta e Google”, assinalou.

    Quando o tópico é saúde, Paulo afirmou que especialmente os diagnósticos poderão ser mais precisos. “Investimentos em dispositivos e sistemas têm ampliado a capacidade e precisão de exames médicos baseados em IA, contribuindo diretamente para melhorar os serviços de saúde, em especial naquelas regiões menos favorecidas. Isso abrange desde diagnósticos médicos até a interpretação de exames e recomendações de tratamento”, pontuou. Noutra perspectiva, ferramentas baseadas em IA deverão prever doenças antes que se manifestem, utilizando dados de dispositivos wearables (as denominadas tecnologias vestíveis, como relógios inteligentes e outros sensores) e históricos médicos integrados.

    Outro ponto levantado pelo especialista diz respeito a uma maior integração de assistentes pessoais avançados, com a vida cotidiana. “IA’s serão integradas em dispositivos como óculos de realidade aumentada, carros autônomos e eletrodomésticos inteligentes, otimizando tarefas do dia a dia. Isso já está se tornando realidade em alguns contextos, por meio de agentes de IA”, explicou Bermejo.

    E, quando o assunto é educação, ela se mostrará mais personalizada e atraente. “Plataformas educacionais devem expandir seus recursos e personalizar trajetórias de aprendizado com base no perfil cognitivo e nos interesses dos alunos. Por exemplo, estudantes com maior aptidão em matemática terão mais facilidade em capacitações ligadas às ciências exatas, enquanto aqueles interessados em artes poderão se destacar em cursos voltados à criatividade”, enfatizou. Em geral, conforme o especialista, as ferramentas serão cada vez mais acessíveis. “Empresas menores e indivíduos terão acesso a IAs poderosas por meio de plataformas de baixo custo, impulsionadas por LLMs open source (ou seja, de código aberto, disponibilizadas gratuitamente), como o LLaMA (Meta AI), Falcon (TII) e Mistral (Mistral AI). Acompanhando tal contexto, cursos e plataformas on-line vão ampliar o ensino de IA, democratizando habilidades essenciais para o futuro”, elencou.

    Já no que se refere ao mercado de trabalho, Paulo apontou que a IA poderá automatizar muitas funções administrativas, jurídicas e financeiras, exigindo maior adaptação das forças de trabalho. “Não se trata de substituir profissionais por IA, mas de substituir aqueles que não utilizam IA, pelos que fazem bom uso dela. Se a IA ainda não está ajudando você em algo no seu trabalho, pare e reflita: muito provavelmente há algo em que ela pode fazer uma diferença significativa. Surgirão novas demandas por profissionais que saibam integrar, gerenciar e regulamentar a IA. Por exemplo, até recentemente, era difícil imaginar anúncios de vagas para engenheiros de prompt. Em 2025, essa demanda deverá crescer, junto com o surgimento de novas funções”, endossou.

    Para Paulo, em 2025, não se trata apenas de especular o que virá, mas de nos prepararmos para um mundo onde a IA será cada vez mais presente e indispensável. “A verdadeira questão não é ‘se’ a IA será integrada, mas ‘como’ e ‘por quem’. E acredito que seria bom nos perguntarmos se estamos prontos para aproveitar o potencial transformador dessa tecnologia”, ressaltou.

    IA Responsável: Regulação, Ética e Sustentabilidade

    Conforme o pesquisador, em 2015, a regulamentação de IA será mais presente, inclusive no Brasil. “Regulamentações adequadas proporcionarão maior transparência, segurança e uso ético da tecnologia. Noutra vertente da questão, iniciativas de IA responsável têm concentrado esforços para minimizar discriminações algorítmicas. Isso envolve práticas para resolver distorções geradas por dados de treinamento, além de melhorar a diversidade dos dados”, disse.

    Paulo também informou que referente à sustentabilidade, a IA será usada para otimizar cadeias de suprimentos, reduzir desperdícios e melhorar a eficiência energética, sobretudo com a popularização de agentes de IA em sistemas corporativos. “Além disso, ferramentas preditivas ajudarão a monitorar mudanças climáticas e planejar ações de mitigação”, revelou.

    Na área de entretenimento, de acordo com ele, a IA poderá gerar roteiros, músicas, artes visuais e até filmes completos. Isso deverá ser intensificado com o surgimento de startups que oferecem serviços, inclusive gratuitos, para criar esses tipos de conteúdo. “Outro ponto se relaciona a jogos e simulações interativas, que serão realizados em tempo real com base nas escolhas dos usuários. Embora o hype do metaverso tenha diminuído, essas tecnologias continuam a evoluir, especialmente no setor de games”, detalhou.

    Paulo destacou, ainda, que a IA será essencial para gerenciar casas, cidades e até infraestrutura de forma autônoma. Hoje, como dito por ele, é inconcebível pensar em dispositivos inteligentes sem IA generativa, então o que se espera é uma maior conexão entre IA e os Dispositivos Inteligentes Interconectados (IoT).

    Avanços e preocupações

    “A Inteligência Artificial Geral (Artificial General Intelligence – AGI) se diferencia da IA, incluindo a IA generativa, por não se limitar a um domínio específico. Ela é uma forma de inteligência que pode se adaptar a novas situações, resolver problemas complexos e aprender continuamente. Enquanto os LLMs como o ChatGPT demonstram habilidades impressionantes, eles ainda são limitados a tarefas específicas baseadas nos treinamentos recebidos e não possuem a capacidade de entender contextos amplos ou transferir conhecimentos entre diferentes áreas de forma genuína. Sam Altman, CEO da OpenAI, relatou recentemente que os desafios para a IA Geral são de ordem de engenharia, isto é, bastante trabalho, não necessitando basicamente de novos avanços científicos. Ele completou que sua empresa está no estágio 2 de 5, e chegou a relatar que isto pode ser vencido ainda em 2025”, explicou Paulo.

    De acordo com o pesquisador, apesar de inúmeros ganhos a serem proporcionados às pessoas, empresas e à sociedade de um modo geral, a partir de facilidades que esta tecnologia pode gerar, há muita discussão sobre os perigos envolvidos nisso, principalmente acerca do aspecto ético, de controle e de segurança. “Como garantir que a AGI permaneça alinhada aos interesses humanos? Quem controlará essa tecnologia? Se isto não for bem tratado, ela poderá ampliar ainda mais o fosso entre nações e classes sociais, e sistemas que venham a utilizar poderão até mesmo causar impactos catastróficos se for feito um mal uso. Seja com a IA geral ou com até mesmo a IA generativa, considero que sistemas semiautônomos, aqueles onde a decisão final necessariamente passa por um ser humano, acabam sendo a opção mais segura até que estes dilemas sejam definitivamente tratados”, finalizou.