Tag: Tendências

  • A equidade de gênero no ambiente corporativo ainda é uma meta e temos um longo caminho a percorrer

    A equidade de gênero no ambiente corporativo ainda é uma meta e temos um longo caminho a percorrer

    A questão das desigualdades de gêneros nos ambientes de trabalho é algo sobre o qual temos debatido como sociedade, em especial entre homens e mulheres, e há outras minorias também. Hoje quero colocar no centro da discussão o papel do autoconhecimento – e da inteligência emocional, que é parte intrínseca deste –; pois o fato é que quanto mais o ser humano desenvolve sua autopercepção, mais será capaz de sedimentar oportunidades iguais a todos sem distinção de gênero.

    Todos os preconceitos nos separam; é como estarmos com uma viseira mental com danos sociais grandes. É como olhar pela fechadura de uma porta e ver apenas um pedaço da realidade; restrita, sendo que poderíamos ver aquele ambiente inteiro. O preconceito é isso; reduzir as pessoas e seus potenciais a uma ótica de gênero apenas; como se isso as fizesse melhores ou piores umas das outras.

    Sabemos que o mundo é colaborativo. homens e mulheres podem e formam uma linda parceria, portanto, medir o potencial de alguém em qualquer área da vida com base em gênero é uma grande falácia. Na realidade somos diferentes e complementares. As construções neurológicas das mulheres são diferentes das dos homens e isso é muito positivo para unirmos, cada qual de acordo com a sua fisiologia, nossas potencialidades. O que definitivamente não cabe mais é uma concorrência antiga e ultrapassada. A resistência é um paradigma velho passível de ser superado com o autoconhecimento.

    O que carregamos de preconceito hoje é ultrapassado. É aquilo que ainda “arrastamos” de gerações anteriores, por exemplo, que determinaram que aos 50 ou 60 anos a pessoa estava velha, preparando-se para a aposentadoria. Será que você se sente assim? Muitas vezes, a própria mulher vivencia essas crenças. Vamos pensar que ainda é algo muito novo termos pessoas com 50+ no mercado de trabalho, ativas, em nossa sociedade – e independente de gênero. Esse é um contexto que nos convida também a um novo olhar sobre capacidades, performances e resultados – temos jovens que não estão usando o seu potencial e temos 50+ que estão no auge da sua competência. A inovação traz o frescor daquilo que não cabe mais à sociedade, portanto, sim, todos podem se reinventar na vida e no trabalho, ter capacidade de ser produtivo e trazer resultados de altíssima performance.

    Já parou para refletir que o que vivemos hoje é resultado de escolhas velhas? Os nossos livros de história dão respostas a perguntas antigas e agora a vida nos convida a uma grande oportunidade de mudança. É com essa abertura que necessitamos olhar para as pessoas, independente de idade, de gênero e cor. Essa é a verdadeira evolução e revolução que precisamos promover e estamos neste momento! Tudo começa com a insatisfação e com o diálogo para chegarmos em um novo lugar – sendo que a primeira conversa é conosco mesmo.

    Diante de todas as dificuldades e problemas que, sim, existirão em nossas vidas, necessitamos nos perguntar: “Muito bem, o que eu faço com isso?”. Se não trouxermos primeiro esse auto olhar, não visualizaremos a capacidade de melhor lidarmos com o que nos acontece, nem de promover as mudanças. Estaremos sempre com os questionamentos e esperando que as soluções se realizem pelos “outros”.

    O autoconhecimento nos faz mergulhar para dentro de nós, trazendo consciência e caminhos para reciclarmos nossos comportamentos, em especial os “empoeirados”. E a inteligência emocional é fundamental, é ela quem agrega, nos conecta, que imagina e cria o mundo de amanhã. E todos queremos um mundo pacífico. Porém, num cenário de preconceitos e respostas velhas para problemas novos, isso não acontecerá.

    Inovar é a resposta! Não a temos exatamente ainda, justamente porque precisamos encontrá-la e quem faz isso, principalmente, é quem está vivendo o problema e passa a obter maior consciência dessa necessidade. Há quem já esteja nesse movimento – seja os 50+, as mulheres e cada um de nós que desperta para esse movimento –; todos temos a responsabilidade por construir novas possibilidades para vivermos esse mundo de agregação. Portanto, um mundo mais evoluído!

  • Investimento em tecnologia e segurança digital das fintechs garante proteção de dados e conquista a confiança dos brasileiros

    Investimento em tecnologia e segurança digital das fintechs garante proteção de dados e conquista a confiança dos brasileiros

    As fintechs vêm ganhando destaque no mercado financeiro brasileiro, reduzindo a distância em termos de confiança em relação aos bancos tradicionais. De acordo com a pesquisa RADAR Febraban, divulgada em março de 2023 pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), as fintechs já conquistaram a confiança de 57% dos brasileiros, um crescimento expressivo em relação a 2021, quando essa taxa era de apenas 49%. Além disso, o percentual de desconfiança permanece igual para as fintechs e bancos convencionais, com 32% dos entrevistados apontando insegurança nos serviços oferecidos.

    Esse aumento gradual de confiança é impulsionado pelo investimento crescente das fintechs em tecnologias de ponta para fortalecer a segurança digital. “As fintechs vêm desafiando o modelo bancário tradicional ao investir em segurança digital e transparência de forma proativa, ao mesmo tempo em que facilitam o acesso dos brasileiros a carteiras de crédito diferenciadas”, afirma Leonardo Aguiar, head de comercial da EmCash, uma fintech As A Service pioneira na democratização do crédito no Brasil. “Os bancos digitais estão mostrando ao mercado financeiro que é possível combinar inovação com segurança, oferecendo aos clientes uma experiência mais dinâmica e segura”.

    Aguiar comenta que o papel da tecnologia na criação de carteiras de crédito diferenciadas, especialmente no modelo P2P (Peer-to-Peer), é um dos diferenciais competitivos, pois permite empréstimos diretos entre pessoas físicas e jurídicas, sem intermediários tradicionais. “Essa abordagem inovadora não apenas garante alta rentabilidade e menor risco para os investidores, mas também promove a confiança dos tomadores de crédito, permitindo que mais pessoas tenham acesso a condições diferenciadas que superam as limitações impostas pelos bancos tradicionais. O uso inteligente de dados, a inserção no Open Finance e a IA trazem insumos para criarmos modelagens financeiras robustas. A utilização de dados alternativos nos ajuda a entender a capacidade de pagamento de curto, médio e longo prazo dos tomadores, evitando o superendividamento e, consequentemente, a inadimplência. Ao sairmos do óbvio e acessarmos novas tecnologias, conseguimos criar políticas de crédito disruptivas que oferecem maior segurança e transparência, fundamentais para consolidar a confiança dos brasileiros em nosso modelo financeiro”, explica Aguiar.

    Com essas inovações, as fintechs estão melhor equipadas para identificar e mitigar ameaças de segurança e inadimplência. A adoção de inteligência artificial e automação auxilia na análise preditiva, oferecendo uma resposta mais rápida às possíveis ameaças e garantindo uma experiência mais segura aos usuários. O respaldo regulatório proporcionado pela LGPD no Brasil e pelo GDPR na Europa também fortalece o setor, permitindo que as fintechs alinhem inovação com conformidade e proteção de dados.

    Ao oferecer essa combinação de segurança, transparência e inovação, as fintechs brasileiras seguem expandindo seu espaço no setor financeiro, promovendo confiança e proteção para os usuários em um cenário cada vez mais digital.

    “Na EmCash, temos sentido a confiança crescente de grandes parceiros, como a MRV, em nossa capacidade de impulsionar negócios e facilitar o acesso ao crédito de forma mais eficiente para os clientes finais. Essa parceria permite que mais pessoas realizem o sonho de adquirir um imóvel, já que nossa solução personalizada de crédito torna o processo de compra mais acessível. Com a MRV, trabalhamos para reduzir as barreiras financeiras, o que gera não só um impacto direto no volume de vendas, mas também contribui para transformar a experiência de compra de imóveis no Brasil. Isso é mais do que um relacionamento comercial; é um compromisso com a realização de sonhos e com o fortalecimento do setor imobiliário”, diz Aguiar.

  • Licitação online agiliza a vida de médios e pequenos empreendedores

    Licitação online agiliza a vida de médios e pequenos empreendedores

    Participar de licitações públicas e, desta forma, expandir o negócio é algo que muitas empresas apostam. Porém, para os pequenos e médios empreendedores esta realidade pode ser mais distante por conta da burocracia e da falta de expertise em participar, reunir a documentação correta e ainda acompanhar os processos.

    Para esta parcela dos empreendedores, soluções como a oferecida pela Licitar Digital, democratizam os processos de compra, uma vez que a plataforma conecta entes públicos a uma maior opção de fornecedores de todos os portes, o que pode ser um divisor de águas no crescimento de pequenas e médias empresas.

    Operando com cinco modalidades de licitação previstas na Lei nº 14.133/202 – pregão, leilão, dispensa, credenciamento e concorrência – as soluções da Licitar Digital tornam o conjunto de procedimentos administrativos e todo o rito protoclar algo simples, fácil, descomplicado e transparente.

    Uma das grandes inovações da plataforma é o marketplace, que é inspirada em e-commerces como Amazon e Mercado Livre. Diferentemente de outros procedimentos licitatórios tradicionais, neste modelo é possível adquirir bens e serviços por até um ano depois do processo aprovado. Os fornecedores poderão alterar seus preços durante todo o período de vigência do edital. Porém, o critério decisório continuará sendo o de menor valor da data do fechamento.

    “Conectamos a gestão pública, o setor de fornecimento e a sociedade de maneira sustentável, onde todos os participantes se beneficiam. Somos uma plataforma tecnológica que vai muito além de uma vitrine de licitações e, ao democratizar o acesso às licitações, impulsionamos pequenos empreendedores”, afirma Thiago Pedra CEO da Licitar Digital.

    Casos de sucesso

    Entre os casos de sucesso no uso dos serviços oferecidos pela Licitar Digital está a padaria e confeitaria Morro Vermelho, localizada em Sete Lagoas, Minas Gerais. Antes do uso da plataforma, o processo para participar de licitações governamentais era bem mais moroso e burocrático, o que deixava o local de fora de alguns pregões.

    “Acredito que tem muita coisa que pode melhorar para nós com este modelo de licitações online, até porque a digitalização está sempre crescendo e inovando. A desburocratização é uma das maiores vantagens, um grande avanço”, afirma Fernando Dumont Paiva Lopes, proprietário e responsável por participar dos processos licitatórios.

    Para o empreendedor, a facilidade de fazer tudo online, de qualquer lugar, sem a necessidade de comparecer presencialmente para entrega de documentação e o suporte dado pela equipe da Licitar Digital mudaram o cenário para quem participa dos processos licitatórios.

    A democratização e facilidade oferecida pela plataforma também chamam a atenção de empresas que já participam há anos de licitações, porém sempre encontram algum gargalo na burocracia do processo.

    É o caso da Prolagos, que produz produtos para a saúde. Também localizada em Sete Lagoas, a empresa optou pela Licitar Digital como plataforma para se conectar com as licitações públicas de forma segura e ágil.

    “Algumas facilidades nos chamam muito a atenção, pois facilitam e agilizam o trabalho da equipe responsável por participar das licitações. A plataforma veio preencher uma necessidade e nos ajuda a atuar com bastante tranquilidade, pois contamos agora com total suporte e clareza do sistema”, explica Julie Santos, responsável pelas licitações da empresa.

    De acordo com ela, uma das vantagens da desburocratização proposta pela Licitar Digital é a aba para anexar as documentações.  “Com um clique está tudo pronto, só finalizar e enviar. Lembrando ainda que a empresa tem a opção de já deixar os documentos anexados e somente conferir e finalizar a proposta. E como o sistema não aceita documentos em duplicidade, a possibilidade de erros diminui”, afirma Julie Santos.

    Agilidade como aliada

    No ar desde 2019 a plataforma já tem se mostrado uma importante aliada em questões de economia de tempo e verba. Ao total, já foram mais de 36 mil licitações realizadas e um total de R$ 36 bilhões em contratos firmados. Um dos maiores diferenciais da Licitar Digital é a celeridade, pois o tempo médio de conclusão dos processos licitatórios é de 12 dias. Pelas vias tradicionais, uma licitação pode demorar até 120 dias, por exemplo.

    “Recebemos diversos feedbacks de empreendedores de como o uso de nosso sistema e a transformação digital impactaram em seus processos internos e ganhos. Ao oferecermos um cenário mais democrático na participação de licitações, apoiamos todos os tamanhos de negócios e contribuímos para que cada vez mais empresas possam se credenciar com toda facilidade que a tecnologia pode oferecer, sem abrir mão da segurança, transparência e apoio de equipe capacitada”, conta Pedra.

    Blockchain: tecnologia que garante transparência em todo o processo

    Eficiência, transparência e, consequentemente, combate a corrupção, essa é a função da tecnologia blockchain implementada pela Licitar Digital para garantir um processo 100% auditorado, o que garante isonomia para os processos e privacidade às pessoas envolvidas.

    Blockchain é uma tecnologia usada em grandes bancos e startups e permite o registro de informações de forma descentralizada e imutável. Ela funciona como um livro-razão digital, onde todas as transações são registradas em blocos interligados. Cada bloco contém um conjunto de transações e um hash que o conecta ao bloco anterior, criando uma cadeia segura.

    A Licitar também é gerenciada por equipes certificadas no provedor e uma consultoria avalia e atesta toda infraestrutura e segurança. Além de já ter alcançado a certificação ISO 9001, que garante a qualidade dos processos, a empresa também está em implementação das normas da ISO 27001 (segurança da informação) e ISO 27701 (LGPD), ISO 37001 (Anti suborno) e ISO 37301 (Compliance).

    “A Licitar Digital se destaca por ser a única plataforma que abrange todas as modalidades de licitação previstas na Lei 14.133 e é a única plataforma que realiza a auditabilidade dos processos licitatórios utilizando blockchain privada”, finaliza o CEO.

  • A Nike está perdendo a corrida

    A Nike está perdendo a corrida

    “A Nike relatou uma queda de 10% nas vendas trimestrais e retirou sua previsão anual nesta terça-feira.” Resgatei esta frase de uma matéria do Financial Times em outubro deste ano. Caso estivesse em sala de aula, algum aluno “apressadinho” viria com a pergunta: “Mas o que isso tem a ver com marketing, Poli? Isso é assunto para aula de finanças!”. Nessa situação, o silêncio fúnebre desse professor, ainda que por alguns instantes, seria suficiente para que fosse gerado um profundo arrependimento na mente do aluno “desbocado”. Com toda certeza que possa existir, tal estudante se lembraria de uma célebre frase de seu professor: “Marketing é irmão gêmeo de finanças”, o que é justificado pelo fato da palavra “lucro” estar presente nas mais clássicas definições de marketing.

    Quem poderia imaginar que uma empresa detentora de uma marca tão potente e admirada, com uma história tão instigante, se tornasse notícia por motivos tão infortúnios?

    Ouso arriscar, sem a mínima intenção de valorizar os ossos de meu ofício, de que as razões giram em torno de questões eminentemente ligadas a marketing. Ao ler e reler algumas matérias a respeito do tema, certos fatos que poderiam passar despercebidos, certamente para aqueles que acham que marketing acontece somente no mundo digital, capturaram a minha atenção. Alguns deles chegam a ser inacreditáveis.

    Parte da justificativa “corporativa” da NIKE diante da situação atual gira em torno da queda da demanda por seus produtos, algo que desconfiei logo de cara. Em uma rápida busca no Google chega-se ao seguinte fato: “Em primeiro lugar, o mercado de moda fitness deverá crescer de US$13,00 bilhões em 2023 para impressionantes US$16,30 bilhões até 2028.” Logo, é fácil concluir que, quase sempre, a resposta mais óbvia é a mais frágil. A culpa é sempre vem de outro lugar ou é de alguém, não é verdade?

    Descartada a principal variável incontrolável da equação, há de se considerar a máxima de que “o resultado de hoje é consequência do planejamento de ontem”. Em vista disso, as referidas matérias jornalísticas dão conta de que o CEO que assumiu a direção da NIKE em janeiro de 2020, ou seja, pouco antes da famosa pandemia, foi inicialmente elogiado pela condução da gestão do negócio, tendo acelerado de forma rápida a mudança para as vendas diretas ao consumidor.

    Não se trata de um fato novo, visto que inúmeras marcas assim o fizeram também de forma muito competente. No entanto, boa parte delas caiu na tentação diabólica de que poderiam crescer e prosperar sem a presença nos tradicionais canais de distribuição após a pandemia. Não precisar mais pagar o pedágio de atacadistas e varejistas foi realmente o canto da sereia para algumas delas. Até mesmo para a marca cujo nome remete a uma deusa da mitologia grega. Pelo visto, até mesmo os deuses se enganam.

    Ficar de fora dos tradicionais canais de distribuição durante a pandemia foi algo quase obrigatório, ainda que a presença nesses mesmos canais em sua forma digital também o fosse. Mas a tentação veio justamente da possibilidade de se ter os próprios canais de distribuição “eletrônicos”. Afinal, nada como se relacionar diretamente com seus mais diversos públicos-alvo. Superados os desafios logísticos, tem tudo para dar certo, como assim ocorreu.

    A tentação ficou ainda mais sedutora quando se passou a acreditar no dito “novo normal”, tão propagado, difundido e defendido por inúmeros analistas e gurus do mundo digital. Ideia que esse professor metido a escrevinhador sempre desconfiou, principalmente depois de ler alguns artigos de antropólogos sérios que retrataram contextos históricos decorridos após pandemias passadas. Expressei essa ideia claramente em uma frase presente num projeto de consultoria para o maior fabricante de bebidas desse país: “Após a pandemia, as pessoas vão querer suas vidas de volta”.

    A demanda por shows e turismo são exemplos, mais do que evidentes, de que a teimosia em nadar contra a corrente das ideias óbvias não foi em vão. Insistir em permanecer nos canais digitais próprios negligenciando a volta aos tradicionais canais de distribuição cobrou o seu preço. Afinal, pessoas voltaram a passear nos shoppings, mais do que nunca. Não estar presente no varejo físico implica necessariamente que alguém estará. Nesse caso específico, marcas como a On e a Hoka, principalmente em terras do Tio Sam e na Grande China. Segundo a matéria do FT, tais marcas obtiveram crescimentos significativos no “pós-pandemia”, fato oposto ao ocorrido na NIKE.

    Como diria Isaac Newton, dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço. Recuperar o espaço nas prateleiras passou a ser o grande desafio para a NIKE. Isso vai custar muito tempo, ainda mais quando se tem que enfrentar o ressentimento de varejistas outrora abandonados. E tempo, nesse caso, é literalmente dinheiro. Arriscaria dizer que se trata de um bom momento para comprar ações dessa empresa com vistas a um bom retorno num futuro de dois a três anos, mas é prudente não acreditar em mim quando o assunto é esse.

    Por fim, outra justificativa envolve a gestão de portfólio. Alguns analistas defendem a ideia de que a NIKE ousou demais no que tange as tendências de moda de “nível intermediário”, faixa que também foi invadida por marcas mais premium e atrativas a consumidores dessa vertente. Em vista disso, outros analistas apontam que “o conceito de oferecer tudo para todos” já não vale mais para o setor em questão, ainda mais para o grupo estratégico da NIKE. Em outras palavras, um choque derivado do desnatamento de uns contra a elevação de outros. Confesso que tal análise é complexa e requer um estudo muito consistente para se chegar a tais conclusões. Por enquanto, acreditemos nos analistas.

    A NIKE sempre primou por seu foco no desenvolvimento de produtos inovadores em termos de design e tecnologia. Por muito tempo, preferiu deixar seus processos de fabricação e distribuição alheios ao negócio principal, assim como faz a COCA-COLA até hoje.

    Enquanto isso, “Adidas relata crescimento de 10% nas vendas no terceiro trimestre e aumenta a projeção pela terceira vez neste ano”, diz outra matéria, publicada ao final de outubro pela Footwearnews.

    No mundo dos negócios, assim como na vida, tudo é permitido, mas nem tudo é conveniente.

  • A Nike está perdendo a corrida

    A Nike está perdendo a corrida

    “A Nike relatou uma queda de 10% nas vendas trimestrais e retirou sua previsão anual nesta terça-feira.” Resgatei esta frase de uma matéria do Financial Times em outubro deste ano. Caso estivesse em sala de aula, algum aluno “apressadinho” viria com a pergunta: “Mas o que isso tem a ver com marketing, Poli? Isso é assunto para aula de finanças!”. Nessa situação, o silêncio fúnebre desse professor, ainda que por alguns instantes, seria suficiente para que fosse gerado um profundo arrependimento na mente do aluno “desbocado”. Com toda certeza que possa existir, tal estudante se lembraria de uma célebre frase de seu professor: “Marketing é irmão gêmeo de finanças”, o que é justificado pelo fato da palavra “lucro” estar presente nas mais clássicas definições de marketing.

    Quem poderia imaginar que uma empresa detentora de uma marca tão potente e admirada, com uma história tão instigante, se tornasse notícia por motivos tão infortúnios?

    Ouso arriscar, sem a mínima intenção de valorizar os ossos de meu ofício, de que as razões giram em torno de questões eminentemente ligadas a marketing. Ao ler e reler algumas matérias a respeito do tema, certos fatos que poderiam passar despercebidos, certamente para aqueles que acham que marketing acontece somente no mundo digital, capturaram a minha atenção. Alguns deles chegam a ser inacreditáveis.

    Parte da justificativa “corporativa” da NIKE diante da situação atual gira em torno da queda da demanda por seus produtos, algo que desconfiei logo de cara. Em uma rápida busca no Google chega-se ao seguinte fato: “Em primeiro lugar, o mercado de moda fitness deverá crescer de US$13,00 bilhões em 2023 para impressionantes US$16,30 bilhões até 2028.” Logo, é fácil concluir que, quase sempre, a resposta mais óbvia é a mais frágil. A culpa é sempre vem de outro lugar ou é de alguém, não é verdade?

    Descartada a principal variável incontrolável da equação, há de se considerar a máxima de que “o resultado de hoje é consequência do planejamento de ontem”. Em vista disso, as referidas matérias jornalísticas dão conta de que o CEO que assumiu a direção da NIKE em janeiro de 2020, ou seja, pouco antes da famosa pandemia, foi inicialmente elogiado pela condução da gestão do negócio, tendo acelerado de forma rápida a mudança para as vendas diretas ao consumidor.

    Não se trata de um fato novo, visto que inúmeras marcas assim o fizeram também de forma muito competente. No entanto, boa parte delas caiu na tentação diabólica de que poderiam crescer e prosperar sem a presença nos tradicionais canais de distribuição após a pandemia. Não precisar mais pagar o pedágio de atacadistas e varejistas foi realmente o canto da sereia para algumas delas. Até mesmo para a marca cujo nome remete a uma deusa da mitologia grega. Pelo visto, até mesmo os deuses se enganam.

    Ficar de fora dos tradicionais canais de distribuição durante a pandemia foi algo quase obrigatório, ainda que a presença nesses mesmos canais em sua forma digital também o fosse. Mas a tentação veio justamente da possibilidade de se ter os próprios canais de distribuição “eletrônicos”. Afinal, nada como se relacionar diretamente com seus mais diversos públicos-alvo. Superados os desafios logísticos, tem tudo para dar certo, como assim ocorreu.

    A tentação ficou ainda mais sedutora quando se passou a acreditar no dito “novo normal”, tão propagado, difundido e defendido por inúmeros analistas e gurus do mundo digital. Ideia que esse professor metido a escrevinhador sempre desconfiou, principalmente depois de ler alguns artigos de antropólogos sérios que retrataram contextos históricos decorridos após pandemias passadas. Expressei essa ideia claramente em uma frase presente num projeto de consultoria para o maior fabricante de bebidas desse país: “Após a pandemia, as pessoas vão querer suas vidas de volta”.

    A demanda por shows e turismo são exemplos, mais do que evidentes, de que a teimosia em nadar contra a corrente das ideias óbvias não foi em vão. Insistir em permanecer nos canais digitais próprios negligenciando a volta aos tradicionais canais de distribuição cobrou o seu preço. Afinal, pessoas voltaram a passear nos shoppings, mais do que nunca. Não estar presente no varejo físico implica necessariamente que alguém estará. Nesse caso específico, marcas como a On e a Hoka, principalmente em terras do Tio Sam e na Grande China. Segundo a matéria do FT, tais marcas obtiveram crescimentos significativos no “pós-pandemia”, fato oposto ao ocorrido na NIKE.

    Como diria Isaac Newton, dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço. Recuperar o espaço nas prateleiras passou a ser o grande desafio para a NIKE. Isso vai custar muito tempo, ainda mais quando se tem que enfrentar o ressentimento de varejistas outrora abandonados. E tempo, nesse caso, é literalmente dinheiro. Arriscaria dizer que se trata de um bom momento para comprar ações dessa empresa com vistas a um bom retorno num futuro de dois a três anos, mas é prudente não acreditar em mim quando o assunto é esse.

    Por fim, outra justificativa envolve a gestão de portfólio. Alguns analistas defendem a ideia de que a NIKE ousou demais no que tange as tendências de moda de “nível intermediário”, faixa que também foi invadida por marcas mais premium e atrativas a consumidores dessa vertente. Em vista disso, outros analistas apontam que “o conceito de oferecer tudo para todos” já não vale mais para o setor em questão, ainda mais para o grupo estratégico da NIKE. Em outras palavras, um choque derivado do desnatamento de uns contra a elevação de outros. Confesso que tal análise é complexa e requer um estudo muito consistente para se chegar a tais conclusões. Por enquanto, acreditemos nos analistas.

    A NIKE sempre primou por seu foco no desenvolvimento de produtos inovadores em termos de design e tecnologia. Por muito tempo, preferiu deixar seus processos de fabricação e distribuição alheios ao negócio principal, assim como faz a COCA-COLA até hoje.

    Enquanto isso, “Adidas relata crescimento de 10% nas vendas no terceiro trimestre e aumenta a projeção pela terceira vez neste ano”, diz outra matéria, publicada ao final de outubro pela Footwearnews.

    No mundo dos negócios, assim como na vida, tudo é permitido, mas nem tudo é conveniente.

  • Economia da Atenção e o e-commerce: o papel da neurociência na experiência do cliente

    Economia da Atenção e o e-commerce: o papel da neurociência na experiência do cliente

    Atualmente, muitas empresas, especialmente no varejo, utilizam a Inteligência Artificial (IA) e outras tecnologias para resolver desafios específicos dentro de suas organizações. Algumas estão focadas em otimizar campanhas de marketing, enquanto outras desenvolvem estruturas complexas, como data lakes, para gerenciar grandes volumes de dados. Esse movimento é impulsionado por diversos fatores: o avanço das tecnologias, a própria evolução da IA e, principalmente, a necessidade de capturar a atenção do consumidor em meio a uma enxurrada de estímulos visuais e informacionais. 

    Com a rápida evolução tecnológica, vivemos em uma era de Economia da Atenção, onde a atenção dos consumidores é um dos recursos mais escassos e mais disputados pelas marcas. Empresas e plataformas de e-commerce competem diariamente para atrair a atenção dos usuários, e as inovações em IA e neurociência aplicada aos negócios permitem não apenas medir a atenção, mas também garantir uma experiência de compra mais fluida e sem pontos de fricção. 

    O que é a Economia da Atenção? 

    Economia da Atenção refere-se ao fato de que a atenção dos consumidores é um recurso limitado, especialmente em um ambiente saturado de informações. No e-commerce, essa disputa é ainda mais intensa. A pesquisa em neurociência permite uma compreensão mais precisa de como capturar a atenção, otimizando campanhas publicitárias, navegação pelas plataformas, processos de checkout e a usabilidade como um todo. 

    Neurociência e IA transformam aexperiência do consumidor no e-commerce 

    As tecnologias de IA utilizam algoritmos avançados para replicar processos biológicos do cérebro humano. No e-commerce, isso significa identificar e prever como os consumidores interagem com os elementos visuais de um site. Ao analisar dados visuais e de comportamento, as empresas podem diminuir fricções, otimizando o design de páginas (por exemplo, home), produtos ou checkout, a forma de exposição de produtos e a experiência do usuário, garantindo que o consumidor encontre o que precisa de forma ágil e intuitiva. 

    A combinação da IA, que já é bastante utilizada pelas empresas, com a pesquisa de neurociência, permite que as marcas não só mapeiem os processos automáticos do cérebro — como percepção de cor, posicionamento visual e saliência — como também verifiquem se a experiência de compra está sendo criada sem fricções no cérebro do consumidor. Além disso, ajuda a determinar se a marca está construindo memória de marca para os usuários, aumentando assim as taxas de conversão, evitando frustrações que geram emoções negativas e, com isso, facilitando todo o processo de compra. 

    Impactos no futuro do e-commerce 

    A aplicação da IA no e-commerce não apenas melhora a eficiência das operações como abre portas para inovações em áreas como logística, personalização e, em especial, no relacionamento com o cliente. Além do design de sites e experiência de checkout, as tecnologias permitem que as marcas ofereçam um processo mais fluido, reduzindo o abandono de carrinhos e aumentando a satisfação do cliente. 

    A pesquisa em neurociência também contribui para uma jornada de compra mais eficiente e memorável, com menos interrupções e fricções, o que é essencial para garantir a experiência positiva e o crescimento sustentável. Afinal, por trás de toda venda há sempre um ser humano buscando uma conexão genuína. 

    À medida que as tecnologias de IA e neurociência evoluem, as marcas no e-commerce têm oportunidade única de melhorar significativamente a experiência do cliente. No entanto, o sucesso não está apenas em capturar a atenção do consumidor, mas em garantir que ela seja convertida em interações positivas e sem fricções, respeitando preferências e privacidade dos usuários. 

    Nesse novo paradigma da Economia da Atenção, a construção de uma marca forte e diferenciada, com posicionamento de mercado único e propósito claro, livre de fricções, tornou-se responsabilidade estratégica das lideranças. Elas precisam garantir que as operações de e-commerce estejam alinhadas com as expectativas do consumidor moderno, que se adapta rapidamente às novas tecnologias. No entanto, embora o cérebro humano adore o novo, a mudança de comportamento não é instantânea.  

    Entender essa dinâmica permite que as empresas trabalhem com dados, velocidade e estratégia, integrando a neurociência para criar conexões autênticas com os consumidores. No entanto, é crucial estar atento a taxa de churn, métrica que indica o quanto a empresa perdeu de receita ou clientes. Afinal, ignorar sinais de desconexão com o cliente pode levar ao aumento dessa taxa e comprometer não só a retenção, mas também o crescimento sustentável ocasionado por não olhar para o lado do fator humano. 

  • Soluções de IA e Low-Code podem impulsionar estratégias de e-commerce na Black Friday 

    Soluções de IA e Low-Code podem impulsionar estratégias de e-commerce na Black Friday 

    De acordo com a Confi.Neotrust, a expectativa para este ano é que o faturamento durante o período de quinta-feira a domingo da Black Friday 2024 cresça 9,1% em relação ao ano passado. Esse crescimento coloca a arrecadação prevista em R$ 9,3 bilhões, reforçando a importância dessa data para o varejo online. Além disso, dados do Google revelam que o Brasil é o país mais otimista da América Latina em relação ao uso de IA. No entanto, 50% dos líderes empresariais acreditam que os clientes ainda não compreendem plenamente as possíveis aplicações dessa tecnologia.

    Para empresas que buscam alavancar seus negócios, a adoção de inteligência artificial integrada a soluções low-code representa uma boa oportunidade de acelerar a transformação digital sem demandar altos custos e longos períodos de desenvolvimento. “Com essas ferramentas, mesmo empresas que não contam com grandes equipes de TI podem otimizar suas operações e oferecer uma experiência de compra competitiva e personalizada”, explica Lucas Felisberto, VP de Sales & CS da Jitterbit.  

    Segundo o especialista, a combinação de IA e low-code oferece diversos benefícios para o e-commerce durante a Black Friday, como a automação de processos para aumento de tráfego, seja nas plataformas de vendas ou nos canais de atendimento. Outro uso apontado pelo especialista é que soluções de machine learning podem ser treinadas para identificar padrões de consumo e ajustar automaticamente os preços ou promoções, garantindo que as margens de lucro sejam preservadas enquanto os consumidores encontram as melhores ofertas. 

    “Ao integrar IA com plataformas de e-commerce low-code, é possível implementar soluções que fazem previsões mais precisas de inventário, evitando tanto o excesso de produtos quanto rupturas de estoque. Essa automação é particularmente importante, considerando que a logística rápida e eficaz se torna um fator decisivo para o sucesso das vendas durante a Black Friday. Empresas que conseguem entregar produtos rapidamente e sem problemas logísticos são mais propensas a conquistar a fidelidade dos clientes”, comenta Lucas. 

    De acordo com a pesquisa da Jitterbit com a Censuswide, a automação de tarefas rotineiras é uma expectativa dos trabalhadores com a popularização da inteligência artificial generativa, com 46% dos trabalhadores entrevistados destacando a redução do tempo gasto na coleta de informações de sistemas e aplicativos de trabalho. Soluções low-code com IA permitem criar ambientes de teste para validar funcionalidades importantes, como alterações de preços, promoções, carrinhos de compras e opções de pagamento e envio, tornando a jornada na data menos trabalhosa. 

  • Soluções de IA e Low-Code podem impulsionar estratégias de e-commerce na Black Friday 

    Soluções de IA e Low-Code podem impulsionar estratégias de e-commerce na Black Friday 

    De acordo com a Confi.Neotrust, a expectativa para este ano é que o faturamento durante o período de quinta-feira a domingo da Black Friday 2024 cresça 9,1% em relação ao ano passado. Esse crescimento coloca a arrecadação prevista em R$ 9,3 bilhões, reforçando a importância dessa data para o varejo online. Além disso, dados do Google revelam que o Brasil é o país mais otimista da América Latina em relação ao uso de IA. No entanto, 50% dos líderes empresariais acreditam que os clientes ainda não compreendem plenamente as possíveis aplicações dessa tecnologia.

    Para empresas que buscam alavancar seus negócios, a adoção de inteligência artificial integrada a soluções low-code representa uma boa oportunidade de acelerar a transformação digital sem demandar altos custos e longos períodos de desenvolvimento. “Com essas ferramentas, mesmo empresas que não contam com grandes equipes de TI podem otimizar suas operações e oferecer uma experiência de compra competitiva e personalizada”, explica Lucas Felisberto, VP de Sales & CS da Jitterbit.  

    Segundo o especialista, a combinação de IA e low-code oferece diversos benefícios para o e-commerce durante a Black Friday, como a automação de processos para aumento de tráfego, seja nas plataformas de vendas ou nos canais de atendimento. Outro uso apontado pelo especialista é que soluções de machine learning podem ser treinadas para identificar padrões de consumo e ajustar automaticamente os preços ou promoções, garantindo que as margens de lucro sejam preservadas enquanto os consumidores encontram as melhores ofertas. 

    “Ao integrar IA com plataformas de e-commerce low-code, é possível implementar soluções que fazem previsões mais precisas de inventário, evitando tanto o excesso de produtos quanto rupturas de estoque. Essa automação é particularmente importante, considerando que a logística rápida e eficaz se torna um fator decisivo para o sucesso das vendas durante a Black Friday. Empresas que conseguem entregar produtos rapidamente e sem problemas logísticos são mais propensas a conquistar a fidelidade dos clientes”, comenta Lucas. 

    De acordo com a pesquisa da Jitterbit com a Censuswide, a automação de tarefas rotineiras é uma expectativa dos trabalhadores com a popularização da inteligência artificial generativa, com 46% dos trabalhadores entrevistados destacando a redução do tempo gasto na coleta de informações de sistemas e aplicativos de trabalho. Soluções low-code com IA permitem criar ambientes de teste para validar funcionalidades importantes, como alterações de preços, promoções, carrinhos de compras e opções de pagamento e envio, tornando a jornada na data menos trabalhosa. 

  • Vendas no varejo: Aumento do endividamento e dos juros dificultam a recuperação econômica

    Vendas no varejo: Aumento do endividamento e dos juros dificultam a recuperação econômica

    “O resultado das vendas no varejo apresentou aceleração de 0,5% em setembro, ficando abaixo da expectativa de 1,1%. Apesar da melhora frente ao dado anterior de -0,2%, o ritmo ainda é considerado fraco, especialmente quando analisamos o desempenho anual, que desacelerou para 2,1%, ficando aquém da projeção de 3,6%. Essa frustração nas expectativas é resultado de um ambiente econômico desafiador, com alta dos juros e crédito mais restrito, o que limita o consumo das famílias. Para o setor, a recuperação gradual indica que o varejo ainda enfrenta dificuldades em retomar níveis de crescimento mais robustos, afetando o ritmo de expansão da economia como um todo”, Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.

    “O crescimento de 0,5% nas vendas do varejo brasileiro em setembro de 2024, conforme divulgado pelo IBGE, reflete uma resiliência do setor diante de desafios econômicos persistentes. Esse avanço, embora modesto, indica que fatores como a redução gradual da inflação e a manutenção de níveis de emprego têm sustentado o consumo das famílias. No entanto, o aumento contínuo do endividamento e as taxas de juros ainda elevadas podem limitar uma recuperação mais robusta. Para a economia como um todo, esse desempenho sugere uma retomada gradual, mas aponta para a necessidade de políticas que incentivem o consumo sustentável e a redução do endividamento das famílias”, João Kepler, CEO da Equity Fund Group.

    “O crescimento de 0,5% nas vendas do varejo foi abaixo as expectativas do mercado, que projetavam um aumento mais agressivo para o período. Diversos fatores contribuíram para esse crescimento: redução da Taxa Selic: Banco Central reduziu a taxa básica de juros de 13,75% ao ano para 11,25% nos últimos sete meses, facilitando o acesso ao crédito e estimulando o consumo; promoções e descontos: a proximidade da Black Friday e outras campanhas promocionais incentivaram os consumidores a anteciparem suas compras, impulsionando as vendas no varejo; melhora no mercado de trabalho: a redução do desemprego e o aumento da renda disponível contribuíram para o fortalecimento do consumo das famílias. Em resumo, o crescimento nas vendas do varejo reflete uma combinação de fatores macroeconômicos favoráveis e estratégias eficazes do setor para atrair consumidores, sinalizando uma tendência positiva para os próximos meses”, Alex Andrade, CEO da Swiss Capital Invest.

    “Em setembro de 2024, as vendas no varejo brasileiro registraram um aumento de 0,5% em relação ao mês anterior, conforme dados divulgados pelo IBGE.  Esse resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetavam um crescimento mais robusto para o período. A alta foi impulsionada principalmente pelo desempenho positivo dos setores de hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. Apesar do avanço, o resultado modesto indica que o setor varejista ainda enfrenta desafios, possivelmente relacionados a fatores como inflação persistente e restrições de crédito, que podem estar limitando o poder de compra dos consumidores. Para a economia como um todo, esse desempenho sugere uma recuperação gradual, mas ainda aquém do potencial esperado, ressaltando a necessidade de políticas que estimulem o consumo e fortaleçam a confiança dos consumidores. Um alento para o dado divulgado hoje é que, em outubro, dados de empresas privadas, como o Índice de Varejo Stone, indicam que deve ocorrer uma aceleração nas vendas do varejo. Isso é resultado do aquecimento do mercado de trabalho e do aumento da renda, fatores que elevaram o poder de compra dos consumidores”, Felipe Vasconcellos, Sócio da Equus Capital.7

    “Esse crescimento abaixo da expectativas reflete que, apesar dos dados que revelam desemprego em baixo, PIB acima de 3% e uma suposta economia aquecida, na última ponta, no consumo, isso não está se refletindo na prática. O comércio e a indústria precisam entender que, para crescerem, hoje, é preciso inovar e criar novas fontes de receita. Essa é a fórmula que funcionou para nós em 2024”, Roberto Jalonetsky, CEO da Speedo Multisport.

    “O crescimento de 0,5% nas vendas do varejo, reflete uma ligeira melhora no setor, mas ainda está aquém das expectativas de uma recuperação mais sólida. Embora o dado tenha sido positivo em relação ao mês anterior, a expansão ainda é modesta, especialmente quando comparada ao desempenho do ano passado. A desaceleração no ritmo de crescimento anual, que caiu para 2,1%, aponta para a persistência de desafios estruturais, como a alta da inflação e a elevação das taxas de juros, que continuam a impactar o poder de compra das famílias”, Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.

    “As vendas no varejo subiram 0,5% em setembro, um crescimento abaixo das expectativas do mercado, que projetava um aumento de 1,1%. Embora tenha ocorrido uma recuperação após a queda de 0,2% em agosto, o desempenho ainda reflete um consumo concentrado em itens prioritários, como alimentos e medicamentos. Esse crescimento moderado indica que a inflação e os juros elevados continuam impactando o poder de compra dos consumidores, limitando o avanço em setores mais discricionários, como móveis e eletrodomésticos, que registraram quedas. Para a economia, o resultado reflete um ritmo de recuperação lento no setor, com a necessidade de políticas de estímulo ao consumo e cautela nos reajustes de juros, que podem afetar ainda mais o consumo. Para investidores, o momento exige atenção ao setor de bens essenciais, que mostra maior resiliência frente a um cenário de restrição econômica”, Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos.

    “O acréscimo nas vendas do varejo em setembro reflete uma recuperação lenta, abaixo das expectativas, evidenciando os desafios econômicos, como juros altos e inflação, que ainda limitam o poder de compra das famílias. Para o setor varejista como um todo, o cenário aponta para uma retomada mais lenta, mas com potencial aceleração caso medidas eficazes de estímulo ao consumo sejam adotadas”, Jefferson Laatus, chefe-estrategista do grupo Laatus.

  • Vendas no varejo: Aumento do endividamento e dos juros dificultam a recuperação econômica

    Vendas no varejo: Aumento do endividamento e dos juros dificultam a recuperação econômica

    “O resultado das vendas no varejo apresentou aceleração de 0,5% em setembro, ficando abaixo da expectativa de 1,1%. Apesar da melhora frente ao dado anterior de -0,2%, o ritmo ainda é considerado fraco, especialmente quando analisamos o desempenho anual, que desacelerou para 2,1%, ficando aquém da projeção de 3,6%. Essa frustração nas expectativas é resultado de um ambiente econômico desafiador, com alta dos juros e crédito mais restrito, o que limita o consumo das famílias. Para o setor, a recuperação gradual indica que o varejo ainda enfrenta dificuldades em retomar níveis de crescimento mais robustos, afetando o ritmo de expansão da economia como um todo”, Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.

    “O crescimento de 0,5% nas vendas do varejo brasileiro em setembro de 2024, conforme divulgado pelo IBGE, reflete uma resiliência do setor diante de desafios econômicos persistentes. Esse avanço, embora modesto, indica que fatores como a redução gradual da inflação e a manutenção de níveis de emprego têm sustentado o consumo das famílias. No entanto, o aumento contínuo do endividamento e as taxas de juros ainda elevadas podem limitar uma recuperação mais robusta. Para a economia como um todo, esse desempenho sugere uma retomada gradual, mas aponta para a necessidade de políticas que incentivem o consumo sustentável e a redução do endividamento das famílias”, João Kepler, CEO da Equity Fund Group.

    “O crescimento de 0,5% nas vendas do varejo foi abaixo as expectativas do mercado, que projetavam um aumento mais agressivo para o período. Diversos fatores contribuíram para esse crescimento: redução da Taxa Selic: Banco Central reduziu a taxa básica de juros de 13,75% ao ano para 11,25% nos últimos sete meses, facilitando o acesso ao crédito e estimulando o consumo; promoções e descontos: a proximidade da Black Friday e outras campanhas promocionais incentivaram os consumidores a anteciparem suas compras, impulsionando as vendas no varejo; melhora no mercado de trabalho: a redução do desemprego e o aumento da renda disponível contribuíram para o fortalecimento do consumo das famílias. Em resumo, o crescimento nas vendas do varejo reflete uma combinação de fatores macroeconômicos favoráveis e estratégias eficazes do setor para atrair consumidores, sinalizando uma tendência positiva para os próximos meses”, Alex Andrade, CEO da Swiss Capital Invest.

    “Em setembro de 2024, as vendas no varejo brasileiro registraram um aumento de 0,5% em relação ao mês anterior, conforme dados divulgados pelo IBGE.  Esse resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetavam um crescimento mais robusto para o período. A alta foi impulsionada principalmente pelo desempenho positivo dos setores de hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. Apesar do avanço, o resultado modesto indica que o setor varejista ainda enfrenta desafios, possivelmente relacionados a fatores como inflação persistente e restrições de crédito, que podem estar limitando o poder de compra dos consumidores. Para a economia como um todo, esse desempenho sugere uma recuperação gradual, mas ainda aquém do potencial esperado, ressaltando a necessidade de políticas que estimulem o consumo e fortaleçam a confiança dos consumidores. Um alento para o dado divulgado hoje é que, em outubro, dados de empresas privadas, como o Índice de Varejo Stone, indicam que deve ocorrer uma aceleração nas vendas do varejo. Isso é resultado do aquecimento do mercado de trabalho e do aumento da renda, fatores que elevaram o poder de compra dos consumidores”, Felipe Vasconcellos, Sócio da Equus Capital.7

    “Esse crescimento abaixo da expectativas reflete que, apesar dos dados que revelam desemprego em baixo, PIB acima de 3% e uma suposta economia aquecida, na última ponta, no consumo, isso não está se refletindo na prática. O comércio e a indústria precisam entender que, para crescerem, hoje, é preciso inovar e criar novas fontes de receita. Essa é a fórmula que funcionou para nós em 2024”, Roberto Jalonetsky, CEO da Speedo Multisport.

    “O crescimento de 0,5% nas vendas do varejo, reflete uma ligeira melhora no setor, mas ainda está aquém das expectativas de uma recuperação mais sólida. Embora o dado tenha sido positivo em relação ao mês anterior, a expansão ainda é modesta, especialmente quando comparada ao desempenho do ano passado. A desaceleração no ritmo de crescimento anual, que caiu para 2,1%, aponta para a persistência de desafios estruturais, como a alta da inflação e a elevação das taxas de juros, que continuam a impactar o poder de compra das famílias”, Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.

    “As vendas no varejo subiram 0,5% em setembro, um crescimento abaixo das expectativas do mercado, que projetava um aumento de 1,1%. Embora tenha ocorrido uma recuperação após a queda de 0,2% em agosto, o desempenho ainda reflete um consumo concentrado em itens prioritários, como alimentos e medicamentos. Esse crescimento moderado indica que a inflação e os juros elevados continuam impactando o poder de compra dos consumidores, limitando o avanço em setores mais discricionários, como móveis e eletrodomésticos, que registraram quedas. Para a economia, o resultado reflete um ritmo de recuperação lento no setor, com a necessidade de políticas de estímulo ao consumo e cautela nos reajustes de juros, que podem afetar ainda mais o consumo. Para investidores, o momento exige atenção ao setor de bens essenciais, que mostra maior resiliência frente a um cenário de restrição econômica”, Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos.

    “O acréscimo nas vendas do varejo em setembro reflete uma recuperação lenta, abaixo das expectativas, evidenciando os desafios econômicos, como juros altos e inflação, que ainda limitam o poder de compra das famílias. Para o setor varejista como um todo, o cenário aponta para uma retomada mais lenta, mas com potencial aceleração caso medidas eficazes de estímulo ao consumo sejam adotadas”, Jefferson Laatus, chefe-estrategista do grupo Laatus.