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  • Black Friday: 4 problemas fiscais comuns e como resolvê-los

    Black Friday: 4 problemas fiscais comuns e como resolvê-los

    A Black Friday é, para muitas empresas, um dos melhores períodos de vendas do ano inteiro. Ao mesmo tempo, o aumento na demanda traz desafios particulares, inclusive no que diz respeito à gestão fiscal. Certos problemas acabam atrapalhando a operação ou até mesmo causando impactos maiores no negócio, como multas e autuações.

    É o que conta Hugo Ramos, CEO da Oobj, referência nacional em soluções para Documentos Fiscais Eletrônicos (DF-e) e outras demandas fiscais digitais. “Todo ano, percebemos alguns erros comuns que afetam empresas de todos os segmentos, tanto no e-commerce quanto nas lojas físicas. Estar preparado para enfrentar essas situações pode evitar que elas escalem para problemas maiores”, explica.

    Assim, o profissional selecionou os principais contratempos fiscais que podem afetar as empresas na Black Friday de 2024, e o que fazer para reduzir os riscos associados. Confira abaixo:

    1. Duplicidade de notas fiscais

    Seja por problemas de conexão ou de processamento da SEFAZ ou mesmo por instabilidade interna no sistema da empresa, é possível que ocorra a geração de documentos fiscais repetidos.

    “Quando há duplicidade, o fechamento fiscal fica diferente do fechamento financeiro, o que causa cobranças indevidas de impostos. Além disso, se a mensageria fiscal não identificar esse erro em notas fiscais autorizadas, a geração das notas por parte do ERP estará incorreta, acarretando em multas e autuações pelo não pagamento de impostos ou por omissão de dados”, detalha Hugo.

    Para evitar a dor de cabeça, vale contar com um sistema fiscal especializado que consiga controlar a duplicidade de notas e verificar a existência de dados repetidos, para então cancelar documentos inválidos. Além disso, também é importante garantir a auditoria dos documentos fiscais eletrônicos autorizados, para ter certeza que o fechamento financeiro e fiscal será feito sem erros. Com isso, a obrigatoriedade de emitir notas será consistente e o risco de autuação reduzido.

    Além disso, outro impacto direto da duplicidade é no controle do estoque. Com um estoque incorreto, a empresa pode enfrentar problemas fiscais e logísticos, como pedidos errados, atrasos na entrega e planejamento inadequado de compras.

    1. Impossibilidade de comunicação com a Sefaz

    Falhas de comunicação entre o sistema fiscal e a SEFAZ são um problemas por si, pois podem aumentar o tempo de autorização de emissão da nota fiscal e de fechamento de cada venda. Em um efeito cascata, os clientes que estão na fila do caixa precisam esperar mais para serem atendidos, o que é especialmente complicado em época de Black Friday.

    Para evitar que isso ocorra, é importante monitorar a disponibilidade da SEFAZ, o que é automatizado por certos sistemas de gestão fiscal. Muitos também possuem uma funcionalidade que identifica espontaneamente os momentos em que é necessário entrar ou sair do modo contingência, em que a emissão não é imediata: o cliente recebe uma nota que ainda não tem validade até que a comunicação com a SEFAZ seja restabelecida.

    “Com a ferramenta adequada, a emissão em contingência é ativada automaticamente sempre que necessário. No restabelecimento da comunicação com a SEFAZ, o software de mensageria fiscal deve ser capaz de reprocessar, reenviar, identificar duplicidades e solicitar a autorização de todos os cupons fiscais emitidos nesse formato”, pontua o CEO.

    1. Emissão em contingência

    Apesar de resolver um problema, a emissão em contingência pode gerar outros. Com o alto volume de notas pode ser difícil gerenciar o número de documentos emitidos e rejeitados. Assim, a empresa pode perder o prazo de enviar à SEFAZ.  

    Por exemplo, o cliente pode consultar a nota na SEFAZ e não encontrar, porque a chave de acesso ainda não foi validada. Consequentemente, o consumidor tem a possibilidade então de acionar o PROCON. Portanto, para evitar riscos como esse, é necessário ter atenção durante o reenvio após a contingência, para identificar as notas rejeitadas.

    “Mais uma vez, essa é uma funcionalidade facilitada pelos sistemas de ponta de gestão fiscal. Também vale guardar o XML de todas as notas, inclusive as emitidas em contingência, para registrar a venda e tentativa de emissão”, sugere Hugo.

    1. NCM errado na nota fiscal 

    A Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) tem como objetivo controlar e identificar o tributo de produtos. Dados incorretos de NCM no preenchimento da nota podem acarretar em rejeição da emissão e autorização da emissão com código errado, levando a impostos pagos incorretamente. Caso seja encontrado erro no código, o Fisco verifica os últimos lançamentos e faz a cobrança da diferença de alíquota, com multas e juros.

    Portanto, é essencial atualizar a base cadastral dos códigos NCM que a empresa utiliza em seu cotidiano. Se a NCM for inexistente, a nota fiscal também encontrará problemas e será rejeitada. Portanto, é preciso estar por dentro das classificações das mercadorias para evitar esse tipo de falha. 

    “Em situações assim, se o comerciante receber um produto com o código NCM incorreto, deverá passar para seu fornecedor o código correto, para evitar autuação fiscal”, conclui Ramos.

    Acima de tudo, é importante pontuar que com o aumento significativo das vendas na BF é muito importante que o sistema seja resiliente ou que consiga processar alta volumetria rapidamente. Isso é essencial para garantir a operação eficiente e o sucesso das vendas. Durante este período, o volume de transações aumenta exponencialmente, exigindo que o sistema seja capaz de lidar com essa demanda sem comprometer o desempenho ou causar interrupções. Evitando assim atrasos nas entregas, filas no caixa e claro, insatisfação de clientes.

  • O impacto do Blockchain no setor financeiro

    O impacto do Blockchain no setor financeiro

    Entre tantas tendências que envolvem a transformação digital, uma tecnologia tem se destacado como um farol de segurança e inovação: o blockchain. Seu surgimento no ano de 2008, não apenas despertou a curiosidade dos especialistas do segmento, mas também conquistou o interesse e a confiança de líderes empresariais em todo o mundo. Mas afinal, qual é o impacto desse mecanismo no setor financeiro? 

    Antes de tudo, é preciso entender o que de fato é essa tecnologia. O blockchain proporciona uma arquitetura descentralizada, eliminando a necessidade de intermediários. Com isso, a ferramenta reduz custos operacionais e minimiza o risco de fraudes e manipulações. Além disso, a sua capacidade de registrar transações de forma imutável e auditável é um dos principais fatores que têm levado instituições financeiras a adotarem essa tecnologia em seus processos.

    Essa tendência se alinha ao crescente foco das empresas em segurança, que se tornou um fator significativo nas decisões estratégicas. Para se ter uma ideia dessa importância, segundo a 1ª etapa da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024, realizada pela Deloitte, o blockchain é prioridade estratégica para 56% dos bancos brasileiros, reforçando a relevância dessa tecnologia no cenário financeiro.

    Pensando nisso, um dos exemplos mais notáveis de aplicação no setor financeiro é a transformação das operações de pagamentos e transferências internacionais. Normalmente, esses processos eram caros e demorados, exigindo a intervenção de várias corporações. Com esse sistema, as transferências podem ser realizadas quase instantaneamente e com custos reduzidos, permitindo que instituições financeiras ofereçam serviços mais competitivos e ágeis.

    Além dos pagamentos, o recurso está revolucionando o registro e a negociação de ativos financeiros. O ajuste de ações, títulos e outros ativos em plataformas baseadas em blockchain é mais rápido, seguro e econômico, eliminando intermediários e reduzindo o risco de fraude. Outro exemplo é o uso de contratos inteligentes para automatizar e assegurar acordos financeiros, oferecendo uma camada adicional de segurança e eficiência.

    Identidades digitais seguras formam outra área em que esse recurso está fazendo a diferença. A fraude de identidade é uma das maiores preocupações do setor financeiro e pensando nisso, a ferramenta oferece uma solução robusta, criando registros imutáveis e verificáveis. 

    O segredo está na criptografia, uma tecnologia que converte informações em códigos difíceis de decifrar. Cada bloco de dados funciona como um cofre digital, blindado por uma camada de criptografia que é extremamente difícil de quebrar. Isso não só assegura que os dados permaneçam confidenciais e intactos, mas também proporciona um método claro e permanente para registrar transações.

    Para se ter uma ideia desse impacto, um levantamento feito pelo Blockdata, mostrou que 44 das 100 maiores companhias do mundo com capital aberto utilizam soluções tecnológicas em processos internos, produtos e serviços. Dessas, 22 já pesquisam como integrar o blockchain em suas rotinas ou processos. Além disso, de acordo com uma pesquisa feita pela Deloitte, cerca de 70% das empresas entendem que o mecanismo pode trazer benefícios significativos nas operações. 

    Apesar dos benefícios, existem desafios na adoção do mecanismo no setor financeiro. Um dos principais obstáculos é a regulamentação. A tecnologia desafia as estruturas regulatórias tradicionais, que estão acostumadas a lidar com intermediários centralizados.  Pensando nisso, reguladores em todo o mundo estão trabalhando para criar diretrizes que permitam o uso seguro da solução tecnológica, sem comprometer a integridade do sistema financeiro. 

    Mesmo com desafios, o futuro no setor financeiro parece promissor. Com tendências surgindo a todo instante, a ferramenta tem um enorme potencial para causar um impacto profundo na sociedade. Além de reduzir custos, a tecnologia pode aumentar a inclusão financeira ao proporcionar serviços de banco para milhões de pessoas. 

    Conforme os desafios regulatórios forem superados e a tecnologia se tornar mais acessível, podemos esperar mudanças significativas na forma como o setor financeiro opera, trazendo benefícios como maior transparência e uma maior democratização dos serviços na área.

  • O impacto do Blockchain no setor financeiro

    O impacto do Blockchain no setor financeiro

    Entre tantas tendências que envolvem a transformação digital, uma tecnologia tem se destacado como um farol de segurança e inovação: o blockchain. Seu surgimento no ano de 2008, não apenas despertou a curiosidade dos especialistas do segmento, mas também conquistou o interesse e a confiança de líderes empresariais em todo o mundo. Mas afinal, qual é o impacto desse mecanismo no setor financeiro? 

    Antes de tudo, é preciso entender o que de fato é essa tecnologia. O blockchain proporciona uma arquitetura descentralizada, eliminando a necessidade de intermediários. Com isso, a ferramenta reduz custos operacionais e minimiza o risco de fraudes e manipulações. Além disso, a sua capacidade de registrar transações de forma imutável e auditável é um dos principais fatores que têm levado instituições financeiras a adotarem essa tecnologia em seus processos.

    Essa tendência se alinha ao crescente foco das empresas em segurança, que se tornou um fator significativo nas decisões estratégicas. Para se ter uma ideia dessa importância, segundo a 1ª etapa da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024, realizada pela Deloitte, o blockchain é prioridade estratégica para 56% dos bancos brasileiros, reforçando a relevância dessa tecnologia no cenário financeiro.

    Pensando nisso, um dos exemplos mais notáveis de aplicação no setor financeiro é a transformação das operações de pagamentos e transferências internacionais. Normalmente, esses processos eram caros e demorados, exigindo a intervenção de várias corporações. Com esse sistema, as transferências podem ser realizadas quase instantaneamente e com custos reduzidos, permitindo que instituições financeiras ofereçam serviços mais competitivos e ágeis.

    Além dos pagamentos, o recurso está revolucionando o registro e a negociação de ativos financeiros. O ajuste de ações, títulos e outros ativos em plataformas baseadas em blockchain é mais rápido, seguro e econômico, eliminando intermediários e reduzindo o risco de fraude. Outro exemplo é o uso de contratos inteligentes para automatizar e assegurar acordos financeiros, oferecendo uma camada adicional de segurança e eficiência.

    Identidades digitais seguras formam outra área em que esse recurso está fazendo a diferença. A fraude de identidade é uma das maiores preocupações do setor financeiro e pensando nisso, a ferramenta oferece uma solução robusta, criando registros imutáveis e verificáveis. 

    O segredo está na criptografia, uma tecnologia que converte informações em códigos difíceis de decifrar. Cada bloco de dados funciona como um cofre digital, blindado por uma camada de criptografia que é extremamente difícil de quebrar. Isso não só assegura que os dados permaneçam confidenciais e intactos, mas também proporciona um método claro e permanente para registrar transações.

    Para se ter uma ideia desse impacto, um levantamento feito pelo Blockdata, mostrou que 44 das 100 maiores companhias do mundo com capital aberto utilizam soluções tecnológicas em processos internos, produtos e serviços. Dessas, 22 já pesquisam como integrar o blockchain em suas rotinas ou processos. Além disso, de acordo com uma pesquisa feita pela Deloitte, cerca de 70% das empresas entendem que o mecanismo pode trazer benefícios significativos nas operações. 

    Apesar dos benefícios, existem desafios na adoção do mecanismo no setor financeiro. Um dos principais obstáculos é a regulamentação. A tecnologia desafia as estruturas regulatórias tradicionais, que estão acostumadas a lidar com intermediários centralizados.  Pensando nisso, reguladores em todo o mundo estão trabalhando para criar diretrizes que permitam o uso seguro da solução tecnológica, sem comprometer a integridade do sistema financeiro. 

    Mesmo com desafios, o futuro no setor financeiro parece promissor. Com tendências surgindo a todo instante, a ferramenta tem um enorme potencial para causar um impacto profundo na sociedade. Além de reduzir custos, a tecnologia pode aumentar a inclusão financeira ao proporcionar serviços de banco para milhões de pessoas. 

    Conforme os desafios regulatórios forem superados e a tecnologia se tornar mais acessível, podemos esperar mudanças significativas na forma como o setor financeiro opera, trazendo benefícios como maior transparência e uma maior democratização dos serviços na área.

  • IA, Cibersegurança e privacidade: como proteger dados sensíveis na era da Inteligência Artificial Generativa

    IA, Cibersegurança e privacidade: como proteger dados sensíveis na era da Inteligência Artificial Generativa

    A rápida adoção da Inteligência Artificial Generativa (Gen IA) nas empresas está redefinindo processos, permitindo inovações e impulsionando a automação. Segundo estudo recente da Bloomberg Intelligence, a taxa de crescimento da IA na próxima década deve ser de 42% ao ano – quase dobrando seu alcance. No entanto, o sucesso dessas soluções depende de uma gestão cuidadosa dos dados que alimentam esses modelos. É aqui que entra a cibersegurança, elemento vital para a proteção da privacidade e da integridade das informações.

    A IA Generativa vai além dos modelos tradicionais de inteligência artificial, que apenas classificam ou prevêem comportamentos, pois cria novos conteúdos como textos, imagens e códigos. Essa capacidade de inovação abre novas possibilidades em diversos setores, mas exige uma abordagem cuidadosa em relação ao uso e à segurança dos dados e isso é reconhecido pelas pessoas que usam a tecnologia no dia a dia. Segundo a  pesquisa da Developer Survey 2024 da Stack OverFlow, um dos principais desafios (31,5%) de se trabalhar com IA é não ter políticas certas para mitigar os riscos de segurança.   

    Nesse sentido, o Technical Product Manager João Batista, responsável pela plataforma StackSpot AI da Zup, explica que para mitigar esses riscos, as empresas devem implementar medidas de segurança rigorosas, tendo em vista que os crimes cibernéticos estão cada vez mais sofisticados e até 2025 podem custar 10,5 trilhões de dólares, de acordo com a Cyber Security Almanac. 

    “Garantir que modelos de AI operem de forma segura e ética exige uma abordagem multifacetada, que combina criptografia robusta, governança de dados eficaz, práticas de privacidade rigorosas e controles de acesso restritos durante o treinamento dos modelos. Se fizermos um recorte para as empresas que criam tecnologia, ter um assistente de desenvolvimento de software impulsionado por IA treinado em segurança pode apoiar o time para garantir que o código siga as práticas recomendadas de codificação segura. Este, por exemplo, é um mecanismo preditivo de identificação de vulnerabilidade. Cada vez mais, o caminho é pensar em uma estratégia conjunta que considere inovação, segurança e proteção de dados como um tripé essencial para a aplicação desse tipo de tecnologia”, ressalta João Batista.

    No que tange a legislação, Henrique Flôres, cofundador da Contraktor e líder do desenvolvimento do CK Reader, IA da startup, explica que “enquanto aguardamos uma legislação para melhor regulamentar o uso da I.A. Generativa, compete aos profissionais de tecnologia zelar pela aplicação de boas práticas de criptografia, anonimização de dados e políticas de governança de t.i. que possam garantir o equilíbrio dos interesses comerciais das partes, a transparência nos mecanismos de treinamento de algoritmos e o uso ético na manipulação dos dados”. 

    Embora reconheça que inovar com tecnologias emergentes, como a Inteligência Artificial Generativa, seja uma oportunidade única de transformação, Giovanna Rossi, CPO da Rethink, consultoria de tecnologia, design e estratégia, reforça que não dá para negar que ela vem acompanhada por riscos significativos, como a exposição de informações sensíveis e a possibilidade de ataques cibernéticos sofisticados. “Como responsável pela área de produtos digitais, vejo o quão fundamental é a liderança priorizar uma abordagem estratégica no uso da IA para mitigar tais riscos. Temos a responsabilidade de moldar essa tecnologia de maneira ética e segura, garantindo que seu impacto seja positivo e sustentável para todos”, afirma a executiva. 

    O Brasil tem um alto volume de dados circulando na internet e um processo de digitalização acelerado. No que se refere a proteção de marca, Diego Daminelli, CEO da BrandMonitor, empresa pioneira e especialista no combate à concorrência desleal no ambiente digital, alerta que a infraestrutura de segurança brasileira ainda caminha a passos lentos, tornando o país um dos maiores alvos de ciberataques do mundo, com uma maior sofisticação dos ataques por parte dos criminosos. “A cultura de segurança ainda é um tópico pouco valorizado por diversas empresas, que não utilizam IA e sim tecnologias desatualizadas, que podem deixá-las vulneráveis a ataques e não são capazes de monitorar a presença digital da marca em toda sua amplitude”.

    O especialista dá o exemplo do phishing, grande problema para segmentos como o varejo e prestação de serviços. “Os anúncios são veiculados em plataformas digitais utilizando toda a identidade de uma marca e prometendo descontos impraticáveis. Esse anúncio leva a uma pagina que imita o layout oficial da empresa, mas com um endereço diferente. Nessa página são oferecidos produtos ou serviços com um preço extremamente baixo, induzindo o cliente a compra”, finaliza.

  • Portais de notícias e conteúdos representam oportunidade estratégica para a expansão da retail media

    Portais de notícias e conteúdos representam oportunidade estratégica para a expansão da retail media

    Tendência mundial do varejo e da publicidade, o marketing de retail media vem ganhando popularidade no Brasil, com várias iniciativas anunciadas por varejistas de todo o país. O país deve encerrar 2024 na liderança do crescimento de investimentos na modalidade, estimado em 42,3% –mais que o dobro da média global, que é prevista para 20,3%, segundo dados da consultoria Emarketer..  

    A retail media conta com dois atores já conhecidos –os varejistas e os anunciantes. Mas os publisbers –gestores de sites de notícias na Internet aberta– também estão dispostos a se beneficiar da retail media. Assim como os varejistas, publishers têm uma grande quantidade de dados primários dos usuários, mas se diferenciam por alcançarem clientes no topo do funil.  

    Para os portais, a estratégia constitui novas fontes de receita por meio da “commerce media” (mídia de comercio), enquanto para as marcas representa novos inventários de mídia, desde ativações off-site até shoppable ads ou marketing de afiliados. Os usuários, por sua vez, vivenciam experiências de compras aprimoradas que lhes permitem descobrir e comprar itens com mais facilidade enquanto navegam na Internet aberta. 

    CENÁRIO FAVORÁVEL 

    De acordo com a pesquisa “A Grande Desfragmentação”, realizada pela Criteo com mais de 1.000 profissionais, incluindo anunciantes, agências, varejistas e editores, de nove países – incluindo o Brasil – 83% dos publishers disseram estar abertos a incorporar ofertas de produtos em suas páginas da Web como uma forma de aproveitar os investimentos com anúncios de retail media, e 69% deles consideram a obtenção de receitas por meio da retail media como uma prioridade (entre alta ou moderada) para o próximo ano e meio (12 a 18 meses).   

    Um exemplo de parceria bem-sucedida desse tipo foi anunciado nos EUA em abril pela varejista de eletrônicos Best Buy com o portal de conteúdo CNET –tradicional publicação sobre tendências de tecnologia, conhecida por avaliações e análises de produtos e serviços. Segundo as duas empresas, o acordo inclui a curadoria de conteúdo e a publicação de recomendações no site, aplicativo e nas lojas físicas da rede.  

    “A incorporação da retail media pelos portais de conteúdos e notícias possibilita uma nova configuração da jornada de compra, na qual todas as fases –de descoberta, pesquisas e conversão – são agrupadas em uma única jornada completa”, explica Tiago Cardoso, Managing Director para a América Latina na Criteo. 

    “Para operar nesse mercado, os publishers precisam ativar seus conjuntos de dados primários e buscar novas parcerias de longo prazo com marcas, agências ou varejistas”, conclui.  

    No entanto, ainda há muito trabalho a ser feito: metade (50%) dos publishers entrevistados considera como uma prioridade a formação de parcerias de longo prazo com os anunciantes e varejistas. Quase um terço (28%), porém, apontou faltar oportunidades para a ampliação dos laços com os compradores de anúncios, enquanto que um de cada cinco (20%) publishers revelaram sentir falta de estabelecer relacionamentos diretos com os anunciantes. 

    A boa notícia para os publishers, de acordo com a pesquisa, é que um terço dos varejistas (31%) e marcas (34%), globalmente, consideraram a formação de novas parcerias um objetivo de marketing muito mais importante em 2024 em comparação com 2023.  

    Conforme a retail media amadurece, os publishers despontam como valiosos players desse ecossistema. A estratégia permite que eles obtenham novas receitas de ativações off-site para as audiências correspondentes aos seus dados primários, enquanto que a possibilidade para novos formatos de anúncios atrai marcas e agências que buscam oportunidades conforme ampliem suas iniciativas na área. 

  • Mobilidade do Futuro – Para Um Amanhã Mais Verde

    Mobilidade do Futuro – Para Um Amanhã Mais Verde

    O Brasil se prepara para implementar uma série de estratégias sustentáveis e inovadoras que prometem transformar o cenário da mobilidade no País e revolucionar o transporte brasileiro até 2030. Esse é o prazo dado pela ONU, na Agenda 2030, para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que visam erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir prosperidade para todas as pessoas.

    No Brasil, o Mover 2030 (Mobilidade Verde e Inovação) é um programa do Governo Federal, desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que estabelece diretrizes para a indústria automotiva que incentivam o desenvolvimento tecnológico, a competitividade e a sustentabilidade ambiental.  Entre as iniciativas, o programa promove o aumento de investimentos em eficiência energética, com limites mínimos de reciclagem na fabricação de automóveis e diminuição de impostos para empresas menos poluentes.

    Uma das principais metas do programa é a incorporação de tecnologias avançadas, que incentivem uma mobilidade mais limpa e eficiente, nos automóveis brasileiros. Entre as inovações esperadas, destacam-se os veículos autônomos, que utilizam sistemas de inteligência artificial e sensores avançados para navegar e operar sem intervenção humana, e a eletromobilidadeque prevê que até 2030 entre 10% e 30% dos novos veículos vendidos sejam elétricos ou híbridos. Para isso, são esperados a expansão da infraestrutura de recarga e incentivos governamentais para fomentar a adoção desses veículos. Além disso, a integração de tecnologias de Internet das Coisas (IoT) permitirá uma gestão mais eficiente das frotas, otimizando rotas e reduzindo o consumo de combustível.

    Para pensar o futuro da mobilidade, no entanto, é essencial entender a diferença entre tendências e ondas, pois cada uma dessas categorias representa diferentes níveis de impacto e longevidade no cenário da mobilidade.

    As tendências são mudanças de longo prazo que apontam para uma direção clara e contínua, como a crescente adoção de veículos elétricos e híbridos que acontece no Brasil, sustentada pela conscientização ambiental crescente, por avanços tecnológicos e por políticas governamentais de incentivo à redução das emissões de carbono. Já as ondas são mudanças que ganham força rapidamente e nos mostram oportunidades emergentes com potencial de transformar o mercado, sem apresentar grande durabilidade. Um exemplo é o aumento do uso de aplicativos de transporte compartilhado, que alteraram radicalmente a maneira como pensamos a mobilidade urbana e a forma como nos deslocamos na cidade.

    É importante pensarmos que o futuro da mobilidade vai além dos veículos elétricos e modais menos poluentes. Ele passa por uma visão estratégica que abrange escolhas conscientes visando um progresso sustentável e perene dos negócios. Por isso, a transformação digital não é só uma tendência, mas uma necessidade para enfrentar os desafios da mobilidade moderna. Na visão de longo prazo, também contamos com o uso de tecnologias avançadas, junto à inteligência de dados, para reduzir as emissões globais de carbono, uma vez que sabemos que 20% do CO2eq (dióxido de carbono equivalente) emitido na atmosfera é proveniente do transporte.

    O futuro da mobilidade não é uma especulação distante, mas sim uma jornada que já começou. E a transição para veículos elétricos e híbridos, a digitalização e automação dos processos de gestão de frotas, além da adoção de tecnologias sustentáveis, são apenas algumas das mudanças que estão redefinindo a forma como nos movemos. O futuro da mobilidade passa também por mudanças de mentalidade. Esse é o caso do Move for Good, programa de sustentabilidade da Edenred, que completou dois anos e está em linha com o compromisso do Grupo de reduzir suas emissões e alcançar o carbono net zero (equilíbrio entre a quantidade de gases de efeito estufa emitida e a quantidade removida da atmosfera, chegando o mais próximo possível ao zero) até 2050. O programa consiste em três pilares: Mensurar & Reduzir, que visa impulsionar a gestão das emissões e a adoção de melhores práticas para descarbonização de frotas; Compensar & Preservar, que tem como objetivo compensar as emissões de gases de efeito estufa que não puderam ser reduzidas ou evitadas por meio de projetos certificados e apoiar a preservação da biodiversidade; e Conscientizar, que incentiva uma cultura que promova a mobilidade sustentável impulsionando a transformação do comportamento.

    Com a Agenda 2030 da ONU e o programa Mover 2030 no Brasil estabelecendo diretrizes e incentivos para um futuro mais verde, as empresas têm expectativas claras sobre os próximos anos da mobilidade, promovendo a redução de custos e emissões de CO2e (dióxido de carbono equivalente), além de facilitar a gestão de frotas, para transformar o futuro da mobilidade no Brasil em uma realidade concreta, que incentiva práticas sustentáveis benéficas tanto às empresas, às pessoas, e ao meio ambiente. 

  • Inovação nas empresas brasileiras ainda precisa avançar para garantir longevidade das corporações, aponta especialista

    Inovação nas empresas brasileiras ainda precisa avançar para garantir longevidade das corporações, aponta especialista

    O Brasil ocupa hoje a 49ª posição no Índice Global de Inovação (IGI), calculado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI/WIPO). O recente avanço no IGI fez o país voltar a integrar a lista das 50 economias mais inovadores do mundo, num ranking que reúne 132 nações. 

    Mas apesar do crescimento das posições no índice de 2023, ainda é preciso mais conscientização sobre a importância dos investimentos em inovação para garantir a perenidade das empresas. A observação é do especialista em gestão empresarial, em implantação de governança corporativa, sucessão empresarial e em recuperação judicial, Marcelo Camorim.

    O executivo é o atual presidente do Conselho de Administração e Familiar do Grupo Soares e falará sobre o tema na próxima edição do Bossa Summit, um dos maiores eventos focados no mercado de inovação e Venture Capital do País, que será realizado nos dias 25 e 26 de setembro, no São Paulo Expo, na capital paulista. Em sua palestra, Camorim irá compartilhar o case de modernização do Grupo Soares durante o painel “Além dos Obstáculos: Histórias de Empreendedores que Superaram Adversidades”,  previsto para o dia 26 de setembro (quinta-feira), às 10h50. 

    O especialista estará ao lado de grandes nomes do mercado de investimentos como o  economista e influenciador Ricardo Amorim; o CVO da Bossa Invest, João Kepler; o fundador e presidente do Conselho do Grupo Ser Educacional, Jânyo Janguiê Diniz, entre outros. O evento reúne grandes corporações investidoras no mercado de alto risco e startups, além de fundos de venture capital e visa discutir as principais tendências deste mercado para promoção de investimentos assertivos. Para esta edição são esperados mais de 10 mil pessoas, que terão acesso a palestras, pitches, rodadas de negócios, workshops, mentorias e espaços para networking. Na edição anterior, o Bossa Summit contou com a participação de mais de seis mil pessoas durante os dois dias de evento, mais de 350 expositores, mais de 100 palestras e a presença de 82 fundos de investimentos. 

    Superação

    Fundado na cidade de Goiânia há mais de 57 anos e tendo começado como uma pequena loja de materiais de construção, a Irmãos Soares, o Grupo Soares é hoje uma holding com atuação em diversas áreas como tecnologia, incorporação imobiliária e agronegócio, além do segmento de materiais de construção. Fortalecido, após superar um recente processo de recuperação judicial, o grupo já prepara sua terceira geração de herdeiros para assumir o comando da organização. Recentemente, a empresa concluiu uma ampla reestruturação de sua gestão, tornando-a mais moderna e eficiente. O consultor  Marcelo Camorim esteve à frente deste processo de recuperação e modernização da gestão.


    Fundada pelos irmãos Odilon José Soares e Elon José Soares, a empresa permaneceu em gestão familiar até passar pela sucessão para a segunda geração, os filhos. Porém, manter a mesma forma de gerir que os pais tiveram na década 1970 não foi suficiente para conduzir a empresa para o crescimento e no seu auge, problemas começaram a surgir. Contudo, com a mentalidade aberta dos sócios para a inovação e para novos modelos de negócio e de gestão. 

    Segundo Marcelo Camorim, o êxito na recuperação judicial só foi possível graças à modernização e profissionalização da gestão, que inclusive implementou a governança corporativa em todos seus processos. “A formação da gestão de hoje está amadurecida e muito bem inserida na cultura da empresa, pois foi um processo que começou em 2018, com a primeira profissionalização”, destaca Marcelo Camorim.

  • Melhores Práticas e Regulamentações no Setor de Crédito e Cobrança

    Melhores Práticas e Regulamentações no Setor de Crédito e Cobrança

    A importância de práticas responsáveis e regulamentações adequadas no setor de crédito e cobrança nunca foi tão crucial. O Instituto GEOC, juntamente com suas associadas, tem se destacado na implementação de práticas inovadoras e no cumprimento rigoroso das regulamentações vigentes, reforçando a importância da ética, transparência e responsabilidade social no setor.

     A instituição, sob a liderança de Edemilson Koji Motoda, tem promovido diversas iniciativas voltadas para a melhoria das práticas de crédito e cobrança. “Nosso foco é desenvolver um ambiente de negócios mais saudável, que respeite os direitos dos consumidores e promova a eficiência operacional das empresas”, afirma Motoda.

    Algumas das principais práticas adotadas pelo Instituto GEOC e suas associadas incluem:

    1. Educação Financeira: O Instituto GEOC e suas associadas investem em programas de educação financeira para consumidores, ajudando a prevenir o endividamento excessivo e a promover o uso consciente do crédito. Essa abordagem não apenas melhora a relação entre credores e devedores, mas também fortalece a economia como um todo.
    1. Uso Ético de Tecnologias de Cobrança: Com o avanço da inteligência artificial e dos sistemas automatizados de cobrança, o Instituto GEOC tem se empenhado em promover o uso responsável e ético dessas tecnologias.

    “Acreditamos que a automação deve ser uma aliada para aumentar a eficiência, mas sempre respeitando os direitos do consumidor e mantendo o contato humano como um diferencial de qualidade”, ressalta Motoda.

    1. Treinamento e Capacitação de Profissionais: O desenvolvimento contínuo da mão de obra é uma das prioridades do Instituto GEOC. Programas de capacitação são oferecidos regularmente para profissionais do setor, garantindo que estejam atualizados sobre as melhores práticas e as regulamentações vigentes, além de preparar o mercado para enfrentar os desafios de um ambiente em constante evolução.

     O setor de Crédito e Cobrança é altamente regulamentado, com normas que visam proteger os direitos dos consumidores e garantir a transparência nas operações de crédito. O cumprimento dessas regulamentações não é apenas uma obrigação legal, mas também uma questão de responsabilidade social e de construção de confiança entre empresas e consumidores.

     O profissional destaca ainda que a adaptação às mudanças regulatórias é essencial para a sustentabilidade do setor. “Estamos atentos às discussões sobre novas regulamentações, especialmente aquelas relacionadas à proteção de dados e ao uso de tecnologias emergentes, como inteligência artificial e big data. A conformidade com essas normas é vital para o crescimento do setor e para a preservação dos empregos”, afirma.

     Em um cenário onde a automação tem substituído muitas funções operacionais, o Instituto GEOC defende a importância de investir no desenvolvimento humano.

    “Embora a tecnologia traga eficiência, é o fator humano que garante a personalização e a empatia no atendimento, elementos essenciais para a resolução de conflitos e para a manutenção de boas relações com os clientes”, finaliza Motoda.

  • Open Finance e PIX: Divergências na aceitação pelo mercado brasileiro

    Open Finance e PIX: Divergências na aceitação pelo mercado brasileiro

    O otimismo em relação ao Open Finance tem crescido entre seus entusiastas. Segundo o Relatório Anual do Open Finance, o número de consentimentos ativos alcançou 42 milhões, representando um aumento de 97% em relação ao ano anterior. Desses, 27,7 milhões são consentimentos únicos de pessoas físicas ou empresas. O sistema registrou 1,4 bilhão de chamadas para troca de informações e oferece uma variedade de produtos e serviços.

    Para alguns é um cenário promissor e há os que acreditam que ele não terá tantos avanços. 

    No Brasil, cerca de 15% dos usuários de serviços bancários já compartilham seus dados por meio do Open Finance, enquanto no Reino Unido esse índice é de 13%. O modelo brasileiro, inspirado pelo sucesso do Open Banking britânico, agora se destaca como o maior do mundo.

    Mas tem um ponto que precisamos refletir aqui, consentimento é só o primeiro passo e não necessariamente significa que o sistema realmente esteja sendo adotado pela população. A adoção de um novo produto digital requer boas experiências, facilidade no uso e principalmente entendimento sobre os benefícios sobre o open finance. 

    Existem significativos investimentos no sistema. Segundo a pesquisa de Tecnologia Bancária divulgada na Febraban Tech deste ano, os investimentos realizados pelas instituições financeiras podem totalizar R$ 700 milhões até o final de 2024. Esse aporte está diretamente ligado à ampliação da oferta de produtos e serviços aos clientes, por meio do uso eficiente e seguro dos dados compartilhados.

    A evolução e os investimentos comprovados por dados não surpreendem aqueles que acompanham a digitalização crescente do setor financeiro no Brasil. A população brasileira é reconhecida por sua abertura às novas tecnologias no setor bancário, como demonstrado pelo sucesso do PIX, lançado em 2020, que se tornou o meio de pagamento mais popular do país em 2023, com quase 42 bilhões de transações, segundo a Febraban.

    Porém, apesar do reconhecido avanço do Open Finance em direção à adoção em massa, persiste uma percepção de lentidão na adesão e nos benefícios prometidos por este sistema. Uma das razões para essa sensação pode ser a comparação com o PIX, cujo crescimento exponencial foi facilitado pela simplicidade de uso, não exigindo grandes conhecimentos financeiros por parte de seus usuários para adesão, ao contrário do que ocorre com o Open Finance.

    Um estudo conduzido pelo Instituto Locomotiva em parceria com a Xpeed, divisão de educação financeira da XP, revela que 90% dos entrevistados reconhecem a necessidade de educação financeira. Isso indica que muitos podem não possuir o conhecimento necessário para compreender plenamente os benefícios do compartilhamento de dados financeiros, funcionalidade proposta pelo Open Finance.

    Além disso, devido à natureza sensível dos dados dos consumidores e à necessidade de uma infraestrutura tecnológica robusta capaz de integrar sistemas complexos e garantir segurança de dados entre instituições financeiras, especialistas avaliam que, embora já esteja operacional em algumas áreas, o sistema ainda está em fase de validação. 

    Grandes instituições como Santander, Banco do Brasil, XP Investimentos, entre outras, já implementaram ou estão testando versões do PFM (Personal Finance Management, ou Gestor de Finanças Pessoais), que centraliza múltiplas contas em um único canal para auxiliar os consumidores na administração de seus recursos.

    Mesmo com esses desafios, o Open Finance no Brasil está demonstrando uma adesão gradual de usuários, impulsionado por significativos investimentos das instituições financeiras.

    Embora ainda haja desafios a superar, como a necessidade contínua de educação financeira e a validação completa do sistema em diversas áreas, o país está consolidando sua posição como líder global nesse novo modelo. Com iniciativas como o PIX pavimentando o caminho para uma maior digitalização no setor, o futuro do Open Finance no Brasil parece alinhado com as necessidades e expectativas dos consumidores modernos.

    O caminho para a completa implementação do Open Finance e para a revolução no sistema financeiro é longo. A contínua evolução regulatória, a ampliação do compartilhamento de dados e a crescente aceitação pelo público são passos cruciais nessa jornada. 

    Um outro grande desafio do aumento de adesão ao Openfinance é  sem dúvida o fato de ter as informações descentralizadas (produtos de crédito, empréstimos, cartões, entre outros) e a interface com múltiplos bancos e empresas de crédito,  aumentam a necessidade de disciplina e controle do lado da população. 

    Uma questão muito importante que também não podemos deixar de mencionar são as jornadas de produtos digitais cada vez melhores com entregas de melhores experiências das instituições financeiras para seus clientes, aumentando a satisfação e por consequência a fidelização de seus clientes, resultando cada vez mais clientes mais satisfeitos e talvez menos abertos a aderirem ao openfinance, que acaba potencializado a competitividade do setor. 

     De todo modo, o setor financeiro no Brasil tem avançado, seja com o Pix, com o open finance e muito em breve com o DREX. É um novo caminho, que exigirá novas formas de pensar e de construir produtos digitais melhores e que atendam a dor de cada cliente, deixando cada vez mais o cliente no centro da estratégia e trazendo uma competitividade saudável no país.

  • Empreendedorismo em tempos de crise: desafios como degraus para o sucesso

    Empreendedorismo em tempos de crise: desafios como degraus para o sucesso

    “Além da minha experiência, a própria história nos mostra que momentos de adversidade também podem ser catalisadores de inovação e de crescimento”, destaca o multiempresário e empreendedor Reginaldo Boeira que, de origem humilde e após grandes quedas e o diagnóstico de câncer (agora em remissão) superou desafios e hoje é presidente do KNN Group, holding que administra mais de 20 empresas. Entre elas, Boeira iniciou no Brasil a rede KNN Idiomas, que em pouco mais de 10 anos já ocupa uma das mais altas posições no ranking de franquias de idiomas no país e fatura em torno de R$1,2 bilhão ao ano.

    Transformando desafios em oportunidades

    Reginaldo Boeira, que também é palestrante e auxilia multidões a “fazer dinheiro e sucesso” afirma que as crises, por mais desafiadoras que sejam, podem ser vistas como oportunidades de reinvenção e crescimento. Algumas das estratégias mais eficazes para transformar desafios em oportunidades incluem:

    • Inovação e adaptação: a crise exige que as empresas se adaptem rapidamente às novas realidades do mercado. Inovação em produtos, serviços e modelos de negócios se torna essencial para atender às novas demandas dos consumidores. Exemplo é a própria KNN Idiomas, uma das empresas de Reginaldo Boeira, que se destacou no mercado pela aposta em humanização no aprendizado de um segundo idioma e uma metodologia prática e exclusiva de aprendizado para nativos em português.
    • Foco no cliente: entender as necessidades e as dores dos clientes em um momento de crise é fundamental. As empresas que conseguem se conectar com seus clientes de forma mais profunda e oferecer soluções personalizadas tendem a sair fortalecidas. No caso de Reginaldo Boeira, um exemplo de sucesso foi o lançamento de outra de suas empresas, a Boeira Construtora. Ao perceber uma grande valorização de imóveis no litoral catarinense e preços cada vez mais altos, o empreendedor inovou ao trazer empreendimentos de alto padrão, porém, com valores mais acessíveis aos praticados em áreas centrais, em localizações estratégicas e com potencial de alta rentabilidade aos clientes. Dessa forma atendeu uma demanda reprimida.
    • Digitalização dos negócios: a pandemia acelerou a transformação digital em diversos setores. Empresas que investiram em e-commerce, marketing digital e ferramentas de colaboração remota conseguiram manter suas operações e até mesmo expandir seus negócios. Porém, ao avaliar que o isolamento social também trouxe a necessidade de socialização, Reginaldo Boeira trouxe modelos de negócios que mesclam o digital com o presencial, como são os casos dos cursos oferecidos pela KNN Idiomas. Além disso, no ramo do turismo, ao entender que a pandemia também impulsionou as pessoas a investirem mais em lazer e qualidade de vida, potencializou os serviços e atrativos no Rancho Otto na Serra Catarinense, hospedagem de alto padrão. 
    • Otimização de custos: em tempos de crise, é fundamental otimizar os custos e aumentar a eficiência. A revisão de processos e a busca por soluções alternativas, mas que não interfiram na qualidade podem ajudar a empresa a superar momentos difíceis.
    • Construção de redes de relacionamento: a colaboração com outros empreendedores, parceiros e fornecedores é mais um diferencial competitivo, conforme orienta Boeira. A construção de uma rede sólida de contatos pode abrir portas para novas oportunidades de negócios.

    “As crises, por mais desafiadoras, podem ser oportunidades para os empreendedores que estão dispostos a inovar, se adaptar e construir relacionamentos sólidos. Ao transformar desafios em oportunidades, as empresas podem sair fortalecidas e mais resilientes”, complementa.

    Dicas para empreendedores em tempos de crise:

    • Mantenha-se informado. Acompanhe as notícias sobre o mercado, seus concorrentes e as tendências do setor.
    • Seja ágil. Esteja preparado para tomar decisões rápidas e adaptar seus planos de acordo com as mudanças do mercado.
    • Invista em sua equipe. Incentive a criatividade e a colaboração entre os seus colaboradores.
    • Busque apoio. Não tenha medo de buscar ajuda de mentores, consultores e outras empresas.
    • Mantenha a positividade. Uma atitude positiva é essencial para superar os desafios e encontrar novas oportunidades.
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